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DA PROVA BRASIL
LÍNGUA PORTUGUESA
ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
2018
Fonte: <http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Sumário
Fonte: <http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
PROCEDIMENTOS DE LEITURA
Os textos nem sempre apresentam uma linguagem literal. Deve haver, então, a ca-
pacidade de reconhecer novos sentidos atribuídos às palavras dentro de uma produção tex-
tual. Além disso, para a compreensão do que é conotativo e simbólico é preciso identificar
não apenas a ideia, mas também ler as entrelinhas, o que exige do leitor uma interação com
o seu conhecimento de mundo. A tarefa do leitor competente é, portanto, apreender o senti-
do global do texto, utilizando recursos para a sua compreensão de forma autônoma.
Relevante ressaltar que, além de localizar informações explícitas, inferir informações
implícitas e identificar o tema de um texto, nesse tópico deve-se, também, distinguir os fatos
apresentados da opinião formulada acerca desses fatos nos diversos gêneros de texto. Re-
conhecer essa diferença é essencial para que o aluno possa tornar-se mais crítico, de modo
a ser capaz de distinguir o que é um fato, um acontecimento, da interpretação que é dada a
esse fato pelo autor do texto.
A habilidade que pode ser avaliada por este descritor, relaciona-se à localização pelo
aluno de uma informação solicitada, que pode estar expressa literalmente no texto ou pode
vir manifesta por meio de uma paráfrase, isto é, dizer de outra maneira o que se leu.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto-base que dá suporte ao item, no
qual o aluno é orientado a localizar as informações solicitadas seguindo as pistas fornecidas
pelo próprio texto. Para chegar à resposta correta, o aluno deve ser capaz de retomar o tex-
to, localizando, dentre outras informações, aquela que foi solicitada.
Por exemplo, os itens relacionados a esse descritor perguntam diretamente a locali-
zação da informação, complementando o que é pedido no enunciado ou relacionando o que
é solicitado no enunciado, com a informação no texto.
Porque os homens olhavam demais para sua mulher, mandou que descesse a bainha
dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi
obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos
armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as joias. E vendo que, ainda assim,
um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou seus longos
cabelos.
Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se in-
teressava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair.
Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em
silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.
Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da
mulher, mas do desejo inflamado que tivera por ela.
Então lhe trouxe um batom. No outro dia, um corte de seda. À noite tirou do bolso ro-
sa de cetim para enfeitar-lhe o que lhe restava dos cabelos.
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Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agra-
dar. Largou o tecido numa gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de
vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.
(COLASANTI, Marina. Para que ninguém a quisesse. In: Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro, Rocco, 1986. P.111-112.)
a) “O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o olha-
mos, depois de adultos:...”
b) “Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles dimi-
nutos pratos chineses que misturam gostos e odores.”
c) “Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade
madura.”
d) “Mas uma grande parte de nossa vida é desenhada muito cedo, quando se inicia o
que alguns românticos chamam de aventura humana.”
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Concordo plenamente com o artigo "Revolucione a sala de aula". É preciso que valo-
rizemos o ser humano, seja ele estudante, seja professor. Acredito na importância de
aprender a respeitar nossos limites e superá-los, quando possível, o que será mais fácil se
pudermos desenvolver a capacidade de relacionamento em sala de aula. Como arquiteta,
concordo com a postura de valorização do indivíduo, em qualquer situação: se procurarmos
uma relação de respeito e colaboração, seguramente estaremos criando a base sólida de
uma vida melhor.
Tania Bertoluci de Souza. Porto Alegre, RS. Disponível em: <:http://www.kanitz.com.br/veja/cartas.htm>. Acesso em: 2 maio
2009 (com adaptações).
Como opera a máfia que transformou o Brasil num dos campeões da fraude de
medicamentos
Um dos piores crimes que se podem cometer. As vítimas são homens, mulheres e crian-
ças doentes — presas fáceis, capturadas na esperança de recuperar a saúde perdida. A
máfia dos medicamentos falsos é mais cruel do que as quadrilhas de narcotraficantes.
Quando alguém decide cheirar cocaína, tem absoluta consciência do que coloca no corpo
adentro. Às vítimas dos que falsificam remédios não é dada oportunidade de escolha. Para
o doente, o remédio é compulsório. Ou ele toma o que o médico lhe recei-tou ou passará a
correr risco de piorar ou até morrer. Nunca como hoje os brasileiros entraram numa farmácia
com tanta reserva.
(PASTORE, Karina. O Paraíso dos Remédios Falsificados. Veja, nº 27.São Paulo: Abril, 8 jul. 1998, p. 40-41.)
História do 8 de março
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através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Uni-
das).
(http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm)
INFORMAÇÕES AO PACIENTE:
Pois é, a volta às aulas pode ser motivo de felicidade, pois é hora de rever os amigos,
contar as novidades, etc., mas sempre resta aquele sentimento de tristeza porque as
férias acabaram.
Nada mais de festas todo fim de semana, encontros diários com amigos e poder dor-
mir e acordar a hora que quiser. Você fica divagando sobre as férias que estão passando e,
quando se dá conta, as aulas já começaram. Pode acontecer até mesmo de você não ter
sequer arrumado o material escolar, comprado os cadernos ou de o quarto estar tão bagun-
çado que é impossível você achar o que procura. Enfim, a confusão está formada. Depois
de alguns meses de descanso, é natural que você demore um pouco para voltar ao ritmo
normal de estudo e fique disperso, desatento, irritado, meio “devagar” e fugindo da realida-
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de, que é entrar no ritmo novamente. Pois bem, quem sabe não é hora de mudar um pou-
quinho e tentar fazer dos últimos dias de descanso uma preparação para o ano que vem
pela frente?
Organizar melhor o tempo de dever e estudo não é uma tarefa fácil e se torna ainda
mais difícil quando regressamos de um período de relaxamento, em que até nosso corpo se
adaptou a uma rotina diferente.
(Trecho extraído de http://www.educacional.com.br/falecom/psicologa_bd.asp?codtexto=509(ultimo acesso em 05/01/2012)
Em busca de formulas para entreter o público e os jurados ao abrir os desfiles das es-
colas de samba, algumas comissões de frente resolveram integrar ao elenco, normalmente
formado por bailarinos, atores de TV. Com o enredo sobre as festas da Bahia, a Portela es-
colheu Milton Gonçalves para fazer parte da ala. Ele foi convidado pelo coreógrafo Márcio
Mouro para representar um dos principais papéis do desfile. —Quando liguei para ele, a
resposta foi “não se atreva a chamar outra pessoa”. Ele se sentiu honrado com o convite, o
que me deixou muito feliz porque eu precisava que o personagem da comissão fosse ocu-
pado por um negro experiente e de grade expressão.
(Alice Fernandes, Jornal O Globo, 19/02/2012)
8. Com base na notícia acima, pode-se afirmar que as escolas de samba apostam em ato-
res para:
a) entreter o público e os jurados.
b) representar um dos principais papéis do desfile
c) ajudar os espectadores a assimilar a comissão de frente.
d) falar sobre a superação na infância.
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9. Após analisar a charge, é possível imaginar que, no Natal, o que parece ser mais impor-
tante é:
a) visitar os amigos.
b) ajudar o próximo.
c) dar e receber presentes.
d) fazer confraternização com os amigos.
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D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno relacionar informa-
ções, inferindo quanto ao sentido de uma palavra ou expressão no texto, ou seja, dando a
determinadas palavras seu sentido conotativo.
Inferir significa realizar um raciocínio com base em informações já conhecidas, a fim
de se chegar a informações novas, que não estejam explicitamente marcadas no texto. Com
este descritor, pretende-se verificar se o leitor é capaz de inferir um significado para uma
palavra ou expressão que ele desconhece.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual o aluno, ao inferir o sentido
da palavra ou expressão, seleciona informações também presentes na superfície textual e
estabelece relações entre essas informações e seus conhecimentos prévios. Por exemplo,
dá-se uma expressão ou uma palavra do texto e pergunta-se que sentido ela adquire.
a) importante
b) relevante
c) marcante
d) predominante
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obras de arte. Pena que aquilo que simboliza – a volta da inflação – não tenha graça ne-
nhuma.
(Veja, ed. 2.317, ano 46, n. 16. “Sim, eu posso...”, . 50-53 (17 abr. 2013)).
12. O verbo virar na frase: “O tomate virou grande símbolo de...” tem o sentido de:
a) transformar-se.
b) girar.
c) colocar-se em direção oposta a da anterior.
d) sofrer alteração.
14. Qual o significado de paliativos em “usou apenas paliativos para enfrentar o proble-
ma”?
a) Evitou o problema.
b) Usou meios pouco eficazes para diminuir o problema.
c) Solucionou o problema.
d) Resolveu parte do problema.
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Leia o texto abaixo e responda:
16. Observando a expressão “as novas tecnologias são mais poderosas e versáteis”. O
termo destacado poderia ser substituído por:
a) habilidosas
b) inconsistentes
c) pertinazes
d) variáveis
17. No segundo quadrinho a menina diz: “Fica ligada, Kiki!” Qual é o sentido da expressão
ficar ligada no contexto?
Leia o poema:
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Mesmo sabendo que no mundo há mil assuntos diversos.
Que coisa chata, não consigo imaginar.
Isso quase me mata, porque é horrível não poder pensar.
Mas espere um momento, mesmo não tendo um tema,
se estas frases vou relendo, vejo que é um poema!
18. No verso: “Tento atiçar a imaginação”, a palavra destacada tem sentido de:
a) estimular.
b) obter.
c) adormecer.
d) sentir.
Leia o poema:
Por que levantar o braço para colher o Por que fazer um poema?
fruto? A máquina o fará por nós?
A máquina o fará por nós. Por que subir a escada de Jacó?
Por que labutar no campo, na cidade? A máquina o fará por nós.
A máquina o fará por nós. Ó máquina, orai por nós.
Por que pensar, imaginar? (Cassiano Ricardo, 2ª Ladainha)
19. O termo “labutar” no 3º verso do poema pode ser substituído, sem sofrer alteração de
sentido, pela palavra:
a) Imaginar c) Levantar
b) Pensar d) Trabalhar
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D4 – Inferir uma informação implícita em um texto
As informações implícitas no texto são aquelas que não estão presentes claramente
na base textual, mas podem ser construídas pelo leitor por meio da realização de inferências
que as marcas do texto permitem. Além das informações explicitamente enunciadas, há ou-
tras que podem ser pressupostas e, consequentemente, inferidas pelo leitor.
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer uma
ideia implícita no texto, seja por meio da identificação de sentimentos que dominam as
ações externas dos personagens, em um nível básico, seja com base na identificação do
gênero textual e na transposição do que seja real para o imaginário. É importante que o alu-
no apreenda o texto como um todo, para dele retirar as informações solicitadas.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto, no qual o aluno deve buscar infor-
mações que vão além do que está explícito, mas que à medida que ele vá atribuindo sentido
ao que está enunciado no texto, ele vá deduzindo o que lhe foi solicitado. Ao realizar esse
movimento, são estabelecidas de relações entre o texto e o seu contexto pessoal. Por
exemplo, solicita-se que o aluno identifique o sentido da ação dos personagens ou o que
determinado fato desperte nos personagens, entre outras coisas.
É o que garante uma pesquisa feita por cientistas britânicos. Eles avaliaram indicado-
res de estresse de 29 cães enquanto passavam um tempo em um canil e em casa. Nos dois
ambientes, os pesquisadores mediram os níveis dos hormônios de estresse (corticosteroi-
des) e epinefrina (adrenalina), o comportamento deles (agitação, inquietação, bocejos, etc),
e a saúde física (pele, temperatura do corpo e nariz, alimentação).
Bem, segundo o estudo, os cães apresentam alguns sinais de excitação mais fortes
fora de casa. Com isso os níveis de cortisol aumentam, é verdade, mas não quer dizer que
estejam estressados. É uma consequência da empolgação e dos exercícios físicos (eles se
movimentam mais nos canis). E só. Os outros dados (saúde e comportamento) não indica-
ram estresse maior longe de casa.
Pois é, não é só você que curte aproveitar o feriadão para fugir da rotina em um lugar
diferente. Seu cachorro também gosta. E de preferência num espaço aberto, cheio de outros
cães.
