Você está na página 1de 10

Universidade Pedagógica de Maputo

Faculdade de Ciências da Educação


Licenciatura em Ciências da Educação. 1º Ano- Pós-Laboral
Cadeira de ICHS

Observação e Análise dos Factos Sociais

Discentes:
Elsa Paulo Bila
Elton Elias Mandlate
Erica Estavão Manjate
Glória Pedro Fernando
Leandro Mabunda
Rossana Artur Gagale

Licenciatura em Ciências da Educação. 1º Ano- Pós-Laboral

Maputo
2023
Universidade Pedagógica de Maputo
Faculdade de Ciências da Educação
Licenciatura em Ciências da Educação. 1º Ano- Pós-Laboral
Cadeira de ICHS
Observação e Análise dos Factos Sociais

Discentes Trabalho de pesquisa a ser apresetado na


Elsa Paulo Bila Faculdade de Educação e Psicologia no
Elton Elias Mandlate Departamento de Ciências da Educação
Érica Estêvão Manjate para efeitos de avaliação.
Glória Pedro Fernando
Leandro Agostinho Mabunda
Rossana Artur Gagale

Trabalho de Pesquisa da Cadeira de ICHS

Docente: Mestre Ana Zeca Nhamavure

Maputo
2023
Índice
Introdução ................................................................................................................................................. 4
Problema de Observação .......................................................................................................................... 5
Observação documental ........................................................................................................................... 5
Fontes e Tipos de Documentos ................................................................................................................. 6
Tipos de Observação ................................................................................................................................. 6
Análise Documental .................................................................................................................................. 8
Conclusão .................................................................................................................................................. 9
Referências bibliográficas........................................................................................................................ 10
Introdução

No presente trabalho debruçaremos sobre: problema de observação , observação documental,


fontes e tipos de documentos, tipos de observação e por fim análise documental.
Problema de Observação

Problema consiste em dizer de maneira explicíta, clara, compreensível e operacional, qual a


dificuldade com a qual nos defrontamos e que pretendemos resolver. O objectivo da formulação
do problema da pesquisa é torna-lo individualizado, específico.

Segundo Gil (1991), nem todo problema é passível de tratamento científico, é preciso
identificar o que é científico daquilo que não é. Um problema é de natureza científica quando
envolver variáveis que podem ser tidas como testáveis.

Uma vez formulado o problema, com a certeza de ser cientificamente válido, propõe-se uma
resposta “suposta”, provável e provisória, isto é, uma hipótese. Ambos, problema e hipótese são
enunciados de relações entre variáveis, a diferença reside em que o problema constitui sentença
interrogativa e a hipótese sentença afirmativa. Lakatos, (1991).

Por que formular um Problema?

Gil (1991), estabelece que várias podem ser as condições para a formulação de problemas,
entre elas podemos citar:

I. as de ordem prática – formula-se o problema e tem-se uma resposta para subsidiar


determinada ação.
II. as de ordem intelectual – conhecimento sobre determinado objeto ´com pouco estudo
efetuado.

Observação documental

Observação documental: Procura estudar os factos sociais a partir dos documentos.


Documento: base de conhecimento fixado materialmente e suscetível de ser utilizado para
consulta, estudo ou prova.
Pesquisa documental é aquela realizada a partir de documentos, contemporâneos ou
retrospectivos, considerados cientificamente autênticos.
Os documentos podem ser de fontes primárias e secundárias; fontes escritas ou não.
Fontes escritas: documentos oficiais, planos, programas, projectos, diagnósticos, livros,
artigos, etc
Fontes não escritas: fotos, filmes, audiovisuais.

Fontes e Tipos de Documentos

Fontes: Arquivos Públicos e Particulares, Órgãos do governo (secretarias, departamentos, escolas,


delegacias, etc) ou do sector privado, Órgãos de estatística, etc.

Tipos: Documentos oficiais - leis, ofícios, etc.

Publicações parlamentares- debates, documentos, atas, relatórios etc.

Documentos jurídicos- registros de nascimentos, casamentos, mortes; escrituras de compra e


venda; falência e concordatas; testamentos, inventários etc.

Iconografia (descrição e conhecimento de imagens, retratos, quadros ou monumentos,


particularmente dos antigos)

Publicações Administrativas: relatórios, planos, programas, projectos, etc.

Documentos Particulares: correspondências, diários,

Estatísticas: INE, Censo, etc.

Tipos de Observação

Segundo Cervo & Bervian (2002), observar é aplicar atentamente os sentidos físicos a um amplo
objecto, para dele adquirir um conhecimento claro e preciso. Para esses autores, a observação é
vital para o estudo da realidade e de suas leis. Sem ela, o estudo seria reduzido à simples conjetura
e simples adivinhação.

A observação também é considerada uma colecta de dados para conseguir informações sob
determinados aspectos da realidade. Ela ajuda o pesquisador a identificar e obter provas a respeito
de objectivos sobre os quais os indivíduos não têm consciência, mas que orientam seu
comportamento (Marconi & Lakatos, 1996).
A observação também obriga o pesquisador a ter um contacto mais directo com a realidade. Como
a maioria das técnicas de pesquisa, a observação sempre deve ser utilizada juntamente com outra
técnica de pesquisa, pois, do ponto de vista científico, essa técnica possui vantagens e limitações
que podem ser administradas com o uso concorrente de outras técnicas de pesquisa (Marconi &
Lakatos, 1996).

