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Revista EDUC-Faculdade de Duque de Caxias/Vol.

06-Nº 1/Jan-Jun 2019

LOGÍSTICA REVERSA DE PNEUS:


Uma estratégia que evita o descarte irregular no meio ambiente

Débora de Azevedo Duarte


Graduanda em Administração pela Faculdade Duque de Caxias/Uniesp
E-mail: debi041179@yahoo.com.br

Rafael da Silva Costa


Graduanda em Administração pela Faculdade Duque de Caxias/Uniesp
E-mail: rafaeldsilva2018@gmail.com

Tuane Maria Silva dos Santos


Graduanda em Administração pela Faculdade Duque de Caxias/Uniesp
E-mail: tuanerj55@yahoo.com.br

Coautoria:
Judimar da Silva Gomes
Administrador, Mestre em Tecnologia/ CEFET/RJ Celso Suckow da Fonseca Coordenador
Docente do curso de Administração da Faculdade de Duque de Caxias/RJ
E-mail: judimar.gomes@uol.com.br

Luciana de Oliveira Gavioli


Mestre em Sistemas de Gestão pelo LATEC-UFF
Docente da Faculdade de Duque de Caxias/UNIESP
Diretora Geral do CEJA São Cristóvão- CECIERJ/SEEDUC

Resumo: A logística reversa é um processo que pode, em geral, impactar positivamente o


meio ambiente. No caso específico da logística reversa de pneus, observam-se inúmeras
vantagens ambientais, sociais e econômicas. Isso, em contraposição às diversas problemáticas
que representam o descarte inadequado destes materiais. Nesse contexto, este estudo visa
analisar a eficácia da aplicabilidade da logística reversa dos pneus como forma de prevenção
ambiental, diminuição de resíduos e como estratégia para as empresas que a estão utilizando
para diminuir o descarte excessivo no meio ambiente natural. A pesquisa é caracterizada
como exploratória e realizada por meio de uma revisão bibliográfica sistematizada. Podem-se
elencar, como resultado da pesquisa, a importância da implementação de processo de logística
reversa para a estratégia organizacional, além da identificação de benefícios como a redução
de custos, agregação de valor e melhoria da imagem e da estratégia organizacional.
Palavras-chave: Logística Reversa. Pneus. Estratégia.
Abstract: Reverse logistics is a process that can positively impact both the environment and
the whole, in general. In the specific case of reverse tire logistics, there are numerous
environmental, social and economic advantages. This, in contrast to the various problems that
represents the inappropriate disposal of these materials. In this context, this study aims to
analyze the effectiveness of the applicability of reverse tire logistics as a means of
environmental prevention, waste reduction and as a strategy for companies, which are using
to reduce the excessive disposal of in the natural environment. The research is characterized
as exploratory and carried out through a systematic bibliographic review. One can list, as
result of the research, the importance of implementing a reverse logistics process for the
organizational strategy, in addition to identifying benefits such as reducing costs, adding
value and improving the image and organizational strategy.
Keywords: Reverse logistic. Tires. Strategy.

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1- INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, o consumo de bens e serviços aumentou consideravelmente devido


ao crescimento populacional, às novas tecnologias e à redução do tempo útil dos produtos,
contribuindo dessa forma para o aumento dos problemas ambientais, principalmente o
aumento do descarte ilegal e inadequado dos produtos em desuso e dos resíduos gerados nos
sistemas de produção, os quais colocam a vida da população em risco.

Esse descarte inadequado provoca diversos problemas para o meio ambiente e para a
população: ocorre o crescimento do volume destinado aos aterros, consumo de recursos
naturais, poluição do ar, das águas e dos lençóis freáticos, aumento dos custos que envolvem a
coleta de resíduos, esgotamentos dos aterros próximos aos pontos de geração de resíduos, o
acúmulo da água e o aumento de insetos e mosquitos que podem transmitir doenças, como é o
caso do Aede Aegypti, que é o transmissor da Dengue, Febre Amarela, a Chikungunya, e do
Anopholes, que é o transmissor da malária, e esta situação se intensifica no período do verão
quando as condições climáticas são favoráveis e ocorre a reprodução. A Agência Brasil
divulgou em março de 2019 dados do Ministério da Saúde que apontam que o Brasil registrou
229.064 casos de dengue apenas nas 11 primeiras semanas de 2019. O número significa um
aumento de 264% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram
contabilizados 62,9 mil casos.

