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ATIVIDADES ENVOLVENDO OS DESCRITORES

DA PROVA BRASIL

LÍNGUA PORTUGUESA
ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

2018

Fonte: <http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Sumário

PROCEDIMENTOS DE LEITURA ........................................................................................................... 3


IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU ENUNCIADOR NA COMPREENSÃO DO
TEXTO ................................................................................................................................................. 33
RELAÇÃO ENTRE TEXTOS .................................................................................................................. 45
COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO ..................................................... 53
RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO ............................ 83
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA ...................................................................................................................... 95
GABARITO ................................................................................................................................................ 99

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PROCEDIMENTOS DE LEITURA

DESCRITORES: D1, D3, D4, D6 E D14

Os textos nem sempre apresentam uma linguagem literal. Deve haver, então, a ca-
pacidade de reconhecer novos sentidos atribuídos às palavras dentro de uma produção tex-
tual. Além disso, para a compreensão do que é conotativo e simbólico é preciso identificar
não apenas a ideia, mas também ler as entrelinhas, o que exige do leitor uma interação com
o seu conhecimento de mundo. A tarefa do leitor competente é, portanto, apreender o senti-
do global do texto, utilizando recursos para a sua compreensão de forma autônoma.
Relevante ressaltar que, além de localizar informações explícitas, inferir informações
implícitas e identificar o tema de um texto, nesse tópico deve-se, também, distinguir os fatos
apresentados da opinião formulada acerca desses fatos nos diversos gêneros de texto. Re-
conhecer essa diferença é essencial para que o aluno possa tornar-se mais crítico, de modo
a ser capaz de distinguir o que é um fato, um acontecimento, da interpretação que é dada a
esse fato pelo autor do texto.

D1 – Localizar informações explícitas em um texto

A habilidade que pode ser avaliada por este descritor, relaciona-se à localização pelo
aluno de uma informação solicitada, que pode estar expressa literalmente no texto ou pode
vir manifesta por meio de uma paráfrase, isto é, dizer de outra maneira o que se leu.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto-base que dá suporte ao item, no
qual o aluno é orientado a localizar as informações solicitadas seguindo as pistas fornecidas
pelo próprio texto. Para chegar à resposta correta, o aluno deve ser capaz de retomar o tex-
to, localizando, dentre outras informações, aquela que foi solicitada.
Por exemplo, os itens relacionados a esse descritor perguntam diretamente a locali-
zação da informação, complementando o que é pedido no enunciado ou relacionando o que
é solicitado no enunciado, com a informação no texto.

Para que ninguém a quisesse

Porque os homens olhavam demais para sua mulher, mandou que descesse a bainha
dos vestidos e parasse de se pintar. Apesar disso, sua beleza chamava a atenção, e ele foi
obrigado a exigir que eliminasse os decotes, jogasse fora os sapatos de saltos altos. Dos
armários tirou as roupas de seda, da gaveta tirou todas as joias. E vendo que, ainda assim,
um ou outro olhar viril se acendia à passagem dela, pegou a tesoura e tosquiou seus longos
cabelos.
Agora podia viver descansado. Ninguém a olhava duas vezes, homem nenhum se in-
teressava por ela. Esquiva como um gato, não mais atravessava praças. E evitava sair.
Tão esquiva se fez, que ele foi deixando de ocupar-se dela, permitindo que fluísse em
silêncio pelos cômodos, mimetizada com os móveis e as sombras.
Uma fina saudade, porém, começou a alinhavar-se em seus dias. Não saudade da
mulher, mas do desejo inflamado que tivera por ela.
Então lhe trouxe um batom. No outro dia, um corte de seda. À noite tirou do bolso ro-
sa de cetim para enfeitar-lhe o que lhe restava dos cabelos.

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Mas ela tinha desaprendido a gostar dessas coisas, nem pensava mais em lhe agra-
dar. Largou o tecido numa gaveta, esqueceu o batom. E continuou andando pela casa de
vestido de chita, enquanto a rosa desbotava sobre a cômoda.
(COLASANTI, Marina. Para que ninguém a quisesse. In: Contos de amor rasgados. Rio de Janeiro, Rocco, 1986. P.111-112.)

1. Ao ler o texto “Para que ninguém a quisesse” compreende-se que:

a) O homem amava sua mulher e dela cuidava.


b) A mulher traía seu marido, causando-lhe ciúmes.
c) O homem sentia ciúme doentio de sua esposa.
d) O homem desejava proteger sua mulher de olhares alheios.

Inventário da infância perdida

Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade


madura. Depois dos quarenta a existência humana, a não ser para os asiáticos, que têm o
segredo da vida longeva e produtiva, assinala realmente uma decadência interminável, até
que ela se torna insuportável: toda a razão da vida se concentra em algumas coisas muito
específicas, em seres, sobretudo, e daí o conflito que se trava no interior de cada ser huma-
no quando aquilo que ele quis ser para duas, três ou quatro pessoas — pois é nisso que se
concentra a nossa vida — deixou de ser o que realmente se quis ser ou parecer.
Mas uma grande parte de nossa vida é desenhada muito cedo, quando se inicia o que
alguns românticos chamam de aventura humana e que aos poucos vai-se transformando
numa incansável continuidade de diminutas frustrações e pequenos embates corporais com
a realidade, frustrações que depois se transformam em fontes de amargura. (...)
O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o olha-
mos, depois de adultos: é a versão que se sobrepõe, poderosa, sobre a realidade, e essa
versão, por mais suscetível de ser destruída pela análise fria, é a que prevalece e guia nos-
sos passos, por anos intermináveis.
Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles dimi-
nutos pratos chineses que misturam gostos e odores. Assim, eu, por exemplo, me lembro,
quando faço muita força, de trechos de minha infância: não consigo lembrá-la toda, ou lar-
gos períodos dela, talvez porque o que foi doloroso nela tenha sido mais abundante e mais
avassalador do que o que foi doce.
(ABRAMO, Cláudio. In: A regra do jogo. São Paulo.Cia das Letras, p. 41, 1989.)

2. A alternativa que indica que a infância é uma invenção é:

a) “O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o olha-
mos, depois de adultos:...”
b) “Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles dimi-
nutos pratos chineses que misturam gostos e odores.”
c) “Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade
madura.”
d) “Mas uma grande parte de nossa vida é desenhada muito cedo, quando se inicia o
que alguns românticos chamam de aventura humana.”

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Concordo plenamente com o artigo "Revolucione a sala de aula". É preciso que valo-
rizemos o ser humano, seja ele estudante, seja professor. Acredito na importância de
aprender a respeitar nossos limites e superá-los, quando possível, o que será mais fácil se
pudermos desenvolver a capacidade de relacionamento em sala de aula. Como arquiteta,
concordo com a postura de valorização do indivíduo, em qualquer situação: se procurarmos
uma relação de respeito e colaboração, seguramente estaremos criando a base sólida de
uma vida melhor.
Tania Bertoluci de Souza. Porto Alegre, RS. Disponível em: <:http://www.kanitz.com.br/veja/cartas.htm>. Acesso em: 2 maio
2009 (com adaptações).

3. O texto registra que:

a) é fácil superar limites se a capacidade de relacionamento for desenvolvida.


b) o artigo "Revolucione a sala de aula" valoriza o ser humano.
c) a arquiteta está criando uma base sólida para uma vida melhor.
d) é necessário valorizar o ser humano, seja estudante, seja professor.

Como opera a máfia que transformou o Brasil num dos campeões da fraude de
medicamentos

Um dos piores crimes que se podem cometer. As vítimas são homens, mulheres e crian-
ças doentes — presas fáceis, capturadas na esperança de recuperar a saúde perdida. A
máfia dos medicamentos falsos é mais cruel do que as quadrilhas de narcotraficantes.
Quando alguém decide cheirar cocaína, tem absoluta consciência do que coloca no corpo
adentro. Às vítimas dos que falsificam remédios não é dada oportunidade de escolha. Para
o doente, o remédio é compulsório. Ou ele toma o que o médico lhe recei-tou ou passará a
correr risco de piorar ou até morrer. Nunca como hoje os brasileiros entraram numa farmácia
com tanta reserva.
(PASTORE, Karina. O Paraíso dos Remédios Falsificados. Veja, nº 27.São Paulo: Abril, 8 jul. 1998, p. 40-41.)

4. Segundo a autora, “um dos piores crimes que se podem cometer” é:


a) a venda de narcóticos.
b) a falsificação dos remédios.
c) a receita de remédios falsos.
d) a venda abusiva de remédios.

História do 8 de março

No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade


norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começa-
ram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como: redução na carga diária de
trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de
salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um
homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de
trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro
da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num
ato totalmente desumano.
Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou
decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homena-
gem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975,

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através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU (Organização das Nações Uni-
das).
(http://www.suapesquisa.com/dia_internacional_da_mulher.htm)

5. Segundo o texto, as mulheres da fábrica reivindicavam:


a) melhores condições de moradia.
b) melhores condições de estudo.
c) melhores condições de trabalho.
d) melhores condições de transporte.

INFORMAÇÕES AO PACIENTE:

Conservar em local fresco e seco, ao "NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECI-


abrigo do calor. MENTO DE SEU MÉDICO, PODE SER PE-
RIGOSO PARA SUA SAÚDE."
O prazo de validade são 24 meses contados
MODO DE USAR:
a partir da data de fabricação marcada na
embalagem externa. Após esse período
Friccione a parte dolorida durante alguns
não mais deverá ser usado, sob risco de
minutos, com pequena quantidade do
não produzir os efeitos desejáveis. produto, envolvendo-a depois com um
O produto é indicado para uso exclusiva- pano de flanela ou lã, 2 a 3 vezes ao dia.
mente tópico, nos casos de reumatismos,
nevralgias, torcicolos, contusões e dores "SIGA CORRETAMENTE O MODO DE USAR,
musculares. NÃO DESAPARECENDO OS SINTOMAS,
PROCURE ORIENTAÇÃO MÉDICA."
"TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTI-
DO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS."

6. O medicamento acima é indicado para:

a) aliviar dores de origem muscular, de articulações ou devido a pancadas.


b) cicatrizar feridas rapidamente.
c) tratar de alergias de pele que atrapalham o movimento dos membros.
d) cuidar de crianças extremamente nervosas

Volta às aulas com o pé direito

Pois é, a volta às aulas pode ser motivo de felicidade, pois é hora de rever os amigos,
contar as novidades, etc., mas sempre resta aquele sentimento de tristeza porque as
férias acabaram.
Nada mais de festas todo fim de semana, encontros diários com amigos e poder dor-
mir e acordar a hora que quiser. Você fica divagando sobre as férias que estão passando e,
quando se dá conta, as aulas já começaram. Pode acontecer até mesmo de você não ter
sequer arrumado o material escolar, comprado os cadernos ou de o quarto estar tão bagun-
çado que é impossível você achar o que procura. Enfim, a confusão está formada. Depois
de alguns meses de descanso, é natural que você demore um pouco para voltar ao ritmo
normal de estudo e fique disperso, desatento, irritado, meio “devagar” e fugindo da realida-

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de, que é entrar no ritmo novamente. Pois bem, quem sabe não é hora de mudar um pou-
quinho e tentar fazer dos últimos dias de descanso uma preparação para o ano que vem
pela frente?
Organizar melhor o tempo de dever e estudo não é uma tarefa fácil e se torna ainda
mais difícil quando regressamos de um período de relaxamento, em que até nosso corpo se
adaptou a uma rotina diferente.
(Trecho extraído de http://www.educacional.com.br/falecom/psicologa_bd.asp?codtexto=509(ultimo acesso em 05/01/2012)

7. A autora esclarece de forma explicativa o retorno às aulas. Visando:

a) estabelecer o entendimento do aluno sobre a escola.


b) informar do retorno à escola.
c) favorecer o rendimento do aluno logo no início do período letivo
d) facilitar o acompanhamento de pais e alunos na escola.

DA TV PARA AS COMISSÕES DE FRENTE


Escolas apostam em atores

Em busca de formulas para entreter o público e os jurados ao abrir os desfiles das es-
colas de samba, algumas comissões de frente resolveram integrar ao elenco, normalmente
formado por bailarinos, atores de TV. Com o enredo sobre as festas da Bahia, a Portela es-
colheu Milton Gonçalves para fazer parte da ala. Ele foi convidado pelo coreógrafo Márcio
Mouro para representar um dos principais papéis do desfile. —Quando liguei para ele, a
resposta foi “não se atreva a chamar outra pessoa”. Ele se sentiu honrado com o convite, o
que me deixou muito feliz porque eu precisava que o personagem da comissão fosse ocu-
pado por um negro experiente e de grade expressão.
(Alice Fernandes, Jornal O Globo, 19/02/2012)
8. Com base na notícia acima, pode-se afirmar que as escolas de samba apostam em ato-
res para:
a) entreter o público e os jurados.
b) representar um dos principais papéis do desfile
c) ajudar os espectadores a assimilar a comissão de frente.
d) falar sobre a superação na infância.

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9. Após analisar a charge, é possível imaginar que, no Natal, o que parece ser mais impor-
tante é:

a) visitar os amigos.
b) ajudar o próximo.
c) dar e receber presentes.
d) fazer confraternização com os amigos.

(SAERJ). Leia o texto abaixo.

Entrevista com Marcos Bagno

Em geral, o preconceito linguístico é exercido pelas pessoas que ocupam as classes


sociais dominantes, que tiveram acesso à educação formal, portanto, à norma-padrão de
prestígio. Assim, acreditam que seu modo de falar é mais “certo” e mais “bonito” que o das
pessoas com pouca ou nenhuma escolarização. O preconceito linguístico é somente um
disfarce: não é a língua da pessoa que é discriminada, mas a própria pessoa em sua identi-
dade individual e social.
(VECCHI, Viviane. Entrevista com Marcos Bagno. Disponível em: http://www.facasper.com.br/jo/entrevistas).

10. Nesse texto, o linguista defende a ideia de que o preconceito linguístico:


a) contraria as regras gramaticais.
b) depende da idade dos falantes.
c) é apenas uma questão de disfarce.
d) está em todas as camadas sociais.

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D3 – Inferir o sentido de uma palavra ou expressão

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno relacionar informa-
ções, inferindo quanto ao sentido de uma palavra ou expressão no texto, ou seja, dando a
determinadas palavras seu sentido conotativo.
Inferir significa realizar um raciocínio com base em informações já conhecidas, a fim
de se chegar a informações novas, que não estejam explicitamente marcadas no texto. Com
este descritor, pretende-se verificar se o leitor é capaz de inferir um significado para uma
palavra ou expressão que ele desconhece.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual o aluno, ao inferir o sentido
da palavra ou expressão, seleciona informações também presentes na superfície textual e
estabelece relações entre essas informações e seus conhecimentos prévios. Por exemplo,
dá-se uma expressão ou uma palavra do texto e pergunta-se que sentido ela adquire.

Times, equipes e seleções


[...]
O português não é a única língua a fazer distinção entre o time (com sentido esporti-
vo) e a equipe (com sentido neutro e geral). Em primeiro lugar, o anglicismo team está em
quase todas as línguas, resultado da influência do inglês como idioma dos inventores do
futebol e também como língua hegemônica da atualidade. Curiosamente, o português é das
poucas que adaptaram a grafia do termo ao seu sistema ortográfico (em espanhol, francês,
italiano, alemão, continua-se a grafar team).
Paralelamente, são também empregadas palavras genéricas como o português
“equipe” (ou “equipa”, na variedade lusitana), o espanhol equipo, o francês équipe, o italiano
squadra, o alemão Mannschaft...
(http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-abizzocchi/times-equipes-e-selecoes 318104-1.asp)

11. O vocábulo hegemônico corresponde, no texto, a:

a) importante
b) relevante
c) marcante
d) predominante

Leia o texto a seguir:

O tomate virou o grande símbolo do desconforto e da apreensão dos brasileiros com


a volta da inflação. O governo, até agora, pisou no tomate, usou apenas paliativos para en-
frentar o problema.
Os fiscais brasileiros de Foz do Iguaçu, na fronteira do Paraná com a Argentina e o
Paraguai, tiveram trabalho extra dos últimos dias: Eles precisaram combater o contrabando
de tomate. O tráfego ganhou força porque, no Brasil o fruto chegou a custar o dobro do co-
brado nos países vizinhos. O tomate liderou a alta de preços nos supermercados nos três
primeiros meses do ano, com um reajuste médio de 60%, [...] seu preço virou piada nacio-
nal. Dezenas de charges correram pela internet comparando o tomate a joias valiosas e

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obras de arte. Pena que aquilo que simboliza – a volta da inflação – não tenha graça ne-
nhuma.
(Veja, ed. 2.317, ano 46, n. 16. “Sim, eu posso...”, . 50-53 (17 abr. 2013)).

12. O verbo virar na frase: “O tomate virou grande símbolo de...” tem o sentido de:
a) transformar-se.
b) girar.
c) colocar-se em direção oposta a da anterior.
d) sofrer alteração.

13. Relacione imagem e texto verbal e dê o significado de “pisou no tomate”:

a) Conseguiu acabar com a inflação.


b) Incentivou o aparecimento da inflação.
c) Manteve o controle da inflação.
d) Cometeu erros relacionados ao controle da inflação.

14. Qual o significado de paliativos em “usou apenas paliativos para enfrentar o proble-
ma”?

a) Evitou o problema.
b) Usou meios pouco eficazes para diminuir o problema.
c) Solucionou o problema.
d) Resolveu parte do problema.

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Leia o texto abaixo e responda:

As tecnologias de informação e comunicação (TIC) vieram aprimorar ou substituir


meios tradicionais de comunicação e armazenamento de informações, tais como o rádio e a
TV analógicos, os livros, os telégrafos, o fax etc. As novas bases tecnológicas são mais po-
derosas e versáteis, introduziram fortemente a possibilidade de comunicação interativa e
estão presentes em todos os meios produtivos da atualidade. [...]
(FONTE: ENEM 2009)
15. De acordo com o texto, a expressão “aprimorar” denota:
a) versatilidade
b) melhoramento
c) produtividade
d) simplificação

16. Observando a expressão “as novas tecnologias são mais poderosas e versáteis”. O
termo destacado poderia ser substituído por:

a) habilidosas
b) inconsistentes
c) pertinazes
d) variáveis

17. No segundo quadrinho a menina diz: “Fica ligada, Kiki!” Qual é o sentido da expressão
ficar ligada no contexto?

a) Estar em comunicação. c) Ficar esperta.


b) Pôr em funcionamento. d) Ficar próxima.

Leia o poema:

Poesia por acaso


(Clarice Pacheco)

Sem inspiração estou agora.


Tento atiçar a imaginação mas ela demora.
Não consigo pensar em algo que faça rimas.
como querer acertar o alvo com a flecha apontada para cima.
Não acho um bom assunto
que se organize bem em versos.

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Mesmo sabendo que no mundo há mil assuntos diversos.
Que coisa chata, não consigo imaginar.
Isso quase me mata, porque é horrível não poder pensar.
Mas espere um momento, mesmo não tendo um tema,
se estas frases vou relendo, vejo que é um poema!
18. No verso: “Tento atiçar a imaginação”, a palavra destacada tem sentido de:
a) estimular.
b) obter.
c) adormecer.
d) sentir.

Leia o poema:

Por que levantar o braço para colher o Por que fazer um poema?
fruto? A máquina o fará por nós?
A máquina o fará por nós. Por que subir a escada de Jacó?
Por que labutar no campo, na cidade? A máquina o fará por nós.
A máquina o fará por nós. Ó máquina, orai por nós.
Por que pensar, imaginar? (Cassiano Ricardo, 2ª Ladainha)

A Máquina o fará por nós.

19. O termo “labutar” no 3º verso do poema pode ser substituído, sem sofrer alteração de
sentido, pela palavra:

a) Imaginar c) Levantar
b) Pensar d) Trabalhar

Japonesas perdem título de mais longevas do mundo

Depois de 26 anos no topo da lista das mulheres de maior expectativa de vida do


mundo, as japonesas perderam no ano passado a coroa, disse nesta quarta-feira o governo
do Japão, que culpou o terremoto e o tsunami de 2011 pela queda.
O Ministério do Trabalho e Saúde informou que o desastre, que deixou aproximada-
mente 20 mil mortos ou desaparecidos, foi o principal fator por trás da queda na média da
expectativa de vida, que caiu 0.4 anos, ficando em 85,9 anos. As japonesas ficaram atrás
das mulheres de Hong Kong, cuja média é de 86,7 anos. [...]
(Por Teppei Kasai)http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,japonesas-perdem-titulo-de-mais-longevas-do-mundo,905868,0.htm).

20. Pela leitura do texto, pode-se concluir que longevas significa:


a) mulheres que deixaram de viver muito.
b) mulheres que moram longe dos demais.
c) mulheres que tentam o suicídio.
d) mulheres que têm uma vida longa.

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D4 – Inferir uma informação implícita em um texto

As informações implícitas no texto são aquelas que não estão presentes claramente
na base textual, mas podem ser construídas pelo leitor por meio da realização de inferências
que as marcas do texto permitem. Além das informações explicitamente enunciadas, há ou-
tras que podem ser pressupostas e, consequentemente, inferidas pelo leitor.
Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer uma
ideia implícita no texto, seja por meio da identificação de sentimentos que dominam as
ações externas dos personagens, em um nível básico, seja com base na identificação do
gênero textual e na transposição do que seja real para o imaginário. É importante que o alu-
no apreenda o texto como um todo, para dele retirar as informações solicitadas.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto, no qual o aluno deve buscar infor-
mações que vão além do que está explícito, mas que à medida que ele vá atribuindo sentido
ao que está enunciado no texto, ele vá deduzindo o que lhe foi solicitado. Ao realizar esse
movimento, são estabelecidas de relações entre o texto e o seu contexto pessoal. Por
exemplo, solicita-se que o aluno identifique o sentido da ação dos personagens ou o que
determinado fato desperte nos personagens, entre outras coisas.

Cachorros adoram passar feriados fora de casa

É o que garante uma pesquisa feita por cientistas britânicos. Eles avaliaram indicado-
res de estresse de 29 cães enquanto passavam um tempo em um canil e em casa. Nos dois
ambientes, os pesquisadores mediram os níveis dos hormônios de estresse (corticosteroi-
des) e epinefrina (adrenalina), o comportamento deles (agitação, inquietação, bocejos, etc),
e a saúde física (pele, temperatura do corpo e nariz, alimentação).
Bem, segundo o estudo, os cães apresentam alguns sinais de excitação mais fortes
fora de casa. Com isso os níveis de cortisol aumentam, é verdade, mas não quer dizer que
estejam estressados. É uma consequência da empolgação e dos exercícios físicos (eles se
movimentam mais nos canis). E só. Os outros dados (saúde e comportamento) não indica-
ram estresse maior longe de casa.
Pois é, não é só você que curte aproveitar o feriadão para fugir da rotina em um lugar
diferente. Seu cachorro também gosta. E de preferência num espaço aberto, cheio de outros
cães.
21. O texto permite ao leitor a conclusão de que

a) os cães são animais sociáveis e que gostam de fugir à rotina.


b) cães se estressam mais longe de casa do que quando em casa.
c) os cães são animais cujos hormônios pouco alteram o ânimo deles.
d) cães reagem negativamente quando submetidos a exercícios físicos

A ilha de lixo

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
No meio do oceano Pacífico, fica o maior lixão do mundo - são 4 milhões de tonela-
das de garrafas e embalagens, que foram empurradas para lá pelas correntes marítimas e
formam um amontoado de 700 mil km2 (duas vezes o estado de São Paulo). Um desastre
mas que pode virar uma coisa boa. Uma empresa da Holanda quer coletar todo esse plásti-
co e reciclá-lo para fazer uma ilha artificial, de aproximadamente 10 mil km2 (equivalente a
uma cidade como Manaus) e capacidade para 500 mil habitantes. Ela teria casas, lojas,
praias, áreas de lazer e plantações - tudo apoiado numa base de plástico flutuante. Seus
criadores acreditam que a ilha possa se tornar autossuficiente, produzindo a própria comida
e energia. "Queremos levar o mínimo de coisas para a ilha. A princípio, tudo será feito com o
lixo que encontrarmos na área", diz o arquiteto Ramon Knoester. A cidade flutuante seria
cortada por canais, para que as correntes oceânicas pudessem passar livremente (sem
ameaçar a estabilidade da ilha).
O projeto já recebeu o apoio do governo holandês, mas não tem data para começar -
ninguém sabe quanto a obra custaria, nem se é viável. "A ilha não é economicamente rentá-
vel. Nós a vemos apenas como uma maneira de limpar a poluição causada pelo ser huma-
no", diz Knoester. Enquanto isso não acontece, toda a matéria-prima que seria usada nesse
empreendimento continua boiando.