21. O texto permite ao leitor a conclusão de que
A ilha de lixo
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No meio do oceano Pacífico, fica o maior lixão do mundo - são 4 milhões de tonela-
das de garrafas e embalagens, que foram empurradas para lá pelas correntes marítimas e
formam um amontoado de 700 mil km2 (duas vezes o estado de São Paulo). Um desastre
mas que pode virar uma coisa boa. Uma empresa da Holanda quer coletar todo esse plásti-
co e reciclá-lo para fazer uma ilha artificial, de aproximadamente 10 mil km2 (equivalente a
uma cidade como Manaus) e capacidade para 500 mil habitantes. Ela teria casas, lojas,
praias, áreas de lazer e plantações - tudo apoiado numa base de plástico flutuante. Seus
criadores acreditam que a ilha possa se tornar autossuficiente, produzindo a própria comida
e energia. "Queremos levar o mínimo de coisas para a ilha. A princípio, tudo será feito com o
lixo que encontrarmos na área", diz o arquiteto Ramon Knoester. A cidade flutuante seria
cortada por canais, para que as correntes oceânicas pudessem passar livremente (sem
ameaçar a estabilidade da ilha).
O projeto já recebeu o apoio do governo holandês, mas não tem data para começar -
ninguém sabe quanto a obra custaria, nem se é viável. "A ilha não é economicamente rentá-
vel. Nós a vemos apenas como uma maneira de limpar a poluição causada pelo ser huma-
no", diz Knoester. Enquanto isso não acontece, toda a matéria-prima que seria usada nesse
empreendimento continua boiando.
Medicina Bem-Estar
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aspectos positivos no uso do Facebook, incluindo o desenvolvimento de habilidades sociais
em crianças introvertidas.
(http://www.epochtimes.com.br/consequencias-psicologicas-para-adolescentes-e-adultos-viciados-em-facebook/)
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Desejo criativo
Ser criativo deixou de ser um atributo individual. Passou a ser insumo de mercado.
Criatividade, afinal, é uma qualidade valorizada em empresas, governos e escolas conven-
cidas de atuarem num cotidiano que passou a exigir mais do que meras soluções esquemá-
ticas para problemas cada vez mais imprevisíveis em realidades que se transformam.
A metamorfose ambulante era signo de rebeldia há quarenta anos. Agora, é credenci-
al para o lucro, uma ansiedade informativa, um vetor de consumo.
Somos criativos em textos quando criamos respostas novas e inusitadas para os pro-
blemas de expressão com que estamos envolvidos. E quando mudamos o eixo em que as
coisas são apresentadas. O raciocínio comum, sequencial, funciona dentro de um quadro de
referências aparente e familiar. O inventivo associa o domínio inicial de um problema a outro
quadro de referências.
http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-lcosta/desejo-criativo-313089-1.asp
TEXTO II
Várias imagens foram publicadas nas redes sociais sobre a alta do preço do tomate.
Numa delas, tomates substituem o diamante num anel. A imagem descreve a joia como
“Anel de ouro 18 tomates”. Já outra montagem simula a premiação de um título de capitali-
zação. O primeiro prêmio é 1kg de tomate. O Segundo, um ovo de chocolate de marca es-
pecífica. O terceiro 1 litro de gasolina comum. Os três prêmios fazem referência a produtos
conhecidos como caros pelo consumidor brasileiro.
www.drd.com.br/news(adaptado)
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
b) exigir providências imediatas.
c) levar as coisas sérias com humor.
d) esperar pacientemente pela solução do problema.
em doçura contínua.
27. Os versos “Amigo é esquina/onde o tempo para/e a Terra não gira,” sugerem que a
amizade:
a) pertence ao passado.
b) é um sentimento duradouro.
c) é um sentimento raro.
d) é um sentimento passageiro.
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Relatório divulgado hoje por uma organização independente – o Instituto C.D. Howe
– diz que o programa apenas serviu para baixar, de forma artificial, os salários dos trabalha-
dores nacionais, tendo também contribuído para o aumento do desemprego em algumas
regiões e alguns setores. (Fonte: Agência Brasil)
VERSOS DE NATAL
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Entre os principais países de pelo menos 40 milhões de habitantes, o Japão é o que
tem a proporção mais baixa de crianças em relação a sua população, segundo a agência
Jiji. Esta porcentagem é de 19,5% nos Estados Unidos e 16,4% na China. Em 2060, a pro-
porção de habitantes com 65 anos ou mais será de 40% da população japonesa, segundo
previsões do governo.
(Fonte: AFP)
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D6 – Identificar o tema de um texto
Ao longo desta Copa do Mundo, temos ouvido muitas pessoas, incluindo comentaris-
tas de futebol, se referirem às seleções como times. Em inglês, team (que é a origem do
nosso “time”) quer dizer simplesmente “equipe” (não só esportiva, mas qualquer grupo de
pessoas que atuem juntas, cooperativamente), portanto não há nada de errado em chamar
uma seleção de “time”. Acontece, porém, que o uso transformou essa palavra em sinônimo
de clube de futebol, que chamamos simplificadamente de “clube”.
O português não é a única língua a fazer distinção entre o time (com sentido esporti-
vo) e a equipe (com sentido neutro e geral). Em primeiro lugar, o anglicismo team está em
quase todas as línguas, resultado da influência do inglês como idioma dos inventores do
futebol e também como língua hegemônica da atualidade. Curiosamente, o português é das
poucas que adaptaram a grafia do termo ao seu sistema ortográfico (em espanhol, francês,
italiano, alemão, continua-se a grafar team).
De todo modo, a palavra “time” (ou team) tem sempre uma conotação esportiva. Por
isso, aplicada ao mundo corporativo (por exemplo, quando um novo executivo vem integrar
o “time” da companhia), fica a impressão subliminar de que o mundo dos negócios é um
jogo, no qual as empresas competem pela vitória e pretendem derrotar seus adversários
(isto é, as concorrentes).
(http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-abizzocchi/times-equipes-e-selecoes 318104-1.asp)
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Maringá, 24 de outubro de 2012.
Ao ler o texto "Meu tênis é mais caro que o seu" de Rosely Sayão, acredito realmente
que hoje estamos vivendo em um mundo completamente consumista, onde o ter é mais im-
portante do que o ser.
Após prestar bastante atenção em meu filho, tive que concordar com a autora em
alguns pontos e venho dizer que realmente as crianças são julgadas pelo que usam e aque-
las que não possuem o que está "na moda" são bem humilhadas. Tudo isso é culpa da mí-
dia que lança um produto que é apresentado como o melhor e que se o adolescente não
tem é julgado como ninguém.
Por isso, na minha opinião, com a finalidade desse fato parar de acontecer, o primei-
ro passo tem que ser nosso, os pais, ao ensinar aos filhos que o caráter é mais importante
do aquilo que você veste.
a) Os pais devem ensinar aos filhos o caráter e a ética em todas as áreas da vida.
b) Os conflitos advindos da desigualdade social provocam discriminação na escola.
c) A opressão da mídia impondo moda e valores consumistas tem influenciado no com-
portamento das crianças.
d) “O ter é mais importante que o ser”
Homem de meia-idade
(LENDA CHINESA)
Havia outrora um homem de meia-idade que tinha duas esposas. Um dia, indo visitar
a mais jovem, esta lhe disse:
Eu sou moça e você é velho; não gosto de morar com você. Vá habitar com sua es-
posa mais velha.
Para poder ficar, o homem arrancou da cabeça os cabelos brancos. Mas, quando foi
visitar a esposa mais velha, esta lhe disse, por sua vez:
-Eu sou velha e tenho a cabeça branca; arranque, pois, os cabelos pretos que tem.
Então o homem arrancou os cabelos pretos para ficar de cabeça branca. Como repe-
tisse sem tréguas tal procedimento, a cabeça tornou-se lhe inteiramente calva. A essa altu-
ra, ambas as esposas acharam-no horrível e ambas o abandonaram.
(Aurélio Buarque de Holanda Ferreira)
Na linha de uma tradição antiga, o astrônomo grego Ptolomeu (100-170 D.C.) afir-
mou a tese do geocentrismo, segundo a qual a Terra seria o centro do universo, sendo que
o Sol, a Lua e os planetas girariam em seu redor em órbitas circulares. A teoria de Ptolomeu
resolvia de modo razoável os problemas astronômicos da sua época. Vários séculos mais
tarde, o clérigo e astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), ao encontrar inexati-
dões na teoria de Ptolomeu, formulou a teoria do heliocentrismo, segundo a qual o Sol deve-
ria ser considerado o centro do universo, com a Terra, a Lua e os planetas girando circular-
mente em torno dele. Por fim, o astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler (1571-
1630), depois de estudar o planeta Marte por cerca de trinta anos, verificou que a sua órbita
é elíptica. Esse resultado generalizou-se para os demais planetas.
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
35. A temática do texto é:
“Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um pensamento que sepa-
ra e que tenta nos eliminar cultural, social e até fisicamente. A justificativa é a de que somos
apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus. (...) É preciso congelar
essas ideias colonizadoras, porque elas são irreais e hipócritas e também genocidas. (...)
Nós, índios, queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos cos-
tumes.”
(Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas, Folha de S.
Paulo, 31 de agosto de 1994.)
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Sindicatos e organizações civis têm denunciado que o verdadeiro objetivo do pro-
grama proporcionar mão de obra barata e não cobrir a falta de trabalhadores.
Relatório divulgado hoje por uma organização independente – o Instituto C.D. Howe
– diz que o programa apenas serviu para baixar, de forma artificial, os salários dos trabalha-
dores nacionais, tendo também contribuído para o aumento do desemprego em algumas
regiões e alguns setores.
E só porque Jesus
Sofreu não quer dizer
Até quando? que você tenha que sofrer!
(Gabriel o Pensador)
Até quando você vai ficar usando rédea?
Não adianta olhar pro céu Rindo da própria tragédia
Com muita fé e pouca luta Até quando você vai ficar usando rédea?
Levanta aí que você tem Pobre, rico ou classe média
muito protesto pra fazer Até quando você vai levar cascudo mudo?
E muita greve, você pode, Muda, muda essa postura
você deve, pode crer Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer
Não adianta olhar pro chão censura
Virar a cara pra não ver [...]
Se liga aí que te botaram numa cruz
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Vínculos: as Equações da Matemática da Vida
“No Brasil, há uma campanha antipirataria cujo mote é: 'Você não roubaria um carro.
Por que roubar um filme?'. Existe diferença entre esses dois atos?”
(Superinteressante – ed. 214, pág. 28).
O leitor deve ser capaz de perceber a diferença entre o que é fato narrado ou discu-
tido e o que é opinião sobre ele. Essa diferença pode ser ou bem marcada no texto ou exigir
do leitor que ele perceba essa diferença integrando informações de diversas partes do texto
e/ou inferindo-as, o que tornaria a tarefa mais difícil.
Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade de o aluno identificar, no texto,
um fato relatado e diferenciá-lo do comentário que o autor, ou o narrador, ou o personagem
fazem sobre esse fato.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto, no qual o aluno é solicitado a dis-
tinguir partes do texto que são referentes a um fato e partes que se referem a uma opinião
relacionada ao fato apresentado, expressa pelo autor, narrador ou por algum outro persona-
gem. Há itens que solicitam, por exemplo, que o aluno identifique um trecho que expresse
um fato ou uma opinião, ou então, dá-se a expressão e pede-se que ele reconheça se é um
fato ou uma opinião.
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Superpoliglotas: como funciona a cabeça das pessoas que aprendem dezenas
de idiomas
Ler Dostoiévski em português é para os fracos. Carlos Freire queria devorar Cri-
me e Castigo e outros clássicos russos no original. Aos 20 anos, ele mergulhou nos livros e
se mudou para a casa de uma família russa em Porto Alegre. Em poucos meses, dispensou
os tradutores. E não era seu primeiro idioma estrangeiro. Logo cedo, a proximidade com o
Uruguai o deixou afiado no espanhol. Depois, aprendeu francês, latim e inglês. O caminho
da faculdade era claro: Letras. "Quanto mais idiomas você sabe, mais fácil aprender outros.
Os 10 primeiros são os mais difíceis", diz. Sim, 10. Aos 80 anos, Freire já estudou 135 lín-
guas - de japonês a esperanto. É mais do que o padre italiano Giuseppe Mezzofanti, que
ficou notório no século 18 por ouvir confissões na língua nativa dos estrangeiros. Especula-
se que ele falava entre 61 e 72 idiomas e lia em 114.
(ABRAMO, Cláudio. In: A regra do jogo. São Paulo.Cia das Letras, p.41, 1989.)
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
43. Em relação ao texto acima, marque a alternativa que representa um fato, e não uma
opinião.
a) “Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles
diminutos pratos chineses que misturam gostos e odores.”
b) “Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na
idade madura.”
c) “...o que alguns românticos chamam de aventura humana...”
d) “O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o
olhamos, depois de adultos:..”
Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu
invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como
a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa
tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde
chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos,
depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no
meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina
de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pes-
soas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da
noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós,
os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficá-
vamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o
rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes che-
gava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anuncia-
va águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer,
queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.
(BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed.Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.)
44. A expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em nossa ca-
sa”, é:
A inspiradora reportagem sobre as crises de idade nos leva a muitas reflexões, mas
acredito que a mais importante delas diz respeito à estrutura de personalidade que cada um
desenvolve. É consenso, entre pessoas maduras e bem estruturadas emocionalmente, que
vivemos a vida de acordo com nossa base psicológica. Por isso, é importante que, da infân-
cia até o início da vida adulta, saibamos estruturar o arcabouço daquilo que seremos. Quem
tem um bom alicerce, enfrentará seguramente qualquer tipo de problema. Reinvente-se a
cada idade.
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
(Alex Neto, Foz do Iguaçu – PR)
a) Consenso.
b) Importante.
c) Inspiradora.
d) Seguramente.
[...] Muito em breve – provavelmente ainda nos próximos anos –, a metade da huma-
nidade terá apenas filhos suficientes para repor o seu tamanho. Isto é, grande parte dos
casais terá entre dois e três filhos, no máximo, o que permitirá apenas a reposição e não o
crescimento da população do mundo daquele momento. Traduzindo em linguagem demo-
gráfica, a taxa de fertilidade da metade do mundo será de 2,1 ou menos. [...]
Segundo a ONU, 2,9 bilhões de pessoas, quase a metade do total mundial de 6,5 bi-
lhões, vivem em países com 2,1 ou menos de taxa de fertilidade. Para o início da década de
2010, a população mundial está estimada em 7 bilhões e a quantidade de pessoas com esta
taxa de fertilidade será de 3,4 bilhões.
A queda da taxa de fertilidade, em nível de reposição, significa uma das mais radicais
mudanças na história da humanidade. Isso tem implicações na estrutura e na vida familiar,
mudando o cotidiano das pessoas, mas também em relação às políticas públicas em níveis
global e local, a serem implementadas pelos diferentes países ou sugeridas por instituições
como a ONU.
(FRANCESCONE, Léa; SANTOS, Regina Célia Bega dos. Carta na escola. fevereiro de 2010. Fragmento.)
a) “... a metade da humanidade terá apenas filhos suficientes para repor o seu ta-
manho.”.
b) “... grande parte dos casais terá entre dois e três filhos, no máximo, o que permi-
tirá apenas a reposição...”.
c) “... quase a metade do total mundial de 6,5 bilhões, vive em países com 2,1 ou
menos de taxa de fertilidade.”
d) “A queda da taxa de fertilidade, em nível de reposição, significa uma das mais
radicais mudanças na história da humanidade.”.
Há pouco tempo recebi uma mensagem que me provocou uma boa reflexão. O inte-
ressante é que não foi o conteúdo dela que fisgou minha atenção, e sim sua primeira linha,
em que os remetentes se identificavam. Para ser clara, vou reproduzi-la: “Somos dois ado-
lescentes, com 21 e 23 anos...”.
Minha primeira reação foi sorrir: agora, os jovens acreditam que a adolescência se es-
tende até, pelo menos, aos 23 anos?! Mas, em seguida, eu me dei conta do mais importante
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
dessa história: que a criança pode ser criança quando é tratada como tal, e o mesmo acon-
tece com o adolescente. Os dois jovens adultos se veem como adolescentes, porque, de
alguma maneira, contribuímos para tanto.
A adolescência tinha época certa para começar até um tempo atrás, ou seja, com a
puberdade, época das grandes mudanças físicas. E terminar também: era quando o adoles-
cente, finalmente, assumia total responsabilidade sobre sua vida e tornava-se adulto. Ago-
ra, as crianças já começam a se comportar e a se sentir como adolescentes muito tempo
antes da puberdade se manifestar e, pelo jeito, continuam se comportando e vivendo assim
por muito mais tempo. Qual é a parcela de responsabilidade dos adultos e educadores?
(Fonte: Disponível em: http://www.santanna.g12.br /professores/ ana_paula_port/atividade_reforco_lp_9anos.pdf. Acesso em: 30 mai 2012.
Adaptado.)
47. A opinião da autora em relação ao fato de que a educação de hoje adia o fim da adoles-
cência é que
O secretário especial de Turismo do Rio, Rubem Medina, afirmou neste sábado que
a escolha do Cristo Redentor como uma das sete novas maravilhas do mundo irá trazer in-
centivos ao setor. Para ele, a conquista trará “um fluxo ainda maior de turistas” e representa
a geração de “mais empregos no futuro”.
“O que orgulha é que é algo que envolveu o mundo inteiro, que teve uma divulgação
mundial. Eu acho que essa é uma vitória do Rio e de todo o povo brasileiro.”
Medina soube do resultado da eleição quando participava do Live Earth, em Copa-
cabana (zona sul do Rio). Ele minimizou as críticas que colocaram em dúvida a legitimidade
da eleição das sete novas maravilhas.
“Eu não ligo. Questionaram isso aqui também [o Live Earth] e olha só o sucesso que
está sendo. Nenhum país do mundo tem isso aqui”.
(www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u310224.shtml)
a) “...escolha do Cristo Redentor como uma das sete novas maravilhas do mundo...”.
b) “a conquista trará “um fluxo ainda maior de turistas...” .
c) “...soube do resultado da eleição quando participava do Live Earth...”.
d) “Ele minimizou as críticas que colocaram em dúvida a legitimidade da eleição...”.
Os distraídos talvez ainda não tenham percebido, mas o Brasil acabou. Sinais disso
foram se acumulando, nos últimos meses: a falência do Congresso e de outras instituições,
a inoperância do governo, a crise aérea, o geral desarranjo da infraestrutura. (...)
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Ora, direis, como afirmar que o Brasil acabou? Certo perdeste o senso, pois, se es-
tamos todos ainda morando, comendo, dormindo, pagando as contas, indo às compras, nos
divertindo, sofrendo, amando e nos exasperando num lugar chamado Brasil, é porque ele
ainda existe. Eu vos direi, no entanto, que, quando acaba a esperança, junto com ela acaba
a coisa qual a esperança se destinava. É à esperança no Brasil que o sociólogo-presidente
se refere. (...)
O Brasil que "é isso mesmo" é o das adolescentes grávidas e dos adolescentes a
serviço do tráfico, das mães que tocam lares sem marido, das religiões que tomam dinheiro
dos fiéis, dos recordes mundiais de assassinatos e de mortos em acidentes automobilísti-
cos, dos presos que comandam de suas células o crime organizado, dos trabalhadores que
gastam três horas para ir e três horas para voltar do trabalho, das cidades sujas, das ruas
esburacadas. (...)
FHC não era tão descrente. No parágrafo final do livro A Arte da Política, em que re-
memora os anos de Presidência, escreveu: "Se houve no passado recente quem empu-
nhasse a bandeira das reformas, da democracia e do progresso, não faltará quem possa
olhar para a frente e levar adiante as transformações necessárias para restabelecer a confi-
ança em nós mesmos e no futuro desse grande país". (...)
49. Em relação à falta de perspectiva para o país retratada no texto, há uma opinião em:
a) “No parágrafo final do livro A Arte da Política, em que resume os anos na presidência,
escreveu:”
b) “Ora, direis, como afirmar que o Brasil acabou?”
c) “É à esperança no Brasil que o sociólogo-presidente se refere”.
d) “Os distraídos talvez ainda não tenham percebido, mas o Brasil acabou.”
Nos Estados Unidos, quase tudo pode render uma ação judicial. O processo movido
pela americana Lauren Rosenberg, vítima de um atropelamento em uma rodovia no Estado
de Utah, seria mais um caso de reparação por danos, mas ela quer receber US$ 100 mil
(cerca de R$ 183,5 mil) não só do motorista que a atingiu, Patrick Harwood, mas também da
empresa Google.
Segundo o jornal inglês The Guardian, Lauren tentou atravessar uma estrada estadu-
al sem passeio para pedestres, à noite, e foi atingida por um carro, em 19 de janeiro de
2009.
Ela alega ter seguido as indicações do site Google Maps.
O advogado Allen Young entrou com a ação judicial na semana passada. Ele argu-
menta que o site foi "descuidado e negligente" ao indicar a travessia de uma via expressa.
"As pessoas confiam nas instruções (dadas pelo Google Maps). Ela acreditou que era segu-
ro atravessar a pista."
Ao indicar uma rota, o serviço do Google dá um alerta: "Essa rota pode não ter calça-
das ou passeio para pedestres". Procurada pelo Guardian, a empresa não quis comentar o
caso, que ainda vai dar o que falar.
(http://www.diariopopular.com.br)
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
50. O trecho do texto que expressa uma opinião é
a) “Nos Estados Unidos, quase tudo pode render uma ação judicial.”
b) "Essa rota pode não ter calçadas ou passeio para pedestres".
c) “Ele argumenta que o site foi "descuidado e negligente" [...]”
d) “Procurada pelo Guardian, a empresa não quis comentar o caso.”
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
TÓPICO II
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
52. Da última fala da tira, é possível constatar que:
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
54. A fala do personagem expõe uma:
a) aceitação
b) insatisfação
c) negação
d) aprovação
a) à indiferença.
b) à hipocrisia.
c) ao orgulho.
d) à caridade.
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
56. Ao observar o quadro da previsão do tempo, pode-se afirmar que na quinta haverá sol
com:
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
58. A pergunta “Alguém aqui fala o idioma deles?” revela:
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
60. Considerando o papel dos elementos gráficos destacados nos balões, é correto dizer
que
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros
A habilidade que pode ser avaliada por este descritor refere-se ao reconhecimento,
por parte do aluno, do gênero ao qual se refere o texto-base, identificando, dessa forma,
qual o objetivo do texto: informar, convencer, advertir, instruir, explicar, comentar, divertir,
solicitar, recomendar, etc.
Essa habilidade é avaliada por meio da leitura de textos integrais ou de fragmentos
de textos de diferentes gêneros, como notícias, fábulas, avisos, anúncios, cartas, convites,
instruções, propagandas, entre outros, solicitando ao aluno a identificação explícita de sua
finalidade.
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
A juventude e a adolescência são fases marcadas pela insegurança, que promovem
dúvidas relacionadas à personalidade e aos valores. E é natural que muitos jovens cuidem
de si em função da beleza e da identidade. Porém, um comportamento natural nem sempre
é saudável: a necessidade de se obter atenção através da valorização estética gera vaida-
de, que pode tanto impulsionar alguém, quanto ser prejudicial.
O psicólogo Marcos Urioste, 29, conta que para a psicologia, existe a necessidade
da articulação de todos os aspectos da personalidade. Paradoxalmente, a falta é inerente ao
ser humano, o que leva à vaidade, ou seja, busca exagerada para o preenchimento simbóli-
co deste vazio.
Ele alega também que, culturalmente, as meninas são mais estimuladas a cultivar a
beleza que os meninos, mas que este quadro de preocupação estética vem mudando, sendo
cada vez mais vivenciado pelo sexo masculino. “As diferenças entre os sexos são vistas a partir
de cada contexto, considerando que a busca pelo preenchimento do vazio é subjetiva” diz.
Muitas vezes há o exagero na beleza, mas, mesmo quando se alcança esse ideal, não
existe satisfação. Neste contexto, a vaidade prejudica o desenvolvimento humano e pode se
tornar uma obsessão, gerando inclusive casos patológicos, como a dismorfofobia (visão distorci-
da sobre si mesmo, que causa preocupação excessiva com a aparência).
http://www.a12.com/jovens-de-maria/noticias/detalhes/a-manifestacao-da-vaidade-na-adolescencia-e-juventude
A presidente Dilma Rousseff sancionou na quarta-feira (25), sem vetos, o Plano Naci-
onal de Educação (PNE). O plano tramitou por quase quatro anos no Congresso até a apro-
vação e estabelece 20 metas para serem cumpridas ao longo dos próximos dez anos. As
metas vão desde a educação infantil até o ensino superior, passam pela gestão e pelo fi-
nanciamento do setor e pela formação dos profissionais. O texto sancionado pela presi-
denta será publicado em edição extra do Diário Oficial da União de hoje (26).
O PNE estabelece meta mínima de investimento em educação de 7% do Produto In-
terno Bruto (PIB) no quinto ano de vigência e de 10% no décimo ano. Atualmente, são in-
vestidos 6,4% do PIB, segundo o Ministério da Educação.
a) informar que o Plano Nacional de Educação tramitou por quatro anos no Con-
gresso.
b) mostrar que o Plano Nacional de Educação estabelece 20 metas a serem cum-
pridas.
c) comunicar que o texto sancionado pela presidenta será publicado em edição ex-
tra do Diário Oficial da União.
d) informar que o Plano Nacional de Educação foi sancionado pela presidenta do
Brasil
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Por que sentimos água na boca?
