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Foto: Júnior Silva

As belezas em TAPIRAÍ são abundantes e podem ser vistas de diversos pontos do município e a qualquer
hora do dia ou da noite. Nesta nona edição, o leitor vai curtir uma série de reportagens com inúmeros
encantos, com destaque para a Expedição Floresta, que visitou a Cachoeira das Moças, no Rio Belchior,
e “Um dia de caboclo”, no Ribeirão da Anta, com direito a passeio de barco, banho de cachoeira e almoço
caipira. Ainda tem o crepúsculo da capa, que prova que TAPIRAÍ é bela 24 horas por dia e o ano inteiro. TAPIRAÍ
63 ANOS
Revista
comemorativa
CATEGORIA TURISMO
Tapiraí, exuberante por natureza.

Editorial

Crescimento e qualidade
Olá, tapiraienses. É com imensa satisfação que coloca-
mos na praça, na data e hora prevista, mais uma revista
para celebrar o aniversário da nossa cidade: TAPIRAÍ,
63 anos.

É bom lembrar que esta edição, com 32 páginas, su-


pera a edição anterior, de 28, e mantém a tiragem de
três mil revistas impressa em papel de qualidade e
muito brilho, além da versão digital interativa.

Também superarmos e agradecemos os nossos par-


ceiros publicitários, peças fundamentais na consoli-
dação deste projeto, trabalho importante na valori-
Via ECO zação do nosso povo e na divulgação das belezas da
nossa Terra.

Como sempre, mantivemos o foco no turismo e de-


mos, ainda mais dinamismo, humanadade e intera-
tividade à publicação.

O rearranjo na disposição das peças publicitárias é


outro ponto alto da nona edição. Tudo isso aponta
que a Arão Editora se organiza para, em 2023, pro-
duzir uma décima edição de arromba.
foto: Foguinho

Jesus Vicente
editor

15 - 99677-0532
Pág. 4 Tapiraí - fevereiro 2022.
Tapiraí, exuberante por natureza.

Índice
08 - Tapiraí vista de longe

10 - Vale uma visita

12 - Flagrantes da pauta 1

14 - Terra de guia pássaros

16 - Flagrantes da pauta 2

18 - Cabeça da Anta vira bando

20 - Monumento por acaso

22 - Um dia de caboclo

24 - Retratos do passado

26 - Expedição cachoeira

30 - Sindicato rural de artes

Tapiraí - Belezas dia e noite

Editado por Arão Editora- CNPJ 24.588.882/0001-16 / Tapiraí - SP


Tiragem: 3 mil exemplares
Impressão: Igil indústrias gráficas Ltda.
Jornalista responsável: Jesus Vicente - MTB 48.394 / Arfoc A1445
Capa: Crepúsculo de verão - foto: Júnior Silva
Revisão: Nataly Zucarello
Edição Gráfica - MakePage Comunicação - Reinaldo Oliveira.

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Tapiraí, exuberante por natureza.

Tapiraí vist
Fotos: Jesus/Repórter Autônomo

As atendentes da Casa do Artesão confessam que o número de


turistas que visitam o local não é preciso, mas calculam que ao
menos mil pessoas passam por ali todos os anos. “Não temos esse
número exato, até porque alguns acabam não assinando [o livro
de presença], mas com certeza mais de mil pessoas de fora passam
por aqui a cada ano”, estima Cristina Nakiri, artesã e atendente
voluntária do estabelecimento.
E são visitantes de todas as partes do mundo. Isso mesmo, não são
apenas paulistas, brasileiros ou sul-americanos que visitam Tapi-
raí. O livro de registro de visitas da Casa está recheado de assina-
turas de holandeses, alemães, austríacos, poloneses, italianos e até
do mundo Árabe (Dubai). “Eu já atendi gente do Mato Grosso,
Goiás, Santa Catarina, praticamente de todas partes do País e,
principalmente, muitos estrangeiros”, acrescenta Rose Maria Pa-
dilha, outra artesã e também atendente voluntária.