22. A leitura do texto permite inferir que

a) a dificuldade de manter a estabilidade é o principal obstáculo à construção da ilha.


b) a autossuficiência da ilha depende dos esforços governamentais e empresariais.
c) a construção da ilha é pouca atraente porque ela não é economicamente rentável.
d) o uso de lixo para construir a ilha não tem relação com o material encontrado no
oceano.

Medicina Bem-Estar

Um estudo da Universidade Estadual da Califórnia constatou que gastar muito tempo


no Facebook pode levar as pessoas a sofrer psicologicamente. Entre os adolescentes usuá-
rios frequentes do Facebook, o narcisismo foi encontrado como característica mais comum.
Em adultos jovens focados no Facebook, comportamentos antissociais, mania e tendências
agressivas manifestaram-se.
Dr. Larry Rosen, professor na universidade, apresentou os resultados em 6 de agosto
de 2011 em uma sessão plenária intitulada “Cutuque-me: como as redes sociais podem aju-
dar e prejudicar as nossas crianças.” Rosen observou em seu departamento 300 adolescen-
tes com acesso a sites de mídia social. Seu departamento também obteve dados de 1.000
pesquisas dadas aos adolescentes urbanos.
Houve um aumento do número de faltas escolares para os adolescentes com “over-
dose” de tecnologia, incluindo Facebook, disse o estudo. Os adolescentes também aumen-
taram suas chances de desenvolver dores de estômago, problemas de sono, ansiedade,
bem como depressão. Além disso, o estudo descobriu que os adolescentes exibiram pior
retenção de leitura e suas notas foram mais baixas quando foi verificado que eles usaram o
Facebook durante um período de 15 minutos.
“Embora ninguém possa negar que o Facebook alterou a paisagem da interação soci-
al, especialmente entre os jovens, estamos apenas começando a entender, pela pesquisa
psicológica sólida, os positivos e os negativos”, afirmou Rosen. Ele disse que houve alguns

14
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
aspectos positivos no uso do Facebook, incluindo o desenvolvimento de habilidades sociais
em crianças introvertidas.
(http://www.epochtimes.com.br/consequencias-psicologicas-para-adolescentes-e-adultos-viciados-em-facebook/)

23. O título da plenária citada no texto revela

a) uma visão pessimista quanto ao Facebook.


b) uma visão positiva em relação ao Facebook.
c) uma visão imparcial quanto ao Facebook.
d) uma visão negativa no tocante ao Facebook.

Ficar ou namorar: intimidade sexual e intimidade emocional em conflito

O “ficar” caracteriza-se pela ausência de compromisso, de limites e regras claramente


estabelecidos: o que pode ou não pode é definido no momento em que o relacionamento
acontece, de acordo com a vontade dos próprios “ficantes”. A duração do “ficar” varia: o
tempo de um único beijo, a noite toda, algumas semanas. Ligar no dia seguinte ou procurar
o outro não é dever de nenhum dos “ficantes”.
Mesmo desprovido de legitimação social, por não ter fronteiras bem demarcadas, os
resultados benéficos do “ficar” superam os aspectos negativos, já que “ficar” possibilita que
as pessoas avaliem maior número de parceiros do que se tivessem que namorá-los. “Há
chances de se avaliar um ou mais parceiros por dia, e investir num conhecimento mais pro-
fundo de parceiros considerados interessantes”, diz Caramaschi. Segundo ele, a maior re-
clamação de jovens quanto ao “ficar” é a superficialidade dos relacionamentos que caracte-
rizam essa prática. [...] Embora as pessoas tenham necessidade de serem ouvidas e de
construírem relacionamentos marcados pela afetividade, dificilmente há predisposição para
ouvir e aceitar o outro, situação gerada pelo individualismo e pela competitividade cotidia-
nos. Afinal, “ficar” não é uma mudança comportamental isolada, e sim o reflexo de uma so-
ciedade composta por pessoas mais centradas em si mesmas, situação bem ilustrada pelo
volume elevado das músicas nas pistas de dança atuais, nas quais cada um dança sozinho,
e onde só se pode conversar aos berros.
(Fonte: Unesp)

24. O texto permite que o leitor entenda o ato de ficar como

a) parte das transformações que atingem os relacionamentos.


b) consequência do individualismo e da competitividade.
c) uma surpresa porque é praticado por todos os adolescentes.
d) uma prática que é vista diferentemente por homens e mulheres.

15
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Desejo criativo

Ser criativo deixou de ser um atributo individual. Passou a ser insumo de mercado.
Criatividade, afinal, é uma qualidade valorizada em empresas, governos e escolas conven-
cidas de atuarem num cotidiano que passou a exigir mais do que meras soluções esquemá-
ticas para problemas cada vez mais imprevisíveis em realidades que se transformam.
A metamorfose ambulante era signo de rebeldia há quarenta anos. Agora, é credenci-
al para o lucro, uma ansiedade informativa, um vetor de consumo.
Somos criativos em textos quando criamos respostas novas e inusitadas para os pro-
blemas de expressão com que estamos envolvidos. E quando mudamos o eixo em que as
coisas são apresentadas. O raciocínio comum, sequencial, funciona dentro de um quadro de
referências aparente e familiar. O inventivo associa o domínio inicial de um problema a outro
quadro de referências.
http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-lcosta/desejo-criativo-313089-1.asp

25. É possível inferir que a criatividade

a) está ligada à adaptação efetiva às circunstâncias inesperadas.


b) basicamente é uma questão de realizar um planejamento estratégico.
c) se relaciona à disciplina para lidar com fontes diferentes de informações.
d) consiste em operar diferenciadamente numa faixa de raciocínio comum.

Leia os textos abaixo e responda.


TEXTO I
O tomate virou o grande símbolo do desconforto e da apreensão dos brasileiros com a
volta da inflação. O governo, até agora, pisou no tomate, usou apenas paliativos para en-
frentar o problema.
Os fiscais brasileiros de Foz do Iguaçu, na fronteira do Paraná com a Argentina e o
Paraguai, tiveram trabalho extra dos últimos dias: Eles precisaram combater o contrabando
de tomate. O tráfego ganhou força porque, no Brasil o fruto chegou a custar o dobro do co-
brado nos países vizinhos. O tomate liderou a alta de preços nos supermercados nos três
primeiros meses do ano, com um reajuste médio de 60%, [...] seu preço virou piada nacio-
nal. Dezenas de charges correram pela internet comparando o tomate a joias valiosas e
obras de arte. Pena que aquilo que simboliza – a volta da inflação – não tenha graça ne-
nhuma.
Veja ed. 2.317, ano 46, n. 16. “Sim, eu posso...”, 50-53 (17 abr.2013).

TEXTO II

Várias imagens foram publicadas nas redes sociais sobre a alta do preço do tomate.
Numa delas, tomates substituem o diamante num anel. A imagem descreve a joia como
“Anel de ouro 18 tomates”. Já outra montagem simula a premiação de um título de capitali-
zação. O primeiro prêmio é 1kg de tomate. O Segundo, um ovo de chocolate de marca es-
pecífica. O terceiro 1 litro de gasolina comum. Os três prêmios fazem referência a produtos
conhecidos como caros pelo consumidor brasileiro.
www.drd.com.br/news(adaptado)

26. É possível inferir nos textos I e II o comportamento característico do brasileiro de:


a) ficar muito irado com as coisas erradas.

16
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
b) exigir providências imediatas.
c) levar as coisas sérias com humor.
d) esperar pacientemente pela solução do problema.

Leia o texto abaixo e responda.

AMIGO Oceano tramando sal,


mel inventando fruta,
No rumo certo do vento, amigo é estrela sempre
amigo é nau de se chegar no rumo certo do vento,
em lugar azul. com todas as metáforas,
Amigo é esquina
luzes, imagens
onde o tempo para
que sua condição de estrela contém.
e a Terra não gira, (Roseana Murray. poemas de Céu, ed. Paulinas, ilustrações de
antes paira, Mari Ines Piekas.).

em doçura contínua.

27. Os versos “Amigo é esquina/onde o tempo para/e a Terra não gira,” sugerem que a
amizade:

a) pertence ao passado.
b) é um sentimento duradouro.
c) é um sentimento raro.
d) é um sentimento passageiro.

Canadá suspende parte de programa de trabalhadores estrangeiros

O governo canadense anunciou nessa quinta-feira (24) a suspensão do programa


que permite a trabalhadores estrangeiros atuar temporariamente no país, devido à multipli-
cação de denúncias de irregularidades. A suspensão ocorre depois de a televisão pública
CBC ter revelado casos em que a McDonald's e outras cadeias de alimentação despediram
canadenses para contratar trabalhadores temporários estrangeiros com salários mais bai-
xos.
Após meses de denúncias, o ministro do Emprego do Canadá, Jason Kenney, anun-
ciou uma “moratória imediata do acesso do setor de serviço alimentar ao Programa de Tra-
balhadores Temporários Estrangeiros O programa foi criado pelo governo para suprir a ale-
gada falta de mão de obra em áreas do país de rápido crescimento, como Alberta, por
exemplo, onde as reservas petrolíferas levaram a uma explosão da economia.
Em 2002, o Canadá aceitava 100 mil trabalhadores temporários estrangeiros, a mai-
oria contratada para o setor agrícola ou para lugares remotos. Contudo, dez anos depois, o
número triplicou para mais de 330 mil trabalhadores por ano.
Com o número, cresceram também as queixas de irregularidades cometidas por
grandes empresas, que despedem os canadenses para contratar estrangeiros, em uma cla-
ra violação às regras do programa.
Sindicatos e organizações civis têm denunciado que o verdadeiro objetivo do pro-
grama proporcionar mão de obra barata e não cobrir a falta de trabalhadores.

17
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Relatório divulgado hoje por uma organização independente – o Instituto C.D. Howe
– diz que o programa apenas serviu para baixar, de forma artificial, os salários dos trabalha-
dores nacionais, tendo também contribuído para o aumento do desemprego em algumas
regiões e alguns setores. (Fonte: Agência Brasil)

28. É conclusão aceitável a partir da leitura do texto:


a) que o governo da Canadá agiu com rigor exagerado após as denúncias.
b) que governo não agiu imediatamente após o surgimento das denúncias.
c) que o governo sofreu manipulação por parte de uma rede pública de TV.
d) Que o governo achou as denúncias pouco grave daí a interrupção temporária do
programa.

VERSOS DE NATAL

Espelho, amigo verdadeiro,


Tu refletes as minhas rugas,
Os meus cabelos brancos,

Os meus olhos míopes e cansados.


Espelho, amigo verdadeiro,
Mestre do realismo exato e minucioso,
Obrigado, obrigado!
Mas se fosses mágico,
Penetrarias até o fundo desse homem triste,
Descobririas o menino que sustenta esse homem,
O menino que não quer morrer, Que não morrerá senão comigo,
O menino que todos os anos na véspera do Natal
Pensa ainda em pôr os seus chinelinhos atrás da porta.
(MANUEL BANDEIRA. In Lira dos cinquenta anos, 1940)

29. É possível inferir do poema que:

a) o espelho não consegue investigar o que há no mundo interior do eu lírico.


b) o homem triste não deseja morrer por isso pede ajuda ao menino interior.
c) o menino que habita o eu lírico não é feliz o suficiente para mantê-lo firme.
d) o eu lírico é triste porque não tem o seu mundo interior mostrado pelo espelho.

Número de jovens no Japão cai a nível recorde; sobe número de idosos

O número de jovens no Japão caiu a um nível recorde, enquanto continuava aumen-


tando o de pessoas com mais de 65 anos, segundo cifras do governo divulgadas neste do-
mingo (4).
O país registrava em 1º de abril 16,33 milhões de jovens com menos de 15 anos, uma
queda de 160 mil em relação a um ano atrás, segundo o Ministério de Assuntos Internos.
Este é o 33º retrocesso anual consecutivo desde o começo das estatísticas, em 1950.
Os jovens com menos de 15 anos representam 12,8% da população. A porcentagem
de pessoas com mais de 65 anos é de 25,6%, outro recorde, desta vez para cima.

18
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Entre os principais países de pelo menos 40 milhões de habitantes, o Japão é o que
tem a proporção mais baixa de crianças em relação a sua população, segundo a agência
Jiji. Esta porcentagem é de 19,5% nos Estados Unidos e 16,4% na China. Em 2060, a pro-
porção de habitantes com 65 anos ou mais será de 40% da população japonesa, segundo
previsões do governo.
(Fonte: AFP)

30. Das informações contidas no texto pode-se inferir que

a) os demais países com mais de 40 milhões de habitantes podem ser considera-


dos nações de jovens.
b) o crescimento do percentual de japoneses com mais de 65 deve ser considerado
algo negativo.
c) a queda do número de jovens japoneses deverá ser interrompida por meio de
medidas governamentais.
d) o percentual referente ao número de jovens japoneses tende a ficar ainda menor
nos próximos 40 anos.

19
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D6 – Identificar o tema de um texto

O tema é o eixo sobre o qual o texto se estrutura. A percepção do tema responde a


uma questão essencial para a leitura: “O texto trata de quê?” Em muitos textos, o tema não
vem explicitamente marcado, mas deve ser percebido pelo leitor quando identifica a função
dos recursos utilizados, como o uso de figuras de linguagem, de exemplos, de uma determi-
nada organização argumentativa, entre outros.
A habilidade que pode ser avaliada por meio deste descritor refere-se ao reconheci-
mento pelo aluno do assunto principal do texto, ou seja, à identificação do que trata o texto.
Para que o aluno identifique o tema, é necessário que relacione as diferentes informações
para construir o sentido global do texto.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto para o qual é solicitado, de forma
direta, que o aluno identifique o tema ou o assunto principal do texto.

Times, equipes e seleções

Ao longo desta Copa do Mundo, temos ouvido muitas pessoas, incluindo comentaris-
tas de futebol, se referirem às seleções como times. Em inglês, team (que é a origem do
nosso “time”) quer dizer simplesmente “equipe” (não só esportiva, mas qualquer grupo de
pessoas que atuem juntas, cooperativamente), portanto não há nada de errado em chamar
uma seleção de “time”. Acontece, porém, que o uso transformou essa palavra em sinônimo
de clube de futebol, que chamamos simplificadamente de “clube”.
O português não é a única língua a fazer distinção entre o time (com sentido esporti-
vo) e a equipe (com sentido neutro e geral). Em primeiro lugar, o anglicismo team está em
quase todas as línguas, resultado da influência do inglês como idioma dos inventores do
futebol e também como língua hegemônica da atualidade. Curiosamente, o português é das
poucas que adaptaram a grafia do termo ao seu sistema ortográfico (em espanhol, francês,
italiano, alemão, continua-se a grafar team).
De todo modo, a palavra “time” (ou team) tem sempre uma conotação esportiva. Por
isso, aplicada ao mundo corporativo (por exemplo, quando um novo executivo vem integrar
o “time” da companhia), fica a impressão subliminar de que o mundo dos negócios é um
jogo, no qual as empresas competem pela vitória e pretendem derrotar seus adversários
(isto é, as concorrentes).
(http://revistalingua.uol.com.br/textos/blog-abizzocchi/times-equipes-e-selecoes 318104-1.asp)

31. O texto trata, principalmente

a) dos sentidos que a palavra team assumiu em várias línguas.


b) da adaptação pela qual o vocábulo team passou em português.
c) da diferença entre o que é um time e o que é uma seleção.
d) da torcida para que o Brasil ganhe o hexacampeonato.

20
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Maringá, 24 de outubro de 2012.

Caro editor da revista "Meus filhos",

Ao ler o texto "Meu tênis é mais caro que o seu" de Rosely Sayão, acredito realmente
que hoje estamos vivendo em um mundo completamente consumista, onde o ter é mais im-
portante do que o ser.
Após prestar bastante atenção em meu filho, tive que concordar com a autora em
alguns pontos e venho dizer que realmente as crianças são julgadas pelo que usam e aque-
las que não possuem o que está "na moda" são bem humilhadas. Tudo isso é culpa da mí-
dia que lança um produto que é apresentado como o melhor e que se o adolescente não
tem é julgado como ninguém.
Por isso, na minha opinião, com a finalidade desse fato parar de acontecer, o primei-
ro passo tem que ser nosso, os pais, ao ensinar aos filhos que o caráter é mais importante
do aquilo que você veste.

Obrigado pela atenção.

Marcinéia Santos – Curitiba

32. O tema abordado no texto consiste em:

a) Os pais devem ensinar aos filhos o caráter e a ética em todas as áreas da vida.
b) Os conflitos advindos da desigualdade social provocam discriminação na escola.
c) A opressão da mídia impondo moda e valores consumistas tem influenciado no com-
portamento das crianças.
d) “O ter é mais importante que o ser”

"Desmatamento sem fim"


Carlos José Marques

O desmatamento florestal volta a disparar no Brasil, com dados que surpreendem e


frustram a expectativa de controle do problema. No Pará, o número chegou a triplicar e do-
brou no caso de Mato Grosso. Somada, a área devastada nesses dois Estados alcança a
incrível marca de 214 quilômetros quadrados nos primeiros três meses deste ano, contra 77
quilômetros em igual período de 2007. O que esses resultados traduzem é a falta de uma
política sustentável para frear o processo. A maior queixa das entidades envolvidas com a
questão é a de que ações de repreensão na região são esporádicas, sem continuidade, e
que logo após a retirada dos fiscais as motosserras retornam à rotina e a situação de explo-
ração ilegal de madeira em larga escala tem andamento. Esse quadro vem agravando a
imagem do Brasil lá fora justamente no momento em que a discussão dos créditos de car-
bono ganha força e que os próprios EUA começam a admitir uma negociação para reduzir
as emissões de gás na atmosfera. O Brasil, cuja área verde ainda é tida como o pulmão do
21
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
planeta, pode liderar o movimento global pela sustentabilidade e assim se projetar como
país ecologicamente correto, modelo para os demais. Antes é fundamental dar o exemplo
mostrando tolerância zero contra os abusos.

33. O tema do texto acima é:

a) A extinção de algumas espécies de animais.


b) O desmatamento sem limites.
c) A destruição de árvores centenárias.
d) A substituição de alguns tipos de árvores por outras.

Homem de meia-idade
(LENDA CHINESA)

Havia outrora um homem de meia-idade que tinha duas esposas. Um dia, indo visitar
a mais jovem, esta lhe disse:
Eu sou moça e você é velho; não gosto de morar com você. Vá habitar com sua es-
posa mais velha.
Para poder ficar, o homem arrancou da cabeça os cabelos brancos. Mas, quando foi
visitar a esposa mais velha, esta lhe disse, por sua vez:
-Eu sou velha e tenho a cabeça branca; arranque, pois, os cabelos pretos que tem.
Então o homem arrancou os cabelos pretos para ficar de cabeça branca. Como repe-
tisse sem tréguas tal procedimento, a cabeça tornou-se lhe inteiramente calva. A essa altu-
ra, ambas as esposas acharam-no horrível e ambas o abandonaram.
(Aurélio Buarque de Holanda Ferreira)

34. A ideia central do texto é: b) a impossibilidade de agradar a todos.


c) a vaidade dos homens.
a) o problema da calvície masculina. d) a insegurança na meia-idade.

Leia o texto abaixo e responda:

Na linha de uma tradição antiga, o astrônomo grego Ptolomeu (100-170 D.C.) afir-
mou a tese do geocentrismo, segundo a qual a Terra seria o centro do universo, sendo que
o Sol, a Lua e os planetas girariam em seu redor em órbitas circulares. A teoria de Ptolomeu
resolvia de modo razoável os problemas astronômicos da sua época. Vários séculos mais
tarde, o clérigo e astrônomo polonês Nicolau Copérnico (1473-1543), ao encontrar inexati-
dões na teoria de Ptolomeu, formulou a teoria do heliocentrismo, segundo a qual o Sol deve-
ria ser considerado o centro do universo, com a Terra, a Lua e os planetas girando circular-
mente em torno dele. Por fim, o astrônomo e matemático alemão Johannes Kepler (1571-
1630), depois de estudar o planeta Marte por cerca de trinta anos, verificou que a sua órbita
é elíptica. Esse resultado generalizou-se para os demais planetas.

22
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
35. A temática do texto é:

a) as descobertas no campo da astronomia ao longo da história humana.


b) a descoberta de Copérnico de que Ptolomeu estava equivocado.
c) a descoberta de Kepler de que Marte é elíptico
d) a descoberta de Copérnico de que a lua gira em torno do Sol.

Leia o texto a seguir e responda:

“Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um pensamento que sepa-
ra e que tenta nos eliminar cultural, social e até fisicamente. A justificativa é a de que somos
apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus. (...) É preciso congelar
essas ideias colonizadoras, porque elas são irreais e hipócritas e também genocidas. (...)
Nós, índios, queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos cos-
tumes.”
(Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas, Folha de S.
Paulo, 31 de agosto de 1994.)

36. É possível dizer que o texto tem como tema:

a) as 250 mil pessoas que residem no Brasil.


b) a condição dos povos indígenas no Brasil.
c) o genocídio contra os indígenas do Brasil.
d) o ônus insuportável que os índios representam.

Canadá suspende parte de programa de trabalhadores estrangeiros

O governo canadense anunciou nessa quinta-feira (24) a suspensão do programa que


permite a trabalhadores estrangeiros atuar temporariamente no país, devido à multiplicação
de denúncias de irregularidades. A suspensão ocorre depois de a televisão pública CBC ter
revelado casos em que a McDonald's e outras cadeias de alimentação despediram cana-
denses para contratar trabalhadores temporários estrangeiros com salários mais baixos.
Após meses de denúncias, o ministro do Emprego do Canadá, Jason Kenney, anun-
ciou uma “moratória imediata do acesso do setor de serviço alimentar ao Programa de Tra-
balhadores Temporários Estrangeiros”.
O programa foi criado pelo governo para suprir a alegada falta de mão de obra em
áreas do país de rápido crescimento, como Alberta, por exemplo, onde as reservas petrolífe-
ras levaram a uma explosão da economia.
Em 2002, o Canadá aceitava 100 mil trabalhadores temporários estrangeiros, a mai-
oria contratada para o setor agrícola ou para lugares remotos. Contudo, dez anos depois, o
número triplicou para mais de 330 mil trabalhadores por ano.
Com o número, cresceram também as queixas de irregularidades cometidas por
grandes empresas, que despedem os canadenses para contratar estrangeiros, em uma cla-
ra violação às regras do programa.

23
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Sindicatos e organizações civis têm denunciado que o verdadeiro objetivo do pro-
grama proporcionar mão de obra barata e não cobrir a falta de trabalhadores.
Relatório divulgado hoje por uma organização independente – o Instituto C.D. Howe
– diz que o programa apenas serviu para baixar, de forma artificial, os salários dos trabalha-
dores nacionais, tendo também contribuído para o aumento do desemprego em algumas
regiões e alguns setores.

37. O texto acima tem como tema principal

a) a interrupção por parte do Governo do Canadá do programa que permite a estrangei-


ros trabalharem temporariamente no país.
b) a revelação feita pela TV pública CBC de que McDonald's e outras cadeias de ali-
mentação demitiram trabalhadores canadenses.
c) a multiplicação de denúncias de irregularidades que fizeram o Governo do Canadá
cancelar um programa para trabalhadores estrangeiros.
d) a demissão de trabalhadores estrangeiros por parte da MacDonald's e outras cadeias
de alimentação que atuam no país.

E só porque Jesus
Sofreu não quer dizer
Até quando? que você tenha que sofrer!
(Gabriel o Pensador)
Até quando você vai ficar usando rédea?
Não adianta olhar pro céu Rindo da própria tragédia
Com muita fé e pouca luta Até quando você vai ficar usando rédea?
Levanta aí que você tem Pobre, rico ou classe média
muito protesto pra fazer Até quando você vai levar cascudo mudo?
E muita greve, você pode, Muda, muda essa postura
você deve, pode crer Até quando você vai ficando mudo?
Muda que o medo é um modo de fazer
Não adianta olhar pro chão censura
Virar a cara pra não ver [...]
Se liga aí que te botaram numa cruz

38. A letra do rap “Até quando?” faz uma crítica:

a) ao medo que provoca mudanças.


b) à religião que aconselha as pessoas a ser acomodadas.
c) às pessoas de classe média que ficam mudas diante da corrupção.
d) às pessoas que não agem em busca de mudanças.

