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O QUE É TRABALHO EM ALTURA?

• É TODA A ATIVIDADE EXECUTADA ACIMA DE 2 METROS DO PISO DE REFERÊNCIA.

Uma das principais causas de mortes de trabalhadores se deve a acidentes envolvendo queda de pessoas e materiais.
Principais Áreas com Grande Risco de Queda

• 30% DOS ACIDENTES DE TRABALHO OCORRIDOS AO ANO SÃO DECORRENTES DE QUEDAS.


FONTE MTE.

• O risco de queda existe em vários ramos de atividades, devemos intervir nestas situações de risco regularizando o
processo e tornando os trabalhos mais seguros.

• Devemos tomar medidas preventivas em todos os trabalhos realizados com risco de queda visando à segurança dos
trabalhadores e terceiros.
Acidentes fatais por queda de atura ocorrem principalmente em:
• Obras da construção civil;
• Serviços de manutenção e limpeza em fachadas;
• Serviços de manutenção em telhados;
• Pontes rolantes;
• Montagem de estruturas diversas;
• Serviços em ônibus e caminhões;
• Depósitos de materiais;
• Serviços em linha de transmissão e postes elétricos;
• Trabalhos de manutenção em torres;
• Serviços diversos em locais com aberturas em pisos e paredes sem
proteção, etc.

Acesso por Corda


Esta técnica de progressão é empregue na ausência de proteções coletivas
(guarda-corpos, rede de proteção, etc.) ou ainda quando se trata de estruturas
extraprumadas ou obras incompatíveis com a utilização de meios exteriores de
intervenção (bailéu, andaime, etc.). Pode também dizer respeito a intervenções
pontuais de curta duração em que a montagem das proteções coletivas não se
justifica. O acesso à zona de trabalho é realizado por meio de cordas pelos
operadores especializados e formados em técnicas de acesso por corda. O
acesso pode ser feito quer por cima (mais seguro e simples de implementar, esta
é técnica a privilegiar), quer vindo debaixo (a progressão é assegurada por um
líder, por exemplo, atirando uma corda de progressão à volta de um ponto fixo
para depois executar uma subida em corda, ou utilizando a técnica de
progressão alpina). Quando todas as cordas de progressão e de segurança estão
instaladas pelo líder, o resto da equipe pode progredir com toda a segurança.

Equipamento de Proteção Individual

IV - Proteção contra quedas com diferença de nível:


a) cinto de segurança para trabalho em altura superior a 2 (dois) metros em que haja risco de queda;
b) cadeira suspensa para trabalho em alturas em que haja necessidade de deslocamento vertical, quando a natureza do
trabalho assim o indicar;
c) trava-queda de segurança acoplada ao cinto de segurança ligado a um cabo de segurança independente, para os
trabalhos realizados com movimentação vertical em andaimes suspensos de qualquer tipo.
• EPI é todo dispositivo de uso individual, para proteger a saúde e a integridade física do trabalhador. Só poderá ser
comercializado e utilizado, se possuir o Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo MTE, nº que consta no próprio
equipamento.

Obriga-se o empregador, quanto ao EPI, a:


a) adquirir o tipo adequado à atividade do empregado;
b) treinar o trabalhador sobre o seu uso adequado e tornar seu uso obrigatório;
c) substituí-lo quando danificado ou extraviado, higienizá-lo e fazer sua manutenção;

Obriga-se o empregado, quanto ao EPI, a:


a) usá-lo p/ o fim a que se destina e responsabilizar-se por sua guarda e conservação;
b) comunicar o empregador alterações que torne seu uso impróprio.
Dominar as técnicas
Para uma segurança e uma eficácia ótima, no trabalho em altura requer um máximo de rigor assim como
uma excelente técnica. A aquisição dessas competências deve ser assegurada através de uma formação
específica e um treino regular adaptado a cada nível de intervenção.

Os meios de proteção
Na maioria dos casos, os dispositivos de proteção coletiva devem sempre ser utilizados à priori. Contudo, o
emprego de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) é autorizado em alguns casos precisos :
• a utilização de dispositivos de acesso externo não é possível (plataforma, bailéu, etc.);
• a instalação de proteções coletivas é tecnicamente impossível;
• o uso de EPI permite diminuir o risco;
• as operações a realizar são pontuais e de curta duração.

Dar segurança às intervenções


A utilização dos EPI nos sistemas de trabalho em altura e resgate deve imperativamente responder a certo
número de regras elementares:
• uma seleção rigorosa e montagem segura de pontos de ancoragem, a qualidade das ancoragens é primordial
para a segurança. A repartição dos esforços e a montagem dos aparelhos são essenciais. As ancoragens
duplicadas ou triplicadas para cada sistema asseguram um nível de segurança maior, em particular para o
resgate e tirolesas;
• uma organização adequada do posto de trabalho, as instalações colocadas para trabalhar em altura, ou para
prestar socorro, deve ser simples, ordenadas corretamente e devem sistematicamente ser controladas antes
da sua utilização. Esta última operação será tanto mais rápida e eficaz quanto mais simples e ordenadas as
montagens forem;
• a presença de um dispositivo de contra-segurança, quando tal é possível, os sistemas de resgate devem
estar associados a um dispositivo de contra-segurança independente, de modo a garantir simultaneamente a
segurança das vítimas e dos socorristas (salvo no caso da auto-evacuação);
• um plano de evacuação das pessoas em situação de trabalho, um plano de evacuação deve estar previsto
para permitir às equipas de se auto-evacuar ou de se fazer evacuar em caso de acidente. Os EPI são
concebidos inicialmente para não ser utilizados senão por uma pessoa de cada vez. Quando estes
equipamentos são utilizados para evacuar duas pessoas simultaneamente, estes equipamentos não estão
autorizados a não ser em situações excepcionais, descida acompanhada, descida ou içagem de maca, etc.
Nestas configurações :- a utilização dos equipamentos não está nem certificada, nem coberta pela diretiva
sobre a proteção individual contra as quedas em altura,- os equipamentos são solicitados no limite das suas
capacidades.

Exemplos de EPI's para trabalhadores em atividades de manutenção de fachadas:

•A: trava queda ligado a cabo guia. B: cinto de segurança pára-quedista.

Atos que podem levar a acidentes fatais


• EXCESSO DE CONFIANÇA;
• NÃO USO OU USO INCORRETO DOS EPI´s;
• DESCUMPRIMENTO E/OU DESCONHECIMENTO DOS PADRÕES DE EXECUÇÃO.
FATOR DE QUEDA
Indica a relação entre a altura da queda de uma pessoa e o comprimento do talabarte que ira dete-la. Esse fator é
essencial para determinar se um sistema de segurança contra quedas é seguro ou não.
O fator de queda define então como a razão entre a altura da queda e o comprimento do talabarte que absorve esta
queda. Esse valor é obtido através da divisão de um pelo outro.

FATOR DE QUEDA = ALTURA DA QUEDA


Comprimento do Talabarte

hQ = Altura da Queda
CT = Cumprimento de Talabarte

hQ/CT = Fator de Queda

NR 8 – Edificações
• 8.3.2. As aberturas nos pisos e nas paredes devem ser protegidas de forma que impeçam a queda de pessoas e
objetos.
• Importante: As proteções quando feitas em madeiras deve ser de 1° qualidade sem nós e devem ser pintadas com
identificação de EPC para impedir que sejam retiradas inadvertidamente.

NR 18 - Medidas de proteção contra quedas


• 18.13.1. É obrigatório a instalação de proteção coletiva resistente onde houver risco de quedas de trabalhadores ou
projeção e materiais.
• 18.13.2. As aberturas nos pisos devem ter fechamento provisório resistente.
• 18.13.3. Os vãos de acesso às caixas dos elevadores devem ter fechamento provisório de, no mínimo, 1,20m (um
metro e vinte centímetros) de altura, constituído de material resistente e seguramente fixado à estrutura, até a
colocação definitiva das portas.
• 18.13.5. A proteção contra quedas, quando constituída de anteparos rígidos, em sistema de guarda-corpo e rodapé
deve atender aos seguintes requisitos:
a) ser construída com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para o travessão superior e 0,70m (setenta
centímetros) para o travessão intermediário;
b) ter rodapé com altura de 0,20m (vinte centímetros);
c) ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento seguro da abertura.