No dia em que a reportagem da ARÃO EDITORA esteve na


Casa do Artesão, 18 de janeiro, uma terça-feira, ela registrou a
presença de quatro visitantes em aproximadamente meia hora de W

permanência no local. Wellington Pereira e Daniel Lima Bastos,


de Jundiaí, foram conhecer a Casa enquanto aguardavam a abertu-
ra da loja do Palmito. Já as amigas piedadenses Simone Schutte e
Catarina Solla, chegaram pouco depois. Elas aproveitram a visita
para curtir os artesanatos e comprar balinhas de gengibre, espe-
cialidade do Município.
A maior parcela dos visitantes à Casa, acreditam as artesãs, são de
viajantes e turistas de passagem, que sobem ou descem a serra de
Paranapiacaba pela SP-79, principal ligação do Sul do País com o
planalto sorocabano, porta da região Norte do Estado de São Pau-
lo. “Mas boa parte é de gente que vem especificamente para nossa
cidade, principalmente os visitantes europeus”, conclui Cristina.
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Tapiraí, exuberante por natureza.

ta de longe

Livro de assinaturas da Casa do Artesão regista visita de turistas de divesas partes do mundo.

Wellingon e Daniel, de Jundiaí, e Simene e Catarina, de Piedade, durante visita à Casa do Artesão de Tapiraí.

COMO CHEGAM

A pousada Salve Floresta é provavelmente a responsável pela maio-


ria das assinaturas estrangeiras do livro de registros da Casa do Ar-
tesão. Desde sua fundação, há 30 anos, a pousada atua no mercado
europeu, mais precisamente na Alemanha, e, frequentemente, um
grupo de gringos aporta por aqui. Inclusive, o atual administrador
do estabelecimento é um alemão, Laurim de tal
O avistamento de pássaros, carro-chefe da pousada Trilha dos Tu-
canos, também tem atraído um número significante de visitantes
estrangeiros à cidade.
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Casa do Artesão

Um local a
Fotos: Jesus/Repórter Autônomo

Associação nasceu no Comercial no começo do século; as mulheres são maioria

Há 7 anos um casarão amarelo vivo enfeita a entrada da cidade de


Tapiraí. No alto da porta principal, talhado em madeira, apenas a
inscrição: Casa do Artesão. Lá dentro vivem e convivem 47 inte-
grantes da associação dos artesões de Tapiraí. O espaço é uma bele-
za, só. É um casarão antigo dos anos 1960, amplo e repleto de coisas
belas que essas 47 pessoas produzem artesanalmente.
Éeinfinita a quantidade e diversidade dos produtos. São esculturas,
pinturas, lembrancinhas, geleias, molhos e por aí afora. Tem até arte
indígena também, produtos da tribo Tekoa Guyra Pepo, dos Gua-
rany M´Bya, povo que habita Tapiraí há 5 anos. Quem aprecia artes
e trabalhos manuais se encanta, não tem como não se encantar! É
muito colorido, muita invenção, singeleza é uma porção de simpli-
cidade em cada peça.

A Descoberta
A maioria esmagadora, 43 das 47 pessoas, são mulheres, apenas três
homens – Sérgio Cardoso, com cerveja artesanal; Roberto Domingo
Sanches, com antinhas e passarinhos em madeira e seu Jorge, com
madeira, integram o seleto grupo. Todos são voluntários e, de plan-
tão em plantão, elas mantém a casa aberta de segunda a segunda.
Mas não pense que os artesões de Tapiraí são de agora. O grupo se
formou lá no começo do século, no bairro Princesa Isabel, quando
o lugar era mais conhecido como Comercial e a frente do salão foi
fechada de pau a pique com madeira de chá. Eram seis pessoas: José
Augusto, Iracema Cavalhere, Edna Mara, Terezinha Guimarães,
Sandra Aparecida dos Santos e Antônio Benedito Amorim.
Atualmente o grupo ocupa espaço de mais 200m² na avenida Natan
Chaves, entrada [norte] da cidade.