Especificamente no Brasil, há um grande desafio para dar a finalidade correta aos


pneus, mas a preocupação governamental com o meio ambiente permitiu que, desde o ano de
1999 e até o final de 2017, mais de 4,63 milhões de toneladas de pneus inservíveis,
equivalente a 926 milhões de pneus de passeio, fossem coletados e destinados de forma
adequada. (ANIP, 2018)

Considerando a importância do tema nos dias atuais, este estudo tem por objetivo
analisar a eficácia da aplicabilidade da logística reversa dos pneus como instrumento de
prevenção do meio ambiente por meio da diminuição de resíduos, e observar de que forma as
empresas estão utilizando a logística reversa como estratégia para reduzir o excesso de pneus,
incentivando a população a se conscientizar sobre o descarte correto.

No desenvolvimento desta pesquisa propõem-se identificar os conceitos históricos e as


causas do surgimento da logística reversa no Brasil, bem como as questões legais e o papel da
Política Nacional de Resíduos Sólidos; apresentar vantagens e desvantagens da logística
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reversa de pneus e avaliar duas empresas que fazem utilização dessa estratégia,
implementando ações que visem contribuir para com a preservação do meio ambiente.

A pesquisa que embasa este artigo é de natureza descritiva, realizada a partir de uma
revisão bibliográfica sistematizada e baseada em teóricos de renome e sites acadêmicos que
abordam o tema em questão. O espaço temporal da pesquisa se concentra entre outubro de
2009 a setembro de 2019. A Revisão de Literatura foi realizada através de uma consulta em
dissertações, teses e artigos científicos selecionados através da busca em sites de revistas e
catálogos de dissertações e teses e, principalmente, em bases de dados e fontes de informação
relacionadas com as áreas de logística e administração.

2- OS AVANÇOS NA ÁREA DE LOGÍSTICA REVERSA

Ao longo da pesquisa realizada percebeu-se que os avanços na área de logística


reversa no Brasil ainda são tímidos e lentos. Motivado por pressões da sociedade, o governo
passou a criar legislações de proteção ambiental e estabelecer medidas de controle mais
rígidas em relação às atividades produtivas das organizações. Para Novaes (2015, p. 136), “no
mundo de recursos finitos, a recuperação de produtos usados, ou de seus componentes e
materiais constituintes, tem sido cada vez mais importante ao longo dos anos”, e aponta ainda
que “a reutilização dos bens materiais, sem importar seu uso, se torna fundamental para a
minimização dos impactos ambientais, formando assim fluxos reversos.”.

Na verdade a redução dos impactos ambientais é um dos principais motivos para o


surgimento da logística reversa, entendida como uma estratégia orientada ao retorno de bens
materiais a serem processados em reciclagem, e a serem denominados e analisados como
canais de distribuição reversos (LEITE, 2009).

Uma pesquisa apresentada por Leite (2003) mostra os motivos estratégicos que levam
as empresas a trabalhar com logística reversa. São eles: o aumento de competitividade
(65,2%), a limpeza de canal (33,4%), o respeito às legislações (28,9%), a revalorização
econômica (27,5%) e a recuperação de ativos (26,5%); e ressalta que a logística reversa
contribui com a preservação do meio ambiente e que, na atualidade, tem se tornado um
diferencial competitivo para as empresas.

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2.1. Conceituando Logística Reversa


Segundo a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), Logística reversa é definida
pela Lei nº 12.305/2010 como:

[...] instrumento de desenvolvimento econômico e social, caracterizada por


um conjunto de ações, procedimentos e meios, destinados a facilitar a coleta
e a restituição dos resíduos sólidos aos seus geradores para que sejam
tratados ou reaproveitados em novos produtos, na forma de novos insumos,
em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, visando a não geração de
rejeitos (BRASIL, 2009, s/n.).

O principal objetivo da logística reversa, e o motivo para sua implementação, é


recuperar valor ou realizar um descarte adequado, inclusive um reaproveitamento do produto
(AKASHI, 2014). Dentro desta mesma perspectiva, Bowersoxet al. (2014) acrescenta que,
mesmo nos casos em que os produtos não possam ser reutilizados com eficácia, eles ainda
necessitam da logística reversa para serem dispostos ou descartados de forma adequada.