A restrição
Técnica que visa impedir o trabalhador evoluir em zonas que apresentem um
risco de queda (princípio da trela):
- longe + harnês de posicionamento no trabalho (o comprimento da longe é
escolhido de forma a impedir o trabalhador a entrar numa zona de queda).
O antiquedas
O sistema de travamento de quedas tem por objetivo prevenir os riscos aliados à queda:
- bater contra um obstáculo ou o solo;
- uma força choque muito elevada;
- a suspensão inerte;
- agravamento do estado da pessoa.

Reduzir a distância necessária ao travamento da queda


É necessário prever a zona livre desimpedida necessária. Esta distância desimpedida é o espaço livre
necessário sob o utilizador para que não encontre nenhum obstáculo durante uma queda (ver esquema).
Observações:
• as longes, ou os absorvedores de energia, não devem exceder os 2 m de comprimento;
• a altura de queda deve sempre ser reduzida ao mínimo;
• o cálculo da zona livre desimpedida varia em função do sistema empregue, longe, absorvedor de energia,
dispositivo antiquedas móvel, antiquedas retrátil…

Absorver a energia da queda para limitar os esforços transmitidos ao corpo humano


Durante uma queda, o trabalhador não deve em caso algum ser sujeito a uma força superior a 6 kN. Dois
meios são possíveis:
• assegurar-se que as longes se mantém constantemente fixas aos pontos de ancoragem, acima do nível da
cabeça, de forma a minimizar a altura de queda e as forças choque geradas pela queda;
• se não é possível limitar a queda, então um amortecedor de impactos deve estar previsto. Os EPI
(equipamento de proteção individual) com amortecedor de impactos mais freqüentes são os absorvedores de
energia.

Movimentação e transporte de materiais e pessoas


• 18.14.1.1 A montagem e desmontagem devem ser realizadas por trabalhador qualificado
• 18.14.2 Todos os equipamentos de movimentação e transporte de materiais e pessoas só devem ser operados por
trabalhador qualificado, o qual terá sua função anotada em Carteira de Trabalho
• 18.14.3 No transporte vertical e horizontal de concreto, argamassas ou outros materiais, é proibida a circulação ou
permanência de pessoas sob a área de movimentação da carga, sendo a mesma isolada e sinalizada.
• 18.14.19 É proibido o transporte de pessoas por equipamento de guindar.

Andaimes
• 18.15.3. O piso de trabalho dos andaimes deve ter forração completa, antiderrapante, ser nivelado e fixado de modo
seguro e resistente.
• 18.15.6. Os andaimes devem dispor de sistema guarda-corpo e rodapé, inclusive nas cabeceiras, em todo o
perímetro, conforme subitem 18.13.5, com exceção do lado da face de trabalho.
• 18.15.8. É proibida, sobre o piso de trabalho de andaimes, a utilização de escadas e outros meios para se atingirem
lugares mais altos.
• 18.15.13. É proibido o deslocamento das estruturas dos andaimes com trabalhadores sobre os mesmos
• 18.15.14. Os andaimes cujos pisos de trabalho estejam situados a mais de 1,50m (um metro e cinqüenta centímetros)
de altura devem ser providos de escadas ou rampas.
Obs. O uso de cinto de segurança, talabartes duplos e conectores de grande abertura satisfazem perfeitamente a todos
os requisitos de segurança.

Andaime suspenso mecânico


• Largura mínima útil: 65 cm
• Largura máxima útil: 90 cm
• Comprimento máximo: 8 m
• Carga mínima em qualquer
ponto deve ser de 200kgf.
18.15.31 - O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo pára-quedista, ligado ao trava-quedas de segurança este,
ligado a cabo–guia fixado em estrutura independente da estrutura de fixação e sustentação do andaime suspenso.

18.15.32 - A sustentação dos andaimes suspensos deve ser feita por meio de vigas, afastadores ou outras estruturas
metálicas de resistência equivalente a, no mínimo, três vezes o maior esforço solicitante.

O posicionamento no trabalho
Técnica de trabalho que permite ao trabalhador trabalhar em tensão no seu
equipamento, com as mãos livres • no caso onde o risco de queda no vazio é nulo
(telhado pouco inclinado), harnês de posicionamento e longe de posicionamento.
• no caso onde há um risco de queda (telhado não coberto, telhado não protegido por
proteções coletivas, pendente muito acentuado...), harnês de posicionamento no
trabalho e antiquedas, longe de posicionamento e sistema antiquedas.

Manter a vítima numa posição adaptada para limitar os efeitos da suspensão


inerte

Quando há uma queda, o sistema de travamento de quedas é concebido para


minimizar o efeito da gravidade sobre o corpo humano (reduzir a força choque, evitar
ou desacelerar o impacto contra o obstáculo). Apesar disso, as conseqüências de uma
queda são muitas vezes graves. A suspensão inerte num harnês, qualquer que seja o
modelo, pode despolitizar perturbações fisiológicas graves. Estas perturbações não
ocorrem durante uma suspensão prolongada com uma pessoa consciente, já que este
modifica em permanência os pontos de apoio no seu harnês.
Ponto de ancoragem:
É o local onde se fixam os pontos de segurança dos cabos para retirada de vítimas e acesso de bombeiros na edificação
e área de risco. Podem ser fixas, através de elementos naturais, tais como grandes rochas (muito superiores ao peso
dos escaladores e sem perigo de deslizar), grandes árvores, etc., ou através de fixações artificiais, conjunto de
plaquetas e cadeados ou fitas. Deve ser constituído de material resistente a intempéries, não provocar abrasão ou
esforços cortantes nas cordas e resistir a esforços de tração de 3.000 Kgf.
Quando não conhecemos a via a escalar devemos verificar o estado das ancoragens e das plaquetas.
• Exemplo de pontos de ancoragem definitivos em edifício p/ serviços de manutenção de fachada. Ancoragem deve ser
de aço inox, fixada em parte estrutural do edifício;

• Construtoras não costumam deixar pontos de ancoragem definitivos nos edifícios. Anos após a construção, a
necessidade de realizar serviços de manutenção em fachadas induz a ancoragem de cabos guia e de sustentação em
pontos improvisados, com risco de acidentes.
É proibida a fixação de sistemas de sustentação dos andaimes por meio de sacos com areia, pedras, latas ou qualquer
outro meio similar.

Pode-se utilizar sistema contrapeso como forma de fixação dos andaimes suspensos, desde que este atenda as
seguintes especificações mínimas:

a) ser invariável (forma e peso especificados no projeto);


b) ser fixado à estrutura de sustentação dos andaimes;
c) ser de concreto, aço ou outro sólido não granulado, com seu peso conhecido e marcado de forma indelével em cada
peça.
Cadeira Suspensa

• Quando não for possível a instalação de andaimes, é permitida a utilização de cadeira


suspensa (balancim individual).
• Quando não for possível a instalação de andaimes, é permitida a utilização de cadeira
suspensa (balancim individual).
• O trabalhador deve utilizar cinto de segurança tipo pára-quedista, ligado ao trava-quedas
em cabo-guia independente.

• O sistema de fixação da cadeira suspensa deve ser independente do cabo-guia do trava-quedas.


Esta cadeira deve apresentar na sua estrutura, em caracteres indeléveis e bem visíveis, a razão
social e o número do CNPJ do fabricante.
A sustentação da cadeira deve ser feita por meio de cabo de aço ou cabo de fibra sintética
(corda de poliamida).

É proibida a improvisação de cadeira suspensa.

• A grande maioria das cadeirinhas utilizadas em serviços de fachada é de fabricação


artesanal. São consideradas, pelos trabalhadores, mais fáceis de utilizar, mais leves e mais
baratas, porém são perigosas e seu uso é proibido.

A cadeira suspensa deve dispor de:


• Sistema c/ dispositivo de descida com dupla trava de segurança, se sustentada por cabo de
fibra sintética
• Sistema dotado com dispositivo de subida e descida, c/ dupla trava de segurança, se
sustentada por cabo de aço.
•Os cabos de aço e de fibra sintética devem ser fixados por meio de dispositivos que
impeçam seu deslizamento e desgaste e devem ser substituídos quando apresentarem
condições que comprometam a sua integridade em face da utilização a que estiverem
submetidos.

