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C-ApA-OrçFin-PR-EAD
NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
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CIANB
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
SUMÁRIO
1 PROCESSO ORÇAMENTÁRIO FEDERAL....................................................................................................4
1.1 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS..............................................................................................4
a) Atribuições da LDO............................................................................................................................. 4
b) Orientação para elaboração da LOA...................................................................................................5
c) Prioridades e Metas............................................................................................................................5
I – Resultado Primário....................................................................................................................... 5
II – Dívida Pública Federal..................................................................................................................8
1.2 LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL............................................................................................................8
a) Elaboração.......................................................................................................................................... 9
I – Processo...................................................................................................................................... 10
II – Emendas Parlamentares............................................................................................................ 11
III – Orçamento Impositivo.............................................................................................................. 12
IV – Regime Fiscal Sustentável.........................................................................................................13
V – Regra de Ouro............................................................................................................................14
VI – Reserva de Contingência...........................................................................................................14
b) Dotação Orçamentária..................................................................................................................... 15
I – Programa de Trabalho.................................................................................................................17
II – Detalhamento pela UO.............................................................................................................. 19
III – Ação Orçamentária................................................................................................................... 19
A – Finalidade..............................................................................................................................20
B – Descrição...............................................................................................................................20
C – Produto................................................................................................................................. 20
D – Tipos..................................................................................................................................... 21
Atividade................................................................................................................................ 22
Projeto....................................................................................................................................22
Operação Especial.................................................................................................................. 22
E – Dimensões do Processo de Produção Pública.......................................................................24
IV – Plano Orçamentário..................................................................................................................25
c) Execução........................................................................................................................................... 26
I – Execução provisória.................................................................................................................... 27
II – Descentralização Orçamentária.................................................................................................28
III – Decreto de Programação Orçamentária e Financeira...............................................................29
IV – Decreto de Limitação de Empenho e Movimentação Financeira..............................................31
V – Mecanismos Retificadores do Orçamento.................................................................................32
A – Créditos Adicionais................................................................................................................32
B – Outras alterações.................................................................................................................. 33
VI – Desvio de Finalidade.................................................................................................................33
VII – Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal.....................................36
A – Escrituração.......................................................................................................................... 37
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
B – Crédito Disponível.................................................................................................................39
C – Célula De Crédito/Despesa....................................................................................................39
Identificador de Superávit Financeiro.....................................................................................41
Esfera Orçamentária...............................................................................................................41
Programa de Trabalho Resumido........................................................................................... 41
Fonte de Recurso Detalhada...................................................................................................43
Natureza da Despesa..............................................................................................................43
Unidade Gestora Responsável................................................................................................43
Plano Interno..........................................................................................................................44
d) Monitoramento e Avaliação.............................................................................................................44
I – Custos......................................................................................................................................... 45
II – Indicadores de Desempenho..................................................................................................... 46
A – PPA........................................................................................................................................ 47
B – LOA........................................................................................................................................ 48
III – Resultados.................................................................................................................................49
A – Plano Plurianual.................................................................................................................... 50
B – Lei Orçamentária Anual.........................................................................................................51
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
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Giacomoni 2018 p. 239
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CF/88 ADCT Art. 35 § 2º Inciso II
3
CF/88 Art. 165 § 2º
4
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 1º
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
À fiscalização pelo Poder Legislativo e às obras e aos serviços com indícios de irregularidades graves;
e
À transparência.
b) Orientação para elaboração da LOA
A LDO determina que, no prazo de até quinze dias, contado da data de envio do Projeto de Lei
Orçamentária Anual (PLOA), o Poder Executivo Federal encaminhe demonstrativos com 25 informações
complementares ao Congresso Nacional, como por exemplo5:
Detalhamento dos custos unitários médios utilizados na elaboração dos orçamentos para
investimentos em obras de infraestrutura, alocados em projetos, com justificativa dos valores
adotados6; e
Cadastro de Ações Orçamentárias (AO) utilizado na elaboração da proposta orçamentária, com, no
mínimo, código, título, descrição, produto e unidade de medida de cada uma das ações7.
c) Prioridades e Metas
Considerando a recorrente escassez de recursos para o atendimento de demandas de gastos cada vez
mais volumosas, situação típica de um contexto orçamentário, priorizar as despesas torna-se tarefa
fundamental para o Estado.
As prioridades e metas para um determinado ano pelo Governo Federal são relacionadas no corpo da
própria Lei ou em um Anexo.
Para o exercício de 2024, entretanto, não foram fixadas as prioridades e metas do governo, uma vez que
o Art. 4º da LDO foi vetado.
I – Resultado Primário
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) estabelece as diretrizes de política fiscal e as respectivas metas
anuais de Resultado Primário do Governo Central, para o exercício a que se referir e para os três seguintes,
compatíveis com a trajetória sustentável da dívida pública8.
Combinado com o Regime Fiscal Sustentável e a Regra de Ouro, o Resultado Primário é uma das
principais regras fiscais brasileiras, que visam impedir o desequilíbrio das contas públicas. Essas regras
existem, principalmente, para promover a solvência do ente público, a fim de evitar que seu
endividamento assuma uma trajetória insustentável, disciplinando a maneira como o Orçamento Federal
pode ser elaborado e executado.
5
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 10
6
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Anexo II Inciso I
7
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Anexo II Inciso XVII
8
Lei Complementar nº 200/2023 Art. 2º
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Esse arcabouço fiscal busca, assim, reduzir a margem de discricionariedade dos agentes públicos no
curto prazo, para evitar que o desejo de satisfação imediata gere consequências negativas no longo prazo.
Para entender o que é a meta de Resultado Primário, inicialmente é preciso compreender os conceitos
de Receita e Despesa, Primária e Financeira. Observe a tabela abaixo:
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aumentando, assim, a DPF. Quando investimos recursos no Tesouro Direto, por exemplo, estamos
emprestando dinheiro para o Governo.
O Resultado Primário visa, portanto, limitar os gastos do governo como um todo, a fim de utilizar o
Superávit Primário para abater a DPF ou, em épocas de crise, impedir que ela cresça descontroladamente.