Todo mundo produz uma pequena quantidade de saliva o tempo todo, mas a produ-
ção aumenta quase dez vezes quando uma pessoa vê, cheira ou pensa em comida. A saliva
que enche a boca nessas horas é essencial por várias razões. Primeiro, somente quando
dissolvidos na saliva é que pedaços microscópicos desprendidos dos alimentos chegam até
as papilas gustativas, que sinalizam ao cérebro o tipo de comida que você tem na boca:
água, sal, ácido, doce, proteína, ou algo amargo e, portanto, potencialmente nocivo, nada
bom de ser engolido. Assim, além de reconhecer o alimento pelo gosto, o seu cérebro já vai
preparando o corpo para a digestão. Segundo, a saliva contém enzimas que começam a
partir em pedaços menores os carboidratos, grandes moléculas de açúcar como o amido do
pão.
Além disso, é a saliva que umedece e dá liga aos alimentos triturados e permite que
eles sejam transformados em um grande “bolo” compacto e lubrificado, que pode ser engoli-
do sem risco de engasgos.
A boa notícia é que a produção de saliva é automática, comandada pelo sistema
nervoso autônomo sempre que o cérebro detecta a presença de comida na boca. O interes-
sante é que, por associação, também funciona pensar em comida, sentir o cheiro bom do
almoço no fogo e até ouvir que ficou pronto aquele prato de que você gosta. O caso mais
famoso de água na boca por associação, claro, é o já lendário cão do fisiologista russo Ivan
Pavlov. De tanto ouvir um sino tocar antes de receber sua comida todos os dias, o animal
passou a salivar em resposta ao tocar do sino, mesmo que o prato demorasse a chegar. E
eu, de tanto escrever sobre comida, já fiquei com água na boca...
Suzana Herculano-Houzel Departamento de Anatomia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Revista CHC | Edição 199.
Ao ler o texto "Meu tênis é mais caro que o seu" de Rosely Sayão, acredito realmente
que hoje estamos vivendo em um mundo completamente consumista, onde o ter é mais im-
portante do que o ser.
Após prestar bastante atenção em meu filho, tive que concordar com a autora em al-
guns pontos e venho dizer que realmente as crianças são julgadas pelo que usam e aquelas
que não possuem o que está "na moda" são bem humilhadas. Tudo isso é culpa da mídia
que lança um produto que é apresentado como o melhor e que se o adolescente não tem é
julgado como ninguém.
Por isso, na minha opinião, com a finalidade desse fato parar de acontecer, o primeiro
passo tem que ser nosso, os pais, ao ensinar aos filhos que o caráter é mais importante do
aquilo que você veste.
Obrigado pela atenção.
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Marcinéia Santos – Curitiba
Reduit é saudável, pois nele quase toda gordura é retirada, permanecendo todas as outras
qualidades nutricionais. Reduit é bom para jovens, adultos e dietas de baixas calorias.
(Texto em uma embalagem de leite em pó)
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
67. O texto lido tem a finalidade de:
Você sabia?
A aveia é um cereal puro, natural e pouco processado, ou seja, vai do campo até a
sua casa passando por poucas etapas de processamento que garantem a qualidade e inte-
gridade do grão. Além disso, a aveia é considerada um dos grãos mais completos da natu-
reza, pois é rica em fibras e proteínas, além de ser uma importante fonte de vitaminas e car-
boidratos. Seu consumo ajuda na redução do colesterol e no funcionamento intestinal. Co-
mer aveia faz você se sentir bem e seu organismo funcionar melhor!
68. Após a leitura desse texto, pode-se constatar que sua finalidade é
O rolé do rolezinho
O "rolé" se transformou em "rolezinho" em evolução tão rápida quanto o giro incontrolável
das redes sociais
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Rolê é o “movimento que o capoeirista executa agachado, de costas para o adversá-
rio, com o apoio das mãos e dos pés, para deslocar-se pelo chão”, como define o Aulete
Digital. E “rolê de mergulho” é o executado com o corpo rente ao chão, lembra o Aurélio. Há
a segunda acepção de rolê, usada em “bife rolê”, isto é, enrolado. Outra é a “gola rolê”, da
blusa ou camisa em que o tecido envolve o pescoço.
Rolê e rolé, portanto, são aparentados porque representam coisas ou movimentos gi-
ratórios. Como “rolar”, aliás. De modo que “rolé” talvez tenha a mesma origem francesa de
“rolê”, como indica o Houaiss: roulê é particípio passado de rouler, antes roueller, isto é, “en-
rolar”, de rouelle, depois ruele (rodela), do latim tardio rotella, diminutivo de rota, nossa roda
universal. Inclusive a roda algo descontrolada em que gira o desvairado rolezinho.
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
TÓPICO III
Este tópico requer que o aluno assuma uma atitude crítica e reflexiva ao reconhecer
as diferentes ideias apresentadas sobre o mesmo tema em um único texto ou em textos
diferentes. O tema se traduz em proposições que se cruzam no interior dos textos lidos ou
naquelas encontradas em textos diferentes, mas que apresentam a mesma ideia, assim, o
aluno pode ter maior compreensão das intenções de quem escreve, sendo capaz de identifi-
car posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou tema.
As atividades que envolvem a relação entre textos são essenciais para que o aluno
construa a habilidade de analisar o modo de tratamento do tema dado pelo autor e as condi-
ções de produção, recepção e circulação dos textos.
Essas atividades podem envolver a comparação de textos de diversos gêneros, co-
mo os produzidos pelos alunos, os textos extraídos da Internet, de jornais, revistas, livros e
textos publicitários, entre outros.
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno em reconhecer as di-
ferenças entre textos que tratam do mesmo assunto, em função do leitor-alvo, da ideologia,
da época em que foi produzido e das suas intenções comunicativas. Por exemplo, histori-
nhas infantis satirizadas em histórias em quadrinhos, ou poesias clássicas utilizadas como
recurso para análises críticas de problemas do cotidiano.
Essa habilidade é avaliada por meio da leitura de dois ou mais textos, de mesmo gê-
nero ou de gêneros diferentes, tendo em comum o mesmo tema, para os quais é solicitado o
reconhecimento das formas distintas de abordagem.
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza. Texto I
Os poetas da minha terra [...]
são pretos que vivem Esta noite eu ousei mais atrevido,
em torres de ametista, nas telhas que estalavam nos meus pas-
sos,
os sargentos do exército ir espiar seu venturoso sono,
são monistas, cubistas, vê-la mais bela de Morfeu nos braços!
os filósofos são polacos
vendendo a prestações. Como dormia! que profundo sono!...
Tinha na mão o ferro do engomado...
A gente não pode dormir Como roncava maviosa e pura!...
com os oradores e os pernilongos. Quase caí na rua desmaiado! [...]”
Os sururus em família têm por testemunha (É ela! É ela! É ela! É ela. Álvares de Azevedo)
a Gioconda. Texto II
Eu morro sufocado em terra estrangeira.
[...]
Nossas flores são mais bonitas
Como virgem que desmaia,
nossas frutas mais gostosas
Dormia a onda na praia!
mas custam cem mil réis a dúzia.
Tua alma de sonhos cheia
Ai quem me dera chupar uma carambola
Era tão pura, dormente,
de verdade
Como a vaga transparente
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
Sobre seu leito de areia!
70. O texto II difere do texto I:
Era de noite - dormias,
a) pela referência a elementos Do sonho nas melodias,
naturais. Ao fresco da viração
b) pelo sentimento de pertencer a Embalada na falua,
um lugar. Ao frio clarão da lua,
c) pela demonstração de uma ati- Aos ais do meu coração!
tude crítica. [...]”
d) por elogiar alguns aspectos da
natureza (No Mar. Álvares de Azevedo)
71. Os trechos acima, tirados de dois poemas de Álvares de Azevedo, registram uma situa-
ção semelhante: o momento em que o indivíduo apaixonado vê a mulher amada dormindo.
No entanto
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Texto I
Telenovelas empobrecem o país
Parece que não há vida inteligente na telenovela brasileira. O que se assiste todos os
dias às 6, 7 ou 8 horas da noite é algo muito pior do que os mais baratos filmes “B” america-
nos. Os diálogos são péssimos. As atuações, sofríveis. Três minutos em frente a qualquer
novela são capazes de me deixar absolutamente entediado – nada pode ser mais previsível.
(Antunes Filho. Veja, 11/mar/96.)
Texto II
Novela é cultura
Veja – Novela de televisão aliena?
Maria Aparecida – Claro que não. Considerar a telenovela um produto cultural alienan-
te é um tremendo preconceito da universidade. Quem acha que novela aliena está na ver-
dade chamando o povo de débil mental. Bobagem imaginar que alguém é induzido a pensar
que a vida é um mar de rosas só por causa de um enredo açucarado. A telenovela brasileira
é um produto cultural de alta qualidade técnica, e algumas delas são verdadeiras obras de
arte. (Veja, 24/jan/96.)
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Adeus, Meus Sonhos!
Álvares de Azevedo
a) a fixação na natureza.
b) o amor saudoso.
c) o presente de paz.
d) o retorno à infância
Texto 1
Bjorn Lomborg – Discordo da forma como as discussões sobre esse tema são colo-
cadas. Existe a tendência de considerar sempre o pior cenário – o que aconteceria nos pró-
ximos 100 anos se o nível dos mares se elevar e ninguém fizer nada. Isso é irreal, porque é
óbvio que as pessoas vão mudar, vão construir defesas contra a elevação dos mares. No
entanto, isso é só uma parte do que tenho dito. Sou cético em relação a algumas previsões,
sim. Mas sou cético principalmente em relação às políticas de combate ao aquecimento glo-
bal. O problema principal não é a ciência. Precisamos dos cientistas. A questão é que tipo
de política seguir. E isso é um aspecto econômico, porque implica uma decisão de gastar
bilhões de dólares de fundos sociais. Em outras palavras, não sou um cético da ciência do
clima, mas um cético da política do clima. Basicamente, digo que não estamos adotando as
melhores políticas porque não estamos pensando onde gastar o dinheiro para produzir os
maiores benefícios.(Veja, 23 dez. 2009. Fragmento.)
Texto 2
48
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/301209/leitor.shtml>.Acesso em: 5 abril 2011.
74. Em relação ao tema discutido no Texto 1, o autor do Texto 2 apresenta uma posição
a) contrária.
b) favorável.
c) irônica.
d) questionadora
Texto 1
Brasil de Todos os Santos
Brasil, meu Brasil de todos os Santos Descobrir a sua cara de espanto Descobrir o
seu encanto em um segundo Um país que sonha ser o Novo Mundo Matas, praias, céu, di-
amante e chapadas Transamazônicas estradas te percorrem Feito rios de águas e florestas
Transformando sua paisagem numa festa Nas suas avenidas todas coloridas Desfilam
homens e mulheres (...)
Laura Campanér e Luisa Gimene Fonte: http://www.lyricstime.com/ laura-campan-r-brasil-de-todos-os-santos-lyrics.html – Acesso em: 30/10/08
Texto 2
Desmatamento
76. Com relação aos textos Brasil de Todos os Santos e Desmatamento, é correta a alterna-
tiva:
49
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
de trânsito e exploração sexual, a violência em espaços urbanos tem aumentado no Brasil e
no mundo.
As maiores vítimas da violência urbana são os adolescentes moradores de comuni-
dades populares e de periferias que, muitas vezes, encontram-se vulneráveis diante das
ações de grupos criminosos e da repressão das forças de segurança. Em situações de au-
sência de políticas públicas eficientes e transformadoras, de opções de educação, de opor-
tunidades de emprego, abre-se uma porta para a ação de aliciadores que recrutam crianças
e adolescentes para o tráfico de drogas e armas. Em 2005, 8 mil pessoas entre 10 e 19
anos foram vítimas de homicídios.
Fonte: Adaptação: http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_10211.html – Acesso em: 30/10/08.
Texto 2
Texto 1
Entregue elevador da prefeitura
50
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Disponível em <http://www.cvi.org.br/cartum-porta-estreita.asp>.
ESPELHO
Marcello Migliaccio
Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a baixaria, desancar o onipresente ele-
trodoméstico. E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o
que não falta é especialista no assunto. Se um dia fomos uma pátria de 100 milhões de téc-
nicos de futebol, hoje, mais do que nunca, temos um considerável rebanho de briosos
críticos televisivos.[...]
Mas, quando os "especialistas" criticam a TV, estão olhando para o próprio umbigo.