24
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Vínculos: as Equações da Matemática da Vida

Antigamente, dizia-se que as pessoas procuravam se completar através do outro,


buscando sua metade no mundo. A equação era: 1/2 + 1/2 = 1. "Para eu ser feliz para sem-
pre na vida, tenho que ser a metade do outro." Naquela loteria do casamento, tirar a sorte
grande era achar a sua cara-metade.
Com o passar do tempo, as pessoas foram desenvolvendo um sentido de individuali-
zação maior e a equação mudou. Ficou: 1 + 1 = “Eu tenho que ser eu, uma pessoa inteira,
com todas as minhas qualidades, meus defeitos, minhas limitações. Vou formar uma unida-
de com meu companheiro, que também é um ser inteiro." Mas depois que esses dois seres
inteiros se encontravam, era comum fundirem-se, ficarem grudados num casamento fecha-
do, tradicional. Anulavam-se mutuamente.
Com a revolução sexual e os movimentos de libertação feminina, o processo de indi-
viduação que vinha acontecendo se radicalizou. E a equação mudou de novo: 1 + 1 = 1 + 1.
Era o "cada um na sua". "Eu tenho que resolver os meus problemas, cuidar da minha
própria vida. Você deve fazer o mesmo. Na minha independência total e autossuficiência
absoluta, caso com você, que também é assim." Em nome dessa independência, no entan-
to, faltou sintonia, cumplicidade e compromisso afetivo. É a segunda crise do casamento
que acompanhamos nas décadas de 70 e 80.
Atualmente, após todas essas experiências, eu sinto as pessoas procurando outro tipo
de equação: 1 + 1 = 3. Para a aritmética ela pode não ter lógica, mas faz sentido do ponto
de vista emocional e existencial. Existem você, eu e a nossa relação. O vínculo entre nós é
algo diferente de uma simples somatória de nós dois. Nessa proposta de casamento, o que
é meu é meu, o que é seu é seu e o que é nosso é nosso. Talvez aí esteja a grande mágica
que hoje buscamos, a de preservar a individualidade sem destruir o vínculo afetivo.

39. O texto trata principalmente,

a) da exatidão da matemática da vida.


b) dos movimentos de libertação feminina.
c) da loteria do sucesso no casamento.
d) do casamento no passado e no presente

Leia o texto abaixo.

“No Brasil, há uma campanha antipirataria cujo mote é: 'Você não roubaria um carro.
Por que roubar um filme?'. Existe diferença entre esses dois atos?”
(Superinteressante – ed. 214, pág. 28).

40. O lema da campanha antipirataria sugere que:


a) a pirataria é um crime menor.
b) a pirataria também é um crime
c) a pirataria é um crime violento.
d) a pirataria não é crime.
25
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D14 – Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato

O leitor deve ser capaz de perceber a diferença entre o que é fato narrado ou discu-
tido e o que é opinião sobre ele. Essa diferença pode ser ou bem marcada no texto ou exigir
do leitor que ele perceba essa diferença integrando informações de diversas partes do texto
e/ou inferindo-as, o que tornaria a tarefa mais difícil.
Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade de o aluno identificar, no texto,
um fato relatado e diferenciá-lo do comentário que o autor, ou o narrador, ou o personagem
fazem sobre esse fato.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto, no qual o aluno é solicitado a dis-
tinguir partes do texto que são referentes a um fato e partes que se referem a uma opinião
relacionada ao fato apresentado, expressa pelo autor, narrador ou por algum outro persona-
gem. Há itens que solicitam, por exemplo, que o aluno identifique um trecho que expresse
um fato ou uma opinião, ou então, dá-se a expressão e pede-se que ele reconheça se é um
fato ou uma opinião.

A antiga Roma ressurge em cada detalhe

Dos 20.000 habitantes de Pompeia, só dois escaparam da fulminante erupção do vul-


cão Vesúvio em 24 de agosto de 79 d.C. Varrida do mapa em horas, a cidade só foi encon-
trada em 1748, debaixo de 6 metros de cinzas. Por ironia, a catástrofe salvou Pompeia dos
conquistadores e preservou-a para o futuro, como uma joia arqueológica. Para quem já es-
teve lá, a visita é inesquecível.
A profusão de dados sobre a cidade permitiu ao Laboratório de Realidade Virtual
Avançada da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos, criar imagens minuciosas,
com apoio do instituto Americano de Arqueologia. Milhares de detalhes arquitetônicos torna-
ram-se visíveis. As imagens mostram até que nas casas dos ricos se comia pão branco, de
farinha de trigo, enquanto na dos pobres comia-se pão preto, de centeio.
Outro megaprojeto, para ser concluído em 2020, da Universidade da Califórnia, trata
da restauração virtual da história de Roma, desde os primeiros habitantes, no século XV
a.C., até a decadência, no século V. Guias turísticos virtuais conduzirão o visitante por pai-
sagens animadas por figurantes. Edifícios, monumentos, ruas, aquedutos, termas e sepultu-
ras desfilarão, interativamente. Será possível percorrer vinte séculos da história num dia. E
ver com os próprios olhos tudo aquilo que a literatura esforçou-se para contar com palavras.

41. No primeiro parágrafo do texto, manifesta-se uma opinião em:

a) “...só dois escaparam da fulminante erupção do vulcão Vesúvio...”


b) “...a cidade só foi encontrada em 1748, debaixo de 6 metros de cinzas.”
c) “...a catástrofe salvou Pompeia dos conquistadores e preservou-a para o futuro”.
d) “Para quem já esteve lá, a visita é inesquecível.

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Superpoliglotas: como funciona a cabeça das pessoas que aprendem dezenas
de idiomas
Ler Dostoiévski em português é para os fracos. Carlos Freire queria devorar Cri-
me e Castigo e outros clássicos russos no original. Aos 20 anos, ele mergulhou nos livros e
se mudou para a casa de uma família russa em Porto Alegre. Em poucos meses, dispensou
os tradutores. E não era seu primeiro idioma estrangeiro. Logo cedo, a proximidade com o
Uruguai o deixou afiado no espanhol. Depois, aprendeu francês, latim e inglês. O caminho
da faculdade era claro: Letras. "Quanto mais idiomas você sabe, mais fácil aprender outros.
Os 10 primeiros são os mais difíceis", diz. Sim, 10. Aos 80 anos, Freire já estudou 135 lín-
guas - de japonês a esperanto. É mais do que o padre italiano Giuseppe Mezzofanti, que
ficou notório no século 18 por ouvir confissões na língua nativa dos estrangeiros. Especula-
se que ele falava entre 61 e 72 idiomas e lia em 114.

42. O trecho que indica uma opinião é:


a) “Ler Dostoiévski em português é para os fracos.”
b) “Em poucos meses, dispensou os tradutores.”
c) “...o padre italiano Giuseppe Mezzofanti, que ficou notório no século...”.
d) “Especula-se que ele falava entre 61 e 72 idiomas e lia em 114.”

Inventário da infância perdida

Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade


madura. Depois dos quarenta a existência humana, a não ser para os asiáticos, que têm o
segredo da vida longeva e produtiva, assinala realmente uma decadência interminável, até
que ela se torna insuportável: toda a razão da vida se concentra em algumas coisas muito
específicas, em seres, sobretudo, e daí o conflito que se trava no interior de cada ser huma-
no quando aquilo que ele quis ser para duas, três ou quatro pessoas — pois é nisso que se
concentra a nossa vida — deixou de ser o que realmente se quis ser ou parecer.
Mas uma grande parte de nossa vida é desenhada muito cedo, quando se inicia o que
alguns românticos chamam de aventura humana e que aos poucos vai-se transformando
numa incansável continuidade de diminutas frustrações e pequenos embates corporais com
a realidade, frustrações que depois se transformam em fontes de amargura. (...).
O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o olha-
mos, depois de adultos: é a versão que se sobrepõe, poderosa, sobre a realidade, e essa
versão, por mais suscetível de ser destruída pela análise fria, é a que prevalece e guia nos-
sos passos, por anos intermináveis.
Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles dimi-
nutos pratos chineses que misturam gostos e odores. Assim, eu, por exemplo, me lembro,
quando faço muita força, de trechos de minha infância: não consigo lembrá-la toda, ou lar-
gos períodos dela, talvez porque o que foi doloroso nela tenha sido mais abundante e mais
avassalador do que o que foi doce.

(ABRAMO, Cláudio. In: A regra do jogo. São Paulo.Cia das Letras, p.41, 1989.)

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
43. Em relação ao texto acima, marque a alternativa que representa um fato, e não uma
opinião.
a) “Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles
diminutos pratos chineses que misturam gostos e odores.”
b) “Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na
idade madura.”
c) “...o que alguns românticos chamam de aventura humana...”
d) “O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o
olhamos, depois de adultos:..”

As enchentes de minha infância

Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas eu
invejava os que moravam do outro lado da rua, onde as casas dão fundos para o rio. Como
a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa
tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.
Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde
chegara a enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos,
depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no
meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.
Então vinham todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina
de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pes-
soas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da
noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós,
os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficá-
vamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o
rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes che-
gava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anuncia-
va águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer,
queríamos sempre que aquela fosse a maior de todas as enchentes.
(BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed.Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.)

44. A expressão que revela uma opinião sobre o fato “... vinham todos dormir em nossa ca-
sa”, é:

a) “Às vezes chegava alguém a cavalo...”


b) “E às vezes o rio atravessava a rua...”
c) “e se tomava café tarde da noite!”
d) “Isso para nós era uma festa...”

A inspiradora reportagem sobre as crises de idade nos leva a muitas reflexões, mas
acredito que a mais importante delas diz respeito à estrutura de personalidade que cada um
desenvolve. É consenso, entre pessoas maduras e bem estruturadas emocionalmente, que
vivemos a vida de acordo com nossa base psicológica. Por isso, é importante que, da infân-
cia até o início da vida adulta, saibamos estruturar o arcabouço daquilo que seremos. Quem
tem um bom alicerce, enfrentará seguramente qualquer tipo de problema. Reinvente-se a
cada idade.

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
(Alex Neto, Foz do Iguaçu – PR)

45. A palavra que marca a opinião do leitor em relação à reportagem é:

a) Consenso.
b) Importante.
c) Inspiradora.
d) Seguramente.

Leia o texto abaixo e responda.

População mundial a caminho do empate

[...] Muito em breve – provavelmente ainda nos próximos anos –, a metade da huma-
nidade terá apenas filhos suficientes para repor o seu tamanho. Isto é, grande parte dos
casais terá entre dois e três filhos, no máximo, o que permitirá apenas a reposição e não o
crescimento da população do mundo daquele momento. Traduzindo em linguagem demo-
gráfica, a taxa de fertilidade da metade do mundo será de 2,1 ou menos. [...]
Segundo a ONU, 2,9 bilhões de pessoas, quase a metade do total mundial de 6,5 bi-
lhões, vivem em países com 2,1 ou menos de taxa de fertilidade. Para o início da década de
2010, a população mundial está estimada em 7 bilhões e a quantidade de pessoas com esta
taxa de fertilidade será de 3,4 bilhões.
A queda da taxa de fertilidade, em nível de reposição, significa uma das mais radicais
mudanças na história da humanidade. Isso tem implicações na estrutura e na vida familiar,
mudando o cotidiano das pessoas, mas também em relação às políticas públicas em níveis
global e local, a serem implementadas pelos diferentes países ou sugeridas por instituições
como a ONU.
(FRANCESCONE, Léa; SANTOS, Regina Célia Bega dos. Carta na escola. fevereiro de 2010. Fragmento.)

46. A opinião dos autores desse texto se manifesta em:

a) “... a metade da humanidade terá apenas filhos suficientes para repor o seu ta-
manho.”.
b) “... grande parte dos casais terá entre dois e três filhos, no máximo, o que permi-
tirá apenas a reposição...”.
c) “... quase a metade do total mundial de 6,5 bilhões, vive em países com 2,1 ou
menos de taxa de fertilidade.”
d) “A queda da taxa de fertilidade, em nível de reposição, significa uma das mais
radicais mudanças na história da humanidade.”.

Educação de hoje adia o fim da adolescência

Há pouco tempo recebi uma mensagem que me provocou uma boa reflexão. O inte-
ressante é que não foi o conteúdo dela que fisgou minha atenção, e sim sua primeira linha,
em que os remetentes se identificavam. Para ser clara, vou reproduzi-la: “Somos dois ado-
lescentes, com 21 e 23 anos...”.
Minha primeira reação foi sorrir: agora, os jovens acreditam que a adolescência se es-
tende até, pelo menos, aos 23 anos?! Mas, em seguida, eu me dei conta do mais importante

29
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
dessa história: que a criança pode ser criança quando é tratada como tal, e o mesmo acon-
tece com o adolescente. Os dois jovens adultos se veem como adolescentes, porque, de
alguma maneira, contribuímos para tanto.
A adolescência tinha época certa para começar até um tempo atrás, ou seja, com a
puberdade, época das grandes mudanças físicas. E terminar também: era quando o adoles-
cente, finalmente, assumia total responsabilidade sobre sua vida e tornava-se adulto. Ago-
ra, as crianças já começam a se comportar e a se sentir como adolescentes muito tempo
antes da puberdade se manifestar e, pelo jeito, continuam se comportando e vivendo assim
por muito mais tempo. Qual é a parcela de responsabilidade dos adultos e educadores?
(Fonte: Disponível em: http://www.santanna.g12.br /professores/ ana_paula_port/atividade_reforco_lp_9anos.pdf. Acesso em: 30 mai 2012.
Adaptado.)

47. A opinião da autora em relação ao fato de que a educação de hoje adia o fim da adoles-
cência é que

a) os adultos contribuem para que isso aconteça


b) a adolescência é uma fase que vai até 23 anos.
c) os adolescentes têm muitas responsabilidades.
d) os adultos devem ensinar a criança a se calçar sozinha.

Secretário de Turismo diz que eleição do Cristo irá impulsionar setor

O secretário especial de Turismo do Rio, Rubem Medina, afirmou neste sábado que
a escolha do Cristo Redentor como uma das sete novas maravilhas do mundo irá trazer in-
centivos ao setor. Para ele, a conquista trará “um fluxo ainda maior de turistas” e representa
a geração de “mais empregos no futuro”.
“O que orgulha é que é algo que envolveu o mundo inteiro, que teve uma divulgação
mundial. Eu acho que essa é uma vitória do Rio e de todo o povo brasileiro.”
Medina soube do resultado da eleição quando participava do Live Earth, em Copa-
cabana (zona sul do Rio). Ele minimizou as críticas que colocaram em dúvida a legitimidade
da eleição das sete novas maravilhas.
“Eu não ligo. Questionaram isso aqui também [o Live Earth] e olha só o sucesso que
está sendo. Nenhum país do mundo tem isso aqui”.
(www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u310224.shtml)

48. A frase que expressa uma opinião é

a) “...escolha do Cristo Redentor como uma das sete novas maravilhas do mundo...”.
b) “a conquista trará “um fluxo ainda maior de turistas...” .
c) “...soube do resultado da eleição quando participava do Live Earth...”.
d) “Ele minimizou as críticas que colocaram em dúvida a legitimidade da eleição...”.

“O Brasil é isso mesmo que está aí"

Roberto Pompeu de Toledo

Os distraídos talvez ainda não tenham percebido, mas o Brasil acabou. Sinais disso
foram se acumulando, nos últimos meses: a falência do Congresso e de outras instituições,
a inoperância do governo, a crise aérea, o geral desarranjo da infraestrutura. (...)

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Ora, direis, como afirmar que o Brasil acabou? Certo perdeste o senso, pois, se es-
tamos todos ainda morando, comendo, dormindo, pagando as contas, indo às compras, nos
divertindo, sofrendo, amando e nos exasperando num lugar chamado Brasil, é porque ele
ainda existe. Eu vos direi, no entanto, que, quando acaba a esperança, junto com ela acaba
a coisa qual a esperança se destinava. É à esperança no Brasil que o sociólogo-presidente
se refere. (...)
O Brasil que "é isso mesmo" é o das adolescentes grávidas e dos adolescentes a
serviço do tráfico, das mães que tocam lares sem marido, das religiões que tomam dinheiro
dos fiéis, dos recordes mundiais de assassinatos e de mortos em acidentes automobilísti-
cos, dos presos que comandam de suas células o crime organizado, dos trabalhadores que
gastam três horas para ir e três horas para voltar do trabalho, das cidades sujas, das ruas
esburacadas. (...)
FHC não era tão descrente. No parágrafo final do livro A Arte da Política, em que re-
memora os anos de Presidência, escreveu: "Se houve no passado recente quem empu-
nhasse a bandeira das reformas, da democracia e do progresso, não faltará quem possa
olhar para a frente e levar adiante as transformações necessárias para restabelecer a confi-
ança em nós mesmos e no futuro desse grande país". (...)

49. Em relação à falta de perspectiva para o país retratada no texto, há uma opinião em:

a) “No parágrafo final do livro A Arte da Política, em que resume os anos na presidência,
escreveu:”
b) “Ora, direis, como afirmar que o Brasil acabou?”
c) “É à esperança no Brasil que o sociólogo-presidente se refere”.
d) “Os distraídos talvez ainda não tenham percebido, mas o Brasil acabou.”

Mulher é atropelada e põe a culpa no Google Maps

Nos Estados Unidos, quase tudo pode render uma ação judicial. O processo movido
pela americana Lauren Rosenberg, vítima de um atropelamento em uma rodovia no Estado
de Utah, seria mais um caso de reparação por danos, mas ela quer receber US$ 100 mil
(cerca de R$ 183,5 mil) não só do motorista que a atingiu, Patrick Harwood, mas também da
empresa Google.
Segundo o jornal inglês The Guardian, Lauren tentou atravessar uma estrada estadu-
al sem passeio para pedestres, à noite, e foi atingida por um carro, em 19 de janeiro de
2009.
Ela alega ter seguido as indicações do site Google Maps.
O advogado Allen Young entrou com a ação judicial na semana passada. Ele argu-
menta que o site foi "descuidado e negligente" ao indicar a travessia de uma via expressa.
"As pessoas confiam nas instruções (dadas pelo Google Maps). Ela acreditou que era segu-
ro atravessar a pista."
Ao indicar uma rota, o serviço do Google dá um alerta: "Essa rota pode não ter calça-
das ou passeio para pedestres". Procurada pelo Guardian, a empresa não quis comentar o
caso, que ainda vai dar o que falar.
(http://www.diariopopular.com.br)

31
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
50. O trecho do texto que expressa uma opinião é

a) “Nos Estados Unidos, quase tudo pode render uma ação judicial.”
b) "Essa rota pode não ter calçadas ou passeio para pedestres".
c) “Ele argumenta que o site foi "descuidado e negligente" [...]”
d) “Procurada pelo Guardian, a empresa não quis comentar o caso.”

32
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
TÓPICO II

IMPLICAÇÕES DO SUPORTE, DO GÊNERO E/OU ENUNCIADOR NA COMPRE-


ENSÃO DO TEXTO
Este tópico requer dos alunos duas competências básicas, a saber: a interpretação
de textos que conjugam duas linguagens – a verbal e a não-verbal – e o reconhecimento da
finalidade do texto por meio da identificação dos diferentes gêneros textuais.
Para o desenvolvimento dessas competências, tanto o texto escrito quanto as ima-
gens que o acompanham são importantes, na medida em que propiciam ao leitor relacionar
informações e se engajar em diferentes atividades de construção de significados.

D5 – Interpretar texto com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadri-


nhos, foto etc.)
Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer a utili-
zação de elementos gráficos (não verbais) como apoio na construção do sentido e de inter-
pretar textos que utilizam linguagem verbal e não verbal (textos multissemióticos).
Essa habilidade pode ser avaliada por meio de textos compostos por gráficos, dese-
nhos, fotos, tirinhas, charges. Por exemplo, é dado um texto não verbal e pede-se ao aluno
que identifique os sentimentos dos personagens expressos pelo apoio da imagem, ou dá-se
um texto ilustrado e solicita-se o reconhecimento da relação entre a ilustração e o texto.

Leia o texto abaixo

51. Pode-se afirmar coerentemente sobre o cartum acima:

a) que ele é uma tentativa de alertar os que sofrem de problemas de coração.


b) que ele adverte dos riscos para aqueles que praticam corrida sem a devida pre-
paração.
c) que ele contrasta o ser, representado pelo coração, e o ter simbolizado pela ma-
la.
d) que na pressa da personagem está o aspecto mais importante para a compreen-
são dele.

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
52. Da última fala da tira, é possível constatar que:

a) a esperança precisa ser alimentada.


b) o quadro da política não é alterado.
c) os babacas se transformarão em heróis.
d) as coisas podem ficar ainda piores.

Leia o texto a seguir

53. A leitura do texto permite dizer que

a) que a beleza física não é algo a que seja valorizado.


b) o coletivismo é mais forte do que o individualismo.
c) que e a emancipação não é importante para a mulher.
d) que a maternidade torna-se um obstáculo à emancipação.

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
54. A fala do personagem expõe uma:

a) aceitação
b) insatisfação
c) negação
d) aprovação

Fonte:< http://www.pavablog.com/2012/06/21/cadeia-da-hipocrisia/> Acesso em 01/03/2018.

55. A sequência de quadrinhos constrói uma crítica:

a) à indiferença.
b) à hipocrisia.
c) ao orgulho.
d) à caridade.

35
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
56. Ao observar o quadro da previsão do tempo, pode-se afirmar que na quinta haverá sol
com:

a) com nuvens de manhã. Pancadas de chuva à tarde. À noite não chove.


b) muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado, com chuva a qualquer hora.
c) algumas nuvens ao longo do dia. À noite ocorrem pancadas de chuva.
d) muitas nuvens. À noite não chove.

57. O que o autor está criticando nesse texto?

a) O descaso do governo com os moradores de rua.


b) A desvalorização do dinheiro.
c) O investimento financeiro dos governos em educação.
d) A falta de trabalho para os moradores de rua.

36
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
58. A pergunta “Alguém aqui fala o idioma deles?” revela:

a) uma forte preocupação dos políticos em serem entendidos pelo povo.


b) um distanciamento entre a rotina dos políticos e o quadro do restante da popula-
ção.
c) a consciência de que há diferenças entre a língua do povo e a dos políticos.
d) a diversidade linguística que marca os diferentes grupos sociais do país.

Leia a charge abaixo

59. Após a leitura da charge é possível afirmar


a) A charge faz alusão ao fato de o país ser liderado por pessoas acusadas de cri-
mes.
b) A charge chama atenção para os governantes que gostam de vestir-se de forma
parecida.
c) A charge critica o uso de tornozeleiras eletrônicas.
d) A charge elogia o fato de que condenados também pode participar de decisões
no governo.

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
60. Considerando o papel dos elementos gráficos destacados nos balões, é correto dizer
que

a) o sinal de interrogação aponta para um questionamento que a personagem faz ao


leitor.
b) o ponto na última parte do cartum independe do desenho nela contido para fazer
sentido
c) o sinal + e o gráfico ressaltam que o personagem assumiu uma atitude de acumu-
lação de bens.
d) A exclamação presente na segunda parte do cartum indica uma postura modera-
da do personagem.

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D12 – Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros

A habilidade que pode ser avaliada por este descritor refere-se ao reconhecimento,
por parte do aluno, do gênero ao qual se refere o texto-base, identificando, dessa forma,
qual o objetivo do texto: informar, convencer, advertir, instruir, explicar, comentar, divertir,
solicitar, recomendar, etc.
Essa habilidade é avaliada por meio da leitura de textos integrais ou de fragmentos
de textos de diferentes gêneros, como notícias, fábulas, avisos, anúncios, cartas, convites,
instruções, propagandas, entre outros, solicitando ao aluno a identificação explícita de sua
finalidade.

Leia o texto abaixo.

Quarteto Maogani interpreta Ernesto Nazareth

Um dos grupos instrumentais mais conceituados no cenário musical da atualidade, o


Quarteto Maogani está lançando seu quinto disco, “Pairando”, um tributo à obra do composi-
tor Ernesto Nazareth (Biscoito Fino).
O novo álbum traz à tona composições pouco conhecidas nos dias de hoje: “A música
do Nazareth sempre foi uma das nossas grandes paixões. É incrível a capacidade que ele
tinha de conjugar uma escrita extremamente sofisticada a uma verve arrebatadora”, comen-
ta Paulo Aragão, um ás do violão de 8 cordas. “Este encontro, que tanto confunde rótulos é,
para nós, um verdadeiro leme e exprime tudo aquilo o que buscamos: uma sonoridade ao
mesmo tempo camerística e balançada, clássica e popular, moderna sem perder de vista a
tradição”, completa Aragão.
Para chegar aos 12 temas gravados, o quarteto mergulhou em verdadeiras obras-
primas pouco gravadas e tocadas ao longo dos anos, já quase esquecidas. “Ajudar a trazer
à tona este patrimônio da música brasileira foi uma das nossas motivações ao encarar o
desafio de gravar, pela primeira vez em nossa trajetória, um disco totalmente dedicado à
obra de um único compositor”, pontua Paulo Aragão, que integra o Maogani ao lado de Car-
los Chaves (violão requinto); Sergio Valdeos (violão de sete cordas) e Marcos Alves (violão
de seis cordas).

61. O objetivo principal do texto é

a) discutir a sofisticação da obra do compositor Ernesto Nazareth


b) apresentar alguns músicos com os quais o Maogani já tocou.
c) explicar como foram escolhidas as doze músicas que estão no CD.
d) divulgar o lançamento de um CD com músicas de Ernesto Nazareth.

