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ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

DE UTR PARA
MODERNIZAÇÃO DO
SISTEMA ELÉTRICO
NACIONAL

Operador Nacional do Sistema Elétrico


Diretoria de Operação
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ONS NT 4/xxx/2001

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA
DE UTR PARA
MODERNIZAÇÃO DO
SISTEMA ELÉTRICO
NACIONAL

Sistema de telemedição, telesinalização, telecon-


trole e seqüência de eventos

Diretoria de Operação

/conversion/tmp/activity_task_scratch/744313628.doc
Sumário

1 Objetivo 7

2 Introdução 9

3 Informações Gerais 12
3.1 Escopo do projeto 12
3.2 Prazos, datas e local de entrega de propostas 13
3.3 Procedimento de acompanhamento do projeto
(PAP) 13
3.4 Cronograma físico 14
3.5 Glossário 14

4 Critérios de Projeto da UTR 17


4.1 Arquitetura 17
4.2 Desempenho 18
4.3 Definição dos níveis de atividade da UTR 19
4.3.1 Estado Normal 20
4.3.2 Estado de Pico 21
4.4 Disponibilidade 21
4.5 Expansibilidade 21
4.6 Procedimento de acompanhamento de projeto 22

5 Funções 23
5.1 Aquisição 23
5.2 Tratamento dos valores analógicos 25
5.2.1 Conjunto de funções 25
5.2.2 Transdução 26
5.3 Tratamento dos valores digitais 27
5.4 Recebimento e execução de telecomandos 29
5.5 Execução de lógicas de controle local 31
5.6 Seqüência de Eventos (SOE) 33
5.7 Comunicação 33
5.8 Auto-diagnóstico e Auto-Teste 34

6 Unidade de Processamento 36
6.1 Sistema Operacional 38
6.2 Tecnologia 39
6.3 Linguagem de Programação 39
6.4 Mensagens 39
6.5 Aquisição de Dados 40
6.5.1 Aquisição de dados analógicos 40
6.5.2 Aquisição de dados digitais 42
6.6 Atuação no sistema elétrico 43
6.6.1 Atuação por saídas digitais 43
6.6.2 Atuação por saídas analógicas 43
6.6.3 Atuação por comunicação digital 43

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6.6.4 Atuação por telecomando digital 44

7 Unidades de Entradas Analógicas 45


7.1 Requisitos Gerais de Entradas Analógicas 45
7.2 Módulos de Multiplexação e Conversão Analógica47
7.3 Conexão Direta a TC e TP 48

8 Unidades de Entradas Digitais 49

9 Unidades de Saídas Digitais 52

10 Unidades de Saídas Analógicas 54

11 Unidades de Comunicação 55
11.1 Características gerais das portas de comunicação56
11.2 Protocolos de Comunicação 57
11.3 Ligação entre UTR 57
11.4 Ligação entre UTR e Centros de Operação 58

12 Unidades de Funções Especiais 60


12.1 Interface com IED 60
12.2 Interface com GPS 61

13 Unidades de Suprimento de Energia 62

14 Sincronismo 64

15 Configuração 66
15.1 Ferramentas padrão de configuração 66
15.2 Teste da configuração 68
15.3 Descarregamento da configuração na UTR 69
15.4 Auto documentação 69

16 Supervisão Local 71
16.1 IHM Incorporada 71
16.1.1 Visualização das Informações 72
16.1.2 Impressão das Informações 72
16.1.3 Estabelecimento de Parâmetros e Comandos na
UTR 72
16.1.4 Características Complementares 73
16.1.5 Utilização de mais de uma UTR na mesma locali-
dade 73
16.2 Sala de Controle Local 73
16.2.1 Características funcionais 74
16.2.2 Características de hardware 83
16.2.3 Características de software 86

17 Padrões de Fabricação, Normas e Equipa-


mentos Auxiliares 88
17.1 Iluminação e tomadas 90
17.2 Sistema de aterramento 90

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17.3 Aquecedores 91
17.4 Rack 92
17.5 Cartões 92
17.6 Componentes 93
17.7 Blocos Terminais 93
17.8 Fiação 94
17.9 Pintura e Acabamento 95
17.9.1 Tratamento de Superfície 95
17.9.2 Cor de Acabamento 97
17.9.3 Proteção Anti-Fungo e Anti-Umidade 97
17.10 Compatibilidade eletromagnética e emissividade 97
17.11 Normas 98
17.11.1 Compatibilidade Eletromagnética 98
17.11.2 Condições Climáticas, Mecânicas e outras influên-
cias não Elétricas 99
17.11.3 Performance 99

18 Projeto de migração 100


18.1 Compatibilização com equipamento já existente 101
18.2 Compatibilização com protocolos e formatos já ex-
istentes 101

19 Manutenção 102
19.1 Auto-Diagnóstico 102
19.2 Auto-Teste 102
19.3 Teste de Entradas Digitais 103
19.4 Monitoração do Programa 103
19.5 Sinalização Visual 103

20 Equipamentos de Configuração, Testes e


Manutenção 106
20.1 Descrição Geral 106
20.2 Simuladores 108
20.3 Giga de testes 110
20.4 Notebook 110
20.5 Computador Remoto de Manutenção 111
20.6 Ferramentas especiais 112

21 Documentação 113
21.1 Características Gerais da Documentação 113
21.2 Documentos de Natureza Geral 113
21.3 Documentos de Hardware 114
21.4 Documentos de Software 114

22 Inspeção/Ensaios 115

23 Testes 124
23.1 Testes de Aceitação na Fábrica 124
23.1.1 Testes de Módulos e Subsistemas 124

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23.1.2 Procedimentos para Testes de Aceitação em
Fábrica 125
23.1.3 Pré Testes de Aceitação em Fábrica (PreTAF) 126
23.1.4 Pré-requisitos do TAF 127
23.1.5 Testes Finais de Aceitação em Fábrica (TAF) 127
23.2 Testes de Aceitação no Campo 129
23.2.1 Procedimentos para os Testes de Aceitação no
Campo 129
23.2.2 Testes de Partida 129
23.2.3 Testes Finais de Aceitação no Campo (TAC) 129

24 Garantia 131
24.1 Garantia de reposição de peças 131
24.2 Assistência técnica no Brasil 132
24.3 Extensão de garantia 132

25 Treinamento 133
25.1 Requisitos Gerais 133
25.2 Conteúdo dos Cursos de Treinamento 134
25.2.1 Cursos de Treinamento em Hardware 134
25.2.2 Cursos de Treinamento em Software 135
25.3 Número de Participantes e Local do Treinamento135
25.4 Qualificação dos Supervisores e Instrutores 136
25.5 Manuais de Treinamento 136

26 Sobressalentes 137

27 Embalagem 138

28 Anexo I 140

Lista de figuras, quadros e tabelas 141

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1 Objetivo
Para a operação do Sistema Interligado Nacional - SIN, o Operador
Nacional do Sistema Elétrico - ONS necessita realizar o acompanhamento,
em tempo real, de um conjunto de informações provenientes das usinas e
subestações das diversas empresas concessionárias do setor.

Este conjunto de informações traduz as condições de operação da


chamada Rede Básica e foi definido no Submódulo 10.19 do
Procedimento de Rede do ONS - Requisitos de Tele-supervisão para a
Operação, em fase de homologação pela ANEEL.

A leitura desse conjunto de informações da Rede Básica nas usinas e


subestações e o seu envio aos Centros de Operação do Sistema do ONS -
COSR deverá ser realizada por equipamentos eletrônicos de uso
dedicado, chamados Unidades Terminais Remotas - UTR. Deve-se
observar que diversas usinas e subestações já possuem hoje instaladas
UTR que possibilitam a transmissão de algumas informações aos Centros
de Operação Regionais - COR das concessionárias.

No entanto, essas UTR já existentes datam, na maior parte dos casos, da


década de 80, estando obsoletas e não possuindo mais condições de
serem adequadas para possibilitar o acesso ao conjunto de informações
da Rede Básica pelo ONS, necessitando de substituição. Em outros locais
não existem UTR, tornando-se necessária a sua aquisição e instalação.

Por outro lado, as empresas concessionárias também necessitam ampliar


as informações da rede telemétrica existente de forma a supervisionar e
controlar adequadamente as suas usinas e subestações. Contudo, essas
empresas esbarram na carência de recursos e na impossibilidade de
obtenção de financiamento, impedindo a modernização do parque
instalado de UTR.

Sabendo dessas necessidades, foi constituído um grupo de trabalho com


a participação de representantes das empresas concessionárias do setor,
denominado Grupo de Trabalho para a Modernização dos Sistemas de
Telemedição, Telesinalização e Seqüência de Eventos do Sistema Elétrico
Brasileiro. Após reuniões realizadas pelo grupo, foi gerada esta
Especificação Técnica de UTR que atende às necessidades das empresas
participantes e possibilita a aquisição dos equipamentos.

O ONS, no cumprimento da sua missão, que é operar de forma segura o


Sistema Elétrico Nacional e na certeza de que a modernização do parque
instalado de UTR é de fundamental importância para a melhoria da

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observabilidade e da controlabilidade do SIN, o que permitirá o aumento
da confiabilidade da rede de geração e transmissão de energia elétrica,
vem agindo como entidade integradora desse grupo, coordenando os
trabalhos.

O objetivo deste documento é prover uma Especificação Técnica


Funcional de Unidades Terminais Remotas a serem instaladas em usinas
e subestações dos diversos Agentes pertencentes ao SIN para a
modernização do Sistema de Telemedição, Telesinalização, Telecontrole e
Seqüência de Eventos, de forma a possibilitar, ao ONS, a supervisão das
informações componentes da Rede Básica e, aos Agentes, a ampliação
da supervisão e do controle sobre o processo elétrico local.

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2 Introdução
Após a aprovação do Submódulo 10.19 dos Procedimentos de Rede foi
realizado um levantamento entre as diversas empresas participantes do
Sistema Interligado Nacional (SIN) de forma a identificar as eventuais não
conformidades entre as instalações de tele-supervisão existentes e os
requisitos do submódulo.

Esse levantamento mostrou que, dentre as 396 instalações da Rede


Elétrica de Operação:
 20% não possuem equipamentos de tele-supervisão instalados;
 44% possuem os equipamentos que no entanto necessitam de
ampliação para atender aos requisitos de cobertura das informações
necessárias;
 34% requerem substituição completa devido ao elevado grau de
obsolescência observado;
 2% já se encontram em fase de modernização.

Com base nesse levantamento, no prazo determinado pelos


Procedimentos de Rede para disponibilizar as informações da Rede
Básica ao ONS (5 anos) e nas limitações impostas às empresas públicas
para a obtenção de financiamento, foi estabelecida uma estratégia de
aquisição e instalação conjunta de UTR para a modernização do Sistema
de Telemedição, Telesinalização, Telecontrole e Seqüência de Eventos.

Essa aquisição conjunta deve viabilizar não apenas a tele-supervisão dos


pontos pertencentes à Rede Básica mas deve abranger todos os pontos
necessários à operação da usina/subestação, englobando:
 Fornecimento de novas UTR para a implantação em locais aonde não
exista a tele-supervisão ou aonde os sistemas existentes necessitam
ser modernizados;
 Fornecimento de equipamentos para a ampliação das UTR existentes e
que permitem essa possibilidade;
 Instalação e testes de todos os equipamentos;
 Treinamento do pessoal técnico dos diversos AGENTES envolvidos.

Espera-se que essa aquisição conjunta possibilite:


 Viabilizar o atendimento aos prazos, requisitos funcionais e de
performance estabelecidos pelos Procedimentos de Rede;
 Propiciar uma economia de escala na fabricação, nos testes, no
treinamento e na documentação dos equipamentos, diminuindo os
custos finais do FORNECIMENTO;
 Minimizar os custos de especificação, acompanhamento da fabricação
e testes para os diversos AGENTES;

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 Uniformizar e padronizar as soluções utilizadas para o atendimento aos
diversos requisitos funcionais e de performance para a tele-supervisão
do Sistema Elétrico Nacional;
 Uniformizar os equipamentos utilizados para a observabilidade do
Sistema Elétrico nacional;
 Ser um ponto de partida para, num futuro não muito distante, alcançar a
supervisão por completo de todas as instalações do SIN.

A viabilização dessa estratégia de aquisição conjunta requer, entretanto, o


atendimento a alguns requisitos específicos:
 As necessidades de cada empresa são diferentes das de outras;
 As padronizações e características de instalação de cada empresa são
diferentes, ou seja, cada empresa possui uma engenharia própria.

Alguns requisitos porém são comuns a todas as empresas:


 Aumentar o grau de observabilidade e controlabilidade do sistema
elétrico;
 Utilizar para isso equipamentos de mercado que possuam um alto grau
de disponibilidade e de confiabilidade, uma baixa taxa de falhas e um
baixo tempo de reparo;
 Utilizar protocolos de comunicação padronizados internacionalmente e
homologados;
 Possuir mecanismos automáticos de detecção e sincronismo dos
eventos ocorridos no sistema elétrico;
 Garantir a existência de uma rede de assistência técnica e suporte por
parte do FORNECEDOR por um longo período após a instalação dos
equipamentos;
 Minimizar os custos de aquisição e instalação desses equipamentos;
 Minimizar os custos e o tempo de migração de sistemas antigos para
novos;

De forma a atender aos requisitos acima expostos foi elaborado este


documento, que define um conjunto de Especificações Técnicas
Funcionais para o fornecimento das novas UTR a serem adquiridas,
servindo como a linha de base para a fabricação das mesmas. Também
deve ser consultado o Submódulo 10.19 dos Procedimentos de Rede do
ONS que apresenta os Requisitos de Tele-supervisão para a Operação do
SIN.

Adicionalmente, os PROPONENTES devem visitar os locais de instalação


dos equipamentos de forma a verificarem in loco as condições para a
realização dos serviços, as necessidades para a interligação com o
processo e os sistemas de telecomunicação dos AGENTES, as distâncias

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envolvidas, as estimativas de cabos, a infra-estrutura disponível e os
recursos que necessitarão ser mobilizados de ambas as partes.

Este documento está dividido em capítulos, sendo cada capítulo formado


por itens e sub-itens. Ao final do documento encontram-se anexos com
informações complementares. O capítulo 3 deste documento apresenta as
empresas abrangidas bem como os quantitativos de equipamentos a
serem fornecidos para cada uma. Os demais capítulos estabelecem as
regras básicas para esse fornecimento. O ANEXO I define os quantitativos
e opcionais que deverão ser atendidos para cada UTR do
FORNECIMENTO.

Finalmente, as características próprias de instalação de cada AGENTE


são apresentadas em documentos a parte, que compõem o ANEXO II.

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3 Informações Gerais
Este capítulo apresenta, em linhas gerais, uma definição de locais e
quantitativos de equipamentos a serem fornecidos, bem como de prazos e
metas a serem cumpridas. Ao final do capítulo encontra-se um glossário
com a definição dos principais termos utilizados ao longo do documento.

3.1 Escopo do projeto


A Tabela 1 abaixo apresenta uma relação com os AGENTES aonde serão
instaladas novas UTR, bem como os locais para a instalação das mesmas.
O detalhamento para o fornecimento dessas UTR encontra-se no ANEXO
I.

Tabela 1 Relação de novas UTR a serem fornecidas por local

UTR
Agente Local de Instalação No da UTR existente
(s/n)

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A Tabela 2 abaixo apresenta, para as instalações aonde isso é possível,
uma relação das UTR que serão ampliadas para atender às necessidades
de supervisão do SIN. O detalhamento para a realização dessa ampliação
é função das características técnicas dos equipamentos já existentes em
cada instalação, foi elaborado por cada AGENTE participante do processo
e encontra-se no ANEXO II.

Tabela 2 Relação de UTR a serem ampliadas por local

Agente Local de Instalação No da UTR Fabricante Marca/Modelo

3.2 Prazos, datas e local de entrega de propostas


De forma a não perder a característica técnica deste documento, as
definições relativas ao processo licitatório estão concentradas no Edital de
Licitação.

3.3 Procedimento de acompanhamento do projeto (PAP)


O detalhamento do fornecimento e dos serviços a serem realizados será
feito entre o FORNECEDOR, a CONTRATANTE e cada AGENTE
participante antes da assinatura do contrato gerando um documento
chamado de Procedimento de Acompanhamento do Projeto (PAP).

Nessa ocasião, o FORNECEDOR deverá realizar novas visitas aos locais


de instalação dos equipamentos a fim de detalhar as necessidades
anteriormente levantadas.

Devido a abrangência do fornecimento e a quantidade de participantes


envolvidos, a elaboração do PAP poderá requerer a realização de diversas
reuniões com os AGENTES, devendo esse custo ser previsto pelo
PROPONENTE.

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O PAP deverá ser um documento que, em conjunto com a especificação
técnica, definirá por completo o FORNECIMENTO. O PAP deverá relatar
como o FORNECEDOR construirá seu sistema e o interligará,
especialmente nos aspectos deixados em aberto na especificação. Deverá
conter uma listagem detalhada e completa dos equipamentos a serem
fornecidos, suas características relevantes e o que está sendo oferecido
como adicional aos requisitos especificados.

O PAP deverá ser elaborado em conjunto com o corpo técnico de cada


AGENTE, partindo da proposta apresentada pelo FORNECEDOR. Este
documento deverá ser redigido com base nas anotações (atas de
reuniões, desenhos preliminares, tabelas, folhas de dados/instruções
aceitas , etc..) e submetido à CONTRATANTE para aprovação.