Cinto de Segurança (Baudrier)


É o elemento que faz a ligação da corda ao nosso corpo, confeccionadas em nylon e com
fivelas de metal, asseguram a segurança do bombeiro e da vítima. Deve ser escolhido
criteriosamente tendo em conta o modelo e tamanho adequados. São utilizados modelos
reguláveis (adéquam a vários tamanhos) com sistemas de fecho muito seguros, utilizar
preferencialmente cadeirinhas com boudrie/sutiã.
•Cadeirinhas:
Em atividades sem risco de queda, com o objetivo de,
simplesmente, limitar a movimentação do trabalhador a um corredor de
largura “L”, é permitido usar o talabarte ligado à linha da cintura. Será o
caso que utilizaremos na filial, os cintos serão presos no próprio andaime.

CABO DE FIBRA SINTÉTICA

Definitivamente a corda é o material mais importante do trabalho em altura para reter uma queda e absorver a sua
energia, utilizamos uma corda em nylon do tipo dinâmico que se alonga quando sofre um choque. As cordas mais
modernas são feitas de nylon e são confeccionadas de forma semelhante, com capa e alma, são constituída pelo
exterior entrelaçado que protege a alma do uso – a camisa. A alma é constituída por um entrelaçado de poliamida.
Para os nossos objetivos, a escolha recaiu em diversos tipos de cordas com camisa reforçada e de diâmetro superior a
12mm, quer dinâmicas quer estáticas.
Cordas para salvamento devem ter de 50 a 100m, bitola entre 11.5 mm e 13 mm, suportar 3.000 kgf. e
referencialmente devem ser do tipo estáticas.

Cordas
• Corda Estática: a alma é formada por um chumaço único de fibras dispostas paralelas, cobertas por uma capa
fortemente apertada.
• Corda Dinâmica: a alma consiste de 10 a 12 chumaços de fibras entrelaçadas, deforma que quando houver uma carga
estas se esticam cobertas por uma capa com pequena folga.

Cabos de fibra sintética devem ser dotados de alerta visual amarelo.


Estes cabos deverão contar com rótulo contendo as seguintes informações: Material constituinte: poliamida, diâmetro
de 12 mm, Comprimento em metros e aviso:
"CUIDADO: CABO PARA USO ESPECÍFICO EM CADEIRAS SUSPENSAS E CABO-GUIA DE
SEGURANÇA PARA FIXAÇÃO DE TRAVA-QUEDAS".
1ª capa Trançado externo em multifilamento de poliamida.
2ª capa alerta visual em filamento de polipropileno ou poliamida na cor amarela Quando a segunda camada aparecer
(amarela) indica que a camada superior está desgastada, devendo-se então substituir a corda.
3ª capa Alma central torcida em multifilamento de poliamida.

Fita de identificação
Constando: NR 18.16.5 - ISO 1140 1990 e nome do fabricante com CNPJ.
• A vida útil das cordas depende de: tempo de uso, da manutenção, freqüência do uso, equipamentos utilizados,
intensidade da carga, abrasão física, degradação química, exposição a raios solares (ultravioleta), clima etc.
• Nó enfraquece a corda no local da curvatura com perda de resistência de até 60%.
Curvas mais acentuadas sacrificam mais a estrutura da corda. Esforço contínuo causa danos menores do que um
esforço de impacto.
Cuidados com os cabos sintéticos
• INSPEÇÃO: Antes de cada uso, a corda deve ser inteiramente inspecionada.
Inspeção externa e interna: verificar a capa, diâmetro constante, sem cortes nem fios partidos, sem desgastes por
abrasão e sem suspeita de contaminação por produto químico nocivo à sua estrutura. A corda não deve apresentar
caroço, inconsistência à dobra, emagrecimento da alma (parte interna) e folga entre capa e alma.
• MANUTENÇÃO: poliamida envelhece em contato com o ar, mesmo sem ser usada.
1. Mantê-la: limpa, afastada de produtos químicos nocivos (ácidos), cantos cortantes e piso das obras. Jamais pisá-la
com sapatos sujos. Partículas de areia, terra e pó penetram nas fibras e causam grande desgaste dos fios durante o uso.
2. Armazená-la: em local seco, à sombra, sem contato com piso de cimento, fontes de calor, sol, produtos químicos,
abrasivos ou cortantes.
3. Lavá-la: com sabão neutro, água com temperatura de até 30° e escova com cerdas macias (plásticas). Nunca use
detergente. Deixar secar ao ar livre, longe da luz solar.

Cordeletes
• Cordelete: basicamente trata-se de uma corda com diâmetro reduzido entre 04 mm e 06 mm.
• No salvamento ele é utilizado principalmente como blocante em operações de ascensão e descidas; e como back up
em ancoragens. Ainda pode ser usado na equalização de macas.

Fitas Tubulares
Fitas: assim como as cordas são feitas de fibras de nylon entrelaçadas, tem grande resistência, porém quando sob
tensão, rompe facilmente em uma aresta. Servem principalmente para ancoragens, equalizações e confecção de
cadeirinhas. Pode ser utilizada como blocante.
Quando fechamos um anel ou cordelete com nó, temos que levar em conta que os nós, ao contrário das costuras,
reduzem em muito a resistência das cordas, fitas e cordeletes. Existem nós mais indicados para cada situação, mas o
certo é que o nó é sempre motivo de diminuição de resistência.Antigamente, todas as fitas eram feitas de nylon,
portanto desde as mais fitas, (as super-tapes) até as tubulares de 25mm aceitavam nós. Hoje, existem diversas novas
fibras muito mais resistentes do que o nylon, mas que não aceitam nós, devido principalmente ao fato de serem
extremamente lisas. Fitas de spetra, dynnema, titan... Só são vendidas em anéis já fechados por este motivo. Estas fitas
são mais leves, finas, acumulam menos água e são muito mais resistentes que as fitas de nylon.Então porque não usar
apenas essas fitas? Porque existem situações em que você precisará abrir o anel e – por exemplo – laçar uma árvore
para montar uma parada, ou chapeleta para montar um abandono de rapel. Então é sempre bom levar consigo uma ou
duas fitas de nylon para esses casos.

Cabo De Aço
•Cabos de aço de tração não podem ter emendas nem pernas quebradas que possam vir a comprometer sua segurança.
Não permita que o cabo de aço tome a forma de um pequeno laço, pois é o começo de um nó. Feito um nó a
resistência do cabo é muito reduzida.
•Colocação dos grampos. “Para cabos até 5/8” use no mínimo 3 grampos.
Importante: os grampos devem ser montados de maneira correta e reapertados após o início de uso do cabo de aço.
Manuseio do cabo de aço: cabo de aço deve ser enrolado e desenrolado corretamente, a fim de não ser estragado
facilmente por deformações permanentes e formação de nós fechados

Cuidados Com Cabo De Aço


• Substitua o cabo ou descarte o pedaço do cabo quando:
1. Existirem arames rompidos visíveis
2. Aparecer corrosão acentuada
3. Os arames externos se desgastarem mais do que 1/3 de seu diâmetro original
4. O diâmetro do cabo diminuir mais do que 5% em relação a seu diâmetro nominal
5. Aparecerem sinais de danos por alta temperatura no cabo 6. Aparecer qualquer distorção no cabo (dobra
amassamento ou gaiola de passarinho).

• MANUTENÇÃO: Manter cabos de aço afastados de produtos químicos nocivos (ácidos), abrasivos e cantos (vivos)
cortantes. Armazená-lo em local seco, por meio de carretel, para fácil manuseio, sem torção estrutural.
• MANUTENÇÃO: Manter cabos de aço afastados de produtos químicos nocivos (ácidos), abrasivos e cantos (vivos)
cortantes. Armazená-lo em local seco, por meio de carretel, para fácil manuseio, sem torção estrutural.

Material de Uso Individual Rígido


• Confeccionados em ligas metálicas leves.
• Uso esportivo.