A manifestação da vaidade na adolescência e juventude

39
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
A juventude e a adolescência são fases marcadas pela insegurança, que promovem
dúvidas relacionadas à personalidade e aos valores. E é natural que muitos jovens cuidem
de si em função da beleza e da identidade. Porém, um comportamento natural nem sempre
é saudável: a necessidade de se obter atenção através da valorização estética gera vaida-
de, que pode tanto impulsionar alguém, quanto ser prejudicial.
O psicólogo Marcos Urioste, 29, conta que para a psicologia, existe a necessidade
da articulação de todos os aspectos da personalidade. Paradoxalmente, a falta é inerente ao
ser humano, o que leva à vaidade, ou seja, busca exagerada para o preenchimento simbóli-
co deste vazio.
Ele alega também que, culturalmente, as meninas são mais estimuladas a cultivar a
beleza que os meninos, mas que este quadro de preocupação estética vem mudando, sendo
cada vez mais vivenciado pelo sexo masculino. “As diferenças entre os sexos são vistas a partir
de cada contexto, considerando que a busca pelo preenchimento do vazio é subjetiva” diz.
Muitas vezes há o exagero na beleza, mas, mesmo quando se alcança esse ideal, não
existe satisfação. Neste contexto, a vaidade prejudica o desenvolvimento humano e pode se
tornar uma obsessão, gerando inclusive casos patológicos, como a dismorfofobia (visão distorci-
da sobre si mesmo, que causa preocupação excessiva com a aparência).
http://www.a12.com/jovens-de-maria/noticias/detalhes/a-manifestacao-da-vaidade-na-adolescencia-e-juventude

62. O objetivo principal do texto é

a) discutir qual seria o conceito apropriado para a vaidade.


b) mostrar as causas e as consequências da vaidade na juventude.
c) mostrar a vaidade como um traço de comportamento natural.
d) confrontar as diferenças entre a vaidade de ambos os sexos.

DILMA SANCIONA PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO SEM VETOS

A presidente Dilma Rousseff sancionou na quarta-feira (25), sem vetos, o Plano Naci-
onal de Educação (PNE). O plano tramitou por quase quatro anos no Congresso até a apro-
vação e estabelece 20 metas para serem cumpridas ao longo dos próximos dez anos. As
metas vão desde a educação infantil até o ensino superior, passam pela gestão e pelo fi-
nanciamento do setor e pela formação dos profissionais. O texto sancionado pela presi-
denta será publicado em edição extra do Diário Oficial da União de hoje (26).
O PNE estabelece meta mínima de investimento em educação de 7% do Produto In-
terno Bruto (PIB) no quinto ano de vigência e de 10% no décimo ano. Atualmente, são in-
vestidos 6,4% do PIB, segundo o Ministério da Educação.

63. O objetivo principal do texto é

a) informar que o Plano Nacional de Educação tramitou por quatro anos no Con-
gresso.
b) mostrar que o Plano Nacional de Educação estabelece 20 metas a serem cum-
pridas.
c) comunicar que o texto sancionado pela presidenta será publicado em edição ex-
tra do Diário Oficial da União.
d) informar que o Plano Nacional de Educação foi sancionado pela presidenta do
Brasil

40
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Por que sentimos água na boca?

Todo mundo produz uma pequena quantidade de saliva o tempo todo, mas a produ-
ção aumenta quase dez vezes quando uma pessoa vê, cheira ou pensa em comida. A saliva
que enche a boca nessas horas é essencial por várias razões. Primeiro, somente quando
dissolvidos na saliva é que pedaços microscópicos desprendidos dos alimentos chegam até
as papilas gustativas, que sinalizam ao cérebro o tipo de comida que você tem na boca:
água, sal, ácido, doce, proteína, ou algo amargo e, portanto, potencialmente nocivo, nada
bom de ser engolido. Assim, além de reconhecer o alimento pelo gosto, o seu cérebro já vai
preparando o corpo para a digestão. Segundo, a saliva contém enzimas que começam a
partir em pedaços menores os carboidratos, grandes moléculas de açúcar como o amido do
pão.
Além disso, é a saliva que umedece e dá liga aos alimentos triturados e permite que
eles sejam transformados em um grande “bolo” compacto e lubrificado, que pode ser engoli-
do sem risco de engasgos.
A boa notícia é que a produção de saliva é automática, comandada pelo sistema
nervoso autônomo sempre que o cérebro detecta a presença de comida na boca. O interes-
sante é que, por associação, também funciona pensar em comida, sentir o cheiro bom do
almoço no fogo e até ouvir que ficou pronto aquele prato de que você gosta. O caso mais
famoso de água na boca por associação, claro, é o já lendário cão do fisiologista russo Ivan
Pavlov. De tanto ouvir um sino tocar antes de receber sua comida todos os dias, o animal
passou a salivar em resposta ao tocar do sino, mesmo que o prato demorasse a chegar. E
eu, de tanto escrever sobre comida, já fiquei com água na boca...
Suzana Herculano-Houzel Departamento de Anatomia, Universidade Federal do Rio de Janeiro. Revista CHC | Edição 199.

64. A finalidade do texto lido é:

a) Expor um saber científico em ambiente acadêmico.


b) Narrar uma aventura sobre o corpo humano e suas habilidades.
c) Argumentar sobre temas polêmicos da atualidade.
d) Relatar fatos situados no tempo e no espaço

Maringá, 24 de outubro de 2012.

Caro editor da revista "Meus filhos",

Ao ler o texto "Meu tênis é mais caro que o seu" de Rosely Sayão, acredito realmente
que hoje estamos vivendo em um mundo completamente consumista, onde o ter é mais im-
portante do que o ser.
Após prestar bastante atenção em meu filho, tive que concordar com a autora em al-
guns pontos e venho dizer que realmente as crianças são julgadas pelo que usam e aquelas
que não possuem o que está "na moda" são bem humilhadas. Tudo isso é culpa da mídia
que lança um produto que é apresentado como o melhor e que se o adolescente não tem é
julgado como ninguém.
Por isso, na minha opinião, com a finalidade desse fato parar de acontecer, o primeiro
passo tem que ser nosso, os pais, ao ensinar aos filhos que o caráter é mais importante do
aquilo que você veste.
Obrigado pela atenção.

41
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Marcinéia Santos – Curitiba

65. A finalidade do texto acima é:

a) Explicar a opinião da autora com argumentos consistentes e verdadeiros.


b) Narrar fatos do cotidiano, envolvendo personagens, tempo, espaço e narrador.
c) Relatar fatos ocorridos no dia, com data e local determinados.
d) Expor uma informação sobre determinado assunto.

Reduit é leite puro e saboroso.

Reduit é saudável, pois nele quase toda gordura é retirada, permanecendo todas as outras
qualidades nutricionais. Reduit é bom para jovens, adultos e dietas de baixas calorias.
(Texto em uma embalagem de leite em pó)

66. A finalidade do texto é:

a) Explicar as características do produto leite Reduit.


b) Convencer o interlocutor a consumir o leite Reduit.
c) Informar o interlocutor das qualidades nutricionais do leite Reduit.
d) Criticar o consumo do leite Reduit.
Leia o texto para responder a questão a seguir:

Inventário da infância perdida

Um homem é feito na infância, aperfeiçoado na adolescência e cristalizado na idade


madura. Depois dos quarenta a existência humana, a não ser para os asiáticos, que têm o
segredo da vida longeva e produtiva, assinala realmente uma decadência interminável, até
que ela se torna insuportável: toda a razão da vida se concentra em algumas coisas muito
específicas, em seres, sobretudo, e daí o conflito que se trava no interior de cada ser huma-
no quando aquilo que ele quis ser para duas, três ou quatro pessoas — pois é nisso que se
concentra a nossa vida — deixou de ser o que realmente se quis ser ou parecer.
Mas uma grande parte de nossa vida é desenhada muito cedo, quando se inicia o que
alguns românticos chamam de aventura humana e que aos poucos vai-se transformando
numa incansável continuidade de diminutas frustrações e pequenos embates corporais com
a realidade, frustrações que depois se transformam em fontes de amargura. (...)
O que é a infância, no fundo, senão um período de nossa vida tal como nós o olha-
mos, depois de adultos: é a versão que se sobrepõe, poderosa, sobre a realidade, e essa
versão, por mais suscetível de ser destruída pela análise fria, é a que prevalece e guia nos-
sos passos, por anos intermináveis.
Todo mergulho na infância é ao mesmo tempo doloroso e doce, como aqueles diminutos
pratos chineses que misturam gostos e odores. Assim, eu, por exemplo, me lembro, quando faço
muita força, de trechos de minha infância: não consigo lembrá-la toda, ou largos períodos dela,
talvez porque o que foi doloroso nela tenha sido mais abundante e mais avassalador do que o
que foi doce.
ABRAMO, Cláudio. In: A regra do jogo. São Paulo.Cia das Letras, p.41, 1989.

42
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
67. O texto lido tem a finalidade de:

a) comparar as condições da infância dos asiáticos com a dos demais povos.


b) defender a ideia de que a infância é, sobretudo, uma invenção dos que a recor-
dam.
c) ensinar como as pessoas devem relembrar a infância, de modo a evitar frustra-
ções.
d) propor uma dieta equilibrada para os que recordam a infância, baseando-a nos
sabores doces e amargos.

Você sabia?

A aveia é um cereal puro, natural e pouco processado, ou seja, vai do campo até a
sua casa passando por poucas etapas de processamento que garantem a qualidade e inte-
gridade do grão. Além disso, a aveia é considerada um dos grãos mais completos da natu-
reza, pois é rica em fibras e proteínas, além de ser uma importante fonte de vitaminas e car-
boidratos. Seu consumo ajuda na redução do colesterol e no funcionamento intestinal. Co-
mer aveia faz você se sentir bem e seu organismo funcionar melhor!

68. Após a leitura desse texto, pode-se constatar que sua finalidade é

a) destacar a qualidade do produto e seus benefícios para a saúde.


b) responder a uma pergunta feita pelos consumidores de aveia.
c) apresentar as características da produção comercial de aveia.
d) informar sobre os riscos de consumir o produto em excesso.

O rolé do rolezinho
O "rolé" se transformou em "rolezinho" em evolução tão rápida quanto o giro incontrolável
das redes sociais

Enquanto se discute se os participantes dos rolezinhos são rebeldes com ou sem


causa, pode-se discutir o significado e a origem da palavra que nomeia o fenômeno. Só não
há dúvida de que a internet, ao alcance de todas as classes sociais, é o instrumento para
promover os encontros. Parece também inevitável que, num encontro temperado por corre-
rias, haja um ou outro descontrole, coisa que independe do nível socioeconômico da moça-
da.
Enfim, o “rolezinho” é uma torrente repentina no curso até então sereno de algum lu-
gar ocupado por outras classes sociais. É diminutivo de “rolé”, assim, com acento agudo,
como registram os dicionários. “Rolé” é parônima de “rolê”. Convém lembrar que palavras
parônimas pouco diferem uma da outra na grafia ou na pronúncia.
Outra parônima de “rolé” e “rolê”, ambas oxítonas (acento tônico na última sílaba), é
“role”, paroxítona (tônica na penúltima sílaba), forma do verbo “rolar” (“rodar”, “fazer girar”; e
também “arrulhar”). “Rolar de rir” significa rir tanto a ponto de dobrar o corpo como um rolo.
“Rolé” significa pequeno passeio, volta. É substantivo usado só na locução “Dar um
rolé”, isto é, dar um passeio, uma volta, um giro por aí.

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Rolê é o “movimento que o capoeirista executa agachado, de costas para o adversá-
rio, com o apoio das mãos e dos pés, para deslocar-se pelo chão”, como define o Aulete
Digital. E “rolê de mergulho” é o executado com o corpo rente ao chão, lembra o Aurélio. Há
a segunda acepção de rolê, usada em “bife rolê”, isto é, enrolado. Outra é a “gola rolê”, da
blusa ou camisa em que o tecido envolve o pescoço.
Rolê e rolé, portanto, são aparentados porque representam coisas ou movimentos gi-
ratórios. Como “rolar”, aliás. De modo que “rolé” talvez tenha a mesma origem francesa de
“rolê”, como indica o Houaiss: roulê é particípio passado de rouler, antes roueller, isto é, “en-
rolar”, de rouelle, depois ruele (rodela), do latim tardio rotella, diminutivo de rota, nossa roda
universal. Inclusive a roda algo descontrolada em que gira o desvairado rolezinho.

69. O texto acima tem por finalidade:


a) condenar as ações dos participantes dos rolezinhos.
b) promover encontros entre diferentes classes pela internet.
c) analisar a origem e o significado do termo rolezinho.
d) explicar detalhadamente o que é uma palavra parônima.

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
TÓPICO III

RELAÇÃO ENTRE TEXTOS

Este tópico requer que o aluno assuma uma atitude crítica e reflexiva ao reconhecer
as diferentes ideias apresentadas sobre o mesmo tema em um único texto ou em textos
diferentes. O tema se traduz em proposições que se cruzam no interior dos textos lidos ou
naquelas encontradas em textos diferentes, mas que apresentam a mesma ideia, assim, o
aluno pode ter maior compreensão das intenções de quem escreve, sendo capaz de identifi-
car posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou tema.
As atividades que envolvem a relação entre textos são essenciais para que o aluno
construa a habilidade de analisar o modo de tratamento do tema dado pelo autor e as condi-
ções de produção, recepção e circulação dos textos.
Essas atividades podem envolver a comparação de textos de diversos gêneros, co-
mo os produzidos pelos alunos, os textos extraídos da Internet, de jornais, revistas, livros e
textos publicitários, entre outros.

D20 – Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de tex-


tos que tratam do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e
daquelas em que será recebido.

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno em reconhecer as di-
ferenças entre textos que tratam do mesmo assunto, em função do leitor-alvo, da ideologia,
da época em que foi produzido e das suas intenções comunicativas. Por exemplo, histori-
nhas infantis satirizadas em histórias em quadrinhos, ou poesias clássicas utilizadas como
recurso para análises críticas de problemas do cotidiano.
Essa habilidade é avaliada por meio da leitura de dois ou mais textos, de mesmo gê-
nero ou de gêneros diferentes, tendo em comum o mesmo tema, para os quais é solicitado o
reconhecimento das formas distintas de abordagem.

Canção do exílio Minha terra tem primores,


Que tais não encontro eu cá;
Gonçalves Dias Em cismar – sozinho, à noite
– Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras, Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá; Onde canta o Sabiá.
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá. Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Nosso céu tem mais estrelas,
Que não encontro por cá;
Nossas várzeas têm mais flores,
Sem que ainda aviste as palmeiras,
Nossos bosques têm mais vida,
Onde canta o Sabiá.
Nossa vida mais amores.

Em cismar, sozinho, à noite,


Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Canção do exílio
Onde canta o Sabiá.
Murilo Mendes

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Minha terra tem macieiras da Califórnia
onde cantam gaturamos de Veneza. Texto I
Os poetas da minha terra [...]
são pretos que vivem Esta noite eu ousei mais atrevido,
em torres de ametista, nas telhas que estalavam nos meus pas-
sos,
os sargentos do exército ir espiar seu venturoso sono,
são monistas, cubistas, vê-la mais bela de Morfeu nos braços!
os filósofos são polacos
vendendo a prestações. Como dormia! que profundo sono!...
Tinha na mão o ferro do engomado...
A gente não pode dormir Como roncava maviosa e pura!...
com os oradores e os pernilongos. Quase caí na rua desmaiado! [...]”
Os sururus em família têm por testemunha (É ela! É ela! É ela! É ela. Álvares de Azevedo)
a Gioconda. Texto II
Eu morro sufocado em terra estrangeira.
[...]
Nossas flores são mais bonitas
Como virgem que desmaia,
nossas frutas mais gostosas
Dormia a onda na praia!
mas custam cem mil réis a dúzia.
Tua alma de sonhos cheia
Ai quem me dera chupar uma carambola
Era tão pura, dormente,
de verdade
Como a vaga transparente
e ouvir um sabiá com certidão de idade!
Sobre seu leito de areia!
70. O texto II difere do texto I:
Era de noite - dormias,
a) pela referência a elementos Do sonho nas melodias,
naturais. Ao fresco da viração
b) pelo sentimento de pertencer a Embalada na falua,
um lugar. Ao frio clarão da lua,
c) pela demonstração de uma ati- Aos ais do meu coração!
tude crítica. [...]”
d) por elogiar alguns aspectos da
natureza (No Mar. Álvares de Azevedo)

71. Os trechos acima, tirados de dois poemas de Álvares de Azevedo, registram uma situa-
ção semelhante: o momento em que o indivíduo apaixonado vê a mulher amada dormindo.
No entanto

a) nos dois primeiros trechos, percebe-se que a mulher é representada de modo


completamente idealizado.
b) nos dois últimos trechos, a mulher está prestes a acordar porque dorme fora de
casa.
c) O amante do poema “É ela! É ela! É ela! É ela” é mais recatado do que o do po-
ema No mar.
d) nos trechos do poema “É ela! É ela! É ela! É ela”, percebe-se que a mulher rece-
be um tratamento mais próximo da realidade.

46
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Texto I
Telenovelas empobrecem o país

Parece que não há vida inteligente na telenovela brasileira. O que se assiste todos os
dias às 6, 7 ou 8 horas da noite é algo muito pior do que os mais baratos filmes “B” america-
nos. Os diálogos são péssimos. As atuações, sofríveis. Três minutos em frente a qualquer
novela são capazes de me deixar absolutamente entediado – nada pode ser mais previsível.
(Antunes Filho. Veja, 11/mar/96.)

Texto II
Novela é cultura
Veja – Novela de televisão aliena?

Maria Aparecida – Claro que não. Considerar a telenovela um produto cultural alienan-
te é um tremendo preconceito da universidade. Quem acha que novela aliena está na ver-
dade chamando o povo de débil mental. Bobagem imaginar que alguém é induzido a pensar
que a vida é um mar de rosas só por causa de um enredo açucarado. A telenovela brasileira
é um produto cultural de alta qualidade técnica, e algumas delas são verdadeiras obras de
arte. (Veja, 24/jan/96.)

72. Com relação ao tema “telenovela”:

a) nos textos I e II, encontra-se a mesma opinião sobre a telenovela.


b) no texto I, compara-se a qualidade das novelas aos melhores filmes americanos.
c) no texto II, algumas telenovelas brasileiras são consideradas obras de arte.
d) no texto II, a telenovela é considerada uma bobagem.

(SAEPE). Leia os textos abaixo e responda.

Este Inferno de Amar


Almeida Garrett

Este inferno de amar - como eu amo! -


Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?
Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho - Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar... Quem me veio, ai de mim! despertar?
Só me lembra que um dia formoso Eu passei... dava o sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam, Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - Não no sei; Mas nessa hora a viver comecei...

47
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Adeus, Meus Sonhos!
Álvares de Azevedo

Adeus, meus sonhos, eu pranteio e morro!


Não levo da existência uma saudade!
E tanta vida que meu peito enchia
Morreu na minha triste mocidade!
Misérrimo! Votei meus pobres dias
sina doida de um amor sem fruto,
E minh´alma na treva agora dorme
Como um olhar que a morte envolve em luto.
Que me resta, meu Deus?
Morra comigo
A estrela de meus cândidos amores,
Já não vejo no meu peito morto
Um punhado sequer de murchas flores!

73. Em ambos os textos, o sentimento que estimula os autores é

a) a fixação na natureza.
b) o amor saudoso.
c) o presente de paz.
d) o retorno à infância

Texto 1

Por que o senhor é cético em relação às previsões sobre o aquecimento glo-


bal?

Bjorn Lomborg – Discordo da forma como as discussões sobre esse tema são colo-
cadas. Existe a tendência de considerar sempre o pior cenário – o que aconteceria nos pró-
ximos 100 anos se o nível dos mares se elevar e ninguém fizer nada. Isso é irreal, porque é
óbvio que as pessoas vão mudar, vão construir defesas contra a elevação dos mares. No
entanto, isso é só uma parte do que tenho dito. Sou cético em relação a algumas previsões,
sim. Mas sou cético principalmente em relação às políticas de combate ao aquecimento glo-
bal. O problema principal não é a ciência. Precisamos dos cientistas. A questão é que tipo
de política seguir. E isso é um aspecto econômico, porque implica uma decisão de gastar
bilhões de dólares de fundos sociais. Em outras palavras, não sou um cético da ciência do
clima, mas um cético da política do clima. Basicamente, digo que não estamos adotando as
melhores políticas porque não estamos pensando onde gastar o dinheiro para produzir os
maiores benefícios.(Veja, 23 dez. 2009. Fragmento.)

Texto 2

Esclarecedora a entrevista com Bjorn Lomborg (Entrevista, 23 de dezembro). Cada


um de nós precisa se inteirar da realidade e agir com tenacidade. Não vale a pena gastar
tempo com discussões vazias e fantasiosas de alguns que pregam a catástrofe futura, des-
conectados do aqui e do agora. Melhorar as condições de vida das pessoas, provendo-as
de fonte de renda, acesso à saúde, educação e lazer, diminuirá os problemas sociais e por
consequência o aquecimento global.
Irineu Berezanski, São José, SC.

48
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Disponível em: <http://veja.abril.com.br/301209/leitor.shtml>.Acesso em: 5 abril 2011.

74. Em relação ao tema discutido no Texto 1, o autor do Texto 2 apresenta uma posição
a) contrária.
b) favorável.
c) irônica.
d) questionadora

Leia os textos abaixo, que se referem às questões 76 e 77:

Texto 1
Brasil de Todos os Santos

Brasil, meu Brasil de todos os Santos Descobrir a sua cara de espanto Descobrir o
seu encanto em um segundo Um país que sonha ser o Novo Mundo Matas, praias, céu, di-
amante e chapadas Transamazônicas estradas te percorrem Feito rios de águas e florestas
Transformando sua paisagem numa festa Nas suas avenidas todas coloridas Desfilam
homens e mulheres (...)
Laura Campanér e Luisa Gimene Fonte: http://www.lyricstime.com/ laura-campan-r-brasil-de-todos-os-santos-lyrics.html – Acesso em: 30/10/08

Texto 2
Desmatamento

Desde a ocupação portuguesa, o Brasil enfrenta queima de vegetação original e


desmatamento com o intuito de aumentar as áreas de cultivo e pastagens, bem como facili-
tar a ocupação humana e, consequentemente, a especulação imobiliária.
Estes procedimentos, ao longo dos anos, levaram à extinção de várias espécies ve-
getais e animais, à erosão e à poluição do meio ambiente em geral.
Fonte: http//www.geocities.com/naturacia/desmatamento.html - Acesso em: 15/05/06.

75. Na comparação dos textos I e II, pode-se afirmar que:

a) Os dois textos tratam do mesmo assunto – meio ambiente.


b) As nossas riquezas estão sendo bem tratadas ao longo dos anos.
c) O Brasil é rico pela sua natureza, pelo seu povo.
d) A vida do homem é mais importante que a natureza.

76. Com relação aos textos Brasil de Todos os Santos e Desmatamento, é correta a alterna-
tiva:

a) Ambos enaltecem a paisagem natural do território brasileiro.


b) Os dois textos abordam o meio ambiente sob pontos de vista opostos.
c) Ambos apontam para a transformação causada pela poluição.
d) Os dois textos responsabilizam a ocupação portuguesa pelo desmatamento.

Leia os textos abaixo:


Texto 1
Redução da violência contra adolescentes

A violência contra adolescentes nas comunidades e nas ruas é um fenômeno tipica-


mente urbano e fortemente determinado pelas desigualdades sociais e econômicas nesses
espaços. Caracterizada, em sua maioria, pelos assassinatos por armas de fogo, acidentes

49
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
de trânsito e exploração sexual, a violência em espaços urbanos tem aumentado no Brasil e
no mundo.
As maiores vítimas da violência urbana são os adolescentes moradores de comuni-
dades populares e de periferias que, muitas vezes, encontram-se vulneráveis diante das
ações de grupos criminosos e da repressão das forças de segurança. Em situações de au-
sência de políticas públicas eficientes e transformadoras, de opções de educação, de opor-
tunidades de emprego, abre-se uma porta para a ação de aliciadores que recrutam crianças
e adolescentes para o tráfico de drogas e armas. Em 2005, 8 mil pessoas entre 10 e 19
anos foram vítimas de homicídios.
Fonte: Adaptação: http://www.unicef.org/brazil/pt/activities_10211.html – Acesso em: 30/10/08.

Texto 2

O artigo 5º do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei Federal 8.069/90) que


dispõe: “Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer
atentado por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais”.

77. Com relação aos textos 1 e 2, é correto afirmar que:

a) Nenhum dos textos trata do adolescente na sociedade.


b) O texto 1 expressa direitos presentes no texto 2.
c) Os direitos presentes no texto 2, não estão garantidos no texto 1.
d) O direito expresso no texto 2 está garantido no texto 1.