Feita à nossa imagem e semelhança, ela é resultado do que somos enquanto rebanho glo-
balizado. [...]
Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres e que não
se sentem representados no vídeo. [...]
Folha de S. Paulo, 19/10/2003
Bem diziam os Titãs, grupo de rock nacional, quando cantavam que “a televisão me
deixou burro demais”. A verdade é que, ao pé da letra dessa música, a televisão coloca-nos
dentro de jaulas, como animais. Assim, paralisa o desenvolvimento de pensamentos críticos
51
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
e avaliativos que se desenvolvem em outras formas de diversão, além de influenciar crian-
ças e adolescentes com cenas de violência, maldade, psicopatia e sexo explícito a todo o
momento e sem qualquer responsabilidade.
Fonte: http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacao
Vocabulário
“in” [inglês] – na moda
brioso – orgulhoso, vaidoso
onipresente – que está presente em todos os lugares.
79. Os textos divergem sobre o mesmo tema: a influência da televisão. A afirmação do texto
1 que contradiz o texto 2 é
52
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
TÓPICO IV
As habilidades que podem ser avaliadas por este descritor relacionam-se ao reco-
nhecimento da função dos elementos que dão coesão ao texto. Dessa forma, eles poderão
identificar quais palavras estão sendo substituídas e/ou repetidas para facilitar a continuida-
de do texto e a compreensão do sentido. Trata-se, portanto, do reconhecimento, por parte
do aluno, das relações estabelecidas entre as partes do texto.
53
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Mona Lisa de Da Vinci sem motivos para sorrir
Obra-prima de Leonardo da Vinci e uma das mais admiradas telas jamais pintadas,
devido, em parte, ao sorriso enigmático da moça retratada, a “Mona Lisa” está se deterio-
rando. O grito de alarme foi dado pelo Museu do Louvre, em Paris, que anunciou que o qua-
dro passará por uma detalhada avaliação técnica com o objetivo de determinar o porquê do
estrago.
O fino suporte de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma deformação
desde que especialistas em conservação examinaram a pintura pela última vez, diz o Museu
do Louvre numa declaração por escrito. O museu não diz quando essa última avaliação
ocorreu.
O estudo será feito pelo Centro de Pesquisa e Restauração dos Museus da França e
vai determinar os materiais usados na tela e avaliar sua vulnerabilidade a mudanças climáti-
cas O Museu do Louvre recebe cerca de seis milhões de visitantes por ano, e todos, prati-
camente, veem a “Mona Lisa”, uma tela de 77 centímetros de altura por 55 de largura, pro-
tegida por uma caixa de vidro, com temperatura controlada. A tela será mantida no mesmo
local, exposta ao público, enquanto for realizado o estudo.
80. A Mona Lisa, obra de arte que é assunto da notícia, é mencionada no texto como:
a) respeito e dignidade.
b) convivência e respeito.
c) alimentação e respeito.
d) criança e adolescente.
54
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Leia o trecho da letra de música abaixo:
a) Aos homens.
b) Aos anjos.
c) Ao amor.
d) Ao mal.
A decadência do Ocidente
O doutor ganhou uma galinha viva e chegou em casa com ela, para alegria de toda a
família. O filho mais moço, inclusive, nunca tinha visto uma galinha viva de perto. Já tinha
até um nome para ela – Margarete – e planos para adotá-la, quando ouviu do pai que a gali-
nha seria, obviamente, comida.
– Comida?!
– Sim, senhor.
– Mas se come ela?
– Ué. Você está cansado de comer galinha.
– Mas a galinha que a gente come é igual a esta aqui?
– Claro.
Na verdade, o guri gostava muito de peito, de coxa e de asas, mas nunca tinha liga-
do às partes do animal. Ainda mais aquele animal vivo ali no meio do apartamento.
O doutor disse que queria comer uma galinha ao molho pardo. A empregada sabia
como se preparava uma galinha ao molho pardo? A mulher foi consultar a empregada. Dali
a pouco o doutor ouviu um grito de horror vindo da cozinha. Depois veio a mulher dizer que
ele esquecesse a galinha ao molho pardo.
– A empregada não sabe fazer?
– Não só não sabe fazer, como quase desmaiou quando eu disse que precisava cor-
tar o pescoço da galinha. Nunca cortou um pescoço de galinha.
Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse o pescoço da galinha.
– Eu?! Não mesmo!
O doutor lembrou-se de uma velha empregada de sua mãe. A Dona Noca.
– A Dona Noca já morreu – disse a mulher.
– O quê?!
– Há dez anos.
– Não é possível! A última galinha ao molho pardo que eu comi foi feita por ela.
– Então faz mais de 10 anos que você não come galinha ao molho pardo.
Alguém no edifício se disporia a degolar a galinha. Fizeram uma rápida enquete en-
tre os vizinhos. Ninguém se animava a cortar o pescoço da galinha. Nem o Rogerinho do
701, que fazia coisas inomináveis com gatos.
55
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
– Somos uma civilização de frouxos! – sentenciou o doutor. Foi para o poço do edifí-
cio e repetiu:
– Frouxos! Perdemos o contato com o barro da vida!
E a Margarete só olhando.
VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.98.
Levantei-me, corri a pegar o giz, aqui está, professor. Ele me olhou agradecido, o ros-
to cansado. Já naquela época, o rosto cansado. Dava aulas em três escolas e ainda levava
para casa uma maçaroca de provas para corrigir.
O aluno preparava-se para sentar, ele, o olhar fino:
– Aproveitando que o moço está de pé, me diga: sabe o que é um anacoluto?
O que dá a gente querer ser legal.
Vai-se apanhar o giz do chão, e o professor vem e pergunta o que é anacoluto. Por
que não pergunta àquela turma que ficou rindo do bolso traseiro rasgado das calças dele?
– Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto.
– Pode se sentar. Vou explicar o que é anacoluto. Muito obrigado por ter apanhado o
giz do chão. Estou ficando enferrujado.
Agora era ele, no bar, tomando café.
– Lembra de mim, professor?
Também estou de cabelos brancos. Menos que ele, claro.
Com o indicador da mão esquerda acerta o gancho dos óculos no alto do nariz fino e
cheio de pintas pretas e veiazinhas azuladas, me encara, deve estar folheando o livro de
chamada, verificando um a um o rosto da cambada da segunda fila da classe.
– Fui seu aluno, professor!
DIAFÉRIA, Lourenço. O imitador de gato. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2003. Fragmento.
a) estar preguiçoso.
b) ser descuidado.
c) ser esquecido.
d) ter limitações.
85. No trecho “Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto.” (.15), a repetição da palavra “Anacolu-
to” sugere
a) brincadeira.
b) receio.
c) desconhecimento.
d) desrespeito.
56
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Leia o texto abaixo.
Engraçado, de repente eu comecei a ver a tia Zilah com outros olhos. Ela não era só
do bem, a tia viúva e sozinha que tinha ficado cuidando de mim. Ela era legal, uma super-
mais-velha!
Nossa, eu deixei ela quase louca! Em vez dos coroas, foi ela quem me contou toda a
sua viagem pela Europa... Eu fazia uma ideia tão errada, diferente: ela contando, ficou tudo
tão legal, um barato mesmo.
Só pra dar uma ideia, fiquei vidrado no museu de cera da Madame Tussaud, que era
uma francesa que viveu na época da Revolução. Ela aprendeu a fazer imagens de cera, e
se inspirava em personagens célebres que eram levados para a guilhotina em praça pública.
Depois ela mudou para a Inglaterra, e ficou famosa por lá. E hoje existe em Londres
um museu de cera com o seu nome, que tem imagens de personagens famosos do mundo
inteiro em tamanho natural. Foi tão gozado quando a tia Zilah também contou que, quando
ela ia saindo do museu, perguntou pra uma mulher fardada onde era a saída. E todo mundo
caiu na gargalhada, porque tinha perguntado pra uma figura de cera que era sensacional de
tão perfeita, parecia mesmo uma policial.
NICOLELIS, Laporta. Pássaro contra a vidraça. São Paulo: Moderna, 1992.
86. No trecho “E hoje existe em Londres um museu de cera com o seu nome,...”, a
expressão destacada refere-se ao termo
a) tia Zilah.
b) Madame Tussaud.
c) mulher fardada.
d) policial.
57
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D7 – Identificar a tese de um texto
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer o ponto
de vista ou a ideia central defendida pelo autor.
A tese é uma proposição teórica de intenção persuasiva, apoiada em argumentos
contundentes sobre o assunto abordado.
58
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
b) a internet e o computador não estão disponíveis a todos os segmentos da população.
c) há a existência de uma problemática de, pelo menos, duas causas: a exclusão digital.
d) a inexistência de recursos afastam da internet expressivos segmentos da população.
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem co-
nhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro passa
a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às aves-
sas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para distribuir seu dinheiro.
Já na compra do carro, você contribui para uma infinidade de setores produtivos, que pode-
mos encolher, ao máximo, nos seguintes itens: a indústria automobilística propriamente dita;
os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de
artefatos de borracha; as fábricas de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos
e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de
seus derivados; as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas.
Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos vo-
cê. Ao comprar um carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava
fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras
pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para-lama a dar uma mar-
cha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas imprudentes; com as crianças diabóli-
cas que riscam sua pintura, sobretudo quando o carro está novinho em folha; com os sujei-
tos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades diversas; com a juventude
desviada; com parentes e amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, con-
forme sua subserviência à necessidade deles; com ladrões etc.
Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas
fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico que o meu carro não
está pronto. De qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro,
pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é ainda mais chato. A não ser que
você tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males do ho-
mem se devem ao fato de ele não ficar quietinho no quarto.
Paulo Mendes Campos. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99-102 (com adaptações).
“O Brasil não terá índios no final do século XXI (...) E por que isso? Pela razão muito
simples que consiste no fato de o índio brasileiro não ser distinto das demais comunidades
primitivas que existiram no mundo. A história não é outra coisa senão um processo civiliza-
tório, que conduz o homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolí-
tico ao neolítico e do neolítico a um estágio civilizatório.”
Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 1994.
59
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
91. A tese do texto é a de que
60
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D8 – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para
sustentá-la
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno em estabelecer a re-
lação entre o ponto de vista do autor sobre um determinado assunto e os argumentos que
sustentam esse posicionamento.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitado ao aluno que
identifique um argumento entre os diversos que sustentam a proposição apresentada pelo
autor. Pode-se, também, solicitar o contrário, que o aluno identifique a tese com base em
um argumento oferecido pelo texto.
A dificuldade em perceber um flerte persiste mesmo entre quem está de fora só ob-
servando. O autor pediu a mais de 250 pessoas para que assistissem a seis vídeos de um
minuto com as interações dos pares do primeiro estudo, mostrando apenas uma pessoa de
cada vez. Os observadores não foram mais eficientes em perceber o que estava acontecen-
do do que aqueles que haviam participado da interação. Quando a paquera não havia acon-
tecido, eles foram precisos em 66% dos casos. Quando rolava um clima, só 38% o identifi-
caram.
A menor taxa de precisão foi encontrada em mulheres ao observar os homens: elas
identificaram corretamente o flerte em apenas 22% das vezes. E ambos os sexos tiveram
mais facilidade em detectar quando a paquera vinha da parte feminina. Segundo o autor do
estudo, isso não se deve a qualquer tipo de “intuição” que os homens tenham melhor que as
mulheres, mas sim ao fato de que elas talvez sejam um pouco mais claras se estão interes-
sadas ou não.
O fato é que “o flerte é um comportamento difícil de perceber”, diz Jeffrey. “Se você
acha que alguém não está interessado em você, provavelmente está certo. Mas, se alguém
estiver, é bem provável que você nem tenha percebido”. Para ele, um dos motivos dessa
dificuldade é o fato de as pessoas não costumarem mostrar seu interesse de formas óbvias
porque não querem se sentir envergonhadas. Mas não é só isso: “A maioria das pessoas,
na maioria dos dias, não dá em cima de todo mundo que encontra, embora alguns façam
isso. Então você simplesmente não assume que todos estão te querendo”, diz ele, numa
tradução livre da autora deste blog.
61
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Leia o texto abaixo
[...] O celular destruiu um dos grandes prazeres do século passado: prosear ao tele-
fone.
Hoje, por culpa deles somos obrigados a atender chamadas o dia todo. Viramos uma
espécie de telefonistas de nós mesmos: desviamos chamadas, pegamos e anotamos reca-
dos... Depois de um dia inteiro bombardeado por ligações curtas, urgentes e na maioria das
vezes irrelevantes, quem vai sentir prazer numa simples conversa telefônica? O telefone,
que era um momento de relax na vida da gente, virou um objeto de trabalho.