Dentro desta perspectiva, Batalha (2008) enfatiza que a conscientização ecológica, a


busca pelo desenvolvimento sustentável e a criação de legislações de proteção ao meio
ambiente, aliados à responsabilidade social das empresas, representam fatores de influência
no surgimento de cadeias produtivas reversas.

Isso demonstra que a logística reversa se tornou uma ação necessária em diversos tipos
de indústria para o aproveitamento de materiais residuais. Segundo Leite (2009), ela é
definida como o fluxo de materiais de pós-consumo até a sua reintegração ao ciclo produtivo,
na forma de um produto equivalente ou diverso do produto original, ou o retorno do bem
usado ao mercado. Leite (2009, p.17) destaca ainda que:

As diversas definições e citações de logística reversa revelam que o conceito


ainda está em evolução, e sua amplitude e abrangência dependem do setor
em referência e das novas possibilidades de negócios.

Entende-se, neste sentido, que o processo de logística reversa, mesmo que se encontre
em construção teórica, é fundamental para pôr em prática novas possibilidades de negócio,
pois garantem o reparo, a reciclagem e reutilização dos produtos.

2.2. Surgimento da Logística Reversa no Brasil


Não há uma data precisa para esse surgimento, pois se entende como um processo
resultante da prática de logística direta; no entanto, pode-se apontar que seus

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encaminhamentos ganharam relevância no final da década de 1960, com a publicação da obra


Primavera Silenciosa, da autora Rachel Carson, e com o movimento contracultura que
incentivou a militância em torno da questão ambiental. (BRANCO; OLIVEIRA, 2018).
Outros estudos demonstram a existência de ações de logística reversa já no século
XIX, nos Estados Unidos, após o fim da Guerra Fria, por volta do ano 1865, onde foi pensado
pela primeira vez o descarte de itens obsoletos; posteriormente, em 1894, Montgomery Ward
foi a primeira empresaria a oferecer a seus clientes uma garantia de reembolso total em caso
de não ter satisfação com o produto, um dos principais motores da operação de logística
reversa. (CARVALHO, SILVA e CARVALHO, 2017).

Ainda conforme Carvalho, Silva e Carvalho (2017) já na década de 1940, após o fim
da Segunda Guerra Mundial, iniciou-se o apoio à reciclagem de materiais como resultado das
inúmeras críticas aos materiais utilizados durante a Guerra, predominantemente ao metal e à
borracha, o que ocasionou inclusive o surgimento da remanufatura.

Figueiredo, Fleury e Wanke (2013) salientam que a consciência ecológica dos


consumidores aumentou e que estes esperam cada vez mais que as empresas reduzam os
impactos ambientais que suas operações causam. A respeito, Leite (2009, p. 15) acrescenta
que

[...]legislações ambientais, visando à redução desse impacto, desobrigam


gradativamente os governos e responsabilizam as empresas, ou suas cadeias
industriais, pelo equacionamento dos fluxos reversos dos produtos de pós-
consumo.

Isto sugere que os governos já não mais se responsabilizam pelo impacto ambiental,
pois são as cadeias industriais as encarregadas de reduzir esses impactos, principalmente a
partir da reutilização dos produtos e, mais especificamente, da logística reversa deles após o
consumo.

3 - A LEGISLAÇÃO E IMPLANTAÇÃO DA LOGÍSTICA REVERSA NO BRASIL

Em 26 de agosto de 1999, foi aprovada a Resolução CONAMA nº 258/99 que fixava


as metas e obrigava os fabricantes e importadores a darem destinação final aos pneus
inservíveis. Desde 2002, os fabricantes e importadores de pneus devem coletar e dar
destinação final aos pneus inservíveis, além disso os distribuidores, revendedores,
reformadores e consumidores finais são corresponsáveis pela coleta dos pneus usados.

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A definição de resíduos sólidos, conforme a NBR 10004 sugere que são todos os
“resíduos nos estados sólido e semissólido, que resultam de atividades de origem industrial,
doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição” (ABNT, 2004), sendo
que sua classificação envolve a identificação tanto do processo ou atividade que lhes deu
origem, quanto de seus constituintes e características próprias, bem como da comparação
destes constituintes com listagens de resíduos e substâncias, dos quais se conhece o impacto à
saúde e ao meio ambiente.