Leia os textos abaixo e responda.

Texto 1
Entregue elevador da prefeitura

O prefeito de Nova Odessa e autoridades inauguraram hoje o elevador panorâmico


para PNEs (Portadores de Necessidades Especiais), idosos, gestantes e pessoas com difi-
culdades de locomoção. Em seguida, cadeirantes usaram o elevador para conhecer o piso
superior do prédio público. [...]
O novo elevador tem capacidade de carga de 215 quilos, ou duas pessoas. A cabine
tem 1,30 por 0,90 metros, porta deslizante automática de quatro folhas (abertura central),
com 90 centímetros de largura, além de piso revestido por borracha sintética e botões em
braile.
“Estamos realizando uma inauguração simples, mas que tem um grande significado,
principalmente para os usuários do novo elevador. Acessibilidade é algo sério e nós, como
servidores públicos, temos que estar atentos às obras necessárias. Com este elevador, po-
deremos cobrar que qualquer prédio, seja comercial ou residencial, com mais de um andar,
tenha um elevador para garantir o acesso de todos.”, disse Samartin.
Disponível em: <http://www.walterbartels.com /print_noticia.asp?id=8239>. Acesso em: 16 mar. 2012. Fragmento.

50
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Disponível em <http://www.cvi.org.br/cartum-porta-estreita.asp>.

78. A informação comum a esses dois textos é

a) a acessibilidade para pessoas com dificuldades de locomoção.


b) a necessidade de elevadores especiais.
c) as inaugurações de obras públicas adaptadas para cadeirantes.
d) as instalações de bebedouros para cadeirantes.

ESPELHO
Marcello Migliaccio

Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a baixaria, desancar o onipresente ele-
trodoméstico. E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o
que não falta é especialista no assunto. Se um dia fomos uma pátria de 100 milhões de téc-
nicos de futebol, hoje, mais do que nunca, temos um considerável rebanho de briosos
críticos televisivos.[...]
Mas, quando os "especialistas" criticam a TV, estão olhando para o próprio umbigo.
Feita à nossa imagem e semelhança, ela é resultado do que somos enquanto rebanho glo-
balizado. [...]
Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres e que não
se sentem representados no vídeo. [...]
Folha de S. Paulo, 19/10/2003

A influência negativa da televisão para as crianças

Bem diziam os Titãs, grupo de rock nacional, quando cantavam que “a televisão me
deixou burro demais”. A verdade é que, ao pé da letra dessa música, a televisão coloca-nos
dentro de jaulas, como animais. Assim, paralisa o desenvolvimento de pensamentos críticos

51
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
e avaliativos que se desenvolvem em outras formas de diversão, além de influenciar crian-
ças e adolescentes com cenas de violência, maldade, psicopatia e sexo explícito a todo o
momento e sem qualquer responsabilidade.
Fonte: http://www.meuartigo.brasilescola.com/educacao

Vocabulário
“in” [inglês] – na moda
brioso – orgulhoso, vaidoso
onipresente – que está presente em todos os lugares.
79. Os textos divergem sobre o mesmo tema: a influência da televisão. A afirmação do texto
1 que contradiz o texto 2 é

a) “Falar mal da TV virou moda. É "in” repudiar a baixaria, desancar o onipresente


eletrodoméstico.”
b) “Feita à nossa imagem e semelhança, ela [a TV] é resultado do que somos [...].”
c) “E, num país em que os domicílios sem televisão são cada vez mais raros, o que
não falta é especialista no assunto.”
d) “Aqui e ali, alguns vão argumentar que cultivam pensamentos mais nobres [...].”

52
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
TÓPICO IV

COERÊNCIA E COESÃO NO PROCESSAMENTO DO TEXTO

O Tópico IV trata dos elementos que constituem a textualidade, ou seja, aqueles


elementos que constroem a articulação entre as diversas partes de um texto: a coerência e
a coesão. Considerando que a coerência é a lógica entre as ideias expostas no texto, para
que exista coerência é necessário que a ideia apresentada se relacione ao todo textual den-
tro de uma sequência e progressão de ideias.
Para que as ideias estejam bem relacionadas, também é preciso que estejam bem
interligadas, bem “unidas” por meio de conectivos adequados, ou seja, com vocábulos que
têm a finalidade de ligar palavras, locuções, orações e períodos. Dessa forma, as peças que
interligam o texto, como pronomes, conjunções e preposições, promovendo o sentido entre
as ideias são chamadas coesão textual. Enfatizamos, nesta série, apenas os pronomes co-
mo elementos coesivos. Assim, definiríamos coesão como a organização entre os elemen-
tos que articulam as ideias de um texto.
As habilidades a serem desenvolvidas pelos descritores que compõem este tópico
exigem que o leitor compreenda o texto não como um simples agrupamento de frases justa-
postas, mas como um conjunto harmonioso em que há laços, interligações, relações entre
suas partes.
A compreensão e a atribuição de sentidos relativos a um texto dependem da ade-
quada interpretação de seus componentes. De acordo com o gênero textual, o leitor tem
uma apreensão geral do assunto do texto.
Em relação aos textos narrativos, o leitor necessita identificar os elementos que
compõem o texto – narrador, ponto de vista, personagens, enredo, tempo, espaço – e quais
são as relações entre eles na construção da narrativa.
A compreensão e a atribuição de sentidos relativos a um texto dependem da ade-
quada interpretação de seus componentes, ou da coerência pela qual o texto é marcado. De
acordo com o gênero textual, o leitor tem uma apreensão geral do tema, do assunto do texto
e da sua tese. Essa apreensão leva a uma percepção da hierarquia entre as ideias: qual é a
ideia principal? Quais são as ideias secundárias? Quais são os argumentos que reforçam
uma tese? Quais são os exemplos confirmatórios? Qual a conclusão? Em relação aos textos
narrativos, pode ser requerido do aluno que ele identifique os elementos componentes –
narrador, ponto de vista, personagens, enredo, tempo, espaço – e quais são as relações
entre eles na construção da narrativa.

D2 – Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou subs-


tituições que contribuem para a continuidade de um texto

As habilidades que podem ser avaliadas por este descritor relacionam-se ao reco-
nhecimento da função dos elementos que dão coesão ao texto. Dessa forma, eles poderão
identificar quais palavras estão sendo substituídas e/ou repetidas para facilitar a continuida-
de do texto e a compreensão do sentido. Trata-se, portanto, do reconhecimento, por parte
do aluno, das relações estabelecidas entre as partes do texto.

53
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Mona Lisa de Da Vinci sem motivos para sorrir

Obra-prima de Leonardo da Vinci e uma das mais admiradas telas jamais pintadas,
devido, em parte, ao sorriso enigmático da moça retratada, a “Mona Lisa” está se deterio-
rando. O grito de alarme foi dado pelo Museu do Louvre, em Paris, que anunciou que o qua-
dro passará por uma detalhada avaliação técnica com o objetivo de determinar o porquê do
estrago.
O fino suporte de madeira sobre o qual o retrato foi pintado sofreu uma deformação
desde que especialistas em conservação examinaram a pintura pela última vez, diz o Museu
do Louvre numa declaração por escrito. O museu não diz quando essa última avaliação
ocorreu.
O estudo será feito pelo Centro de Pesquisa e Restauração dos Museus da França e
vai determinar os materiais usados na tela e avaliar sua vulnerabilidade a mudanças climáti-
cas O Museu do Louvre recebe cerca de seis milhões de visitantes por ano, e todos, prati-
camente, veem a “Mona Lisa”, uma tela de 77 centímetros de altura por 55 de largura, pro-
tegida por uma caixa de vidro, com temperatura controlada. A tela será mantida no mesmo
local, exposta ao público, enquanto for realizado o estudo.

80. A Mona Lisa, obra de arte que é assunto da notícia, é mencionada no texto como:

a) obra-prima, uma das mais admiradas telas, sorriso enigmático.


b) uma das mais admiradas telas, quadro, fino suporte de madeira.
c) o quadro, a pintura, tela.
d) moça retratada, quadro, fino suporte de madeira.

Leia o texto abaixo

“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente,


com absoluta prioridade, o direito à saúde, à alimentação, à cultura, à dignidade, ao respei-
to, liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda for-
ma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e opressão”.
Artigo 227, Constituição da República Federativa do Brasil.

81. O pronome “los” se refere a:

a) respeito e dignidade.
b) convivência e respeito.
c) alimentação e respeito.
d) criança e adolescente.

54
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Leia o trecho da letra de música abaixo:

“Ainda que eu falasse a língua dos homens.


E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
só o amor, é só o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.”
Fonte: http://vagalume.uol.com.br/legiao-urbana/monte-castelo.html - Acesso em: 21/05/2008.

82. A expressão “se envaidece”, destacada no fragmento acima, refere-se:

a) Aos homens.
b) Aos anjos.
c) Ao amor.
d) Ao mal.

A decadência do Ocidente

O doutor ganhou uma galinha viva e chegou em casa com ela, para alegria de toda a
família. O filho mais moço, inclusive, nunca tinha visto uma galinha viva de perto. Já tinha
até um nome para ela – Margarete – e planos para adotá-la, quando ouviu do pai que a gali-
nha seria, obviamente, comida.
– Comida?!
– Sim, senhor.
– Mas se come ela?
– Ué. Você está cansado de comer galinha.
– Mas a galinha que a gente come é igual a esta aqui?
– Claro.
Na verdade, o guri gostava muito de peito, de coxa e de asas, mas nunca tinha liga-
do às partes do animal. Ainda mais aquele animal vivo ali no meio do apartamento.
O doutor disse que queria comer uma galinha ao molho pardo. A empregada sabia
como se preparava uma galinha ao molho pardo? A mulher foi consultar a empregada. Dali
a pouco o doutor ouviu um grito de horror vindo da cozinha. Depois veio a mulher dizer que
ele esquecesse a galinha ao molho pardo.
– A empregada não sabe fazer?
– Não só não sabe fazer, como quase desmaiou quando eu disse que precisava cor-
tar o pescoço da galinha. Nunca cortou um pescoço de galinha.
Era o cúmulo! Então a mulher que cortasse o pescoço da galinha.
– Eu?! Não mesmo!
O doutor lembrou-se de uma velha empregada de sua mãe. A Dona Noca.
– A Dona Noca já morreu – disse a mulher.
– O quê?!
– Há dez anos.
– Não é possível! A última galinha ao molho pardo que eu comi foi feita por ela.
– Então faz mais de 10 anos que você não come galinha ao molho pardo.
Alguém no edifício se disporia a degolar a galinha. Fizeram uma rápida enquete en-
tre os vizinhos. Ninguém se animava a cortar o pescoço da galinha. Nem o Rogerinho do
701, que fazia coisas inomináveis com gatos.

55
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
– Somos uma civilização de frouxos! – sentenciou o doutor. Foi para o poço do edifí-
cio e repetiu:
– Frouxos! Perdemos o contato com o barro da vida!
E a Margarete só olhando.
VERÍSSIMO, Luis Fernando. A decadência do Ocidente. In: A mesa voadora. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p.98.

83. A repetição da expressão “galinha ao molho pardo” revela a

a) vontade do médico de comer aquele tipo de receita de galinha.


b) curiosidade do menino que nunca tinha visto uma galinha viva.
c) impaciência da esposa por não conseguir resolver o problema.
d) ignorância da empregada que não sabia fazer a receita.

Leia o texto abaixo e responda.

Dia do professor de anacolutos

Levantei-me, corri a pegar o giz, aqui está, professor. Ele me olhou agradecido, o ros-
to cansado. Já naquela época, o rosto cansado. Dava aulas em três escolas e ainda levava
para casa uma maçaroca de provas para corrigir.
O aluno preparava-se para sentar, ele, o olhar fino:
– Aproveitando que o moço está de pé, me diga: sabe o que é um anacoluto?
O que dá a gente querer ser legal.
Vai-se apanhar o giz do chão, e o professor vem e pergunta o que é anacoluto. Por
que não pergunta àquela turma que ficou rindo do bolso traseiro rasgado das calças dele?
– Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto.
– Pode se sentar. Vou explicar o que é anacoluto. Muito obrigado por ter apanhado o
giz do chão. Estou ficando enferrujado.
Agora era ele, no bar, tomando café.
– Lembra de mim, professor?
Também estou de cabelos brancos. Menos que ele, claro.
Com o indicador da mão esquerda acerta o gancho dos óculos no alto do nariz fino e
cheio de pintas pretas e veiazinhas azuladas, me encara, deve estar folheando o livro de
chamada, verificando um a um o rosto da cambada da segunda fila da classe.
– Fui seu aluno, professor!
DIAFÉRIA, Lourenço. O imitador de gato. 2ª ed. São Paulo: Ática, 2003. Fragmento.

84. A expressão destacada em “Estou ficando enferrujado” tem o mesmo sentido de

a) estar preguiçoso.
b) ser descuidado.
c) ser esquecido.
d) ter limitações.

85. No trecho “Anacoluto... Anacoluto é... Anacoluto.” (.15), a repetição da palavra “Anacolu-
to” sugere

a) brincadeira.
b) receio.
c) desconhecimento.
d) desrespeito.

56
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Leia o texto abaixo.

Pássaro contra a vidraça

Engraçado, de repente eu comecei a ver a tia Zilah com outros olhos. Ela não era só
do bem, a tia viúva e sozinha que tinha ficado cuidando de mim. Ela era legal, uma super-
mais-velha!
Nossa, eu deixei ela quase louca! Em vez dos coroas, foi ela quem me contou toda a
sua viagem pela Europa... Eu fazia uma ideia tão errada, diferente: ela contando, ficou tudo
tão legal, um barato mesmo.
Só pra dar uma ideia, fiquei vidrado no museu de cera da Madame Tussaud, que era
uma francesa que viveu na época da Revolução. Ela aprendeu a fazer imagens de cera, e
se inspirava em personagens célebres que eram levados para a guilhotina em praça pública.
Depois ela mudou para a Inglaterra, e ficou famosa por lá. E hoje existe em Londres
um museu de cera com o seu nome, que tem imagens de personagens famosos do mundo
inteiro em tamanho natural. Foi tão gozado quando a tia Zilah também contou que, quando
ela ia saindo do museu, perguntou pra uma mulher fardada onde era a saída. E todo mundo
caiu na gargalhada, porque tinha perguntado pra uma figura de cera que era sensacional de
tão perfeita, parecia mesmo uma policial.
NICOLELIS, Laporta. Pássaro contra a vidraça. São Paulo: Moderna, 1992.

86. No trecho “E hoje existe em Londres um museu de cera com o seu nome,...”, a
expressão destacada refere-se ao termo

a) tia Zilah.
b) Madame Tussaud.
c) mulher fardada.
d) policial.

57
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D7 – Identificar a tese de um texto

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer o ponto
de vista ou a ideia central defendida pelo autor.
A tese é uma proposição teórica de intenção persuasiva, apoiada em argumentos
contundentes sobre o assunto abordado.

Leia o texto abaixo:

A partir da metade do século XX, ocorreu um conjunto de transformações econômicas


e sociais cuja dimensão é difícil de ser mensurada: a chamada explosão da informação.
Embora essa expressão tenha surgido no contexto da informação científica e tecnológica,
seu significado, hoje, em um contexto mais geral, atinge proporções gigantescas.
Por estabelecerem novas formas de pensamento e mesmo de lógica, a informática e a
Internet vêm gerando impactos sociais e culturais importantes. A disseminação do micro-
computador e a expansão da Internet vêm acelerando o processo de globalização tanto no
sentido do mercado quanto no sentido das trocas simbólicas possíveis entre sociedades e
culturas diferentes, o que tem provocado e acelerado o fenômeno de hibridização ampla-
mente caracterizado como próprio da pós-modernidade.
FERNANDES, M. F.; PARÁ, T. A contribuição das novas tecnologias da informação na geração de conhecimento. Disponível em: http://
www.coep.ufrj.br. Acesso em: 11 ago. 2009 (adaptado).

87. No texto, o autor defende a tese de que:

a) A internet acelera o processo de globalização.


b) O fenômeno de hibridização é característico da pós-modernidade.
c) A explosão da informação atinge proporções gigantescas.
d) A informática estabelece novas formas de pensamento e lógica

88. O trecho em que apresenta a tese do autor em relação ao texto é:

a) A chamada explosão de informações.


b) Seu significado, hoje, em um contexto mais geral, atinge proporções gigantescas.
c) O que tem provocado e acelerado o fenômeno de hibridação amplamente carac-
terizado como próprio da pós-modernidade.
d) Ocorreu um conjunto de transformações econômicas e sociais.

Leia o texto abaixo.

A sociedade atual testemunha a influência determinante das tecnologias digitais na


vida do homem moderno, sobretudo daquelas relacionadas com o computador e a internet.
Entretanto, parcelas significativas da população não têm acesso a tais tecnologias. Essa
limitação tem pelo menos dois motivos: a impossibilidade financeira de custear os apare-
lhos e os provedores de acesso, e a impossibilidade de saber utilizar o equipamento e usu-
fruir das novas tecnologias. A essa problemática, dá-se o nome de exclusão digital.

89. Percebe-se que o texto defende a tese de que:

a) as tecnologias digitais são atualmente importantíssimas na vida do homem.

58
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
b) a internet e o computador não estão disponíveis a todos os segmentos da população.
c) há a existência de uma problemática de, pelo menos, duas causas: a exclusão digital.
d) a inexistência de recursos afastam da internet expressivos segmentos da população.

Automóvel: sociedade anônima

Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem co-
nhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro passa
a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às aves-
sas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para distribuir seu dinheiro.
Já na compra do carro, você contribui para uma infinidade de setores produtivos, que pode-
mos encolher, ao máximo, nos seguintes itens: a indústria automobilística propriamente dita;
os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de
artefatos de borracha; as fábricas de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos
e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de
seus derivados; as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas.
Seu automóvel é de fato uma sociedade anônima, da qual todos lucram, menos vo-
cê. Ao comprar um carro, você entrou na órbita de toda essa gente; até ontem, você estava
fora do alcance delas. Como proprietário de automóvel, você ainda terá relações com outras
pessoas: com os colegas motoristas, que preferem bater no seu para-lama a dar uma mar-
cha à ré de meio metro; com os pedestres e ciclistas imprudentes; com as crianças diabóli-
cas que riscam sua pintura, sobretudo quando o carro está novinho em folha; com os sujei-
tos que só dirigem de farol alto; com os barbeiros de qualidades diversas; com a juventude
desviada; com parentes e amigos, que o consideram um sujeito excelente ou ordinário, con-
forme sua subserviência à necessidade deles; com ladrões etc.
Poderia escrever páginas sobre o automóvel que você comprou ou vai comprar, mas
fico por aqui: tenho de tomar um táxi e ir à oficina ouvir do mecânico que o meu carro não
está pronto. De qualquer forma, não desanime com minha crônica: vale a pena ter carro,
pois, ser pedestre, embora mais tranquilo e mais barato, é ainda mais chato. A não ser que
você tenha chegado, com Pascal, à suprema descoberta: a de que todos os males do ho-
mem se devem ao fato de ele não ficar quietinho no quarto.
Paulo Mendes Campos. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99-102 (com adaptações).

90. A tese principal da crônica é a de que

a) possuir um automóvel é uma experiência coletiva.


b) a posse do automóvel evita a chatice do pedestre.
c) é necessário parar de escrever para ir ao mecânico.
d) ter um automóvel implica ser julgado pelos parentes.

“O Brasil não terá índios no final do século XXI (...) E por que isso? Pela razão muito
simples que consiste no fato de o índio brasileiro não ser distinto das demais comunidades
primitivas que existiram no mundo. A história não é outra coisa senão um processo civiliza-
tório, que conduz o homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolí-
tico ao neolítico e do neolítico a um estágio civilizatório.”
Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 1994.

59
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
91. A tese do texto é a de que

a) o índio brasileiro não difere dos outros povos primitivos.


b) a história é um processo que leva os povos à civilização.
c) até o fim do século XXI não haverá mais índios no Brasil.
d) chega-se à civilização por conta própria ou por difusão.

60
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D8 – Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para
sustentá-la

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno em estabelecer a re-
lação entre o ponto de vista do autor sobre um determinado assunto e os argumentos que
sustentam esse posicionamento.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitado ao aluno que
identifique um argumento entre os diversos que sustentam a proposição apresentada pelo
autor. Pode-se, também, solicitar o contrário, que o aluno identifique a tese com base em
um argumento oferecido pelo texto.

Leia o texto abaixo


Por que é difícil perceber o flerte

A dificuldade em perceber um flerte persiste mesmo entre quem está de fora só ob-
servando. O autor pediu a mais de 250 pessoas para que assistissem a seis vídeos de um
minuto com as interações dos pares do primeiro estudo, mostrando apenas uma pessoa de
cada vez. Os observadores não foram mais eficientes em perceber o que estava acontecen-
do do que aqueles que haviam participado da interação. Quando a paquera não havia acon-
tecido, eles foram precisos em 66% dos casos. Quando rolava um clima, só 38% o identifi-
caram.
A menor taxa de precisão foi encontrada em mulheres ao observar os homens: elas
identificaram corretamente o flerte em apenas 22% das vezes. E ambos os sexos tiveram
mais facilidade em detectar quando a paquera vinha da parte feminina. Segundo o autor do
estudo, isso não se deve a qualquer tipo de “intuição” que os homens tenham melhor que as
mulheres, mas sim ao fato de que elas talvez sejam um pouco mais claras se estão interes-
sadas ou não.
O fato é que “o flerte é um comportamento difícil de perceber”, diz Jeffrey. “Se você
acha que alguém não está interessado em você, provavelmente está certo. Mas, se alguém
estiver, é bem provável que você nem tenha percebido”. Para ele, um dos motivos dessa
dificuldade é o fato de as pessoas não costumarem mostrar seu interesse de formas óbvias
porque não querem se sentir envergonhadas. Mas não é só isso: “A maioria das pessoas,
na maioria dos dias, não dá em cima de todo mundo que encontra, embora alguns façam
isso. Então você simplesmente não assume que todos estão te querendo”, diz ele, numa
tradução livre da autora deste blog.

92. O segmento que corresponde a uma tese do texto é

a) “(...) um dos motivos dessa dificuldade é o fato de as pessoas não costumarem


mostrar seu interesse de formas óbvias porque não querem se sentir envergo-
nhadas.”
b) “(...) A maioria das pessoas, na maioria dos dias, não dá em cima de todo mundo
que encontra, embora alguns façam isso. Então você simplesmente não assume
que todos estão te querendo.”
c) “A menor taxa de precisão foi encontrada em mulheres ao observar os homens:
elas identificaram corretamente o flerte em apenas 22% das vezes.”
d) “O fato é que “o flerte é um comportamento difícil de perceber” (...)”.

61
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Leia o texto abaixo

[...] O celular destruiu um dos grandes prazeres do século passado: prosear ao tele-
fone.
Hoje, por culpa deles somos obrigados a atender chamadas o dia todo. Viramos uma
espécie de telefonistas de nós mesmos: desviamos chamadas, pegamos e anotamos reca-
dos... Depois de um dia inteiro bombardeado por ligações curtas, urgentes e na maioria das
vezes irrelevantes, quem vai sentir prazer numa simples conversa telefônica? O telefone,
que era um momento de relax na vida da gente, virou um objeto de trabalho.
O equivalente urbano da velha enxada do trabalhador rural. Carregamos o celular ao
longo do dia como uma bola de ferro fixada no corpo, uma prova material do trabalho escra-
vo.
O celular banalizou o ritual de conversa à distância. No mundo pré-celular, havia na
sala uma poltrona e uma mesinha exclusivas para a arte de telefonar. Hoje, tomamos como
num transe, andamos pelas ruas, restaurantes, escritórios e até banheiros públicos berrando
sem escrúpulos num pedaço de plástico colorido.
Misteriosamente, uma pessoa ao celular ignora a presença das outras. Conta segre-
dos de alcova dentro do elevador lotado. É uma insanidade. Ainda não denunciada pelos
jornalistas, nem, estudada com o devido cuidado pelos médicos. Aliás, duas das classes
mais afetadas pelo fenômeno.
A situação é delicada. [...]
O Estado de S. Paulo, 29/11/2004.

93. Qual é o argumento que sustenta a tese defendida pelo autor desse texto?

a) O homem tornou-se escravo do celular.


b) A sociedade destruiu velhos costumes.
c) A vida moderna priorizou o telefone.
d) O celular elitizou todos os profissionais.

Cultura e sociedade

A importância da água tem sido notória ao longo da história da humanidade, possibili-


tando desde a fixação do homem à terra, às margens de rios e lagos, até o desenvolvimento
de grandes civilizações, através do aproveitamento do grande potencial deste bem da natu-
reza. A sociedade moderna, no entanto, tem se destacado pelo uso irracional dos recursos
hídricos, o desperdício desbaratado de água potável, a poluição dos reservatórios naturais e
a radical intervenção nos ecossistemas aquáticos, de forma a arriscar não só o equilíbrio
biológico do planeta, mas a própria natureza humana.
(CEREJA, William Roberto e MAGALHAES, Thereza Cochar. Português: Linguagens, 8ª série. 2. ed. São Paulo: Atual, 2002.)

