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CÓDIGO : 19033

Nome: _______________________________________________________________________________ Turma: __________________

Unidade: ________________________ Professor: _________________________________________ Data: ______/______/_______

Instruções:
 Faça sua avaliação à caneta azul ou preta.
 Provas feitas à lápis, com uso de corretivo ou rasuradas não serão recorrigidas.
 Assinale apenas uma alternativa para cada questão. A marcação em mais de uma alternativa anula
a questão.
 Não serão fornecidas folhas para rascunho.
 Esta prova contém 7 páginas.

 Você é imperador?
LÍNGUA PORTUGUESA  Não digo isso. Mas a verdade é que você faz
um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando
TEXTO I o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo.
UM APÓLOGO Eu é que prendo, ligo, ajunto...
Machado de Assis Estavam nisto, quando a costureira chegou à
casa da baronesa. Não sei se disse que isto se
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo passava em casa de uma baronesa, que tinha a
de linha: modista ao pé de si, para não andar atrás dela.
 Por que está você com esse ar, toda cheia de Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da
si, toda enrolada, para fingir que vale alguma coisa agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e
neste mundo? entrou a coser. Uma e outra iam andando
 Deixe-me, senhora. orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das
sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os
 Que a deixe? Que a deixe, por quê? Por que lhe galgos de Diana - para dar a isto uma cor poética. E
digo que está com um ar insuportável? Repito que dizia a agulha:
sim, e falarei sempre que me der na cabeça.
 Então, senhora linha, ainda teima no que dizia
 Que cabeça, senhora? A senhora não é há pouco? Não repara que esta distinta costureira
alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os
importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima.
deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco
 Mas você é orgulhosa. aberto pela agulha era logo enchido por ela,
 Decerto que sou. silenciosa e ativa como quem sabe o que faz, e não
 Mas por quê? está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que
ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi
 É boa! Porque coso. Então os vestidos e andando. E era tudo silêncio na saleta de costura;
enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão não se ouvia mais que o plic-plic plic-plic da agulha
eu? no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a
 Você? Esta agora é melhor. Você é que os costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse
cose? Você ignora que quem os cose sou eu, e e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou
muito eu? esperando o baile.
 Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A
prendo um pedaço ao outro, dou feição aos costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha
babados... espetada no corpinho, para dar algum ponto
necessário. E quando compunha o vestido da bela
 Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano,
dama e puxava a um lado ou outro, arregaçava
vou adiante, puxando por você, que vem atrás,
daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a
obedecendo ao que eu faço e mando...
linha, para mofar da agulha, perguntou-lhe:
 Também os batedores vão adiante do
imperador.
1
 Ora agora, diga-me quem é que vai ao baile, no em que uma possível causa para essa dificuldade é
corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da apresentada, de forma coerente com o texto.
elegância? Quem é que vai dançar com ministros e A leitura geral do texto mostra que a linha se
diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da sentia tão superior que menospreza a todos, até
costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? mesmo a costureira.
Vamos, diga lá. A linha não aceitava ser o que era, pensava que
Parece que a agulha não disse nada; mas um era mais importante ser uma agulha ou um
alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, alfinete.
murmurou à pobre agulha: A compreensão do texto faz o leitor perceber
 Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir que a linha era importante apenas para a
caminho para ela, e ela é que vai gozar da vida, costureira, que a valorizava mais que valorizava
enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze a agulha.
como eu, que não abro caminho para ninguém. Ao longo do texto, o leitor toma conhecimento
Onde me espetam, fico. de que a linha, em toda sua prepotência, não
consegue aceitar o fato de ser menos
Contei esta história a um professor de melancolia,
importante do que outrem.
que me disse, abanando a cabeça: - Também eu
tenho servido de agulha a muita linha ordinária!
(Disponível em: <
http://pessoal.educacional.com.br/up/50280001/1527329/Contos.pdf> Acesso
em: 05 jul. 2019)
O narrador nos revela duas principais personagens:
a agulha e a linha. ESCOLHA a alternativa em que
Glossário se observa uma semelhança na personalidade de
- coser: costurar. cada uma dessas personagens do Texto 1.
- feição: feitio, forma; configuração. Bravura, coragem.
- batedor: cada um dos soldados ou criados, Egoísmo, mesquinhez.
Petulância, prepotência.
montados e fardados, que precedem a
Imprudência, irresponsabilidade.
carruagem das pessoas reais.
- subalterno: inferior; subordinado.
- modista: costureira. O desfecho do conto traz outra personagem que faz
- mofar: zombar; fazer troça de; brincar com. uma revelação coerente, tendo em vista o perfil da
personagem principal e suas atitudes reveladas
pelo narrador. APONTE o sentido da conclusão da
MARQUE a opção em que há características narrativa, especialmente a última frase,
presentes no Texto 1 que permitam afirmar que a considerando a trajetória dos protagonistas.
se trata de um conto. O final do conto indica que as pessoas precisam
Há descrição de personagens e cenários a se valorizar sempre, ignorando aquelas que
partir de palavras e expressões julgam ser inferiores.
caracterizadoras. A narrativa mostra que muitas pessoas devem
O autor defende seu ponto de vista a partir de se ver mais como agulha e menos como linha,
argumentos consistentes e objetivos. estando sempre à frente de suas vidas.
Uma história é narrada de acordo com O desfecho do conto revela que as pessoas,
orientações dos personagens principais. muitas vezes, se veem como a agulha, servindo
O texto apresenta poucos personagens, e todo de ponto de apoio aos outros que não as
o enredo tem como centro um único conflito. valorizam.
A história apresenta dois perfis distintos de
pessoas: as que nasceram para servir e as que
nasceram para serem servidas.
O Texto 1, conto de autoria de Machado de Assis,
traz um interessante personagem na figura da linha.
Pelo olhar do narrador, o leitor toma conhecimento
da personalidade da linha e de sua dificuldade em
aceitar os argumentos da agulha. MARQUE a opção