Horário
Segunda à sexta – das 9h às 17h
Sábados, domingos e feriados – das 9h às 18h
(15) 99677-0532
Tapiraí Artesão.
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ser visitado

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Monumento por acaso


Por mais de meio século Tapiraí viveu a era do
extrativismo e a madeira – fatiada em serra fita
– sustentou a economia do patrimônio. Hoje,
aposentada, uma delas, símbolo do progresso de
outrora, repousa na entrada [sul] da cidade.

Mas a relíquia não está ali como monumento,


não, como pensou a reportagem da Arão Edito-
ra, quando a fotografou para esta edição. A fer-
ramenta foi deixada para venda.

“Eu falei pra ele, Moisés, o dono da peça, põe


aqui, já de caso pensado. Sei que isso é duro de
vender e enquanto isso me serve de monumento.
E quem olhar pra peça ainda vai ver a bor-
racharia”, diverte-se Sebastião Lemes, o
borracheiro Gaúcho.

Gaúcho gostaria de instalar a ser-


ra fita definifivamente no local,
“mas não tenho como comprar,
ele pede 5 mil. Essa coisa aí é
histórica pro município e está no
lugar de certo e estratégico para um
monumento”, conclui.

Campanha Monumento Sul

A Arão Editora vai entrar nessa briga e


trabalhar, por colaboração via pix, pela
compra e instalação do momunento serra
fita na entrada sul da cidade ao longo de
2022. O dinheiro arrecado acima do valor
será usado na construção da instalação da
peça, como base de concreto, cobertura e
jardinagem. Se o valor arrecadado não for o
sufiente ou até lá a peça já tenha sido vendida,
o valor será repassado à Casa do Artesão em
revistas da edição 2023.
A prestação de conta será feita na edição de 2023

PIX - 25588882000116 - cnpj


Comprovante para (15) 99677-0532

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Tapiraí, exuberante por natureza.

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Tapiraí, exuberante por natureza.

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para o v

Abaixo, flagrante de uma sabiá


laranjeira na praça central da cida-
de. Ave mãe, do alto, obseva com
preocupação seu seu filhote perse-
guido pela lentre da reportagem.

Pág. 14 Tapiraí - fevereiro 2022.


Tapiraí, exuberante por natureza.

e pássaros
Fotos: Jesus/Repórter Autônomo

Com mais de 380 espécies, quarta colocação no Estado de São


Paulo e na rota de estrangeiros, TAPIRAÍ se consolidada no tu-
rismo de observação de pássaros e produz o seu primeiro guia: o
matuto Alef Felipe Garcia Domingos, 28 anos, filho da terra, nas-
cido na Fazenda Velha. Depois de trabalhar quatro anos na pou-
sada Salve Floresta, Felipe observou que os passarinheiros (aquele
que observa pássaros) traziam seus guias. “Vi que eu já conhecia
uma boa parte porque meu avô piava pássaros pra caçar e eu vivia
de estilingue no pescoço quando era moleque”, conta Felipe

Com a experiência matuta e muita sede de aprender, Felipe


devorou um livro de pássaros de 280 páginas e mais de mil
figuras, em dois meses. “Depois que você decora a imagem, a
foto, tem a segunda parte, que é identificar (o pássaro) pela
sua vocalização, o canto”, explica o guia.

Ele conta, ainda, que o turismo de observação de pássaros


cresce vertiginosamente no município, que pousada Salve
Floresta foi o ponto inicial para o seu vôo como profissional e
que a Trilha dos Tucanos é referência nacional neste segmen-
to turístico.