O PAP deverá refletir as últimas decisões da CONTRATANTE, dos


AGENTES e do FORNECEDOR com respeito ao sistema final, quantidade
e tipos dos equipamentos incluídos no fornecimento (inclusive os
necessários para manutenção e testes), métodos de desenvolvimento e
planos de teste, documentação (Índice Geral do Projeto e o Cronograma
do envio da documentação) Cronograma de Fornecimento (Plano de
Fabricação), métodos de comissionamento e teste, garantias e
confiabilidade/disponibilidade, multas e outros detalhes contratuais
ajustados.

O prazo para a realização do PAP é variável em função do volume do


fornecimento e encontra-se definido no cronograma físico em anexo a esta
especificação.

3.4 Cronograma físico


Em anexo encontra-se o cronograma físico que deverá ser atendido pelo
FORNECEDOR.

3.5 Glossário
ACUIDADE - Termo que designa o desvio aceitável entre o valor real de
uma grandeza física e o valor medido/informado pela UTR;
AGENTE - Empresa transmissora, geradora, distribuidora e consumidores
livres aonde serão instalados os equipamentos e realizados os serviços
descritos neste documento;
CHECK BEFORE OPERATE - Método para gerar telecomando onde o
comando somente é executado após confirmação a nível de protocolo;
CONCENTRADOR - Termo utilizado para UTR que possui arquitetura
distribuída. O CONCENTRADOR é o elemento responsável por concentrar

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as informações de/para o(s) níveis hierárquico(s) superior(es) e as
diversas SUB-UTR;
CONTRATANTE - Empresa responsável pela contratação do fornecimento
dos equipamentos e da prestação dos serviços especificados neste
documento;
CONTRATO DE FORNECIMENTO - Instrumento jurídico que compreende
um conjunto de regras a serem seguidas pelo FORNECEDOR e a
CONTRATANTE para a execução do FORNECIMENTO;
CRONOGRAMA DE FORNECIMENTO - Programação de atividades ao
longo do tempo de forma a atender aos prazos especificados para as
etapas do FORNECIMENTO;
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA - Documento no qual estão relacionadas as
características técnicas dos equipamentos a serem fornecidos, os
procedimentos para a verificação dessas características e outras
obrigações que devem ser atendidas pelo FORNECEDOR;
EXATIDÃO - Entenda-se como exatidão o grau de aproximação do selo de
tempo ao tempo absoluto de ocorrência do evento. O tempo absoluto de
ocorrência do evento é dado pelo relógio do sistema GPS integrado à
UTR. A EXATIDÃO a ser atendida pelas UTR especificadas neste
documento deverá ser menor ou igual a 1 (um) milissegundo;
FORNECEDOR - Responsável pelo fornecimento dos equipamentos e
serviços objetos desta especificação;
FORNECIMENTO - Constitui o conjunto de equipamentos e serviços
especificados neste documento e que deverão ser fornecidos;
IED - Acrônimo em inglês para Dispositivo Eletrônico Inteligente. Em
supervisão e controle, tais equipamentos possuem capacidade de medição
e atuação, sendo controláveis através de portas de comunicação. O IED
em geral não possui capacidade elevada de processamento e memória;
INSPETOR - Representante da CONTRATANTE responsável pelas
atividades de inspeção e ensaios em fábrica dos equipamentos objeto do
FORNECIMENTO;
I/O - Conjunto de módulos da UTR que fornecem os mecanismos para a
sua interligação com os sinais provenientes do campo, o condicionamento
e a transdução desses sinais e, em alguns casos, os próprios
procedimentos de tratamento relacionados à aquisição e ao controle;
PAP - Acrônimo para Procedimento de Acompanhamento de Projeto,
etapa na qual serão detalhadas as características de cada UTR objeto do
FORNECIMENTO;
PreTAF - Compreende os Testes de Aceitação em Fábrica realizados sem
a presença da CONTRATANTE;
PROPONENTE - Empresa ou consórcio de empresas que apresenta a
documentação exigida para o certame licitatório, candidatando-se a ser um
eventual FORNECEDOR;

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PROPOSTA DE PREÇOS - Conjunto de documentos que define os
quantitativos e os preços dos equipamentos e serviços ofertados pelo
PROPONENTE;
PROPOSTA TÉCNICA - Conjunto de documentos apresentado pela
PROPONENTE que qualifica e quantifica tecnicamente os equipamentos e
serviços por ele ofertados;
RESOLUÇÃO - Entenda-se como RESOLUÇÃO a capacidade da UTR em
discriminar eventos ocorridos em tempos distintos. A RESOLUÇÃO a ser
atendida pelas UTR especificadas neste documento deverá ser menor ou
igual a 5 (cinco) milissegundos;
SELECT BEFORE OPERATE - Método para a geração de telecomando
aonde o processo é realizado em duas etapas (seleção e atuação),
evitando ativação espúria. Cada etapa implica em um acionamento até a
saída digital específica do elemento a ser comandado, com um posterior
comando de execução;
SIN - Sistema Interligado Nacional;
SUB-FORNECEDOR - Empresa contratada diretamente pelo
FORNECEDOR, responsável pela execução de uma pequena parte de
todo o FORNECIMENTO. A CONTRATANTE não mantém nenhum
relacionamento com o SUB-FORNECEDOR;
SUB-UTR - Termo utilizado para UTR que possui arquitetura distribuída.
Uma SUB-UTR é um subconjunto da UTR formado pelos módulos que
ficam próximos ao sistema elétrico, tipicamente nos bays das subestações;
TAF - Testes de Aceitação em Fábrica. Realizado na presença da
CONTRATANTE;
UTR - Equipamento eletrônico dedicado que realiza a interface entre
sistemas de supervisão e controle e um processo supervisionado e
controlado. No caso específico, os sistemas de supervisão e controle são
do tipo SCADA e o processo é o sistema elétrico existente em usinas e
subestações.

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4 Critérios de Projeto da UTR
A filosofia de projeto deverá fazer uso das técnicas mais avançadas,
sempre visando tecnologias de ponta, de eficiência comprovada e capazes
de realizar as funções especificadas.

Os equipamentos deverão ser apropriados para operarem em usinas e


subestações de extra alta tensão, possuindo alta disponibilidade e
atendendo todos os requisitos e normas aplicáveis ao setor, conforme
definido no item 17.11 deste documento.

O projeto do equipamento deverá ser baseado no conceito de falha


segura, ou seja, qualquer falha deverá conduzir as saídas para um estado
que não prejudique o funcionamento dos demais módulos ou do sistema
elétrico sendo controlado.

Todo o FORNECIMENTO também deverá atender aos “Requisitos de


Tele-Supervisão para a Operação”, Submódulo 10.19 dos Procedimentos
de Rede do ONS.

4.1 Arquitetura
A arquitetura do sistema a ser adotada para as UTR poderá ser
concentrada ou distribuída.

As figuras abaixo exemplificam os dois tipos de arquiteturas imaginados


para as UTR.

Figura 1 Arquiteturas Previstas para as UTR

Arquitetura Distribuída

Arquitetura Concentrada

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O conceito de arquitetura aqui definido diz respeito à localização do I/O da
UTR dentro da usina ou subestação. Este I/O poderá estar todo
concentrado em um ou mais gabinetes ou distribuído pela instalação do
AGENTE.

De forma a padronizar a utilização de terminologia e a definir atribuições,


uma UTR distribuída é composta por duas partes:
 SUB-UTR, que consiste de um subconjunto da UTR formado pelos
módulos que ficam próximos ao sistema elétrico, tipicamente nos bays
das subestações;
 CONCENTRADOR, responsável por concentrar as informações de/para
o(s) níveis hierárquico(s) superior(es) e as diversas SUB-UTR.

Uma UTR distribuída é formada por diversas SUB-UTR e um


CONCENTRADOR, que pode ou não possuir arquitetura dual. A
interligação entre o(s) CONCENTRADOR(ES) e as SUB-UTR é de
responsabilidade do FORNECEDOR e deverá ser dualizada, de forma a
garantir o funcionamento de todo o conjunto mesmo em caso de
degradação parcial da UTR.

O ANEXO I deste documento define quais UTR possuem arquitetura


concentrada e quais possuem arquitetura distribuída. Em alguns casos,
apesar de estar especificado para a UTR uma arquitetura concentrada,
será aceito que o PROPONENTE ofereça uma arquitetura distribuída.
Esses casos estão identificados no próprio ANEXO I.

As características funcionais especificadas neste documento se aplicam


indistintamente à UTR com arquitetura concentrada ou distribuída.

4.2 Desempenho
A UTR deverá ser capaz de detectar e registrar a ocorrência de todas as
mudanças de estado que ocorram simultaneamente em pelo menos 30%
(trinta por cento) dos seus pontos de entrada digital dentro do tempo de
RESOLUÇÃO especificado no item 3.5 deste documento.

A ocorrência de 3 (três) transições consecutivas (separadas entre si pelo


tempo de RESOLUÇÃO especificado no item 3.5 deste documento) em
um conjunto formado por 30% (trinta por cento) dos pontos de entrada
digital da UTR deverá ser detectada e a UTR deverá possuir capacidade
para o armazenamento desses eventos e o posterior envio aos centros de
operação.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 18 / 141
A ocorrência de 3 (três) transições consecutivas (separadas entre si pelo
tempo de RESOLUÇÃO especificado no item 3.5 deste documento) em
diferentes conjuntos, cada um formado por 30% (trinta por cento) dos
pontos de entrada digital da UTR, deverá ser detectada e a UTR deverá
possuir capacidade para o armazenamento desses eventos e o posterior
envio aos centros de operação.

Eventos que ocorram simultaneamente nas entradas de duas UTR ou em


várias SUB-UTR dentro da mesma instalação deverão possuir o mesmo
tempo na apresentação.

A UTR deve possuir uma capacidade mínima de armazenamento de


eventos igual a duas vezes o seu número total de pontos de entrada. O
armazenamento e envio dos eventos deverá ser feito de forma ordenada
no tempo.

Adicionalmente, deve-se considerar algumas especificações conseqüentes


do Procedimento de Rede do ONS, submódulo 10.19, quanto à velocidade
e precisão na aquisição dos dados:

(1)O período de transferência de dados analógicos entre a UTR e o centro


de operação deverá ser parametrizável, devendo os sistemas ser
projetados para suportar períodos de pelo menos 4 segundos em média
e 10 segundos no máximo. Para um dado coletado por exceção este
período deve ser inferior a 8 segundos;
(2)O período de aquisição de grandezas ligadas a Controle Automático de
Geração (de dados analógicos referentes a potência ativa trifásica,
entre UTR e o Centro de Operação) deve ser parametrizável, tendo
valores inferiores a 2 segundos;
(3)A UTR deverá garantir uma acuidade melhor ou igual a 0,5% para os
pontos de medição analógica a ela interligados. Esta acuidade deverá
ser aplicada, de forma global, a todas as etapas pertinentes ao
tratamento analógico, desde a aquisição do valor até o seu envio ao
centro de operação.

O tempo de processamento interno da UTR para o atendimento e o envio


da resposta a uma solicitação de um centro de operação deverá ser
inferior a 500 milissegundos.

4.3 Definição dos níveis de atividade da UTR


A performance da UTR será definida com base nos seguintes níveis de
atividade:

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 19 / 141
 Estado Normal;
 Estado de Pico.

As condições que caracterizam cada um dos níveis de atividade devem


ser concentradas ou igualmente distribuídas pelos diversos componentes
da UTR e devem ser repetidas cíclica e indefinidamente.

Tanto para o Estado Normal como para o Estado de Pico, os percentuais


se referem ao total previsto para a configuração final da UTR.

Para situações de carregamento mais severas do que as estipuladas para


o Estado de Pico, a UTR não deverá perder eventos, deverá manter a
integridade do seu programa e do seu Banco de Dados, manter a
comunicação com o nível hierárquico superior e não deverá falhar
exigindo uma reiniciação.

Por variação de entrada entende-se uma transição positiva seguida por


outra negativa.

As características de desempenho especificadas neste documento foram


definidas considerando-se o funcionamento da UTR no Estado de Pico.
Quando operando no Estado Normal, a UTR deverá igualar ou superar
essas características de desempenho.

4.3.1 Estado Normal


A UTR é dita como estando em Estado Normal quando durante qualquer
período de 10 (dez) minutos qualquer combinação das seguintes
condições ocorrer:

a) A UTR está coletando e processando os telesinais digitais, as medidas


analógicas, os dados de acumuladores e SOE, dentro dos tempos
definidos no item 4.2, executando todas as funções definidas nos capí-
tulos 5, 14 e 16. Todos os estados e valores analógicos calculados bem
como as lógicas de controle e as tarefas especializadas são proces-
sadas a cada varredura;
b) A UTR está enviando telesinais digitais, medidas analógicas, SOE e da-
dos de acumuladores para a sala de controle local e/ou os centros de
operação a ela interligados dentro dos tempos definidos no item 4.2;
c) A UTR recebe um telecomando supervisório a cada 60 (sessenta) se-
gundos da sala de controle local ou de um dos centros de operação a
ela interligados;
d) A UTR recebe um controle de CAG a cada 4 (quatro) segundos;

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 20 / 141
e) 20% (vinte por cento) de todos os pontos analógicos da UTR estão ap -
resentando alteração significativa em cada varredura, requerendo trata-
mento e envio.

4.3.2 Estado de Pico


A UTR é dita como estando no Estado de Pico quando, mantendo as
condições do Estado Normal se acrescentam as seguintes características:

a) 40% (quarenta por cento) de todos os pontos analógicos estão apresen-


tando alteração significativa em cada varredura, requerendo tratamento
e envio pela UTR;
b) Nos primeiros 15 (quinze) segundos ocorrerem mudanças de estado em
80% (oitenta por cento) dos pontos digitais, inclusive SOE, e variação
significativa em 60% (sessenta por cento) dos pontos analógicos, re-
querendo tratamento e envio pela UTR;
c) Um telecomando é executado a cada 15 (quinze) segundos pela sala de
controle local ou por um dos centros de operação a ela interligados.

Obs.: A duração do Estado de Pico é de 10 (dez) minutos.

4.4 Disponibilidade
Uma alta disponibilidade deverá ser um dos principais objetivos a ser
atingido pelo FORNECEDOR. A modularidade requerida deverá ter
também o propósito de aumentar o MTBF da UTR. Nenhuma falha
individual de um único módulo poderá tornar inoperante toda a UTR.

A disponibilidade mínima aceitável para cada equipamento deverá ser de


99,95%. Deverão ser atendidas as especificações constantes no item
17.11 deste documento.

4.5 Expansibilidade
As UTR deverão possuir uma arquitetura modular permitindo realizar
expansões, através da simples inserção de módulos de entrada/saída,
módulos de processamento ou interfaces de comunicação.

As UTR deverão vir com uma reserva montada de no mínimo 10% e


suportar uma expansão física e lógica de pelo menos 20%. Esses valores
são aplicáveis a cada diferente tipo de I/O existente na UTR. O número
de entradas de cada UTR deverá ser expansível pela simples inclusão de
novos módulos, sem a necessidade de recodificação do programa.
Somente serão aceitas alterações nas tabelas ou parâmetros utilizados
pelo programa aplicativo.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 21 / 141
Deverão ser detalhadas na PROPOSTA TÉCNICA todas as facilidades
que os equipamentos oferecem para as ampliações futuras e substituição
de módulos por obsolescência.

Os cartões componentes de um determinado equipamento deverão ser


todos da mesma versão ou de versões completamente compatíveis, de tal
maneira que os mesmos sejam intercambiáveis.

A estrutura modular deverá também permitir a instalação de seus módulos


componentes distribuídos geograficamente dentro da usina/subestação.

4.6 Procedimento de acompanhamento de projeto


Antes da assinatura do contrato e no prazo máximo de 1 (um) mês, deverá
ser elaborado e concluído pelo FORNECEDOR, com a participação da
CONTRATANTE e do AGENTE, o Procedimento de Acompanhamento de
Projeto - PAP.

O PAP terá por objetivo detalhar e consolidar todas as etapas


relacionadas ao FORNECIMENTO, tais como configuração dos
equipamentos, desenvolvimentos de softwares específicos, desenhos,
treinamento, inspeção e testes.

O PAP deverá ser utilizado na condução do FORNECIMENTO e as


definições nele contidas prevalecem sobre as desta ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA. Na existência de casos omissos no PAP deverão ser seguidas
as determinações da ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 22 / 141
5 Funções
Este capítulo trata das funções de supervisão e controle que dependerão
dos recursos providos pelas Unidades Terminais Remotas (UTR) objetos
desta ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA. Deve-se entender que o objetivo deste
capítulo é indicar a complexidade destes sistemas e equipamentos.