A elaboração e a aprovação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2024 e a execução da respectiva
Lei deverão ser compatíveis com a meta de resultado primário de R$ 0,00 (zero real) para os Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social9, admitindo-se intervalo de tolerância de R$ 28,7 bilhões para mais ou
menos10.
A tabela abaixo apresenta o histórico do RP efetivo nos últimos dez anos:
https://www.tesourotransparente.gov.br/temas/estatisticas-fiscais-e-planejamento/estatisticas-fiscais-do-governo-geral (série
10.4.1) em JUN2023
Em 2020, com a declaração de calamidade pública por causa da pandemia de COVID-19, o Governo
Federal ficou dispensado de cumprir a meta de déficit primário, para realizar despesas em combate à
doença.
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Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 2º
10
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 2º § 1º
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https://www.tesourotransparente.gov.br/temas/estatisticas-fiscais-e-planejamento/estatisticas-fiscais-do-governo-geral (série
18.02.01.01.01) em JUN2023
Ainda que tenha havido superávit primário em 2022, seu montante não foi suficiente para atender aos
encargos de refinanciamento da dívida e reduzir o valor total da DPF.
Uma DPF demasiadamente alta acarreta os seguintes problemas para o País:
Necessidade de elevação da taxa de juros para captação de empréstimos;
Aumento do gasto da União com o pagamento de juros;
Aumento da inflação em face do excesso de dinheiro em circulação;
Fuga de investimentos estrangeiros; e
Risco de a DPF se tornar impagável, obrigando o Governo a decretar uma moratória, prejudicado
diretamente os detentores da dívida.
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CF/88 Art. 165 § 5º
12
CF/88 Art. 194
13
CF/88 ADCT Art. 35 § 2º Inciso III
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MTO 2024 Subitem 6.2
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MTO 2024 Subitem 6.2.1
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I – Processo
O processo de elaboração do orçamento brasileiro compreende as seguintes etapas:
Atualização, inclusão e exclusão de Ações Orçamentárias (AO) no SIOP, pelas Unidades Orçamentárias
(UO) e pelos Órgãos Setoriais, com o objetivo de expressar o planejamento da produção pública ou a
geração de bens e serviços públicos.
Fixação dos referenciais monetários pela SOF para os Órgãos Setoriais e por estes para as suas UO.
Com base em referenciais monetários definidos pelos Órgãos Setoriais, as necessidades das Unidades
Gestoras (UG) são consolidadas por suas Unidades Orçamentárias (UO).
Os Órgãos consolidam as necessidades de suas UO e enviam suas propostas orçamentárias àquele
Ministério pelo SIOP.
A SOF faz a captação e a consolidação das propostas orçamentárias de cada Ministério e dos demais
Poderes no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA). O Poder Executivo, entretanto, não é
responsável pela elaboração do orçamento dos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, bem
como do Ministério Público e da Defensoria Pública, tendo em vista serem detentores de autonomia
orçamentária. O Poder Executivo é responsável apenas pela coordenação da elaboração da proposta
orçamentária, sua consolidação e encaminhamento ao Poder Legislativo, uma vez que detém a
iniciativa das leis orçamentárias.
O Presidente da República (PR) aprova e encaminha o PLOA ao Congresso Nacional (CN) até 31AGO.
O Ministério do Planejamento e Orçamento encaminha ao Congresso Nacional, no prazo de até
quinze dias, contado da data de envio do Projeto de Lei, demonstrativos com as informações
complementares relacionadas no Anexo II da LDO.
A Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO), que tem este nome por
comportar, em sua composição, cadeiras para senadores e deputados, discute e altera o PL por meio
de Emendas Parlamentares.
O Plenário do CN vota o PLOA até 22DEZ.
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https://www1.siop.planejamento.gov.br/mto/doku.php
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O PR sanciona/veta a Lei Orçamentária Anual (LOA), preferencialmente até 31DEZ. Caso não o faça, o
PLOA será executado provisoriamente, conforme regras previstas na LDO.
II – Emendas Parlamentares
A CF/88 devolveu ao Legislativo a prerrogativa de propor
emendas ao Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA).
As Emendas Parlamentares (EP) são propostas, por meio das
quais os Senadores e Deputados Federais opinam e influenciam na
alocação de recursos públicos constantes da Lei Orçamentária
Anual (LOA) para demandas diversas, relacionadas ao interesse
temático, regional e eleitoral de cada congressista17.
As Emendas procuram aperfeiçoar a peça orçamentária inicialmente elaborada pelo Poder Executivo,
acrescentando, suprimindo ou modificando determinados itens do PLOA.
Ressalta-se que todo e qualquer crédito que conste da LOA é uma autorização para a realização de uma
despesa pública. Essa autorização, de acordo com a Lei nº 4.320/64, só permite que o crédito seja
empenhado no corrente exercício, mesmo sendo oriundo de uma Emenda Parlamentar. Se empenhado
dentro da sua validade, o pagamento poderá ser efetuado em exercícios posteriores (Restos a Pagar).
O SIOP possui uma funcionalidade específica para consulta às Emendas Parlamentares.
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Circular EMA nº 6/2023 Item 2
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Como valiosa ferramenta na elaboração e execução do Orçamento da União, as emendas devem estar
compatíveis com o Plano Plurianual (PPA) e com a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), sendo
classificadas como18:
Individuais – Essas emendas serão aprovadas no limite de 2% (1,55% para Deputados e 0,45% para
Senadores) da Receita Corrente Líquida (RCL) do exercício anterior ao do encaminhamento do PLOA,
observado que a metade desse percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde19.
