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Da esquerda para a direita, as crianças
Marina, Sulamita, Estacinho, Xingu e João.
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OS FATOS HISTÓRICOS APRESENTADOS
“Ainda não refeitos de tanta aventura, Estacinho e seus amiguinhos leem suas
anotações sobre alguns fatos importantes da história da cidade.”
Caderno do Aluno – p.66
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CAPA: PERSONALIZADA PELO ALUNO
“Afinal, 2015 é um ano muito especial: nós, cariocas, estamos comemorando
os 450 anos da nossa Cidade Maravilhosa!”
Caderno do Aluno – p. 19
“CAPA
Um desdobramento interessante é, a partir dessa proposta, orientar os
Prezado Aluno,
alunos a, utilizando a marca, se desenharem, em uma folha de papel à Aqui, você é o ILUSTRADOR.
parte. Pergunte que atividades gostam de fazer e oriente que se desenhem Faça como todos os cariocas:
nessa atividade – lendo, jogando bola etc. Peça que, ao lado da marca, eles comemore os 450 Anos da Cidade
escrevam uma pequena apresentação. Esse é um bom momento para Maravilhosa! Personalize a capa do
trabalhar a socialização dos alunos, a integração da turma. seu caderno, se desejar, a partir da
PÁGINA 2
logo comemorativa.”
Para estimular a criatividade, mostre aos alunos o vídeo “Rio 450: viva a carioquice!” no site http://www.rio450anos.com.br
Para a apresentação escrita, sugerimos que oriente a elaboração de um parágrafo de base descritiva. Que tal elaborar com os alunos algumas perguntas
para compartilhar ideias?
Consideramos fundamental a circulação desses textos entre os alunos. Por isso, após a realização da atividade, sugerimos também que os alunos
apresentem seus trabalhos aos colegas, se assim o desejarem.
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ESTRATÉGIAS DE LEITURA E O USO DO DICIONÁRIO
“– Que tal conversarmos sobre o Rio de Janeiro? Certamente, mesmo quem não
vive aqui, já ouviu falar da Cidade Maravilhosa, não é mesmo?”
Caderno do Aluno – p. 12
Considerando que o texto do caderno se constitui em uma narrativa com diferentes personagens,
sugerimos que a leitura seja realizada, pelos alunos, de forma individual ou coletiva, por meio de jogral,
de dramatização etc. Tais estratégias contribuem para que o aluno adquira fluência em sua leitura oral.
Ressaltamos que, nesta página do caderno do aluno, há duas palavras grifadas: tripulante e desejava.
Nas demais páginas do caderno, outras palavras aparecerão grifadas. É uma forma de incentivo ao uso
frequente do dicionário.
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Num primeiro momento, sugerimos que você, Professor, leia em voz alta para os alunos cada página do caderno, para que percebam a importância da
pontuação. A sua leitura será o referencial, o modelo de leitura oral para os seus alunos, no qual eles irão se basear para construir as suas leituras.
Ressaltamos que a escola é um espaço privilegiado para essa construção.
Nesse primeiro momento, peça aos alunos que circulem as palavras cujo significado eles ainda não conhecem.
. Ao final da primeira leitura, anote, no quadro, as palavras que os alunos circularam e aquelas que se encontram grifadas. Solicite a eles que procurem, no
dicionário, o significado dessas palavras. Você pode distribuir diferentes palavras para cada dupla, de modo que possam também interagir no momento de
utilização do dicionário.
Proponha, em seguida, Professor, uma segunda leitura. Dessa vez, realizada pelos alunos, pois já tomaram conhecimento do significado das palavras e da
entonação. Consideramos importante deixar que eles optem pela leitura individual ou coletiva.
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LENDO MAPAS: MAPA DO BRASIL E MAPA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
“Ao se aproximar da Terra, o tripulante direciona o foguete para um lugar com
muito verde, uma natureza exuberante. Ops de novo!!! É o nosso Brasil!”
Caderno do Aluno – p. 4
Nesse momento, consideramos importante reforçar que também fazemos parte, pertencemos à cidade, ao
estado, ao país: eles são o “nosso” lugar. O que não invalida, é claro, as possibilidades e as necessidades de PÁGINAS 5 e 6.
transformação , sempre para melhor, de nossa cidade, de nosso estado, de nosso país.
