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Caruaru
2017
EMERSON WANDERLEI SILVA DE MELO
Caruaru
2017
Catalogação na fonte:
Bibliotecária – Simone Xavier CRB/4 - 1242
BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________
Prof.º Dr. José Ivanildo Felisberto de Carvalho (Orientador)
Universidade Federal de Pernambuco
______________________________________________________
Prof.º Dr. Edelweis José Tavares Barbosa (Examinador Interno)
Universidade Federal de Pernambuco
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Prof.º Me. Robson Candeias Macedo (Examinador Externo)
Secretária Estadual de Educação de São Paulo
DEDICATÓRIA
O presente trabalho tem por objetivo discutir de que maneira o contexto histórico pode
influenciar nos conceitos e no ensino de Probabilidade na Educação Básica. Dessa
forma, apresentamos uma discussão acerca de como foi a evolução histórica de alguns
conceitos, que até hoje são utilizados. Foi discutido também o que alguns estudiosos
como Fermat, Pascal e o Chevalier de Méré trocavam em suas correspondências e em
que influenciaram nas resoluções de alguns problemas que envolviam cálculos
probabilísticos. Este trabalho, também mostra diversas crenças que existiam, onde
também se acreditava na teoria divina e de que maneira os jogos de azar foram
importantes para evolução da probabilidade. Discutimos os resultados de um
questionário com alguns estudantes dos períodos finais do curso de Licenciatura em
Matemática da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, Campus Acadêmico do
Agreste – CAA. Queremos saber como os mesmos entendem o conceito de
probabilidade e compreender o conhecimento dos estudantes do curso de Matemática-
Licenciatura sobre os contextos históricos de probabilidade.
The present work aims to discuss how the historical context can influence the concepts
and teaching of Probability in Basic Education. Thus, we present a discussion about
how was the historical evolution of some concepts, which until today are used. It was
also discussed what some scholars like Fermat, Pascal and Chevalier de Méré
exchanged in their correspondences and in which they influenced the resolutions of
some problems that involved probabilistic calculations. This work also shows several
beliefs that existed, where divine theory was also believed, and how gambling was
important for probability evolution. We discuss the results of a questionnaire with some
students of the final periods of the degree course in Mathematics of the Federal
University of Pernambuco - UFPE, Campus Acadêmico do Agreste - CAA. We want to
know how they understand the concept of probability and understand the students'
knowledge of the Mathematics-Licentiate course on the historical contexts of
probability.
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 9
5 METODOLOGIA...................................................................................................... 25
REFERÊNCIAS ........................................................................................................... 33
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1 INTRODUÇÃO
Para alcançar esse objetivo, faz-se necessário à busca por métodos de ensino que
tornem as salas de aula lugares de práticas transformadoras, onde os alunos consigam
construir os conhecimentos abordados de forma fácil e atrativa, além de desenvolverem
as capacidades e habilidades dos mesmos. Para isso é necessário buscar métodos que
desperte no estudante a busca pela leitura em obras que tratem do conteúdo retratando a
história e o surgimento de determinados acontecimentos, o incentivo à pesquisa de
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acordo com temas relevantes na área, (pesquisa sobre jogos de azar, probabilidade do
nascimento de filhos, por exemplo) e que possamos fazê–los se sentirem a ―peça‖
principal da sala de aula. Sendo assim, faz–se necessário entrelaçarmos a Matemática
com a probabilidade, com outras áreas de conhecimento.
Seguindo temos que, um dos recursos didáticos que podem ser utilizados em
aula capazes de facilitar e motivar o ensino e aprendizagem da matemática esta no uso
da temática História da Matemática. A História da Matemática pode promover um
ensino mais significativo, tornando as aulas mais dinâmicas. De acordo com (SOUZA;
MATOS; GONÇALVES, 2012):
distante da realidade do alunado. Percebe-se que hoje, se faz mais sentido pro aluno
decorar ou memorizar fórmulas, tabelas, conceitos e afins, especificamente para
obterem bons resultado na hora dos exames avaliativos. Essa prática pode acarretar a
perda da construção do raciocínio crítico e o estimulo em reinventar a matemática por
parte do aluno. Segundo as orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais do
Ensino Médio (2002, p. 86):
Nesta mesma linha, neste trabalho será iniciada uma discussão a respeito de
como o contexto histórico pode contribuir para o ensino e aprendizagem da
probabilidade na Educação Básica.
Ensinar probabilidade, apenas por fórmulas, não vai garantir que os estudantes
tenham construído o conceito probabilístico. Ao analisar algumas investigações
(CONTESSA ET AL, 2014; FELISBERTO DE CARVALHO E MACEDO, 2015) que
envolvem probabilidade, os autores apontam que uma quantidade significativa de
alunos tem dificuldades com a compreensão sobre este tema.
Há algum tempo vem sendo discutido de que maneira o contexto histórico pode
ajudar no ensino da matemática. Este é um tema que os Parâmetros Curriculares
Nacional destinados aos anos finais do Ensino Fundamental (BRASIL, 1998) orientam
que o contexto histórico deve ser incluído nas abordagens didáticas em salas de aula de
matemática.
críticos que consigam relacionar aquele conhecimento adquirido em sala de aula com
acontecimentos do seu dia a dia. Sendo assim, se conseguíssemos inserir o contexto
social do aluno, relacionando-o direta ou indiretamente com o contexto histórico do
conteúdo trazido pelo professor, talvez a aula se tornasse mais motivadora e se
conseguíssemos atrelar tudo isso a situações-problemasdaquele determinado espaço,
poderíamos alcançar resultados mais significativos. Para Groenwald, Sauer e Franke
(2005, p. 1):
compreensão de conceitos que ainda não estão familiarizados por não ser do seu dia a
dia. Para Rocha, et al. (2016, p. 2)
Desta forma, esse trabalho tem como finalidade entender de que maneira a
história da probabilidade pode ajudar a assimilar os conceitos probabilísticos. Assim,
conceitos como ao acaso, equiprobabilidade e entre outros mais que precisam ser
interpretados de maneira correta para as resoluções de nossos problemas, estão sendo
bastante discutidos, já que se faz necessário à compreensão de termos como esses e é de
fundamental importância saber distingui-los. Trazer essa forma de ensino-
aprendizagem, não ajuda apenas ao aluno, mas sim, desenvolve também a capacidade
do professor.