Com base em Marconi & Lakatos (1996) e Selltiz et al. (1965), pode-se concluir que a técnica de
observação tem diversas modalidades, aplicáveis de acordo com as circunstâncias. Dentre elas,
destacam-se:

I. Segundo os meios utilizados: observação assistemática e observação sistemática;


II. Segundo a participação do observador: observação não-participante e observação
participante;
III. Segundo o número de observações: observação individual e observação em equipe;
IV. Segundo o lugar onde se realiza: observação na vida real e observação em laboratório.

A observação assistemática é o meio em que pesquisador procura recolher e registrar os factos


da realidade sem a utilização de meios técnicos especiais, ou seja, sem planeamento ou controle.
O que caracteriza a observação assistemática é o facto de o conhecimento ser obtido por meio de
uma experiência casual, sem que se tenha planeado quais variáveis seriam importantes para a
pesquisa e quais meios deveriam ser utilizados para estudá-la. Geralmente, esse tipo de observação
é empregado em estudos exploratórios sobre o campo a ser pesquisado (Marconi & Lakatos, 1996).
Para Marconi & Lakatos (1996) a observação sistemática também pode ser denominada
observação estruturada, planeada e controlada. Essa técnica se utiliza de instrumentos para colecta
de dados, diferentemente da observação assistemática. Nessa técnica, o observador sabe o que
pesquisar e procura eliminar erros e distorções sobre o objecto de estudo.

Na observação não-participante, o observador entra em contacto com o grupo, a comunidade ou


a realidade estudada, porém, não se envolve, nem se integra a ela, permanece de fora. O observador
presencia o facto, mas não participa dele (Marconi & Lakatos, 1996).

Para Marconi & Lakatos (1996) na observação participante, o observador envolve-se com o
grupo, transformando-se em um dos seus membros. Ele passa a fazer parte do objecto de pesquisa.
A observação individual é uma técnica realizada por um único pesquisador, de modo que sua
personalidade se projecta no observado. É um tipo de observação realizado em pesquisas com o
objectivo da obtenção de títulos acadêmicos (Marconi & Lakatos, 1996).

Para Marconi & Lakatos (1996) a observação em equipe é um tipo de observação realizada por
várias pessoas com o mesmo objectivo. Essa técnica é mais aconselhada do que a individual, pelo
facto da equipe verificar o facto ou fenômeno de diversos ângulos.

A observação na vida real é a observação da realidade, colhendo-se os dados à medida que vai
acontecendo o fenômeno, de modo natural (Marconi & Lakatos, 1996).

Para Marconi & Lakatos (1996) a observação em laboratório tem carácter artificial, mas é
importante para isolar o objecto de pesquisa de influências externas e descobrir os mecanismos de
funcionamento interno do objecto. Como nas ciências sociais se trabalha muito com aspectos
humanos, e como a vida humana não pode ser observada sob condições idealizadas em laboratório,
fica difícil a sua utilização.

Análise Documental

A análise documental constitui uma técnica importante na pesquisa qualitativa, seja


complementando informações obtidas por outras técnicas, seja desvelando aspectos novos de um
tema ou problema. (Ludke e André, 1986);

O trabalho de análise já se inicia com a colecta dos materiais, não é acumulação cega e mecânica.
A medida que colhe as informações, o pesquisador elabora a percepção do fenômeno e se deixa
guiar pelas especificidades do material selecionado (Laville e Dione, 1999).

As vezes são os documentos as únicas fontes que registram princípios, objectivos e metas de um
objecto em análise. Certamente, os documentos revelam concepções explícitas e subjacentes de
determinados objectos de pesquisa. Por exemplo, os documentos podem revelar dinamicidade e
complexidade de uma determinada concepção de uma política pública.
Conclusão

Apartir da pesquisa acima descrita concluimos que a observação é a base de todo processo de
captação de informação. Tão antiga como o ser humano, a observação permite entender padrões,
detectar mudanças e descrever situações. no caso da observação de tendências, a participação do
observador é crucial porque ele faz parte da realidade que observa, também falar da pesquisa
documental pudemos concluir que é de extremamente importância para a nossa sociedade, pois é
responsável por mostrar as descobertas deixadas ao longo do tempo. Assim como também gera
conhecimento e oferece fontes de informação aos pesquisadores para interpretar e aperfeiçoar
novos documentos.
Referências bibliográficas

 Cervo, A. L. Bervian, P. A. Metodologia científica. 5.ed. São Paulo: Prentice Hall, 2002.
 Gil, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 3a . ed. São Paulo: Altas. 1991.
 Laville, C.; Dionne, J. A construção do saber: manual de metodologia da pesquisa em
ciências humanas. Belo Horizonte: UFMG, 1999.
 Ludke, M. André M. Métodos de coleta de dados: observação, entrevista e análise
documental. Marconi, M. A; Lakatos, E. M. Metodologia Cientifica. 2a . ed. São Paulo:
Editora Atlas. 1991.
 Marconi, M. A; Lakatos, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de
pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração e interpretação de dados. 3.ed.
São Paulo: Atlas, 1996.
 Selltiz, C.; Wrightman, L. S.; Cook, S. W. Métodos de pesquisa das relações sociais. São
Paulo: Herder, 1965.

Você também pode gostar