É muito importante, Professor, orientar as atividades, utilizando o mapa do Brasil e do estado do Rio de Janeiro, tendo, como base, as Orientações
Curriculares e, principalmente, respeitando-se os conhecimentos prévios dos alunos, os conhecimentos já adquiridos e sua faixa etária.
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TRABALHANDO COM O MAPA DOS BAIRROS Da cidade do RIO DE JANEIRO...
“O tripulante do foguete do tempo, antes de aterrissar, sobrevoou
os bairros da cidade. Ele queria matar as saudades!”
Caderno do Aluno – p. 8
Professor, embora não consideremos imprescindível que os alunos conheçam todos os bairros, sugerimos algumas atividades lúdicas que podem auxiliá-los
no manuseio do mapa, facilitando o reconhecimento de alguns nomes de bairros.
Os alunos poderão, ainda, pesquisar nomes de escolas municipais que também são nomes de bairros da cidade. Por exemplo: Deodoro, Bangu, Bento
Ribeiro, Honório Gurgel, Vicente de Carvalho, Quintino Bocaiúva, Coelho Neto, Vila Kennedy, Senador Camará, Marechal Hermes, Osvaldo Cruz, Engenho da
Rainha, Del Castilho, Lins de Vasconcelos, Jacaré, Jacarezinho, Rio das Pedras, Campo Grande.
Para facilitar a pesquisa dos nomes das escolas, solicite à direção a cartela em que constam os nomes de todas as unidades escolares do município.
Outros desafios lúdicos podem ser elaborados por você ou pelos próprios alunos, a partir dos nomes dos bairros
que são apresentados na página 9.
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Produção
~ TEXTUAL “A Professora Ana Júlia lembrou aos alunos que não é possível falar do samba carioca sem
falar no Carnaval do Rio de Janeiro, a festa popular mais conhecida no mundo.”
Caderno do Aluno – p.15
Assim como não existe um único modelo de textos orais, também não existe um único modelo de textos escritos: há textos formais orais e escritos e textos
informais orais e escritos. Para que os alunos saibam produzir textos escritos formais é necessário que tenham contato com esses modelos de textos.
Outro aspecto a ser ressaltado na produção de um texto escrito são as etapas necessárias à sua produção: o planejamento, a escrita e a revisão.
O planejamento deve considerar a escolha do tema, do gênero, do registro e os possíveis leitores.
No ato da escrita importa a escolha das palavras e das estruturas frasais, a preocupação com a coerência.
Na revisão, verifica-se se o texto está coerente, se o tema foi bem desenvolvido, se as estruturas sintáticas estão bem construídas, se a ortografia e a
pontuação foram respeitadas, por exemplo. É hora, então, de reescrever o texto. E essa reescritura pode ser a primeira de muitas.
Dessas três etapas, todas importantes, ressaltamos o momento da revisão/reescritura como fundamental para a qualidade da produção escrita do aluno. O
Professor deve investir nessa etapa, valorizar as emendas, as rasuras, as várias tentativas, as necessárias reescrituras do seu aluno.
Adaptado de “Leitura, escrita e análise linguística: alguns pressupostos teórico-metodológicos”. Disponível em Rioeduca.net:
https://onedrive.live.com/view.aspx?resid=9A0409FEB089278!262&cid=09a0409feb089278&app=WordPdf
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TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO – GRÁFICOS E TABELAS
~ “Estacinho conversou com seus colegas e com sua Professora sobre
uma grande paixão dos cariocas: o FUTEBOL.”
Caderno do Aluno – p. 16
Professor, a atividade sugere a pesquisa para descobrir o time de futebol de cada aluno da turma. A
partir dos dados obtidos, os alunos deverão elaborar o gráfico e a tabela relativos à atividade
realizada.
Outros gráficos e tabelas podem ser elaborados pelos próprios alunos, de acordo com o cotidiano
deles. Por exemplo: tabelas de campeonatos dos times de seu bairro, dos campeonatos regionais e
estaduais, saldos de gols, número de vitórias e de derrotas etc.
PÁGINA 16
Os Parâmetros Curriculares Nacionais de Matemática tratam o conteúdo Tratamento da Informação (leitura de gráficos e tabelas) como parte
da alfabetização. Na verdade, a criança está alfabetizada não apenas quando reconhece letras e palavras, mas também quando é capaz de ler e
interpretar dados numéricos dispostos de forma organizada.
