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Raimundo Augusto Correa Mártires - DNPM/PA, Tel.: (91) 3299-4569, E-mail: raimundo.martires@dnpm.gov.br
2 PRODUÇÃO INTERNA
Em 2009, a produção brasileira de caulim beneficiado foi de 1,9 milhão de toneladas (Mt), quantidade 30% inferior
a de 2008 quando foram produzidas 2,7 Mt, fato que revelou a vulnerabilidade do mercado mundial de caulim frente a
crise que abalou a economia global no final de 2008 e quase todo o ano de 2009. Todas as grandes empresas brasileiras
exportadoras de caulim tiveram suas produções reduzidas tendo em vista a queda da demanda mundial desse produto.
Apesar do quadro econômico, a IRCC manteve a liderança da produção nacional respondendo por 50,1%, sendo seguida
pela empresa CADAM com 21,5%, PPSA com 17,8%, Mineração HORII Ltda com 3,3% e outras com 7,3%. As empresas,
localizadas na Amazônia, são as maiores produtoras de caulim para revestimento e cobertura de papel. Empresas
instaladas em São Paulo, Paraná, Bahia, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, com produtos utilizados,
principalmente no setor de cerâmicas brancas (vasos em geral, porcelanas, etc.), abastecem, basicamente, o mercado
interno.
3 IMPORTAÇÃO
As importações de bens primários de caulim apesar de serem reduzidas quando comparadas com a produção
nacional, em 2009, apresentaram pequeno aumento no período 2008/2009 passando de 16 mil para 17 mil toneladas
(mt) (receita de US$ 6,7 mil em 2009 contra US$ 6,9 em 2008). Os produtos manufaturados a base de caulim, por sua vez,
tiveram queda considerável na quantidade exportada de 24% e queda na receita de 11%. Os bens manufaturados
responderam pela fatia de 82% do valor das importações. Os principais países de origem das importações, para os bens
primários de caulim foram: EUA (92%), Reino Unido (4%), Argentina (1%), China (1%), França (1%) e outros (1%). Quanto
aos manufaturados, representados principalmente por aparelhos de porcelana branca de mesa, tiveram origem na China
(94%), Hong Kong (4%) e outros (2%).
CAULIM
4 EXPORTAÇÃO
O mercado externo continua sendo o principal consumidor (98%) do caulim produzido no País. As exportações de
bens primários a base de caulim em 2009 sofreram uma diminuição de 27% em relação a 2008 caindo de 2,75 Mt para 2,0
Mt, enquanto que a receita caiu 28% (US$ 353 milhões em 2008 e US$ 253 milhões em 2009) resultado da redução da
demanda internacional devido à crise global. Ressalta-se que as exportações de produtos manufaturados a base de
caulim são insignificantes frente aos produtos primários, o que poderia ser alterado se o país tivesse mercado para
consumir e transformar esses produtos. Os países de destino das exportações brasileiras de bens primários a base de
caulim foram: Bélgica (32%), EUA (18%), Canadá (17%), Japão (10%) e outros (23%). As três principais empresas
produtoras IRCC (de capital francês), CADAM e PPSA (ambas controladas pelo Grupo Vale), foram responsáveis por mais
de 97% do total exportado. A exportação de produtos manufaturados à base de caulim em 2009 caiu 28% em relação a
2008, enquanto que a receita caiu 25%. Os Países de destino dos bens manufaturados foram: Venezuela (21%), Paraguai
(16%), Bolívia (14%), EUA (14%), Itália (6%) e outros (29%).
5 CONSUMO INTERNO
É importante ressaltar que as exportações superaram a soma da produção beneficiada mais importação de bens
primários, o que reflete o uso dos estoques das empresas para suprir a demanda. Grande parte do caulim consumido no
mercado interno provém das minas existentes nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e outros
estados de menor produção. O caulim é utilizado em diversos setores industriais em todo o mundo, destacando-se o de
papel (cobertura e enchimento), que consome 45%, cerâmica (porcelana, cerâmica branca e produtos refratários) 31% e
o restante, 24% divididos entre tinta, borracha, plásticos e outros. O caulim tem, como principal competidor, no mercado
de papel, o carbonato de cálcio.