Cada parlamentar possui inteira discricionariedade na destinação dos recursos, podendo apresentar
até 25 emendas individuais, no valor total definido pelo parecer preliminar do relator20;
De Bancada – Devem ser de interesse Estadual e aprovadas em ata própria. Poderão ser
apresentadas no mínimo quinze e no máximo vinte emendas de apropriação, além de três emendas
de remanejamento21;
De Comissão – Devem ser aderentes à área temática da Comissão. O número máximo dessas
emendas é definido pelo art. 44, § 1º, da RCN nº 1/2006; e
De Relator – Emenda à programação da despesa, a fim de corrigir erros e omissões de ordem técnica
ou legal; recompor, total ou parcialmente, dotações canceladas, limitada a recomposição ao
montante originalmente proposto no projeto e atender às especificações dos pareceres
preliminares22. Em 2021 e 2022, por meio de dispositivos inseridos nas respectivas LDO 23, essas
Emendas criaram dotações orçamentárias, que foram consideradas inconstitucionais pelo Superior
Tribunal Federal (STF)24 em 19DEZ2022. Contabilizadas no Orçamento com o Identificador de
Resultado Primário (RP) nº 9, as Emendas de Relator ficaram conhecidas na mídia, pejorativamente,
como “Orçamento Secreto”, visto que não era conhecido o parlamentar interessado na respectiva
despesa pública.
18
Circular EMA nº 6/2023 Item 2
19
CF/88 Art. 166 § 9º
20
RCN nº 1/2006 Art. 49
21
RCN nº 1/2006 Art. 47 § 1º
22
RCN nº 1/2006 Art. 144
23
Lei nº 14.116/2020 Art. 7º § 4º Inciso II alínea c) item 4
24
https://agenciabrasil.ebc.com.br/justica/noticia/2022-12/stf-considera-orcamento-secreto-inconstitucional
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A solução encontrada pelo Legislativo para contornar essa situação foi a criação do Orçamento
Impositivo, estipulando proibições Constitucionais para o Contingenciamento de Despesas criadas por
Emendas Parlamentares, conforme descrito abaixo25:
Emendas Individuais – nenhuma não pode ser contingenciada26; e
Emendas de Bancada – Não podem ser contingenciadas Emendas no montante de até 1% da Receita
Corrente Líquida (RCL) realizada no exercício anterior27.
25
Giacomoni 2018 p. 306
26
CF/88 Art. 166 § 11
27
CF/88 Art. 166 § 12
28
Lei Complementar nº 200/2023 Art. 1º § 2º
29
https://www.camara.leg.br/internet/agencia/infograficos-html5/novo-arcabouco-fiscal/index.html
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meta, o crescimento do teto no ano seguinte ficará limitado a 50% do crescimento da receita, também
limitado a um crescimento real mínimo de 0,6% ao ano e máximo de 2,5% ao ano.
V – Regra de Ouro
Prevista no inciso III do art. 167 da Constituição Federal de 1988, limita a realização de operações de
crédito em volume superior às Despesas de Capital realizadas, ressalvadas as autorizadas mediante
Créditos Suplementares ou Especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo. Regras
fiscais que apontem para uma gestão responsável dos recursos públicos são fundamentais para manter a
confiança na capacidade do governo de honrar seus compromissos, tanto os relativos às políticas públicas
para atender as necessidades da população, quanto os referentes aos pagamentos da dívida pública.
VI – Reserva de Contingência
Trata-se de reserva de recursos globais, de natureza primária ou financeira, para atendimento de
contingências fiscais e outras necessidades específicas30.
Sob a denominação de Reserva de Contingência, o orçamento anual poderá conter dotação global não
especificamente destinada a determinado Órgão, UO, Programa ou Categoria Econômica, a ser utilizada
como fonte de recursos para abertura de Créditos Adicionais31.
A Reserva de Contingência, cuja forma de utilização e montante, são definidos com base na Receita
Corrente Líquida (RCL), serão estabelecidos na LDO, para atendimento de passivos contingentes e outros
riscos e eventos fiscais imprevistos32.
Considera-se como evento fiscal imprevisto, a abertura desses créditos para o atendimento de despesas
não previstas (especiais) ou insuficientemente dotadas (suplementares) na LOA33.
A Reserva de Contingência tem sido constituída, exclusivamente, com recursos do Orçamento Fiscal, no
montante de 0,2% da RCL34.
Vide exemplo de um Crédito Adicional do tipo Suplementar, utilizando recursos da Reserva de
Contingência:
30
MTO 2024 Subitem 4.5.2.1.3.4
31
Decreto-Lei nº 200/67 Art. 91 e Portaria SOF nº 42/1999 Art. 5º
32
Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 5º Inciso III alínea b)
33
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 13 § 3º
34
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 13
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
https://www.camara.leg.br/orcamento-da-uniao/creditos-adicionais
b) Dotação Orçamentária
A compreensão do Orçamento exige o conhecimento de sua estrutura e sua organização,
implementadas por meio de um sistema de classificação estruturado, bem como dos seguintes conceitos:
Crédito orçamentário – autorização constante da Lei Orçamentária Anual (LOA) para a realização de
uma despesa pública;
Dotação Orçamentária – montante de crédito orçamentário autorizado na LOA para uma UO;
Provisão ou Destaque – montante de crédito orçamentário descentralizado por uma UG responsável
por uma UO para uma Unidade Gestora Executante (UGE), que precisa ter crédito disponível para
emitir o empenho. A diferença entre Provisão e Destaque será explicada mais adiante.
Enviar Dotação, Provisão ou Destaque significa, portanto, enviar crédito orçamentário.
A LOA 2024 apresentou a seguinte distribuição de receitas e despesas:
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Cabe esclarecer que, anualmente, o Governo Federal contrai novos empréstimos para pagar dívidas de
anos passados que estão vencendo e não há superávit primário para seu pagamento. Nesse caso, há uma
despesa para o pagamento das dívidas e, em contrapartida, uma receita com a entrada dos recursos dos
novos empréstimos. A “Rolagem da dívida” é, portanto, um processo rotineiro de gestão referente à
substituição de títulos emitidos anteriormente por títulos novos, o que nada mais é que o pagamento de
uma dívida com outra dívida. Por essa razão, na peça orçamentária o valor do Refinanciamento apresenta
os mesmos valores na receita e na despesa, sendo que a LDO exige que esses valores, que fazem parte do
Orçamento Fiscal, sejam evidenciados separadamente na LOA.