Os conteúdos do Tratamento da Informação podem ser introduzidos nos primeiros anos, com questões simples. A pesquisa, para coleta de
dados, adquire consistência com o uso de alguns procedimentos científicos, como a organização de dados de forma livre, a montagem de
tabelas e a escrita de um pequeno relatório como conclusão.
Adaptado de www.revistaescola.abril.com.br
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LEITURA DE IMAGENS...
“Estacinho olhou espantado: tudo era muito diferente! As roupas das pessoas, as ruas, os meios de transporte, as
brincadeiras das crianças. Parecia cinema antigo: tudo em preto e branco!”
Caderno do Aluno – p.22
PÁGINAS 23 a 27.
Professor, que tal solicitar aos alunos que tragam fotos e imagens que falem de suas histórias/memórias? A partir da leitura dessas fotos/imagens, eles
poderão estabelecer comparações entre as suas histórias/memórias, as de seus colegas e as do personagem Dona Evelina (Bisa de Estacinho).
Considerando a importância da leitura de imagens, compartilhamos com você, Professor, algumas proposições acerca do tema,
bastante afinadas com a proposta deste caderno.
“Normalmente, a ideia que vem à mente quando se fala em leitura é de uma pessoa com um livro, jornal, carta ou qualquer outro tipo de suporte com
códigos gráficos, ou seja, letras. Mas, o escrito não é a única coisa que se lê. Pouco se associa a leitura a outras formas, como, por exemplo, a leitura de um
espetáculo musical, teatral; ou a leitura de uma paisagem, de uma obra de arquitetura, um anúncio publicitário, um outdoor, um videoclip. Estas podem
ser consideradas como “leituras de mundo”, do que é ocasional, espontâneo, que parece não depender de uma necessidade cognitiva.”
Liliane Benardes Carneiro – Leitura de imagens na Educação Infantil
Universidade de Brasília
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Importante, também, o que nos diz OLIVEIRA e GARCEZ (2004):
A leitura de imagem “é uma habilidade que depende de olhar com interesse dirigido, examinar minuciosamente, focalizar a atenção, concentrar o
http://g1.globo.com
pensamento e os sentidos com vontade de apreender , de perceber os detalhes significativos. É como usar uma lente de aumento sobre algum
objeto”.
Professor, propomos, assim, que você contribua para que esta “lente de aumento” amplie a visão do aluno e permita que ele leia a imagem,
expressando, oralmente e por escrito, aquilo que vê, aquilo que percebe.
Professor, além das atividades propostas nas páginas 23 a 27, também as páginas 7, 47, 53, 55, 59, 62 e 63
permitem trabalhar, com os alunos, a leitura de imagens.
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DEBRET E RUGENDAS: O RETRATO DE UMA ÉPOCA
“A mata era quase fechada. Árvores e plantas de todos os tipos e de todas
as cores compunham uma paisagem exuberante!”
Caderno do Aluno – p.38
Professor, são apresentadas, no Caderno Rio 450 Anos, algumas obras de Debret e Rugendas, pintores que registraram, em suas obras, o cotidiano social,
cultural e geográfico de uma época.
Sugerimos uma pesquisa sobre a vida e obra de ambos. Você pode acessar:
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa18749/debret
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/pessoa707/rugendas
www.usp.br/revistausp /30/04-diener.pdf
Outra sugestão é que procure, na Sala de Leitura, e leia, para os alunos, o livro “Um fotógrafo diferente chamado Debret”, de Mércia Leitão e Neide Duarte
(Editora do Brasil S/A. São Paulo, 1996).
Apresentamos, nas próximas páginas, um breve histórico desses artistas, bem como imagens que você poderá compartilhar com seus alunos e que poderão
auxiliá-los no trabalho de conhecimento e reconhecimento do passado e do presente de nossa cidade.
Trata-se não apenas das obras de Debret e Rugendas, mas também de imagens da atualidade e de pontos turísticos da cidade em diferentes épocas.
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DEBRET RUGENDAS
www.bolsadearte.com
commons.wikimedia.org
Jean Baptiste Debret Johann Moritz Rugendas
Nascimento: 18/4/1768 (França, Ile de France, Paris) Nascimento: 29/3/1802 (Alemanha, Bayern, Augsburg)
Morte: 11/6/1848 (França, Ile de France, Paris) Morte: 29/5/1858 (Alemanha, Bayern, Weilheim)
Habilidades: Decorador, Cenógrafo, Pintor, Desenhista, Gravador, Habilidades: Pintor, Gravador, Desenhista
Professor de Artes Plásticas
Desde criança, exercita o desenho e a gravura. Em 1817, ingressa na
Frequenta a Academia de Belas Artes, em Paris. Estuda na Escola de Academia de Belas Artes de Munique.