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TEXTO II Mas não sabe muito bem
Como vai dizer
POEMA DE SETE FACES
Carlos Drummond de Andrade Te dou meu coração
Queria dar o mundo
Quando nasci, um anjo torto Luar do meu sertão
desses que vivem na sombra Seguindo no trem azul
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
Toda vez que for assoviar
As casas espiam os homens A cor do trem
que correm atrás de mulheres. É da cor que alguém fizer e você sonhar
A tarde talvez fosse azul, Não faz mal não ser compositor
não houvesse tantos desejos. Se o amor valeu
Eu empresto um verso meu
O bonde passa cheio de pernas: Pra você dizer
pernas brancas pretas amarelas. Só me dará prazer
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu Se viajar contigo
coração. Até nascer o sol
Porém meus olhos Seguindo no trem azul
não perguntam nada. Te dou meu coração
Queria dar o mundo
O homem atrás do bigode Luar do meu sertão
é sério, simples e forte. Seguindo no trem azul
Quase não conversa.
Vai lembrar…
Tem poucos, raros amigos
Disponível em: <https://www.cifraclub.com.br/roupa-nova/seguindo-no-trem-
o homem atrás dos óculos e do bigode. azul/ > Acesso em: 06 jul. 2019.

Meu Deus, por que me abandonaste


se sabias que eu não era Deus MARQUE a opção em que há um par de versos do
se sabias que eu era fraco. Texto III que poderia ser ligado por um conectivo de
valor adversativo, sem que ocorra qualquer
Mundo mundo vasto mundo, alteração no sentido original.
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução. Você é pessoa que nem eu / Que sente amor
Mundo mundo vasto mundo, Não faz mal não ser compositor / Se o amor
mais vasto é meu coração. valeu
Te dou meu coração, / Queria dar o mundo
Eu não devia te dizer Eu empresto um verso meu / Pra você dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.
Considere os trechos a seguir:
Disponível em:
<http://www.algumapoesia.com.br/drummond/drummond01.htm>. Acesso em:
06 jul. 2019.
Texto II: Mundo mundo vasto mundo, / mais vasto
é meu coração.
*gauche (fr.): esquerdo; no texto, refere-se a alguém
Texto III: Te dou meu coração / Queria dar o mundo
desajeitado, sem graça ou sem traquejo social.
Tendo em vista os versos de cada texto, APONTE a
diferença de visão existente em relação ao ponto de
TEXTO III
vista de cada autor sobre o coração.
Seguindo no trem azul
No Texto II, a visão é de que seu coração é
Roupa Nova
muito maior do que o mundo, já, no Texto III, fica
Confessar, sem medo de mentir evidente o contrário, seu coração não tem o
Que, em você, encontrei inspiração mesmo “tamanho”, é limitado.
Para escrever No Texto II, seu coração não tem o mesmo
Você é pessoa que nem eu “tamanho”, é limitado, já, no Texto III, fica
Que sente amor

3
evidente o contrário, a visão é de que seu TEXTO IV
coração é muito maior do que o mundo.
No Texto II, coração e mundo apresentam o
mesmo tamanho, são grandiosos. Já no Texto
III, coração e mundo não apresentam o mesmo
tamanho, o primeiro é maior que o segundo.
No Texto II, o eu lírico reconhece o tamanho do
coração, por isso o compara ao mundo. Já no
Texto III, o eu lírico desconhece o tamanho do
coração, sendo o mundo um lugar perdido.
Fonte: https://megaphoneadv.blogspot.com/2018/02/vamos-falar-sobre-
inveja.html