Mosquetão (escalada)

Mosquetão HMS com trava de rosca


O mosquetão, é um anel metálico que possui um segmento móvel, chamado gatilho, que se abre
para permitir a passagem da corda. É um equipamento típico de uso em , por exemplo em
escalada, espeleologia e canyoning.
Existem diversos tipos e formatos, cada qual com uma função especifica.
Mosquetões sem roscas podem ser usados para clipar na cadeirinha os equipamentos que
usaremos em uma escalada. Esses mosquetões também podem fazer parte de uma costura e seu
gatilho pode ser reto ou curvo.
Mosquetões com rosca servem para ancoragem, para momentos em que se é indispensável
máxima atenção por parte do esportista. O mosquetão pode ter o formato 'ovalado', de um D
assimétrico ou ainda formato de pêra (triangular). A rosca do gatilho também pode ser manual ou automática.
Ao contrário do que algumas pessoas pensam, 'mosquetão' não é aumentativo de mosquete (um tipo de espingarda) ,
por tanto não importando o tamanho o nome é sempre Mosquetão. Esse nome talvez tenha sido herdado de uma peça
metálica, de mesmo nome e formato parecido, usada nos antigos relógios de bolso, exatamente a peça que prende o
relógio à corrente.
Em inglês: Carabiner.

Terminologia básica de um mosquetão com trava. 1. Gatilho. 2. Corpo. 3. Trava. 4. Eixo longitudinal. 5. Eixo
transversal. 6. Especificações gravadas de resistência a ruptura.
Tipos de Mosquetão
São características importantes nos mosquetões o tipo de trava, o material de construção, o formato, a resistência e a
abertura. Na face lateral do mosquetão deverão estar gravadas as informações de homologação e teste do material. A
UIAA, a União Internacional das Associações de Alpinismo, estabeleceu a norma UIAA 121, baseada na norma
européia EN 12275:1998 com os padrões de construção para os mosquetões.

Na seqüência, as inscrições se referem a:


 Resistência longitudinal com o mosquetão fechado
 Resistência transversal com o mosquetão fechado
 Resistência longitudinal com o mosquetão aberto
 Unidade de medida (e.g. KN ou daN, quilonewton ou decanewton)
 Classificação dentro da norma EN12275. Uma letra:
 B: (basic) - para uso normal
 D: (directional) – uso com fitas expressas
 X: (oval) – uso múltiplo: escalada, espeleologia
 H: (HMS) – para fazer segurança, para uso com nós (belaying)
 K: (klettersteig ou 'Via ferrata') – para auto-segurança na via de escalada, tem trava automática e abertura
mínima de 21mm (todos os outros tipos têm abertura de 15mm)
 Q: (quick link) – mosquetão para segurança extra, uso em espeleologia, malha rápida (maillon rapide).
Mosquetões sem informações não devem ser utilizados. Há reproduções em alumínio de baixa qualidade, com uso
somente como chaveiros ou para pendurar coisas nas mochilas.

Imitação de mosquetão, sem uso em escaladas

Uma das principais características a ser observadas, a resistência é do mosquetão deve estar inscrita no corpo do
equipamento. As resistências por tipo de mosquetão, conforme a norma EN12275, são:
 Resistência longitudinal com o mosquetão fechado
 X – 18 kN
 K, Q – 25 kN
 Outros tipos – 20 kN
 Resistência transversal com o mosquetão fechado
 B, H, K, X – 7 kN
 Q – 10 kN
 D – não se aplica
 Resistência longitudinal com o mosquetão aberto
 K - 8 kN
 B, D – 7 kN
 H – 6 kN
 X – 5 kN
 Q – não se aplica
 O mosquetão tipo K possui as seguintes exigências adicionais:
 abertura mínima de 21mm
 resistência a pressão lateral (em torção) de 8 kN

Assim, valores médios para um mosquetão particular podem, por exemplo, 22 KN, 8 KN e 10 KN (resistência
longitudinal fechado, resistência transversal fechado e resistência longitudinal com o gatilho aberto).
A resistência é descrita em QuiloNewton (KN) ou DecaNewton (daN):
1 KN corresponde a 100 Kgf ou 100 Kg
Característica da trava
Podem ser com rosca ou sem rosca, com rosca automática ou não.
Mosquetão com rosca
Para operações de maior risco - segurança e rapel - um mosquetão de rosca é essencial. Muito simples, porque com
rosca o mosquetão não abrirá inesperadamente. Um tubinho é rosqueado por cima da abertura do mosquetão
impedindo que este se abra. Um mosquetão de rosca pode parecer mais robusto mas não é mais resistente que um
simples. Ele simplesmente fica fechado com mais segurança. Lembre-se que ele somente é um mosquetão de rosca se
você lembrar de rosqueá-lo! Porque não usar somente mosquetões de rosca? Para top-roping, não é uma má idéia.

Mosquetão HMS (Pêra) sem trava com Nó UIAA


Trava manual
Nos mosquetões cujo gatilho é travado manualmente pelo acionamento de uma rosca o usuário é obrigado a girar a
trava várias voltas completas. Este mecanismo pode tornar desconfortável seu uso em situações em que o escalador
esteja estressado, cansado ou precise agir rapidamente. Por ter menos partes, este mecanismo está menos sujeito a
defeitos.

Trava automática
A rosca automática se caracteriza por um sistema interno de mola que simplifica o mecanismo de acionamento ou
liberação da trava, reduzindo o esforço do usuário e aumentando a velocidade da tarefa. Por ter mais partes em sua
fabricação, este mecanismo está mais sujeito a defeitos e a uma vida útil mais curta.

Mosquetão sem rosca


Muito utilizado em escalada permitindo a rápida e fácil colocação e retirada da corda. Não possui a trava que permite
fixar o gatilho.

Material de construção
Liga de alumínio ou zicral
A maior parte dos mosquetões são feitos de uma liga de alumínio 7075 conhecida como Zicral, com 88% alumínio,
6% de zinco, 4% de magnésio e 2% de cobre.

Aço
A linha de mosquetões de aço foi desenvolvida para atender as necessidades específicas das áreas Profissional e de
Resgate. Devido ao peso tendem a ser utilizados apenas em situações de grande fricção do equipamento com outras
partes metálicas, principalmente em sistemas de transporte de cargas. Possuem maior resistência aos desgaste
mecânico. Sob tensão extrema tendem a deformar até o rompimento (e não a "estourar").

Formato
Basicamente os mosquetões são divididos por seu formato em simétricos e assimétricos, se referindo isto à
correspondência de medidas entre os dois lados de seu eixo maior. O formato da construção corresponde às
possibilidades de uso do equipamento. Os formados mais comuns são o oval, o Delta Simétrico, o Delta Assimétrico e
o Pêra (ou HMS).

Mosquetão simétrico sem trava em uso em um nó borboleta


Mosquetão tipo pêra (HMS) com trava manual

Por exemplo, um mosquetão simétrico em forma de elo de corrente (oval) será adequado ao uso com polias. Um
mosquetão "delta"" (em forma de D) e com grande espaço de abertura será adequado para o uso junto ao corpo numa
cadeirinha. Além do uso, o formato determinará o sentido das forças que deverão ser aplicadas ao equipamento, por
exemplo em um sistema de transporte de cargas. O gatilho do mosquetão também possui diferentes formatos de
construção que permitem maior facilidade para fisgar uma corda ou alça de equipamento, maior ergonomia ou o
aumento do diâmetro de abertura. Este é o caso dos mosquetões delta assimétricos com travas curvas. Os mosquetões
também podem vir de fábrica preparados para o uso com costuras ou fitas expressas ('express'), com uma pequena
barra incorporada a sua base, com a função de evitar que a costura saia do lugar.

Uma costura, mosquetões delta sem trava unidos por fitas expressas

Há dois tipos de mosquetão na figura, com gatilhos clássicos (sólidos) e com gatilho tipo wiregate (abaixo e à direita),
diferindo na tecnologia de construção, mas com usos e resistência similares.

Abertura
A abertura de um mosquetão é o espaço livre que resulta do deslocamento do gatinho para a colocação da corda ou
outros mosquetões e equipamentos. Quanto maior o espaço aberto, maior a facilidade para o uso.

Recomendações gerais
Mantenha seus mosquetões limpos e sem arestas que possam danificar a corda. Para remover esta aresta use lixa grana
220-400, se isto não adiantar, destrua o mosquetão. Não guarde mosquetões danificados, você poderá usa-lo por
engano e sofrer algum acidente durante a escalada. Sempre limpe e lubrifique os mosquetões após o contato com água
salgada ou maresia.