A Lei nº 12.305/10, em seu Art. 33, III, aborda a obrigação de fabricantes e


comerciantes de pneus de implementar sistemas de logística reversa:

São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa,


mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma
independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos
sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de pneus
(BRASIL, 2010)

É importante destacar que antes da aprovação da legislação brasileira, somente 10%


dos pneus eram reciclados. Após a aprovação da legislação, o número de empresas
cadastradas para recolher e destruir os pneus inservíveis, que estão de acordo com a Instrução
Normativa nº 008/02 do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis (IBAMA), passou de 4 para 65. Em 2010, são 124 empresas cadastradas no
IBAMA para a reutilização, reciclagem e a valorização energética dos pneus. (LAGARINOS,
TENÓRIO, 2013)
Ainda deve ser destacado que, dentre as propostas para alcançar os objetivos da lei nº
9.264/2009, propõe-se o estabelecimento de parcerias com a iniciativa privada, a articulação e
o estimulo das ações de eliminação, reutilização, reciclagem, recuperação, coleta, transporte,
tratamento e disposição final dos resíduos sólidos, o incentivo à pesquisa e desenvolvimento
de novas tecnologias de reciclagem, a criação de mercados de materiais reaproveitáveis, a
instituição de programas de incentivo para a implementação de sistemas de tratamento de
resíduos sólidos, o fomento ao reaproveitamento de resíduos como matérias-primas e fontes
de energia para preservação de recursos naturais não reaproveitáveis e, finalmente, o
incentivo à logística reversa.

A produção brasileira de pneus tem início durante o ano de 1934, com a implantação
do Plano Geral de Viação Nacional e concretizou-se em 1936 com a instalação, na cidade do
Rio de Janeiro, da Companhia Brasileira de Artefatos de Borracha, também conhecida como

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Pneus Brasil; essa companhia, só em seu primeiro ano de atuação no mercado fabricou mais
de 29 mil pneus, cifra que tinha se multiplicado até o final dos anos 80, devido a que outras
grandes fábricas mundiais iniciaram sua produção no país, atingindo uma cifra de mais de 29
milhões de pneus fabricados no território brasileiro (SINPEC, 2019).

Alguns estudos têm estimado que o tempo de decomposição dos pneus fica em torno
de 600 anos. Só no Brasil a produção de pneus é de em torno de 40 milhões de unidades por
ano e a geração de pneus velhos é de160 milhões de unidades durante o mesmo período,
sendo uma cifra assustadora, considerando os prejuízos que o descarte desses pneus
representam para o meio ambiente e para a sociedade de forma geral, a demanda de matérias
primas para a fabricação desta ferramenta, considerando que os pneus são 100%
reaproveitáveis, principalmente na fabricação de asfalto ecológico e de combustível
(DINÂMICA AMBIENTAL, 2017).

A logística reversa considera-se um processo fundamental para a geração de impactos


positivos para o meio ambiente, sendo definida como uma “logística verde” (GAGLIARDI;
LANZOTTI, 2018, p. 496), orientada ao beneficiamento energético, ao desenvolvimento de
aplicações em outros setores como a construção civil e a fabricação de diversos artefatos de
borracha (SIMONETTI et al., 2018).

A respeito desse tópico Gagliardi e Lanzotti (2018) sugerem que, apesar das empresas
terem algum tipo de resistência na implementação de medidas de logística reversa, este é um
processo que reduz efetivamente os impactos negativos sofridos pelo meio ambiente,
fundamental no caso dos pneus por se tratar de um material de difícil decomposição, sendo
inclusive, por este motivo, considerada uma das principais estratégias de desenvolvimento
sustentável das empresas pertencentes a este setor por estar focada na produção e no consumo
consciente.

