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ENSINO MÉDIO - 1º ANO - PROVA DE RECUPERAÇÃO – I TRIMESTRE

GRADE DE RESPOSTAS
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A
B
C
D X
E

Questão 1
Eu gostava muito de passeá... saí com as minhas colegas... brinca na porta di casa di vôlei... andá de
patins... bicicleta... quando eu levava um tombo ou outro... eu era a::... a palhaça da turma... ((risos))... eu
acho que foi uma das fases mais... assim... gostosas da minha vida foi... essa fase de quinze... dos meus treze
aos dezessete anos...

A.P.S., sexo feminino, 38 anos, nível de ensino fundamental. Projeto Fala Goiana, UFG, 2010.

Um aspecto da composição estrutural que caracteriza o relato pessoal de A.P.S. como modalidade
falada da língua é
a) ausência de elementos promotores de coesão entre os eventos narrados.
b) vocabulário regional desconhecido em outras variedades do português.
c) realização do plural conforme as regras da tradição gramatical.
d) predomínio de linguagem informal entrecortada por pausas.
e) presença de frases incompreensíveis a um leitor iniciante.

Questão 2
O léxico e a cultura

Potencialmente, todas as línguas de todos os tempos podem candidatar-se a expressar qualquer


conteúdo. A pesquisa linguística do século XX demonstrou que não há diferença qualitativa entre os idiomas
do mundo — ou seja, não há idiomas gramaticalmente mais primitivos ou mais desenvolvidos. Entretanto,
para que possa ser efetivamente utilizada, essa igualdade potencial precisa realizar-se na prática histórica do
idioma, o que nem sempre acontece. Teoricamente, uma língua com pouca tradição escrita (como as línguas
indígenas brasileiras) ou uma língua já extinta (como o latim ou o grego clássicos) podem ser empregadas
para falar sobre qualquer assunto, como, digamos, física quântica ou biologia molecular. Na prática,
contudo, não é possível, de uma hora para outra, expressar tais conteúdos em camaiurá ou latim,
simplesmente porque não haveria vocabulário próprio para esses conteúdos. É perfeitamente possível
desenvolver esse vocabulário específico, seja por meio de empréstimos de outras línguas, seja por meio da
criação de novos termos na língua em questão, mas tal tarefa não se realizaria em pouco tempo nem com
pouco esforço.

BEARZOTI FILHO, P. Miniaurélio: o dicionário da língua portuguesa. Manual do professor. Curitiba: Positivo, 2004 (fragmento).

Estudos contemporâneos mostram que cada língua possui sua própria complexidade e dinâmica de
funcionamento. O texto ressalta essa dinâmica, na medida em que enfatiza
a) a inexistência de conteúdo comum a todas as línguas, pois o léxico contempla visão de mundo particular
específica de uma cultura.
b) a existência de diferenças vocabulares entre os idiomas, especificidades relacionadas à própria cultura dos
falantes de uma comunidade.
c) a tendência a serem mais restritos o vocabulário e a gramática de línguas indígenas, se comparados com
outras línguas de origem europeia.
d) a existência de línguas limitadas por não permitirem ao falante nativo se comunicar perfeitamente a
respeito de qualquer conteúdo.
e) a atribuição de maior importância sociocultural às línguas contemporâneas, pois permitem que sejam
abordadas quaisquer temáticas, sem dificuldades.

Questão 3
Leia o texto para responder à questão.
Quando eu falo com vocês, procuro usar o código de vocês. A figura do índio no Brasil de hoje não
pode ser aquela de 500 anos atrás, do passado, que representa aquele primeiro contato. Da mesma forma que
o Brasil de hoje não é o Brasil de ontem, tem 160 milhões de pessoas com diferentes sobrenomes. Vieram
para cá asiáticos, europeus, africanos, e todo mundo quer ser brasileiro. A importante pergunta que nós
fazemos é: qual é o pedaço de índio que vocês têm? O seu cabelo? São seus olhos? Ou é o nome da sua rua?
O nome da sua praça? Enfim, vocês devem ter um pedaço de índio dentro de vocês. Para nós, o importante é
que vocês olhem para a gente como seres humanos, como pessoas que nem precisam de paternalismos, nem
precisam ser tratadas com privilégios. Nós não queremos tomar o Brasil de vocês, nós queremos
compartilhar esse Brasil com vocês.

