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lOMoARcPSD|20160565

O Ano da Morte de Ricardo Reis- resumos

Português (Ensino Médio - Portugal)

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O ano da morte de Ricardo Reis


Resumo dos capítulos
CAPÍTULO I CAPÍTULO III

Ao fim de dezasseis anos no Brasil, Ricardo Reis presencia o “bodo do Século”,


Ricardo Reis desembarca no cais de onde foram distribuídos 10 escudos,
Alcântara, em Lisboa (29 de dez. 1935), agasalhos, brinquedos e livros aos pobres.
vindo na embarcação “Highland Brigade”.
Lídia tratava-o com obediência porque foi
Deambulação de táxi por Lisboa; educada assim;

Alojamento no Hotel Bragança, no quarto Reis tinha preconceito pelas mulheres do


n.º 202. povo, achando-as burras, mas o narrador
acha o contrário e afasta-se desse
Na sala de jantar, vê, pela primeira vez,
preconceito para deixar claro que elogia a
Marcenda, figura que lhe desperta
inteligência de Lídia;
interesse por ter a mão esquerda
paralisada. Último dia do ano de 1935 (quis sair à rua
passados 16 anos, para observar a
CAPÍTULO II
passagem de ano em Lisboa);
Deambulação pelas ruas da cidade;
1.º encontro com FP, que o informa de que
Leitura dos jornais para se inteirar das tem ainda oito meses para circular à vontade
notícias sobre a morte e o funeral de no mundo dos vivos para se humanizar.
Fernando Pessoa (30 nov. 1935); Despedem-se com promessas de futuros

Visita o túmulo de FP no Cemitério dos encontros.

prazeres em lisboa; CAPÍTULO IV


Ao jantar, no Hotel Bragança, desce mais O narrador comenta notícias dadas pelos
cedo para ver Marcenda. O gerente jornais sobre acontecimentos de 2/3
Salvador conta-lhe a história do pai (Dr. semanas, usando a ironia para: se
Sampaio, notário) e da filha (órfã de mãe, distanciar do discurso ideologicamente
braço todo paralisado), que vêm a Lisboa comprometido os jornais (Estado novo);
“todos os meses três dias”. para denunciar a tolerância do
1º encontro com a criada Lídia, cujo nome analfabetismo; para ir apresentando Reis
o deixou surpreso; como alienado da realidade por ser
incapaz de ler criticamente os jornais;

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Lídia não estava habituada a ser tão bem Ricardo Reis vai ao Teatro D. Maria com a
tratada e com tanto respeito, pois a maior intenção de travar conhecimento com o
parte dos hóspedes, tratavam-na com pai e a filha.
inferioridade; A única que a trata bem é a
À noite, recebe a visita de Fernando
Marcenda).
Pessoa no seu quarto e os dois falam
Ricardo Reis sente-se atraído fisicamente sobre a Lídia das odes e a Lídia criada do
por Lídia: põe-lhe a mão no braço e diz- hotel (sublime / prazeres carnais) e sobre
lhe que a acha bonita. No entanto, estes o fingimento literário.
atos fazem-no sentir-se ridículo.
Lídia aparece e volta a dormir com
Ricardo Reis envolve-se com a criada, que Ricardo Reis.
entra no seu quarto, durante a noite,
CAPÍTULO VI
deitando-se com ele.
Ocorre uma conversa entre Reis e
2º encontro com FP na esquina da rua de
Marcenda, devido ao caso médico desta.
Santa Justa, os dois conversam sobre a
Ela pede ajuda ao “amigo” e pergunta-lhe
multiplicidade de “eus” e a morte. Critica-
se há cura. Reis descobre que Marcenda
se sarcasticamente (narrador omnisciente)
perde a mobilidade do braço na mesma
a miséria dos pobres e a hipocrisia dos
altura que perdera a sua mãe,
governantes.
perguntando-lhe se ela não tem vontade ou
Pessoa defende que há 2 lados da vida: não consegue mesmo mexer a mão. Na
Lado da vida= viver; Lado do sonho= mesma conversa, Reis aconselha-a a não
morrer. E Reis defende: lado da vida= perder a esperança e que continue a ir a
viver; Lado do sonho= sonhar; Lisboa para ocultar o caso que o seu pai
tem na cidade;
CAPÍTULO V
Marcenda conta que para além do
Apresentação de Ricardo Reis e de
problema no braço tem problemas de
Marcenda;
coração e isso deve-se a outros desamores;
Surge encontros noturnos entre Ricardo
Nessa noite, Reis janta com os Sampaio e
Reis e Lídia, que cada vez estão mais
discutem sobre política.
próximos Dr. Sampaio e a filha Marcenda
voltam a estar hospedados no Hotel Lídia não o visita porque está com ciúmes
Bragança, nos quartos 204 e 205, e de Marcenda;
tencionam ir ver a peça “Tá Mar” de Alfredo
Reis apaixona-se por Marcenda, e deixa
Cortez, onde são manifestados os
Lídia de rastos, por ser ignorada;
nazarenos.