Conforme Carvalho, Silva e Carvalho (2017), processos eficientes de logística reversa


podem resultar na redução de emissões de carbono e, consequentemente, na melhoria da
qualidade do ar, devido principalmente à minimização de movimentos de transporte
desnecessários. Por outro lado, Santos, Botinha e Leal (2013) sugerem que a logística reversa
de pneus, em cada uma de suas etapas de gerenciamento, garanta vantagens quanto à
sustentabilidade ambiental, principalmente no que se refere à economia de recursos naturais,
energéticos e de alguns tipos de combustíveis, o que contribui para a sustentabilidade
ambiental.
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4 - VANTAGENS E DESVANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA DE PNEUS

Pesquisas recentes demonstram a existência de vantagens para as empresas praticantes


da logística reversa de pneus, e essas vantagens envolvem questões ambientais, sociais e
econômicas (AGUIAR; FURTADO, 2010; GAGLIARDI; LANZOTTI, 2018); no caso das
vantagens sociais, atua agregando valor à empresa e, consequentemente, melhorando sua
imagem corporativa, uma questão cada vez mais fundamental para garantir atenção ao
consumidor.

Além de promover o cuidado com o meio ambiente, a logística reversa fornece


algumas vantagens, principalmente no que se refere à redução de custos internos da
organização, ao aumento da competitividade e ao acesso a mercados consumidores, o que faz
com que atue como uma opção de expansão de mercados, a baixo custo e prevenindo
restrições a mercados externos (CARVALHO; SILVA; CARVALHO, 2017).

Dentro desta mesma perspectiva, Santos, Botinha e Leal (2013) propuseram que o
investimento em desenvolvimento sustentável traz vantagens competitivas e,
consequentemente, para a economia, pois além da redução do desperdício, promove a geração
de novos empregos, principalmente no caso de funcionários com menos qualificações,
considerada uma de suas grandes vantagens.

Neckelet et all (2013) sugeriram que, além da geração de emprego, os processos


envolvendo logística reversa de pneus permitem a geração de lucro e a preservação ambiental,
isso pode ser evidenciado no aproveitamento das matérias-primas, na revalorização desses
bens devido ao seu reprocesso (GARDIN, FIGUEIRÓ, NASCIMENTO, 2010).

Finalmente, dentre as vantagens da logística reversa de pneus, Gagliardi e Lanzotti


(2018) afirmam que é possível que o processo reverso atribua valor de mercado a produtos
que são descartados em grande volume e que existe uma responsabilidade conjunta (entre
governos, empresas e consumidores) sobre os resíduos sólidos.

A respeito das desvantagens, cabe apontar o alto custo de implementação da logística


reversa, principalmente no que se refere a transportes, materiais e capital humano, a
necessidade de maior quantidade de funcionários e de espaços para armazenagem dos
produtos que retornam à cadeia produtiva, o intenso controle sobre os produtos, sendo difícil
rastrear os resíduos ao longo do processo (GAGLIARDI; LANZOTTI, 2018).

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Por outro lado, Santos, Botinha e Leal (2013) sugerem uma atenção especial no
sentido econômico, governamental, de responsabilidade corporativa e logística; no primeiro
caso ressalta-se o custo de produção e a necessidade de adaptar os produtos e processos para
garantir a redução do impacto ambiental; no segundo caso os autores abordam problemas na
legislação e políticas de meio ambiente; no terceiro caso sugerem que as empresas fabricantes
são comprometidas a coletar seus produtos ao final de sua vida útil; no quarto caso, elencam
as dificuldades de coletar os produtos da cadeia.

Desta forma, observa-se que as estratégias que envolvem os processos de logística


reversa não reduzem custos de operação, mas permitem que a empresa tenha um melhor
posicionamento no mercado, devido às vantagens competitivas fornecidas pelos processos
orientados ao desenvolvimento sustentável.

4.1. A Logística Reversa de Pneus como estratégia para evitar o descarte irregular no
meio ambiente

A obsolescência de muitos produtos nos últimos anos tem feito com que as
organizações (de todos os tamanhos e setores) assumam o desafio de grandes mudanças em
suas estratégias, integrando todo seu sistema gerencial e operativo para atender as exigências
de seus clientes e, ao mesmo tempo, as leis estabelecidas pelos governos locais, pela
população e sua preocupação com a sustentabilidade ambiental, tanto nos processos
produtivos quanto na “extensão de responsabilidade do produto”, relacionada com a fase de
pós-consumo (LEITE, 2002, p. 109).