As sete estrofes do Texto II exibem as sete faces


da poesia de Drummond, nos tons e nos temas. Após a leitura da tirinha, MARQUE a opção correta
Visto isso, Faça a correlação adequada entre quanto ao desfecho da história.
estrofes e temas e, em seguida, marque a opção
A primeira personagem se sente ofendida por
com a sequência correta.
perceber que a segunda personagem duvida do
Estrofe 1 ( ) a prece que a primeira está sentindo.
Estrofe 2 ( ) o humor Há uma quebra de expectativa gerada pela
Estrofe 3 ( ) a oralidade primeira personagem, no último quadrinho,
devido à resposta irônica da segunda
Estrofe 4 ( ) a caricatura personagem.
Estrofe 5 ( ) o retrato falado A segunda personagem conclui que as
Estrofe 6 ( ) a conversa quase prosa sensações que a primeira personagem estava
sentindo eram reais, porém exageradas.
Estrofe 7 ( ) o ritmo exato A linguagem não verbal da segunda
3 – 6 – 1 – 5 – 4 – 2 – 7. personagem, no terceiro quadrinho, responde
5 – 7 – 3 – 4 – 2 – 1 – 6. às dúvidas da primeira personagem, nos dois
2 – 4 – 7 – 1 – 3 – 6 – 5. quadrinhos anteriores.
6 – 7 – 3 – 1 – 2 – 4 – 5.

Quando conversamos com amigos ou familiares,


Leia o período seguinte, inspirado no Texto III, e costumamos utilizar a linguagem informal,
assinale a opção cuja reescritura está correta. constituída por marcas da oralidade. Considerando
a tirinha anterior, APONTE a alternativa em que se
observa uma marca explícita de oralidade presente
Toda vez que for assoviar, pense na cor do
no texto.
trem que faz você sonhar.
“Amiga, sabe aquelas dores no estômago,”
“Tô sentindo a mesma coisa hoje.”
Mesmo que vá assoviar, pense na cor do trem “O que você acha que eu tenho?”
que faz você sonhar. “Inveja...”
Sempre que for assoviar, pense na cor do trem
que faz você sonhar.
Para que possa assoviar, pense na cor do trem
que faz você sonhar.
Como você vai assoviar, é importante pensar na
cor do trem que o faz sonhar.

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MATEMÁTICA
Os gafanhotos são conhecidos por serem capazes
de ocasionar danos às plantações. O
Ao comprar um tênis, João observou que no solado desmatamento promove uma redução do número
do calçado havia duas numerações de tamanho, de predadores naturais, permitindo o aumento de
uma para o Brasil e outra diferente para Portugal. indivíduos, além das mudanças climáticas que
Isso ocorre porque o Brasil adota uma fórmula de provocam um aumento da temperatura, o que
numeração de calçados diferente de Portugal. favorece a proliferação de insetos. Um gafanhoto,
cuja característica marcante é a presença do último
O número S de um calçado no Brasil é determinado par de pernas alongado e adaptado para saltos,
pela fórmula S  (5P  28) 4, enquanto para salta para o alto, percorrendo uma trajetória
Portugal, o mesmo calçado é numerado usando a descrita por h(x)  3x2  30x, em que h(x) é a altura
fórmula S  (5P  32) 4, em que P, nas duas
em centímetros e x é a distância horizontal
fórmulas, é o tamanho do pé em centímetros. alcançada, também em centímetros.
O tênis que João comprou tem numeração 38 para A altura máxima (em cm) atingida pelo gafanhoto
o Brasil. Assinale a alternativa correta que no salto é:
corresponde ao tamanho que esse mesmo tênis
traz indicado para Portugal. 55
25
41. 100
40. 75
36.
39.