Limpeza
Limpe o gatilho na região articulada, soprando o pó e a sujeira. Se uma limpeza adicional for requerida, lave o gatilho
em água quente com detergente neutro. Enxágüe bem e lubrifique a articulação com pó de grafite ou WD-40. Retire o
excesso de lubrificante.
Obs: O uso do pó de grafite ou outro lubrificante seco, conserva a limpeza por mais tempo impedindo o acumulo de
sujeira.

Conservação
Mantenha todos os mosquetões longe de umidade ou maresia, equipamentos ou roupas úmidas e também agentes
químicos.

Inspeção
Cheque seus mosquetões regularmente e verifique rachaduras e corrosão. Tenha certeza de que o gatilho abre e fecha
apropriadamente. Se o gatilho não funciona apropriadamente , ou está torto, separe o mosquetão. Mosquetões que
sofreram grandes quedas também devem ser rejeitados.

Alguns Cuidados
Apesar de o mosquetão ser muito resistente, deve-se ter um cuidado muito grande com ele. Nunca deixe um
mosquetão na areia, pois ele pode ficar difícil de abrir. Outro cuidado, e talvez o mais importante que deve-se tomar, é
de não deixá-lo cair no chão. Se o seu mosquetão, ou o oito, caírem de uma altura de mais de 2 mts no chão, é
aconselhável que você aposente-os. Acontece que, ao cair, podem surgir microfissuras em sua estrutura, tornando-o
perigoso. Então, não hesite em aposentá-lo. Afinal, a sua vida está em jogo, e creio que ela não valha 15 reais, o preço
de um simples mosquetão.
Meu mosquetão sofreu uma queda, posso continuar utilizando?
É difícil estabelecer se uma queda gerou algum dano estrutural no mosquetão. Para comprovar sus resistência, seria
necessário um ensaio destrutivo - o que não serviria de nada! - ou um ensaio semelhante a um raio X para a
identificação de micro fissuras, porém o custo superaria o valor do mosquetão. Quando o seu mosquetão sofrer uma
pequena queda, faça uma inspeção minuciosa a procura de alguma marca profunda gerada pela queda, se for uma
grande queda em uma superfície rígida, descarte-o. O mais importante é que se utilize o bom senso. Quando estamos
lidando com a nossa segurança não pode existir dúvida. Se não existir plena confiança no seu mosquetão, é melhor
que o utilize em outra função, como içamento de carga, por exemplo.

Quando devo retirar meus mosquetões de uso?


Novamente o bom senso é o melhor parâmetro, mas alguns casos que os mosquetões deverão ser descartado são:
 mola do gatilho quebrada;
 grandes quedas (vide primeira questão)
 desgaste pela fricção com a corda;
 desgaste por ação mecânica de outro equipamento de metal.

Como eu limpo e lubrifico meus mosquetões e polias?


Primeiro, limpe o mosquetão com um pano úmido a água para remover o excesso de partículas e outros corpos. Após
totalmente limpo, seque com um pano e lubrifique os eixos ou molas com um óleo de máquina monoviscoso e de
baixa viscosidade. Durante a aplicação do óleo mexa o gatilho ou gire as polias para que haja uma melhor penetração
do produto e após a aplicação remova todo o excesso de óleo para evitar o contato com os equipamentos de tecido.

Descensores

Os descensores são os equipamentos utilizados para se realizar a descida controlada através da corda. Todos
os equipamentos descensores funcionam através do atrito, que é o responsável pela redução de velocidade
durante a descida. Eles são fabricados, para uso esportivo em duraluminio, que é uma liga de metais que se
torna leve e muito resistente, e em aço, que é utilizado em resgates. No mercado existem vários modelos de
descensores.

Freio 8
O freio 8 é um equipamento de segurança usado na descida de rapel bloqueia ou freia por meio de
trava manual, ou ganha de velocidade de descida quando liberada a corda. De uso simples e versátil
utilizado á muitos anos no alpinismo clássico. Mesmo sendo mais pesados que outros modelos são
duráveis e possibilitam uma descida mais rápida e limpa (menos travada).
Não são indicados segurança de companheiros, são desconfortáveis e perigosos para assegurar
grandes quedas. O ponto negativo deste modelo de freio é que provoca torção e deslizamento da
capa protetora da alma da corda, o que diminui consideravelmente a vida útil e a resistência da
corda.

Freio 8 de Resgate
ATC (Air Traffic Control)

É um descensor multiuso bastante


utilizado também na área esportiva, que
serve para rapel e segurança em escaladas.
Exige cordas dinâmicas entre 10 e 11
milímetros. Os tipos mais conhecidos são
o ATC original, conhecido como ATC; o
ATC XP que possui um desenho
diferente, com “dentes” que aumentam o
poder de frenagem e o ATC GUIDE que,
além dos dentes, possui um anel metálico
usado para fazer ancoragens nas paradas.
Ideal para descidas de até 50 metros de altura. Trabalha como as placas e como os tubos Lowe, quando uma
laçada da corda é enfiada pelo equipamento e clipada ao mosquetão, sendo a segurança dada pela quantidade
de atrito com a corda que é criada por esse sistema. Custa um pouco mais que o oito, mas tem a vantagem de
diminuir a torção da corda, podendo prolongar a vida útil desta.

Para fazer o transpasse do ATC, em primeiro lugar, deve-se dobrar a corda e fazer uma ponta dupla de
aproximadamente 20 cm; em seguida deve-se passar a ponta dupla por um dos olhos do ATC; prender a alça
do ATC juntamente com a alça da corda do mosquetão e por último trava-se o mosquetão.

Descensor STOP
Descensor auto-blocante muito conhecido, com estrutura simples. Uma vez conectado o STOP ao cinto
não é necessário remove-lo para a colocação da corda, basta abri-lo pela placa oscilante e inserir a corda
de acordo com o diagrama gravado na própria placa, e fecha-lo novamente.

STOP D09 certificado segundo as exigências da norma EN 341. Descensor autoblocante para uso em
cordas simples Classe A, para corda tipo capa e alma EN 892, EN 1891, diâmetro: 11-11mm.
Altura máxima de descida: 100 metros
Carga normal de trabalho: 30-150 kg
Em casos extremos, por exemplo, nas descidas acompanhadas, a carga máxima de trabalho indicada na
norma EN 341 pode ser insuficiente. Provas realizadas em laboratórios têm mostrado que, utilizado com
precaução, o StopD09 pode suportar uma carga superior aos 250 kg.
- Utilização: Resgate e descida pessoal assistida
- Limitação: Com corda secar, cargas pesadas e descidas repetitivas, a temperatura das peças de
manipulação pode ser superior aos 48º C, neste caso, se recomenda guantes.
- Descensor provado e aprovado para 100 descidas de 100 metros de altura com um manequim de 75 kg.
- Carga normal de trabalho 30-150 kg.
As cargas superiores a 150 kg não estão recomendadas devido a possíveis forças de impacto elevadas sobre os outros
elementos do sistema.
A liberação do STOP para descida é feita acionando a alavanca, com a mão esquerda que avança gradualmente a
corda por meio de duas roldanas, basta soltar a alavanca e o mecanismo trava.
É importante salientar que a parada do stop pode não ser imediata, podendo haver um ligeiro deslizamento, em função
de algumas variantes, como: O diâmetro, o estado da corda ou grau de desgaste do próprio Stop.
O Stop foi dimensionado para ser usado em cordas simples nos seguintes diâmetros: 09 à 11 mm.