A figura abaixo ilustra a evolução dos valores consignados em LOA de 2016 a 2024:
Dotações Orçamentárias
16
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I – Programa de Trabalho
A Dotação Orçamentária é organizada na LOA em Programas de Trabalho (PT), compreendendo treze
Classificações Orçamentárias35. A figura abaixo ilustra exemplos de Dotações Orçamentárias no PLOA 2024:
Tomando a primeira Dotação Orçamentária da figura acima, observa-se que seu PT apresenta as
seguintes Classificações Orçamentárias:
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MTO 2024 Subitem 4.1
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ATENÇÃO: Tendo em vista que as Unidades Gestoras (UG) devem conhecer as finalidades de
todas as classificações orçamentárias do crédito recebido, a execução da despesa em
desacordo com a especificação e descrição do Produto da AO é caracterizada como Desvio de
Finalidade, sujeitando o Ordenador de Despesas a multa pelo Tribunal de Contas da União
(TCU).
18
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II – Detalhamento pela UO
Até 1998, o Executivo emitia um Decreto, acrescentando e detalhando algumas dessas classificações
orçamentárias em um documento denominado Quadro de Detalhamento da Despesa (QDD). Esse
documento não existe mais. Atualmente, essa tarefa é realizada pelas UG que têm acesso à transação
DETAORC no SIAFI36.
A MB convencionou internamente à Força, que somente a DGOM, que é a UG responsável por todas as
UO da MB, pode realizar o detalhamento da Dotação Orçamentária, utilizando aquela transação:
Fonte ou Destinação de Recursos (FR) – detalhamento opcional até dez dígitos, pois a LOA só
especifica essa classificação até o quarto dígito. Caso não seja detalhado, os seis últimos dígitos
permanecem preenchidos com zeros;
Natureza da Despesa (ND) – inclusão do Elemento de Despesa, pois a LOA só especifica essa
classificação até a Modalidade de Aplicação. Lembrando que o Subelemento será detalhado pela UG
quando do empenho da despesa no SIAFI. Enquanto não são detalhados, esses campos da ND
permanecem preenchidos com zeros;
Unidade Gestora Responsável (UGR) – inclusão opcional do código da UG a quem pertence o crédito.
Caso não seja detalhado, esse campo permanece em branco; e
Plano Interno (PI) – campo de uso opcional do SIAFI, não definido na LOA. No caso da MB, a DGOM
sempre preenche esses campos antes de descentralizar os créditos às UG.
36
Giacomoni 2018 p. 345
37
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 5º Inciso VIII
38
Lei nº 14.802/2024 (PPA 2024-2027) Art. 9º § 2º
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
No PPA 2000-2003, quando foi implantada a Gestão por Resultados no Planejamento e Orçamento
brasileiro, as AO passaram a ser planejadas junto com os Programas nos Planos Plurianuais (PPA). Essa
experiência engessou demais a execução orçamentária e foi abandonada a partir do PPA 2012-2015, sendo
anualmente estabelecidas somente na LOA.
A – Finalidade
O Título da AO especifica de maneira sucinta sua finalidade, expressando em linguagem clara o objeto
da ação governamental, de modo a evitar a execução de quaisquer despesas a ela não relacionadas39.
B – Descrição
A descrição da AO fornece mais detalhes sobre sua finalidade, expressando de forma concisa, as
informações necessárias ao entendimento do que será realizado na ação governamental. Evidencia o que é
feito e para que, seu escopo, suas delimitações e o seu Objetivo40.
C – Produto
Para o monitoramento dos resultados esperados para a AO, as categorias de programação podem
identificar também Produto, Unidade de Medida e Meta Física41.
Produto é um bem ou serviço ofertado à sociedade, permitindo ser mensurado e acompanhado
fisicamente. Deve ser específico, de forma a permitir a visualização do resultado da ação governamental,
guardando uma relação direta com ela.
Vide exemplos abaixo:
39
MTO 2024 Subitem 4.5.2.1.1
40
MTO 2024 Subitem 4.5.2.1.2
41
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 5º § 1º
20
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A descrição e finalidade das AO podem ser consultadas tanto no módulo Apoio, Submódulo
Informações Básicas, opção Estrutura Orçamentária do SIPLAD, quanto no módulo Cadastro de Ações do
Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento do Governo Federal (SIOP).
D – Tipos
A AO é identificada por um código alfanumérico de quatro dígitos. O primeiro dígito é numérico e indica
o tipo da Ação. Os demais são alfanuméricos:
Essa codificação foi instituída pela Portaria nº 9/74, do então Ministério do Planejamento e
Coordenação Geral, que substituiu o Anexo 5 da Lei nº 4.320/64.
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Atividade
Instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de
operações que se realizam de modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto necessário à
manutenção da ação de governo42; e
Projeto
Instrumento de programação para alcançar o objetivo de um programa, envolvendo um conjunto de
operações, limitadas no tempo, das quais resulta um Produto que concorre para a expansão ou o
aperfeiçoamento da ação de governo43;
Operação Especial
Despesas que não contribuem para a manutenção, a expansão ou o aperfeiçoamento das ações de
governo no âmbito da União, das quais não resulta um produto e não é gerada contraprestação direta sob
a forma de bens ou serviços. As AO deste tipo estão associadas aos Programas do tipo Operação Especial,
que constarão apenas da LOA, não integrando o PPA44.
Vide abaixo a Dotação Orçamentária da MB por AO nos dois últimos anos:
42
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 5º Inciso XI e Portaria SOF nº 42/1999 Art. 2º Inciso III e MTO 2024 Subitem 4.5.2.1.3.1
43
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 5º Inciso XII e Portaria SOF nº 42/1999 Art. 2º Inciso II e MTO 2024 Subitem 4.5.2.1.3.2
44
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 5º Inciso XIII, Portaria SOF nº 42/1999 Art. 2º Inciso IV e MTO 2024 Subitem 4.5.2.1.3.3
22
CIANB
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
23
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
A figura abaixo apresenta as despesas fixadas por AO no PLOA 2024 para o Programa 6112 – Defesa
Nacional na UO 52931 – Fundo Naval:
45
Bijos 2020 p. 27
46
CF/88 Art. 37
24
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IV – Plano Orçamentário
Plano Orçamentário (PO) não é uma classificação orçamentária prevista em Lei. Trata-se de um
detalhamento gerencial facultativo, criado em 2012 no SIOP, para permitir que o controle da execução do
orçamento seja realizado pela UO num nível mais detalhado, conforme a particularidade de cada órgão
setorial47.
