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Microbiologia
Conteúdo desta Aula

GÊNERO GÊNERO INFECÇÕES DO PRÓXIMOS

STREPTOCOCCUS STAPHYLOCOCCUS TRATO RESPIRATÓRIO PASSOS
MICROBIOLOGIA
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Aula 12: Infecções bacterianas I
DOENÇAS CAUSADAS DOENÇAS
POR ESTREPTOCOCOS CAUSADAS POR
ESTAFILOCOCCOS

AULA 12: Infecções bacterianas I

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Microbiologia Microbiologia
O gênero Streptococcus Hemólises estreptocócicas

• O gênero Streptococcus pertencente à família Streptococcaceae e é composto por bactérias que • A capacidade de lisar células sanguíneas, em meio ágar sangue de carneiro, determina a
apresentam a morfologia de cocos em correntes (estreptococos). classificação como bactérias alfa-hemolíticas, beta-hemolíticas ou não hemolíticas.

• Podem ser classificados quanto ao tipo de lise celular que

promovem (alfa, beta e gama hemolíticos) ou quanto à cadeia Alfa -hemólise Beta -hemólise Gama -hemólise
molecular da parede celular (grupo A, grupo B e grupo C etc.). (α) (β) (γ)

• Várias espécies de estreptococos são patogênicas para o homem.

Promovem hemólise Promovem hemólise total Não promovem hemólise.
parcial, com presença de ao redor da colônia, O meio ágar sangue
zona esverdeada ao redor apresentando transparência permanece inalterado.
http://www.cdc.gov/media/subtopic/library/DiseaseAgents/img35.jpg
da colônia. do meio de cultura.
L in k e strp to c o c o s A N V IS A
h ttp ://w w w .a n v isa .g o v .b r/se rv ic o sa u d e /c o n tro le /re d e _ rm /c u rs
o s/b o a s_ p ra tic a s/m o d u lo 4 /in tr_ stre .h tm

h ttp ://lh 6 .g g p h t.c o m /_ S T D V F Q G E S JI/T b e K M J7 C Jw I/A A A A A A A A C X E /JU c f_ 4 n o N Z 4 /S tre p to c o c c u s % 2 0 p n e u m o n ia e % 2 8 3 % 2 9 % 5

http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo4/intr_stre2.htm
B 4 % 5 D .g if? im g m a x = 8 0 0

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Doenças estreptocócicas Principais infecções estreptocócicas
• De acordo com o padrão de parede celular, os estreptococos obedecem a classificação de ERISIPELA
Lancefield, onde estão organizados em grupos de A à H, K à M, N, O à V. FARINGITE e TONSILITE
CELULITE IMPETIGO BOLHOSO

• Cada grupo de estreptococo é incriminado em diferentes infecções. As mais comuns são:

GRUPO PRINCIPAL ESPÉCIE PRINCIPAIS INFECÇÕES

A Streptococcus pyogenes Faringites, escarlatina, tonsilites, abscessos,
piodermites* e sepses. h ttp s ://p t.w ik ip e d ia .o rg /w ik i/E ris ip e la # /m e d ia /F ile :F a c ia l_ e rys ip e la s .
jp g h ttp s ://a d va n c e c a re .p t/w p -c o n te n t/u p lo a d s /2 0 1 5 /0 1 /F a rin g ite .jp g

B Streptococcus agalactiae Infecções in utero, em recém-nascidos e sepse h ttp ://m e d d e rm .c o m .b r/s ite /w p - h ttp s ://u p lo a d .w ik im e d ia .o rg /w ik ip e d ia /c o m m

c o n te n t/u p lo a d s /2 0 1 5 /0 3 /fu ru n c u lo s -re m e d io -c a s e iro - o n s /th u m b /c /c a /Im p e tig o .jp g /2 4 5 p x -

d e -c e re a is -e -m e l-p a ra -fu ru n c u lo s -7 3 9 x 3 1 1 .jp g Im p e tig o .jp g

neonatal.
• As celulites infecciosas são devidas à infecção bacteriana em camadas profundas da pele. Apesar de, inicialmente,
C Streptococcus pneumoniae Pneumonia, otites, sinusite, endocardite, artrite
parecerem pequenas, possuem alta probabilidade de provocar necroses, perdas de tecido e evoluir para sepse.
séptica, entre outras.
Em geral, requerem tratamento em ambiente hospitalar.
* P io d e rm ite s = In fe cçõ e s n a p e le : Im p e tig o b o lh o so , e risip e la , fa sc ite n e c ro sa n te , Apresentam como principal característica diferencial, a formação de endurecimento ao redor da lesão (picada de
c e lu lite , fo u rn ie r, in fe c ç õ e s e m fe rid a s e q u e im a d u ra s e tc .
inseto, corte, arranhão, queimadura etc.), acompanhada de uma área de intensa vermelhidão.