O equivalente urbano da velha enxada do trabalhador rural. Carregamos o celular ao
longo do dia como uma bola de ferro fixada no corpo, uma prova material do trabalho escra-
vo.
O celular banalizou o ritual de conversa à distância. No mundo pré-celular, havia na
sala uma poltrona e uma mesinha exclusivas para a arte de telefonar. Hoje, tomamos como
num transe, andamos pelas ruas, restaurantes, escritórios e até banheiros públicos berrando
sem escrúpulos num pedaço de plástico colorido.
Misteriosamente, uma pessoa ao celular ignora a presença das outras. Conta segre-
dos de alcova dentro do elevador lotado. É uma insanidade. Ainda não denunciada pelos
jornalistas, nem, estudada com o devido cuidado pelos médicos. Aliás, duas das classes
mais afetadas pelo fenômeno.
A situação é delicada. [...]
O Estado de S. Paulo, 29/11/2004.
93. Qual é o argumento que sustenta a tese defendida pelo autor desse texto?
Cultura e sociedade
94. Um argumento que sustenta a tese de que “a sociedade moderna tem utilizado de forma
irracional seus recursos hídricos” é que
62
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Leia o texto, abaixo e responda.
Na gramática, como muitos sabem e outros nem tanto, existe a exceção da exceção.
Isso não quer dizer que vale tudo na hora de falar ou escrever. Há normas sobre as quais
não podemos passar, mas existem também as preferências de determinado autor – regras
que não são regras, apenas opções. De vez em quando aparece alguém querendo fazer
dessas escolhas uma regra. Geralmente são os que não estão bem inteirados da língua e
63
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
buscam soluções rápidas nos guias práticos de redação. Nada contra. O problema é julgar
inquestionáveis as informações que esses manuais contêm, esquecendo-se de que eles
estão, na maioria dos casos, sendo práticos – deixando para as gramáticas a explicação dos
fundamentos da língua portuguesa. (...)Com informação, vocabulário e o auxílio da gramática,
você tem plenas condições de escrever um bom texto. Mas, antes de se aventurar, considere
quem vai ler o que você escreveu. A galera da faculdade, o pessoal da empresa ou a turma da
balada? As linguagens são diferentes.
Afinal, a língua está viva, renovando-se sem parar, circulando em todos os lugares,
em todos os momentos do seu dia. Estar antenado, ir no embalo, baixar um arquivo, clicar
no ícone – mais que expressões – são maneiras de se inserir num grupo, de socializar-se.
(Você S/A, jun. 2003.)
64
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D9 – Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto
Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer a estru-
tura e a organização do texto e localizar a informação principal e as informações secundá-
rias que o compõem.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual pode ser solicitado ao aluno
que ele identifique a parte principal ou outras partes secundárias na qual o texto se organi-
za.
65
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Leia o texto a seguir e responda.
Nossa tradição cultural, por diversas razões, criou um ideal de cidadania política sem
vínculos com a efetiva vida social dos brasileiros. Na teoria, aprendemos que devemos ser
cidadãos; na prática, que não é possível, nem desejável, comportarmo-nos como cidadãos.
A face política do modelo de identidade nacional é permanentemente corroída pelo desres-
peito aos nossos ideais de conduta.
Idealmente, ser brasileiro significa herdar a tradição democrática na qual somos to-
dos iguais perante a lei e onde o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade é uma
propriedade inalienável de cada um de nós; na realidade, ser brasileiro significa viver em um
sistema socioeconômico injusto, onde a lei só existe para os pobres e para os inimigos e
onde os direitos individuais são monopólio dos poucos que têm muito.
Preso nesse impasse, o brasileiro vem sendo coagido a reagir de duas maneiras. Na
primeira, com apatia e desesperança. É o caso dos que continuam acreditando nos valores
ideais da cultura e não querem converter-se ao cinismo das classes dominantes e de seus
seguidores. Essas pessoas experimentam uma notável diminuição da autoestima na identi-
dade de cidadão, pois não aceitam conviver com o baixo padrão de moralidade vigente, mas
tampouco sabem como agir honradamente sem se tornarem vítimas de abusos e humilha-
ções de toda ordem. Deixam-se assim contagiar pela inércia ou sonham em renunciar à
identidade nacional, abandonando o país. Na segunda maneira, a mais nociva, o indivíduo
adere à ética da sobrevivência ou à lei do vale-tudo: pensa escapar à delinquência, tornan-
do-se delinquente.
Jurandir Freire Costa. http://super.abril.com.br. Adaptado.
a) existe uma contradição entre o discurso favorável à cidadania e uma prática distanciada
do comportamento cidadão.
b) ser brasileiro é ser herdeiro de uma tradição de igualdade perante a lei, de direito á liber-
dade e de busca da felicidade.
c) o indivíduo adere ao vale-tudo, tornando-se um delinquente, com o objetivo de escapar à
delinquência.
d) há pessoas que se contaminam pela inércia ou sonham em renunciar à identidade nacio-
nal, deixando o país.
Além de possíveis alterações nas regras do Fies, deve ficar para o próximo governo
a tarefa de revisar algumas normas do ensino a distância (EAD). Espera-se a flexibilização
de regras que hoje atrasam a abertura de novos polos.
As novas normas poderiam acelerar a aprovação pelo ministério de novos polos de
ensino a distância, que são espaços de apoio presencial frequentados pelos alunos para
parte das aulas ou para realização de provas. Com bibliotecas virtuais, por exemplo, cairia a
necessidade de fiscais do Ministério da Educação visitarem cada polo para verificar o acervo
das instituições antes da inauguração das unidades.
Por trás desse debate, está a constatação de que o ensino a distância é um mercado
bastante menos pulverizado que a graduação presencial. Durante o julgamento da fusão de
66
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Kroton e Anhanguera no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) este foi um
dos principais temas abordados pela relatora do caso, a conselheira Ana Frazão.
"Esperamos que novas empresas continuem entrando nesse mercado a um ritmo
gradativo, como tem sido o caso", comentaram em relatório os analistas do Santander Bruno
Giardino e Daniel Gewehr. Eles calculam que desde 2012, 26 novas companhias consegui-
ram o credenciamento, com 162 novos polos em operação, uma média de 6,2 polos por ins-
tituição de ensino superior (IES).
67
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
100. A ideia principal do texto é a de que
Por um motivo óbvio: os apaixonados têm um suporte social maior, ou seja, alguém
com quem contar quando algo sai errado. De acordo com pesquisadores da Universidade
de Louisville, os homens solteiros têm um risco de morte 32% maior que os casados. E as
mulheres também sofrem: as solteiras correm um risco 23% maior de morrer. No fim das
contas, os solteirões vivem de 7 a 17 anos menos que os comprometidos.
68
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Leia o texto a seguir e responda.
69
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a
narrativa
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno em reconhecer os fa-
tos que causam o conflito ou que motivam as ações dos personagens, originando o enredo
do texto.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitado ao aluno que
identifique os acontecimentos desencadeadores de fatos apresentados na narrativa, ou seja,
o conflito gerador, ou o personagem principal, ou o narrador da história, ou o desfecho da
narrativa.
O MILAGRE
70
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
depois de alguns anos passaram também as romarias. Foi diminuindo a fama do milagre e
ficou, apenas, mais folclore na lembrança do povo.
O lugarejo não mudou nada. Continua igualzinho como era, e ainda existe, atrás da
venda, o quarto que fora do padre. Passamos outro dia por lá. Entramos e pedimos ao por-
tuguês, seu dono, que vive há muitos anos atrás do balcão, a roubar no peso, que nos ser-
visse uma cerveja. O português, então, berrou para um pretinho, que arrumava latas de goi-
abada numa prateleira:
– Ó Milagre, sirva uma cerveja ao freguês!
Achamos o nome engraçado. Qual o padrinho que pusera o nome de Milagre
naquele afilhado? E o português explicou que não, que o nome do pretinho era Sebastião.
Milagre era apelido.
– E por quê? – perguntamos.
Porque era ele quem acendia a vela, no quarto do padre.
(STANISLAW PONTE PRETA. O melhor de Stanislaw Ponte Preta.3a. Edição, Rio de Janeiro, José Olympio, 1988)
O torcedor
No jogo de decisão do campeonato, Eváglio torceu pelo Atlético Mineiro, não porque
fosse atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo ven-
cesse. Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem carro, e ele previa que a
volta seria problema.
O Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os
clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitórias. Saindo em busca de táxi
inexistente, acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém, e havia duas
bandeiras rubro-negras para cada passageiro. E não eram bandeiras pequenas nem torce-
dores exaustos: estes pareciam terem guardado a capacidade de grito para depois da vitó-
ria.
Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44
pés. A bola era ele, embora ninguém reparasse naquela esfera humana que ansiava por
tornar a ser gente a caminho de casa.
Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror. Se
lessem em seu íntimo o segredo, estava perdido. Mas todos cantavam, sambavam com ale-
gria tão pura que ele próprio começou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si. Era o
canto?
Eram braços e pernas falando além da boca? A emanação de entusiasmo o contagi-
ava e transformava. Marcou com a cabeça o acompanhamento da música. Abriu os lábios,
simulando cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo,
sempre Flamengo.
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
O pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para descer também e continuar a
festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já com o pé no estribo se lembrou. Loucura con-
tinuar Flamengo [...] Segurou firme na porta, gritou: “Eu volto, gente! Vou só trocar de roupa”
e, não se sabe como, chegou intacto ao lar, já sem compromisso clubista.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://flamengo-eternamente.blogspot.com/2007/04/o-torcedor-carlos-drummond-de-andrade.
html>. Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento.
a) “... acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém,...”.
b) “Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por
44 pés.”.
c) “Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror.”
d) “Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.”.
A lenda do preguiçoso
Giba Pedroza
Diz que era uma vez um homem que era o mais preguiçoso que já se viu debaixo do
céu e acima da terra. Ao nascer nem chorou, e se pudesse falar teria dito:
“Choro não. Depois eu choro”.
Também a culpa não era do pobre. Foi o pai que fez pouco caso quando a parteira
ralhou com ele: “Não cruze as pernas, moço. Não presta! Atrasa o menino pra nascer e ele
pode crescer na preguiça, manhoso”.
E a sina se cumpriu. Cresceu o menino na maior preguiça e fastio. Nada de roça,
nada de lida, tanto que um dia o moço se viu sozinho no pequeno sítio da família onde já
não se plantava nada. O mato foi crescendo em volta da casa e ele já não tinha o que co-
mer. Vai então que ele chama o vizinho, que era também seu compadre, e pede pra ser
enterrado ainda vivo. O outro, no começo, não queria atender ao estranho pedido, mas
quando se lembrou de que negar favor e desejo de compadre dá sete anos de azar...
E lá se foi o cortejo. Ia carregado por alguns poucos, nos braços de Josefina, sua re-
de de estimação. Quando passou diante da casa do fazendeiro mais rico da cidade, este
tirou o chapéu, em sinal de respeito, e perguntou:
Quem é que vai aí? Que Deus o tenha!”
“Deus não tem ainda, não, moço. Tá vivo.”
E quando o fazendeiro soube que era porque não tinha mais o que comer, ofereceu
dez sacas de arroz. O preguiçoso levantou a aba do chapéu e ainda da rede cochichou no
ouvido do homem:
“Moço, esse seu arroz tá escolhidinho, limpinho e fritinho?”
“Tá não.”
“Então toque o enterro, pessoal.”
Disponível em: <http://singrandohorizontes.wordpress.com /2010/08/18/folclore-popular-lenda-do-preguicoso/>. Acesso em: 08 set.
2010.
72
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
105. Ao introduzir esse texto com “Diz que era uma vez...”, o narrador
Dois homens viajavam juntos ao longo de uma estrada, quando um deles encontrou
uma bolsa cheia de alguma coisa. E ele disse: “Veja que sorte a minha, encontrei uma bol-
sa, e a julgar pelo peso, deve estar cheia de moedas de ouro.”
E lhe diz o companheiro: “Não diga encontrei uma bolsa; mas, nós encontramos
uma bolsa, e quanta sorte temos. Amigos de viagem devem compartilhar as tristezas e ale-
grias da estrada.”
O “sortudo”, claro, se nega a dividir o achado. Então escutam gritos de: “Pega la-
drão!”, vindo de um grupo de homens armados com porretes, que se dirigem, estrada abai-
xo, na direção deles. O viajante “sortudo”, logo entra em pânico, e diz. “Estamos perdidos
se encontrarem essa bolsa conosco.”
Replica o outro: “Você não disse 'nós' antes. Assim, agora fique com o que é seu e
diga, 'Eu estou perdido'.”