5.1 Aquisição
No processo de aquisição, deve-se considerar, entre outras, as seguintes
características:

(1) Condicionamento
(2) Faixa de excursão
(3) Transdução
(4) Precisão e acuidade
(5) Capacidade de canais analógicos e digitais
(6) Tempo de varredura
(7) Transmissão de dados

Estas características serão tratadas em detalhe em outras partes deste


documento, especialmente nos itens 7 e 8, de acordo com a natureza do
valor medido que se distingue em sinais analógicos e digitais, e com o
tratamento recebido pelos mesmos - grandeza primária (sem tratamento
algum) ou secundária (tratada):

(1) Sinais Analógicos:


a) Primários:
i. Tensão;
ii. Corrente;
b) Secundários:
i. Módulo de Tensão;
ii. Módulo de Corrente;
iii. Potência Trifásica Ativa;
iv. Potência Trifásica Reativa;
v. Potência Trifásica Aparente;
vi. Corrente máxima;
vii. Freqüência;
viii. Posição de tap de Transformador.
ix. Qualquer outro valor resultante de transdutores analógicos ou
IED, externos à UTR.

(2) Estados Digitais:


a) Primários:
i. Estados de chaves e disjuntores (digital simples ou duplo);

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 23 / 141
ii. Estados de equipamentos diversos (digitais simples ou duplo).
b) Secundários:
i. Leituras de medidores (BCD, GRAY, etc.);
ii. Seqüência de eventos;
iii. Variações de Estado.

Os tratamentos das grandezas acima apresentadas são detalhados neste


capítulo.

Em alguns casos, as grandezas analógicas secundárias serão calculadas


por transdutores/IED externos às UTR, porém deve haver a possibilidade
de calculá-los internamente.

O Procedimento de Rede do ONS, Submódulo 10.19, especifica que deve-


se permitir o tratamento de atributos de qualidade dos dados, ou seja, de
acordo com sua natureza, anexar aos mesmos um conjunto pré-definido
de indicadores/qualificadores, que podem ser identificados como:

(1) Dado não liberado para a operação;


(2) Dado fora de varredura;
(3) Dado inválido;
(4) Dado sob entrada manual.

A estes atributos de qualidade deverão ser acrescentados outros atributos


pertinentes à aquisição e ao tratamento de cada ponto de entrada
(telemedida, digital, contagem, etc.). Alguns desses atributos são
mencionados nesta ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA. Outros serão detalhados
por ocasião da elaboração do PAP.

Além disto, todos os dados adquiridos deverão estar disponíveis para


transmissão a todas as interfaces conectadas com os Centros de
Operação, devendo ainda haver a possibilidade de impedir-se o envio de
certos pontos em certas interfaces através da ativação de um filtro para
estes pontos. Esse filtro também poderá ser ativado pela IHM incorporada
à UTR.

Todos os dados adquiridos pelas UTR deverão ser armazenados em uma


base de dados para posterior envio aos Centros de Operação. O envio
deverá ocorrer tanto por exceção quanto por integridade. Além disso,
deverá existir uma fila circular com capacidade suficiente para o
armazenamento de eventos com selo de tempo que estão aguardando
envio aos Centros de Operação.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 24 / 141
5.2 Tratamento dos valores analógicos
Esta seção descreve as funções a serem implementadas nas remotas, em
relação aos sinais analógicos. A aquisição dos dados analógicos poderá
ser feita de 3 formas distintas:
 Através de transdutores convencionais (ver item 5.2.1);
 Através de unidades de transdução internas, que permitem a ligação
direta de TC e TP ao cartão de I/O da UTR (ver item 5.2.2); e
 A partir da leitura de equipamentos digitais externos (ver item 5.2.1).

5.2.1 Conjunto de funções


A UTR deverá varrer ciclicamente os cartões de entrada analógica,
adquirindo os valores presentes em cada uma das entradas. Serão lidos
valores em corrente contínua resultantes de transdutores analógicos
externos à UTR. Os valores deverão ser lidos e armazenados para
posterior envio ao centro de operação. Além dos valores lidos diretamente
de entradas analógicas, deve-se prever a funcionalidade de obter
medições das seguintes formas:
 Medida integrada: informação de n bits (pelo menos 32) refletindo a
integral no tempo do valor de uma entrada analógica. Esse valor
integrado poderá ser zerado e/ou congelado por comando remoto;
 Aquisição analógica através de interface de comunicação com IED.
Nesse caso, a aquisição consistirá em varrer os cartões de
comunicação com os IED;
 Aquisição analógica através de entradas digitais simples agrupadas.
Consiste em ler canais digitais e trata-los como um valor em código
BCD, GRAY ou similar, conforme detalhado na seção 5.3;
 Aquisição analógica através dos módulos internos de transdução,
conforme detalhado na seção 5.2.2.

Todos os valores analógicos, medidos diretamente ou não, devem ser


tratados localmente. O tratamento consiste nos seguintes passos:
 Detecção da variação do valor - Para cada medida analógica poderá ser
definida uma banda morta. A detecção da variação da medida poderá
ser feita de duas formas: absoluta e diferencial. No modo absoluto, a
banda morta (k) representa um percentual do fundo de escala da
medida. Nesse caso, a UTR deverá considerar uma variação caso o
valor da medida tenha variado mais do que ´k%´ do fundo de escala. No
modo diferencial a banda morta (k) representa um percentual do último
valor lido. Nesse caso, a UTR deverá considerar uma variação caso o
valor atual da medida tenha variado mais do que ´k%´ em relação ao
último valor lido. O valor da banda morta deverá ser configurável
independentemente para cada tipo de grandeza;

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 25 / 141
 Detecção de overflow ou underflow - Caso o valor da medida tenha
ultrapassado os valores de fundo de escala, a medição deverá ser
considerada inválida;
 Conversão para unidade de engenharia - Deverão ser realizados os
procedimentos para a conversão do valor lido em unidade de
engenharia, ou seja, valor primário da grandeza. Para isto serão
utilizadas equações lineares ou quadráticas;
 Detecção de valores residuais - Para cada medida analógica deverá
poder ser configurado um valor residual mínimo. Quando o valor
adquirido do campo para a medida ficar abaixo deste valor residual, a
UTR deverá automaticamente zerar o valor da medida;
 Armazenamento e posterior envio dos dados ao(s) centro(s) de
operação.

Todos os parâmetros pertinentes aos tratamentos descritos anteriormente


deverão ser individualmente configuráveis, por ponto, dentro da UTR.

Cada medida analógica deverá possuir um atributo de validade do valor


associado. Esse atributo deverá acompanhar o valor da medida sempre
que o mesmo for enviado pela UTR e informará condições como valor fora
da faixa, falha na aquisição, falha no tratamento, ponto com varredura
inibida, etc.

Uma falha em uma placa ou a inexistência de uma placa deverá


automaticamente modificar o atributo de validade de todos os pontos de
I/O a ela associados.

5.2.2 Transdução
As entradas analógicas das UTR devem poder receber diretamente as
saídas de TP e TC. Isto implica não somente na adequação do nível de
entrada, mas, principalmente, que a transdução de valores, a partir do
sinal senoidal, seja interna à UTR. A UTR deverá dispor,
consequentemente, de módulos opcionais, capazes de executar em tempo
real esta transdução para, pelo menos, os seguintes valores:

(1) Tensões RMS fase-neutro e fase-fase;


(2) Corrente RMS;
(3) Correntes e tensões residuais;
(4) Módulo e ângulo de tensão;
(5) Módulo e ângulo de corrente;
(6) Fator de potência;
(7) Potência trifásica ativa;
(8) Potência trifásica reativa;

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 26 / 141
(9) Potência trifásica aparente;
(10) Freqüência em Hz;
(11) Distorção harmônica total da tensão (THDV) em percentagem até o
nível da 20a harmônica.

Os valores resultantes do cálculo acima, deverão ser tratados de forma


idêntica ao valores lidos na forma tradicional (de transdutores externos),
conforme descrito na seção 5.2.1.

Na determinação dos valores de tensão e corrente (RMS ou valores


angulares), deverá ser obtido:
 Erro igual ou inferior a 0,2% no cálculo da corrente na faixa
compreendida entre 0 a 1,6 vezes a corrente nominal;
 Erro igual ou inferior a 0,2% no cálculo da tensão na faixa
compreendida entre 0,2 a 1,5 vezes a tensão nominal;
 Tempo de cálculo configurável entre 20ms e 10s.

Na determinação dos valores de potência, fator de potência e freqüência,


deverá ser obtido:
 Erro igual ou inferior a 0,5% no cálculo;
 Tempo de cálculo configurável entre 100ms e 10s.

Os erros acima mencionados referem-se à UTR e não incluem os erros


provenientes de TP e TC.

No Anexo I da ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA consta uma relação das UTR


que deverão possuir as funcionalidades descritas neste item.

5.3 Tratamento dos valores digitais


Esta seção descreve as funções a serem implementadas nas remotas, em
relação aos sinais digitais. Os valores digitais a serem tratados serão
provenientes de:
 Aquisição de estados digitais;
 Cálculos internos da UTR.

Deverá ser possível o processamento das medições em entradas digitais


para implementar as seguintes funções:
 Filtragem do ponto digital lido, sendo que o tempo de filtro deve ser
configurado individualmente para cada ponto na UTR. A mudança de
estado do ponto apenas será confirmada se após o tempo de filtro ele
permanecer no novo estado. De forma a evitar a introdução de erro
devido ao uso de diferentes tempos de filtragem ou defasagem no
processo de formação da seqüência de eventos, o tempo do evento
deverá ser o tempo da primeira transição do ponto detectada pela UTR,

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 27 / 141
embora o mesmo só deva ser considerado se mantiver o estado da
transição após o período de tempo estabelecido para a filtragem. Este
procedimento deve ser independente e aplicado a cada ponto de
entrada digital da UTR;
 Implementação de mecanismos que eliminem transições contínuas de
pontos digitais (anti-chattering). Uma transição é dita contínua caso o
ponto digital mude de estado ´n´ vezes dentro de um período de tempo
´t´, sendo ´n´ e ´t´ configuráveis por ponto. Esse procedimento visa
evitar a sobrecarga da UTR e das interfaces de comunicação no caso
da ocorrência de defeito em um ponto digital levando-se em
consideração que o envio de valores digitais para o(s) centro(s) de
operação é realizado por exceção.

Quanto ao agrupamento dos pontos digitais, deve-se implementar:


 Indicação de estado simples: informação de 1 bit refletindo o estado de
uma entrada digital (0 ou 1);
 Indicação de estado duplo: informação de 2 bits refletindo o estado
(atual) de um equipamento (ligado, desligado, intermediário,
indeterminado). Este tipo de entrada será utilizada fundamentalmente
para as indicações de estados de disjuntores e chaves seccionadoras;
 Medida digital: informação de n bits (no mínimo 32) refletindo o estado
de n entradas digitais interpretadas em conjunto (e.g. valores em código
BCD ou GRAY). Essa informação deverá ter um tratamento que
consiste na definição de uma faixa de valores válidos dentro da qual a
atualização da informação é instantânea. Para um valor fora dessa
faixa, a informação somente é reportada se persistir nesse valor por um
intervalo de tempo pré-definido. A UTR deverá aguardar um tempo de
estabilização da medida antes de efetuar a leitura. Esse tempo deverá
ser parametrizável por medida, possuindo um valor máximo de 100
(cem) milissegundos.

Quanto aos tratamentos do valores digitais, deve-se implementar:


 Sinalização de estado com selo de tempo (Seqüência de Eventos),
detalhado no item 5.6;
 Detecção e indicação de mudança de estado, para pontos formados por
um ou dois bits;
 Contagem de pulsos: informação de n bits (tipicamente 32) refletindo
uma contagem de variações rápidas de estado (até 60 transições por
segundo) de uma entrada digital ou de uma dupla de entradas digitais
que sejam pulsadas alternadamente (assim uma é a confirmação da
outra). Essa contagem poderá ser congelada para leitura e/ou
inicializada (zerada) sob comando remoto. Estas entradas deverão
contar todas as transições de 0 para 1. A base de dados da UTR deverá
ser atualizada periodicamente de forma a integrar o total de pulsos. O

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 28 / 141
período de atualização da Base de Dados deverá ser parametrizável
entre 1 e 15 minutos. Todas as entradas de contagem deverão possuir
mecanismos de filtragem e de validação;
 Inversão de lógica: as entradas digitais poderão ser do tipo
normalmente aberta ou normalmente fechada (lógica positiva ou
negativa), cabendo à unidade de processamento a inversão da lógica
para compatibilizar o valor da entrada.

Cada ponto digital deverá possuir um atributo de validade do valor


associado. Esse atributo deverá acompanhar o valor do ponto sempre que
o mesmo for enviado pela UTR e informará condições como estado
indeterminado, falha na aquisição, falha no tratamento, ponto com
varredura inibida, etc.

Deverá ser possível configurar, para cada ponto de entrada digital, se o


mesmo apenas indicará estado ou se também será utilizado para o
seqüenciamento de eventos. Nesse caso, a UTR deve ser capaz de
registrar corretamente a tarja de tempo para o processamento da
seqüência de eventos, com a RESOLUÇÃO e a EXATIDÃO definidas no
item 3.5 deste documento.

Cada ponto individual de entrada digital deverá poder ser configurado para
participar em diferentes tipos de valores, conforme lista anterior. Em
particular, é muito importante poder colocar como Seqüência de Eventos
pontos digitais simples e duplos.

Deve-se considerar que a UTR deve implementar a capacidade de


reportar por exceção todas as sinalizações de estado.

5.4 Recebimento e execução de telecomandos


A UTR deve poder receber e executar telecomandos. Os telecomandos
são utilizados em diversas aplicações, como por exemplo:

(1) Controle remoto de equipamentos (e.g.: tap de transformador) para


viabilizar o controle automático de tensão (CAT);
(2) Controle remoto de equipamentos para viabilizar o controle automático
de geração (CAG);
(3) Sincronismo de Tempo;
(4) Distribuição de dados.

Os comandos podem ser divididos nas seguintes categorias:

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 29 / 141
(1) Telecomando biestável: provoca a abertura ou fechamento permanente
dos contatos de uma saída digital;
(2) Telecomando temporizado: provoca o fechamento temporizado de
contatos de uma saída digital, sendo utilizado normalmente em duplas:
uma saída denominada “abrir” e outra “fechar”. Deverá ser possível
ajustar o tempo de permanência na condição de contato fechado na
faixa de 0 a 25 segundos, com precisão de 100 milissegundos, por
parametrização, para cada contato;
(3) Telecomando analógico (atribuição de set-point) absoluto: o valor
recebido é aplicado diretamente à saída analógica, estabelecendo um
nível de tensão que deverá manter o valor estável até a recepção de
um novo valor;
(4) Telecomando analógico (atribuição de set-point) incremental: o valor é
aplicado em steps. O número máximo de steps, bem como a duração e
o valor de cada um deve ser configurável por cada ponto de saída
analógica;
(5) Telecomando para equipamento digital: através dos cartões de
interface de comunicação com IED poderá ser feito o envio de set-
points ou comandos para atuação nesses equipamentos ou no próprio
processo elétrico;
(6) Telecomando para grupo digital: através de saídas digitais pré-
definidas, agrupadas em n bits, utilizando um código do tipo BCD ou
GRAY, ligadas a outros equipamentos, poderá ser feito o envio de set-
points ou comandos para atuação nesses equipamentos ou no próprio
processo elétrico.

A UTR deve permitir a seleção, em qualquer das operações de controle,


de dois tipos de execução: a execução imediata e a execução do tipo
"selecionar antes de operar" (Select Before Operate). A execução do tipo
Select Before Operate, obriga a realização de etapas de seleção do ponto
por hardware, confirmação da seleção e execução do comando.

A UTR deve possuir também a seleção, em qualquer operação de


controle, da execução do tipo Check Before Operate, de forma a verificar a
correção do comando antes de executá-lo.

A UTR deverá realizar todas as consistências necessárias sobre o


comando recebido ou gerado, só permitindo a atuação no processo caso
não haja inconsistências ou risco de acionamentos indevidos. A UTR
deverá possuir dispositivos de filtragem e tratamento para a recepção de
comandos espúrios ou inconsistentes. Também caberá à UTR a
determinação de qual saída digital deverá ser acionada para se atuar

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 30 / 141
sobre um determinado dispositivo. O comando só deverá ser levado a
termo quando todas as etapas envolvidas forem concluídas com sucesso.

Deverá ser possível a configuração do tempo máximo de conclusão do


comando e do tempo máximo entre cada etapa do comando. Todas essas
configurações deverão ser feitas por software quando da configuração dos
pontos de supervisão da UTR e passíveis de alteração a qualquer
momento, sem a necessidade de modificações no programa da UTR.

Caso alguma das variáveis envolvidas no comando esteja em condição de


invalidade, o comando deverá ser cancelado e a ocorrência reportada ao
solicitante. Caso haja uma interrupção ou demora durante as etapas de
execução do comando superior a 30 (trinta) segundos, o mesmo deverá
ser cancelado e a ocorrência reportada ao solicitante.

A UTR também deverá possibilitar o repasse de telecomandos recebidos


dos centros de operação a outros equipamentos a ela subordinados (relés
digitais, IED locais, outras UTR, etc.), inclusive com conversão de
protocolo. A UTR deverá ter a capacidade de repassar o comando ao nível
hierárquico inferior em malha fechada (i. e. no modo Select Before Oper-
ate).

Durante a energização e a inicialização da UTR as saídas digitais deverão


permanecer bloqueadas (desativadas) até o estabelecimento pleno das
condições operacionais da mesma. Nesse instante deverá ser exibida uma
mensagem de liberação na IHM incorporada à UTR e nos centros de
operação.