Alguns PO são selecionados pela Secretaria de Orçamento Federal (SOF) para serem monitorados
intensivamente, devendo as unidades responsáveis subsidiar informações mais detalhadas sobre sua
execução.
Quando o PO não for utilizado pela UO, em face de necessidades sistêmicas do SIOP, é atribuído o PO
0000 com o mesmo nome da AO.
A seguir são apresentados alguns exemplos de PO e respectivas AO de vinculação:
47
MTO 2024 Subitem 4.5.3 e Giacomoni 2018 p. 121
25
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c) Execução
As decisões e escolhas expressas na Lei Orçamentária Anual (LOA) assumem natureza financeira na
forma de execução física, orçamentária e financeira, conforme exposto a seguir48:
Execução física – a realização da obra, o fornecimento do bem ou a prestação do serviço;
Execução orçamentária – o empenho e a liquidação da despesa, inclusive sua inscrição em restos a
pagar; e
Execução financeira – o pagamento da despesa, inclusive dos restos a pagar.
48
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 143 § 1º
26
CIANB
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A execução da LOA e dos Créditos Adicionais obedecerá aos princípios constitucionais da legalidade, da
impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência na administração pública federal, e não
poderá ser utilizada para influenciar na apreciação de proposições legislativas em tramitação no Congresso
Nacional49.
O Programa de Trabalho (PT) autorizado na LOA condiciona a execução orçamentária e financeira das
instituições públicas, sendo vedado o início de programas ou projetos não incluídos naquela Lei, bem como
a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou
adicionais50.
A despesa não poderá ser realizada se não houver comprovada e suficiente disponibilidade de Dotação
Orçamentária para atendê-la, sendo vedada a adoção de qualquer procedimento que viabilize a sua
realização sem observar a referida disponibilidade51.
I – Execução provisória
Na LDO, há previsão da possibilidade de execução provisória do Projeto de Lei Orçamentária Anual
(PLOA), segundo os critérios e regras nela estabelecidos, caso o Orçamento não tenha sido sancionado
pelo Presidente da República até o encerramento do último exercício financeiro (31 de dezembro). Essa
hipótese visa evitar os prejuízos que adviriam para a sociedade se ocorresse a total paralisação da
administração pública pela inexistência de um orçamento aprovado após o início do exercício52.
A Diretoria de Gestão Orçamentária da Marinha (DGOM) divulga essas regras para a execução provisória
da LOA pela MB em Bono, conforme exemplo abaixo:
49
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 168
50
CF/88 Art. 167 Incisos I e II
51
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 170
52
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 72
27
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II – Descentralização Orçamentária
Após aprovada a LOA ou quando da execução provisória do PLOA, a Secretaria de Orçamento Federal
(SOF) envia as Dotações Orçamentárias no SIAFI diretamente à UG responsável pela UO consignada no
Programa de Trabalho (PT)53.
É permitido que a UO descentralize seu direito de utilização do crédito autorizado na LOA de duas
formas54:
Provisão – descentralização interna do crédito de uma UO para uma UG do mesmo Órgão; e
Destaque de Crédito – descentralização externa do crédito de uma UO para uma UG de outro
Órgão55.
Em face de, no SIAFI, os códigos dos Órgãos das UO da MB ainda serem os anteriores à criação do
Ministério da Defesa, é comum ouvirmos a incorreta expressão “Destaque de Crédito Interno” quando a
Dotação Orçamentária da UO 52931 – Fundo Naval, vinculada ao “Órgão” 52132 – Fundo Naval, é
descentralizada para uma UG vinculada ao “Órgão” 52131 – Comando da Marinha.
53
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 8º
54
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 8º § 1º
55
SGM-401 (Rev. 2 Mod. 3) Inciso 7.1.1
28
CIANB
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
responsabilidade pelo atingimento do Objetivo do Programa do Plano Plurianual (PPA) e das metas da
Ação Orçamentária (AO) dos seus créditos.
A UG que utilizar o crédito, por sua vez, deve respeitar fielmente as classificações que caracterizam a
Dotação Orçamentária, empregando os recursos na concretização do objetivo pretendido pelo PT
pertinente56. A sua execução deve ser concretizada em estrita conformidade com a meta para a qual foi
concedido.
Os Destaques de Crédito recebidos pela MB têm acompanhamento diferenciado por parte dos órgãos
concedentes, exigindo apurado controle por parte das UG executoras e dos respectivos Gerentes de Metas
do Sistema do Plano Diretor (SPD).
Cabe ressaltar que, no Destaque de Crédito:
A instituição de destino pode determinar que a Dotação Orçamentária tenha que ser descentralizada
primeiro para a UG responsável pela UO, para posteriormente ser transferida para a UG que
executará a despesa; e
Oportunamente, os recursos financeiros para o custeio das despesas também devem ser transferidos
pela UO de origem.
Com relação aos recursos financeiros, a sua descentralização ocorre à semelhança dos créditos
orçamentários, porém com nomes diferentes, conforme abaixo:
Dotação (SOF) → Cota (STN);
Provisão → Sub-repasse; e
Destaque → Repasse.
56
Giacomoni 2018 p. 348
57
Giacomoni 2018 p. 322
29
CIANB
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na medida do possível, o equilíbrio entre a receita arrecadada e a despesa realizada, reduzindo eventuais
insuficiências de tesouraria58.
Em 1967, o Decreto-Lei nº 200 reforçou essa determinação, estabelecendo que o então Ministério do
Planejamento e Coordenação Geral e o Ministério da Fazenda elaborassem, em conjunto, a programação
financeira de desembolso, para o ajuste do ritmo de execução do orçamento ao fluxo provável de
recursos59.
Atualmente, os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, o Ministério Público da União e a Defensoria
Pública da União devem elaborar e publicar por ato próprio, até trinta dias após a data de publicação da
LOA, o Cronograma Anual de Desembolso Mensal, por Órgão, com vistas ao cumprimento da meta de
Resultado Primário estabelecida na LDO60.