TERENA, M. Debate. MORIN, E. Saberes globais e saberes locais. Rio de Janeiro: Garamond, 2000 (adaptado).
Na situação de comunicação da qual o texto foi retirado, a norma padrão da língua portuguesa é
empregada com a finalidade de

a) demonstrar a clareza e a complexidade da nossa língua materna.


b) ressaltar a importância do código linguístico que adotamos como língua nacional.
c) comprovar a importância da correção gramatical nos diálogos cotidianos.
d) mostrar como as línguas indígenas foram incorporadas à língua portuguesa.
e) situar os dois lados da interlocução em posições simétricas.

Questão 4
Um anúncio publicitário articula texto verbal e visual a um conjunto de valores expressos por essa
composição. O cartaz abaixo foi divulgado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão para a campanha do
combate às drogas.
No slogan “Jogue contra as drogas. Entre neste time. Você também é responsável”, predomina a
função da linguagem

a) conativa, por tentar persuadir o destinatário.


b) fática, por se centrar no contato entre o locutor e o interlocutor.
c) referencial, por se tratar de uma mensagem essencialmente informativa.
d) emotiva, por expressar visão de mundo centrada no locutor do anúncio.
e) metalinguística, por se direcionar ao próprio código.

Questão 5
Compre produtos HP e livre-se do BUG do Milênio. Aí sobra mais tempo para você se preocupar com
o fim do mundo, dilúvio universal e outras profecias apocalípticas.
O texto acima exemplifica o uso da linguagem em função
predominantemente:
a) conativa
b) fática.
c) emotiva.
d) metalinguística.
e) referencial.

Questão 6
Desabafo
Desculpem-me, mas não dá para fazer uma cronicazinha divertida hoje. Simplesmente não dá. Não tem
como disfarçar: esta é uma típica manhã de segunda-feira. A começar pela luz acesa da sala que esqueci
ontem à noite. Seis recados para serem respondidos na secretária eletrônica. Recados chatos. Contas para
pagar que venceram ontem. Estou nervoso. Estou zangado.
CARNEIRO, João Emanuel. Veja Rio. 11 set. 2002. (Fragmento).

Nos textos em geral, é comum a manifestação simultânea de várias funções da linguagem, com o
predomínio, entretanto, de uma sobre outras. No fragmento da crônica Desabafo, a função da linguagem
predominante é a emotiva ou expressiva, pois
a) o discurso do enunciador tem como foco o próprio código.
b) o interlocutor é o foco do enunciador na construção da mensagem.
c) a atitude do enunciador se sobrepõe àquilo que está sendo dito.
d) o referente é o elemento que se sobressai em detrimento dos demais.
e) o enunciador tem como objetivo principal a manutenção da comunicação.

Questão 7
Entre ideia e tecnologia
O grande conceito por trás do Museu da Língua é apresentar o idioma como algo vivo e fundamental para
o entendimento do que é ser brasileiro. Se nada nos define com clareza, a forma como falamos o português
nas mais diversas situações cotidianas é talvez a melhor expressão da brasilidade.
SCARDOVELI, E. Revista Língua Portuguesa . São Paulo: Segmento, Ano II, n o 6, 2006.

O texto propõe uma reflexão acerca da língua portuguesa, ressaltando para o leitor a
a) inauguração do museu e o grande investimento em cultura no país.
b) importância da língua para a construção da identidade nacional.
c) afetividade tão comum ao brasileiro, retratada através da língua.
d) relação entre o idioma e as políticas públicas na área de cultura.
e) diversidade étnica e linguística existente no território nacional.