Outro italiano que contribuiu para a origem da probabilidade foi Pacioli (1445 -
1517). O trabalho que o colocou na história do desenvolvimento da probabilidade foi o
―Summa de arithmetica‖, geometria ou simplesmente ―Summa‖ (1494). Este trabalho
apresentava conteúdos de Aritmética, Álgebra, Geometria e Trigonometria e é o
primeiro autor conhecido que estudou os jogos de azar.
Paccioli estudou o problema dos pontos (divisão da aposta), que ele propôs o
seguinte: dois jogadores disputavam um prêmio que seria dado a quem primeiro fizesse
6 pontos no jogo da balla. Quando o primeiro jogador tinha 5 pontos e o segundo tinha
3 pontos, foi preciso interromper o jogo. Como dividir o prêmio? Embora sua solução
tenha sido incorreta, este problema foi semelhante ao que Pascal e Fermat viriam a
solucionar mais tarde e que é considerado, como de fato, o início da Teoria da
Probabilidade.
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Já o francês Blaise Pascal (1623 - 1662) encontrou uma solução para o problema
dos pontos e a comunicou por carta ao também francês Pierre de Fermat (1601 - 1665).
Pascal e Fermat foram os responsáveis por estabelecer as bases da teoria do cálculo
probabilístico e inúmeras hipóteses foram levantadas envolvendo possíveis resultados,
marcando o início da teoria das probabilidades como ciência.
Os jogos de azar são aqueles em que a perda ou o ganho dependem mais da sorte
do que do cálculo. Estes jogos estão relacionados às probabilidades e possibilidades.
Temos como exemplos desses jogos o bingo, a roleta, jogos de baralhos, bozó, etc.
Acredita-se que o caso registrado mais antigo sobre esses jogos de azar, foi o do
bispo Wibold, que no ano 950 d.C. surgiu com um jogo religioso que, a cada um dos 56
possíveis resultados do lance de 3 dados, era atribuída uma penitência a prática de uma
virtude correspondente. ―Os jogos de azar sempre foram admirados pelos homens. Ao
se lançar a sorte sobre o jogo, as pessoas acreditam que podem obter um resultado
favorável e, assim adquirir bens de maneira rápida‖ (MELO; REIS, 2011, p.03).
Do ponto de vista histórico essa definição tem grande relação com os jogos de
azar (SILVA, 2015; GUIMARÃES e CABRAL, 1997). É um cálculo realizado a priori
em que não se tem a necessidade de realizar o experimento aleatório para encontrar o
valor da probabilidade de um determinado evento.
5 METODOLOGIA
Esta pesquisa é de caráter qualitativo por ser uma pesquisa que buscamos
entender a compreensão dos estudantes a respeito de alguns conceitos probabilísticos. O
trabalho detalha a descrição dos dados, por meio de um contato diretamente
(questionário) com os alunos
1. Como você definiria probabilidade? (Não precisa ser uma definição formal)
Questão 1- Como você definiria probabilidade? (Não precisa ser uma definição
formal)
Os estudantes L2, L3 e L9 se distanciam de uma definição formal da
probabilidade. Eles apresentam respostas que são difíceis de categorizar. Assim,
acreditamos ser erro conceitual. Já os estudantes L7, L8 e L10definem explicando a
probabilidade por meio da fórmula de Laplace, ou seja, recorrendo a probabilidade
clássica. Eles não escrevem a representação simbólica da fórmula, mas na explicação
podemos perceber que se utilizam da noção clássica de probabilidade para assim a
definir. O estudante L1 define apresentando um exemplo.
Para tanto, o estudante L7 relata não lembra ter estudado algo relacionado à
Probabilidade, ainda no Ensino Fundamental.
E há ainda três estudantes-L5, L6 e L10- que discorrem que não houve uma boa
abordagem e citam que estudaram apenas no Ensino Médio.
Dos dez entrevistados, seis deles pontuaram que não tinham estudado
probabilidade no Ensino Superior, e/ou quando, estudaram, apenas se deu de forma
superficial. O L7 descreveu que foi apenas uma aplicação de fórmula e exercícios
mecanizados (excesso de fórmulas).
Questão quatro - Você tem conhecimento de algum caso ou alguma situação que
envolva episódios históricos da probabilidade? Pode nos contar.
Dentre os 10 estudantes que participaram da pesquisa, 9 deles citaram que nunca
tinham visto ou que já não lembravam mais algo que os remetesse ao contexto histórico
que envolvesse probabilidade. E apenas 1 aluno, que foi o estudante L2, relatou ter
conhecimento de um caso.
Protocolo Estudante L3
Protocolo Estudante L4
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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Assim, diante dos dados obtidos na pesquisa, percebi ainda muita deficiência
enquanto alguns conceitos Probabilísticos. Há também uma falta de compreensão nos
entendimentos das questões aplicadas, no qual a maioria ou não conseguem responder
ou respondem de forma errada. Logo, surge uma preocupação nesse cenário ao qual
precisa ser analisado para que obtenha um melhor rendimento e melhor formação de
nossos futuros professores
REFERÊNCIAS