A cada grupo de pontos de telecomando deverá poder ser associado qual


centro de operação está habilitado a realização de comandos em um
determinado instante. Essa habilitação deve poder ser feita em tempo real,
de forma remota, pelos próprios centros de operação, sem a necessidade
de reiniciação da UTR ou da alteração de straps em cartões. Um grupo de
pontos de telecomando é formado, nesse caso, por todos os pontos
pertencentes a um determinado cartão de saída digital.

A UTR deverá poder ser remotamente reinicializada através de


telecomando recebido em qualquer uma de suas portas de comunicação.

5.5 Execução de lógicas de controle local


A combinação das funções de UTR inteligente, com funções de
automatismo local permitirá à CONTRATANTE os benefícios de eliminar
lógicas fixas e não inteligentes. É importante que a capacidade de

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 31 / 141
processamento da UTR permita a execução de lógicas de controle local,
dentre as quais podemos citar como exemplo:

(1) Check de sincronismo;


(2) Sincronização;
(3) Função de religamento automático;
(4) Rejeição de carga;
(5) Desligamento automático;
(6) Intertravamento;
(7) Bloqueio de manutenção em linha viva;
(8) Cálculos diversos (energia, valores médios, de pico, etc.);
(9) Número de atuações de disjuntores e religadores;
(10) Carga de transformadores;
(11) Controle automático de nível de tensão através de taps de
transformadores em configuração mestre/escravo;
(12) Controle de compensadores síncronos, bancos de capacitores e
reatores;
(13) Controle Automático de Geração (UTR instaladas em usinas);
(14) Funções de relés auxiliares;
(15) Preparação para reenergização;
Após a solicitação específica do centro de operação, via
telecomando, esta função deverá atuar nos dispositivos
(chaves e disjuntores) de forma a deixá-los preparados para a
reenergização da subestação.

(16) Reenergização:
Esta função deve retratar a Instrução Operativa do AGENTE
para a reenergização da subestação onde a UTR está
instalada. Cada etapa deste processo deverá ser monitorada
pelo centro de operação hierarquicamente superior. No caso
de insucesso em alguma etapa, o processo deverá ser
interrompido e o centro de operação informado.

Estas lógicas devem estar disponíveis em uma biblioteca de funções que


permita a fácil adaptação às necessidades e requisitos operacionais de
cada empresa. Esta biblioteca deve ser fornecida na forma de módulos
executáveis, código objeto, ou fonte, devidamente documentados. Além
disto, devem ser fornecidas as ferramentas para ativação destes módulos
(compiladores, link-editores e “loaders”). A UTR deve poder receber
módulos programados pelo usuário de forma a implementar outras
funções de controle, além das já citadas. Estes módulos devem ser
gerados utilizando como linguagem de programação C, C++ ou outra
linguagem na forma de Texto Estruturado conforme definido pela norma

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 32 / 141
IEC 61131-3. A instalação de quaisquer dos módulos não deve interferir
nos programas básicos de controle da UTR. Não será aceita a
necessidade de compilar o programa básico de controle para anexar
essas operações.

Além das possibilidades de programação citadas acima, deverá estar


disponível na UTR uma linguagem de programação de estado e lógica.

Devem poder ser definidas duas categorias de processamento lógico e de


cálculos:
(1) Iniciada por evento;
(2) Periódica.

As várias lógicas definidas devem ser passíveis de execução simultânea e


com periodicidades diferentes.

A UTR deve possuir interligação em rede local para aquisição de dados de


outros equipamentos, como sistemas concentrados de relés digitais,
sistemas distribuídos de transdutores, etc., através de protocolos
adequados (padronizados). Desta forma o controle pode abranger dados
destes equipamentos, além de acionar comandos nos mesmos.

No Anexo I da ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA consta uma relação das UTR


que deverão possuir as funcionalidades descritas neste item.

5.6 Seqüência de Eventos (SOE)


Os valores digitais podem ser armazenados, juntamente com um selo de
tempo, consistindo a informação de seqüência de eventos, com as
seguintes características:

(1) Capacidade de armazenar informações para o seqüenciamento de


eventos com RESOLUÇÃO conforme definido no item 3.5 deste
documento;
(2) EXATIDÃO do selo de tempo associado a cada evento conforme
definido no item 3.5 deste documento;
(3) A base de tempo utilizada para o registro da seqüência de eventos
deve ser a mesma utilizada para a definição do selo de tempo das
sinalizações de estado;
(4) formato para a seqüência de eventos deverá ser de acordo com o
protocolo utilizado.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 33 / 141
5.7 Comunicação
A UTR deve prover meios de comunicação para recepção, envio e
repasse de informações para centros de operação, centros de
manutenção e com outros equipamentos de supervisão presentes na
usina ou subestação. Para isto deve possuir as seguintes características:

(1) Protocolos para comunicação entre UTR e Centros de Operação deverá ser
IEC 870-5-101/104 e DNP V3.0 serial ou sobre TCP/IP;
(2) Comunicação com um ou mais centros de operação, mesmo que cada
um utilize um protocolo de comunicação distinto;
(3) Comunicação com equipamentos de supervisão presentes na usina ou
subestação, através de protocolos de rede IEC 870-5-101/104, DNP
V3.0 serial ou sobre TCP/IP e MODBUS ASCII ou RTU, de acordo com
a situação;
(4) Para a comunicação com os IED locais deverá ser oferecida uma
solução que possibilite a conexão tanto por interface RS-485 como por
distribuidor de fibra ótica, utilizando os protocolos IEC 870-5-
101/103/104, DNP V3.0, MODBUS (ASCII ou RTU), PROFIBUS ou
TELEGYR;
(5) Comunicação com computador de manutenção local e/ou remoto, por
linha discada ou privativa, para verificação on-line do estado de
funcionamento da UTR e diagnóstico, assim como o carregamento e o
descarregamento de arquivos de configuração.

A UTR se comunica com os centros de operação para reportar dados


coletados e receber solicitações de comando, e com os IED locais e
outras UTR para coletar dados e enviar comandos.

5.8 Auto-diagnóstico e Auto-Teste


Toda a operação da UTR deverá ser supervisionada através da execução
de rotinas de auto-diagnóstico de forma a assegurar que a mesma
encontra-se em funcionamento normal. As falhas detectadas deverão ser
informadas através de indicação visual na UTR, através da IHM
incorporada, através do computador de manutenção e enviadas aos
Centros de Operação através dos protocolos de comunicação.

A configuração do protocolo de comunicação deverá permitir que os níveis


hierarquicamente superiores à UTR identifiquem o estado operacional da
UTR, dos seus componentes e dos dispositivos a ela subordinados.

A UTR deverá estar apta a responder a varreduras de integridade feitas


pelos centros de operação que poderão ser periódicas, com período
parametrizável, tipicamente a cada 1 hora, sob demanda ou por evento,

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 34 / 141
como por exemplo uma reiniciação dos recursos de supervisão e controle
do centro de operação.

Além disto, a UTR deve permitir o envio do estado da calibração dos


conversores analógico/digitais.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 35 / 141
6 Unidade de Processamento
A UTR poderá possuir uma ou várias unidades de processamento, de
forma a possibilitar a distribuição e a otimização das funções de aquisição
e controle previstas para uma usina ou subestação. Deverão ser previstos
mecanismos automáticos de dualidade ou replicação da(s) unidade(s) de
processamento de forma a minimizar a interrupção do funcionamento da
UTR devido à falha na unidade de processamento. No caso da utilização
de várias unidades de processamento, a interligação entre as mesmas
deverá ser feita através de rede de comunicação, utilizando
obrigatoriamente fibra óptica caso as unidades de processamento estejam
alojadas em gabinetes diferentes ou qualquer outro meio físico quando
estiverem alojadas em um mesmo gabinete.

Todas as unidades de processamento deverão ser sincronizadas por uma


única fonte externa e, na falta desta, através da rede interna, sempre
garantindo a EXATIDÃO e a RESOLUÇÃO especificadas para o
seqüenciamento de eventos.

As unidades de processamento deverão ser totalmente intercambiáveis


entre si e a sua configuração deverá ser totalmente realizada por software,
inclusive no que diz respeito à atribuição de endereços de rede.

As unidades de processamento deverão garantir, individualmente, uma


taxa máxima de ocupação de 70% da sua capacidade e uma
disponibilidade de memória RAM de 30% quando estiver no período de
carregamento máximo (condição menos favorável). Para as memória
programáveis também deverá ser garantida uma disponibilidade mínima
de 30% além do espaço utilizado para o armazenamento de programas e
parâmetros.

As unidades de processamento deverão ser dotadas de mecanismos de


detecção de erro em memória RAM ou EPROM, além de circuito de watch-
dog.

No caso da ocorrência de uma falha considerada grave ou de falha de


alimentação, as unidades de processamento deverão executar a
reiniciação automática de toda a UTR.

Ciclicamente, quando da sua inicialização, ou a pedido, as unidades de


processamento deverão promover um auto-diagnóstico seu e de todos os
cartões componentes da UTR, registrando os resultados em memória e
também disponibilizando-os para envio ao(s) centro(s) de operação, para
acesso pela IHM incorporada e pelo computador de manutenção. A

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 36 / 141
execução dessas funções de auto-diagnose não poderá interromper ou
retardar o desempenho da unidade de processamento. A detecção de
falhas nessa situação deverá ser enviada como um alarme para o(s)
centro(s) de operação.

No mínimo, os seguintes procedimentos de auto diagnose deverão se


executados por cada unidade de processamento:
 Teste de todas as memórias;
 Teste dos cartões de I/O;
 Teste dos cartões e das interfaces de comunicação;
 Teste da configuração.

As unidades de processamento deverão dispor das seguintes


sinalizações, através de LED, no seu painel frontal:
 Alimentação;
 Em operação;
 Em manutenção;
 Falha;
 Perda de sincronismo.

A passagem de uma unidade de processamento da condição de em


operação para a de em manutenção poderá ser feita por software ou por
chave existente no seu painel frontal. Esta chave deverá ser
implementada de forma a impedir o seu acionamento acidental.

A unidade de processamento deverá garantir que, na ocorrência de


alguma falha em algum módulo, as saídas da UTR serão conduzidas para
um estado que não afete a operação do sistema controlado, chamado de
falha segura. A definição do chamado estado de falha segura deverá
poder ser configurada para cada saída de forma independente, podendo
assumir os seguintes valores: zero, um ou o estado atual no momento da
falha.

A unidade de processamento deverá possuir mecanismos de segurança


que acrescentem atributos de qualificação na transmissão de valores e
impeçam a ocorrência de falsos comandos nos casos de:
 Iniciação ou reiniciação;
 Falha na alimentação;
 Falha operacional;
 Atuação do watch-dog;
 Falha de algum módulo, componente ou placa;
 Falha na lógica de controle;
 Falha na configuração.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 37 / 141
6.1 Sistema Operacional
O sistema operacional utilizado deverá garantir a execução em tempo real
de todas as tarefas pertencentes à unidade de processamento. Deverá
ser possível a atribuição de diferentes prioridades para as tarefas da UTR.
A mudança de contexto entre as tarefas deverá ser realizada de forma
determinística.

O sistema operacional deve ser capaz de realizar o gerenciamento de


exceções e da utilização de recursos da CPU como memória e tempo de
processamento.

O sistema operacional deverá ser desenvolvido em linguagem de última


geração e ser completamente autônomo, independente das estruturas de
dados e dos métodos de acesso. Alterações referentes aos dados do
sistema elétrico na configuração da UTR não deverão influenciar no
funcionamento do sistema operacional.

Deverá residir em memória do tipo não volátil regravável como EEPROM,


FLASH EPROM ou ROM DISC, de forma a que eventuais modificações ou
melhorias feitas pelo FORNECEDOR durante ou após o FORNECIMENTO
possam ser facilmente atualizadas.

As seguintes funções deverão, no mínimo, já virem incorporadas ao


sistema operacional da UTR:
 Aquisição de dados digitais e analógicos;
 Execução de comandos;
 Comunicação com o(s) centro(s) de operação.

Também já deverão estar incorporadas à UTR tarefas que permitam a


configuração dos parâmetros internos da UTR, a configuração de
parâmetros do sistema elétrico e a definição de lógicas e algoritmos de
controle.

Deverá ser possível a incorporação de tarefas especializadas a serem


desenvolvidas pelo usuário em linguagem de programação de alto nível e
que passarão a fazer parte das tarefas da unidade de processamento,
possuindo a sua própria parametrização para isso.

Todas as parametrizações do sistema operacional deverão poder ser


realizadas pela IHM incorporada ou pelo computador de manutenção e
configuração da UTR.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 38 / 141
Toda a documentação pertinente ao sistema operacional deverá ser
fornecida.

6.2 Tecnologia
Cada unidade de processamento deverá utilizar microprocessadores de
estado sólido, de última geração no mercado quando do
FORNECIMENTO.

As memórias utilizadas deverão ser do tipo RAM, EEPROM, FLASH


EPROM ou ainda ROM DISC, com mecanismos que garantam a
integridade dos dados e a detecção de falhas.

6.3 Linguagem de Programação


A UTR deverá permitir a incorporação de tarefas especializadas,
desenvolvidas em linguagem de programação de alto nível, que venham a
complementar as funções por ela normalmente executadas.

O desenvolvimento e a programação dessas tarefas ficará a critério de


cada AGENTE, de forma a possibilitar a resolução de casos particulares
existentes em uma usina ou subestação.

Esse desenvolvimento poderá ser feito em uma estação de trabalho


comum, compilado, depurado e incorporado às tarefas da UTR através
das ferramentas de configuração a serem fornecidas pelo FORNECEDOR.
Posteriormente é feito um download da nova configuração para a UTR.

Nesse desenvolvimento deverão ser utilizadas linguagens de programação


como C, C++ ou outra linguagem na forma de Texto Estruturado conforme
definido pela norma IEC 61131-3.

6.4 Mensagens
As mensagens deverão atender às padronizações existentes nos
protocolos especificados para uso pela UTR.

Pelo menos as seguintes facilidades deverão existir para uso a qualquer


instante pela UTR ou pelos centros de operação:
 Envio de valores analógicos;
 Envio de valores digitais;
 Envio de valores totalizados;
 Envio de SOE;
 Envio de arquivos de dados;
 Solicitação de telecomando;
 Pedido de valores;

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 39 / 141
 Varredura de integridade;
 Alteração de parâmetros;
 Resposta a pedidos e solicitações;
 Relatório de testes de auto diagnose;
 Alteração de configuração.

6.5 Aquisição de Dados


6.5.1 Aquisição de dados analógicos
A aquisição dos dados analógicos poderá ser feita de 3 formas distintas:
 Através de transdutores convencionais;
 Através da ligação direta de TC e TP ao cartão de I/O da UTR; e
 Através de interface de comunicação com IED.

O envio das medidas analógicas para o(s) centro(s) de operação


interligados à UTR poderá ser feito de 7 (sete) formas distintas:
 Por iniciativa da UTR, no máximo a cada 2 (dois) segundos para
medidas relacionadas ao CAG e 4 (quatro) segundos para as demais;
 Por iniciativa da UTR quando da sua iniciação;
 Por solicitação do centro de operação, de forma cíclica, no máximo a
cada 4 (quatro) segundos;
 Por solicitação do centro de operação quando da iniciação do mesmo;
 Por solicitação do centro de operação quando da iniciação da UTR;
 Por solicitação do centro de operação a título de integridade (a cada 30
minutos no mínimo);
 Por exceção.

No Anexo I deste documento estão relacionados todos os tipos de envio


de mensagens que cada UTR deve atender (Tabelas de
interoperabilidade).

A UTR deve possuir capacidade de atender a todas as facilidades


previstas nos protocolos de comunicação especificados.

A UTR deve ser capaz de atender às formas de envio acima mencionadas


de forma independente e configurável para cada uma das suas interfaces
de comunicação. Os tempos mencionados referem-se a requisitos
mínimos, devendo poder ser facilmente alterados na configuração da UTR.

a) Aquisição analógica através de transdutores convencionais:

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 40 / 141
A unidade de processamento deverá varrer ciclicamente os cartões de
entrada analógica, adquirindo os valores presentes em cada uma das
entradas. Os valores lidos deverão ser tratados.

O tratamento consiste nos seguintes passos:


 Detecção da variação do valor;
 Detecção de overflow ou underflow;
 Conversão para unidade de engenharia;
 Detecção de valores residuais;
 Armazenamento e envio ao(s) centro(s) de operação.

Todos os parâmetros pertinentes aos tratamentos acima deverão ser


individualmente configuráveis por ponto dentro da UTR.

b) Aquisição analógica através da ligação direta a TC e TP:

A unidade de processamento deverá varrer ciclicamente esses cartões de


entrada analógica, adquirindo os valores presentes em cada uma das
entradas. Os valores lidos deverão ser tratados.

Além dos tratamentos descritos no sub-item (a) acima também deverão


ser realizados os seguintes cálculos:

Medições:
 Tensões RMS de linha e de fase;
 Correntes RMS;
 Correntes e tensões residuais RMS;

Grandezas:
 Potência ativa;
 Potência reativa;
 Potência aparente;
 Fator de potência;
 Freqüência;

c) Aquisição analógica através de interface de comunicação com IED:

Nesse caso, a unidade de processamento deverá varrer os cartões de


comunicação com os IED. Estes cartões serão providos de interface serial
e protocolos de comunicação compatíveis com os existentes no mercado
para conexão com esse tipo de equipamento.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 41 / 141
Visando não sobrecarregar a unidade de processamento, os cartões de
interface devem fazer a aquisição das grandezas nos IED de forma
independente e autônoma ou deve ser alocada uma ou mais unidades de
processamento dedicadas a essa função, sempre considerando-se o
aspecto da disponibilidade da informação.