“Em TAPIRAÍ tem pássaros em todos os cantos, são 387


espécies fotografadas, mais uma descrita. Sem falar que al-
guns são endêmicos, como a Maria Leque’’, explica Felipe.
No jargão da biologia, endêmicas são as espécies encontradas
exclusivamente num determinado tipo de formação vegetal e
em mais nenhum outro lugar.
No mundo existem mais de 10 mil espécies, no Brasil, até o
momento, são 1.919, no Estado 803 e em Tapiraí 387 espé-
cies catalogadas.
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Tapiraí, exuberante por natureza.

Flagrantes da pauta
Agro Turvo

Foto: José Carlos de Sindolfo


Beleza da tarde - pôr do sol na Tribo de Estrelas.

Cogumelos
O Esmeraldo Ro-
drigues se espantou
quando viu essa
Canela tomada de
cogumelo de alto a
baixo. “Nunca tinha
visto nada parecido.
Era cogumelo de
mais”.
Fotos: Jesus/Repórter Autônomo

Bike - uns usam para o esporte, outros para o trasporte. De um jeito ou de outro as bicicletas
Pág. 16 Tapiraí - fevereiro 2022. enfeitam a cena urbana e rural de Tapiraí.
Tapiraí, exuberante por natureza.

Foto: Jesus/Repórter Autônomo


Encantos da natureza - “Quando a lua nasce por de trás da
mata/fica cor de prata a imensidão.
Quando a lua esconde logo romper a aurora, vou dizer agora do ama-
nhecer.” ( Tião Cerrero e Pardinho)
Foto: Jesus/Repórter Autônomo
Foto: Esmeraldo Rodrigues

Poesia - “Eu fico até comovido/diante de tal façanha/parece um lençol flo-


rido/estendido na montanha.” (Trecho de Poesia pra Giovana, de Edermival Teles)
Foto: Eduardo Suzuki/disparo automático

A imagem de Eduardo Suzuki nesse retrato, um pontinho branco no pé de


uma árvore, dá a dimensão dessa Fiqueira, estimada em 40m de altura, 6m
de diâmetro e 350 anos. Ela está no bairro Princesa Isabel. Tapiraí - fevereiro 2022. Pág. 17
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Cabeça da Anta
Fotos: Jesus/Repórter Autônomo
vira bando

A velha cabeça de bronze de uma anta jorrando água pela boca


no meio da serra, o símbolo mais significativo do Município de
Tapiraí, não está mais sozinha. Há seis meses, a cabeça mais
famosa da região, está acompanhada de uma família de antas.

O local, que já era requisitado pela parada em si e pela fon-


te, agora está mais atrativo, principalmente pela perfeição
das esculturas, esculpidas em concreto armado pelo artis-
ta Luís Pedro Coelho, escultor renomado com obras em
diversos pontos do País, inclusive no parque Beto Carrero
World, em Santa Catarina.

A empresária Margarete Balparda conta que a ideia surgiu


de uma prosa com o artista, que é cliente do seu estabe-
lecimento, “mas não esperávamos que as esculturas iriam
agradar tanto o público como agradou. Realmente elas (as
antas) trouxeram um novo olhar para o local e a gente só
tem recebido elogios”, diz Margarete.
Os animais, em tamanho real, estão à margem da SP\79, em frente a
Lanchonete e Restaurante Cabeça da Anta, e virou ponto obrigatório
de selfie para quem desce e sobe a serra. A anta é o maior mamífero da América do Sul e o maior
símbolo do município por dar nome à localidade.
Tapir = anta. TAPIRAÍ = lugar, terra da anta.
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Flagrantes da pauta Foto: João Pedro Negrão

Os fuscas estão alta em TAPIRAÍ. Vira e mexe João Pedro tem só nove anos, mas
se vê um. Tem até fusca na rifa. Esse do retra- já mostra a genética da fotografia do
to, subindo a serra do Salve Floresta, enfeitou a pai, o fotógrafo Pedro Henrique Negrão.
paisagem. Essa saíra ele captou na Pousada Salve
Floresta, em dezembro/22, e passa a ser
sua primeira foto publicada.

