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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE ODONTOLOGIA
Área de Prótese Removível e Materiais Odontológicos
1. Dados de Identificação:
2. Introdução:
todas as etapas, além de ensinar a lidar e tratar a população mais idosa que é população o alvo do
tratamento da disciplina.
As atividades clínicas e laboratoriais, em sua maioria, foram realizadas às sextas-feiras no
período da tarde (14h:00min às 17h:40min) na Clínica 1 do bloco 4L ou no Laboratório Pré-Clínico
do bloco 4L, anexo A, sala 13, em grupos de 4 alunos. No entanto, houve ocasiões em que foram
utilizados dias e horários extras para adiantamento das atividades, nesses casos foram previamente
discutidos e acordados entre a docente orientadora e os alunos. Elas aconteceram do dia 04 de
agosto de 2023 até o dia 23/11-2023
O seguinte relatório tem a função de descrever todas as etapas que foram realizadas
durante o tratamento, relatar as dificuldades encontradas em cada etapa, mostrar onde que o grupo
se destacou e quais alterações podem ser feitas no futuro. Também será relatado como foi a relação
do grupo com o paciente, com a professora orientadora e com os outros alunos da turma.
Desenvolvemos uma prótese total removível superior e inferior para a paciente Francisca
Cândida Costa, de 75 anos, do prontuário HOUFU 178033, moradora da Rua Piralite, número 314,
Avenida João Naves de Ávila, n° 2121, Bairro Santa Mônica
Campus Santa Mônica - Bloco 3P - Sala 3P04 – 38.408-144 – Uberlândia - MG
Telefone: (34) 3291-8984 / E-mail: estagio@prograd.ufu.br
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Área de Prótese Removível e Materiais Odontológicos
bairro Jardim Patrícia, Uberlândia - MG. A paciente é aposentada, de raça branca e foi
encaminhada pelo Posto de Saúde UBS Dona Zulmira. Sua queixa principal foi o fato de possuir as
próteses (superiores e inferiores) há 23 anos, de estarem desgastadas e incomodando um pouco há
uns 5 anos.
Neste dia, foi realizada a anamnese e o exame clínico da Dona Francisca, com o objetivo
de coletar informações para guiar o plano de tratamento (o planejamento). Começamos o
atendimento lendo para a paciente o termo de esclarecimento e consentimento para tratamento
odontológico e pedindo ela para assinar o mesmo.
A anamnese iniciou pelas condições gerais da história médica. Sobre suas condições
sistêmicas, ela nos contou que tem refluxo e por isso toma todos os dias, em jejum, o Lansoprazol;
tem ansiedade e toma pela manhã, há 1 ano, o Amitriptilina; tem Lúpus controlado; e por fim, tem
hipertensão, fazendo uso do Enalapril 20mg, manhã e noite, e do Hidroclorotiazida 25mg, 1 vez ao
dia. Não é alérgica a anestésico e nem a outro medicamento. Já sobre sua história protética e
dentária, ela nos contou que a maioria das suas exodontias foram por causa de cáries aos 20 anos e
que elas foram realizadas intercaladas, começando pelos dentes posteriores inferiores, em seguida
pelos dentes posteriores superiores e depois pelos anteriores. Antes de extrair os dentes anteriores,
ela ficou usando uma prótese parcial removível superior e inferior durante 5 anos. Aos 25 anos, ela
colocou sua primeira prótese total removível superior e inferior, ficando com ela 27 anos. Como
essa prótese estava muito desgastada, aos 52 anos ela a trocou e colocou outra, a qual está com ela
até hoje, há 23 anos. Para dormir, ela retira apenas a prótese total removível inferior. Sobre seus
hábitos higiênicos, ela nos contou que escova os dentes e as prótese 2 vezes ao dia e que usa a
mesma escova. Falou também, que ao longo desses anos, nenhum cirurgião-dentista a orientou
sobre a higienização. Mesmo sem essas orientações, vimos que a higiene das próteses e da cavidade
oral estava satisfatória; e a orientamos sobre o jeito correto.
Em seguida, partimos para o exame clínico, o qual consiste na etapa extra oral (exame
cabeça/pescoço) e na etapa intra oral. Na etapa extra oral, avaliamos regiões da face, gânglios
linfáticos, pele (constamos uma mancha no nariz decorrente de um acidente doméstico e uma
mancha na testa não explicada) e músculos. Analisamos o formato do rosto (forma composta, ou
seja, vai de ovoide para quadrada), a assimetria facial (ausente) e o perfil (côncavo) da paciente.