Percebe-se que a logística reversa é uma estratégia efetiva para as empresas,


independente do produto, podendo ser utilizada na construção civil, com madeira, com
plástico, com cimento, etc. De forma específica, é utilizada fundamentalmente na logística
reversa em caminhões, onde os pneus que devem ser descartados são aproveitados para a
produção de tintas, asfalto-borracha e outros produtos, reduzindo, dessa forma, o custo de
produção, o que já é estratégico. Entende-se, nesse sentido, a estratégia como a capacidade do
negócio para permanecer atrativo e competente no mercado, em detrimento de seus
concorrentes. Desta forma o planejamento estratégico supõe mudanças necessárias para as
organizações, que visam o alcance de objetivos a longo, curto e médio prazos, de acordo com
suas necessidades específicas.

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Como forma de implementação estratégica, as empresas podem lançar mão de diversas


ferramentas, dentre elas destacam-se: Análise do Ciclos de Vida dos Produtos, o Balanced
Scorecard, a Gestão da Qualidade Total (Total Quality Management – TQM), Análise Swot,
Diagrama de Pareto, Sigma, Diagrama de Ishikawa, dentre elas o Ciclo de Deming ou Ciclo
PDCA (Plan-Do-Check-Act), que permitem o planejamento estratégico das empresas,
facilitando a tomada de decisões gerenciais e contribuindo com a melhora contínua da
capacidade e resultados da empresa. O modelo utilizado como ferramenta estratégica para ser
abordado nesse artigo foi o PDCA.

A implementação da metodologia proposta por Edward Deming durante os anos 5s é


uma ferramenta de gestão eficaz, que ainda fornece resultados à muitas organizações, pois
permite uma melhoria integral na competitividade das empresas, mais especificamente na
qualidade, na optimização da produção, na redução de custos e, consequentemente, no
aumento da rentabilidade da organização (FONSECA; MIYAKE, 2006).

O Ciclo PDCA (Figura 1) está dividido em quatro fases, segundo Pacheco et all.
(2006):

- Figura 1: Fases Ciclo PDCA (Simões, 2007)

- Fase P: Planejar: caracteriza-se pelo estabelecimento de um plano de ação em duas


etapas: a definição do que se quer (objetivos, estratégias e ações) e a definição dos
métodos para atingir esses objetivos.
- Fase D: Executar: caracteriza-se pela execução daquilo que foi planejado, neste
caso por meio das etapas de capacitação da organização para a implementação e a
implementação propriamente dita.

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- Fase C: Verificar: que se caracteriza pela comparação entre os dados obtidos por
meio da execução do plano de ação e o estabelecido inicialmente, no intuito de
verificar se os resultados esperados estão sendo atingidos.
- Fase A: Agir: fase caracterizada pela correção das ações corretivas necessárias para
evitar problemas repetitivos ou para melhorar os resultados obtidos.

Relacionando cada etapa do ciclo do PDCA com a Logística Reversa de pneus:

PLANEJAR (PLAN): Quando se utiliza o Planejamento como a primeira fase do


ciclo do PDCA estabelecem os indicadores de metas e objetivos. Qual o problema e o
objetivos a serem alcançados. Segundo a VR Resíduos, a organização precisará de uma
estrutura capaz de guardar e tratar os pneus recolhidos, ou possuir uma empresa já definida
para esse tipo de serviço.

Esse processo de logística reversa de pneus inclui o gerenciamento das seguintes


etapas: coleta, armazenagem, manuseio e movimentação ainda no gerador de resíduos. Além
da coleta e transporte, movimentação e armazenagem na indústria de reciclagem. A
organização precisará de uma estrutura capaz de guardar e tratar os pneus colhidos ou possuir
uma empresa já definida para esse tipo de serviço. Diante disso concluímos que a logística
reversa de pneus e a utilização da ferramenta PDCA enraizados na empresa são analisados
como benefícios e a melhoria nunca acaba.