Questão 8
Os puristas e a mentira do “vale-tudo”
Atenção! Cuidado! Alerta! Não acredite nos puristas que andam declarando nos meios de comunicação que
os linguistas são defensores do “vale-tudo” na língua. Esse é mais um dos muitos argumentos falaciosos que
eles utilizam para desqualificar os resultados das pesquisas científicas e as propostas de renovação da
pedagogia de língua inspiradas em critérios mais racionais e menos dogmáticos, e em posturas políticas
menos intolerantes e mais democráticas.
É claro que, numa perspectiva exclusivamente linguística, de análise da língua em seu funcionamento
interno, tudo tem o seu valor. Afinal, como nada na língua é por acaso, então toda e qualquer manifestação
linguística está sujeita a regras e tem sua lógica interna: não há razão para atribuir maior ou menor valor à
forma linguística A ou à forma linguística B. Seria algo tão inaceitável quanto um zoólogo achar que as
borboletas têm maior valor que as joaninhas e que, por isso, as joaninhas devem ser eliminadas... Para o
cientista da linguagem, toda manifestação linguística é um fenômeno que merece ser estudado, é um objeto
digno de pesquisa e teorização, e se uma forma nova aparece na língua, é preciso buscar as razões dessa
inovação, compreendê-la e explicá-la cientificamente, em vez de deplorá-la e condenar seu emprego.
Mas o linguista consciente também sabe que a língua está sujeita a avaliações sociais, culturais, ideológicas,
e que precisa também ser estudada numa perspectiva sociológica, antropológica, política etc. Nessa
perspectiva, existem formas linguísticas que gozam de maior prestígio na sociedade, enquanto outras –
infelizmente – são alvo de estigma, discriminação e até de ridicularização. As mesmas desigualdades,
injustiças e exclusões que ocorrem em outras esferas sociais – no que diz respeito, por exemplo, ao sexo da
pessoa, à cor da pele, à orientação sexual, à religião, à classe social, à origem geográfica etc. – também
exercem seu peso sobre a língua ou, mais precisamente, sobre modos particulares de falar a língua.
BAGNO, Marcos. Não é errado falar assim! - São Paulo: Parábola, 2009, p.35-36.
Relacionando as ideias do texto a aspectos gerais da língua falada e da escrita, analise as proposições abaixo.
1) Numa perspectiva exclusivamente linguística, não há como negar que a modalidade escrita é
comunicativamente mais correta, já que a modalidade falada está mais sujeita a variações.
2) As manifestações mais evidentes de preconceito linguístico se aplicam à modalidade falada da língua e
atingem, especialmente, as pessoas que não dominam o que se chama de ‘Norma Culta’.
3) As atitudes discriminatórias que atingem certas variantes da modalidade falada se assemelham às
desigualdades, injustiças e exclusões que ocorrem em outras esferas sociais.
4) Para o cientista da linguagem, a alta frequência de formas linguísticas novas que surgem todos os dias na
modalidade falada atesta a maior dinamicidade dessa modalidade, em relação à escrita.
Estão corretas:

A) 1, 2, 3 e 4.
B) 2, 3 e 4, apenas.
C) 1, 3 e 4, apenas.
D) 1, 2 e 4, apenas.
E) 1, 2 e 3, apenas.

Questão 9
Leia a charge para responder à questão.

MACHADO, Dalcio. Correio Popular. Disponível em:https://www.facebook.com/CPopular/photos/pb.186546768078215.-


2207520000.1404670209./688749461191274/?type=36theater. Acesso em: 24 set. 2015.
Assinale a alternativa correta correspondente à função de linguagem predominante no excerto: “Meu
Deus!!”; “É o fim!! É o fim!!”
a) função poética, pois evidencia um modo não habitual de expressão e que comumente é utilizado pelos
jovens; trata-se de uma forma rebuscada de transmitir a mensagem.
b) Função metalinguística, uma vez que a personagem tem por objetivo explicar a fragilidade de suas
emoções ao receptor.
c) Função fática, haja vista que sua utilização tem por finalidade predominante o estabelecimento de um
contato com o leitor.
d) Função conativa, pois ilustra um apelo da personagem, cuja finalidade é influenciar o leitor sobre a
necessidade de haver uma relação mais próxima entre pais e filhos.
e) Função emotiva, uma vez que sua predominância é evidenciada pelas emoções expressas na fala da
personagem, as quais são intensificadas pelo uso de exclamações.

Questão 10
Essa propaganda defende a transformação social e a diminuição da violência por meio da palavra. Isso se
evidencia pela
a) predominância de tons claros na composição da peça publicitária.
b) associação entre uma arma de fogo e um megafone.
c) grafia com inicial maiúscula da palavra “voz” no slogan.
d) imagem de uma mão segurando um megafone.
e) representação gráfica da propagação do som.

Questão 11

MANDIOCA – mais um presente da Amazônia

Aipim, castelinha, macaxeira, maniva, maniveira. As designações da Manihot utilíssima podem variar de
região para região, no Brasil, mas uma delas deve ser levada em conta em todo o território nacional: pão-de-
pobre – e por muitos motivos óbvios.
Rica em fécula, a mandioca – uma planta rústica e nativa da Amazônia disseminada no mundo inteiro,
especialmente pelos colonizadores portugueses – é a base do sustento de muitos brasileiros e o único
alimento disponível para mais de 600 milhões de pessoas em vários pontos do planeta, e em particular em
algumas regiões da África.
O melhor do Globo Rural, fev. 2005 (fragmento).

De acordo com o texto, há no Brasil uma variedade de nomes para Manihot utilíssima, nome científico
da mandioca. Esse fenômeno revela que

a) “pão-de-pobre” é designação específica para a planta da região amazônica.


b) mandioca é o nome específico para a espécie existente na região amazônica.
c) existem variedades regionais para nomear uma mesma espécie de planta.
d) os nomes designam espécies diferentes da planta, conforme a região.
e) a planta é nomeada conforme as particularidades que apresenta.