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O gênero Staphylococcus Staphylococcus aureus

• O gênero Staphylococcus pertencente à família Staphylococcaceae e é composto por 37 espécies
de bactérias que apresentam a morfologia de cocos em cachos (estafilococos).
• 17 espécies de estafilococos são patogênicas para o
homem, causando desde infecções pequenas, como
as foliculites (espinhas) a infecções de grande porte,
como osteomielites, celulites infeciosas e sepses.
• A espécie mais importante é o Staphylococcus
aureus, seguidas de Staphylococcus epidermidis,
Staphylococcus saprophyticus e Staphylococcus
haemolyticus. Em geral, fazem parte da microbiota
humana.
• São cultivados, principalmente, em meio ágar
• O nome aureus é originada da pigmentação dourada que essa espécie apresenta em meio de
cultura. Em meio ágar manitol salgado, fermentam o manitol, diferenciando-se de outras espécies
de estafilococos.
ÁGAR MANITOL SALGADO
• Possuem a capacidade de produzir toxinas de
diferentes mecanismos de ação: toxinas alfa, beta,
gama, delta, leucocidina, enterotoxinas (A a E, G a I)
e toxinas esfoliativas.
• Externamente possuem a proteína A, que possui alta
afinidade pela porção Fc do anticorpo, impedindo sua
função efetora.
• Algumas cepas se tornaram resistentes a antibióticos,
como o MRSA (Staphylococcus aureus resistente à
h ttp s ://u p lo a d .w ik im e d ia .o rg /w ik ip e d ia /c o m m o n s /d /d 3 /S ta p h ylo c o c c u s _ a u re u s _ V IS A _ 2 .jp g h ttp ://w w w .m ic ro b io lo g yb o o k .o rg /fo x /M a n n ito l.jp g

meticilina).
manitol salgado.

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Fatores de virulência do S. aureus Principais infecções estafilocócicas
TOXINA FOLICULITE OSTEOMIELITE
TOXINA ALFA TOXINA BETA TOXINA GAMA TOXINA DELTA
LEUCOCIDINA
FURÚNCULO ABSCESSOS
Desorganiza o Proteína tóxica Grande destruição Tem ação Promove a
músculo liso dos para várias células, tecidual por detergente, que formação de poros
vasos sanguíneos e como eritrócitos, formação de poros desestabiliza a na membrana de
tem efeito tóxico leucócitos, e facilita a membrana celular, células. Em geral,
sobre muitos tipos macrófagos e formação de fazendo-a ser se associa à toxina
celulares. fibroblastos. abscessos. rompida. gama.

TOXINA h ttp ://s ta tic .tu a s a u d e .c o m /im g /p o s ts /2 0 1 4 /1 1 /b f5 3 a 9 6 7 c d a 2 8 e 2 7 h ttp ://w w w .o s s is .c o m .b r/w p -c o n te n t/u p lo a d s /2 0 1 3 /0 9 /n o tic ia -o s te o m ie lite -

ENTEROTOXINAS HIALURONIDASE COAGULASE CATALASE 4 c a 2 7 0 3 6 5 9 1 f6 9 d b .jp e g in fe c c a o -o s s o -6 7 3 x 2 5 1 .jp g

ESFOLIATIVA
h ttp ://i4 6 .p h o to b u c k e t.c o m /a lb u m s /f1 2 5 /d a n n n c a m p o s /S in to m a s % 2

h ttp s ://p a q u ito e ld e c u b a .file s .w o rd p re s s .c o m /2 0 1 1 /0 9 /g ra n o .jp g 0 e % 2 0 d ic a s /a b s c e s s o .jp g

Toxinas que Promove

Facilita a invasão Forma coágulos ao • As foliculites são inflamações do folículo piloso, com coleção de pus. São, vulgarmente, chamadas de “espinhas”.
causam intoxicação descamação da Degrada o peróxido
alimentar. Não são pele e tecidual, ao redor das colônias, Nos cílios, as foliculites são chamadas de “terçol”.
de hidrogênio, • Os furúnculos são extensões das foliculites, com coleção maior de pus.
degradadas por comprometimento degradar a matriz impedindo a ação produzido por
calor nem suco de múltiplos extracelular. de fagócitos • Os estafilococos também podem causar celulites infecciosas e impetigo bolhoso, tanto quando estreptococos.
leucócitos
gástrico. sistemas.