Após a aquisição dos valores nas interfaces, é realizado o tratamento


conforme descrito no sub-item (a) acima, caso seja necessário, e a
disponibilização das medidas para envio ao(s) centro(s) de operação.

6.5.2 Aquisição de dados digitais


Os seguintes tipos de dados digitais deverão ser adquiridos e tratados
pela UTR:
 Entrada digital simples;
 Entrada digital dupla;
 Entrada de contagem rápida.

O envio dos dados digitais para o(s) centro(s) de operação interligados à


UTR poderá ser feito de 7 (sete) formas distintas:
 Por iniciativa da UTR, quando da mudança de estado em um ou mais
pontos (tratamento por exceção);
 Por iniciativa da UTR quando da sua iniciação;
 Por solicitação do centro de operação, de forma cíclica, no máximo a
cada 2 (dois) segundos;
 Por solicitação do centro de operação quando da iniciação do mesmo;
 Por solicitação do centro de operação quando da iniciação da UTR;
 Por solicitação do centro de operação a título de integridade (a cada 30
minutos no mínimo);
 Por iniciativa da UTR, no máximo a cada 2 (dois) segundos.

A UTR deve ser capaz de atender às formas de envio acima mencionadas


de forma independente e configurável para cada uma das suas interfaces
de comunicação. Os tempos mencionados referem-se a requisitos
mínimos, devendo poder ser facilmente alterados na configuração da UTR.

No Anexo I deste documento estão relacionados todos os tipos de envio


de mensagens que cada UTR deve atender (Tabelas de
interoperabilidade).

A UTR deve possuir capacidade de atender a todas as facilidades


previstas nos protocolos de comunicação especificados.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 42 / 141
A unidade de processamento deverá varrer ciclicamente os cartões de
entrada digital, adquirindo os valores presentes em cada uma das
entradas. Os valores lidos deverão ser tratados e disponibilizados para
envio.

O tratamento consiste nas seguintes etapas:


 Filtragem;
 Eliminação de transições contínuas (anti-chattering);
 Detecção de estado (simples, duplo, inversão de lógica);
 Contagem de pulso;
 Validação do ponto;
 Colocação do selo de tempo (SOE);
 Armazenamento e envio ao(s) centro(s) de operação.

6.6 Atuação no sistema elétrico


6.6.1 Atuação por saídas digitais
A atuação em saídas digitais se dará através da recepção de
telecomandos provenientes de um dos centros de operação interligados à
UTR, a partir de ações geradas pela própria lógica interna de controle
configurada na UTR ou ainda a partir de entradas feitas pela IHM
incorporada.

A UTR deverá realizar todas as consistências necessárias sobre o


comando recebido ou gerado, só permitindo a atuação no processo caso
não haja inconsistências ou risco de acionamentos indevidos. A UTR
deverá possuir dispositivos de filtragem e tratamento para a recepção de
comandos espúrios ou inconsistentes. Também caberá à UTR a
determinação de qual saída digital deverá ser acionada para se atuar
sobre um determinado dispositivo.

6.6.2 Atuação por saídas analógicas


A atuação por saídas analógicas corresponde a um set-point a ser enviado
a um equipamento externo para controle do sistema elétrico. Esta ação
pode ser proveniente dos centros de operação, da lógica interna da UTR
ou da própria IHM incorporada.

O envio do valor apenas deverá ser feito pela UTR após a verificação de
consistências como valor válido e dentro dos limites estabelecidos, cartões
de I/O existentes e em funcionamento, etc. Qualquer situação de falha
deve interromper a execução do comando e ser reportada ao solicitante.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 43 / 141
6.6.3 Atuação por comunicação digital
Através dos cartões de interface com IED poderá ser feito o envio de set-
points ou comandos para atuação nesses equipamentos ou no próprio
processo elétrico.

A UTR deverá realizar as consistências necessárias sobre o comando


recebido e providenciar o seu envio para o IED caso a comunicação com o
mesmo esteja em funcionamento. Qualquer falha ocorrida durante esse
processamento deverá causar a interrupção do comando e ser reportada
ao solicitante.

As solicitações poderão ser provenientes dos centros de operação, da


lógica de controle interna à UTR ou da própria IHM incorporada.

6.6.4 Atuação por telecomando digital


A UTR poderá atuar sobre um grupo de saídas digitais de forma a enviar
um comando na forma numérica (BCD, GRAY, etc.) para um equipamento
no campo ou para o próprio sistema elétrico.

Essa atuação em grupos de saídas digitais se dará através da recepção


de telecomandos provenientes de um dos centros de operação
interligados à UTR, a partir de ações geradas pela própria lógica interna
de controle configurada na UTR ou ainda a partir de entradas feitas pela
IHM incorporada.

A UTR deverá realizar todas as consistências necessárias sobre o


comando recebido ou gerado, só permitindo a atuação no processo caso
não haja inconsistências ou risco de acionamentos indevidos. A UTR
deverá possuir dispositivos de filtragem e tratamento para a recepção de
comandos espúrios ou inconsistentes. Também caberá à UTR a
determinação de quais saídas digitais deverão ser acionadas para se
atuar sobre um determinado dispositivo.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 44 / 141
7 Unidades de Entradas Analógicas
Este capítulo descreve as características das entradas analógicas das
UTR.

7.1 Requisitos Gerais de Entradas Analógicas


O requisitos para as entradas analógicas podem ser agrupados em:

(1) Condicionamento de entrada;


(2) Transdução e Filtragem;
(3) Multiplexação (item 7.2);
(4) Conversão analógico-digital (item 7.2).

O condicionamento de sinal deve obedecer às normas técnicas descritas


no item 17.11. Além disto deve considerar os seguintes níveis de entrada:

(1) Valores de corrente alternada:


a) Medição direta de Tensão na saída de TP:

115, 115/3 ou outro


Tensão nominal (Vn)
valor definido no Anexo I
Máxima tensão de entrada contínua 1,3 Vn
Máxima tensão de entrada durante 1 segundo 2 Vn
Impedância de entrada maior que 100k

b) Medição direta de Corrente na saída de TC:

Corrente nominal (In) 1a5A


Sobrecarga contínua 2 In
Sobrecarga durante 1 segundo 20 In

(2) Valores de corrente contínua:


a) Medição de Tensão na saída de transdutores:

i. Tensão unipolar: 0 a 1V, 0 a 2,5V, 0 a 5V e 0 a 10V;


Resistência de entrada superior à 10 k.
ii. Tensão bipolar (diferencial): -1 a 1V, -2,5 a 2,5V, -5 a 5V e -10 a
10V;
Resistência de entrada superior à 10 k.

b) Medição de Corrente na saída de transdutores:

i. Corrente unipolar: 0 a 1mA, 0 a 2 mA, 0 a


5mA, 0 a 10mA, 0 a 20mA e 4 a 20mA;
Resistência de entrada de no máximo 250 .

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 45 / 141
ii. Corrente bipolar (diferencial): -1 a 1mA, -2.5 a 2.5mA, -5 a 5mA,
-10 a 10mA e -20 a 20mA;
Resistência de entrada de no máximo 250 .

Todas as interligações entre as UTR e o processo deverão ser efetuadas


através de réguas com bornes terminais conforme especificado no item
17.7. As entradas deverão ser através de três bornes terminais para sinal
positivo, sinal negativo e blindagem. Os bornes para conexão da
cabeação proveniente do processo devem ter capacidade de receber
cabos com bitolas iguais ou superiores a 2,5 mm 2. Utilizar, para sinais
provenientes de transdutores, bornes que permitam abrir a entrada e
injetar sinal de teste no ponto de medição.

No caso de aquisição direta de TC e TP deverão ser fornecidas chaves de


teste de fácil manuseio, que permitam curto-circuitar o sinal do campo
proveniente do TC e isolar a entrada do cartão para a execução de testes
e a calibração dos canais, com injeção de sinais através de testadores.

As saídas em corrente dos transdutores deverão ser transformadas em


sinais de tensão nos bornes de entradas analógicas das UTR, através da
utilização de dispositivos shunt de valores compatíveis com a faixa de
corrente e com 0,1% de precisão, para serem então conectadas ao
módulo conversor analógico-digital. Os dispositivos shunt instalados fora
das placas de entrada, deverão permitir a remoção das placas, sem a
interrupção do circuito de corrente proveniente dos transdutores, não
interferindo nos outros equipamentos eventualmente ligados em série.
Alternativamente serão aceitas soluções com emprego de diodos do tipo
zener nos bornes de entradas, para impedir a abertura do elo de corrente,
ficando a conversão para tensão sendo realizada dentro dos resistores
instalados na própria placa. Os resistores para conversão do sinal de
corrente para tensão, ou os diodos do tipo zener, não poderão ser
instalados nos bornes terminais do lado da fiação externa com o processo
e não será permitido a utilização de mais de um condutor no mesmo
borne. Os resistores utilizados deverão ser mecanicamente fixados na
UTR e não poderão ser utilizados potenciômetros ou trim-pots.

Todos os pontos conectados ao campo devem ser isolados a nível de sub-


bastidor, a nível de cartão de I/O e a nível de ponto individual.
Preferencialmente deverão ser utilizados módulos de condicionamento de
sinais separados dos módulos de processamento.

O subsistema deverá possuir acuidade, em toda a faixa de temperatura de


operação da UTR, em conformidade com a recomendação IEC 60870-4

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 46 / 141
classe A4. Esta acuidade deverá ser mantida sem qualquer necessidade
de ajustes manuais no subsistema.

Para medição de valores de corrente contínua, o subsistema deverá


possuir filtragem com capacidade para rejeitar ruídos de 80dB em modo
comum e de 60dB em modo diferencial, em ambos os casos a 60Hz. Filtro
de entrada: freqüência de corte de 0,4Hz;

Em cada escala selecionada, deverá ser utilizada toda a faixa dinâmica do


conversor A/D para representar a grandeza.

O número de entradas de cada UTR deverá ser expansível pela simples


inclusão de novos módulos, sem a necessidade de recodificação do
programa. Somente serão aceitas alterações nas tabelas ou parâmetros
utilizados pelo programa aplicativo.

7.2 Módulos de Multiplexação e Conversão Analógica


Na medição de valores em corrente contínua a multiplexação das entradas
deverá ser efetuada por meio de componentes do tipo estado sólido, e
incluir amplificador de isolamento. O módulo de multiplexação deverá
possuir características de:

(1) Tensão de isolamento (conforme definido no item 17.11);


(2) Impedância de entrada:
a) Para corrente: < 250;
b) Para tensão: > 1M.

A quantidade de canais por módulo de multiplexação deve ser escolhida


de forma que a UTR possa efetuar a varredura de todas as entradas
analógicas em atendimento ao especificado no item 4.2 deste documento,
independentemente do número de entradas.

Na medição de valores de corrente alternada para transdução não deve


ser utilizada multiplexação analógica para minimizar erros de fase na
transdução, a não ser que dispositivos de amostragem (sample & hold)
adequados sejam empregados. Veja seção 7.3.

O módulo de conversão analógico digital deve possuir as seguintes


características (quando utilizado para medição de valores de corrente
contínua, provenientes de transdutores analógicos):

(1) Conversão analógica/digital em pelo menos 12 bits, em operação


bipolar ou unipolar;

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 47 / 141
(2) tempo de conversão: 50μs no máximo (quando não for utilizado
amostrador);
(3) linearidade:  1 LSB.

O ajuste de zero do conversor deverá ser automático e realizado após


cada conversão (característica conhecida como auto-zero). Para melhorar
a rejeição de modo comum, a 60Hz, a medida final deverá ser uma média
aritmética de 4 leituras consecutivas num intervalo de tempo
correspondente a um ciclo.

Deve ser possível, para fins de checagem remota, a medição do offset e


do ganho do conversor A/D.

As seguintes características devem se aplicar aos conjunto de


multiplexador e conversor analógico-digital:

(1) Rejeição de modo comum: 110dB - 50Hz;


(2) Rejeição de modo serial: 36dB - 50Hz;
(3) Acuidade melhor que 0,2% a 25°C;
(4) Variação geral com temperatura: 30ppm/°C;
(5) Existência de LED de sinalização de funcionamento normal/falha.

Quando tratar-se da conversão analógico digital para sinais de corrente


alternada, provenientes de TP e TC deve-se utilizar um módulo específico,
ver seção 7.3.

7.3 Conexão Direta a TC e TP


Quando tratar-se da conversão analógico digital para sinais de corrente
alternada, provenientes de TP e TC deve-se utilizar um módulo específico
que deve incluir as seguintes características:

(1) Utilização de unidade de processamento digital de sinais ou


equivalente, para realizar os cálculos de transdução;
(2) Utilização de amostragem simultânea através de amostradores (sample
& hold) ou utilização de conversores A/D em paralelo, para minimizar
erro de fase;
(3) Taxa de amostragem configurável superior a 20 pontos por ciclo. Deve
ser possível a configuração para valores normalmente utilizados, como
4, 8 e 16 pontos por ciclo;
(4) O condicionamento de entrada já foi especificado na seção 7.1;
(5) As características de precisão e linearidade do sistema de conversão
A/D devem ser semelhantes às especificadas na seção 7.2.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 48 / 141
8 Unidades de Entradas Digitais
As entradas digitais das UTR, usadas para a aquisição de informações
representadas por dois valores discretos no tempo, deverão ser capazes
de avaliar o estado lógico de dispositivos tanto através da presença ou
não de tensões quanto através do estado aberto ou fechado de contatos
secos. A tabela abaixo define os requisitos para cada tipo de informação
de estado:

Tabela 3 Níveis de tensão para as entradas digitais

Estado lógico ativo Estado lógico inativo


Tipo
Tolerância Nominal Tolerância Nominal
Tensão: nível
>= 15 VDC 24 VDC <= 7.5 VDC 0 VDC
1
Tensão: nível
>= 30 VDC 48 VDC <= 15 VDC 0 VDC
2
Tensão: nível
>= 80 VDC 125 VDC <= 40 VDC 0 VDC
3
Contato seco <= 1 k Fechado >= 10 k Aberto

As entradas digitais deverão apresentar, ainda, as seguintes


características:

(1) A tensão de sensibilização deve ser de 24, 48 ou 125 VCC,


independentemente da lógica interna da UTR;
(2) Isolação óptica das entradas com relação ao restante do circuito da
UTR com capacidade de isolação contínua conforme definido no item
17.11;
(3) A parte de proteção e condicionamento de sinal deverá ser
desacoplada eletricamente da parte de processamento do sinal,
sendo realizada preferencialmente em módulos distintos;
(4) Capacidade de detecção de mudanças de estado em atendimento ao
especificado pela EXATIDÃO e a RESOLUÇÃO definidas no item 3.5
deste documento;
(5) Filtro para transitórios (anti-bouncing). A faixa de ajuste do tempo de
filtragem deverá incluir o intervalo compreendido entre 2
milissegundos e 32 milissegundos, com no mínimo 6 valores
possíveis. A precisão do filtro deverá ser melhor que 0,5
milissegundos em ambos os sentidos das transições para todos os

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 49 / 141
pontos, com desvio total máximo de 0,1 milissegundo. A configuração
deverá ser feita por cartão. De forma a evitar a introdução de erro
devido ao uso de diferentes tempos de filtragem ou defasagens no
processo de formação de seqüência de eventos, o tempo do evento
deverá ser o tempo da primeira transição do ponto detectada pela
UTR, embora o mesmo só deverá ser registrado se mantiver o estado
da transição após decorrido o período estabelecido para a filtragem.
Este procedimento deverá ser independente e aplicado a cada ponto
de entrada do equipamento;
(6) Capacidade de prevenção contra variações de contato consideradas
“trepidação dos contatos”, através da característica anti-chattering.
Ou seja, pode ser definido, ponto a ponto, que a ocorrência de um
determinado número de variações do contato dentro de um tempo
pré-especificado não deve ser considerado como mudança de estado
pela UTR;
(7) Possuir indicação visual por meio de LED do estado das entradas
digitais na parte frontal do cartão, sendo utilizado LED aceso para
indicar contato fechado ou presença de tensão e LED apagado para
contato aberto (falta de tensão);
(8) Identificação do instante da mudança de estado em atendimento ao
especificado pela EXATIDÃO e a RESOLUÇÃO definidas no item 3.5
deste documento. A etiqueta de tempo deve ser aplicada no início da
contagem de tempo da aplicação do filtro de transitórios;
(9) Para o caso das entradas para contato seco, a UTR deverá prover a
fonte de tensão para uso na excitação das entradas digitais. Essa
fonte deve variar entre 12 e 125Vdc, e ser separada do circuito de
alimentação da UTR. Deverá haver um condicionamento da tensão
dessa fonte de modo a não provocar acionamentos indevidos das
entradas por ruído de chaveamento (anti-bouncing) ou outra
perturbação nessa tensão. A fonte deverá ser protegida contra curto
circuito na saída e inversão de polaridade. Deverá ser previsto
dispositivo de detecção de terra acidental, através do baixo
isolamento da cabeação de interligação. A perda de qualquer módulo
da fonte deverá ser anunciada externamente. Para otimizar a
distribuição da alimentação para os contatos dos relés
supervisionados, deverá ser utilizado um polo comum da fonte para
cada grupo de oito entradas. A ligação comum deverá ser efetuada
internamente à unidade de aquisição;
(10) Todas as interligações entre as UTR e o processo deverão ser
efetuadas através de réguas com bornes terminais conforme
especificado no item 17.7. Os bornes devem permitir a conexão da
cabeação proveniente do processo com capacidade de receber cabos
com bitolas iguais ou superiores a 2,5 mm 2;

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 50 / 141
(11) Todos os pontos conectados ao campo devem ser isolados a nível de
sub-bastidor, a nível de cartão de I/O e a nível de ponto individual.
Preferencialmente deverão ser utilizados módulos de
condicionamento de sinais separados dos módulos de
processamento;
(12) A remoção e colocação de módulos de entrada/saída devem ser
feitas sem a necessidade de desconexão da cablagem do campo,
com o desligamento da UTR, para fins de segurança;
(13) O número de entradas de cada UTR deverá ser expansível pela
simples inclusão de novos módulos, sem a necessidade de
recodificação do programa. Somente serão aceitas alterações nas
tabelas ou parâmetros utilizados pelo programa aplicativo.