Moral da História:
Não devemos exigir que alguém compartilhe conosco as desventuras, quando não lhes
compartilhamos também as nossas alegrias.
Esopo. Disponível em: <http://sitededicas.uol.com.br> Acesso em:02 fev. 2010.
73
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D11 – Estabelecer relação causa/ consequência entre partes e elementos do texto
Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade do aluno em identificar o moti-
vo pelo qual os fatos são apresentados no texto, ou seja, o reconhecimento de como as re-
lações entre os elementos organizam-se de forma que um torna-se o resultado do outro.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual o aluno estabelece relações
entre as diversas partes que o compõem, averiguando as relações de causa e efeito, pro-
blema e solução, entre outros.
107. O governo japonês indica como causas da queda da expectativa de vida das japone-
sas:
a) os 26 anos em que elas passaram no topo da lista das mais longevas.
b) o fato de o Japão ser um país que está envelhecendo rapidamente.
c) terremoto, o tsunami de 2011 e o aumento nos casos de suicídio.
d) os avanços na saúde e queda da taxa de natalidade no país.
O NAMORO NA ADOLESCÊNCIA
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
pelota para o herói da turma, o Mário. Aspectos situacionais, como a relação harmoniosa ou
não entre os pais do adolescente, também influenciarão no seu namoro. Um relacionamento
onde um dos parceiros vem de um lar em crise é, de saída, dose de leão para o outro, que
passa a ser utilizado como anteparo de todas as dores e frustrações. Geralmente, esta car-
ga é demais para o outro parceiro, que também enfrenta suas crises pelas próprias condi-
ções de adolescente. Entrar em contato com outra pessoa, senti-la, ouvi-la, depender dela
afetivamente e, ao mesmo tempo, não massacrá-la de exigências, e não ter medo de se
entregar, é tarefa difícil em qualquer idade. Mas é assim que começa este aprendizado de
relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.
(Marta Suplicy)
Vocabulário:
anteparo – s.m. Objeto que serve para proteger, resguardar.
108. De acordo com o texto, a frase: “Mas é assim que começa este aprendizado de relaci-
onar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.” refere-se à seguinte fase do aprendizado:
O Xá do Blá-blá-blá
Era uma vez, no país de Alefbey, uma triste cidade, a mais triste das cidades, uma ci-
dade tão arrasadoramente triste que tinha esquecido até seu próprio nome. Ficava à mar-
gem de um mar sombrio, cheio de peixosos – peixes queixosos e pesarosos, tão horríveis
de se comer que faziam as pessoas arrotarem de pura melancolia, mesmo quando o céu
estava azul.
Ao norte dessa cidade triste havia poderosas fábricas nas quais a tristeza (assim me
disseram) era literalmente fabricada, e depois embalada e enviada para o mundo inteiro,
que parecia sempre querer mais. Das chaminés das fábricas de tristeza saía aos borbotões
uma fumaça negra, que pairava sobre a cidade como uma má notícia.
RUSHDIE, Salman. Haroun e o Mar de Histórias. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.
Essas meninas
As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas escolares, às vezes com
seus namorados. As alegres meninas que estão sempre rindo, comentando o besouro que
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
entrou na classe e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem im-
portância.
O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia Riem alto, riem
musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem.
Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas
sem importância. Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina en-
contrado naquelas condições, em lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa mais
rir.
As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas
mulheres.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro:Record, 1998, p. 72.
Você sabia que a Floresta Amazônica não é responsável por grande parte do oxi-
gênio que respiramos?
Bem provável que você tenha ouvido por aí: “A Amazônia é o pulmão do mundo.”
Bobagem! Embora as florestas tenham, sim, grande importância na produção do oxigênio,
como é o caso da Floresta Amazônica, o grande pulmão do mundo, para usar a mesma ex-
pressão, está nas águas – ou melhor, nos seres que habitam rios e mares.
Um bom exemplo são os locais de encontro entre rios e mares, os chamados estuá-
rios, ambientes muito ricos em vida. Ali encontram-se as macrófitas aquáticas, plantas que
se parecem com o capim terrestre; o fitoplâncton, que são algas microscópicas que vivem
próximas às superfícies da água; as plantas
herbáceas, que são rasteiras, maleáveis e se parecem com ervas. Pois bem!
Essas espécies são algumas das grandes produtoras do oxigênio que respiramos e
não as enormes árvores das florestas. [...]
Quanto menores são os organismos, mais rápido é o seu metabolismo, as reações
químicas que ocorrem dentro do corpo. No caso dessas espécies, essas reações estão dire-
tamente ligadas à fotossíntese, processo pelo qual, utilizando se da luz do Sol, os vegetais
produzem o seu próprio alimento e liberam oxigênio.
QUESADO, Letícia Barbosa. Ciência hoje das crianças, janeiro/ fevereiro de 2010. Fragmento.
111. De acordo com esse texto, plantas de rios e mares produzem mais oxigênio porque são
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas
por conjunções, advérbios etc.
As habilidades que podem ser avaliadas por este descritor, relacionam-se ao reco-
nhecimento das relações de coerência no texto em busca de uma concatenação perfeita
entre as partes do texto, as quais são marcadas pelas conjunções, advérbios, etc., formando
uma unidade de sentido.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitado ao aluno, a per-
cepção de uma determinada relação lógico-discursiva, enfatizada, muitas vezes, pelas ex-
pressões de tempo, de lugar, de comparação, de oposição, de causalidade, de anteriorida-
de, de posteridade, entre outros e, quando necessário, a identificação dos elementos que
explicam essa relação.
Entre 2008 e 2012 o número de cirurgias em adolescentes aumentou 141%, segundo da-
dos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)
(...)
O psicólogo Marco Antônio de Tommaso, especialista em transtornos da imagem, vê
exagero em realizar cirurgias entre adolescentes. Para ele, há uma banalização desse tipo
de procedimento. “Hoje em dia existe até consórcio de cirurgia plástica.” De acordo com ele,
os adolescentes vivem as pressões do padrão de beleza pelo corpo magro e perfeito. E eles
têm uma visão distorcida de si mesmos e da sua imagem corporal.
“Eles vivem um sentimento de inferioridade e acham que resolverão seus problemas
fazendo a cirurgia plástica. Não estamos falando de um caso de orelha de abano ou de um
nariz quebrado num acidente. Estamos falando de cirurgias absolutamente estéticas”, avalia
Tommaso, que tem uma paciente que queria fazer uma lipoaspiração nos joelhos por achar
que havia excesso de gordura naquela região. “Ela não usa saia.”
Para o psicólogo, por conta do bombardeamento de estímulos de beleza tanto na in-
ternet quanto na televisão, a tendência é cada vez mais os jovens procurarem a cirurgia
plástica para atingirem esse padrão de beleza. “O risco é criar uma expectativa em relação à
plástica que pode não ser atingida.”
http://www.academiamalhacao.com.br/site/html/noticia-detalhe.php?noticia=566
a) causal
b) temporal
c) condicional
d) proporcional
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Leia o texto abaixo.
(...)
O “ficar” caracteriza-se pela ausência de compromisso, de limites e regras claramen-
te estabelecidos: o que pode ou não pode é definido no momento em que o relacionamento
acontece, de acordo com a vontade dos próprios “ficantes”. A duração do “ficar” varia: o
tempo de um único beijo, a noite toda, algumas semanas. Ligar no dia seguinte ou procurar
o outro não é dever de nenhum dos “ficantes”.
Mesmo desprovido de legitimação social, por não ter fronteiras bem demarcadas, os
resultados benéficos do “ficar” superam os aspectos negativos, já que “ficar” possibilita que
as pessoas avaliem maior número de parceiros do que se tivessem que namorá-los.
Fonte: Unesp
a) confirmação
b) igualdade
c) concessão
d) inclusão
COMPETIÇÃO
O mar é belo.
Muito mais belo é ver um barco no mar.
O pássaro é belo.
Muito mais belo é hoje o homem voar.
A lua é bela.
Muito mais bela é uma viagem lunar.
Belo é o abismo.
Muito mais belo é o arco da ponte no ar.
114. Identifica-se entre o primeiro verso de cada estrofe e os dois últimos uma relação se-
mântica de:
a) consecutividade
b) finalidade
c) proporcionalidade
d) adversidade
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Olhos de ressaca
115. No trecho: “No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão
apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas.”,
o vocábulo que destacado indica uma
a) consequência
b) causa
c) adversidade
d) condição
116. O trecho “... como se quisesse tragar também o nadador da manhã.” Sinaliza uma:
a) certeza
b) uma dúvida
c) uma sugestão
d) uma contradição
“Vocês que têm mais de 15 anos, se lembram quando a gente comprava leite em
garrafa, na leiteria da esquina? (...)
Mas vocês não se lembram de nada, pô! Vai ver nem sabem o que é vaca. Nem o
que é leite. Estou falando isso porque agora mesmo peguei um pacote de leite – leite em
pacote, imagina, Tereza! – na porta dos fundos e estava escrito que é pasteurizado, ou pas-
teurizado, sei lá, tem vitamina, é garantido pela embromatologia, foi enriquecido e o escam-
bau.
Será que isso é mesmo leite? No dicionário diz que leite é outra coisa: 'Líquido bran-
co, contendo água, proteína, açúcar e sais minerais'. Um alimento pra ninguém botar defei-
to. O ser humano o usa há mais de 5.000 anos. É o único alimento só alimento. A carne
serve pro animal andar, a fruta serve pra fazer outra fruta, o ovo serve pra fazer outra gali-
nha (...) O leite é só leite. Ou toma ou bota fora.
Esse aqui examinando bem, é só pra botar fora. Tem chumbo, tem benzina, tem
mais água do que leite, tem serragem, sou capaz de jurar que nem vaca tem por trás desse
negócio.
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Depois o pessoal ainda acha estranho que os meninos não gostem de leite.
Mas, como não gostam? Não gostam como? Nunca tomaram! Múúúúúúú!”
FERNANDES, Millôr. O Estado de S. Paulo, 22 de agosto de 1999
117. No segmento “ovo serve pra fazer outra galinha”, há uma relação de
a) tempo
b) causa
c) alternância
d) finalidade
O rolé do rolezinho
O "rolé" se transformou em "rolezinho" em evolução tão rápida quanto o giro incontrolável
das redes sociais
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
119. As conjunções “portanto” e “porque” no início do último parágrafo:
Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem co-
nhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro passa
a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às aves-
sas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para distribuir seu dinheiro.
Já na compra do carro, você contribui para uma infinidade de setores produtivos, que pode-
mos encolher, ao máximo, nos seguintes itens: a indústria automobilística propriamente dita;
os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de
artefatos de borracha; as fábricas de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos
e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de
seus derivados; as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas.
(...)
Paulo Mendes Campos. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99-102 (com adaptações).
a) finalidade
b) tempo
c) alternância
d) condição
a) superação.
b) transposição
c) acréscimo.
d) condição.
81
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
O Último Poema
a) comparação
b) explicação
c) causa
d) conformidade
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
TÓPICO V
O uso de recursos expressivos possibilita uma leitura para além dos elementos su-
perficiais do texto e auxilia o leitor na construção de novos significados. Nesse sentido, o
conhecimento de diferentes gêneros textuais proporciona ao leitor o desenvolvimento de
estratégias de antecipação de informações que o levam à construção de significados.
Em diferentes gêneros textuais, tais como a propaganda, por exemplo, os recursos
expressivos são largamente utilizados, como caixa alta, negrito, itálico, etc. Os poemas tam-
bém se valem desses recursos, exigindo atenção redobrada e sensibilidade do leitor para
perceber os efeitos de sentido subjacentes ao texto.
Vale destacarmos que os sinais de pontuação, como reticências, exclamação, interroga-
ção, etc., e outros mecanismos de notação, como o itálico, o negrito, a caixa alta e o tama-
nho da fonte podem expressar sentidos variados. O ponto de exclamação, por exemplo,
nem sempre expressa surpresa. Faz-se necessário, portanto, que o leitor, ao explorar o tex-
to, perceba como esses elementos constroem a significação, na situação comunicativa em
que se apresentam.
O uso de recursos expressivos possibilita uma leitura para além dos elementos su-
perficiais do texto e auxilia o leitor na construção de novos significados. Nesse sentido, o
conhecimento de diferentes gêneros textuais proporciona ao leitor o desenvolvimento de
estratégias de antecipação de informações que o levam à construção de significados.
Em diferentes gêneros textuais, tais como a propaganda, por exemplo, os recursos
expressivos são largamente utilizados, como caixa alta, negrito, itálico, etc. Os poemas tam-
bém se valem desses recursos, exigindo atenção redobrada e sensibilidade do leitor para
perceber os efeitos de sentido subjacentes ao texto.