Pontes e Rodovias, futura Escola Politécnica, onde se torna professor
de desenho. Vem para o Brasil em 1821, como desenhista documentarista da
Expedição Langsdorff.
Por volta de 1806, trabalha como pintor na corte de Napoleão. Em
1816 decide integrar a Missão Artística Francesa, que vem ao Brasil.
Instala-se no Rio de Janeiro e, a partir de 1817, ministra aulas de Abandona a expedição em 1824, mas continua o registro de tipos,
pintura. costumes, paisagens, fauna e flora brasileiros.
Em 1818, colabora na decoração pública para a aclamação de D. João De 1825 a 1828, vive entre Paris, Augsburg e Munique. Nesse período,
VI, no Rio de Janeiro. dedica-se à publicação de sua obra Voyage Pittoresque dans le Brésil.
De 1826 a 1831, é professor de pintura histórica na Academia Imperial Viaja para o México, em 1831, com projeto de viagem pela América e
de Belas Artes – AIBA. Viaja para várias cidades do país, retratando com o objetivo de reunir material para nova publicação. A partir de
tipos humanos, costumes e paisagens locais.
1834, excursiona pela América do Sul, passa pelo Chile, Argentina, Peru
Em 1829, organiza a primeira mostra pública de arte no Brasil. e Bolívia.
Deixa o país em 1831 e retorna a Paris. Entre 1834 e 1839, edita o livro Em 1845, chega ao Rio de Janeiro, onde retrata membros da família
Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil, em três volumes, que têm, imperial e participa da Exposição Geral de Belas Artes. No ano seguinte,
como base, as aquarelas realizadas com seus estudos e observações. parte definitivamente para a Europa.
http://enciclopedia.itaucultural.org.br/
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hemi.nyu.edu Rua Direita, no Rio de Janeiro, de Johan Moritz Rugendas, Itatiais, 3a div., p. 13
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LARGO DO ROSSIO
Atual Praça Tiradentes
O RIO DE ONTEM E O RIO DE HOJE
Hoje
PRAÇA TIRADENTES
RUA DIREITA
Aual Rua Primeiro de Março
RUA PRIMEIRO DE MARÇO
Hoje
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www.exposicoesvirtuais.arquivonacional.gov.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=189Vista do Rio de Janeiro - tomada da Igreja de Nossa Senhora da Glória. Johann Moritz Rugendas. Voyage pittoresque dans le Brésil.
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IGREJA NOSSA SENHORA DA GLÓRIA
O RIO DE ONTEM E O RIO DE HOJE
Hoje
IGREJA NOSSA SENHORA DA GLÓRIA
http://www.trekearth.com/
O RIO DE ONTEM E O RIO DE HOJE
noticias.bol.uol.com.br
http://diariodorio.com/
CHAPÉU DO SOL
cume do Morro do Corcovado
CRISTO REDENTOR
Hoje
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O RIO DE ONTEM E O RIO DE HOJE
colunas.cbn.globoradio.globo.com
www.bondinho.com.brHoje
BONDINHO DO PÃO DE AÇÚCAR
Época da inauguração
1922
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O RIO DE ONTEM E O RIO DE HOJE
21
O RIO DE ONTEM E O RIO DE HOJE
http://www.fotolog.com/luiz_d/14765389/
http://veja.abril.com.br/
LAGOA RODRIGO DE FREITAS
1870
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O RIO DE ONTEM E O RIO DE HOJE
deamazonia.com.br
AVENIDA PRESIDENTE VARGAS
1980
SAMBÓDROMO
Hoje
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LINHA DO TEMPO: CONTANDO HISTÓRIAS, LOCALIZANDO NO TEMPO...
“A bisavó riu da curiosidade do neto e explicou que, à medida que o
tempo vai passando, os costumes vão mudando...”
Caderno do Aluno – p. 23
Professor, além da linha do tempo, proposta no caderno do aluno, outras linhas do tempo podem ser elaboradas.
Consideramos importante o auxílio dos alunos no levantamento e no fornecimento de dados obtidos a partir de suas próprias vivências: “a história de vida
de cada aluno deve ser a referência para localizar o tempo na história: quando nasceu, sua idade, os acontecimentos que marcaram sua vida...”.
