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Nome do(a) aluno (a): Flávia Helena do Espírito Santo

Matrícula: 21/0039191

Data: março. 2021

Referência bibliográfica:

BAPTISTA, Dulce Maria e RODRIGUES, Gabriela Fernanda Ribeiro. O


Movimento Neodocumentalista e a reaproximação entre Ciência da Informação e
Documentação: uma perspectiva histórico-conceitual. Pesq. Bras. em Ci. da Inf. e
Bib., João Pessoa, v. 15, n. 1, p. 035-049, 2020.

Sobre o(a) autor(a):

Dulce Maria Baptista é licenciada em Letras pela Pontifícia Universidade


Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ), com Graduação em Biblioteconomia, Mestrado
em Educação e Doutorado em Ciência da Informação pela Universidade de Brasília.
Consultora independente nas áreas de organização e representação da informação, e de
redação científica. Professora aposentada da UnB, onde atuou como docente do curso de
Graduação em Biblioteconomia e no Programa de Pós-Graduação em Ciência da
Informação (PPGCINF).

Gabriela Fernanda Ribeiro Rodrigues é bibliotecária, Bacharela (2014) em


Biblioteconomia pela Faculdade de Ciência da Informação (FCI) da Universidade de
Brasília (UnB). Mestra (2018) em Ciência da Informação pelo Programa de Pós-
Graduação em Ciência da Informação (PPGCINF) da Universidade de Brasília (UnB).
Doutoranda em Ciência da Informação pelo PPGCINF da UnB Possui interesse nas
áreas de Organização da Informação, Epistemologia e História da Ciência da
Informação, com foco principalmente nos seguintes temas: o documento na Ciência da
Informação e as relações históricas e conceituais entre Biblioteconomia, Documentação
e Ciência da Informação. Atua na área de biblioteca escolar.

Objetivo:

No presente artigo, o objetivo das autoras é realizar uma pesquisa bibliográfica,


histórica e conceitual sobre o movimento Neodocumentalista, iniciado nos anos 90, a
partir da contribuição de dois grupos de pesquisa, o RPT-doc da França e o Document
Academy dos EUA. O foco é na conceituação de documento e documentação e suas
questões na era digital a partir da colaboração destes dois grupos de pesquisa.

Argumento central:

Segundo Baptista e Rodrigues, os conceitos de documento na visão


neodocumentalista auxiliam a recuperação da construção epistemológica da Ciência da
Informação e contribuem para a compreensão desses conceitos no atual cenário
tecnológico contemporâneo.

Ideias principais:

As autoras destacam a importância da necessidade de discussão dos conceitos de


Documento e Documentação na era digital, abordando a ressignificação de suas
definições, a partir da contribuição das redes de pesquisas multidisciplinares francesa e
norte americana RPT-doc e Document Academy respectivamente.

As pesquisas destes grupos resultaram em 3 trabalhos que exemplificam a


mudança na conceituação de documento a partir do digital em 3 definições: forma, sinal
ou texto e mídia. Os estudos eram pautados pelo princípio redocumentarista na visão
francesa e contribuíram para e reconfiguração das abordagens e para a nova visão da
neodocumentação mais abordada na conceituação norte americana. (p.39)

Em um segundo momento, Baptista e Rodrigues abordam o estudo da nova


perspectiva documental a partir da visão de autores idealizadores como Otlet, Briet e
Fleck e, posteriormente, Lund e Buckland, percebendo que a definição tradicional
sugerida por áreas distintas abre espaço para novas definições que acompanham o
desenvolvimento tecnológico de cada época até o atual contexto digital. Segundo
Rabello (2009) a condição de documento é um resultado de uma objetivação a partir da
interpretação e atribuição de significados do próprio sujeito, influenciado pelo contexto
cultural e social em que estão inseridos (p.42).

Surge a importância de dar significados e determinar o que de fato constitui um


documento, além da necessidade de classificá-los diante das novas configurações e seus
significantes. A partir das várias conceitualizações, pautadas na clássica e na nova
perspectiva neodocumentalista, a atenção voltada para essa questão se ampliou partindo
do ponto de vista histórico-social e sua contribuição para a definição de documento e
informação (p.45).

As autoras citam a visão epistemológica de Ludwick Fleck (1986),


compreendendo o fato científico como um produto social influenciado pelas normas
sociais e psíquicas da comunidade científica que detém o conhecimento e as práticas
traduzidas em pensamentos. O autor utiliza dois conceitos, como: estilo de pensamento,
uma percepção, elaboração e execução do cientista para configurar a atribuição de
significados ao mundo e coletivo de pensamento, sendo um intercâmbio de ideias e
pensamentos entre indivíduos cientistas que mediarão o estilo de pensamento
geral/social (p.46)

A partir desses conceitos as autoras afirmam que o surgimento de novas


tecnologias modificou completamente as teorias existentes para o entendimento do que
é a informação, e que sua definição não pode ser pautada apenas pela Ciência da
Informação e da Documentação, mas sim, a partir de um entendimento
neodocumentalista (p.47).

Comentários:

Podemos observar que o artigo apresentado sugere o estudo e a ressignificação a


respeito da informação e do conceito de documentação, seus papéis na vida social e na
garantia da conservação da memória humana em diferentes formatos e suportes
existentes no mundo digital. É de extrema importância pautar essas questões no campo
das ciências, para que as diferentes manifestações sociais, culturais e econômicas se
tornem objeto de estudos tendo como garantia a preservação de seus conteúdos e
disponibilidade de acesso futuro.

Referências:

Gabriela Fernanda Ribeiro Rodrigues | Escavador. Escavador. Disponível em:


<https://www.escavador.com/sobre/3807231/gabriela-fernanda-ribeiro-rodrigues>.
Acesso em: 18 mar. 2022.
Dulce Maria Baptista. Escavador. Disponível em:
<https://www.escavador.com/sobre/2690605/dulce-maria-baptista>. Acesso em: 18
mar. 2022.

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