94. Um argumento que sustenta a tese de que “a sociedade moderna tem utilizado de forma
irracional seus recursos hídricos” é que

a) a água acompanha a história através dos séculos.


b) a água possibilitou o surgimento de grandes civilizações.
c) a importância da água é reconhecida ao longo da história.
d) o equilíbrio biológico do planeta está em grande risco.

62
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Leia o texto, abaixo e responda.

Preferência alimentar das crianças é altamente influenciada pelos desenhos


nas embalagens dos produtos

Um estudo feito pela Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, descobriu


que as crianças são altamente influenciáveis pelos desenhos contidos nas embalagens de
produtos alimentícios e tendem sempre a preferir aqueles que contenham representações
de seus personagens preferidos, não importando qual seja o sabor do alimento. Embala-
gens com desenhos famosos, como Shrek ou os pinguins do filme Happy Feet, fazem as
crianças terem hábitos errados de alimentação.
“Personagens comerciais fazem com que seja mais fácil para as crianças lembrarem
e identificarem os produtos. São uma identidade visual”, afirma Sarah Vaala, uma das auto-
ras da pesquisa. O problema, diz ela, é que a indústria de alimentos usa isso de forma erra-
da, colocando nas embalagens dos produtos menos saudáveis e nutritivos os desenhos
mais populares entre as crianças.
“As crianças transferem sua preferência pelo personagem para o produto e querem
comprá-lo mais (que outro que até tenha um gosto melhor)”, disse Vaala. “O que quería-mos
saber era se essa preferência se refletia também no sabor do produto; se colocando esses
personagens as empresas estavam, na verdade, influenciando subconscientemente o jul-
gamento das crianças”.
Para comprovar a tese, os pesquisadores convidaram 80 crianças entre quatro e seis
anos para fazer um teste de sabor cego. Colocaram, em quatro embalagens, o mesmo ce-
real– um tipo saudável e que não costuma ser vendido em supermercados –, sendo que em
duas dessas embalagens lia-se “flocos saudáveis” e, nas outras duas, “flocos doces”. Tam-
bém em uma embalagem de cada suposto tipo de flocos foram desenhados personagens do
filme Happy Feet.
O resultado mostrou que as crianças tendiam a preferir o conteúdo das embalagens
com os desenhos e, dentre essas duas, aquela que continha o aviso “flocos saudáveis”.
Segundo os pesquisadores, esse fato talvez seja explicado pelo fato de que, desde muito
pequena, a criança é ensinada que comer produtos com mais açúcar faz mal. [...]
Disponível em: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0, ,EMI216938-15257,00-PREFERENCIA+ALIMENTAR+DASCRIANCAS+E+ AL-
TAMENTE+INFLUENCIADA+PELOS+DESENHOS + .htm Acesso em: 10 mar. 2011.

95. Qual é a frase que sintetiza o conteúdo desse texto?

a) A aparência dos alimentos é superior ao seu sabor para as crianças.


b) A alimentação infantil é ruim devido à má fé das indústrias de alimentos.
c) Os personagens comerciais são capazes de vender qualquer produto.
d) Os alimentos com rótulos de informação saudável são mais consumidos.

Leia o texto a seguir e responda.


A língua está viva

Na gramática, como muitos sabem e outros nem tanto, existe a exceção da exceção.
Isso não quer dizer que vale tudo na hora de falar ou escrever. Há normas sobre as quais
não podemos passar, mas existem também as preferências de determinado autor – regras
que não são regras, apenas opções. De vez em quando aparece alguém querendo fazer
dessas escolhas uma regra. Geralmente são os que não estão bem inteirados da língua e

63
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
buscam soluções rápidas nos guias práticos de redação. Nada contra. O problema é julgar
inquestionáveis as informações que esses manuais contêm, esquecendo-se de que eles
estão, na maioria dos casos, sendo práticos – deixando para as gramáticas a explicação dos
fundamentos da língua portuguesa. (...)Com informação, vocabulário e o auxílio da gramática,
você tem plenas condições de escrever um bom texto. Mas, antes de se aventurar, considere
quem vai ler o que você escreveu. A galera da faculdade, o pessoal da empresa ou a turma da
balada? As linguagens são diferentes.
Afinal, a língua está viva, renovando-se sem parar, circulando em todos os lugares,
em todos os momentos do seu dia. Estar antenado, ir no embalo, baixar um arquivo, clicar
no ícone – mais que expressões – são maneiras de se inserir num grupo, de socializar-se.
(Você S/A, jun. 2003.)

96. A tese da dinamicidade da língua comprova-se pelo fato de que:


a) as regras gramaticais podem transformar-se em exceção.
b) a gramática permite que as regras se tornem opções.
c) a língua se manifesta em variados contextos e situações.
d) os manuais de redação são práticos para criar ideias.

64
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D9 – Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto

Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade de o aluno reconhecer a estru-
tura e a organização do texto e localizar a informação principal e as informações secundá-
rias que o compõem.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual pode ser solicitado ao aluno
que ele identifique a parte principal ou outras partes secundárias na qual o texto se organi-
za.

Quarteto Maogani interpreta Ernesto Nazareth

Um dos grupos instrumentais mais conceituados no cenário musical da atualidade, o


Quarteto Maogani está lançando seu quinto disco, “Pairando”, um tributo à obra do composi-
tor Ernesto Nazareth (Biscoito Fino).
O novo álbum traz à tona composições pouco conhecidas nos dias de hoje: “A músi-
ca do Nazareth sempre foi uma das nossas grandes paixões. É incrível a capacidade que
ele tinha de conjugar uma escrita extremamente sofisticada a uma verve arrebatadora”, co-
menta Paulo Aragão, um as do violão de 8 cordas. “Este encontro, que tanto confunde rótu-
los é, para nós, um verdadeiro leme e exprime tudo aquilo o que buscamos: uma sonoridade
ao mesmo tempo camerística e balançada, clássica e popular, moderna sem perder de vista
a tradição”, completa Aragão.
Para chegar aos 12 temas gravados, o quarteto mergulhou em verdadeiras obras-
primas pouco gravadas e tocadas ao longo dos anos, já quase esquecidas. “Ajudar a trazer
à tona este patrimônio da música brasileira foi uma das nossas motivações ao encarar o
desafio de gravar, pela primeira vez em nossa trajetória, um disco totalmente dedicado à
obra de um único compositor”, pontua Paulo Aragão, que integra o Maogani ao lado de Car-
los Chaves (violão requinto); Sergio Valdeos (violão de sete cordas) e Marcos Alves (violão
de seis cordas).
Sobre navegar na fronteira entre o clássico e o erudito, Ernesto Nazareth, tal como o
próprio Maogani, é um símbolo dessa aproximação, segundo Aragão: “Sua música alia uma
escrita pianística impecável, uma realização instrumental extremamente criativa à complexi-
dade rítmica da música popular.
Nós fazemos uma música que poderia ser definida como "popular de câmera", uma
música de câmara feita com vários elementos muito caros à tradição popular, especialmente
no que diz respeito ao ritmo”, finaliza Paulo.

97. A ideia principal do texto é a de que

a) Quando o Maogani grava Nazareth, reforça-se a aproximação que ambos têm


tanto com o popular quanto com o erudito.
b) A música do Maogani é elaborada com diversos elementos muito caros à tradi-
ção popular, especialmente os rítmicos.
c) O quarteto de violonistas é formado por instrumentistas de formação erudita que
transitam pela música popular.
d) Os músicos do Quarteto Maogani pesquisaram obras-primas esquecidas para
selecionar as doze composições do CD.

65
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Leia o texto a seguir e responda.

Nossa tradição cultural, por diversas razões, criou um ideal de cidadania política sem
vínculos com a efetiva vida social dos brasileiros. Na teoria, aprendemos que devemos ser
cidadãos; na prática, que não é possível, nem desejável, comportarmo-nos como cidadãos.
A face política do modelo de identidade nacional é permanentemente corroída pelo desres-
peito aos nossos ideais de conduta.
Idealmente, ser brasileiro significa herdar a tradição democrática na qual somos to-
dos iguais perante a lei e onde o direito à vida, à liberdade e à busca da felicidade é uma
propriedade inalienável de cada um de nós; na realidade, ser brasileiro significa viver em um
sistema socioeconômico injusto, onde a lei só existe para os pobres e para os inimigos e
onde os direitos individuais são monopólio dos poucos que têm muito.
Preso nesse impasse, o brasileiro vem sendo coagido a reagir de duas maneiras. Na
primeira, com apatia e desesperança. É o caso dos que continuam acreditando nos valores
ideais da cultura e não querem converter-se ao cinismo das classes dominantes e de seus
seguidores. Essas pessoas experimentam uma notável diminuição da autoestima na identi-
dade de cidadão, pois não aceitam conviver com o baixo padrão de moralidade vigente, mas
tampouco sabem como agir honradamente sem se tornarem vítimas de abusos e humilha-
ções de toda ordem. Deixam-se assim contagiar pela inércia ou sonham em renunciar à
identidade nacional, abandonando o país. Na segunda maneira, a mais nociva, o indivíduo
adere à ética da sobrevivência ou à lei do vale-tudo: pensa escapar à delinquência, tornan-
do-se delinquente.
Jurandir Freire Costa. http://super.abril.com.br. Adaptado.

98. A ideia principal do texto é a de que

a) existe uma contradição entre o discurso favorável à cidadania e uma prática distanciada
do comportamento cidadão.
b) ser brasileiro é ser herdeiro de uma tradição de igualdade perante a lei, de direito á liber-
dade e de busca da felicidade.
c) o indivíduo adere ao vale-tudo, tornando-se um delinquente, com o objetivo de escapar à
delinquência.
d) há pessoas que se contaminam pela inércia ou sonham em renunciar à identidade nacio-
nal, deixando o país.

Competição no ensino a distância tende a crescer

Além de possíveis alterações nas regras do Fies, deve ficar para o próximo governo
a tarefa de revisar algumas normas do ensino a distância (EAD). Espera-se a flexibilização
de regras que hoje atrasam a abertura de novos polos.
As novas normas poderiam acelerar a aprovação pelo ministério de novos polos de
ensino a distância, que são espaços de apoio presencial frequentados pelos alunos para
parte das aulas ou para realização de provas. Com bibliotecas virtuais, por exemplo, cairia a
necessidade de fiscais do Ministério da Educação visitarem cada polo para verificar o acervo
das instituições antes da inauguração das unidades.
Por trás desse debate, está a constatação de que o ensino a distância é um mercado
bastante menos pulverizado que a graduação presencial. Durante o julgamento da fusão de

66
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Kroton e Anhanguera no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) este foi um
dos principais temas abordados pela relatora do caso, a conselheira Ana Frazão.
"Esperamos que novas empresas continuem entrando nesse mercado a um ritmo
gradativo, como tem sido o caso", comentaram em relatório os analistas do Santander Bruno
Giardino e Daniel Gewehr. Eles calculam que desde 2012, 26 novas companhias consegui-
ram o credenciamento, com 162 novos polos em operação, uma média de 6,2 polos por ins-
tituição de ensino superior (IES).

99. A ideia principal do texto é a de que


a) empresas atuantes na educação a distância solicitaram expansão, mas não fo-
ram contempladas ainda.
b) o mercado para empresa que trabalham com educação a distância apresenta
possibilidades de crescimento.
c) existem condições favoráveis para que ocorra a criação de polos de educação a
distância no Brasil.
d) o ensino a distância é um mercado bastante mais concentrado do que o da gra-
duação presencial.

Benefícios da educação de prática musical

A educação musical é pouco valorizada e difundida no Brasil, mas é de fundamental


importância no desenvolvimento do indivíduo. Os gregos sabiam muito bem e valorizavam
este conhecimento como princípio formador do ethos de uma sociedade. Ethos significa va-
lores, ética, hábitos e harmonia. São os traços característicos de um povo, seus costumes
social e cultural. Logo, a música faz parte da formação da identidade de um povo.
A neurociência usa o termo “funções musicais” para designar “um conjunto de ativi-
dades cognitivas e motoras envolvidas no processamento da música.” (BALLONE, 2010). O
estudo da música favorece conexões entre neurônios relacionados aos processos de memo-
rização, atenção, raciocínio e matemática. Poderíamos ainda citar o cultivo da disciplina no
estudo, uma virtude que deveria ser desenvolvida por todos nós, indivíduos integrantes de
uma cultura social que não valoriza a contemplação, a paciência e a perseverança.
A música desenvolve o trabalho em equipe. Uma só pessoa não forma uma orques-
tra, banda ou um coro, mas cada um tocando e cantando em seu momento forma o conjunto
onde o espectro sonoro se completa.
A música expressa sentimentos que podem não ser bem expressos em palavras, mas
quando estes sentimentos são tocados ou entoados falam direto ao coração. A prática da
música ensina e dá coragem para que os alunos ultrapassem medos e assumam riscos. Por
muitas vezes em nossa vida lidamos com medos e ansiedades. Encará-los e superá-los
podem nos levar a ter uma vida mais saudável. Os benefícios são inúmeros tanto para a
sociedade quanto para cada indivíduo, seja crianças, jovens, adultos ou idosos. Este é o
convite: cantando ou tocando estude e pratique música!
BALLONE, GJ - A Música e o Cérebro - Disponível em: www.psiqweb.med.br, 2010.

67
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
100. A ideia principal do texto é a de que

a) é possível expressar musicalmente sentimentos que não cabem nas palavras


b) a execução de uma música envolve a realização de trabalho em equipe.
c) estudo da música produz benefícios para o sujeito e para a coletividade.
d) os gregos conheciam os benefícios da música e incentivavam o estudo dela.

Três motivos científicos para você começar a namorar

DEIXA SEU CORAÇÃO MAIS FORTE

Pessoas apaixonadas se mostram mais otimistas quando enfrentam cirurgias. E aí


aumentam as chances de sobreviver à operação. Foi o que aconteceu com 500 pacientes
que estavam prestes a passar por uma cirurgia cardíaca. Segundo pesquisa americana, o
índice de sobrevivência entre os casados era três vezes superior ao dos solteiros. É por es-
sas e outras que…

SOLTEIRÕES MORREM MAIS CEDO

Por um motivo óbvio: os apaixonados têm um suporte social maior, ou seja, alguém
com quem contar quando algo sai errado. De acordo com pesquisadores da Universidade
de Louisville, os homens solteiros têm um risco de morte 32% maior que os casados. E as
mulheres também sofrem: as solteiras correm um risco 23% maior de morrer. No fim das
contas, os solteirões vivem de 7 a 17 anos menos que os comprometidos.

AMOR DEIXA A COMIDA MAIS GOSTOSA

Ok, essa é gordice. Mas é legal. Kurt Gray, um psicólogo da Universidade de


Maryland, convidou 87 pessoas para um teste. Todos eles ganharam uma caixa com doces.
Enquanto metade das embalagens carregava uma mensagem carinhosa, do tipo “espero
que você goste”, a outra parte vinha com um bilhete grosseiro (“tô nem aí se você não gos-
tar”). E quem havia recebido a caixa fofa gostava mais da comida do que os outros. “O jeito
que captamos as intenções dos outros muda nossa percepção física do mundo”, explica
Gray. Vai ver é por isso, aliás, que os casais engordam depois de um tempo de namoro.

101. A ideia principal do texto é a de que

a) o namoro é uma experiência que traz consequências positivas.


b) o namoro desenvolve o paladar das pessoas que se apaixonam.
c) o namoro previne os apaixonados dos riscos que ameaçam os solteiros.
d) o namoro é uma prática que fortalece o coração dos apaixonados.

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Leia o texto a seguir e responda.

Japonesas perdem título de mais longevas do mundo

Depois de 26 anos no topo da lista das mulheres de maior expectativa de vida do


mundo, as japonesas perderam no ano passado a coroa, disse nesta quarta-feira o governo
do Japão, que culpou o terremoto e o tsunami de 2011 pela queda.
O Ministério do Trabalho e Saúde informou que o desastre, que deixou aproximada-
mente 20 mil mortos ou desaparecidos, foi o principal fator por trás da queda na média da
expectativa de vida, que caiu 0.4 anos, ficando em 85,9 anos. As japonesas ficaram atrás
das mulheres de Hong Kong, cuja média é de 86,7 anos.
Segundo o ministério, o aumento nos casos de suicídio no ano passado também
contribuiu para o declínio.
Para os homens, a média da expectativa de vida caiu 0,11 anos, ficando em 79,44
anos, empatados com os italianos em sétimo lugar. Os suíços estão no topo da lista, com
80,2 anos.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,japonesas-perdem-titulo-de-mais-longevas-do-mundo,905868,0.htm

102. A informação principal da notícia é a de quê:

a) a escassez de empregos levava os jovens a migrarem.


b) a média da expectativa de vida dos homens caiu 0,11 anos.
c) as japonesas não são mais as mulheres mais longevas do mundo.
d) o Japão apresenta uma sociedade populosa e com muitos idosos.

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D10 – Identificar o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a
narrativa

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno em reconhecer os fa-
tos que causam o conflito ou que motivam as ações dos personagens, originando o enredo
do texto.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitado ao aluno que
identifique os acontecimentos desencadeadores de fatos apresentados na narrativa, ou seja,
o conflito gerador, ou o personagem principal, ou o narrador da história, ou o desfecho da
narrativa.

Leia o texto abaixo

O MILAGRE

Naquela pequena cidade as romarias começaram quando correu o boato do milagre.


É sempre assim. Começa com um simples boato, mas logo o povo – sofredor, coitadinho e
pronto a acreditar em algo capaz de minorar sua perene chateação – passa a torcer para
que o boato se transforme numa realidade, para poder fazer do milagre a sua esperança.
Dizia-se que ali vivera um vigário muito piedoso, homem bom, tranquilo, amigo da
gente simples, que fora em vida um misto de sacerdote, conselheiro, médico, financiador
dos necessitados e até advogado dos pobres, nas suas eternas questões com os podero-
sos. Fora, enfim, um sacerdote na expressão do termo: fizera de sua vida um apostolado.
Um dia o vigário morreu. Ficou a saudade morando com a gente do lugar. E era em
sinal de reconhecimento que conservavam o quarto onde ele vivera, tal e qual o deixara. Era
um quartinho modesto, atrás da venda. Um catre (porque em histórias assim, a cama do
personagem chama-se catre), uma cadeira, um armário tosco, alguns livros. O quarto do
vigário ficou sendo uma espécie de monumento à sua memória, já que a Prefeitura local não
tinha verba para erguer sua estátua.
E foi quando um dia… ou melhor, uma noite, deu-se o milagre. No quarto dos fundos
da venda, no quarto que fora do padre, na mesma hora em que o padre costumava acender
uma vela para ler seu breviário, apareceu uma vela acesa.
– Milagre!!! – quiseram todos.
E milagre ficou sendo, porque uma senhora que tinha o filho doente, logo se ajoelhou
do lado de fora do quarto, junto à janela, e pediu pela criança. Ao chegar em casa, depois
do pedido – conta-se – a senhora encontrou o filho brincando, fagueiro.
– Milagre!!! – repetiram todos. E o grito de “Milagre!!!” reboou por sobre montes e rios, vales
e florestas, indo soar no ouvido de outras gentes, de outros povoados. E logo começaram as
romarias.
Vinha gente de longe pedir! Chegava povo de tudo quanto é canto e ficava ali
plantado, junto à janela, aguardando a luz da vela. Outros padres, coronéis, até deputados,
para oficializar o milagre. E quando eram mais ou menos seis da tarde, hora em que o bon-
doso sacerdote costumava acender sua vela… a vela se acendia e começavam as orações.
Ricos e pobres, doentes e saudáveis, homens e mulheres caíam de joelhos, pedindo.

Com o passar do tempo a coisa arrefeceu. Muitos foram os casos de doenças


curadas, de heranças conseguidas, de triunfos os mais diversos. Mas, como tudo passa,

70
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
depois de alguns anos passaram também as romarias. Foi diminuindo a fama do milagre e
ficou, apenas, mais folclore na lembrança do povo.
O lugarejo não mudou nada. Continua igualzinho como era, e ainda existe, atrás da
venda, o quarto que fora do padre. Passamos outro dia por lá. Entramos e pedimos ao por-
tuguês, seu dono, que vive há muitos anos atrás do balcão, a roubar no peso, que nos ser-
visse uma cerveja. O português, então, berrou para um pretinho, que arrumava latas de goi-
abada numa prateleira:
– Ó Milagre, sirva uma cerveja ao freguês!
Achamos o nome engraçado. Qual o padrinho que pusera o nome de Milagre
naquele afilhado? E o português explicou que não, que o nome do pretinho era Sebastião.
Milagre era apelido.
– E por quê? – perguntamos.
Porque era ele quem acendia a vela, no quarto do padre.
(STANISLAW PONTE PRETA. O melhor de Stanislaw Ponte Preta.3a. Edição, Rio de Janeiro, José Olympio, 1988)

103. O conflito que motiva o desenvolvimento da narrativa é

a) as romarias que começaram quando o boato passou a circular.


b) o fato de o garoto de acender a vela no quarto do padre.
c) o fato de o vigário morrer, deixando saudades nos moradores da cidade.
d) o fato de uma senhora ter orado pelo seu filho, que estava doente.

Leia o texto abaixo e responda.

O torcedor

No jogo de decisão do campeonato, Eváglio torceu pelo Atlético Mineiro, não porque
fosse atleticano ou mineiro, mas porque receava o carnaval nas ruas se o Flamengo ven-
cesse. Visitava um amigo em bairro distante, nenhum dos dois tem carro, e ele previa que a
volta seria problema.
O Flamengo triunfou, e Eváglio deixou de ser atleticano para detestar todos os
clubes de futebol, que perturbam a vida urbana com suas vitórias. Saindo em busca de táxi
inexistente, acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém, e havia duas
bandeiras rubro-negras para cada passageiro. E não eram bandeiras pequenas nem torce-
dores exaustos: estes pareciam terem guardado a capacidade de grito para depois da vitó-
ria.
Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por 44
pés. A bola era ele, embora ninguém reparasse naquela esfera humana que ansiava por
tornar a ser gente a caminho de casa.
Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror. Se
lessem em seu íntimo o segredo, estava perdido. Mas todos cantavam, sambavam com ale-
gria tão pura que ele próprio começou a sentir um pouco de Flamengo dentro de si. Era o
canto?
Eram braços e pernas falando além da boca? A emanação de entusiasmo o contagi-
ava e transformava. Marcou com a cabeça o acompanhamento da música. Abriu os lábios,
simulando cantar. Cantou. [...] Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo,
sempre Flamengo.

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
O pessoal desceu na Gávea, empurrando Eváglio para descer também e continuar a
festa, mas Eváglio mora em Ipanema, e já com o pé no estribo se lembrou. Loucura con-
tinuar Flamengo [...] Segurou firme na porta, gritou: “Eu volto, gente! Vou só trocar de roupa”
e, não se sabe como, chegou intacto ao lar, já sem compromisso clubista.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Disponível em: <http://flamengo-eternamente.blogspot.com/2007/04/o-torcedor-carlos-drummond-de-andrade.
html>. Acesso em: 13 jan. 2011. Fragmento.

104. O clímax desse texto encontra-se no trecho:

a) “... acabou se metendo num ônibus em que não cabia mais ninguém,...”.
b) “Eváglio sentiu-se dentro do Maracanã, até mesmo dentro da bola chutada por
44 pés.”.
c) “Lembrando-se de que torcera pelo vencido, teve medo, para não dizer terror.”
d) “Estava batizado, crismado e ungido: uma vez Flamengo, sempre Flamengo.”.

Leia o texto, abaixo e responda.

A lenda do preguiçoso
Giba Pedroza

Diz que era uma vez um homem que era o mais preguiçoso que já se viu debaixo do
céu e acima da terra. Ao nascer nem chorou, e se pudesse falar teria dito:
“Choro não. Depois eu choro”.
Também a culpa não era do pobre. Foi o pai que fez pouco caso quando a parteira
ralhou com ele: “Não cruze as pernas, moço. Não presta! Atrasa o menino pra nascer e ele
pode crescer na preguiça, manhoso”.
E a sina se cumpriu. Cresceu o menino na maior preguiça e fastio. Nada de roça,
nada de lida, tanto que um dia o moço se viu sozinho no pequeno sítio da família onde já
não se plantava nada. O mato foi crescendo em volta da casa e ele já não tinha o que co-
mer. Vai então que ele chama o vizinho, que era também seu compadre, e pede pra ser
enterrado ainda vivo. O outro, no começo, não queria atender ao estranho pedido, mas
quando se lembrou de que negar favor e desejo de compadre dá sete anos de azar...
E lá se foi o cortejo. Ia carregado por alguns poucos, nos braços de Josefina, sua re-
de de estimação. Quando passou diante da casa do fazendeiro mais rico da cidade, este
tirou o chapéu, em sinal de respeito, e perguntou:
Quem é que vai aí? Que Deus o tenha!”
“Deus não tem ainda, não, moço. Tá vivo.”
E quando o fazendeiro soube que era porque não tinha mais o que comer, ofereceu
dez sacas de arroz. O preguiçoso levantou a aba do chapéu e ainda da rede cochichou no
ouvido do homem:
“Moço, esse seu arroz tá escolhidinho, limpinho e fritinho?”
“Tá não.”
“Então toque o enterro, pessoal.”
Disponível em: <http://singrandohorizontes.wordpress.com /2010/08/18/folclore-popular-lenda-do-preguicoso/>. Acesso em: 08 set.
2010.