Considere o movimento de um objeto atirado ou


jogado verticalmente para cima, sendo modelado
Uma empresa realiza o transporte de mudanças
de acordo com a equação y  20x2  50x , em que
intermunicipais. Para facilitar o trabalho dos
funcionários na elaboração de orçamentos, y representa a altura, em metros, alcançada por
disponibiliza um quadro que relaciona o preço a ser esse corpo em x segundos depois de ser
cobrado com a distância percorrida entre a coleta e arremessado.
a entrega dos objetos. O preço total a pagar (P) é Dessa forma, o tempo que o objeto permanece no
composto por um valor proporcional à quantidade ar, é igual a:
de quilômetros percorridos (d), acrescido de um
2,5 s.
valor fixo de R$ 400,00, referente ao carregamento
e à descarga dos objetos. 1,5 s.
1,25 s.
2,0 s.
Representação parcial do quadro disponível
na empresa
Distância
10 20 30 ...
percorrida (km) Um balão partirá perpendicularmente do chão, em
Preço total a pagar trajetória retilínea, deslocando-se constantemente
430 460 490 ...
(R$) 2 metros a cada segundo.
Sabendo disso, Fábio, que está a 4 3 m do ponto
De acordo com as informações apresentadas no
de onde o balão partirá, posicionou seu estilingue a
quadro, a expressão algébrica que relaciona o preço
uma altura de 2 metros do chão e o armou,
total a pagar (P) em função da quantidade de
apontando uma pedra a ser disparada pelo
quilômetros percorridos, d, é
estilingue, a 60°, no mesmo plano que contém a
P  400  3d trajetória do balão, como indica a figura. Admita
P  400  10d que:
P  400d  3 - As dimensões do balão são desprezíveis;
P  3d  10 - Para acertar o balão, Fábio deverá apenas
aguardar o tempo t que o balão leva do chão até
atingir a mira do seu estilingue para dispará-lo.
5
x = 30° e y = 90°
x = 45° e y = 90°
x = 45° e y = 75°
x = 90° e y = 60°

Ruan começou os treinamentos para correr uma


meia maratona: 21km de distância. Seu treinador
sugeriu que iniciasse os treinos correndo distâncias
Na situação descrita, t é igual a: menores e fosse aumentando a cada semana, até
que suportasse os 21km sem muitas alterações na
7,5 s.
7 s. frequência cardíaca. Ruan, então, decidiu fazer os
6,5 s. treinamentos correndo em torno de uma praça
5,5 s. circular cujo raio é de 35 metros. Quantas voltas, no
mínimo, ele precisaria dar nessa praça para
alcançar os 21km de distância percorrida?
(Adote π  3)
Uma gangorra deve ser construída apoiando-a pelo
ponto médio num suporte central de 0,5 metro de 100
altura. Seus assentos, situados em suas 10
extremidades, devem atingir no máximo 1 metro de 50
altura e, ao tocar o solo, formar com este um ângulo 200
de 30°, qualquer que seja o lado da gangorra a tocar
o solo.

A área do polígono com vértices em pontos do


quadriculado é 30 cm². Qual é a área, em cm², de
cada quadradinho do quadriculado?

Para que os assentos não ultrapassem a altura


máxima estabelecida, o comprimento da gangorra,
em metro, deve ser
0,50.
1,00.
1,15.
2
2,00.
3
4
6
Encontre os valores dos arcos x e y indicados na
figura abaixo e assinale a opção correta.
Um construtor pretende murar um terreno e, para
isso, precisa calcular o seu perímetro. O terreno
está representado no plano cartesiano, conforme a
figura, no qual foi usada a escala 1: 500. Use 2,8
como aproximação para 8.

6
Seu texto deverá:
 conter obrigatoriamente argumentos que
sustentem suas opiniões;
 ter entre 20 e 25 linhas;
 apresentar letra legível e não conter rasuras;
 ter, no mínimo, três parágrafos;
 estar de acordo com a norma padrão para a
modalidade escrita;
 estar de acordo com a proposta apresentada.
De acordo com essas informações, o perímetro do
terreno, em metros, é
110.
120.
124.
130.

REDAÇÃO
O primeiro texto da prova de Português, “Um
apólogo”, do escritor Machado de Assis, narra uma
discussão entre uma linha e uma agulha. A
discussão entre elas nada mais é do que uma
disputa de vaidades; uma tentando mostrar sua
superioridade à outra. Neste conto, o autor ironiza
costumes humanos por meio de personagens
inanimados (linha e agulha). Através da história
destas personagens, Machado de Assis critica a
sociedade da época com seus ciúmes e invejas.
Para isso, o autor cria dois perfis de seres humanos:
os que trabalham firme e que, verdadeiramente,
“botam a mão na massa”, e os que não se
sacrificam tanto, mas recebem a fama pelo
trabalho feito. Este é um conto que serve para
mostrar as falhas do caráter humano. Através da
história da linha e da agulha, podemos refletir sobre
nossas próprias ações. Uma pergunta que
Machado focou no fim do texto é: “Sou linha ou
agulha?” ou seja, “Será que estou fazendo o
trabalho duro ou só me favorecendo pelo trabalho
alheio?” São esses questionamentos que fazem
este conto ser tão atual, apesar de ter sido escrito
no século XIX.

A partir das noções de pertencimento e adequação


social, escreva um texto dissertativo-argumentativo
em que você se posicione em relação à seguinte
proposta:
Entre ser e ter, como o indivíduo prefere ser visto
na sociedade atual?

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