Fotos: Jesus/Repórter Autônomo


Quando a névoa desce sobre os morros e cerca a cidade,
o colorido realça e a beleza condensa.

Pág. 20 Tapiraí - fevereiro 2022. Criatividade - violão virou floreira e computador lixeira; da borboleta faceira
não se tem informação.
Tapiraí, exuberante por natureza.

Tapiraí
anda colorida.
Os canteiros,
os muros,
a Fran e o João
dão prova disso.

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Um dia de cabloco
Aquele que quiser viver um dia de caboclo basta ir ao Ribeirão da Anta,
região sul do município, a 15 km do centro da cidade, bem lá no meio da
mata. O certo é chegar bem cedo para tomar um café com broa, ouvir o
cantar dos pássaros e apreciar a comunidade geograficamente e conhecer
suas inúmeras histórias.

E assuntos não faltam, afinal faz quase 100 anos que Gumercindo
Alves da Silva, com a esposa Mariana Maria de Jesus e filhos se ar-
rancharam naquela costa de serra, no meio da imensidão, apenas.

Após o café e a prosa matinal, o bom é botar o pé na trilha e curtir a


Mata Atlântica ouvindo os pássaros. Depois da andança, ainda an-
tes do almoço orgânico, com tudo produzido ali na comunidade, dá
tempo de ver o monjolo trabalhar, aprender a tecer cestos e peneiras
de taquara com a mestra Elisa e até fazer beiju de milho.

Pós rango

Passada a ressaca do almoço, é hora do passeio de barco ou caiaque


pelas águas da represa do Alecrim com direito a banho na cachoeira
do Dezembro, cujo acesso é somente embarcado. O lago é imenso e
o local é paradisíaco.

Pra fechar o dia, uma visita à sede da associação e um banho pra


lavar a alma nas cachoeirinhas da Pedra Lisa e da Massagem.

Contatos para agendamento:


Fotos: Jesus/Repórter Autônomo

Osmedir: (15) 99616-6515


Valdirene: (15) 99766-1208
Cilene: (15) 99766-4525

A Comunidade também aluga barcos


somente para atividade pesqueira, sem
a necessidade de contratação de guia
barqueiro, mas neste caso o pescador
precisa ter carta de Arrais.
Tucunaré é o peixe que mais se pesca
na represa.

Os advogados Zeca Moreira e João Ataíde, convidados da Arão Editora, e


Pág. 22 Tapiraí - fevereiro 2022. o guia barqueiro Osmidir, durante passeio no lago da represa do Alecrim.
Tapiraí, exuberante por natureza.

Cachoeira de Dezembro tem acesso restrito e chegada somente pelas águas do Alecrim

Geraldo Alves, 89 anos, chegou criança e vive até hoje na comunidade.


Fotos: Zeca Moreira

João Ataíde na
cachoeirinha
da massagem

Elisa Maria de Jesus, 86 anos, mestra em tecer taquaras


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Painel do Miguel

Retratos do passado
Na última década do século passado, despretensiosamente, o
professor de biologia Miguel Ângelo Avanzzi, recém chegado
de Ourinhos-SP, começou a retratar os tapiraienses, informal-
mente. Eram fotos naturais, sem poses, clicks aleatórios.

A Era era analógica e, portanto, as imagens captadas em


filmes eram depois reveladas e ampliadas em papel fotó-
grafo. Com o tempo, Miguel reuniu mais de 200 retratos e
o resultado é esse: três diversificados painéis onde
muita gente se vê, lembra do passado e, invariavelmente,
se emociona.

O Painel do Miguel está na Casa do Guia, no jardim Nova


Conquista. O local, uma de suas moradias, está em obra de
adaptação. Assim que inaugurado, terá visitação pública.

