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Luiz Alberto Melo de Oliveira – DNPM/SE, Tel.: (79) 3231-3011, E-mail: luiz.alberto@dnpm.gov.br
2 PRODUÇÃO INTERNA
A produção de potássio fertilizante no Brasil está restrita ao complexo mina/usina Taquari-Vassouras, em Sergipe,
e esteve a cargo da Petrobrás Mineração S/A - PETROMISA até outubro de 1991. Em face à extinção da PETROMISA, os
direitos minerários da empresa extinta passaram para a Petróleo Brasileiro S.A - PETROBRÁS, através de cessão de
direitos, tendo a PETROBRÁS arrendado à VALE S.A. os direitos referentes à concessão de lavra, que incluem o complexo
mina/usina de Taquari/Vassouras. O complexo mina/usina de Taquari/Vassouras, cujo Plano de Aproveitamento
Econômico inicial (Projeto Base) definiu como produção nominal 500 mil t/ano de KCl, correspondendo a 300 mil t/ano de
K2O equivalente, teve a capacidade de produção aumentada e vêm apresentando, desde 1998, produção superior à meta
prevista no Projeto Base, tendo produzido, em 2010, 661,69 mil t de KCl, (com teor de 63,17% de K2O equivalente),
correspondendo a 418,00 mil t. de K2O equivalente. Observou-se em 2010 uma queda na produção interna de KCl em
relação ao ano anterior, quando foram produzidas 716,63 mil t. de KCl.
A produção interna de KCl vem oscilando nos últimos anos, ocupando patamares próximos dos acima observados.
Em função do mercado, em Taquari/Vassouras têm sido produzidos os tipos Standard (0,2 a 1,7 mm) e Granular (0,8 a 3,4
mm).
Da mina de Taquari/Vassouras, em atividade desde 1985, já foram explotadas cerca de 36,75 Mt de minério. Em
face do método de lavra utilizado, a taxa de extração na referida mina fica próxima de 50% da reserva minerável.
Atualmente, a capacidade total instalada run of mine (ROM) da mina é de 3.200 mil t/ano, e a vida útil, prevista, é de mais
6 (seis) anos. A usina de beneficiamento dispõe de uma capacidade instalada para produção de 850mil t/ano de KCl.
3 IMPORTAÇÃO
Em virtude da pequena produção interna, comparada à grande demanda interna pelo produto, o Brasil situa-se no
contexto mundial como grande importador de potássio fertilizante, tendo como principais fornecedores em 2010, a
Bielorrússia (28,01%), o Canadá (27,16%), a Alemanha (17,7%), Israel (14,24%) e a Rússia (6,37%). Observando-se as
POTÁSSIO
estatísticas do Comércio Exterior Brasileiro em 2010, nota-se um aumento das importações de potássio fertilizante em
relação a 2009, porém, não superando a quantidade importada em 2008. Também verifica-se, no ano em análise, uma
significativa queda do preço por tonelada do produto, modificando assim uma tendência de aumento de preço observada
a partir de 2008. A quantidade de potássio fertilizante importada em 2010 esteve em torno de 77,64% acima da
verificada no ano de 2009, enquanto o valor de importação do produto foi aproximadamente 7,46% maior que em 2009.
Considerando o quadro observado em 2010, o Brasil mantem-se no contexto mundial como grande importador de
potássio fertilizante.
Também são usados como fontes de potássio para a agricultura, em usos específicos, o sulfato de potássio e o
sulfato duplo de potássio e magnésio. Em 2010, foram importadas cerca de 37,06 mil toneladas de sulfato de potássio,
correspondendo a cerca de US$ FOB 21,15 milhões.
4 EXPORTAÇÃO
Nossas exportações de potássio são, basicamente, destinadas a países da América do Sul. Em 2010, atingiram
cerca de 12.880 t/K2O, correspondendo a US$-FOB 9.863 mil, de cloreto de potássio.
5 CONSUMO INTERNO
O consumo interno aparente de potássio fertilizante, em 2010, situou-se em torno de 36,23% acima do observado
em 2009, quando foi verificada uma queda no consumo interno em relação a 2008 de cerca de 43,61%. O consumo
brasileiro de potássio fertilizante mantem-se em um patamar elevado, confirmando assim a situação do Brasil no
contexto mundial como grande consumidor e importador desse produto. A produção interna de potássio fertilizante
encontra-se ainda muito abaixo da demanda interna pelo produto. Em 2010, a produção doméstica de KCl representou
cerca 10,25% do consumo interno aparente. No ano em análise, como vem ocorrendo nos últimos anos, a produção
interna (Complexo Taquari/Vassouras), mais uma vez, superou a meta de 500 mil t/ano de KCl, que foi a produção
nominal prevista no Projeto Base.
O principal uso do cloreto de potássio é como fertilizante, apresentando-se o setor agrícola como responsável pela
maior demanda pelo produto. O sulfato de potássio e o sulfato duplo de potássio e magnésio também são usados, em
menor proporção, como fontes de potássio para a agricultura, em culturas específicas.
Em termos mundiais, mais de 95% da produção de potássio é usada como fertilizante, sendo 90% dessa produção
na forma de cloreto de potássio. O restante é consumido pela indústria química.