Anualmente, portanto, o Governo Federal publica um Decreto, dispondo sobre a programação
orçamentária e financeira, que estabeleceu o cronograma de execução mensal de desembolso do Poder
Executivo federal para o exercício, fixando o Limite de Movimentação e Empenho (LME) e Limite de
Pagamento (LP) para os Órgãos Setoriais do Sistema de Planejamento e Orçamento Federal (SPOF). Esses
limites são distribuídos pelos Órgãos para suas UO. Esse Decreto autoriza o Secretário Especial do Tesouro
e Orçamento do Ministério do Planejamento e Orçamento a alterar, em determinadas situações, os valores
autorizados para movimentação, empenho e pagamentos por Portaria61.
Em nível de UGE, esse controle da emissão de empenho é realizado por meio da conta contábil do SIAFI
8.2.3.2.0.05.00 – LIMITE ORÇAMENTÁRIO DESCENTRALIZADO. Ou seja, além de possuir crédito disponível
na conta 6.2.2.1.1.00, para a emissão do Empenho a UGE necessitará dispor de saldo também naquela
conta.
58
Lei nº 4.320/1964 Art. 47
59
Decreto-Lei nº 200/1967 Art. 17
60
Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 8º e Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 70
61
Decreto nº 10.961/2022 Art. 10
30
CIANB
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SIAFI em 25JAN2023
62
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 71
63
Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 48
64
CF/88 Art. 165 § 3º
65
Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 9º e Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 71 § 3º
31
CIANB
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A – Créditos Adicionais
Durante a execução do Orçamento, as dotações inicialmente aprovadas na LOA podem se revelar
inadequadas para a execução das políticas públicas, seja por serem insuficientes para realização dos
programas de trabalho integrantes do orçamento ou pelo surgimento de necessidade de realização de
despesas não autorizadas inicialmente.
Os Créditos Adicionais são, portanto, autorizações de despesa não computadas ou insuficientemente
dotadas na LOA em vigor e podem ser dos seguintes tipos:
66
Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 9º § 2º
32
CIANB
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
Créditos Adicionais
A LOA poderá conter autorização prévia para abertura de Créditos Suplementares, atendidos
determinados critérios nela estabelecidos, sem a necessidade de submissão da alteração orçamentária ao
Poder Legislativo.
Veja um exemplo de Medida Provisória, abrindo Créditos Extraordinários:
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2023-2026/2023/Mpv/mpv1188.htm.
B – Outras alterações
Além das alterações promovidas pelos Créditos Adicionais, há possibilidade de serem modificadas as
classificações orçamentárias sem, necessariamente, alterar os montantes das dotações autorizadas no
orçamento: Fonte de Recursos, Modalidade de Aplicação, Identificador de Resultado Primário,
Identificador de Uso, Identificador de Doações e Operações de Crédito, etc.
No decorrer de sua execução, esses ajustes ocorrem em prazos estabelecidos pela Secretaria de
Orçamento Federal (SOF), conhecidos como “janelas de alterações orçamentárias”.
VI – Desvio de Finalidade
Desvio de Finalidade consiste na realização de uma despesa pública por uma Unidade Gestora
Executante (UGE) em desacordo com alguma classificação orçamentária estabelecida para o respectivo
crédito orçamentário na Lei Orçamentária Anual (LOA) e no Plano Plurianual (PPA), sujeitando o Ordenador
de Despesas a multa pelo TCU.
33
CIANB
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
67
CF/88 Art. 167 inciso VI
68
Lei nº 4.320/64 Art. 71
69
Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 8º § Único
70
Circular SGM nº 7-2023 Subitem 2.2
34
CIANB
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Portal da Transparência
Portal da Transparência
35
CIANB
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Portal da Transparência
36
CIANB
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Essa ferramenta vem sendo atualizada com novas tecnologias, como por exemplo a versão web do
módulo gerencial do sistema71:
A – Escrituração
É na LDO que está prevista a obrigatoriedade que a execução orçamentária e financeira dos Orçamentos
Fiscal e da Seguridade Social seja registrada na modalidade total no SIAFI72.
A Contabilidade do Setor Público Federal é realizada em Contas Contábeis. Uma Conta Contábil pode ser
escriturada mais detalhadamente por Conta Corrente. Todo lançamento contábil está associado a um
Documento.
71
https://www.serpro.gov.br/clientes/secretaria-do-tesouro-nacional-1
72
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 6º
37
CIANB
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
Utilizado a transação CONRAZAO do SIAFI, podemos consultar, por exemplo, os Destaques de Créditos
recebidos pelo CIANB:
Tirando o Razão (PF2) do montante de R$ 15.122,00, chegamos à Nota de Crédito (NC) nº 020652.
38
CIANB
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
Cada Documento, Conta Contábil e Conta Corrente possui campos que podem ser listados em um
Relatório extraído por meio de sistemas do tipo Business Intelligence (BI), tais como SIGA Brasil ou Tesouro
Gerencial.
B – Crédito Disponível
Crédito Indisponível é aquele relacionado a um Pré-Empenho ou bloqueado pela SOF conforme contas
contábeis abaixo listadas:
Crédito Indisponível
C – Célula De Crédito/Despesa
Considerando que o formato do Programa de Trabalho (PT) pode ser anualmente reformulado na LOA e
que o SIAFI não possui a flexibilidade necessária para processar essas mudanças de leiaute, o PT da LOA
39
CIANB
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
está contabilizado em diferentes campos naquele sistema. Deve-se atentar, inclusive, que existe um campo
denominado “PT”, mas que não possui o mesmo formato da LOA
É de extrema importância saber localizar e conhecer as classificações orçamentárias constantes do PT da
LOA no SIAFI, a fim de não incorrer em desvio de finalidade na execução da despesa, algo passível de multa
pelo Tribunal de Contas da União (TCU).
Com a implementação do Plano de Contas Aplicado ao Setor Público (PCASP), uma Conta Contábil pode
ter até 3 Contas Correntes diferentes a depender do Identificador de Superávit Financeiro (ISF): Financeiro
(F), Permanente (P) e Não se aplica (N).