EXECUTAR (DO): Problemas identificados e metas traçadas: é hora de colocar em


prática tudo que foi planejado. Segundo reportagem do Jornal Nacional em 2009 sobre
reaproveitamento de pneus no Recife, mostrou que os caminhões recolhem os pneus e
armazenam, fazem a verificação dos pneus servíveis e os inservíveis, promovendo assim a
separação, ou seja, é um desafio transformar lixo e problema em matéria prima e lucro. A
tecnologia é uma aliada importante para vencer esse desafio, visto que tudo do pneu se
aproveita transformando velhos pneus em novos produtos. Os pneus são cortados e colocados
em caldeiras a 400° de temperatura, 200 pneus derretidos dão origem a 250 litros de óleo, 300
kg de carvão mineral, 150 kg de aço e gera mais um item que não dá para ser visto a olho nu
que é o gás usado para alimentar as caldeiras. O carvão e o óleo voltam para as indústrias
como combustível. O aço é aproveitado pelas metalúrgicas. O pneu triturado é usado na

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produção de asfalto de borracha. Primeira camada é de brita, depois uma mistura que contém
asfalto e por último a camada que contém os grãos de pneus. Caso não haja a possibilidade de
se executar aquilo que foi planejado, será preciso o retorno à primeira fase e analisar os
motivos que levaram aos desvios. Nesta fase do PDCA é a hora de verificar o que está
funcionando e o que precisa ser mudado.

Checar: Orientação dos resultados devendo estar implementado com o plano de ação.
Quanto mais prematura a verificação significará maior possibilidade que os resultados
positivos sejam atingidos. Acompanhar se o previsto foi realizado; identificar se os desvios
foram sanados e possíveis melhorias; avaliar a sistemática do exercício proposto.

Agir: Concretizar as intervenções sobre as diferenças (caso haja). A seguir haverá a


padronização e a finalização do plano de ação contramedida sobre o processo de
planejamento, atuação e checagem; distinção definitiva das causas, averiguação das atividades
e planejamento.

Essa quarta etapa simboliza fim e começo simultaneamente, todavia, após uma
meticulosa verificação dos problemas e erros anteriores do ciclo do PDCA, recomeçam-se
novas diretrizes. Por isso, é de grande valia recordar que, ao encerrar o ciclo (fim das
contramedidas), um novo planejamento se inicia. Observa-se que a ferramenta do Ciclo
PDCA pode ser relacionada com os procedimentos de logística reversa, pois as máquinas de
reciclagem com pneus elaboram todo um ciclo para o aproveitamento destes resíduos,
tornando o processo uma vantagem competitiva, que permite às empresas se sobrepor aos
concorrentes significativos. Uma vez tendo vantagens competitivas caracteriza algo
estratégico.

5. EXEMPLOS DA PRÁTICA DA LOGÍSTICA REVERSA DE PNEUS

Dentre as práticas de logística reversa de pneus, Mellone, Santos e Shibao (2013)


destacam o seu uso na fabricação de asfalto-borracha, o qual está composto em 20% de
borracha de pneus, que contribui para com a melhoria da qualidade do ligante asfáltico,
proporcionando maior flexibilidade e resistência ao envelhecimento, o que ainda garante
economia e a segurança dos usuários das vias, quando comparado ao asfalto convencional.

A seguir apresentamos a contribuição de duas empresas para com a preservação do


meio ambiente por meio da logística reversa de pneus: a Reciclanip e a Bridgestone.

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- RECICLANIP: entidade que surgiu no ano de 1999 por meio do Programa Nacional
de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis, implantado pela ANIP (Associação Nacional da
Indústria de Pneumáticos), tornando-se gestora do sistema de Logística Reversa de pneus
inservíveis e uma das maiores iniciativas de destinação de resíduos sólidos (especificamente
de pneus) entre os países da América Latina.

A atuação da Reciclanip atende à Resolução 416/09 do CONAMA, que regulamenta a


coleta e destinação dos pneus inservíveis, sendo responsável pela abertura dos pontos de
coleta, pela gestão da logística reversa do produto e pelo incentivo na busca por novas
destinações, gerenciando o processo de coleta e reciclagem de pneus inservíveis para a
indústria nacional.

Conforme informa a empresa Reciclanip (2019), o ciclo sustentável do pneu envolve


seis etapas específicas, a saber: 1. A fabricação do pneu e disposição dele para a venda (ou
revenda); 2. A venda do pneu ao consumidor e a orientação sobre seu descarte
ambientalmente correto; 3. A manutenção dos pneus para garantir a segurança do proprietário
e outros usuários; 4. A devolução do pneu ao ponto de coleta, quando não tem mais condições
de uso; 5. A retirada do pneu do ponto de coleta por parte da Reciclanip para seu
encaminhamento; e 6. O reaproveitamento do material do pneu como fonte de energia ou
como matéria-prima.