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O fim do capítulo, trata-se de Reis chegar ao desconfiança do pessoal e dos hóspedes


quarto e não ver vestígios de Lídia; do hotel.

CAPÍTULO VII Lídia, que tem um meio-irmão que é oficial


da Marinha de Guerra e não gosta do
Ricardo Reis compra e lê Conspiração, obra
governo salazarista, fica preocupada e
que lhe foi recomendada pelo doutor
tenta prevenir Reis das práticas
Sampaio, nacionalista convicto, e que
(interrogatórios, torturas e castigos) da
relata a lealdade da jovem Marília ao
sistema. Contexto do resto da Europa. PVDE.

Referência aos acontecimentos da guerra Reis desce para o jantar, e o Dr. Sampaio

civil espanhola e ao estado caótico da ignora-o, desconfiado, mas mais tarde Reis

Europa política; expressa-lhe a sua opinião sobre o livro


recomendado, Conspiração, defendendo o
Ricardo Reis começa a ficar doente;
regime ditatorial. Tal posição confunde
Lídia volta a dormir com Ricardo Reis ao Sampaio.
fim de cinco dias.
Marcenda marca um encontro (colocando
RR encontra Fernando Pessoa num café um bilhete por debaixo da porta), para o
do bairro e falam sobre os acontecimentos dia seguinte, com Ricardo Reis no Alto de
políticos em Portugal e Espanha (a vitória Santa Catarina. Antes da sua chegada,
da esquerda em Espanha) e o regresso de Reis conversa com Fernando Pessoa que
Ricardo Reis a Portugal (contraste entre o o questiona sobre a sua relação com
Carnaval do Brasil e o corso na Av. Da Marcenda. Durante o encontro, a filha do dr.
Liberdade). Preparação de golpe militar Sampaio pede a Reis que lhe escreva sobre
pelo General Franco; o resultado da intimidação pela PVDE.

Refugiados de Espanha começam a 5.º encontro com FP.


chegar a Lisboa;
CAPÍTULO IX
Reis persegue apressadamente uma “figura
RR vai à PVDE, onde é interrogado num
vestida de preto” - 4º encontro com FP.
clima de suspeição. Regressado ao hotel,
CAPÍTULO VIII escreve a carta prometida Marcenda,
tranquilizando-a.
Ricardo Reis fica doente, com febre, e
Lídia dispensa-lhe todos os cuidados. À noite, quando dormem juntos, informa
Lídia de que vai deixar o Hotel Bragança,
Dias depois, ele recebe uma intimação para
e esta prontifica-se a ir visitá-lo nos seus
comparecer na Polícia de Vigilância e
dias de folga.
Defesa do Estado (PVDE), o que desperta a

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Ricardo Reis aluga uma casa no Alto de deixar de ir a Lisboa e por termo ao seu
Santa Catarina, defronte à estátua do relacionamento com RR).
Adamastor.
CAPÍTULO XII
CAPÍTULO X
Lídia prontifica-se a cuidar da limpeza da
Reis escreve uma segunda carta a nova casa e os dois acabam por se
Marcenda, agora para a informar da sua envolver fisicamente.
nova morada. Dias depois deixa o hotel.
RR escreve nova carta a Marcenda.
Crítica à presença alemã na capital
Reis procura emprego, indo substituir
portuguesa (“excursionistas” e membros da
temporariamente um colega especialista em
Frente Alemã de Trabalho).
cardiologia e pneumologia. Esta situação
Na sua primeira noite na casa alugada, leva-o a escrever novamente a Marcenda.
recebe a visita de Fernando Pessoa e
Sentado num banco do Alto de Santa
falam sobre a solidão de ambos.
Catarina, Reis concentra-se no “Jornal”
6.º encontro com FP. para se inteirar dos acontecimentos
(contexto histórico). Quando regressa a casa,
Lídia oferece-se para limpar a casa de RR;
recebe uma carta de Marcenda, em
RR vai tentar de tudo para construir a sua Coimbra, prometendo que o visitará no
identidade sem medos; consultório.