“Exemplificando as possibilidades de entrelaçamento da história individual e coletiva, sugiro um estudo que pode ser realizado para localizar tempos e
lugares de proveniência de antepassados da família de cada criança. Organizar linhas de tempo com acontecimentos significativos em nível municipal,
cotejando com a história de familiares: pais, avós, bisavós, tataravós, tios. Com certeza, esse é um trabalho de pesquisa que pode se valer de várias
fontes, como jornais, livros, depoimentos, documentos familiares, fotos etc., e requer dos alunos uma compreensão de tempo histórico, que,
processualmente, vai sendo construído, desde que haja intencionalidade para tal, colocada a partir da leitura das hipóteses dos alunos sobre o que
consideram antigo, velho, passado recente, passado remoto, período histórico e das situações didáticas que possibilitem aos alunos a interação com o que
já se convencionou a respeito do tempo ao longo da história, como anos, décadas, séculos, milênios, períodos, eras...”
Maria Aparecida Bergamaschi - O Tempo Histórico no Ensino Fundamental /UFRGS
(www.pead.faced.ufrgs.br)
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OS PRÉDIOS ESCOLARES TAMBÉM CONTAM HISTÓRIAS...
“– Professora Clara, aqui, nessa época, já havia alguma escola na cidade? – pergunta
Marina, interessada em conhecer a escola daquela época.”
Caderno do Aluno – p. 44
Na página anterior, vimos como é possível questionar "o tempo inscrito na matéria”, a partir
de algumas estimativas. Uma dessas estimativas – “Há quanto tempo foi construído o prédio
da escola?” – nos reporta à página 42 do caderno do aluno, na qual Estacinho explica à
Professora Nina a origem de seu nome.
O nome de Estacinho foi o mote para, mais uma vez, inserir o tempo e suas marcas na
aprendizagem do aluno acerca da história de sua cidade: a página do caderno apresenta fotos
da Escola Municipal Estácio de Sá e da Creche Municipal de mesmo nome.
PÁGINA 42
As escolas são espaços sociais construídos para receber os alunos, seus professores, demais funcionários e sempre aberta aos familiares e à
comunidade em geral. Nesses espaços, são oferecidos e produzidos diferentes saberes que devem contribuir para que o conhecimento, por
intermédio desses saberes produzidos e acumulados, sejam disponibilizados, apropriados e compartilhados pelos estudantes. Em todas as
sociedades as escolas funcionam, principalmente, nos chamados prédios escolares. E, na cidade do Rio de Janeiro, vários desses prédios nos
auxiliam a contar e conhecer um pouco sobre a educação carioca e suas histórias.
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HISTÓRIA, TEMPO E ESCOLA
Professor, consideramos bastante interessante conversar com os alunos sobre a história da escola em que estudam e
sobre outras escolas municipais que, assim como a Escola Municipal e a Creche Estácio de Sá, mantêm relação com a
história da nossa cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro.
Que tal os alunos realizarem uma pesquisa sobre a escola em que estudam?
Que histórias o prédio de sua escola pode contar?
Em que ano foi inaugurado?
Quem foi a pessoa que a escola homenageia com o seu nome?
Sempre funcionou com o mesmo nome?
Sempre no mesmo prédio e endereço?
Sofreu alguma reforma ou ampliação?
Sua escola tem uma arquitetura única ou existem outros prédios do mesmo modelo que ela?
Após os trabalhos de pesquisa, seria interessante organizar uma roda de conversa para socializar as informações.
Nas próximas páginas, apresentamos um pouco das histórias de algumas de nossas escolas,
que você poderá compartilhar com seus alunos.
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ESCOLAS NO BRASIL COLÔNIA
Do período conhecido como Brasil Colônia, não restou nenhum prédio escolar, mas sabemos que foram organizadas as ESCOLAS DAS PRIMEIRAS LETRAS,
onde se ensinava a ler, a escrever e a contar.
Adaptado de Guia das Escolas Tombadas. Centro de Referência da Educação Pública da Cidade do Rio de Janeiro. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. 2.ed. 2008.
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Escola Municipal Gonçalves Dias nos dias de hoje
SOBRE A ESCOLA
Atende a 790 alunos e dispõe de
• Sala de Leitura
• Laboratório de Informática
• Auditório
• Laboratório de Ciências
EQUIPE DE DIREÇÃO
• Diretora: Fabíola Daniele da Silva
• Diretora Adjunta: Sandra de Oliveira
• Coordenadora Pedagógica: Mônica Rocha Maciel da Silva
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO:
“Diversidade – respeito às
diferenças”
Equipe de direção, no pátio interno da escola.