72
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
105. Ao introduzir esse texto com “Diz que era uma vez...”, o narrador

a) antecipa a ideia de um texto de conteúdo de base irreal.


b) isenta-se da responsabilidade sobre o que será narrado.
c) manifesta-se subjetivamente em relação aos fatos.
d) reproduz uma introdução tradicional dos contos de fada.

Leia o texto abaixo e responda.

Os Viajantes e a Bolsa de Moedas

Dois homens viajavam juntos ao longo de uma estrada, quando um deles encontrou
uma bolsa cheia de alguma coisa. E ele disse: “Veja que sorte a minha, encontrei uma bol-
sa, e a julgar pelo peso, deve estar cheia de moedas de ouro.”
E lhe diz o companheiro: “Não diga encontrei uma bolsa; mas, nós encontramos
uma bolsa, e quanta sorte temos. Amigos de viagem devem compartilhar as tristezas e ale-
grias da estrada.”
O “sortudo”, claro, se nega a dividir o achado. Então escutam gritos de: “Pega la-
drão!”, vindo de um grupo de homens armados com porretes, que se dirigem, estrada abai-
xo, na direção deles. O viajante “sortudo”, logo entra em pânico, e diz. “Estamos perdidos
se encontrarem essa bolsa conosco.”
Replica o outro: “Você não disse 'nós' antes. Assim, agora fique com o que é seu e
diga, 'Eu estou perdido'.”

Moral da História:

Não devemos exigir que alguém compartilhe conosco as desventuras, quando não lhes
compartilhamos também as nossas alegrias.
Esopo. Disponível em: <http://sitededicas.uol.com.br> Acesso em:02 fev. 2010.

106. O fato que deu origem a essa história foi

a) o amigo ter abandonado o outro companheiro.


b) o viajante ser perseguido por homens armados.
c) os amigos ficarem perdidos em uma estrada.
d) os viajantes encontrarem uma bolsa com moedas.

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D11 – Estabelecer relação causa/ consequência entre partes e elementos do texto

Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade do aluno em identificar o moti-
vo pelo qual os fatos são apresentados no texto, ou seja, o reconhecimento de como as re-
lações entre os elementos organizam-se de forma que um torna-se o resultado do outro.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual o aluno estabelece relações
entre as diversas partes que o compõem, averiguando as relações de causa e efeito, pro-
blema e solução, entre outros.

Leia o texto abaixo

Japonesas perdem título de mais longevas do mundo

Depois de 26 anos no topo da lista das mulheres de maior expectativa de vida do


mundo, as japonesas perderam no ano passado a coroa, disse nesta quarta-feira o governo
do Japão, que culpou o terremoto e o tsunami de 2011 pela queda.
O Ministério do Trabalho e Saúde informou que o desastre, que deixou aproximada-
mente 20 mil mortos ou desaparecidos, foi o principal fator por trás da queda na média da
expectativa de vida, que caiu 0.4 anos, ficando em 85,9 anos. As japonesas ficaram atrás
das mulheres de Hong Kong, cuja média é de 86,7 anos.
Segundo o ministério, o aumento nos casos de suicídio no ano passado também
contribuiu para o declínio.
Para os homens, a média da expectativa de vida caiu 0,11 anos, ficando em 79,44
anos, empatados com os italianos em sétimo lugar. Os suíços estão no topo da lista, com
80,2 anos.
Como resultado dos avanços na saúde e queda da taxa de natalidade, o Japão, dé-
cima nação mais populosa do mundo, é um das sociedades com mais idosos e um ritmo de
envelhecimento mais rápido.
A tendência ficou especialmente evidente no nordeste do país, região onde mesmo
antes do tsunami a escassez de empregos levava os jovens a migrarem. Boa parte das víti-
mas do desastre era de moradores idosos.
http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,japonesas-perdem-titulo-de-mais-longevas-do-mundo,905868,0.htm

107. O governo japonês indica como causas da queda da expectativa de vida das japone-
sas:
a) os 26 anos em que elas passaram no topo da lista das mais longevas.
b) o fato de o Japão ser um país que está envelhecendo rapidamente.
c) terremoto, o tsunami de 2011 e o aumento nos casos de suicídio.
d) os avanços na saúde e queda da taxa de natalidade no país.

O NAMORO NA ADOLESCÊNCIA

Um namoro, para acontecer de forma positiva, precisa de vários ingredientes: a co-


meçar pela família, que não seja muito rígida e atrasada nos seus valores, seja conversável
e, ao mesmo tempo, tenha limites muito claros de comportamento. O adolescente precisa
disto para se sentir seguro. O outro aspecto tem a ver com o próprio adolescente e suas
condições internas que determinarão suas necessidades e a própria escolha. São fatores
inconscientes, que fazem que a Mariazinha se encante com o jeito tímido do João e não dê

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
pelota para o herói da turma, o Mário. Aspectos situacionais, como a relação harmoniosa ou
não entre os pais do adolescente, também influenciarão no seu namoro. Um relacionamento
onde um dos parceiros vem de um lar em crise é, de saída, dose de leão para o outro, que
passa a ser utilizado como anteparo de todas as dores e frustrações. Geralmente, esta car-
ga é demais para o outro parceiro, que também enfrenta suas crises pelas próprias condi-
ções de adolescente. Entrar em contato com outra pessoa, senti-la, ouvi-la, depender dela
afetivamente e, ao mesmo tempo, não massacrá-la de exigências, e não ter medo de se
entregar, é tarefa difícil em qualquer idade. Mas é assim que começa este aprendizado de
relacionar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.

(Marta Suplicy)

Vocabulário:
anteparo – s.m. Objeto que serve para proteger, resguardar.

108. De acordo com o texto, a frase: “Mas é assim que começa este aprendizado de relaci-
onar-se afetivamente e que vai durar a vida toda.” refere-se à seguinte fase do aprendizado:

a) às fases do namoro: começo, meio e fim.


b) à forma positiva de como o namoro deve acontecer.
c) ao namoro que inicia na adolescência.
d) aos ingredientes necessários ao namoro.

O Xá do Blá-blá-blá

Era uma vez, no país de Alefbey, uma triste cidade, a mais triste das cidades, uma ci-
dade tão arrasadoramente triste que tinha esquecido até seu próprio nome. Ficava à mar-
gem de um mar sombrio, cheio de peixosos – peixes queixosos e pesarosos, tão horríveis
de se comer que faziam as pessoas arrotarem de pura melancolia, mesmo quando o céu
estava azul.
Ao norte dessa cidade triste havia poderosas fábricas nas quais a tristeza (assim me
disseram) era literalmente fabricada, e depois embalada e enviada para o mundo inteiro,
que parecia sempre querer mais. Das chaminés das fábricas de tristeza saía aos borbotões
uma fumaça negra, que pairava sobre a cidade como uma má notícia.
RUSHDIE, Salman. Haroun e o Mar de Histórias. São Paulo: Companhia das Letras, 2010.

109. O trecho do texto que indica uma consequência é

a) “que faziam as pessoas arrotarem de pura melancolia”.


b) “Ficava à margem de um mar sombrio, cheio de peixosos”.
c) “uma triste cidade, a mais triste das cidades”.
d) “Ao norte dessa cidade triste havia poderosas fábricas”.

Leia o texto abaixo.

Essas meninas

As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas escolares, às vezes com
seus namorados. As alegres meninas que estão sempre rindo, comentando o besouro que

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
entrou na classe e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem im-
portância.
O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia Riem alto, riem
musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem.
Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas
sem importância. Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina en-
contrado naquelas condições, em lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa mais
rir.
As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas
mulheres.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro:Record, 1998, p. 72.

110. Qual é a relação de causa e consequência destacada nesse conto?

a) O tempo gera o envelhecimento das meninas.


b) O uniforme gera a despersonalização das meninas.
c) O riso provoca a diferenciação das meninas.
d) O crime provoca o amadurecimento das meninas.

Leia o texto abaixo.

Você sabia que a Floresta Amazônica não é responsável por grande parte do oxi-
gênio que respiramos?

Bem provável que você tenha ouvido por aí: “A Amazônia é o pulmão do mundo.”
Bobagem! Embora as florestas tenham, sim, grande importância na produção do oxigênio,
como é o caso da Floresta Amazônica, o grande pulmão do mundo, para usar a mesma ex-
pressão, está nas águas – ou melhor, nos seres que habitam rios e mares.
Um bom exemplo são os locais de encontro entre rios e mares, os chamados estuá-
rios, ambientes muito ricos em vida. Ali encontram-se as macrófitas aquáticas, plantas que
se parecem com o capim terrestre; o fitoplâncton, que são algas microscópicas que vivem
próximas às superfícies da água; as plantas
herbáceas, que são rasteiras, maleáveis e se parecem com ervas. Pois bem!
Essas espécies são algumas das grandes produtoras do oxigênio que respiramos e
não as enormes árvores das florestas. [...]
Quanto menores são os organismos, mais rápido é o seu metabolismo, as reações
químicas que ocorrem dentro do corpo. No caso dessas espécies, essas reações estão dire-
tamente ligadas à fotossíntese, processo pelo qual, utilizando se da luz do Sol, os vegetais
produzem o seu próprio alimento e liberam oxigênio.
QUESADO, Letícia Barbosa. Ciência hoje das crianças, janeiro/ fevereiro de 2010. Fragmento.

111. De acordo com esse texto, plantas de rios e mares produzem mais oxigênio porque são

a) encontradas próximas às superfícies da água.


b) menores e seu metabolismo é mais rápido.
c) parecidas com o capim terrestre.
d) rasteiras e parecidas com ervas.

76
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D15 – Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas
por conjunções, advérbios etc.

As habilidades que podem ser avaliadas por este descritor, relacionam-se ao reco-
nhecimento das relações de coerência no texto em busca de uma concatenação perfeita
entre as partes do texto, as quais são marcadas pelas conjunções, advérbios, etc., formando
uma unidade de sentido.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é solicitado ao aluno, a per-
cepção de uma determinada relação lógico-discursiva, enfatizada, muitas vezes, pelas ex-
pressões de tempo, de lugar, de comparação, de oposição, de causalidade, de anteriorida-
de, de posteridade, entre outros e, quando necessário, a identificação dos elementos que
explicam essa relação.

Leia o texto abaixo.

Número de cirurgias plásticas em adolescentes preocupa

Entre 2008 e 2012 o número de cirurgias em adolescentes aumentou 141%, segundo da-
dos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP)

(...)
O psicólogo Marco Antônio de Tommaso, especialista em transtornos da imagem, vê
exagero em realizar cirurgias entre adolescentes. Para ele, há uma banalização desse tipo
de procedimento. “Hoje em dia existe até consórcio de cirurgia plástica.” De acordo com ele,
os adolescentes vivem as pressões do padrão de beleza pelo corpo magro e perfeito. E eles
têm uma visão distorcida de si mesmos e da sua imagem corporal.
“Eles vivem um sentimento de inferioridade e acham que resolverão seus problemas
fazendo a cirurgia plástica. Não estamos falando de um caso de orelha de abano ou de um
nariz quebrado num acidente. Estamos falando de cirurgias absolutamente estéticas”, avalia
Tommaso, que tem uma paciente que queria fazer uma lipoaspiração nos joelhos por achar
que havia excesso de gordura naquela região. “Ela não usa saia.”
Para o psicólogo, por conta do bombardeamento de estímulos de beleza tanto na in-
ternet quanto na televisão, a tendência é cada vez mais os jovens procurarem a cirurgia
plástica para atingirem esse padrão de beleza. “O risco é criar uma expectativa em relação à
plástica que pode não ser atingida.”
http://www.academiamalhacao.com.br/site/html/noticia-detalhe.php?noticia=566

112. O trecho “por conta do bombardeamento de estímulos de beleza tanto na internet


quanto na televisão” tem um valor:

a) causal
b) temporal
c) condicional
d) proporcional

77
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Leia o texto abaixo.

(...)
O “ficar” caracteriza-se pela ausência de compromisso, de limites e regras claramen-
te estabelecidos: o que pode ou não pode é definido no momento em que o relacionamento
acontece, de acordo com a vontade dos próprios “ficantes”. A duração do “ficar” varia: o
tempo de um único beijo, a noite toda, algumas semanas. Ligar no dia seguinte ou procurar
o outro não é dever de nenhum dos “ficantes”.
Mesmo desprovido de legitimação social, por não ter fronteiras bem demarcadas, os
resultados benéficos do “ficar” superam os aspectos negativos, já que “ficar” possibilita que
as pessoas avaliem maior número de parceiros do que se tivessem que namorá-los.

Fonte: Unesp

113. O segmento “Mesmo desprovido de legitimação social” indica

a) confirmação
b) igualdade
c) concessão
d) inclusão

COMPETIÇÃO

O mar é belo.
Muito mais belo é ver um barco no mar.

O pássaro é belo.
Muito mais belo é hoje o homem voar.

A lua é bela.
Muito mais bela é uma viagem lunar.

Belo é o abismo.
Muito mais belo é o arco da ponte no ar.

A onda é bela. Muito mais bela é uma mulher nadar.


[...]
Cassiano Ricardo

114. Identifica-se entre o primeiro verso de cada estrofe e os dois últimos uma relação se-
mântica de:

a) consecutividade
b) finalidade
c) proporcionalidade
d) adversidade

78
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Olhos de ressaca

Enfim, chegou a hora da encomendação e da partida. Sancha quis despedir-se do


marido, e o desespero daquele lance consternou a todos. Muitos homens choravam tam-
bém, as mulheres todas. Só Capitu, amparando a viúva, parecia vencer-se a si mesma.
Consolava a outra, queria arrancá-la dali. A confusão era geral. No meio dela, Capitu olhou
alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão apaixonadamente fixa, que não admira lhe sal-
tassem algumas lágrimas poucas e caladas.
As minhas cessaram logo. Fiquei a ver as dela; Capitu enxugou-as depressa, olhan-
do a furto para a gente que estava na sala. Redobrou de carícias para a amiga, e quis levá-
la; mas o cadáver parece que a retinha também. Momento houve em que os olhos de Capitu
fitaram o defunto, quais os da viúva, sem o pranto nem palavras desta, mas grandes e aber-
tos, como a vaga do mar lá fora, como se quisesse tragar também o nadador da manhã.
ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. Capítulo 123. São Paulo:Martin Claret, 2004.

115. No trecho: “No meio dela, Capitu olhou alguns instantes para o cadáver tão fixa, tão
apaixonadamente fixa, que não admira lhe saltassem algumas lágrimas poucas e caladas.”,
o vocábulo que destacado indica uma

a) consequência
b) causa
c) adversidade
d) condição

116. O trecho “... como se quisesse tragar também o nadador da manhã.” Sinaliza uma:

a) certeza
b) uma dúvida
c) uma sugestão
d) uma contradição

Leia o texto abaixo

“Vocês que têm mais de 15 anos, se lembram quando a gente comprava leite em
garrafa, na leiteria da esquina? (...)
Mas vocês não se lembram de nada, pô! Vai ver nem sabem o que é vaca. Nem o
que é leite. Estou falando isso porque agora mesmo peguei um pacote de leite – leite em
pacote, imagina, Tereza! – na porta dos fundos e estava escrito que é pasteurizado, ou pas-
teurizado, sei lá, tem vitamina, é garantido pela embromatologia, foi enriquecido e o escam-
bau.
Será que isso é mesmo leite? No dicionário diz que leite é outra coisa: 'Líquido bran-
co, contendo água, proteína, açúcar e sais minerais'. Um alimento pra ninguém botar defei-
to. O ser humano o usa há mais de 5.000 anos. É o único alimento só alimento. A carne
serve pro animal andar, a fruta serve pra fazer outra fruta, o ovo serve pra fazer outra gali-
nha (...) O leite é só leite. Ou toma ou bota fora.
Esse aqui examinando bem, é só pra botar fora. Tem chumbo, tem benzina, tem
mais água do que leite, tem serragem, sou capaz de jurar que nem vaca tem por trás desse
negócio.

79
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Depois o pessoal ainda acha estranho que os meninos não gostem de leite.
Mas, como não gostam? Não gostam como? Nunca tomaram! Múúúúúúú!”
FERNANDES, Millôr. O Estado de S. Paulo, 22 de agosto de 1999

117. No segmento “ovo serve pra fazer outra galinha”, há uma relação de

a) tempo
b) causa
c) alternância
d) finalidade

Leia o texto abaixo

O rolé do rolezinho
O "rolé" se transformou em "rolezinho" em evolução tão rápida quanto o giro incontrolável
das redes sociais

Enquanto se discute se os participantes dos rolezinhos são rebeldes com ou sem


causa, pode-se discutir o significado e a origem da palavra que nomeia o fenômeno. Só não
há dúvida de que a internet, ao alcance de todas as classes sociais, é o instrumento para
promover os encontros. Parece também inevitável que, num encontro temperado por corre-
rias, haja um ou outro descontrole, coisa que independe do nível socioeconômico da moça-
da.
Enfim, o “rolezinho” é uma torrente repentina no curso até então sereno de algum lu-
gar ocupado por outras classes sociais. É diminutivo de “rolé”, assim, com acento agudo,
como registram os dicionários. “Rolé” é parônima de “rolê”. Convém lembrar que palavras
parônimas pouco diferem uma da outra na grafia ou na pronúncia.
Outra parônima de “rolé” e “rolê”, ambas oxítonas (acento tônico na última sílaba), é “role”,
paroxítona (tônica na penúltima sílaba), forma do verbo “rolar” (“rodar”, “fazer girar”; e tam-
bém “arrulhar”). “Rolar de rir” significa rir tanto a ponto de dobrar o corpo como um rolo.
“Rolé” significa pequeno passeio, volta. É substantivo usado só na locução “Dar um rolé”,
isto é, dar um passeio, uma volta, um giro por aí.
Rolê é o “movimento que o capoeirista executa agachado, de costas para o adversá-
rio, com o apoio das mãos e dos pés, para deslocar-se pelo chão”, como define o Aulete
Digital. E “rolê de mergulho” é o executado com o corpo rente ao chão, lembra o Aurélio. Há
a segunda acepção de rolê, usada em “bife rolê”, isto é, enrolado. Outra é a “gola rolê”, da
blusa ou camisa em que o tecido envolve o pescoço.
Rolê e rolé, portanto, são aparentados porque representam coisas ou movimentos gira-
tórios. Como “rolar”, aliás. De modo que “rolé” talvez tenha a mesma origem francesa de
“rolê”, como indica o Houaiss: roulê é particípio passado de rouler, antes roueller, isto é, “en-
rolar”, de rouelle, depois ruele (rodela), do latim tardio rotella, diminutivo de rota, nossa roda
universal. Inclusive a roda algo descontrolada em que gira o desvairado rolezinho

118. A conjunção “enquanto” bem no início do texto aponta para:

a) uma relação de tempo.


b) uma relação de sucessão.
c) uma relação de proporção.
d) uma relação de finalidade.

80
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
119. As conjunções “portanto” e “porque” no início do último parágrafo:

a) indicam consequência e condição.


b) representam consequência e causa.
c) sinalizam consequência e alternância.
d) apontam conclusão e explicação.

Automóvel: sociedade anônima

Se você quiser, compre um carro; é um conforto admirável. Mas não o faça sem co-
nhecimento de causa, a fim de evitar desilusões futuras. Desde que o compra, o carro passa
a interessar aos outros, muito mais que a você mesmo. É uma espécie de indústria às aves-
sas, na qual você monta um engenho não para obter lucros, mas para distribuir seu dinheiro.
Já na compra do carro, você contribui para uma infinidade de setores produtivos, que pode-
mos encolher, ao máximo, nos seguintes itens: a indústria automobilística propriamente dita;
os vendedores de automóveis; a siderurgia; a petroquímica; as fábricas de pneus e as de
artefatos de borracha; as fábricas de plásticos, couros, tintas etc.; as fábricas de rolamentos
e outras autopeças; as fábricas de relógios, rádios etc.; as indústrias de petróleo e muitos de
seus derivados; as refinarias; os distribuidores de gasolina, as oficinas mecânicas.
(...)
Paulo Mendes Campos. In: Supermercado. Rio de Janeiro, Tecnoprint, 1976, p. 99-102 (com adaptações).

120. O segmento “Desde que” apresenta uma ideia de

a) finalidade
b) tempo
c) alternância
d) condição

Leia o texto abaixo

“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente,


com absoluta prioridade, o direito à saúde, à alimentação, à cultura, à dignidade, ao respei-
to, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda for-
ma de negligência, discriminação, exploração, crueldade e opressão”.
Artigo 227, Constituição da República Federativa do Brasil.
121. A expressão “além de” indica uma ideia de

a) superação.
b) transposição
c) acréscimo.
d) condição.

81
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
O Último Poema

Assim eu quereria meu último poema


Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
Manuel Bandeira

122. O conectivo como no terceiro verso destaca uma ideia de

a) comparação
b) explicação
c) causa
d) conformidade

82
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
TÓPICO V

RELAÇÕES ENTRE RECURSOS EXPRESSIVOS E EFEITOS DE SENTIDO

O uso de recursos expressivos possibilita uma leitura para além dos elementos su-
perficiais do texto e auxilia o leitor na construção de novos significados. Nesse sentido, o
conhecimento de diferentes gêneros textuais proporciona ao leitor o desenvolvimento de
estratégias de antecipação de informações que o levam à construção de significados.
Em diferentes gêneros textuais, tais como a propaganda, por exemplo, os recursos
expressivos são largamente utilizados, como caixa alta, negrito, itálico, etc. Os poemas tam-
bém se valem desses recursos, exigindo atenção redobrada e sensibilidade do leitor para
perceber os efeitos de sentido subjacentes ao texto.
Vale destacarmos que os sinais de pontuação, como reticências, exclamação, interroga-
ção, etc., e outros mecanismos de notação, como o itálico, o negrito, a caixa alta e o tama-
nho da fonte podem expressar sentidos variados. O ponto de exclamação, por exemplo,
nem sempre expressa surpresa. Faz-se necessário, portanto, que o leitor, ao explorar o tex-
to, perceba como esses elementos constroem a significação, na situação comunicativa em
que se apresentam.

D16 – Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados

O uso de recursos expressivos possibilita uma leitura para além dos elementos su-
perficiais do texto e auxilia o leitor na construção de novos significados. Nesse sentido, o
conhecimento de diferentes gêneros textuais proporciona ao leitor o desenvolvimento de
estratégias de antecipação de informações que o levam à construção de significados.
Em diferentes gêneros textuais, tais como a propaganda, por exemplo, os recursos
expressivos são largamente utilizados, como caixa alta, negrito, itálico, etc. Os poemas tam-
bém se valem desses recursos, exigindo atenção redobrada e sensibilidade do leitor para
perceber os efeitos de sentido subjacentes ao texto.
Vale destacarmos que os sinais de pontuação, como reticências, exclamação, inter-
rogação, etc., e outros mecanismos de notação, como o itálico, o negrito, a caixa alta e o
tamanho da fonte podem expressar sentidos variados. O ponto de exclamação, por exem-
plo, nem sempre expressa surpresa. Faz-se necessário, portanto, que o leitor, ao explorar o
texto, perceba como esses elementos constroem a significação, na situação comunicativa
em que se apresentam.
Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade do aluno em reconhecer os
efeitos de ironia ou humor causados por expressões diferenciadas, utilizadas no texto pelo
autor, ou, ainda, pela utilização de pontuação e notações.
Essa habilidade é avaliada por meio de textos verbais e não verbais, sendo muito
valorizado nesse descritor atividades com textos de gêneros variados sobre temas atuais,
com espaço para várias possibilidades de leitura, como os textos publicitários, as charges,
os textos de humor ou as letras de músicas, levando o aluno a perceber o sentido irônico ou
humorístico do texto, que pode estar representado tanto por uma expressão verbal inusita-
da, quanto por uma expressão facial da personagem. Nos itens do Saeb, geralmente é soli-
citado ao aluno que ele identifique onde se encontram traços de humor no texto, ou informe
por que é provocado o efeito de humor em determinada expressão.

