Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Nota:
QUESTÕES DE VESTIBULAR
Prof.
1)No poema de Manuel Bandeira, há uma ressignificação de elementos da função referencial da linguagem
pela:
Essa pequena
Meu tempo é curto, o tempo dela sobra
Meu cabelo é cinza, o dela é cor de abóbora
Temo que não dure muito a nossa novela, mas
Eu sou tão feliz com ela
Meu dia voa e ela não acorda
Vou até a esquina, ela quer ir para a Flórida
Acho que nem sei direito o que é que ela fala, mas
Não canso de contemplá-la
Feito avarento, conto os meus minutos
Cada segundo que se esvai
Cuidando dela, que anda noutro mundo
Ela que esbanja suas horas ao vento, ai
Às vezes ela pinta a boca e sai
Fique à vontade, eu digo, take your time
Sinto que ainda vou penar com essa pequena, mas
O blues já valeu a pena
CHICO BUARQUE. Disponível em: www.chicobuarque.com.br. Acesso em: 31 jun. 2012.
O texto Essa pequena registra a expressão subjetiva do enunciador, trabalhada em uma linguagem
informal, comum na música popular.
2)Observa-se, como marca da variedade coloquial da linguagem presente no texto, o uso de:
a) palavras emprestadas de língua estrangeira, de uso inusitado no português.
b) expressões populares, que reforçam a proximidade entre o autor e o leitor.
c) palavras polissêmicas, que geram ambiguidade.
d) formas pronominais em primeira pessoa.
e) repetições sonoras no final dos versos.
Após checar fotos, postagens, número de amigos e interesses por 10 minutos, o trio considerou itens
como consciência, afabilidade, extroversão, estabilidade emocional e receptividade. Seis meses depois,
as impressões do grupo foram comparadas com a análise de desempenho feita pelos chefes dos jovens
que tiveram seus perfis analisados. Os pesquisadores encontraram uma forte correlação entre as
características descritas a partir dos dados da rede e o comportamento dos universitários no ambiente de
trabalho.
Disponível em: http://exame.abril.com.br. Acesso em: 29 fev. 2012 (adaptado).
As redes sociais são espaços de comunicação e interação on-line que possibilitam o conhecimento de
aspectos da privacidade de seus usuários.
As narrativas indígenas se sustentam e se perpetuam por uma tradição de transmissão oral (sejam as
histórias verdadeiras dos seus antepassados, dos fatos e guerras recentes ou antigos; sejam as histórias
de ficção, como aquelas da onça e do macaco). De fato, as comunidades indígenas nas chamadas
“terras baixas da América do Sul” (o que exclui as montanhas dos Andes, por exemplo) não
desenvolveram sistemas de escrita como os que conhecemos, sejam alfabéticos (como a escrita do
português), sejam ideogramáticos (como a escrita dos chineses) ou outros. Somente nas sociedades
indígenas com estratificação social (ou seja, já divididas em classes), como foram os astecas e os maias,
é que surgiu algum tipo de escrita. A história da escrita parece mesmo mostrar claramente isso: que ela
surge e se desenvolve – em qualquer das formas – apenas em sociedades estratificadas (sumérios,
egípcios, chineses, gregos, etc.). O fato é que os povos indígenas no Brasil, por exemplo, não
empregavam um sistema de escrita, mas garantiram a conservação e continuidade dos conhecimentos
acumulados, das histórias passadas e, também, das narrativas que sua tradição criou, através da
transmissão oral. Todas as tecnologias indígenas se transmitiram e se desenvolveram assim. E não
foram poucas: por exemplo, foram os índios que domesticaram plantas silvestres e, muitas vezes,
venenosas, criando o milho, a mandioca (ou macaxeira), o amendoim, as morangas e muitas outras mais
(e também as desenvolveram muito; por exemplo, somente do milho criaram cerca de 250 variedades
diferentes em toda a América).
D’Angelis, W. R. Histórias dos índios lá em casa: narrativas indígenas e tradição oral popular no
Brasil. Disponível em: www.portalkaingang.org. Acesso em: 5 dez. 2012.
4)A escrita e a oralidade, nas diversas culturas, cumprem diferentes objetivos. O fragmento aponta que, nas
O segredo foi a conversão de gordura branca – aquela que estoca energia inerte e estraga nossa
silhueta – em marrom. Mais comum em bebês, e praticamente inexistente em adultos, esse tipo de
gordura serve para nos aquecer. E, nesse processo, gasta uma energia tremenda. Como efeito colateral,
afinaria nossa silhueta.