Questão 12
[...]
Aos sete anos de idade imaginei que ia presenciar a morte do mundo, ou antes, que morreria com ele. Um
cometa mal-humorado visitava o espaço. Em certo dia de 1910, sua cauda tocaria a Terra; não haveria mais
aulas de aritmética, nem missa de domingo, nem obediência aos mais velhos. Essas perspectivas eram boas.
Mas também não haveria mais geleia, Tico-Tico, a árvore de moedas que um padrinho surrealista preparava
para o afilhado que ia visitá-lo. Ideias que aborreciam. Havia ainda a angústia da morte, o tranco final, com
a cidade inteira (e a cidade, para o menino, era o mundo) se despedaçando – mas isso, afinal, seria um
espetáculo. Preparei-me para morrer, com terror e curiosidade.
O que aconteceu à noite foi maravilhoso. O cometa de Halley apareceu mais nítido, mais denso de luz e
airosamente deslizou sobre nossas cabeças sem dar confiança de exterminar-nos. No ar frio, o véu dourado
baixou ao vale, tornando irreal o contorno dos sobrados, da igreja, das montanhas. Saíamos para a rua
banhados de ouro, magníficos e esquecidos da morte, que não houve. Nunca mais houve cometa igual, assim
terrível, desdenhoso e belo. O rabo dele media... Como posso referir em escala métrica as proporções de uma escultura
de luz, esguia e estelar, que fosforeja sobre a infância inteira? No dia seguinte, todos se cumprimentavam satisfeitos, a
passagem do cometa fizera a vida mais bonita. Havíamos armazenado uma lembrança para gerações vindouras que
não teriam a felicidade de conhecer o Halley, pois ele se dá ao luxo de aparecer só uma vez a cada 76 anos.
Nem todas as concepções de fim material do mundo terão a magnificência desta que liga a desintegração da Terra ao
choque com a cabeleira luminosa de um astro. Concepção antiquada, concordo. Admitia a liquidação do nosso planeta
como uma tragédia cósmica que o homem não tinha poder de evitar. Hoje, o excitante é imaginar a possibilidade dessa
destruição por obra e graça do homem. A Terra e os cometas devem ter medo de nós.
ANDRADE, Carlos Drummond de.

O vocabulário predominante no texto é característico da variedade culta da língua. Empregou-se, no


entanto, uma expressão de caráter coloquial, como se verifica em
a) "com terror e curiosidade".
b) "mais denso de luz".
c) "fosforeja".
d) "se dá ao luxo".
e) "tragédia cósmica".

Questão 13
Leia a tira para responder à questão.

Considerando-se a situação de comunicação entre Garfield e seu dono, a frase, em linguagem coloquial, que
preenche o balão do último quadrinho é:
a) Tenho de saboreá-lo bem?
b) Devo saborear a ele muito bem?
c) Convém que eu o saboreie bem?
d) Saboreá-lo-ei muito bem?
e) Eu tenho de saborear bem ele?

Folha de S.Paulo, 30 set. 2014. Adaptado.

Questão 14
A diversidade linguística no Brasil
O português não é a única língua falada em nosso país.
No Brasil são faladas muitas línguas diferentes porque aqui
convivem muitos povos e culturas diferentes. Os imigrantes
que vieram de vários lugares, por exemplo, trouxeram para cá
línguas que são, atualmente, faladas por seus descendentes: há
brasileiros que usam, no seu dia a dia, o japonês, o alemão, o
russo, o árabe, o italiano... Muitos brasileiros também falam,
com frequência, o inglês e o francês, porque aprenderam essas
línguas na escola ou em viagens. Os descendentes dos povos
africanos ainda hoje continuam usando palavras, expressões e
cânticos de línguas de origem africana em certos lugares mais
isolados e em algumas comunidades religiosas de centros
urbanos (candomblé, umbanda...). Os brasileiros surdos
também têm a sua própria língua: a língua de sinais. E,
finalmente, são faladas no país, hoje, por cidadãos natos, cerca de 180 línguas indígenas. O Brasil é,
portanto, um país multilíngue.
Muitos brasileiros se espantam quando ouvem falar no grande número de línguas indígenas existentes no
país. Isto acontece porque, com frequência, encontramos na imprensa e nos livros didáticos uma informação
errada: "os índios falam tupi (ou tupi guarani)". Mas, assim como não há um índio genérico, e sim muitos
povos ou etnias indígenas distintas, não há apenas uma língua indígena.
Agora, se o Brasil é um país tão claramente multilíngue, por que, no pensamento da grande maioria de
brasileiros, acredita-se que a única língua aqui falada é o português?
Para compreender essa questão, é importante entender que, se os falantes de uma língua têm poder
econômico e político, esta língua tem prestígio, sua gramática é estudada, seu vocabulário é documentado
em dicionários, sua literatura é publicada. Esta é a língua do governo, das leis, da imprensa. Quando, por
outro lado, os falantes de uma certa língua não têm poder, sua língua é vista pelos que falam a língua
prestigiada como se tivesse pouco ou nenhum valor. Línguas assim são chamadas de línguas dominadas ou
línguas subalternas. Basta olhar para a posição ocupada pelas populações indígenas brasileiras na história do
Brasil para entender por que as línguas indígenas brasileiras são desconhecidas ou têm sido ignoradas no
país.
Ministério da Educação. Referencial curricular nacional para as escolas indígenas. Brasília: MEC/Secad, 2005, pp. 115-117. Adaptado.