Os módulos de I/O devem poder ser instalados de forma distribuída, junto


ao processo. Não deve existir limitação lógica entre diferentes tipos de I/O.
Toda entrada digital pode ser passível de configuração como estado
simples, duplo, BCD, SOE, acumulador de 12, 24 ou 32 bits, individual ou
simultaneamente, conforme descrito na seção 5.3.

As unidades de entradas digitais deverão ter construção modular, para


permitir sua adequação ao número de pontos a ser supervisionado por
UTR, devendo ser fornecidas com toda fiação necessária para uma
expansão de pelo menos 10% além do número de pontos requeridos. As
expansões de uma maneira geral, deverão poder ser efetuadas pela
simples inclusão de novos módulos ou cartões e eventual configuração na
Base de Dados, sem a necessidade de recodificação dos programas.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 51 / 141
9 Unidades de Saídas Digitais
As unidades de saídas digitais das UTR serão utilizadas para atuação
sobre equipamentos externos, devendo ter as seguintes características:
 Os comandos deverão ser executados por meio de fechamento de
contatos eletromecânicos (relés) instalados nas unidades de saídas
digitais da UTR, a partir de comandos enviados pelo(s) centro(s) de
operação, a partir de ações derivadas de uma ordem emitida como a
conclusão de seqüências de controle efetuadas pela lógica da própria
UTR ou ainda através de um acionamento direto no painel frontal da
UTR;
 O comando de abertura ou fechamento de um determinado dispositivo é
efetuado pelo fechamento de um contato seco (livre) do relé de saída.
Não serão aceitos bornes comuns nos contatos de saídas dos relés;
 Deverão ser utilizados micro relés nas placas de saídas para garantir o
isolamento galvânico das mesmas;
 Os relés deverão possuir capacidade de comutação de cargas (break)
de no mínimo 0,5ACC em 125VCC;
 Opcionalmente, poderão ser utilizados reles de interposição
pertencentes ao escopo do fornecimento e instalados dentro do
gabinete da UTR ou em gabinete a parte (incluído no escopo do
fornecimento) para a atuação direta em equipamentos do sistema
elétrico. Esses reles deverão possuir uma capacidade de comutação de
carga de no mínimo 10ACC em 125VDC. O Anexo I deste documento
define as UTR que deverão possuir os reles de interposição e a
quantidade destes.

O PROPONENTE deverá indicar claramente na sua PROPOSTA


TÉCNICA as limitações operacionais destas saídas, sendo de sua inteira
responsabilidade a compatibilização das saídas da UTR com os demais
dispositivos necessários ao acionamento dos equipamentos principais do
sistema elétrico.

O FORNECEDOR será responsável pela compatibilização de todos os


elementos da cadeia de controle para correta atuação dos dispositivos
controlados.

O contato de saída deverá atuar tão logo se complete a seqüência de


comando de fechamento.

Devem ser previstos dois tipos de atuação nos contatos:


 Biestável, na qual o contato permanecerá na condição comandada até a
recepção de novo comando;

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 52 / 141
 Monoestável, na qual o contato deverá permanecer fechado por um
determinado tempo, ajustado na configuração da UTR. A determinação
do tempo em que o contato deverá permanecer fechado se fará, para
cada contato, na faixa de 0 a 25 segundos, com precisão de 100
milissegundos. A alteração deste tempo deverá ser executada sem a
necessidade de recodificação dos programas. As alterações deverão
ser em base de dados. Será admissível também que essa alteração se
faça por meio de chaves ou "jumpers".

Os contatos para controle deverão também ser dotados de dispositivos de


bloqueio por hardware e software que inibam qualquer possibilidade de
fechamento de mais de um contato simultaneamente, mesmo no caso de
falha do circuito de comando.

Deverá haver indicação visual do estado de cada ponto de saída.

Se novo comando de acionamento ocorrer para um mesmo ponto de


controle antes do término da temporização, o mesmo deverá ser ignorado
pela UTR.

As saídas de fechamento e abertura de um mesmo dispositivo (ex.:


disjuntor) deverão ser efetuadas por saídas distintas.

As operações de controle por fechamento de contatos deverão ser


dotadas de segurança do tipo "selecionar antes de operar" (select before
operate) entre a unidade de controle e o módulo encarregado da execução
do controle, envolvendo as etapas de seleção do ponto, confirmação da
seleção e execução do comando. Somente deverão ser tomadas
iniciativas de controle pela UTR depois da seqüência de comando ter sido
concluída com sucesso.

Deverá ser fornecida uma chave que permita a interrupção da alimentação


das bobinas dos relés terminais, impossibilitando qualquer acionamento.
Esta chave deverá ser instalada na UTR em local de fácil acesso.

As saídas de controle deverão atender às recomendações para proteção


contra surtos e para a tensão de isolamento conforme especificado no
item 17.11.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 53 / 141
10 Unidades de Saídas Analógicas
As saídas analógicas das UTR serão utilizadas para atuação sobre
equipamentos externos e deverão ter as seguintes características:
 O conversor digital-analógico deverá ter uma resolução mínima de 12
bits e deve possuir características de auto-calibração;
 A acuidade da saída deverá ser melhor que 0,2% a 25ºC;
 A impedância da carga deverá ser inferior a 600 em 5mA, 3000 em
10mA e 1500 em 20mA;
 As faixas de saídas deverão ser de: 2/5/10/12V, 0 a 2V, 0 a 5V, 0 a
12V, 0 a 1mA, 0 a 20mA ou 4 a 20mA, selecionadas por chaves ou
jumpers;
 Os módulos de saídas analógicas deverão permitir sua substituição com
o barramento energizado.

Deverá ser implementado por software e hardware um esquema de “falha


segura”. As saídas devem ser protegidas contra acionamentos indevidos
por falha no hardware da UTR.

A UTR deverá prover meios para desabilitar o acionamento das saídas


analógicas ao ser energizada, desenergizada ou na ocorrência de
transitórios na alimentação.

As saídas analógicas deverão atender às recomendações para proteção


contra surtos e para a tensão de isolamento conforme especificado no
item 17.11.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 54 / 141
11 Unidades de Comunicação
A UTR deverá possuir uma ou mais unidades de comunicação de forma a
atender os requisitos de interfaceamento com os diferentes níveis
hierárquicos dentro da estrutura de supervisão e controle do sistema
elétrico nacional.

A UTR deverá possuir no mínimo as seguintes portas de comunicação:


 2 portas duais para interfaceamento com centros de operação, podendo
cada uma utilizar diferentes protocolos;
 1 porta para interfaceamento com um computador de manutenção (local
ou remoto);
 1 porta para o sincronismo via GPS.

Opcionalmente, a UTR deverá ser fornecida acrescida das seguintes


portas de comunicação:
 1 porta dual para comunicação com a sala de controle local;
 1 ou mais portas para o interfaceamento com IED;
 1 ou mais portas para interfaceamento com a IHM incorporada;
 1 porta para interfaceamento com a impressora incorporada;
 1 porta para interfaceamento com o computador remoto de
manutenção;

A quantidade de portas para o interfaceamento com IED especificada


acima é estimativa, podendo aumentar em função da usina ou subestação
aonde será instalada a UTR. A UTR deve possibilitar as expansões
necessárias nesse caso.

No Anexo I deste documento estão descritas as portas de comunicação


que cada UTR ou SUB-UTR deverá possuir.

As características funcionais da comunicação com a IHM e a impressora


incorporadas são descritas no item 16.1 deste documento, enquanto que
as características funcionais para interfaceamento com os computadores
de manutenção são descritas no capítulo 20 deste documento. Já as
características funcionais do sincronismo via GPS são descritas nos itens
12.2 e 14, enquanto as características funcionais da porta de interface
com IED são descritas no item 12.1 e, finalmente, as características
funcionais da sala de controle local são definidas no item 16.2 deste
documento.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 55 / 141
11.1 Características gerais das portas de comunicação
Cada uma das portas de comunicação deve possibilitar a sua configuração
de forma independente das demais. Também deve ser possível a
configuração da prioridade de tratamento de cada uma das portas.

Cada porta de comunicação também deve possibilitar a sua interligação


através de uma arquitetura ponto a ponto ou multiponto. Na configuração
multiponto, várias UTR ou SUB-UTR poderão compartilhar um mesmo
canal de comunicação.

Cada uma das portas de comunicação deverá ser disponível com, no


mínimo, as seguintes possibilidades de configuração:
 Interface RS-232C;
 Interface RS-485 isolada;
 Interface paralela (para a porta da impressora);
 Interface óptica com conector apropriado;
 Transmissão assíncrona ou síncrona;
 Modos full ou half-duplex;
 Velocidades de transmissão e recepção configuráveis entre 300 e 64k
bits por segundo;
 Paridade par, ímpar, marca ou espaço;
 No de start e stop bits;
 Uso de modem padrão de mercado.

No caso da utilização de interfaces padrão CCITT V.24/EIA RS-232C, os


seguintes sinais deverão estar disponíveis:

Tabela 4 Sinais necessários em interfaces seriais padrão RS-232C

Pino Sinal Origem Funcionalidade


1 GND (Terra de proteção) --- Terra de proteção
2 TXD (Dados a Transmitir) ETD Dados a transmitir
3 RXD (Dados Recebidos) ECD Dados recebidos
ETD controla modo de operação do ECD, ou
4 RTS (Pedido para transmitir) ETD seja, ligado para modo transmissão,
desligado para modo recepção.
ETD só transmite se o ECD estiver no modo
5 CTS (Pronto para transmitir) ECD transmissão, ou seja, após o ECD informar
que está pronto para transmitir.
ETD só troca dados com o ECD se este
6 DSR (ECD pronto) ECD
estiver pronto para operar.
7 COM (Terra de sinais) --- Terra de sinais
8 DCD (Portadora detectada) ECD Portadora detectada pelo ECD.
20 DTR (ETD pronto) ETD ETD informa ao ECD que está em operação.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 56 / 141
Todas as interligações para comunicação externas ao armário da UTR
deverão ser realizadas via fibra óptica.

Todos os modem, adaptadores, conversores, conectores, fontes de


alimentação e cabos necessários à interligação das interfaces de
comunicação da UTR com qualquer outro equipamento deverão estar
inclusos no escopo do FORNECIMENTO.

Todos os modem, adaptadores, conversores, conectores e cabos


necessários aos centros de operação para a interligação com a UTR
também deverão ser fornecidos.

Os tipos e quantidades de modem a serem fornecidos estão definidos no


ANEXO I.

11.2 Protocolos de Comunicação


A unidade de comunicação deverá proporcionar a utilização de protocolos
abertos amplamente difundidos no mercado. No mínimo, os protocolos
abaixo relacionados deverão ser atendidos pela unidade de comunicação:

a) Para uso com os centros de operação:


 IEC 870-5-101/104;
 DNP V3.0 serial ou sobre TCP/IP.

b) Para uso com outros equipamentos:


 IEC 870-5-101/103/104;
 DNP V3.0 serial ou sobre TCP/IP;
 MODBUS ASCII ou RTU;
 PROFIBUS;
 TELEGYR.

11.3 Ligação entre UTR


Uma UTR deve poder se comunicar com outras seja via porta serial ou
rede de forma a possibilitar a troca de mensagens entre as mesmas
quando as condições locais de instalação ou de operação assim exigirem.

Esta comunicação deverá ser independente e não poderá prejudicar o


desempenho das funções de envio e recebimento de mensagens entre as
UTR e os centros de operação, nem o desempenho das funções internas
das UTR.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 57 / 141
No caso do uso de rede para essa comunicação, deverá ser utilizado o
padrão ETHERNET com as seguintes opções:
 10/100 BASE-T;
 10 BASE-FL;
 100 BASE-FX.

Nesse caso, a UTR também deverá possibilitar o uso de uma via


alternativa para comunicação em caso de defeito na via principal.

11.4 Ligação entre UTR e Centros de Operação


A quantidade de unidades de comunicação por UTR será variável
conforme a característica do cartão. No entanto, deverão existir pelo
menos 2 (duas) interfaces de comunicação disponíveis para conexão da
UTR com os centros de operação. As unidades de comunicação deverão
ser intercambiáveis e configuráveis de forma a permitir a definição de
parâmetros como taxa de transmissão, paridade, número de bits, etc. para
cada uma das interfaces existentes. Essa configuração deverá ser feita
por software através da IHM incorporada e/ou quando da configuração da
UTR.

As duas interfaces de comunicação mencionadas no parágrafo anterior


serão utilizadas apenas para comunicação com os centros de operação
interligados à UTR. Interfaces de comunicação para a ligação com a IHM
incorporada, o computador de manutenção, IED, etc. deverão ser providas
a parte.

A comunicação com cada um dos centros de operação ligados à UTR


será feita de forma independente, possibilitando que o centro "A" esteja
fazendo uma determinada operação e os demais outras operações
diferentes sem a ocorrência de interferências. Também deverá ser
possível que cada um dos centros utilize um protocolo diferente dentre
aqueles já relacionados ou taxas de transmissão distintas, devendo a
unidade de comunicação possuir capacidade para atender essas
situações. O mapeamento dos pontos para envio deve ser configurável de
forma independente para cada centro de operação.

A unidade de comunicação deverá operar de forma dualizada com cada


um dos centros de operação conectados à UTR, com troca automática em
caso de falha em qualquer canal. A ocorrência dessa falha deverá ser
sinalizada via LED, IHM incorporada e reportada ao(s) centro(s) de
operação.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 58 / 141
Devido à utilização de redundância de interfaces de comunicação, a UTR
deverá possuir capacidade para identificar por qual interface de qual
unidade de comunicação está chegando a mensagem e responder
adequadamente.

A UTR deve possuir procedimentos de teste e diagnóstico de todas as


suas interfaces de comunicação. Os resultados dos testes devem poder
ser enviados aos centros de operação.

A UTR deverá possuir a capacidade de informar o estado da comunicação


com cada um dos centros de operação a ela interligados. Essa facilidade
deve estar disponível para acesso pelos próprios centros de operação,
pela IHM incorporada ou pela porta de manutenção.

Todos os pontos adquiridos ou calculados pela UTR deverão poder ser


configurados com relação ao(s) destino(s) (centros de operação) para
envio a fim de atender às funções de supervisão e controle. Um mesmo
ponto poderá ser enviado a mais de um destino. Cada centro de operação
poderá receber um conjunto diferente de pontos de supervisão.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 59 / 141
12 Unidades de Funções Especiais
12.1 Interface com IED
As UTR deverão possuir cartões para a interligação com IED. A
interligação com esses dispositivos se dará através de interface serial
padrão RS-485, possibilitando a conexão de até 256 IED em um único
canal serial.

Os seguintes protocolos de comunicação deverão ser suportados pela


interface:
 IEC 870-5-103;
 DNP V3.0;
 MODBUS ASCII ou RTU;
 PROFIBUS.

As seguintes taxas de comunicação deverão poder ser utilizadas em cada


um dos canais:
 1,2kbps;
 2,4kbps;
 4,8kbps;
 9,6kbps;
 19,2kbps;
 38,4kbps;
 56,0kbps ou superior.

A velocidade de comunicação de cada canal deverá garantir uma taxa de


atualização das grandezas na UTR, no máximo a cada segundo.

Cada UTR deverá possuir pelo menos 1 (um) canal serial de comunicação
com IED, podendo em cada canal serem interligados até 256 dispositivos,
em configuração multidrop.

Deverá ser possível a utilização simultânea de vários cartões de interface


com IED em uma única UTR.

Cada um dos canais de comunicação com IED deverá operar de forma


independente, com taxas de transmissão e recepção diferentes e até
mesmo com protocolos de comunicação distintos. A ocorrência de uma
falha em um canal de comunicação não deverá afetar o funcionamento
dos demais.

A interligação da UTR com os IED poderá ser feita através de fio metálico
quando o dispositivo ficar dentro do próprio painel da UTR, ou por cabo
ótico para interligações externas ao painel. O cartão deverá possuir todos

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 60 / 141
os conectores adequados à utilização de cada um dos meios físicos de
comunicação aqui descritos.