Realizamos o exame da articulação temporomandibular, da ATM (ela relatou não sentir dor nem
estalidos e observamos que o desvio na abertura da boca é ausente e que há limitação da abertura de
boca). Obtemos as medidas do lábio com o compasso de Willis (tamanho - altura: 0,8 mm,
espessura: 1,9 mm, relação lábio/rebordo residual: favorável, Queilite Angular: ausente).
No exame intra oral, verificamos as condições da boca do paciente para que não houvesse
nenhum imprevisto durante a elaboração da prótese e para conferirmos se está tudo de acordo com
a normalidade. Verificamos que na maxila a inserção do freio labial não é sobre a área principal de
suporte e que ele coincide com a linha mediana; e que a inserção dos freios laterais, também, não é
sobre a área principal de suporte. Vimos que a mucosa de revestimento do rebordo residual é pouca
resiliente em toda a sua extenção; há ausência de cordão fibroso, de hiperplasia, de espícula óssea e
de torus palatino; e que há presença de tuberosidade retentiva do lado direito. Sua coloração é rosa
pálido. Já na mandíbula, a única coisa que difere é que a mucosa de revestimento do rebordo
residual é resiliência média em toda a sua extenção e que há cordão fibroso. A tuberosidade
retentiva não foi pedida. As papilas da língua se apresentaram normais quanto à consistência,
coloração e mobilidade; e apresentaram alguns roxos recorrentes por trauma. A paciente possui
uma quantidade média de saliva com fluidez, e não possui hábitos parafuncionais. Sua dimensão
vertical atual está diminuída (D.V.R.: 5,6 e D.V.O.: 5,5). As medidas da base do nariz/ base do
mento e comissura labial/canto externo do olho não coincidem.
Terminamos a primeira consulta cansadas, mas ao mesmo tempo muito felizes, pois já
conseguimos perceber que a Dona Francisca seria uma paciente receptiva e que iria aceitar a
proposta de tratamento (Prótese Removível Total Mediata Bimaxilar Convencional). Dona
Francisca apresentou um prognóstico favorável para a superior e duvidoso para a inferior, uma vez
Nesta etapa faremos a confecção do modelo de estudo para traçar o planejamento do caso,
auxiliando e complementando o exame clínico. A moldagem anatômica tem o objetivo de moldar
as estruturas anatômicas de interesse protético, como o rebordo alveolar, as inserções musculares e
as possíveis alterações morfológicas e confeccionar a base de prova provisória. Primeiramente,
inserimos as moldeiras de tamanho médio na boca da paciente, e vimos que as mesmas ficaram
grande, logo utilizamos a moldeira HDR 56 para a maxila e a moldeira HDR 55 para a mandíbula.
Realizamos a individualização das moldeiras com a cera utilidade, contornado toda a sua extenção,
em seguida, levamos em posição na boca da paciente e pedimos para que ela realizasse alguns
movimentos para ficar registrado na cera. Após, avaliamos a modificação da cera se estava dentro
do esperado.
levantar a língua para a moldeira se encaixar certo no rebordo. O operador nesse momento deve
estabilizar a moldeira com os dedos polegares e médios numa forma de “pinça”. Solicitamos que a
paciente fizesse movimentos com a língua e com a bochecha para verificar as inserções e
demarcações musculares. Após isso, deixamos o alginato pegar presa e retiramos da boca do
paciente. Aguardamos de 2 a 3 minutos em ambas a moldagens. Após as moldagens, colocou-se as
moldeiras com o alginato em água corrente e aplicou-se quaternário de amônia. Armazenamos com
papel toalha úmido em seguida até descermos para o laboratório. Repetimos a moldagem da
mandíbula 2 vezes, mas não foi por motivo de falhas, mas sim porque a Jessika e a Giselly
moldaram 1 vez cada.
Concluída a etapa clínica do dia, fomos para o pré-clínico realizar a confecção do modelo de
estudo. Foi feito marcações com o lápis cópia das estruturas nobres e do limite para depositar o
gesso, para ser transferido ao modelo de estudo. Foi realizado o vazamento de gesso pedra tipo III,
na proporção de 9 de pó para aleatoriamente de água. Esse modelo nos permite planejar e
desenvolver a prótese da paciente de forma mais correta e será a base para todas as futuras etapas
que forem realizadas durante a confecção da PTR.