O texto, em sua ideia central, pretende chamar a atenção dos leitores para o fato de que:

a) foram muitas as entradas de imigrantes no território nacional.


b) o português tem sua gramática e seu vocabulário estudados e sua literatura publicada.
c) o Brasil é um território marcado por uma grande diversidade linguística.
d) às vezes, vemos na imprensa informações erradas acerca das comunidades indígenas.
e) existe no Brasil uma língua de sinais específica para os brasileiros surdos.

Questão 15
O texto, além de sua questão central, pretende esclarecer o motivo pelo qual

a) existem brasileiros que usam, por exemplo, em seu cotidiano, língua como o japonês, o alemão, o russo, o
árabe, o italiano.
b) os descendentes dos povos africanos, sobretudo em algumas comunidades religiosas, continuam usando
expressões de origem africana.
c) as normas do mercado de consumo e do escoamento da produção são ditadas pelos povos indígenas.
d) as línguas faladas pelas populações indígenas brasileiras ainda não são conhecidas nem estudadas em
nosso país.
e) atualmente, os brasileiros surdos também podem dispor de uma língua específica – a língua de sinais.

Questão 16
Entre as muitas informações expressas no texto, aquela que poderia sintetizar o conteúdo central do
texto é
a) "Muitos brasileiros se espantam quando ouvem falar no número de línguas indígenas existentes no país".
b) "os índios falam tupi (ou tupi guarani)".
c) "se os falantes de uma língua têm poder econômico e político, esta língua tem prestígio".
d) "O Brasil é um país multilíngue".
e) "Línguas assim são chamadas de línguas dominadas ou línguas subalternas.

Questão 17
A respeito da realidade linguística brasileira, podemos afirmar que:
a) na história do Brasil, a língua portuguesas foi vista, sempre, como tendo pouco ou nenhum valor.
b) nenhum brasileiro desconhece a real situação do país: um país com uma grande diversidade linguística.
c) a língua falada pelas diversas comunidades ou etnias indígenas é o tupi.
d) no Brasil, são faladas atualmente mais de uma centena de línguas indígenas.
e) o prestígio de uma língua não depende de seu poder econômico ou político.

Questão 18
Em relação às línguas indígenas, o autor é explícito ao afirmar que essas línguas:
a) têm seu vocabulário registrado em dicionários.
b) são chamadas de línguas dominadas ou línguas subalternas.
c) são desconhecidas ou têm sido ignoradas no país.
d) se assemelham à língua tupi (ou tupi guarani)”.
e) são usadas em algumas comunidades religiosas de centros urbanos.

Questão 19
Analise o seguinte trecho: “Muitos brasileiros se espantam quando ouvem falar no grande número de
línguas indígenas existentes no país”. Essa afirmação nos leva a concluir que:
1) A realidade linguística brasileira ainda é desconhecida no país.
2) Existe a impressão meio simplista de acreditar que o Brasil é um país monolíngue.
3) As línguas indígenas são mais difíceis de serem aprendidas que o português.
Está(ão) correta(s):
a) 1, 2 e 3.
b) 1 apenas.
c) 2 apenas.
d) 1 e 2 apenas.
e) 1 e 3 apenas.

Questão 20
Leia a tira para responder à questão.

O Estado de S.Paulo, 13 abr. 2016.


O efeito de humor que se obtém na tirinha decorre, principalmente,
a) da despreocupação de Zé Lelé com a situação de risco em que se encontra seu amigo.
b) da variedade linguística empregada na fala do segundo quadrinho.
c) da incoerência que se verifica na relação entre fala e imagem.
d) da ambiguidade que pode resultar da compreensão da primeira fala.
e) da expressão de pavor da personagem representada no primeiro quadrinho.

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