A contabilização da execução dos créditos no SIAFI é efetuada em Contas Contábeis com Natureza da
Informação Orçamentária, detalhadas em contas-correntes do tipo Célula de Crédito/Despesa (CDC).
Vide exemplo abaixo:
40
CIANB
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
SIAFI em 25SET2023
Esfera Orçamentária
O segundo campo da CDC é a classificação Esfera Orçamentária.
A consulta aos campos que correspondem a um PTRes é efetuada, no SIAFI, por meio da transação
CONPTRES, conforme tela abaixo:
41
CIANB
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
SIAFI em 26SET2023
O campo PT do SIAFI não é igual ao Programa de Trabalho da LOA. Aquele possui somente cinco dos
treze campos deste último.
Atente que o SIAFI até apresenta um nome para o campo “PT”, que é o título da AO contida nele,
seguido do título do Subtítulo/Localizador.
Em resumo, esse PTRes nos informa:
42
CIANB
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Natureza da Despesa
O quinto campo do CDC é a Natureza da Despesa (ND). A ND só é fixada na LOA até o quarto dígito
(Modalidade de Aplicação). As Unidades Orçamentárias (UO) devem, a seu critério, detalhá-la até o sexto
dígito (Elemento), enquanto que a Unidade Gestora (UG) selecionam os dois últimos dígitos (Subelemento)
quando do empenho da despesa.
43
CIANB
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
Tanto a UGE quanto a UGR devem estar cadastradas na Tabela de UG do SIAFI. Para que uma UG seja
UGE, o seu campo “Função” deve ser “EXECUTORA” (permite lançamentos contábeis). Para que seja UGR,
pode ser “EXECUTORA” ou “CREDORA” (não permite lançamentos contábeis).
Vide exemplo abaixo:
Plano Interno
O último campo da CDC é o Plano Interno (PI), que também não faz parte do PT.
d) Monitoramento e Avaliação
Na decisão sobre alterações ou exclusões de Ações Orçamentárias (AO), bem como na alocação de
recursos no PLOA, é indispensável levar em consideração os resultados de avaliações e monitoramento de
políticas públicas e programas de governo. O § 16, do art. 37 da CF/88, dispõe que os órgãos e entidades
da administração pública devem realizar avaliação das políticas públicas, devendo as leis orçamentárias
observar, no que couber, os resultados desse monitoramento e da avaliação das políticas públicas, em
observância ao referido dispositivo constitucional73.
A LDO reforça o texto constitucional quando determina que as informações sobre a execução física das
ações orçamentárias e os resultados de avaliações e do monitoramento de políticas públicas e programas
de governo devem ser considerados como diretrizes na alocação de recursos na LOA74.
O controle da execução orçamentária envolve a avaliação das ações governamentais com o exame
independente e objetivo da economicidade, eficiência, eficácia e efetividade de organizações, programas e
atividades governamentais, com a finalidade de promover o aperfeiçoamento da gestão pública. Ou seja,
73
MTO 2024 Subitem 6.1.3
74
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 16 Inciso III
44
CIANB
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
busca apurar em que medida as ações executadas produziram os resultados pretendidos, sendo uma
forma de auditoria mais ambiciosa, porque mede o impacto produzido pelas ações governamentais na
realidade75.
Não há garantia, a priori, de que um orçamento aprovado e executado produza inevitavelmente os
efeitos desejados no bem-estar da sociedade. É necessário que, previamente e após a ação pública, as
demandas e as escolhas sociais estejam definidas e sejam revistas. A execução das despesas na ação
pública deve solucionar ou, pelo menos, minimizar as causas dos problemas da sociedade76.
A partir do PPA 2000-2003, quando foi adotada a Gestão por Resultados na Administração Pública
Federal, o Governo implantou um sistema de monitoramento e avaliação da consecução dos objetivos
estratégicos do Governo Federal e dos resultados dos Programas77.
Com o Decreto nº 2.829/98, que estabeleceu normas para a elaboração e execução a partir do PPA
2000-2003 e da LOA 2000, a unidade responsável por Programas, Projetos e Atividades passou a ser
obrigada a realizar avaliação física e financeira da sua execução, visando78:
Aferir o seu resultado e o alcance de objetivos e metas fixadas;
Subsidiar o processo de alocação de recursos públicos, nos moldes do Orçamento por Resultado; e
Evitar a dispersão e o desperdício de recursos públicos.
I – Custos
A adoção do cálculo de custos é um dos grandes desafios no âmbito da administração pública 79. Não
havendo capacidade mínima de identificação dos custos correspondentes às ações finalísticas, corre-se o
risco de que até mesmo órgãos públicos finalísticos tenham dificuldades em elaborar seus orçamentos com
a discriminação de ações representativas de sua missão institucional80.
Em 2000, foi atribuído à LDO pela LRF o estabelecimento de normas relativas ao controle de custos e à
avaliação dos resultados dos programas financiados com recursos do orçamento81. Segundo a LDO, o
controle de custos será orientado para o estabelecimento da relação entre a despesa pública e o resultado
obtido, de forma a priorizar a análise da eficiência na alocação dos recursos, e permitir o acompanhamento
das gestões orçamentária, financeira e patrimonial82.
75
Giacomoni 2018, p. 262
76
IPEA Texto para discussão 2674, 2021 p. 12
77
Decreto nº 2.829/98 Art. 5º
78
Decreto nº 2.829/98 Art. 6º
79
Giacomoni 2018, p. 262
80
Bijos 2020 p. 113
81
Lei Complementar nº 101/2000 (LRF) Art. 4º Inciso I alínea e)
82
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 16 § 1º
45
CIANB
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A LDO vem determinando nos últimos anos que é necessária a apresentação de detalhamento dos
custos unitários médios utilizados na elaboração dos orçamentos para investimentos em obras de
infraestrutura, alocados em ações do tipo Projeto com justificativa dos valores adotados 83, que têm sido
apresentadas na forma de texto livre, ou seja, sem qualquer direcionamento metodológico 84. Justificativas
vagas são muito frequentes, fragilizando o sistema de freios e contrapesos entre os Poderes, pois limitam a
capacidade de o Legislativo conhecer o porquê das metas físicas e dotações orçamentárias propostas pelo
Executivo85.