Requisitos técnicos para corda estática: Inicio de deslizamento de acordo com o mm da corda.
09 mm = 2 kN
10 mm = 4 kN
11 mm = 5 kN
Certificação e Norma: CE - EN341 classe A (veja o descritivo técnico completo do fabricante em PDF)

São vários os fabricantes e modelos, como mostra imagens abaixo:

Descensor Rack
Descensor de barras
O freio de barras, de maneira geral, é o freio indicado, para decidas em grandes verticais, acima
de cem metros, ou quando da utilização com cordas duplas.
Um dos mais importantes e fundamentais equipamentos necessários para as grandes verticais.
Grandes paredes e abismos somente foram conquistados após a invenção e aperfeiçoamento
deste equipamento.
Os Racks possuem um desenho semelhante a um “U” ou “J” tendo a predominância do último.
Estão disponíveis em barras de aço inox ou duralumínio.
O freio de barras Petzl, está dimensionado para utilização com cordas simples de 9 a 13 mm ou
cordas duplas de 8 a 11 mm.
Uma das vantagens do freio de barras, é o de não torcer a corda durante a utilização. Algumas
das barras, podem ser adicionadas ou removidas, durante a utilização, para aumentar ou
diminuir o atrito, variando assim a velocidade de decida.
Resistência: 15kN
São vários os fabricantes e modelos tanto em "U" como em "J", como mostra imagens abaixo:
Descensor ID
O ID é um descensor ou aparelho de segurança autoblocante
para corda simples, para descer em corda e dar segurança a
uma pessoa, com função antipânico.
O seu sistema autoblocante é formado pelo princípio
mecânico de “came pivotante”, que aperta a corda e trava o
utilizador se a alavanca do aparelho não for acionada. Possui
também uma alavanca antipânico: blocagem do I’D® se o
usuário aciona com força a alavanca.
Possui uma placa móvel com pastilha de segurança,
oferecendo as seguintes vantagens:
- risco de perda do aparelho limitado,
- instalação rápida da corda no aparelho,
- eficácia durante a passagem de fracionamentos,
- mordente antierro, para evitar um acidente devido a uma má
montagem da corda no aparelho.
Sua desvantagem é o custo elevado.

Descensores GRIGRI

É um descensor utilizado basicamente na área esportiva, que automaticamente freia uma queda, através de
um sistema de alavancas, em seu interior. O aparelho é clipado à cadeirinha através do mosquetão, e a corda
é passada por dentro do aparelho, se quiser descer basta pressionar a alavanca do grigri, se você soltar a
alavanca o dispositivo automaticamente trava o sistema e você não desce, é muito interessante para o caso
de se querer parar na descida para tirar fotos ou curtir o visual. Sua utilização é exclusiva para cordas de
diâmetro entre 10 a 11 milímetros. É fabricado na França pela PETZL e tem certificação européia CE

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Ascensor
Advertência: O ascensor Foi desenvolvido apenas para escalada em rocha, escalada em gelo e
montanhismo; não devendo ser utilizados para outros fins. Todas estas atividades são perigosas, e devem ser
praticadas com o correto entendimento dos riscos envolvidos.
O ascensor deve ser utilizado em cordas de escalada de diâmetro entre 8 e 13mm apenas em atividades de
escalada (rocha e/ou gelo) e montanhismo.

Como utilizar o ascensor


-Localize a seta de orientação no ascensor para poder conectar corretamente o
equipamento na corda. A seta indica a direção em que o ascensor se move
livremente na corda.
- Para instalar o ascensor numa corda você deve abrir completamente o
mordedor para que a abertura do contra-mordedor fique livre para a inserção da
corda. Para a abertura total do mordedor puxe o gatilho para trás até que o pino
de segurança chegue ao fim do curso da posição de segurança. Então empurre o
gatilho para cima e em seguida puxe-o de novo para trás até o pino de segurança
bater no fim do curso.
- Insira a corda na posição correta através da abertura entre o mordedor e o
contra-mordedor. Verifique o alinhamento, e se estiver tudo bem libere o
mordedor levantando suavemente o gatilho. Com isso o mordedor deve
posicionar sobre a corda de forma que o pino
de segurança desloque para posição de segurança impedindo a abertura
acidental do equipamento.
- Por precaução tente forçar a abertura do mordedor e verifique se o pino
de segurança está realmente na posição de segurança impedindo a saída
da corda.
- Verifique se desliza livremente sobre a corda na direção da seta, e
também se agarra a corda quando forçado para direção oposta.
- Use sempre um mosquetão de trava para se conectar no seu ascensor.
Sempre se conecte pelo orifício de conexão que está na base do punho.
- Existem diferentes métodos para se prender e prender os estribos nos
ascensores, assim como diferentes técnicas de ascenção. Pessoas que não
estão familiarizadas com esses métodos e técnicas devem procurar
instrução de pessoas qualificadas antes de usar.
- Para mover o para cima certifique-se de que você está alinhando a canaleta do contra-mordedor com o
sentido da corda. Caso não esteja alinhado pode ser que a corda tenha dificuldade em deslizar e acabe
subindo junto com o ascensor.
- Se por alguma razão você precisar mover o seu para baixo deve abrir o mordedor sem levar o pino de
segurança para posição de abertura e deslocar o ascensor para baixo. Para abrir o mordedor de forma segura
puxe o mordedor (e não o gatilho) para trás ou pressione a saliência do topo do ascensor (apoio para
dedão) segurando pelo cabo.
Advertência
- O ascensor é compatível com cordas de escalada de diâmetro entre 8mm e
13mm. Utilize sempre cordas que esteja de acordo com padrão UIAA e com a
regulamentação EN.
- Verifique sempre se o seu sistema está corretamente conectado. Use pelo menos uma conexão redundante
como segurança extra dos ascensores.
- Para evitar que o ascensor solte acidentalmente da corda nunca ative o gatilho destravador do mordedor
enquanto você estiver ancorado apenas nos ascensores.
- Certifique-se de que os ascensores estão corretamente conectados na corda e você nos ascensores. Preste
sempre muita atenção no seu ambiente para que não ocorra a abertura acidental do mordedor, o que pode
fazer com que o ascensor se solte da corda.
- Numa travessia ou numa ascensão diagonal conecte um mosquetão de trava nos orifícios de segurança da
corda no topo do seu ascenssor. Certifique-se de que você está prendendo a corda dentro do espaço
confinado do contra-mordedor e não para fora.
- O Ascensor ascensor da foi desenvolvido apenas para escalada em rocha, escalada em gelo e
montanhismo; não devendo ser utilizados para outros fins.
- Este folheto contém muitas informações importantes para o uso seguro do ascensor ascensor, mas não
serve como um manual de instrução do equipamento, e muito menos te ensina a operar o ascensor de forma
correta e segura. Busque sempre instrução de profissional competente para adquirir novos conhecimentos e
habilidades.
- Nós desencorajamos a aquisição de materiais de segurança de segunda mão veementemente, pois a sua
integridade física depende do bom estado dos equipamentos.

Cuidados e manutenção
O ascensor é um equipamento que possui partes móveis e requer uma certa dose de cuidado e manutenção
para estar em bom estado de funcionamento.
- Guarde seu equipamento de escalada em local limpo, seco e protegido de poeira e/ou incidência de raio
solar. Certifique-se também que não esteja sujo e não seja exposto ao calor ou produtos químicos
(especialmente os que possuem característica corrosiva).
- Não deixe que o seu ascensor entre em contato com nenhum produto de natureza corrosiva e nem com
nenhum tipo de solvente ou hidrocarbonetos (derivados de petróleo).
- Se o seu ascensor estiver sujo ou a ação das molas não estiver funcionando perfeitamente lave-o bem com
água doce morna, deixe-o secar completamente na sombra e lubrifique as partes móveis tomando cuidado
para não espirrar o lubrificante em outras partes. Limpe todo o excesso de lubrificante.
- Lave e lubrifique o seu ascensor sempre que ele tiver contato com água salgada ou maresia.
- Manter os pivôs de articulação lubrificados evita a oxidação.
- Nunca efetue nenhum tipo de modificação no seu ascensor.
- Não exponha o seu ascensor a temperaturas superiores a 60ºC ou inferior a -80 ºC.
Armazenagem e transporte
- Guarde seu equipamento de escalada em local limpo, seco e protegido de poeira e/ou incidência de raio
solar. Certifique-se também que não esteja sujo e não seja exposto ao calor ou produtos químicos
(especialmente os que possuem características corrosivas).
- Sempre lave o seu ascensor se este entrar em contato com salinidade (água salgada, maresia, suor, roupa
com suor, etc) ou produtos corrosivos. Seque bem antes de guardar.
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Expectativa de vida
Em condições normais a expectativa de vida útil do ascensor é em torno de 5 anos. Obviamente esse tempo
pode ser maior ou menor dependendo da freqüência e condição de uso.
Os fatores que influenciam na vida útil:
- Desgaste natural por uso.
- Desgaste acidental.
- Oxidação e corrosão
- Danos.