Nesse dia, chegamos ao laboratório desanimadas porque sabíamos que os trabalhos iam
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durar até mais tarde, entretanto, as maravilhosas Andréa e Alcione prepararam um delicioso café da
tarde para os grupos e o dia ficou lindo. Fizemos até mais felizes essa etapa. Foi perfeito!
A delimitação da área basal é feita para marcar o limite da área a ser coberta pela moldeira
individual, prevendo a região que será coberta pela prótese. Ela é feita com lapiseira, modelo de
estudo, espátula 31, cera rosa 7, Le Cron e lamparina. Iniciamos marcando as estruturas anatômicas
da maxila: freio labial superior e lateral, processo zigomático da maxila, túber, sulco hamular e
fóveas palatinas. Na mandíbula, marcamos o freio labial, linha oblíqua externa, papila piriforme,
linha oblíqua interna e freio lingual. Após essa marcação, nós fizemos linhas axiais no modelo nas
regiões e recuamos 2mm nas regiões onde as linhas axiais fizeram uma angulação de 90°. Depois,
unimos a linha de marcação das estruturas de referência com as marcações realizadas a 2mm do
fundo do sulco de vestíbulo.
Após essas marcações, fomos para a etapa de realizar alívio de áreas nobres da maxila
(papila incisiva, rugosidade do palato, papila piriforme, forame mentoniano, fossa retromolar,
rebordo estrangulado), da mandíbula (forame mentual, trígono retromolar) e áreas retentivas com a
cera rosa 7 e espátula 31, onde nós aquecemos a cera e passamos ela no modelo com a espátula.
Em seguida, pincelamos vaselina por toda a área basal do modelo de estudo após a
delimitação da área basal e confecção dos alívios. Reforçamos com o lápis cópia a linha que
demarca a área basal. Então fomos para a etapa de realização da moldeira individual. Ela tem o
objetivo de permitir o contato efetivo entre a mucosa de revestimento e facilitar a cópia de detalhes.
Nesta etapa, utilizamos o pincel, o Le Cron, a espátula 31 e a R.A.A.Q. e fizemos pela técnica da
fase arenosa, que consistiu em manipular a resina no pote paladon e após atingir a fase arenosa
iniciamos a deposição no modelo de estudo usando espátula 31 até preencher toda a extenção da
área basal demarcada. Nessa técnica o operador tem a vantagem de ter mais tempo para
confeccionar a moldeira individual. No entanto, deve-se atentar ao controle de espessura da
moldeira (2mm), evitando seu acúmulo em regiões como o palato e o fundo do sulco de vestíbulo.
Umedecemos o esculpidor Le Cron no monômero e removemos os excessos que foram possíveis.
Confeccionamos o cabo da moldeira com o excesso de resina acrílica. Passamos a vaselina em todo
o modelo para evitar expansões. Aguardamos a polimerização final após 24 horas. Em casa, cada
uma fez o reembasamento nas regiões de subextensão e o acabamento com micromotor e maxicut,
deixando as bordas arredondadas para ficar mais confortável para o paciente; e e o polimento com
um pedaço de bombril seco.
melhor qualidade. Sendo assim, antes do procedimento, pedimos que a Dona Francisca fizesse
bochecho com clorexidina, desinfectamos a moldeira individual com álcool 70%, enxaguamos e
secamos. Para evitar machucados, passamos vaselina nos lábios da paciente, depois fizemos a
manipulação do material de moldagem, que é a pasta de óxido de zinco e eugenol, na placa de
vidro, com a espátula 24. A princípio, fizemos a primeira moldagem, colocando a pasta na borda da
moldeira, para levar a boca da paciente e realizar o vedamento periférico posterior, aguardamos a
presa do material e retiramos o conjunto da boca da paciente. Após esta etapa, nos verificamos se o
vedamento ficou adequado, se marcou todos os pontos necessários e se era preciso acrescentar
pasta em algum lugar (não foi preciso). Depois nós retiramos os excessos que escorreram pra dentro
da moldeira, com a ajuda de um lecron, deixando apenas 3mm de pasta. Antes de realizar a segunda
moldagem, precisamos fazer alguns “buracos” na moldeira inferior (mandíbula), pois o rebordo
alveolar da mandíbula da Dona Francisca tem cordão fibroso, então é necessário fazer um espaço
para o escoamento do material, para que este não comprima o cordão. Depois partimos para a
segunda moldagem, que é a que realmente molda todo o rebordo alveolar. Manipulamos novamente
mais pasta de óxido de zinco e eugenol, desta vez, cobrindo toda a área da moldeira até o
vedamento, com mais ou menos 8 centímetros de pasta. Levamos o material junto a moldeira até a
boca da paciente e aguardamos a presa do material e retiramos a moldeira.