Os cartões deverão possuir indicação frontal por meio de LED, do seu


funcionamento e de cada canal de comunicação.

12.2 Interface com GPS


A UTR deverá ser provida de interface que permita a sua interligação com
um equipamento GPS de forma a possibilitar o acerto e o sincronismo do
seu relógio interno, conforme especificado no capítulo 14. Esta interface
será responsável pela difusão da data, da hora e o sincronismo de tempo
para todos os módulos da UTR.

É de responsabilidade do FORNECEDOR o fornecimento da interface que


adequadamente possibilite a interligação da UTR com o equipamento de
GPS, devendo sempre atender ao requisito de EXATIDÃO especificado no
item 3.5 deste documento.

A interligação da UTR com o equipamento GPS poderá ser feita através


de fio metálico quando o dispositivo ficar dentro do próprio painel da UTR,
ou por cabo ótico para interligações externas ao painel. Deverão ser
fornecidos todos os conectores, adaptadores e cabos necessários à essa
interligação.

Tanto a interface aqui mencionada quanto o equipamento GPS fazem


parte do escopo de FORNECIMENTO.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 61 / 141
13 Unidades de Suprimento de Energia
Todos os componentes da UTR deverão ser alimentados simultaneamente
por duas fontes independentes de forma que a falta de uma delas não
cause qualquer distúrbio na operação dos equipamentos.

As unidades de suprimento de energia deverão suportar as seguintes


tensões de entrada:
 48VDC (-20%/+15%);
 100/110VDC (-20%/+15%);
 125VDC (-20%/+15%);
 220/250VDC (-20%/+15%);
 110/127VAC (-20%/+15%);
 220VAC (-20%/+15%);

As seguintes especificações deverão ser atendidas pelas unidades de


suprimento de energia:
 Isolamento entre entrada e saída;
 Suprimento contínuo para um valor de carga pelo menos 30% acima da
carga máxima prevista;
 Suportar até 50 milissegundos de interrupção de energia sem variar a
tensão de saída mais do que 10% do valor nominal a plena carga;
 MTBF de 40.000 horas;
 Proteção contra subtensão de alimentação, sem causar danos aos
componentes internos;
 Proteção contra sobrecarga por limitação de corrente com alarme;
 Proteção contra sobretensão;
 Proteção contra sobretensão instantânea na saída;
 Proteção contra inversão de polaridade;
 Proteção contra curto-circuito;
 Possuir chave liga/desliga individual no painel frontal;
 Possuir sinalizações por LED no painel frontal para indicar as condições
de equipamento energizado e de tensão de saída normal;
 Possuir bornes frontais para a medição das tensões de entrada e saída;
 Nível de ruído melhor do que o abaixo especificado para toda a faixa de
operação, de 0 a 100% da sua capacidade, para cada uma das classes
de tensão:

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 62 / 141
Tabela 5 Nível de ruído para as unidades de suprimento de energia

Classes de Ruído (mV)


Tensão (V) (Vpp para todas as freqüências)
5 20
 15 20
48 200
125 200
onde: Vpp = Tensão pico a pico.

 Ruído refletido na linha de alimentação, considerando-se uma bateria


com resistência interna de 0,1* V e2/Pf, onde Ve é a tensão de entrada e
Pf é a potência da unidade de suprimento de energia, deve ser inferior a
200mVpp para qualquer freqüência;
 Atender às normas de ensaios especificadas no item 17.11.

Na ocorrência de qualquer uma das falhas acima mencionadas, a unidade


de suprimento de energia deverá ficar temporariamente inoperante até
que a falha termine, se restabelecendo automaticamente. O consumo de
energia deve ser mínimo durante o período de falha.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 63 / 141
14 Sincronismo
O sincronismo das medidas é muito importante para precisão de diversos
cálculos e para implementação de estratégia de controle remoto. Assim,
valores obtidos em subestações geograficamente remotas devem ser
sincronizadas para uma base comum.

A UTR deverá possibilitar dois tipos distintos de sincronismo:

(1) Sincronismo por GPS;


(2) Sincronismo pelo barramento interno da UTR. Este tipo de sincronismo
somente deverá ser utilizado no caso de falha do sistema GPS.

O sincronismo é utilizado, em particular, no registro de SOE, onde é


necessário armazenar o selo de tempo das sinalizações com a EXATIDÃO
especificada no item 3.5 deste documento.

O sincronismo deve ser conseguido de forma automática, não sendo


necessária a intervenção de operador para ajuste de data/hora ou para
correções devidas à horário de verão (exceto no que se refere à
programação das datas de mudança). Caso necessário, o FORNECEDOR
deverá utilizar uma central horária para atender às especificações deste
capítulo.

O receptor de GPS deverá estar acondicionado dentro do gabinete da


UTR, possuir display frontal próprio e teclado para programações do tipo:
deslocamento do fuso horário, data de início e término do horário de verão
e verificação do estado operacional. Este ajuste deverá ter prioridade
sobre as demais formas de ajustes. Opcionalmente, esta programação
poderá ser feita através de uma interface em notebook, incluído no
FORNECIMENTO.

No caso de falha do sistema GPS, a UTR deverá prover mecanismos


automáticos internos que garantam a existência de um único relógio
interno, sincronizado, em todas as suas unidades. Essa ocorrência deverá
ser sinalizada por LED no painel da UTR, na IHM incorporada e
disponibilizada para envio aos centros de operação e ao computador de
manutenção. Esse relógio interno deverá poder ser sincronizado
utilizando-se os recursos disponíveis no protocolo de comunicação com os
centros de operação.

Ainda no caso de falha do sistema GPS, o sincronismo para o SOE deverá


ser mantido, sendo que o relógio interno da UTR deverá atender aos
seguintes requisitos:

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 64 / 141
 Exatidão melhor ou igual a 15 milissegundos caso seja sincronizado a
cada 1 minuto pelo protocolo de comunicação; ou
 Exatidão melhor do que 3 minutos por mês caso não haja nenhum
recurso de sincronização disponível.

O conjunto formado pela UTR, o GPS, a central horária (caso exista) e os


cartões de interface deve possibilitar a realização das seguintes funções:
 Fornecimento da data e hora completas;
 Disponibilizar uma saída do tipo IRIG-B ou alternativa para uso por
outros equipamentos da usina/subestação. Ver Anexo I, que determina
qual o tipo de saída e em quais UTR isto se aplica;
 No caso de UTR com arquitetura distribuída deverão ser providos
mecanismos automáticos que garantam a existência de um sincronismo
da base única em todas as suas unidades;
 Aceitar a programação da data e hora de início e término do horário de
verão brasileiro de forma remota, a partir de comando recebido do
centro de operação, e, automaticamente, no instante correto, realizar o
ajuste do relógio interno de forma transparente para o usuário.

O FORNECIMENTO deverá incluir a antena e os cabos necessários ao


sistema GPS. Em situações aonde a antena fique localizada distante do
receptor GPS, o FORNECEDOR deverá prover os recursos necessários à
interligação antena/receptor.

O PROPONENTE deverá descrever claramente na sua PROPOSTA


TÉCNICA como os requisitos especificados neste capítulo serão
atendidos, lembrando que todos os módulos componentes fazem parte do
escopo de FORNECIMENTO.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 65 / 141
15 Configuração
A configuração da UTR consiste de um conjunto de procedimentos para
gerar um banco de dados a ser carregado na sua memória e que permitirá
a execução das funções previstas.

Entenda-se como esse banco de dados não apenas as informações


típicas dos pontos de entrada e saída do processo (sistema elétrico) como
também parâmetros necessários ao funcionamento da própria UTR,
algoritmos ou lógicas de cálculo de valores ou de controle, programas
especiais e as informações presentes na IHM incorporada.

A configuração de uma UTR é realizada através da execução das


seguintes etapas:
 Entrada e validação de dados de configuração;
 Criação de algoritmos e lógicas;
 Programação de tarefas especializadas;
 Testes da configuração;
 Descarregamento na UTR;

Os procedimentos de configuração aqui descritos deverão ser aplicados a


todas as informações da UTR especificadas como configuráveis ao longo
deste documento.

15.1 Ferramentas padrão de configuração


As seguintes configurações poderão ser feitas:
 Definição de todos os pontos de entrada e saída do sistema elétrico
supervisionado, com todos os seus atributos (nome, descrição, faixas,
limites, banda morta, unidade de engenharia, escala, valor de iniciação,
etc.);
 Definição de todos os pontos calculados a partir das entradas lidas,
com todos os seus atributos (nome, descrição, faixas, limites, unidade
de engenharia, valor de iniciação, etc.);
 Todos os pontos adquiridos ou calculados deverão poder ser
configurados com relação ao(s) destino(s) (supervisão local, centros de
operação, outras UTR) para envio a fim de atender às funções de
supervisão e controle. Um mesmo ponto poderá ser enviado a mais de
um destino;
 Todos os cartões de saída digital ou analógica deverão poder ser
configurados com relação a qual centro de operação poderá ordenar a
atuação dos pontos pertencentes ao cartão. Essa configuração poderá
ser alterada em tempo real;
 Definição de constantes com todos os seus atributos (nome, descrição,
unidade de engenharia, valor, etc.);

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 66 / 141
 Configuração de algoritmos e lógicas de controle através de funções
preexistentes no configurador. Esses algoritmos e lógicas serão
aplicados sobre entradas do sistema elétrico, constantes e valores
calculados, gerando novos valores calculados ou saídas para o sistema
elétrico;
 Definição de parâmetros de configuração da UTR, como prioridade de
tarefas, endereços, etc.;
 Definição de parâmetros de operação da UTR como tempos de envio
dos diferentes tipo de mensagens para cada centro de operação,
tempos de aquisição de medidas e estados, etc.;
 Programação de tarefas para a realização de funções especiais (tarefas
especializadas);

Os procedimentos de configuração deverão ser realizados em estações de


trabalho do tipo desktop, de uso comum nas empresas, através de
programas específicos fornecidos juntamente com a UTR. Estes
programas deverão possuir versões que possam ser executadas nos
diferentes sistemas operacionais amplamente utilizados no mercado
(WINDOWS, UNIX, etc.). A escolha do sistema operacional a ser utilizado
será feita pela CONTRATANTE/AGENTE durante a elaboração do PAP.

A interface homem máquina dos programas de configuração deverá ser


desenvolvida em ambiente gráfico com o uso de janelas, botões, barras de
rolagem, etc. Toda a configuração deverá ser realizada através de telas
pré-formatadas e campos pré-definidos, via técnica de preenchimento de
espaços (fill in the blanks), utilizando-se sempre que possível menus do
tipo pull-down ou pop-up. A definição dessas telas e dos campos de
configuração será feita quando da elaboração do PAP.

Os programas de configuração deverão possuir mecanismos que facilitem


a utilização pelo usuário e permitam operações de back-up, cópia de
arquivos, cópia parcial de blocos, corte e colagem de informações,
importação e exportação de arquivos em formatos diversos (TXT, XLS e
outros), etc.

Para toda e qualquer UTR deverá existir um único procedimento e um


único conjunto de programas de configuração.

A definição das lógicas e algoritmos de controle internos da UTR deverá


utilizar uma das cinco linguagens padrões definidas pela norma IEC
61131-3:
 SFC - Sequential Function Chart;
 FBD - Function Block Diagram;

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 67 / 141
 LD - Ladder Diagram;
 ST - Structured Text;
 IL - Instruction List.

Deverá ser possível a identificação das variáveis pelo seu nome e a


inserção de comentários.

Na configuração também poderão ser criadas tarefas dedicadas à


realização de funções especiais na UTR. A criação dessas tarefas será
feita através das ferramentas de configuração a serem fornecidas pelo
FORNECEDOR e deverão ser utilizadas linguagens de programação como
C, C++ ou outra linguagem na forma de Texto Estruturado conforme
definido pela norma IEC 61131-3.

A consistência dos valores digitados pelo usuário deverá ser


automaticamente realizada ainda durante a etapa de entrada de dados
pelos programas de configuração, de forma a evitar o envio de um banco
de dados inconsistente para a UTR.

A UTR sempre deverá ser capaz de informar, seja pela sua IHM
incorporada ou pelo computador de manutenção, a data, a versão e o
responsável pela configuração atualmente carregada na sua memória.

15.2 Teste da configuração


Concluídas as etapas de entrada de dados, de criação de algoritmos e
lógicas e de programação de tarefas especiais deverá ser realizado o
teste da configuração feita.

Este teste poderá ser realizado de duas formas:


 Na própria UTR;
 Através de um simulador de testes.

Em qualquer caso, deve ser possível o acompanhamento da execução das


funções internas da UTR, visualizando-se o estado das variáveis, as listas
de envio e recepção de mensagens, a lista de SOE, o estado das entradas
e saídas, etc. Deverá ser possível acompanhar a execução passo a passo,
com a indicação do estado de cada linha de programa dos algoritmos e
lógicas de controle criados. A depuração das tarefas especializadas
poderá ser feita no ambiente de emulação. Deverá ser possível a
simulação de eventos externos à UTR como a recepção de mensagens, a
variação de pontos de entrada, etc.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 68 / 141
Também deverá ser possível a realização de pequenas correções de
parâmetros on-line, sem interromper a execução dos programas da UTR.
15.3 Descarregamento da configuração na UTR
Feitos os testes e o usuário estando certo da consistência do banco de
dados gerado, este deverá ser descarregado (execução de download)
para a UTR. Isso poderá ser feito de duas formas:
 Localmente, quando o usuário deverá ir até a UTR portando um
computador e os arquivos de configuração, conectar este computador à
interface serial de manutenção local da UTR e realizar os
procedimentos de descarregamento;
 Remotamente, quando o descarregamento dos arquivos de
configuração poderá ser feito a partir de um computador remoto via
interface serial de manutenção apropriada da UTR.

Em qualquer caso, a UTR só deverá iniciar a execução da nova


configuração carregada após solicitada pelo usuário, seja através de um
comando ou de um reset. Durante a fase de iniciação para a execução de
uma configuração, a UTR sempre deverá realizar procedimentos de
consistência como a verificação do endereçamento de I/O dos pontos
configurados com os cartões efetivamente instalados, a existência de
todos os canais de comunicação sendo utilizados, etc.

Qualquer falha detectada durante o descarregamento ou durante a etapa


de verificação de consistência de uma configuração deverá interromper a
sua execução, devendo essa ocorrência ser reportada para o usuário e a
configuração anterior mantida.

Também deverá ser possível realizar a operação inversa, ou seja, fazer o


carregamento (execução de upload) da configuração de uma UTR para um
computador portátil ou para uma estação de trabalho remota via interface
serial de manutenção adequada.

A fim de evitar acidentes, o descarregamento de uma configuração para


uma UTR somente poderá ser realizado com a utilização de senhas de
segurança, devendo a UTR registrar e armazenar os responsáveis pelos
últimos 10 (dez) descarregamentos recebidos.

15.4 Auto documentação


O sistema de configuração deverá gerar, de forma automática, uma
documentação que descreva todo o banco de dados implementado em
uma UTR. Deverão existir mecanismos que possibilitem a visualização, a
gravação ou a impressão desta documentação para depuração, consulta e
arquivamento.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 69 / 141
A documentação deverá incluir informações como data e hora da geração
da configuração, nome do responsável, relação dos pontos configurados
com todos os seus atributos, relação dos parâmetros de configuração e de
operação, descrição das lógicas de dos algoritmos de controle com os
respectivos comentários, relação das tarefas especializadas, lay-out e
conteúdo das telas configuradas na IHM incorporada, etc.

Na documentação também deverão estar destacados ou relacionados os


erros e inconsistências encontrados pelo sistema de configuração, de
forma a facilitar atividades de depuração.

A documentação deverá ser gerada em módulos de forma a possibilitar a


sua visualização ou impressão parcial. Deverá ser possível, por exemplo,
a impressão apenas do módulo que diz respeito a configuração das
telemedidas analógicas.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 70 / 141
16 Supervisão Local
Estão previstos dois níveis de supervisão local para uma UTR:
 IHM incorporada;
 Sala de Controle local.

O ANEXO I deste documento define quais UTR deverão possuir estes


recursos.

16.1 IHM Incorporada


Opcionalmente, cada UTR deverá possuir uma Interface Homem Máquina
(IHM) incorporada que permita a realização de algumas tarefas de
supervisão, parametrização e testes sem a necessidade do uso do
computador de manutenção.

Esta IHM deverá ser constituída dos seguintes componentes:


 Display industrial gráfico;
 Teclado de membrana;
 Impressora matricial.

Todos os componentes deverão ser adequados à operação em ambiente


industrial, apropriados para uso nas condições inóspitas de usinas e
subestações.

O display e o teclado deverão estar incorporados ao gabinete da UTR,


devendo ser fixados na porta frontal de forma a permitir o seu uso sem a
necessidade de abrir o gabinete. Já a impressora poderá ser instalada
remotamente à UTR, de forma a ficar em ambiente mais abrigado. Será
aceito o fornecimento de um display que possua tela do tipo touch-screen,
não havendo, nesse caso, a necessidade de fornecimento do teclado.

A UTR efetuará a supervisão local das informações de estado, podendo


imprimir, sob a forma de registro seqüencial de eventos (SOE), todas as
mudanças de estado e anormalidades detectadas. Esta função deverá ser
totalmente independente do SCADA, de modo a garantir seu perfeito
funcionamento mesmo quando houver perda de comunicação com o nível
hierárquico superior.