CAPÍTULO XI CAPÍTULO XIII


Instalação na nova casa e existe já um RR encontra-se com Fernando Pessoa
sentimento de solidão; junto à estátua do Adamastor e conversam

Lídia visita RR para verificar se está bem acerca das relações amorosas de Reis e

instalado na sua nova casa e ele acaba por sobre a vida e a morte. Continuam a sua

beijá-la na boca. Lídia compromete- se a ir conversa a caminho de casa e, ao lá chegar,

a casa de reis para lhe limpar a casa e RR depara-se com Victor da PVDE. Tal

assim acaba por estra mais tempo com leva-os a falar da ida de Reis à polícia, de

ele. Salazar e de Hitler. Reis vai buscar os


jornais para ler as notícias a Fernando
Dias depois, recebe a visita de Marcenda,
Pessoa, que já não sabe ler, pois Pessoa
acabando os dois por se beijar e por
já está morto e por isso não consegue ler.
trocar declarações amorosas. Ela
confidencia que o pai que que ela vá a Lídia, durante as limpezas, é seduzida por

Fátima (provavelmente preparando-a para Reis. O médico repele-a, o que deixa a moça
triste e sem perceber o que se passava.
Marcenda aparece no consultório e Ricardo

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propõe que se casem, mas ela recusa, por Diálogo sobre o irmão de Lídia, Daniel;
considerar que não seriam felizes.
8.º encontro com FP.
7.º encontro com FP.
CAPÍTULO XVI
CAPÍTULO XIV
Reflexão sobre Os Lusíadas e Mensagem:
Reis recebe uma carta de Marcenda FP não dedica, em parte alguma, uma
pondo termo ao relacionamento e pedindo- poema a Camões e tem remorsos.
lhe para nunca mais lhe escrever. Informa-o
RR escreve uma ode a Marcenda.
também de que irá a Fátima.
Lídia informa-o de que está grávida e não
Reis lê o “Jornal”.
tenciona abortar. Ele reage enervado e
Reis volta a The God of the Labyrinth: o alheado.
tabuleiro de xadrez mostra um homem morto,
Fernando Pessoa faz nova visita a Reis e
Addis-Abeba. Este corresponde a Ricardo
falam sobre política (a perspetiva do
Reis, mas Reis só morre no final do romance.
regime em relação a várias
Restabelece-se a relação de Reis com personalidades e o obscurantismo do
Lídia, mas o médico vai a Fátima com o mesmo) e a gravidez de Lídia (RR
intuito de ver Marcenda, mas não a confessa-lhe que vai ser pai e que ainda
encontra. não decidiu se perfilhará a criança).

CAPÍTULO XV 9.º encontro com FP.

Reis reflete sobre a sua estadia e eventual CAPÍTULO XVII


partida para o Brasil, sobre o tempo,
Realização do filme de Lopes
Pessoa, Marcenda e Lídia.
Ribeiro acerca do enredo do
Quando Lídia regressa, conversa com ela livro Conspiração e a participação de Vitor
sobre as notícias do jornal “O Século”. neste filme (Vitor pertencia à PIDE).

Fernando Pessoa visita novamente RR e Ricardo Reis vai pela Calçada da Estrela até
os dois falam sobre o facto de Reis ao Cemitério dos Prazeres para se
continuar a ser vigiado por Victor, as encontrar com Fernando Pessoa e
relações amorosas de ambos e o destino. conversam sobre o golpe militar de

Reis assiste a uma simulação de um Espanha.

ataque aéreo-químico; conversa sobre este 10.º encontro com FP.


exercício com Lídia e ainda sobre a fuga de
um preso, este exercício é propaganda
CAPÍTULO XVIII
política do regine do estado novo

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Massacre na Praça de Touros em Badajoz.


Esta ocorrência irá contrastar com um evento
em Lisboa: RR vai assistir ao comício em
defesa do Estado Novo e de Salazar, na
Praça de Touros do Campo Pequeno.

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