- BRIDGESTONE: A Bridgestone é um conglomerado japonês da indústria da


borracha, sendo considerado o maior fabricante de pneus do mundo, conforme o Ranking
Global de Empresas Fabricantes de Pneus. Esta empresa foi fundada na cidade de Kurume
(Japão) em 1931, sendo detentora das marcas Bridgestone, Bandag, BTS e Firestone. No
Brasil, a Bridgestone produz pneus para todos os segmentos em suas fábricas de Santo André
– SP e de Camaçari – BA, atingindo a capacidade de produção de 42 mil pneus/dia.

Atuar de maneira ambientalmente responsável é ainda hoje um diferencial entre as


empresas, destacando-as nesse competitivo mercado. Nesse contexto, a Bridgestone mantém
diversos programas de proteção ambiental em suas unidades produtoras, fazendo a coleta
seletiva e destinação correta de seus resíduos, pois, como qualquer produto, ao final da vida
útil o pneu precisa ser descartado de maneira correta, em local apropriado, visando a não
degradação ambiental.

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A correta destinação dos pneus inservíveis é feita por meio do programa de coleta,
gerenciado pela empresa Reciclanip, antes mencionada. Desta forma, a Bridgestone (2019)
assume seu compromisso com o meio ambiente através de suas práticas ambientais verdes
que são orientadas a:

• Ajudar a garantir um meio ambiente saudável para as gerações atuais e futuras.


• Estar em harmonia com a natureza: Contribuir para a biodiversidade através da
melhoria de habitats e da pesquisa e educação ambiental.
• Valorizar os recursos naturais: Favorecer continuamente a conservação de recursos
naturais através de aprimoramentos operacionais e do design de produtos.
• Reduzir as emissões de CO2: Reduzir continuamente a emissão de gases do efeito
estufa, como o CO2, do ciclo de vida útil completo dos nossos produtos.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por meio deste estudo foi possível analisar a aplicabilidade da logística reversa de
pneus como um instrumento de prevenção a favor do meio ambiente, que permite a
diminuição dos impactos causados pelos resíduos sólidos e, ao mesmo tempo, a criação de
estratégias voltadas à redução do descarte inadequado dos pneus e as vantagens competitivas
para as organizações.

Nesse sentido, durante a primeira parte da pesquisa foram abordados o conceito de


logística reversa, seu histórico e motivos de implementação no Brasil, bem como as questões
legais envolvidas no processo, considerando como base a Política Nacional de Resíduos
Sólidos; posteriormente, foram apresentadas algumas vantagens e desvantagens da logística
reversa de pneus, tanto em sentido ambiental, como econômico e social, para tanto, foi
abordada a logística reversa como uma estratégia que permite que a organização permaneça
atrativa e competente no mercado, gerando valor, em detrimento de seus concorrentes.

Observou-se que a logística reversa faz parte do planejamento estratégico das


organizações, pois supõe mudanças necessárias, que visam ao alcance de objetivos a longo,
curto e médio prazos, de acordo com suas necessidades específicas. Nesse sentido, foi
possível identificar o papel fundamental das ferramentas estratégicas, tais como o Ciclo de
Vida, o Balanced Scorecard e, principalmente, o Ciclo PDCA, um modelo que por meio de
suas fases de planejamento, execução, verificação e ação, permite facilitar os processos de

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tomada de decisão, contribuindo com a melhoria integral e continuada da capacidade,


competitividade, qualidade e produtividade da empresa e, consequentemente, com a obtenção
de resultados, principalmente no que se refere à redução de custos operacionais e ao aumento
da rentabilidade.

Finalmente, apresentou-se o panorama da Logística Reversa de Pneus no Brasil, por


meio da análise dos processos de LR de duas empresas que fazem uso desta estratégia,
implementando ações que vem contribuindo para a preservação do meio ambiente (a
Bridgestone e a Reciclanip), assim, foram apresentados seus processos de reciclagem e
reaproveitamento dos pneus e algumas vantagens que esses processos representam para as
empresas, demonstrando que a logística reversa de pneus, além de evitar o descarte irregular
deste resíduo no meio ambiente, gera diversos ganhos para as organizações.

7- REFERÊNCIAS

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