Fotos: Jesus/Repórter Autônomo

Aos 90
Ela não está no Painel
do professor Miguel,
mas está ali no meio
da serra, na Água
Doce, há exatos 90
anos. Bruna Cor-
Professor Minguel segura um dos seus painéis; material é um docimento visual, um ridoni é filha de
registro histórico das pessoas da cidade. Catarina Banidini
e Sabatino Corri-
doni e nasceu em 9
de Fevereiro de 1932,
ano em que sua família,
italiana, chegou em TA-
PIRAÍ para produzir carvão e Dona Bruna
viver basicamente do extrativismo. foto/arquivo da família

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Tapiraí, exuberante por natureza.

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Cachoeira das Moças

Queda no Be
Foto: Paulinho Americano

Foto: Paulinho Amaricano


Cachoeira das Moças impressiona pela altura, volume da água e o burulho que produz.

Fotos: Jesus/Repórter Autônomo

Foto acima mostra corredeira no rio Belchior no mesmo circuito da


cachoeira das Moças. Ao lado, Cachoeira das Moças vista de cima.

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Tapiraí, exuberante por natureza.

elchior
ameaça reinado do Chá
A quase desconhecida Cachoeira das Moças, num grotão medonho lá pras
bandas dos Valandros, no Rio Belchior, encanta pela sua beleza e se impõe
pela grandiosidade que tem. São mais de 40 metros de altura e um volume
de água significativo, capaz de produzir um barulho ensurdecedor ao redor
e provocar uma brisa fina e fria que resfria a pele e suaviza a alma.
Impossível não se encantar com o tamanho do espetáculo que a cachoeira
das Moças encena, e, quem conhece a cachoeira do Chá, não tem como não
compará-las. Só uma medição precisa poderá dizer acertadamente, mas a
olho nu, a impressão que se tem é que a queda do Belchior supera a cascata
do Rio Verde em altura e em volume d’água.
Para ampliar o favoritismo, a cachoeira das Moças não se apresenta só.
Além de um belo poço para o banho na sua base inferior, ela traz consi-
go, como vizinha, logo abaixo, a cachoeira das Velhas. É uma queda bem
menos significante, mas também com uma beleza ímpar e um explendor
imensurável.
Ainda no mesmo circuito, a poucos metros rio abaixo, as águas do Belchior
começam a se agitar n’uma corredeira volumosa, barulhenta e encantadora,
formando uma fita branca sobre o leito rochoso do rio de aproximadamen-
te 120 metros, no mínimo.
Ao todo, da base superior da cachoeira das Moças até a última agitação da
corredeira [ainda sem nome], o trecho deve medir aproximadamente 500
metros de extensão. O que não dá para medir e nem calcular são as belezas,
os encantos e as emoções que as cachoeiras e a corredeira daquele trecho
do Belchior produzem.

Foto: Paulinho Americano Foto: Paulinho Americano

Corredeira de aproximadamente 120


metros termina nesta linda queda de
beleza deslumbrante

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Tapiraí, exuberante por natureza.

Cachoeira das Moças

Beleza restrita
Ao contrário da cachoeira do Chá, que
está a 2km do asfalto e com trilha de
alta mobilidade, o acesso à cachoeira das
Moças é dificílimo. Primeiro porque ela
está em uma propriedade particular e a
estrada que dá acesso, apesar de muni-
cipal, tem porteira com cadeado. Além
disso, o último trecho da estrada, uns 3
km dos 15 totais, só de 4x4.
Terminada a estrada, o jeito é encarar
a mata sem trilha, no rumo e no peito,
até chegar próximo do rio e, literalmen-
te, rolar ribanceira abaixo, se agarrando
a cipós e a troncos, até chegar no leito
do rio e, olhando para cima, ver as águas
do Belchior despencando no precipício,
formando o espetáculo que o aventureiro
procura: a Cachoeira das Moças.
Depois de apreciar a cascata de alto a
baixo, é hora de descer para a cachoeira
das Velhas, e voltar a enfrentar as paredes
lisas e íngremes dos penhascos. A sequên-
cia do passeio, para se chegar à corredeira, continua com o mesmo grau de
dificuldade e o aventureiro precisa voltar a subir e a descer encostas para
poder apreciar os pontos mais significantes da corredeira.