Vale destacarmos que os sinais de pontuação, como reticências, exclamação, inter-
rogação, etc., e outros mecanismos de notação, como o itálico, o negrito, a caixa alta e o
tamanho da fonte podem expressar sentidos variados. O ponto de exclamação, por exem-
plo, nem sempre expressa surpresa. Faz-se necessário, portanto, que o leitor, ao explorar o
texto, perceba como esses elementos constroem a significação, na situação comunicativa
em que se apresentam.
Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade do aluno em reconhecer os
efeitos de ironia ou humor causados por expressões diferenciadas, utilizadas no texto pelo
autor, ou, ainda, pela utilização de pontuação e notações.
Essa habilidade é avaliada por meio de textos verbais e não verbais, sendo muito
valorizado nesse descritor atividades com textos de gêneros variados sobre temas atuais,
com espaço para várias possibilidades de leitura, como os textos publicitários, as charges,
os textos de humor ou as letras de músicas, levando o aluno a perceber o sentido irônico ou
humorístico do texto, que pode estar representado tanto por uma expressão verbal inusita-
da, quanto por uma expressão facial da personagem. Nos itens do Saeb, geralmente é soli-
citado ao aluno que ele identifique onde se encontram traços de humor no texto, ou informe
por que é provocado o efeito de humor em determinada expressão.
83
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Fonte: <http://falandodelazererecreacao.blogspot.com.br/2015/10/o-lazer-e-sua-importancia-em-todas-as.html>. Acesso em 01/03/2018.
123. No primeiro quadrinho o personagem faz referência a um estatuto. A qual estatuto ele
está se referido.
84
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
125. O humor do texto reside no fato de:
a) A personagem Mônica revelar interesse pela lei do país com relação a menores
infratores.
b) Franjinha conhecer as leis do país.
c) O crime cometido ser o roubo do coelhinho, o responsável pelo crime ser o Ce-
bolinha e o advogado de defesa ser a mãe desse.
d) O medo que o Cebolinha tem de Mônica.
85
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
127. Na imagem, o humor é gerado
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D17 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de ou-
tras notações
A habilidade que pode ser avaliada por este descritor refere-se à identificação, pelo
aluno, dos efeitos provocados pelo emprego de recursos da pontuação ou de outras formas
de notação, em contribuição à compreensão textual, não se limitando ao seu aspecto pura-
mente gramatical.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é requerido do aluno que
ele identifique o sentido provocado por meio da pontuação (travessão, aspas, reticências,
interrogação, exclamação, etc.) e/ou notações como, tamanho de letra, parênteses, caixa
alta, itálico, negrito, entre outros. Os enunciados dos itens solicitam que os alunos reconhe-
çam o porquê do uso do itálico, por exemplo, em uma determinada palavra no texto, ou indi-
que o sentido de uma exclamação em determinada frase, ou identifique por que usar os pa-
rênteses, entre outros.
(Inocêncio T. Souto)
a) o destaque que quer se dar à palavra que vem depois dela escrita com maiúscula.
b) a interrupção do pensamento diante do fim e do cansaço que cercam o ser hu-
mano.
c) o caráter dinâmico e passageiro das coisas, que não se mantêm apesar da espe-
rança.
d) a tentativa de pelas pausas traduzir a sensação de quebra e cansaço citados no
texto.
Leia o texto abaixo.
A partir dos anos 80, o “ficar” tornou-se a forma de relacionamento amoroso mais pra-
ticada pelos jovens brasileiros. Segundo o professor doutor Sandro Caramaschi, docen-te
do departamento de Psicologia da Unesp-Bauru, o ficar não é um privilégio nem uma inven-
ção das gerações atuais. “Antigamente, as pessoas também 'ficavam', embora atribuíssem
nomes diferentes para essa prática, que era também menos generalizada do que atualmen-
te”, conta Caramaschi.
O “ficar” caracteriza-se pela ausência de compromisso, de limites e regras claramente
estabelecidos: o que pode ou não pode é definido no momento em que o relacionamento
acontece, de acordo com a vontade dos próprios “ficantes”. A duração do “ficar” varia: o
tempo de um único beijo, a noite toda, algumas semanas. Ligar no dia seguinte ou procurar
o outro não é dever de nenhum dos “ficantes”.
[...]
87
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
129. As aspas em torno da palavra “ficar” sinalizam
“(...) estando tão ocupada, viera das compras de casa que a empregada fizera às
pressas porque cada vez mais matava serviço, embora só viesse para deixar almoço e
jantar prontos, dera vários telefonemas tomando providências, inclusive um dificílimo pa-
ra chamar o bombeiro de encanamentos de água, fora à cozinha para arrumar as com-
pras e dispor na fruteira as maças que eram a sua melhor comida, embora não soubesse
enfeitar uma fruteira, mas Ulisses acenara-lhe com a possibilidade futura de por exemplo
embelezar uma fruteira, ...”
Clarice Lispector: Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres – A origem da Primavera ou A Morte Necessária em Pleno Dia
88
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
131. A vírgula iniciando a narrativa sugere
a) que há uma separação entre o que veio antes e o que será narrado.
b) que não faz sentido saber o que veio antes do início da narrativa.
c) que há uma descontinuidade entre o anterior e o posterior à vírgula.
d) que a história em questão começa anteriormente à narração dela.
Pico da Neblina, Monte Pascoal, Dedo de Deus, Pico das Agulhas Negras... São
muitos os nomes das montanhas. Estas que citamos são apenas uma amostra das mais
famosas que estão espalhadas pelo Brasil.
Os nomes dados aos elementos da paisagem tinham função semelhante à de um
mapa: serviam para indicar rotas de caça, de água, de tipos de alimentos ou mesmo de
abrigos referentes aos lugares por onde precisariam tornar a passar.
FARIA, Antonio Paulo. Ciência Hoje. 2 ed, n. 180, p. 07, jul. 2007.Fragmento.
133. No trecho “Explica-se: a camada que está mais perto do ponto de fusão (o gelo mais
quente) e fica mais ao norte do continente está derretendo de maneira relativamente rápi-
da.”, os dois pontos foram empregados para
a) introduzir um esclarecimento.
b) definir um conceito.
c) acrescentar um argumento.
d) questionar um dado.
89
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determi-
nada palavra ou expressão
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno em reconhecer a al-
teração de significado decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão,
dependendo da intenção do autor, a qual pode assumir sentidos diferentes do seu sentido
literal.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual o aluno é solicitado a per-
ceber os efeitos de sentido que o autor quis imprimir ao texto a partir da escolha de uma
linguagem figurada ou da ordem das palavras, do vocabulário, entre outros.
Os mesmos que hoje adotam Dunga como queridinho, em redes sociais e no twitter,[...]
serão os que voltar-se-ão contra o técnico da Seleção em caso de fracasso.
E o farão sem dó nem piedade. É uma legião de Maria vai com as outras, cujo cére-
bro não resiste à manutenção de uma opinião própria.
Seus conceitos e preconceitos migram de forma proporcional à capacidade neuronal
de raciocínio: quase nula. Podem cobrar depois.
http://wp.clicrbs.com.br/castiel/2010/06/24/maria-vai-com-as-outras eletronicos/ ?topo =77,2,18
90
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
135. Segundo o texto, a expressão “Maria vai com as outras” significa pessoas que:
136. O destaque dado à palavra “formal”, associado à expressão facial de Helga, sugere
a) histeria.
b) julgamento.
c) reprovação.
d) resignação.
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D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos
ortográficos e/ou morfossintáticos
A habilidade que pode ser avaliada por meio deste descritor, refere-se à identificação
pelo aluno do sentido que um recurso ortográfico, como, por exemplo, diminutivo ou, aumen-
tativo de uma palavra, entre outros, e/ou os recursos morfossintáticos (forma que as pala-
vras se apresentam), provocam no leitor, conforme o que o autor deseja expressar no texto.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual se requer que o aluno iden-
tifique as mudanças de sentido decorrentes das variações nos padrões gramaticais da lín-
gua (ortografia, concordância, estrutura de frase, entre outros) no texto.
No Piauí
de cada 100 crianças que nascem
78 morrem antes de completar 8 anos de idade
No Piauí
de cada 100 crianças
que nascem
78 morrem
antes
de completar
8 anos de idade
Essas meninas
As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas escolares, às vezes com
seus namorados. As alegres meninas que estão sempre rindo, comentando o besouro que
entrou na classe e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem im-
portância.
O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia Riem alto, riem
musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem.
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Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas
sem importância. Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina en-
contrado naquelas condições, em lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa mais
rir.
As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas
mulheres.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro:Record, 1998, p. 72.
138. No trecho “Riem alto, riem musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem”. A expres-
são sublinhada repete-se 5 vezes no texto com a finalidade de:
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
140. A repetição dos versos “às vezes diz sim / às vezes diz não” pretende provocar no leitor
a sensação de
A GAIOLA
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
TÓPICO VI
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Este tópico refere-se às inúmeras manifestações e possibilidades da fala. No domí-
nio do lar, as pessoas exercem papéis sociais de pai, mãe, filho, avó, tio. Quando observa-
mos um diálogo entre mãe e filho, por exemplo, verificamos características linguísticas que
marcam ambos os papéis. As diferenças mais marcantes são intergeracionais (geração
mais velha/ geração mais nova).
O estudo da variação linguística é, também, essencial para a conscientização linguís-
tica do aluno, permitindo que ele construa uma postura não preconceituosa em relação a
usos linguísticos distintos dos seus.
Muito importante mostrarmos ao aluno as razões dos diferentes usos, quando é utili-
zada a linguagem formal, a informal, a técnica ou as linguagens relacionadas aos falantes,
como por exemplo, a linguagem dos adolescentes, das pessoas mais velhas.
Necessário transmitirmos ao aluno a noção do valor social que é atribuído a essas
variações, sem, no entanto, permitir que ele desvalorize sua realidade ou a de outrem. Essa
discussão é fundamental nesse contexto.
a) a variação linguística presente nos dois últimos quadrinhos está relacionada com a
idade do falante.
b) a variante linguística usada pela galinha revela desprezo pela norma de prestígio.
c) a variação linguística da fala galinha é característica da região em que ela vive.
d) a galinha emprega uma variante que corresponde ao modo de falar de todos os bra-
sileiros.
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
A unidade ortográfica
Até quando? Sofreu não quer dizer que você tenha que
(Gabriel o Pensador) sofrer!
Não adianta olhar pro céu Até quando você vai ficar usando rédea?
Com muita fé e pouca luta Rindo da própria tragédia
Levanta aí que você tem muito protesto Até quando você vai ficar usando rédea?
pra fazer Pobre, rico ou classe média
E muita greve, você pode, você deve, po- Até quando você vai levar cascudo mudo?
de crer Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
Não adianta olhar pro chão Muda que o medo é um modo de fazer
Virar a cara pra não ver censura
Se liga aí que te botaram numa cruz e só [...]
porque Jesus
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Via-Láctea
Olavo Bilac
XIII
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".
Onde trabalhar
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Leia o texto para responder a questão abaixo:
Bom conselho
Chico Buarque
147. O verso que pode ilustrar que o eu poético se dirige a alguém que tem intimidade é
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
GABARITO
01 C 26 C 51 C 76 B 101 A 126 B
02 A 27 B 52 D 77 C 102 C 127 D
03 D 28 B 53 D 78 A 103 B 128 C
04 B 29 D 54 B 79 D 104 D 129 C
05 C 30 D 55 B 80 C 105 B 130 A
06 A 31 A 56 A 81 D 106 D 131 D
07 C 32 C 57 C 82 C 107 C 132 C
08 A 33 B 58 B 83 A 108 C 133 A
09 C 34 B 59 A 84 D 109 A 134 B
10 C 35 A 60 B 85 C 110 D 135 D
11 D 36 B 61 C 86 B 111 B 136 C
12 A 37 A 62 D 87 C 112 A 137 C
13 D 38 D 63 B 88 C 113 C 138 A
14 B 39 D 64 B 89 A 114 D 139 B
15 B 40 B 65 A 90 A 115 A 140 D
16 D 41 D 66 C 91 C 116 B 141 C
17 C 42 A 67 B 92 D 117 D 142 C
18 A 43 C 68 A 93 A 118 A 143 D
19 D 44 D 69 C 94 D 119 D 144 B
20 D 45 C 70 C 95 A 120 B 145 A
21 A 46 D 71 D 96 C 121 C 146 B
22 C 47 A 72 C 97 A 122 A 147 A
23 C 48 B 73 B 98 A 123 D
24 B 49 D 74 B 99 B 124 D
25 A 50 A 75 A 100 C 125 C
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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.