83
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Fonte: <http://falandodelazererecreacao.blogspot.com.br/2015/10/o-lazer-e-sua-importancia-em-todas-as.html>. Acesso em 01/03/2018.

123. No primeiro quadrinho o personagem faz referência a um estatuto. A qual estatuto ele
está se referido.

a) Estatuto da Criança e do Adolescente.


b) Estatuto da Juventude.
c) Estatuto do Desarmamento.
d) Estatuto do Idoso.

Leia o texto abaixo.

124. O humor da tira acima está no fato:

a) do homem não obedecer à sinalização.


b) do homem parar o carro para ler a placa.
c) do homem correr muito.
d) do homem descobrir que Reduza é uma cidade.

84
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
125. O humor do texto reside no fato de:

a) A personagem Mônica revelar interesse pela lei do país com relação a menores
infratores.
b) Franjinha conhecer as leis do país.
c) O crime cometido ser o roubo do coelhinho, o responsável pelo crime ser o Ce-
bolinha e o advogado de defesa ser a mãe desse.
d) O medo que o Cebolinha tem de Mônica.

126. O humor do texto vem do fato que

a) o pai do garoto pratica rotineiramente exercícios físicos, mas sem resultado.


b) o garoto vê na bicicleta uma tradução da falta de realizações na vida do pai.
c) o pai do garoto faz exercícios, mas não sai de casa para mostrar os resultados.
d) o garoto não entende que as metáforas são interpretadas figuradamente.

85
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
127. Na imagem, o humor é gerado

a) pelo tratamento carinhoso que a mulher dá ao marido desonesto.


b) pela leitura do jornal num momento que deveria ser de descontração.
c) pelas roupas que são pouco apropriadas ao conteúdo da notícia que é lida.
d) pelo desencontro entre a informação do jornal e a condição do “suposto” preso.

86
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D17 – Identificar o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de ou-
tras notações

A habilidade que pode ser avaliada por este descritor refere-se à identificação, pelo
aluno, dos efeitos provocados pelo emprego de recursos da pontuação ou de outras formas
de notação, em contribuição à compreensão textual, não se limitando ao seu aspecto pura-
mente gramatical.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual é requerido do aluno que
ele identifique o sentido provocado por meio da pontuação (travessão, aspas, reticências,
interrogação, exclamação, etc.) e/ou notações como, tamanho de letra, parênteses, caixa
alta, itálico, negrito, entre outros. Os enunciados dos itens solicitam que os alunos reconhe-
çam o porquê do uso do itálico, por exemplo, em uma determinada palavra no texto, ou indi-
que o sentido de uma exclamação em determinada frase, ou identifique por que usar os pa-
rênteses, entre outros.

Leia o texto abaixo

Tudo acaba... Tudo passa...


Tudo quebra... Tudo cansa...
Mas mesmo em uma desgraça
Há sempre um fio de esperança.

(Inocêncio T. Souto)

128. O emprego das reticências na quadra acima sinaliza principalmente

a) o destaque que quer se dar à palavra que vem depois dela escrita com maiúscula.
b) a interrupção do pensamento diante do fim e do cansaço que cercam o ser hu-
mano.
c) o caráter dinâmico e passageiro das coisas, que não se mantêm apesar da espe-
rança.
d) a tentativa de pelas pausas traduzir a sensação de quebra e cansaço citados no
texto.
Leia o texto abaixo.

A partir dos anos 80, o “ficar” tornou-se a forma de relacionamento amoroso mais pra-
ticada pelos jovens brasileiros. Segundo o professor doutor Sandro Caramaschi, docen-te
do departamento de Psicologia da Unesp-Bauru, o ficar não é um privilégio nem uma inven-
ção das gerações atuais. “Antigamente, as pessoas também 'ficavam', embora atribuíssem
nomes diferentes para essa prática, que era também menos generalizada do que atualmen-
te”, conta Caramaschi.
O “ficar” caracteriza-se pela ausência de compromisso, de limites e regras claramente
estabelecidos: o que pode ou não pode é definido no momento em que o relacionamento
acontece, de acordo com a vontade dos próprios “ficantes”. A duração do “ficar” varia: o
tempo de um único beijo, a noite toda, algumas semanas. Ligar no dia seguinte ou procurar
o outro não é dever de nenhum dos “ficantes”.
[...]

87
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
129. As aspas em torno da palavra “ficar” sinalizam

a) que essa palavra é uma transcrição da fala de outra pessoa.


b) um emprego irônico do verbo com finalidades humorísticas.
c) um uso do vocábulo com um sentido diferente do original.
d) um destaque dado a um neologismo de natureza morfológica.

Leia o texto abaixo

Respeitem meus cabelos, brancos


Chico César

Respeitem meus cabelos, brancos


Chegou a hora de falar
Vamos ser francos
Pois quando um preto fala
O branco cala ou deixa a sala
Com veludo nos tamancos
Cabelo veio da África
Junto com meus santos
Benguelas, zulus, gêges
Rebolos, bundos, bantos
Batuques, toques, mandingas
Danças, tranças, cantos
Respeitem meus cabelos, brancos
Se eu quero pixaim, deixa
Se eu quero enrolar, deixa
Se eu quero colorir, deixa
Se eu quero assanhar, deixa
Deixa, deixa a madeixa balançar

130. Na letra da música, o emprego da vírgula após o vocábulo “cabelos” cria

a) a ideia de oposição racial entre quem fala e a quem a letra se dirige.


b) uma concepção isolacionista no tocante ao papel social do negro.
c) uma noção discriminatória quanto aos que têm pele de cor branca.
d) um afastamento de quem fala em relação ao seu contexto de origem.

Leia o trecho abaixo.

“(...) estando tão ocupada, viera das compras de casa que a empregada fizera às
pressas porque cada vez mais matava serviço, embora só viesse para deixar almoço e
jantar prontos, dera vários telefonemas tomando providências, inclusive um dificílimo pa-
ra chamar o bombeiro de encanamentos de água, fora à cozinha para arrumar as com-
pras e dispor na fruteira as maças que eram a sua melhor comida, embora não soubesse
enfeitar uma fruteira, mas Ulisses acenara-lhe com a possibilidade futura de por exemplo
embelezar uma fruteira, ...”
Clarice Lispector: Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres – A origem da Primavera ou A Morte Necessária em Pleno Dia

88
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
131. A vírgula iniciando a narrativa sugere

a) que há uma separação entre o que veio antes e o que será narrado.
b) que não faz sentido saber o que veio antes do início da narrativa.
c) que há uma descontinuidade entre o anterior e o posterior à vírgula.
d) que a história em questão começa anteriormente à narração dela.

Leia o texto abaixo

Pico da Neblina, Monte Pascoal, Dedo de Deus, Pico das Agulhas Negras... São
muitos os nomes das montanhas. Estas que citamos são apenas uma amostra das mais
famosas que estão espalhadas pelo Brasil.
Os nomes dados aos elementos da paisagem tinham função semelhante à de um
mapa: serviam para indicar rotas de caça, de água, de tipos de alimentos ou mesmo de
abrigos referentes aos lugares por onde precisariam tornar a passar.
FARIA, Antonio Paulo. Ciência Hoje. 2 ed, n. 180, p. 07, jul. 2007.Fragmento.

132. Na primeira linha, as reticências (...) foram usadas para

a) citar uma montanha que é a mais famosa de todas.


b) destacar algumas montanhas que o autor prefere.
c) indicar que há outras montanhas além daquelas citadas.
d) iniciar uma explicação ao leitor sobre as montanhas.

O gelo na Antártica está aumentando ou diminuindo?

[...] o gelo da Antártica está aumentando e diminuindo ao mesmo tempo. Explica-se:


a camada que está mais perto do ponto de fusão (o gelo mais quente) e fica mais ao norte
do continente está derretendo de maneira relativamente rápida. “No entanto, isso representa
menos de 2% do volume de gelo do continente. Enquanto isso, o gelo do manto, muito frio,
algumas vezes abaixo de – 40º C, está aumentando.
Conforme a atmosfera e o oceano estão aquecendo, mais água evapora e chega
como neve ao interior do continente. Ou seja, um aquecimento global levará ao aumento de
gelo na maior parte da Antártica. O ativista, Guarany Osório, coordenador da Campanha de
Clima do Greenpeace, não é tão otimista assim. Ele cita o caso da plataforma de gelo Wil-
kins, de cerca de 14 mil km2, que está prestes a se depreender da Península Antártica. Atu-
almente, o bloco – “do tamanho da Jamaica”, compara Osório – é mantido por uma faixa de
gelo de apenas 40 km de largura.
Galileu. abr. 2009 n. 213, p. 33.

133. No trecho “Explica-se: a camada que está mais perto do ponto de fusão (o gelo mais
quente) e fica mais ao norte do continente está derretendo de maneira relativamente rápi-
da.”, os dois pontos foram empregados para

a) introduzir um esclarecimento.
b) definir um conceito.
c) acrescentar um argumento.
d) questionar um dado.

89
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D18 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determi-
nada palavra ou expressão

Por meio deste descritor, pode-se avaliar a habilidade do aluno em reconhecer a al-
teração de significado decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão,
dependendo da intenção do autor, a qual pode assumir sentidos diferentes do seu sentido
literal.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual o aluno é solicitado a per-
ceber os efeitos de sentido que o autor quis imprimir ao texto a partir da escolha de uma
linguagem figurada ou da ordem das palavras, do vocabulário, entre outros.

Leia o texto abaixo e responda.

Cartas de Meu Avô Quando o fogo era já frio.

Manuel Bandeira Cartas de antes do noivado...


Cartas de amor que começa,
A tarde cai, por demais Inquieto, maravilhado,
Erma, úmida e silente... E sem saber o que peça.
A chuva, em gotas glaciais,
Chora monotonamente. Temendo a cada momento
Ofendê-la, desgostá-la,
E enquanto anoitece, vou Quer ler em seu pensamento
Lendo, sossegado e só, E balbucia, não fala...
As cartas que meu avô
Escrevia a minha avó. A mão pálida tremia
Contando o seu grande bem.
Enternecido sorrio Mas, como o dele, batia
Do fervor desses carinhos: Dela o coração também.
É que os conheci velhinhos, (...)

134. O par de versos que aponta para a personificação de um elemento inanimado é:

a) “Mas, como o dele, batia / Dela o coração também.”


b) “A chuva, em gotas glaciais, / Chora monotonamente.”
c) “Enternecido sorrio / Do fervor desses carinhos:”
d) “Inquieto, maravilhado, / E sem saber o que peça.”

Maria vai com as outras em ação

Os mesmos que hoje adotam Dunga como queridinho, em redes sociais e no twitter,[...]
serão os que voltar-se-ão contra o técnico da Seleção em caso de fracasso.
E o farão sem dó nem piedade. É uma legião de Maria vai com as outras, cujo cére-
bro não resiste à manutenção de uma opinião própria.
Seus conceitos e preconceitos migram de forma proporcional à capacidade neuronal
de raciocínio: quase nula. Podem cobrar depois.
http://wp.clicrbs.com.br/castiel/2010/06/24/maria-vai-com-as-outras eletronicos/ ?topo =77,2,18

90
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
135. Segundo o texto, a expressão “Maria vai com as outras” significa pessoas que:

a) têm pouca capacidade de raciocínio.


b) adoram o técnico da seleção .
c) falam mal do Dunga.
d) seguem a opinião dos outros.

136. O destaque dado à palavra “formal”, associado à expressão facial de Helga, sugere

a) histeria.
b) julgamento.
c) reprovação.
d) resignação.

91
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
D19 – Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos
ortográficos e/ou morfossintáticos

A habilidade que pode ser avaliada por meio deste descritor, refere-se à identificação
pelo aluno do sentido que um recurso ortográfico, como, por exemplo, diminutivo ou, aumen-
tativo de uma palavra, entre outros, e/ou os recursos morfossintáticos (forma que as pala-
vras se apresentam), provocam no leitor, conforme o que o autor deseja expressar no texto.
Essa habilidade é avaliada por meio de um texto no qual se requer que o aluno iden-
tifique as mudanças de sentido decorrentes das variações nos padrões gramaticais da lín-
gua (ortografia, concordância, estrutura de frase, entre outros) no texto.

Leia o texto abaixo


Poema brasileiro
Ferreira Gullar
No Piauí de cada 100 crianças que nascem
78 morrem antes de completar 8 anos de idade

No Piauí
de cada 100 crianças que nascem
78 morrem antes de completar 8 anos de idade

No Piauí
de cada 100 crianças
que nascem
78 morrem
antes
de completar
8 anos de idade

antes de completar 8 anos de idade


antes de completar 8 anos de idade
antes de completar 8 anos de idade
antes de completar 8 anos de idade

137. A repetição do verso “antes de completar 8 anos de idade” indica principalmente:

a) a busca da precisão por parte da voz que fala no poema.


b) a impossibilidade de dizer algo novo sobre a morte das crianças.
c) o espanto que a morte de tantas crianças causa à voz poética.
d) a necessidade de não esquecer em que idade morrem tantas crianças.

Leia o texto abaixo

Essas meninas

As alegres meninas que passam na rua, com suas pastas escolares, às vezes com
seus namorados. As alegres meninas que estão sempre rindo, comentando o besouro que
entrou na classe e pousou no vestido da professora; essas meninas; essas coisas sem im-
portância.
O uniforme as despersonaliza, mas o riso de cada uma as diferencia Riem alto, riem
musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem.

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Hoje de manhã estavam sérias, era como se nunca mais voltassem a rir e falar coisas
sem importância. Faltava uma delas. O jornal dera notícia do crime. O corpo da menina en-
contrado naquelas condições, em lugar ermo. A selvageria de um tempo que não deixa mais
rir.
As alegres meninas, agora sérias, tornaram-se adultas de uma hora para outra; essas
mulheres.
ANDRADE, Carlos Drummond de. Contos plausíveis. Rio de Janeiro:Record, 1998, p. 72.

138. No trecho “Riem alto, riem musical, riem desafinado, riem sem motivo; riem”. A expres-
são sublinhada repete-se 5 vezes no texto com a finalidade de:

a) enfatizar o riso das meninas, enfim sua alegria despreocupada e inocente.


b) distinguir os vários tipos de riso, para identificar o que estavam sentindo.
c) indicar a utilização de rimas no texto.
d) expressar o que as meninas sentiam.

Leia o texto abaixo

Os Estados Unidos cancelaram uma doação de US$ 48 milhões para os programas


brasileiros de combate à Aids porque nosso governo se recusou a excluir as prostitutas dos
programas de prevenção e tratamento como queriam os americanos, que, na era Bush, fa-
zem uma espécie de "seleção moral" para a sua "generosidade". Para eles, quem vive de
alugar seu corpo, sua companhia e seus serviços sexuais não merece ajuda para sobre-
viver à doença mortal.

139. O emprego das aspas circundando a palavra generosidade:

a) relaciona-se à doação realizada pelos Estados Unidos.


b) ironiza a postura americana de cancelar a doação que faria.
c) sinaliza uma defesa do programa brasileiro de combate à Aids.
d) serve fundamentalmente para colocar o termo em destaque.

Leia o texto abaixo.

Menina apaixonada oferece um coração


cheio de vento
onde quem quiser pode
soprar três sementes de sonho.
O coração da menina
ilumina as noites escuras
como se fosse um farol.
um coração como todos os outros:
às vezes diz sim
às vezes diz não
às vezes diz sim
às vezes diz não

e tem sempre uma enorme fome de sol.


MURRAY, Roseana. Classificados poéticos. Miguilim.

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Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
140. A repetição dos versos “às vezes diz sim / às vezes diz não” pretende provocar no leitor
a sensação de

a) desarmonia em relação à estrutura dos versos.


b) humor em relação a algo sugerido a respeito da menina.
c) oposição em relação aos versos anteriores.
d) movimento e ritmo em relação às batidas do coração da menina.

Leia o texto abaixo

A GAIOLA

E era a gaiola e era a vida era a gaiola


e era o muro a cerca e o preconceito
e era o filho a família e a aliança
e era a grade a filha e era o conceito
e era o relógio o horário o apontamento
e era o estatuto a lei e o mandamento
e a tabuleta dizendo é proibido.

E era a vida era o mundo e era a gaiola


e era a casa o nome a vestimenta
e era o imposto o aluguel a ferramenta
e era o orgulho e o coração fechado
e o sentimento trancado a cadeado.
E era o amor e o desamor e o medo de magoar
e eram os laços e o sinal de não passar.
E era a vida era a vida o mundo e a gaiola
e era a vida e a vida era a gaiola.
(Apud Alda Beraldo. Trabalhando com poesia. São Paulo: Ática, 1990. v. 2, p. 17.)

141. A repetição da sequência “e era” tem no poema o efeito de:


a) sugerir que uma vida foi marcada por aspectos de natureza emocional.
b) apontar para um conjunto de dados materiais que estavam no cotidiano.
c) indicar a acumulação de aspectos que compunham a vida de uma pessoa.
d) refletir o caráter duradouro dos elementos que fazem parte do cotidiano.

94
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
TÓPICO VI

VARIAÇÃO LINGUÍSTICA
Este tópico refere-se às inúmeras manifestações e possibilidades da fala. No domí-
nio do lar, as pessoas exercem papéis sociais de pai, mãe, filho, avó, tio. Quando observa-
mos um diálogo entre mãe e filho, por exemplo, verificamos características linguísticas que
marcam ambos os papéis. As diferenças mais marcantes são intergeracionais (geração
mais velha/ geração mais nova).
O estudo da variação linguística é, também, essencial para a conscientização linguís-
tica do aluno, permitindo que ele construa uma postura não preconceituosa em relação a
usos linguísticos distintos dos seus.
Muito importante mostrarmos ao aluno as razões dos diferentes usos, quando é utili-
zada a linguagem formal, a informal, a técnica ou as linguagens relacionadas aos falantes,
como por exemplo, a linguagem dos adolescentes, das pessoas mais velhas.
Necessário transmitirmos ao aluno a noção do valor social que é atribuído a essas
variações, sem, no entanto, permitir que ele desvalorize sua realidade ou a de outrem. Essa
discussão é fundamental nesse contexto.

D13 – Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocu-


tor de um texto
Por meio deste descritor pode-se avaliar a habilidade do aluno em identificar quem
fala no texto e a quem ele se destina, essencialmente, por meio da presença de marcas
linguísticas (o tipo de vocabulário, o assunto, etc.), evidenciando, também, a importância do
domínio das variações linguísticas que estão presentes na nossa sociedade.
Essa habilidade é avaliada em textos nos quais o aluno é solicitado a identificar, o lo-
cutor e o interlocutor do texto nos diversos domínios sociais, como também são exploradas
as possíveis variações da fala: linguagem rural, urbana, formal, informal, incluindo também
as linguagens relacionadas a determinados domínio sociais, como, por exemplo, cerimônias
religiosas, escola, clube, etc.

Fonte: < http://atividadesdeportugueseliteratura.blogspot.com.br/2016/11/variedade-linguistica-em-tirinha.html>. Acesso em 01/03/2018.

142. Em relação às marcas linguísticas presentes na tirinha:

a) a variação linguística presente nos dois últimos quadrinhos está relacionada com a
idade do falante.
b) a variante linguística usada pela galinha revela desprezo pela norma de prestígio.
c) a variação linguística da fala galinha é característica da região em que ela vive.
d) a galinha emprega uma variante que corresponde ao modo de falar de todos os bra-
sileiros.

95
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
A unidade ortográfica

Velhíssima questão a da unidade ortográfica do português usado no Brasil e em Por-


tugal. Que a prosódia seja diferente, é natural. Num país imenso como o nosso, há diversas
formas de pronunciar as palavras, e o próprio vocabulário admite expressões regionais – o
mesmo acontecendo em todas as línguas do mundo.
O diabo é a grafia, sobre a qual os portugueses não abrem mão de escrever “direc-
tor”, por exemplo. Não é o mesmo caso de “facto” e “fato”, que têm significações diferentes
e, com boa vontade, podemos compreender a insistência dos portugueses em se referir à
roupa e ao acontecimento.
Arnaldo Niskier, quando presidente da Academia Brasileira de Letras, conseguiu
acordo com a Academia de Ciências de Lisboa, assinaram-se tratados com a aprovação dos
governos do Brasil e Portugal. O acordo previa o consenso de todos os países lusófonos.
Na época, somente os dois principais interessados estavam em condições de obter um pro-
jeto comum – mais tarde, Cabo Verde também toparia. [...]
CONY, Carlos Heitor. Folha de S. Paulo, São Paulo, 10 ago. 2004

143. Uma expressão do texto se desvia do padrão culto utilizado nele:


a) facto
b) fato
c) recorrentes
d) toparia

Até quando? Sofreu não quer dizer que você tenha que
(Gabriel o Pensador) sofrer!

Não adianta olhar pro céu Até quando você vai ficar usando rédea?
Com muita fé e pouca luta Rindo da própria tragédia
Levanta aí que você tem muito protesto Até quando você vai ficar usando rédea?
pra fazer Pobre, rico ou classe média
E muita greve, você pode, você deve, po- Até quando você vai levar cascudo mudo?
de crer Muda, muda essa postura
Até quando você vai ficando mudo?
Não adianta olhar pro chão Muda que o medo é um modo de fazer
Virar a cara pra não ver censura
Se liga aí que te botaram numa cruz e só [...]
porque Jesus

144. Exemplifica, no texto, a variação linguística popular a palavra:


a) levanta
b) botaram
c) tragédia
d) censura

Leia o texto abaixo e responda.

96
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Via-Láctea
Olavo Bilac

XIII
"Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto...
E conversamos toda a noite, enquanto
A via-láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: "Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?"
E eu vos direi: "Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas".

145. O poeta conversa diretamente com o leitor no seguinte verso:

a) “Ora (direis) ouvir estrelas!”


b) “E abro as janelas, pálido de espanto
c) “E conversamos toda a noite,”
d) “Inda as procuro pelo céu deserto.”

Leia o texto abaixo e responda.

Onde trabalhar

O perito tem quatro possibilidades de emprego:


 ser contratado por uma empresa de consultoria, que é chamada quando pinta um
problema em outra empresa;
 ser perito da Polícia Federal ou Estadual, que mantém seu próprio corpo de especia-
listas;
 ser autônomo e ser convocado pelo juiz de um tribunal ou por alguma pessoa ou
empresa para trabalhar num caso específico;
 trabalhar em uma empresa para fazer segurança virtual preventiva. Ou seja, proteger
os sistemas antes de serem atacados por hackers.
Mundo Estranho, São Paulo: Abril, ed.48, fev. 2006, p. 22.

146. No texto, há uma palavra representativa de linguagem coloquial em:

a) “ser contratado por uma empresa de consultoria,”.


b) “que é chamado quando pinta um problema...”.
c) “ser perito da Polícia Federal ou Estadual,”.
d) “ser autônomo e ser convocado pelo juiz de um tribunal...”.

97
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
Leia o texto para responder a questão abaixo:

Bom conselho
Chico Buarque

Ouça um bom conselho


Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
https://www.letras.mus.br/chico-buarque/85939/

147. O verso que pode ilustrar que o eu poético se dirige a alguém que tem intimidade é

a) “Venha, meu amigo”


b) “Corro atrás do tempo”
c) “Vim de não sei onde”
d) “Eu semeio o vento

98
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.
GABARITO
01 C 26 C 51 C 76 B 101 A 126 B
02 A 27 B 52 D 77 C 102 C 127 D
03 D 28 B 53 D 78 A 103 B 128 C
04 B 29 D 54 B 79 D 104 D 129 C
05 C 30 D 55 B 80 C 105 B 130 A
06 A 31 A 56 A 81 D 106 D 131 D
07 C 32 C 57 C 82 C 107 C 132 C
08 A 33 B 58 B 83 A 108 C 133 A
09 C 34 B 59 A 84 D 109 A 134 B
10 C 35 A 60 B 85 C 110 D 135 D
11 D 36 B 61 C 86 B 111 B 136 C
12 A 37 A 62 D 87 C 112 A 137 C
13 D 38 D 63 B 88 C 113 C 138 A
14 B 39 D 64 B 89 A 114 D 139 B
15 B 40 B 65 A 90 A 115 A 140 D
16 D 41 D 66 C 91 C 116 B 141 C
17 C 42 A 67 B 92 D 117 D 142 C
18 A 43 C 68 A 93 A 118 A 143 D
19 D 44 D 69 C 94 D 119 D 144 B
20 D 45 C 70 C 95 A 120 B 145 A
21 A 46 D 71 D 96 C 121 C 146 B
22 C 47 A 72 C 97 A 122 A 147 A
23 C 48 B 73 B 98 A 123 D
24 B 49 D 74 B 99 B 124 D
25 A 50 A 75 A 100 C 125 C

99
Fonte: < http://www.educacao.pe.gov.br/portal/upload/galeria/750/Caderno3Reforco_Escolar_Lingua_Portuguesa_EF.pdf>.

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