Inspeção e retirada de uso


Sempre cheque o seu equipamento contra sinais de danos de desgaste antes e depois de cada uso (todo o
conjunto, partes móveis, mordedor, contra-mordedor, estado dos dentes do mordedor, etc). Se o seu
equipamento estiver com um dano aparente ou foi submetido a uma carga de choque significativa pode ser
que seja a hora certa de retirá-lo de uso. É de vital importância que equipamento esteja em perfeito estado.
Se você está com qualquer dúvida acerca do estado do seu equipamento retire-o de uso.
Além disso, você deve retirar o seu equipamento de segurança e rapel de uso se:
- Houver sulco(s) de desgaste significativo no mordedor ou no contra-mordedor por atrito com corda.
- Houver desgaste nos dentes do mordedor ou algum dente estiver faltando.
- Houver sinais de fissuramento ou presença de irregularidades na superfície como rebarba e farpas,
especialmente na área de contato com a corda...
- Houver danos no cabo do ascensor. - Houver trincamento, corrosão, rebarbas, deformação ou qualquer tipo
de dano visível.
- Houver desgaste ou jogo nas articulações ou nos parafusos do ascensor.
- For derrubado de uma altura significativa.

Polias

Polias são equipamentos indispensáveis em resgates e trabalhos verticais. A vantagem mecânica e a redução
de atrito são fatores que auxiliam o trabalhador na execução de diversas atividades. As polias Ultra Safe
oferecem dinâmica e funcionalidade em peças com placas de aço inox que proporcionam grande resistência
e acabamento diferenciado a esta linha de equipamentos.

Polia dupla para uso em tirolesa e sistemas de carga.


Montada sobre rolamentos desenvolvidos para polias de alta carga e rotação apresenta vedação através de
anéis externos e graxos, específicos para altas rotações.
Para uso em:
Cordas de até 13 mm de diâmetro
Cabos de Aço até 12 mm de diâmetro
Características técnicas
Material
Placas: aço inox ou alumínio
Roldanas: aço inox extra duro
Eixos: aço inox extra duro
Sistema de rolagem: rolamento auto-lubrificado
(não há necessidade de lubrificação extra)
Diâmetro interno das roldanas: 47 mm
Peso aproximado: 742 g (aço) / 643 g (alumínio)
Grandes cargas e altas velocidades

Os rolamentos e o sistema como um todo foram dimensionados para


suportar grandes cargas e altas velocidades. Podemos considerar como
velocidade máxima para a polia TWISTER o valor de 28 m/seg em
condições normais, o que equivale a aproximadamente 100 km/h.

Polias Duplas

Tripé de Salvamento
• Tripés de Salvamento: utilizável em operações de salvamento em ambientes confinados. Reguláveis, com ou sem
guincho.
Práticas Seguras
· Todo trabalho em altura deverá ser previamente autorizado pela área de Segurança do Trabalho, através da emissão
de Autorização para Trabalho em Altura;
· Somente poderão trabalhar em alturas os empregados que possuírem a Autorização para Trabalho para o referido
trabalho;
· O local deverá ser sinalizado através de placas indicativas e/ou cones, deverá ser feito um isolamento para prevenir
acidentes com transeuntes ou pessoas que estejam trabalhando embaixo;
· Utilizar os EPI’s de maneira correta.
Quem Realiza Trabalhos em Atura:
• Deve conhecer e respeitar os riscos e normas de segurança relativas ao seu trabalho;
• Deve utilizar todas as técnicas corretas na execução de suas atividades;
• Verificar diariamente a existência dos EPI's e se estão em bom estado
• É cuidadoso, prudente e verifica sempre o estado dos equipamentos;
• O responsável junto com o trabalhador pela atividade deve fazer uma minuciosa análise das condições dos trabalhos
que serão realizados, tomando as medidas necessárias para que ocorram com total segurança para ele e terceiros;

Nós e Amarrações

Todo o bombeiro deve saber fazer nós. Eles são essenciais para o acampamento e também para a vida do dia
a dia. Um nó, para ser considerado bom deve satisfazer as seguintes condições:
- Simplicidade em ser feito
- Apertar à medida que o esforço sobre ele aumentar.
- Facilidade em ser desatado
A melhor forma de aprender a fazer nós é pedindo a alguém, que saiba que te ensine. Depois a prática fará o
resto. Da perfeição de um nó pode depender uma vida.
Existem muitos nós, cada um com a sua utilidade diferente. Vamos aqui abordar alguns deles que podemos
classificar do seguinte modo:

Nós de travagem – São destinados a rematar a ponta de uma corda de modo a engrassá-la ou evitar que se
desfie.

Nós de Junção – Servem para ligar entre si duas cordas de espessura igual ou diferente.

Nós de salvamento – São considerados como tal, os formados por uma ou mais alças que não correm e
destinados a subir ou descer pessoas ou objetos.

Nós de Ligação – São utilizados quando se pretende ligar varas ou troncos. A corda necessária à sua
execução é proporcional ao diâmetro das varas ou troncos utilizados, e por cada centímetro de diâmetro é
necessário 30 centímetros de corda.

Nós diversos – São aqueles que não se enquadram dentro dos capítulos anteriores.

Falcaças – Utilizam-se em volta do seio de um cabo de maior diâmetro de espessura segurando-o.

Costuras – Utilizam-se nos chicotes de um cabo para que este não se desfie.

A espessura de uma corda é designada por bitola (fig.1) e é a partir do seu valor que sabemos se trata de uma
espia (bitola igual ou inferior a 1 cm.)
Cabo solto ou solteiro é aquele que, não tendo uma utilidade especifica, serve para qualquer trabalho.
Num cabo ou numa espia, as extremidades têm o nome de pontas ou chicotes e no caso de a corda estar
amarrada, a extremidade que segue o nó tem o nome de Lado Firme e a parte restante da corda designa-se
por seio (Fig.2).

A volta na corda que forma um olhal chama-se Cote (Fig.3) e será direto se o cruzamento se der com o
chicote por cima do seio, e inverso se o chicote passar por baixo.
NÓS DE TRAVAMENTO

Nó Simples

O nó simples também designado por laçada, pode ser:


- Singelo – Começa-se com um cote direto ou inverso passando por baixo do seio (Fig.4).
- Dobrado – Para a execução deste nó existem dois processos:
1ª - Dá-se à corda tantas voltas com o chicote quantas as desejadas até ficar com uma disposição semelhante
à da figura 5. Para terminar o nó (Fig.6) puxa-se pelas extremidades até ele ficar devidamente socado.

2ª - Aconselha-se quando se deseja um nó com muitas voltas: Enrola-se a corda à volta de um bocado de
madeira as vezes que se quiser (Fig.7). Seguidamente, retira-se a madeira e faz-se passar o chicote “A” por
dentro das voltas dadas, e simultaneamente por detrás do chicote “B”, como mostra a figura 8. Finalmente,
depois de socado, obtém-se o nó desejado (Fig.9).

O nó simples dobrado ou laçada dobrada, pode ainda ser designado por: Nó simples Mordido, Nó de Frade,
Nó de Satura ou Nó de Capucho.

Nó de Azelha

Este nó executa-se do mesmo modo que o nó simples mas é dado com a corda dobrada (Fig.10).
Nó de Trempe

Também designado por nó de Oito ou Volta de Fiador, inicia-se com um cote e leva-se o chicote a passar
pelo interior deste contornando o seio (Fig.11).

NÓS DE JUNÇÃO

Nó Direito

Este é um dos primeiros nós, senão mesmo o primeiro, que se aprende nos bombeiros. Serve para ligar duas
cordas de bitola igual e de materiais iguais que não demandem muita força.
Para executar o nó direito basta cruzar os chicotes duas vezes, sendo sempre o mesmo a passar por cima
(Fig.12).

Para emendar ataduras e emendar cabos com o mesmo diâmetro.

Nó Torto

Este nó varia do anterior apenas porque no segundo cruzamento de chicotes, passa por cima o chicote que
anteriormente tinha passado por baixo.
Este nó é pouco utilizado devido à sua facilidade de correr.
Nó cabeça de Cotovia

Também designado por nó de Pescador ou nó de Burro. É o nó usado para unir cordas de bitolas iguais ou
próximas, sendo muito finas, molhadas ou escorregadias.
Execução: Coloca-se as cordas lado a lado e em sentidos contrários de forma que o chicote de cada uma
delas possa dar o nó simples em torno do seio da outra (Fig.13). Para o nó ficar bem socado é necessário que
os nós simples encostem bem um no outro.