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Infecções respiratórias Principais infecções respiratórias

• As infecções do trato respiratório podem ser causadas por diferentes espécies bacterianas,
Gram positivas e Gram negativas. Processo inflam atório dos pulm ões, que afeta os alvéolos pulm onares. Provoca
PNEUMONIA tosse, dor torácica, febre e dim inuição da capacidade respiratória
Pode ser causada por diferentes espécies bacterianas.
• Fazem parte das infecções do trato respiratório:
Processo inflam atório dos brônquios. Pode ser aguda ou crônica (DPOC*).

§ Pneumonias BRONQUITE Provoca tosse intensa, com expectoração.

§ Sinusites Pode ser causada por diferentes espécies bacterianas.

§ Bronquites § Otites Processo inflam atório das orelhas (ouvido). Pode ser externa, m édia ou interna.
OTITE Provoca dor aguda, podendo ter secreção purulenta e levar a perda auditiva
§ Bronquiolites § Pleurites Pode ser causada por diferentes espécies bacterianas.

§ Traqueítes § Tuberculose
Processo inflam atório dos seios da face que, ao invés de ar, estão com secreção
SINUSITE Provoca pressão e dor nos olhos, podendo causar febre e form ação de pólipos.
Pode ser causada por diferentes espécies bacterianas.

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Tuberculose Tuberculose pulmonar

• A tuberculose (TB) é uma infecção causada pela bactéria • A tuberculose pulmonar provoca cavitações (buracos)
Mycobacterium tuberculosis, chamada de bacilo de Koch. nos pulmões, que permanecem por toda a vida.
PNEUMONIA PNEUMONIA
• O bacilo de Koch pode causar diferentes formas clínicas de • Até 14 dias do início do tratamento, o paciente Tb é
tuberculose: pulmonar e extra pulmonares. bacilifero, isto é, elimina o bacilo pela tosse e fala.

BRONQUITE • Na tuberculose miliar ocorre disseminação

PULMONAR h ttp ://w w w .s a u d e d ic a s .c o m .b r/w p -c o n te n t/u p lo a d s /2 0 1 0 /0 2 /tu b e rc u lo s e -
1 0 2 4 x 7 6 8 .jp g
micobacteriana pelo organismo, causando quadros
graves de tuberculose.
Ganglionar Cutânea
OTITE
Pleural Cardíaca • As gotículas expelidas pelo paciente TB evaporam e
TUBERCULOSE Intestinal Ocular formam um núcleo seco (Núcleo de wells). Estes
EXTRAPULMONAR Óssea Otológica permanecem em superfícies e, quando ressuspensos
Articular Endometrial no ar, contaminam outras pessoas. h ttp ://b ra s ile s c o la .u o l.c o m .b r/u p lo a d /c o n te u d o /im a g e s /2 a c 5 f8 2 6 fc 1 0 4 e 0 f9 3 9 3 2 9 a fe 4 5 a 3 a 1 f.jp g

Renal Glandular
Hepática Meningoencefálica • O núcleo de Wells é destruído pelo raio ultravioleta
(UV) do sol.

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Microbiologia
Sintomas de tuberculose
Assuntos da próxima aula:
• A tuberculose pulmonar apresenta sinais e sintomas,
característicos da infecção:
PNEUMONIA
- Tosse seca ou produtiva por mais de 1 mês; 1. Infecções do trato intestinal;

- febre diária no final da tarde (“febre com hora marcada”) 2. Infecções do trato urinário (ITU).
- sudorese noturna intensa;

- dores nas costas;

- perda de peso;

- em casos graves, tosse sanguinolenta.

h ttp ://b lo g jp .jo ve m p a n .u o l.c o m .b r/m e d ic o d e fa m ilia /w p -c o n te n t/u p lo a d s /2 0 1 4 /0 3 /S IN T O M A S -D A -
T U B E R C U LO S E .jp g

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Profª. Drª. Samara Rodrigues Bonfim Damasceno Oliveira

• Biomédica
• Especialista em Biotecnologia
• Especialista em Biomedicina Estética
• Doutora e Mestre em Farmacologia
• Pós-Doutora em Fisiologia e Farmacologia
• samara.damasceno@estacio.br
• samararbdamasceno@hotmail.com

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