superfície das bases de prova (esquentando o lecron e colocando sobre a base), para melhorar a
fixação da cera, depois plastificamos com a espátula de gesso para que ficasse uniforme. Neste dia,
deveríamos ter feito os registros intermaxilares e os planos de orientação, mas a paciente faltou,
então não fizemos esta etapa e nem foi possível fazer a seleção de dentes artificiais neste dia, pois
precisávamos da presença da dona Francisca para análise facial.
7º dia - Plano de orientação (base prova + plano de cera), registro das relações
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Cada dupla foi responsável pela fixação dos dentes no plano de cera. Amanda fez o lado
direito superior e a Laura o lado esquerdo superior. Jéssika fez o lado esquerdo inferior e a Giselly
fez o lado direito inferior. Essa etapa foi realizada nas nossas casas, a gente retirava pedaço de cera,
colocava cera pegajosa e fixava os dentes, e depois plastificávamos para ficar alinhado e fixados.
Nesse dia, levamos as bases de prova com a instalação dos dentes artificiais para avaliarmos
a função na boca da paciente. Foi um dia muito emocionante pois foi a primeira vez que a dona
Francisca teve contato com seu novo sorriso. Ela encheu os olhos de água e ficou se admirando no
espelho. Também foi realizado a reavaliação dos registros intermaxilares para ter certeza que estava
tudo certo.
Coloca a foto da Dona Francisca com os pães de queijo e fala igual eu falei no
dia do lanche da professora
Na etapa de desinclusão, tivemos a ajuda da professora Andrea, que realizou os seguintes processs:
desapertou o parafuso para abrir a mufla, fez a abertura da mufla com auxílio da chave. retirada do
gesso que recobre o modelo, forçando a chave entre o gesso e a mufla e batendo com o martelo,
remoção do conjunto da mufla (pequenas batidas com martelo); e remoção de todo o gesso,
No polimento, friccionamos o Bombril (umedecido com água e sabão) nas regiões que foram
desgastadas com a broca, friccionamos a pasta de maior abrasividade com o disco de feltro denso e
escova abrasiva, friccionar a pasta de menor abrasividade com o disco de feltro macio e em seguida
com vaselina líquida com disco de feltro bem macio para dar o brilho final.
Na instalação das próteses, avaliamos a presença de irregularidades na base da prótese como arestas
cortantes, porosidades etc, desinfetamos a prótese e instalamos, avaliando seu correto
relacionamento com os tecidos moles, checamos a Dimensão Vertical e Relação Centrica,
realizamos ajuste oclusal depois finalmente mostrar ao paciente para que ele avaliasse as novas
próteses e a professora Andrea deu as instruções de uso e conservação da prótese.
Foi preciso fazer um pequeno ajuste oclusal com broca na região dos caninos e incisivos.
A paciente queixou de prótese superior um pouco bamba, no entanto essa queixa é normal durante a
instalação, pois leva um tempo para a prótese se acomodar na gengiva.
Esse dia foi muito emocionante pra nós e pra Dona Francisca. Depois de tanto trabalho, finalmente
conseguimos entregar a prótese pra ela e ela ficou muito feliz. Achamos que ela estava um pouco
insegura no começo, mas foi devido ao costume dela com a prótese antiga, que já estava bastante
desgastada e “acomodada” na gengiva. Compramos um presente pra ela e agradecemos pelos
momentos que passamos juntas. A dona Francisca foi uma paciente muito colaborativa e receptiva,
nós temos um carinho muito grande por ela.
Andrea e Alcione.
machucando em vários lugares, no entanto ela conseguiu usar corretamente como foi instruído.
Ajustamos em extensão na prótese inferior e na retenção também.
Colocamos a pasta branca na prótese e inserimos na paciente para ver as regiões onde podíamos
desgastar.
4. Considerações Finais:
__________________________ ___________________________________________
Assinatura do(a) aluno(a) Professor(a) Orientador(a)