Vide exemplos:
II – Indicadores de Desempenho
Na avaliação dos resultados da aplicação do Orçamento nos Programas e suas Ações Orçamentárias
(AO), são utilizados indicadores de desempenho, que podem se referir aos86:
83
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Anexo II Inciso I
84
Bijos 2020 p. 116
85
Bijos 2020 p. 118
86
Oliveira Júnior 2018 p. 30
46
CIANB
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
Output x Outcome
As múltiplas e variadas atribuições governamentais fazem com que seja tarefa de difícil execução a
seleção de unidades de mensuração para medir o alcance dos outputs e outcomes. Países com menor grau
de maturidade em avaliação de desempenho tendem a focar na avaliação de produtos, enquanto os mais
maduros se encontram em fase de migração para a medição de resultados/impactos para a sociedade
como um todo87.
Em termos de organização do planejamento e orçamento brasileiros, pode-se dizer que:
Os Objetivos Estratégicos, Geral e Específicos de um Programa do PPA apresentam os
resultados/impactos esperados para as suas ações governamentais; e
A LOA contém informações de desempenho traduzidas na forma de Produto, detalhando sua
Unidade de Medida e Meta para as Ações Orçamentárias (AO)88.
A – PPA
Veja o exemplo a seguir para o PPA:
87
Oliveira Júnior 2018 p. 31
88
Lei nº 14.791/2023 (LDO 2024) Art. 5º § 1º
47
CIANB
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Para medir o alcance dos resultados do OE 0100, por exemplo, foi escolhido o Indicador de
Desempenho “Índice de execução dos Programas e Projetos do EB”, cuja Meta a ser atingida com a
utilização dos recursos públicos até 2027 é 70%.
B – LOA
Exemplos no PLOA 2024:
48
CIANB
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NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
Para estas AO do tipo Atividade, os produtos, seus Indicadores de Desempenho e Metas são
respectivamente:
Sistema aprimorado – unidade – 37; e
Projeto de pesquisa e desenvolvimento apoiado – unidade – 1.
Para estas AO do tipo Projeto, os produtos, seus Indicadores de Desempenho e Metas são
respectivamente:
Infraestrutura implantada – % de execução física – 3; e
Submarino construído – % de execução física – 5.
III – Resultados
O monitoramento e avaliação dos resultados do Planejamento e do Orçamento Público pode ser
entendida como a verificação do alcance dos Objetivos dos Programas do PPA e da produção de bens e
serviços previstos na LOA.
Desde o advento da LRF, fala-se muito em metas fiscais, mas pouco se discute sobre metas físicas. Assim
como as primeiras são importantes para o equilíbrio das contas públicas, as últimas também o são para a
qualidade do gasto público89.
Mesmo dotada de volumosas informações complementares disponibilizadas pelo Executivo (vide Anexo
II da LDO), a LOA apresenta fragilidades em relação à justificação das dotações e metas físicas, que acaba
por limitar a análise da relação entre recursos e resultados em termos de eficácia90.
Essa limitação não é contornada pelo PPA, que na realidade enfrenta déficit informacional ainda maior
que o da LOA, por dois motivos:
Por não apresentar os valores financeiros das AO desde o PPA 2012-2015; e
Por não ser acompanhado de informações complementares a exemplo do PLOA, nem dispor de outro
meio para a justificação de suas programações91.
89
Bijos 2020 p. 278
90
Bijos 2020 p. 122
91
Bijos 2020 p. 122
49
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A – Plano Plurianual
A avaliação do PPA constitui processo sistemático, integrado e institucionalizado de análise dos
Programas Finalísticos e seus atributos, das agendas transversais e das prioridades do Governo federal,
com o objetivo de aprimorar as políticas públicas e a qualidade do gasto público92.
Tem o objetivo de aprimorar os programas e a qualidade do gasto público, sendo realizada no âmbito do
Conselho de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas (CMAP)93.
O Conselho é composto pelos Secretários-Executivos dos seguintes órgãos94:
Ministério do Planejamento e Orçamento, que o coordenará;
Casa Civil da Presidência da República;
Controladoria-Geral da União;
Ministério da Fazenda; e
Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.
Veja um exemplo de monitoramento95:
92
Lei nº 14.802/2024 (PPA 2024-2027) Art. 17
93
Lei nº 14.802/2024 (PPA 2024-2027) Art. 17 § 1º
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Decreto nº 11.558/2023 Art. 5º
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https://www.gov.br/planejamento/pt-br/assuntos/plano-plurianual/paginas/monitoramento
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CIANB
C-ApA-OrçFin-PR-EAD
NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
Com base nas informações lançadas no SIOP pelos responsáveis pelos Programas, o Poder Executivo
federal apresentará anualmente à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do
Congresso Nacional (CMO), até 30SET de cada exercício, o Relatório de Avaliação de Políticas Públicas,
com os resultados e as recomendações das avaliações produzidas no âmbito do CMAP, que conterá96:
Comportamento das variáveis macroeconômicas e do cenário fiscal que embasaram a elaboração do
PPA.
Acompanhamento da evolução das metas e dos indicadores-chave nacionais.
Desempenho, por Programa Finalístico, dos Indicadores dos Objetivos específicos e das entregas.
Demonstrativo da execução orçamentária e financeira dos investimentos plurianuais.
Medidas institucionais e normativas implementadas no período.
Análise dos programas de gestão.
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Lei nº 14.802/2024 (PPA 2024-2027) Art. 16 e 17 § 6º
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C-ApA-OrçFin-PR-EAD
NOÇÕES DE PLANEJAMENTO GOVERNAMENTAL E ORÇAMENTO PÚBLICO
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https://www1.siop.planejamento.gov.br/siopdoc/doku.php/
acompanhamento_orcamentario:orientador_acompanhamento_orcamentario
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Decreto nº 10.321/2020 Art. 7º Inciso III
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Portaria SOF nº 103/2012 Art. 2º § Único
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