Da esquerda para a direita, Professoras Sandra, Fabíola e Mônica.
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MAIS UMA ESCOLA DO BRASIL IMPÉRIO
“Estacinho se sentiu muito orgulhoso de seus ancestrais.
Ao longo dos séculos da história brasileira, reagiram, corajosamente, às terríveis condições
que a escravidão lhes havia imposto.”
Caderno do Aluno – p. 54
Outra escola municipal que apresenta forte ligação com o nosso Rio de Janeiro é a ESCOLA MUNICIPAL LUIZ DELFINO, cuja história vale a pena
conhecer e compartilhar com os alunos.
A Escola Luiz Delfino originou-se da escola denominada Zé Índio, apelido de Zózimo, negro, ex-escravo, que trabalhava para a família Pereira da
Silva, proprietária de uma fazenda no atual bairro da Gávea. Zé Índio acompanhava as viagens dessa família e aprendeu a ler e a escrever.
Em 1861, ao voltar da Europa, fundou uma escola na fazenda onde morava para ensinar “a cartilha e as matemáticas” a filhos de escravos e
outras pessoas sem posses. Quando Zé Índio morreu, no início de 1870, sua escola já funcionava no atual endereço da Escola Luiz Delfino, no
bairro da Gávea.
Por volta de 1922, a escola passou a se chamar Luiz Delfino, em homenagem ao médico, senador da República e poeta catarinense que viveu no
Rio de Janeiro.
Adaptado de Guia das Escolas Tombadas. Centro de Referência da Educação Pública da Cidade do Rio de Janeiro. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. 2.ed. 2008.
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Escola Municipal LUIZ DELFINO nos dias de hoje
SOBRE A ESCOLA
• A escola atende ao Primário Carioca. No momento, com
turmas do 3º ao 6º Ano Experimental.
• A maioria de seus 304 alunos é moradora da Rocinha.
EQUIPE DE DIREÇÃO
• Diretor: Luiz Claudio Felix
• Diretora Adjunta: Angela Fonseca Hermes Rocha
• Orientadora Educacional: Maria Claudia Guimarães Marques
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO:
“Conhecimentos, construção e cuidado Professor Luiz Claudio Felix, Diretor da Escola, e
Professora Angela Fonseca, Diretora Adjunta.
com nossos maiores bens: Acima, a fachada da escola.
materiais e imateriais”
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ESCOLAS NO BRASIL REPUBLICANO
Para representar o Brasil Republicano, mencionamos uma escola que é o símbolo da Educação Infantil em nossa cidade: o JARDIM DE INFÂNCIA
MUNICIPAL CAMPOS SALLES, que atende a esse público desde sua criação, no ano de 1909. Localizada no Campo de Santana, centro da cidade, foi o
primeiro jardim de infância a ser instalado no então Distrito Federal (Rio de Janeiro). Sua primeira sede foi construída em madeira e, em 1944, foi
substituída pelo prédio que conhecemos hoje, com suas paredes revestidas de pedra.
Adaptado de Guia das Escolas Tombadas. Centro de Referência da Educação Pública da Cidade do Rio de Janeiro. Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro. 2.ed. 2008.
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Jardim de Infância Municipal Campos Salles nos dias de hoje
SOBRE A ESCOLA
. Salas de aula
. Sala de Leitura
. Salão de música
. Sala de vídeo
. Refeitório
. Sala de Direção (Gabinete)
. Sala de Secretaria
NÚMERO DE ALUNOS
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EQUIPE DE DIREÇÃO
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO:
“Eu e os Campos: Salles e Santana” Na foto ao lado, a Professora
Adriana, Diretora, e a Professora
Mauricélia, Diretora Adjunta.
Acima, a fachada da escola.
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Apresentamos, também, outra escola do Brasil Republicano cuja história está diretamente relacionada à história do Rio de Janeiro: a ESCOLA MUNICIPAL
ESTÁCIO DE SÁ, que recebeu o nome do fundador de nossa cidade e que foi construída no mesmo local da fundação – entre os morros Cara de Cão e Pão
de Açúcar, atual bairro da Urca.
A Escola Municipal Estácio de Sá foi criada no ano de 1911 e recebeu, em 1930, o nome atual.