Se quisermos que este nó fique ainda mais seguro, faz-se da mesma forma e os chicotes, em vez de uma, dão
duas voltas em torno da outra corda, fazendo assim o nó Cabeção de Cotovia Dobrado (Fig.14).
Nó de Escota

Serve para unir duas cordas de bitola ou materiais diferentes. Para a execução é necessário dobrar o chicote
da corda mais grossa de modo a formar uma argola por onde vai passar a mais fina que, depois de a rodear,
se vai trilhar (Fig.15).

Nó de Tecelão

O único motivo que faz este nó se diferenciar do anterior é o modo como ele é feito e nas cordas em que se
utiliza. Este nó é utilizado em cordas muito finas. Cruzam-se as duas espias ficando a da direita por baixo.
De seguida o seu seio vai dar uma volta em torno do chicote, formando, assim, uma argola por onde vai
passar o chicote da outra espia (Fig.16).
Nó de Correr

Também chamado de nó de laço, este é um dos nós que soca tanto mais, quanto maior for o esforço exercido
na corda. O nó de Correr pode ser apresentado das seguintes formas:
- Vulgar Forma-se um cote e faz-se o seio passar através dele (Fig.17).

- Outra forma é o chicote dar uma laçada em torno do seio (Fig.18).


Nó de Pedreiro

Este nó destina-se a prender uma corda a um suporte afim de o içar ou arrastar.


Executa-se fazendo um cote e enrolando o chicote à volta dele, fazendo passar o tronco por dentro dele.
Pode-se ainda dar mais uma volta ao tronco com o cabo para maior segurança (Fig.19).
A este nó também se chama: Volta da Ribeira.

NÓS DE AMARRAÇÃO

Nó de Barqueiro

Também conhecido por nó de Porco ou Volta de Fiel, este nó pode ser feito na mão (Fig.20) dando com a
corda duas voltas redondas que, depois de sobrepostas, se vão encapelar no tronco, ou feito diretamente no
tronco (Fig.21), dando duas voltas redondas em volta do tronco de modo a que o chicote passa por cima na
primeira e por baixo na segunda, ficando trilhado.
Este nó serve para amarrar um cabo ou uma espia a um suporte fixo.
Nó de Botija

Além de servir como nó de amarração, este nó é também utilizado para suspender garrafas pelo gargalo (dai
a origem do seu nome) ou como adorno no fiador das espadas, daí designar-se também por nó de Espada.
Execução: Depois de dadas duas voltas redondas, de sentidos contrários e ligeiramente sobrepostas, obriga-
se o seio a seguir o percurso indicado pelas setas na figura 22.

Nó de Tripé

Este nó é muito útil para se construir um tripé rapidamente.


Dão-se dois cotes, um direto e outro inverso, na mesma corda, e sobrepõem-se ligeiramente (Fig.23). De
seguida puxam-se os seios conforme as setas indicam, ficando três olhais que são para introduzir as três
varas do tripé. Depois de apertar bem o nó termina-se unindo as pontas com um nó direito (Fig.24).
NÓS DE SALVAMENTO

Nó de Sirga ou Pega

Este nó começa-se com um cote direto e faz-se com que o chicote passe por baixo dele. Repara na figura 25
para melhor veres a execução deste nó.

Nó Lais de Guia

A este nó também se chama de nó de Salvação Simples ou Cadeira Alpina.


Passado sob as axilas de uma pessoa, serve para a suster ou deslocar, quer puxando-a no solo, que içando-a
ou deslocando-a (Fig.26).
Nó Lais de Guia Duplo

Também designado por Nó de Salvação Duplo, aplica-se em vez do anterior quando a corda utilizada for de
fraca resistência, em relação ao esforço que nela se vai empregar.
Na sua execução, começa-se como o nó anterior, ao que se seguem duas voltas dadas com o chicote, que
devem ser semelhantes para permitir uma divisão igual do esforço pelas duas. O final do nó obtém-se
quando o chicote terminar o percurso indicado pela seta na figura 27.

Nó de Estribo

O nó de estribo ou alpinista executa-se dando com o seio duas voltas redondas de sentidos contrários, que,
depois de ligeiramente sobrepostas, se vai passar o seio pela intersecção das voltas e, depois, socá-lo
convenientemente, conforme podes ver na figura 28.
Nó de Encapeladura

Este nó é também designado por nó de Cadeira de Bombeiro ou nó de Catau.


O nó de Encapeladura tem várias variantes. Apresentamos-te aqui duas delas (Fig.29 e Fig.30).

NÓS DE LIGAÇÃO

Durante a execução dos nós de ligação, a corda deve estar sempre bem esticada e as juntas bem unidas e
puxadas para o centro.
Para se ligarem as varas ou troncos mais grossos é conveniente fazer um desbaste nas superfícies a unir de
modo que elas se ajustem.

Botão em Esquadria

Serve para unir duas varas ou troncos, formando entre si ângulos de 90º.
Inicia-se e termina-se a ligação com o nó de Barqueiro. São dadas voltas em torno das varas ou troncos, de
modo que passem alternadamente por trás e pela frente, sendo depois, estas voltas, esganadas com voltas
dadas perpendiculares às primeiras (Fig.31).
Botão em Cruz

Esta ligação serve para unir varas ou troncos que formem entre si ângulos diferentes de 90º.
Inicia-se com o nó de Pedreiro de modo a abraçar os dois paus, na junção. De seguida dão-se as voltas
principais, primeiro num sentido, depois noutro, que irão depois ser esganadas.
Termina-se a ligação com o nó de Barqueiro numa das varas (Fig.32).

Peito de Morte

Serve para reforçar ou acrescentar uma vara. Inicia-se com o nó de barqueiro numa das varas e, de seguida,
dão-se voltas redondas em torno das duas varas. Depois de se esganarem estas voltas, termina-se a ligação
com o nó de barqueiro numas das varas. Pode-se também fazer o botão de falcaçar, em substituição do Peito
de Morte, como podes ver na figura 33.
Tripé

Colocando as varas ou troncos, uns ao lado dos outros, dá-se com a corda diversas voltas falidas, que, depois
são esganadas. As voltas falidas são voltas dadas em torno de quaisquer objetos de eixos paralelos,
obrigando-se o chicote a descrever sucessivos oitos. Inicia-se e termina-se com o nó de Barqueiro (Fig.34).

NÓS DIVERSOS

Nó de Encurtar

Este nó destina-se a encurtar uma espia sem desatar os chicotes e reforçá-la quando tem algum ponto fraco.
Executa-se formando um “S” com a corda e de seguida dão-se as voltas que se vão encapelar nas dobras da
corda (Fig.35).
Para maior segurança pode-se enfiar um pau nas argolas.
Nó de Evasão

Utiliza-se este nó quando se pretende descer por um cabo e recolhê-lo no final da descida (observa a
execução deste nó na figura 36).
A descida é feia por uma das pontas do cabo e, no final, puxa-se pela outra ponta para desprender.

Torniquete Espanhol

O Torniquete (Fig.37) serve para esticar um cabo frouxo. Termina-se com dois “Peitos de Morte” em cada
ponta.
Nó de Escada

Como o próprio nome indica, este nó é utilizado para fazer a escada típica com varas de madeira (Fig.38).
Este nó também é chamado de Volta de Tortor.

Nó de Barril

Nó utilizado para suspender objetos grandes, idênticos a um barril (Fig.39).


FALCAÇAS

Falcaça Simples

Esta falcaça simples (ou de chicotes mordidos) é utilizada com uma corda em volta de um cabo (Fig.40)
sendo idêntica ao Botão de Falcaçar.

Falcaça à Americana

Este é outro tipo de Falcaça, observa a figura 41.


Meias voltas mordidas

A figura 42 mostra-te a execução de outro tipo de falcaça.

Falcaça de Agulha

Para segurar as pontas de um cabo, para que este não se desfie, pode-se utilizar a Falcaça de Agulha
(Fig.43).
COSTURAS

Costura em Pinha

Vamos aqui fazer referência a 3 tipos de costuras. Esta, a costura em Pinha, utiliza-se para terminar a
extremidade de um cabo para que este não se desfie (Fig.44).

Costura de Alça

Esta costura, tal como o nome indica, serve para fazer uma alça na extremidade de um cabo (Fig.45).
Costura Singela

Também designada por costura redonda ou de emendar, serve para ligar dois cabos idênticos entre si pelas
extremidades (Fig.46).

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