A expectativa é que, se o hormônio funcionar da mesma forma em humanos, surja em breve um novo
medicamento para emagrecer. Mas ele estaria longe de substituir por completo os benefícios da
atividade física. “Possivelmente existem muitos outros hormônios musculares liberados durante o
exercício e ainda não descobertos”, diz o fisiologista Paul Coen, professor assistente da Universidade de
Pittsburgh, nos EUA. A irisina não fortalece os músculos, por exemplo. E para ficar com aquele tríceps de
fazer inveja só o levantamento de controle remoto não daria conta.
LIMA, F. Galileu. São Paulo, n. 248, mar. 2012
5)Para convencer o leitor de que o exercício físico é importante, o autor usa a estratégia de divulgar que
A ciência do Homem-Aranha
Muitos dos superpoderes do querido Homem-Aranha de fato se assemelham às habilidades
biológicas das aranhas e são objeto de estudo para produção de novos materiais.
O “sentido-aranha” adquirido por Peter Parker funciona quase como um sexto sentido, uma espécie
de habilidade premonitória e, por isso, soa como um mero elemento ficcional. No entanto, as aranhas
realmente têm um sentido mais aguçado. Na verdade, elas têm um dos sistemas sensoriais mais
impressionais da natureza.
Os pelos sensoriais das aranhas, que estão espalhados por todo o corpo, funcionam como uma
forma muito boa de perceber o mundo e captar informações do ambiente. Em muitas espécies, esse
tato por meio dos pelos tem papel mais importante que a própria visão, uma vez que muitas aranhas
conseguem prender e atacar suas presas na completa escuridão. E por que os pelos humanos não
são tão eficientes como órgãos sensoriais como os das aranhas? Primeiro, porque um ser humano
tem em média 60 fios de pelo em cada cm2 do corpo, enquanto algumas espécies de aranha podem
chegar a ter 40 mil pelos por cm2, segundo, porque cada pelo das aranhas possui até 3 nervos para
fazer a comunicação entre a sensação percebida e o cérebro, enquanto nós, seres humanos, temos
apenas 1 nervo por pelo.
Disponível em: http://cienciahoje.org.br. Acesso em; 11 dez. 2018. (adaptado).
6)Como estratégia de progressão do texto, o autor simula uma interlocução com o público leitor ao
recorrer à:
a) revelação do “sentido-aranha” adquirido pelo super-herói como um sexto sentido.
b) caracterização do afeto do público pelo super-herói marcado pela palavra “querido”.
c) comparação entre os poderes do super-herói e as habilidades biológicas das
aranhas.
d) pergunta retórica na introdução das causas da eficiência do sistema sensorial das
aranhas.
e) comprovação das diferenças entre a constituição física do homem e da aranha por
meio de dados numéricos.
7)Nesses verbos, há uma exaltação ao sertão do Cariri em uma ambientação linguisticamente apoiada no(a):
a) uso recorrente de pronomes.
b) variedade popular da língua portuguesa.
c) referência ao conjunto da fauna nordestina.
d) exploração de instrumentos musicais eruditos.
e) predomínio de regionalismos lexicais nordestinos.
O mundo revivido
Sobre esta casa e’as árvores que o tempo
esqueceu de levar. Sobre o curral
de pedra e paz e de outras vacas tristes
chorando a lua e a noite sem bezerros.
Sobre a parede larga deste açude
onde outras cobras verdes se arrastavam,
e pondo o sol nos seus olhos parados
iam colhendo sua safra de sapos.
Sob as constelações do sul que a noite
armava e desarmava: as Três Marias,
o Cruzeiro distante e o Sete-Estrelo.
Sobre este mundo revivido em vão,
a lembrança de primos, de cavalos,
de silêncio perdido para sempre.
DOBAL, H. A província deserta . Rio de Janeiro: Artenova, 1974.
11)No processo de reconstituição do tempo vivido, o eu lírico projeta um conjunto de imagens cujo lirismo se
fundamenta no:
a) inventário das memórias evocadas afetivamente.
b) reflexo da saudade no desejo de voltar à infância.
c) sentimento de inadequação com o presente vivido.
d) ressentimento com as perdas materiais e humanas.
e) lapso no fluxo temporal dos eventos trazidos à cena.