PÃO DE AÇÚCAR
MORRO
CARA DE CÃO
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Escola Municipal Estácio de Sá nos dias de hoje
SOBRE A ESCOLA
A escola atende a 566 alunos distribuídos em 18 turmas, do 1º ao 9º Ano.
Conta com
. 9 salas de aula
. 1 Sala de Leitura PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO:
. 1 Laboratório de Informática
“IMAGENS E ESPAÇOS”
. 1 refeitório
. 1 sala de Direção (Gabinete)
. 1 sala de Secretaria e Coordenação Pedagógica
EQUIPE DE DIREÇÃO
Diretora: Cleide Porciúncula Bresciani
Diretora Adjunta: Solange Braga de Oliveira Na foto acima, a Equipe de
Coordenadora Pedagógica: Claudia Aparecida Travassos Nunes Direção.
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Outra escola que tem relação com a história de nossa cidade é a ESCOLA MUNICIPAL PONTE DOS JESUÍTAS, localizada no bairro de Santa Cruz e inaugurada
em 1943.
O nome da escola se refere à Ponte do Guandu, em Santa Cruz, hoje mais conhecida como “Ponte dos Jesuítas”. A ponte, monumento da arquitetura
jesuítica do Rio de Janeiro, foi construída no ano de 1752 para, além de permitir a travessia do interior para a capital, “puxar”, por suas comportas, as
águas decorrentes de inundações que prejudicavam a agricultura, matavam os rebanhos e destruíam as moradias da região.
Com a canalização do rio Guandu, o conjunto arquitetônico da “Ponte dos Jesuítas” foi destituído de sua função original. Em 1938, ao ser tombado pelo
Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), teve sua importância histórica e arquitetônica consagrada: tornou-se um dos cinco primeiros
bens tombados no Brasil.
Adaptado de Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH)
Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
(http://www0.rio.rj.gov.br/patrimonio/principal.shtm)
http://cre6-rjrj.blogspot.com.br/
As aulas-passeio são uma prática de nossas escolas. Os roteiros culturais são bastante apreciados: Teatro Municipal Hélio Oiticica, Instituto Moreira Salles,
Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Centro Cultural Banco do Brasil, Espaço Oi Futuro - Museus das Telecomunicações, Fundação Eva Klabin,
Museu Casa do Pontal, Museu de Arte do Rio, Centro Cultural do Poder Judiciário, entre outros.
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Escola Municipal PONTE DOS JESUÍTAS nos dias de hoje
SOBRE A ESCOLA
• A escola atende a 684 alunos, que estão distribuídos entre turmas do 1º ao
9º Ano.
EQUIPE DE DIREÇÃO
http://cre6-rjrj.blogspot.com.br/
• Diretora Adjunta: Ana Lúcia de Medeiros Durão
• Coordenadora Pedagógica: Alessandra Castro Haubrick da Silva
PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO:
“Conhecer para transformar ”
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AULAS-PASSEIO: O encontro entre a escola e a vida
http://cre6-rjrj.blogspot.com.br/
Uma boa AULA-PASSEIO demanda um roteiro prévio – quanto mais detalhado, melhor. Nele, é preciso que o professor tenha bem claros os
objetivos da visitação, bem como a forma de avaliação a ser pedida à turma a partir da atividade.
Uma saída em grupo desperta no aluno a sensação de pertencimento, o que por si só já é altamente positivo, além de criar oportunidade para
outras expressões igualmente benéficas. O professor também pode aproveitar o contato extramuros para ensinar regras básicas de trânsito e
locomoção urbana.
Para Freinet, o educador francês que apresentou a proposta das aulas-passeio, a movimentação física é acompanhada de mais ebulição mental,
que, combinada com as novidades com as quais o aluno se depara, estimula o pensamento crítico e o raciocínio.
As próximas páginas trazem algumas imagens de pontos turísticos da cidade que podem ser compartilhadas com os alunos. A partir delas, é possível
trabalhar a leitura de imagens e a produção textual, além de Rodas de Conversa em que os alunos podem falar a respeito de suas impressões acerca da
cidade, o que conhecem, o que não conhecem e o que gostariam de conhecer.
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PONTOS TURÍSTICOS DA CIDADE
www.curtosim.com.greja da Penha
IGREJA DA PENHA
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PONTOS TURÍSTICOS DA CIDADE
pt.wikipedia.org
planetaesporte.correio.com.br
PEDRA DA GÁVEA
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