A aventura pode terminar ali, no final da corredeira, com retorno para o


ponto de chegada. Mas a EXPEDIÇÃO FLORESTA optou por descer
rio abaixo e sair pelo sítio do Valdir, uns 4 km rio abaixo. Para uma aventura
dessa é preciso pernas e espírito de aventura em dia para suportar as difi-
culdades do sobe e desce nos grotões e encarar os escorregões, as quedas, os
arranhões e os sustos que a mata fechada sempre lhe oferece de surpresa.

Parada para obervar a beleza da mata e se alimentar

Linha amarela mostra o


Pág. 28 Tapiraí - fevereiro 2022. caminho percorrido na mata.
Tapiraí, exuberante por natureza.

difícil acesso

O motorista Fabrício e os mateiros Paulinho, Tiagão e Armando e o repórter Jesus


Vicente em frente a Tribo de Estrela prontos para se embrenhar na mata fechada.

Parque dos Sonhos


O circuito da cachoeira das Moças tem potencial turístico além do parque
do chá. O poder público acena, inclusive, com uma possível desapropriação
e estruturação do local para ampliar sua oferta turística e desafogar a ca-
choeira do chá, que superlota nos fins de semana de verão.
O vereador Jan Glasser já levou a discussão à Câmara Municipal via reque-
rimento, “mas como envolve recursos públicos, projeto dessa natureza tem
que partir do Executivo”, diz o parlamentar.

Expedição floresta
Equipe – Tiago Nacimento, Paulinho Americano, Armando Faria,
guias; Jesus Vicente, repórter; Fabrício, motorista e o cão Barbudinho.
Duração: 11 horas- das 6h às 17h em 3\2\2022
Distância: total – 42km, 32 de carros e 10km a pé
depois de cinco horas de caminhada pelas margens do Rio Bechior.

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Tapiraí, exuberante por natureza.

Sindicato rural de artes Fotos: Jesus/Repórter Autônomo

Máquinas de costura, ferros de passar roupas, filma-


doras, peças de madeira, pequenas esculturas e óleo
sobre telas predominam na coleção do Sindicato.

Bem no centro da cidade, nas esquinas da rua Paulo Ca- mar em 2015, quando o agricultor Aroldo Todesco
valcante Magalhês com a Joaquim dos Reis, o Sindicato assumiu a presidência da entidade. Apaixonado por
Rural Patronal Antônio Aoki também é um ponto cultu- peças antigas, ele começou a levar algumas coisas da
ral e turístico na cidade. O local, além oferecer assistên- família para o Sindicato “e aos poucos fui ganhan-
cias e cursos aos seus associados e à comunidade, abriga do uma (peça) aqui, comprando outra acolá e hoje é
uma série de peças antigas que dá, ao salão principal do
isso que você vê”, diz Aroldo.
prédio, uma cara de museu. São mais de 30 peças antigas
como máquinas de costura, filmadoras, ferro de passar e
diversas outras peças dos tempos da vovó. Alem de serviços subsidiados aos sócios e à comu-
nidade, como dentista e advogado, o Sindicato Ru-
Além dos objetos antigos, o espaço ainda ral Patronal de TAPIRAÍ oferece uma série de
abriga peças em madeira esculpidas pelo cursos que tem como objetivo apoiar o ho-
tempo, pequenas esculturas e óleo sobre mem do campo e ajudá-lo no aprendizado
telas de artistas da cidade e de fora. de aplicação de novas tecnologias.
A construção do acervo começou a se for-

Pág. 30 Tapiraí - fevereiro 2022.


Tapiraí, exuberante por natureza.

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