O número de pontos para a supervisão local poderá ser superior ao


número de pontos para a supervisão remota, sendo que estes, estão
contido na supervisão local.

A UTR deverá possuir facilidades para a seleção dos pontos e dos


intervalos de tempo para a impressão local.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 71 / 141
16.1.1 Visualização das Informações
As seguintes informações deverão poder ser acessadas pelo conjunto
teclado e display:
 Valores adquiridos do sistema elétrico;
 Valores calculados internamente;
 Estado de chaves e disjuntores;
 Estado dos componentes da UTR;
 Resultados dos testes de auto-diagnose;
 Configuração básica da UTR;
 Configuração básica dos pontos supervisionados e controlados;
 Versão de configuração instalada na UTR.

16.1.2 Impressão das Informações


As legendas descritivas dos pontos supervisionados deverão possuir um
campo útil de pelo menos 56 caracteres para cada ponto. Estas legendas
deverão ser configuráveis e estar organizadas em tabelas.

Estas tabelas conterão informações relativas ao estado natural ou de


repouso dos contatos supervisionados. Em função desta informação e da
mudança detectada pela UTR, deverá ser impresso, no final de cada
legenda, o tipo de atuação ocorrida no ponto, dos tipos ABRIU ou
FECHOU, OPEROU ou DESOP., ALARME ou NORMAL.

Além do descritivo e do estado, fazem parte também da impressão de


cada ponto:
 Número do ponto;
 Hora, minuto, segundo e milissegundo;
 Data;
 Número da página;
 Origem do ponto (quando forem utilizadas mais de uma UTR na mesma
localidade).

A data, com dia mês e ano, deverá aparecer no cabeçalho de cada


página. Neste cabeçalho deverão aparecer também o nome da localidade
e o número da página. Esta numeração deverá ser reiniciada a cada
mudança de dia.

16.1.3 Estabelecimento de Parâmetros e Comandos na UTR


Os parâmetros abaixo relacionados deverão ser modificados localmente:
 Alteração da legenda;
 Tipo de atuação;
 Inversão da lógica do contato supervisionado;
 Seleção dos pontos para supervisão local e remota; e

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 72 / 141
 Outros parâmetros passíveis de alteração.

Também deverá ser possível a execução das seguintes funções:


 Forçamento da UTR para a execução de um auto-teste;
 Atuação em saídas digitais ou analógicas;
 Execução de outras funções pertinentes.

16.1.4 Características Complementares


Quando ocorrer um processo de iniciação ou reiniciação, nenhum evento
deverá ser impresso, até a completa atualização dos registros.

Para facilitar o acompanhamento da situação do sistema elétrico, por parte


do operador, este poderá adquirir todos os estados em alarme através de
um comando dado no teclado.

16.1.5 Utilização de mais de uma UTR na mesma localidade


Na utilização de UTR em arquitetura concentrada poderá existir uma única
IHM, enquanto que para as UTR com arquitetura distribuída o ideal é a
existência de um conjunto de display e teclado por UTR, devendo existir
apenas uma impressora para todo o conjunto.

Nas localidades em que for necessária a utilização de mais de uma UTR,


devido a concentração das informações em locais distintos, a supervisão
local deverá atender aos seguintes requisitos, de modo a assegurar um
perfeito desempenho desta função:
 A impressão local de eventos deverá estar concentrada na área
atendida pelo operador e deverá ser utilizada uma única impressora
para esta função;
 Os eventos provenientes de cada UTR deverão ser impressos
ordenados no tempo, com indicação de qual UTR originou o evento.

16.2 Sala de Controle Local


Para algumas usinas e subestações deverá ser fornecido e instalado,
juntamente com a UTR, um sistema de supervisão e controle (SCADA),
composto de hardware e software para implantação na sala de controle
local.

A fim de atender essa facilidade, a UTR deverá possuir 1 (uma) porta de


comunicação dual para interfaceamento com a sala de controle local.
Essas portas deverão operar de forma redundante, com troca automática
em caso de falha em uma delas. A interligação entre a UTR e a sala de
controle local deverá ser realizada via fibra óptica, possuindo todos os
recursos necessários ao atendimento das especificações feitas neste item

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 73 / 141
e também das especificações feitas nos demais itens para os diversos
centros de operação que se interligam à UTR.

Os seguintes protocolos de comunicação deverão ser utilizados:


 IEC 870-5-101/104;
 DNP V3.0 serial ou sobre TCP/IP.

A comunicação entre a UTR e a sala de controle local deverá ser


implementada de acordo com os padrões de conformidade,
interoperabilidade e portabilidade estabelecidos pelos protocolos acima.

O protocolo deverá poder ser configurado para operar tanto no modo


balanceado quanto no modo não balanceado.

Com o objetivo de permitir futuras expansões do sistema, o


FORNECEDOR deverá disponibilizar todas as informações de seu
protocolo de forma a permitir a conexão de outros equipamentos.

Qualquer outra ligação para uso interno do FORNECEDOR, que necessite


passar entre salas distintas também deverá ser feita através de cabos de
fibras óticas;

Todos os cabos, adaptadores, conversores, conectores, fontes de


alimentação, routers ou gateways para a realização da interligação da
UTR com a sala de controle local fazem parte do escopo de
FORNECIMENTO.

A UTR deverá possuir capacidade de atender ao sistema de supervisão


local e aos centros de operação remotos sem o prejuízo das suas funções
e das suas características de desempenho.

Deverão ser fornecidos todos os softwares de comunicação e aplicativos


para o funcionamento da comunicação na interligação entre a UTR e o
sistema de supervisão e controle da sala de controle local.

O ANEXO I define para quais usinas e subestações deverá ser fornecido o


sistema de supervisão local.

16.2.1 Características funcionais


Todas as grandezas analógicas, indicações de estado de equipamentos,
comandos e demais funções necessárias deverão estar disponíveis para o
operador da sala de controle local através das consoles de operação, com
os seguintes requisitos:

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 74 / 141
16.2.1.1 Função Acompanhamento
As telas serão divididas em duas regiões:

Região dedicada - Deverão existir campos na tela de vídeo para


apresentação de informações gerais comuns a todas
as telas tais como data, hora, nome da tela, número da
página e macro-alarme;
Região útil - Apresentará informações particulares para cada tela e será
composta das seguintes partes:
 Parte estática - Na parte estática deverão ser
apresentados elementos de caráter fixo tais como barras,
linhas de transmissão, transformadores, molduras,
identificações de equipamentos;
 Parte dinâmica - Na parte dinâmica deverão ser
apresentados elementos de caráter variável, tais como
valores atuais de grandezas analógicas e indicações de
estado. Estas informações deverão ser atualizadas
periodicamente ou por exceção.

A seleção de telas e a paginação poderá ser feita através de áreas


sensíveis da própria tela em exibição, teclas funcionais dedicadas, pontos
de seleção, digitação do nome da tela ou diretórios de nomes de tela.
Deverá ser possível a paginação para frente e para trás de forma circular.

As telas deverão ser atualizadas periodicamente e por exceção. O período


de atualização para pontos analógicos deverá ser parametrizado e
inicialmente deverá ser de 2 (dois) segundos. Além disso, a tela deverá
ser atualizada caso ocorra variação de uma indicação de estado, alarme
ou ultrapassagem de limite de um ponto analógico que seja parte da tela
em exibição.

De forma a garantir um rápido posicionamento do cursor em campos de


entrada de dados ou pontos de seleção (poke points), a IHM deverá
controlar a posição do cursor através de teclas (setas) e mouse. Deste
modo o deslocamento do cursor será contínuo ou por saltos para campos
de interesse.

As indicações de estados poderão ser apresentadas em forma de


símbolos especiais ou textos. O padrão de apresentação deverá
contemplar as seguintes condições:
 Transição de condição que ainda não foi reconhecida;
 Estado fechado;

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 75 / 141
 Estado aberto;
 Estado inválido;
 Estado manualmente inserido.

A representação gráfica destas condições será definida posteriormente no


PAP, sendo que a qualquer momento esta representação poderá ser
reconfigurada pelo usuário.

As grandezas analógicas poderão ser apresentadas em forma de


números, símbolos especiais, barra proporcional, etc. A representação do
sinal poderá ser feita com uso de "+" ou "-", ou ainda utilizando setas para
direita, esquerda, para cima ou para baixo. As barras proporcionais
poderão ser horizontais ou verticais.

Dependendo da condição corrente, uma grandeza analógica deverá ser


apresentada com diversos atributos de cor e piscamento, sendo as
seguintes possíveis condições:
 Condição de transição ainda não foi reconhecida;
 Região superior ou inferior de transdutor;
 Região superior ou inferior de urgência;
 Região superior ou inferior de advertência;
 Região normal;
 Medida inválida;
 Medida manualmente inserida.

Esta simbologia poderá ser reconfigurada pelo usuário.

Além disso deverão existir pontos de seleção (poke points) que


possibilitarão a seleção de pontos de controle, ativação de programas ou
procedimentos, chamada de telas, etc.

Deverão existir os seguintes tipos funcionais de telas:


 Unifilar - Apresentarão os diagramas unifilares da usina/subestação,
dos serviços auxiliares e da configuração do sistema de supervisão e
controle;
 Tabular - Apresentarão informações em formato de listas ou tabelas;
 Índice - Apresentarão informações a partir das quais outras telas
poderão ser chamadas;
 Sumário - Apresentarão informações que agrupam pontos com
características ou condições comuns tais como:
(1) Sumário de pontos anormais;
(2) Sumário de pontos com alarme inibido;
(3) Sumário de pontos entrados manualmente;

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 76 / 141
(4) Sumário de pontos de controle bloqueados.

 Gráficos - Apresentação das grandezas analógicas sob a forma de


curvas.
16.2.1.2 Função Controle
a) Comando:

Este procedimento envolve duas etapas: a seleção do ponto a ser


comandado e a ativação do mesmo. Após a seleção deverá ser indicada
em tela a identificação do ponto selecionado.

Antes do pedido de ativação o operador poderá cancelar a execução do


comando.

A seleção do comando será rejeitada e o dispositivo a ser controlado


estará bloqueado, se o operador não fizer a ativação dentro de um tempo
preestabelecido ou se a IHM receber alguma notificação de erro
proveniente do processamento dos telecomandos.

b) Bloqueio de Comandos:

A IHM deverá prover um meio simples e seguro para o bloqueio de pontos


de controle. Os pontos bloqueados deverão ser facilmente identificáveis.

16.2.1.3 Função Alarme


a) Listas de Alarmes:

A IHM deverá manter atualizada uma lista classificada de alarmes de


modo que cada ponto em alarme só apareça uma única vez nesta lista.
Caso um mesmo ponto volte à condição de alarme após o seu
reconhecimento, uma nova linha nesta lista deverá ser gerada e a linha
contendo a informação anterior deverá desaparecer.

A lista de alarmes deverá ter capacidade para armazenar tantos alarmes


quantos forem os pontos da usina/subestação.

b) Classificação dos pontos quanto ao Alarme:

Deverá ser possível definir para cada ponto, as seguintes classificações:


 Classe de prioridade;
 Grupo de alarme;
 Macro-alarme.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 77 / 141
c) Apresentação dos Alarmes:

Deverá ser possível ao operador visualizar toda a lista de alarmes ou


solicitar apresentações especificas tais como selecionar um ou mais
grupos, uma única prioridade ou uma combinação entre grupo e
prioridade.

d) Reconhecimento e Retirada de Alarme:

Deverá estar disponível ao operador um mecanismo simples que permita o


rápido reconhecimento e a eliminação de alarmes por ponto ou página de
apresentação. Os alarmes ativos deverão ter um atributo com piscamento.

O reconhecimento de um alarme implicará na interrupção do piscamento


dos símbolos associados ao ponto em alarme em todas as telas onde ele
aparece e na interrupção do alarme sonoro caso não persistam alarmes a
serem reconhecidos.

O reconhecimento e a retirada de alarmes somente poderá ser feito a


partir de qualquer tela onde se encontre o alarme que se deseja
reconhecer. Só poderão ser eliminados alarmes que já tenham sido
reconhecidos. A eliminação de um alarme só poderá ser feita a partir das
listas de alarmes. Uma vez eliminado, o alarme deixará de aparecer em
todas as listas.

e) Macro-Alarme:

Para efeito de organização, o processo deverá ser dividido em grupos de


alarmes, sendo o Sistema Computacional um deles. O estado geral do
grupo, quanto às condições de anormalidade nele contidas, serão
representadas pelos macro-alarmes, em uma região fixa da tela que não
seja encoberta por outras informações.

Deverá ser previsto um macro alarme para cada grupo de alarme, sendo
que através de variações na apresentação de seus atributos (cor,
piscamento, sigla do grupo, etc.), seja possível ao operador determinar
pelo menos para cada grupo:
 Se existem alarmes;
 Se existe alarme não reconhecido;
 Qual a mais alta prioridade de alarme não reconhecido; e
 Qual a mais alta prioridade de alarme reconhecido.

16.2.1.4 Função Evento

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 78 / 141
a) Listas de Eventos:

A IHM deverá manter atualizada uma lista seqüencial com todos os


eventos ocorridos na usina ou subestação sendo definido como evento
qualquer variação nos pontos digitais, limites de pontos analógicos e ou
ultrapassagem de banda de valores analógicos.

Cada variação de um ponto provocará o surgimento de uma nova linha na


lista de eventos independentemente das informações deste ponto em
outros locais da lista.

A lista de eventos deverá ter capacidade para armazenar no mínimo uma


quantidade de eventos igual a duas vezes o número total de pontos de
entrada conectados à(s) UTR(s) da usina ou subestação supervisionada,
sendo que para cada ponto deverá apresentar data, hora, minutos,
segundos, milissegundos, descritivo do ponto e do ocorrido.

b) Classificação dos pontos quanto a evento:

A classificação dos pontos quanto a evento obedece à mesma


classificação dada para a função alarme.

c) Apresentação dos Eventos:

Deverá ser possível ao operador visualizar toda a lista de eventos ou


solicitar apresentações específicas tais como selecionar um ou mais
grupos, uma única prioridade ou uma combinação entre grupo e
prioridade.

16.2.1.5 Função Histórico


O sistema deverá manter armazenado todos os valores de até 16
grandezas analógicas para permitir a sua visualização na forma gráfica de
valor x tempo. Através de uma linha vertical que se desloca ao longo do
gráfico, o operador poderá identificar o valor correto da grandeza para
aquele ponto através de sua apresentação na forma numérica em um
outro ponto fixo da tela.

Deverá ser possível a apresentação de uma única curva por gráfico ou até
5 curvas simultaneamente, identificadas por diferentes cores que estarão
definidas em legendas.
Deverá ser possível ao operador selecionar o período de seu interesse
com relação a ocorrência dos dados armazenados.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 79 / 141
16.2.1.6 Função Consulta/Alteração
a) Entrada de Dados:

Será usada para entrada ou alteração de dados existentes no Banco de


Dados ou programas aplicativos. A entrada de dados deverá consistir de
um meio seguro através do qual o operador possa confirmar a ação
desejada, ser advertido no caso de erro e cancelar a ação. Deverão ser
previstos métodos para a crítica dos dados entrados.

b) Inibição e Habilitação de Alarme:

Deverá estar disponível ao operador um mecanismo simples que permita a


inibição e habilitação de alarmes por ponto. Um ponto na condição de
alarme inibido não poderá gerar alarme, mas apenas mostrar na tela a sua
nova condição.

c) Inibição de Varredura:

Deverá estar disponível ao operador um mecanismo simples que permita a


inibição e habilitação da varredura por ponto. Um ponto na condição de
varredura inibida não poderá ter sua condição atualizada no banco de
dados.

d) Definição de um Evento como Alarme:

Toda e qualquer variação de um ponto na subestação ou usina deverá ser


classificada como um evento, sendo possível através desta função definir
para cada um dos eventos se o mesmo será ou não tratado também como
um alarme.

e) Salvar modificações:

Todas as alterações feitas na configuração do sistema por esta função


deverão ser salvas de modo que em uma reiniciação do sistema estas
mudanças sejam válidas.

f) Definição das penas para a função histórico:

Deverá ser possível ao operador mudar as grandezas para acumulação e


apresentação da função histórico.

g) Outros parâmetros:

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 80 / 141
Deverá ser possível em tempo de execução definir os seguintes
parâmetros:
 Qual impressora será dedicada para eventos e qual para relatórios e
hardcopy;
 Se um determinado ponto em alarme deverá ou não acionar o alarme
sonoro.

16.2.1.7 Função Hardcopy


Deverá ser possível copiar qualquer tela apresentada no vídeo para a
impressora.

16.2.1.8 Função Relatório


A IHM deverá produzir uma série de relatórios e gráficos. Esses relatórios
servirão de subsídios para os órgãos de análise da operação, proteção e
manutenção da CONTRATANTE/AGENTE. Os seguintes relatórios
deverão ser impressos periodicamente (tempo ajustável) ou sob
requisição:

a) Relatório Estatístico de Operações em Equipamentos de Manobra -


Lista o número de aberturas e o número de fechamentos dos
equipamentos de manobra e a corrente interrompida acumulada dos
disjuntores;
b) Relatório Horário das Medidas e Estados dos Equipamentos - Lista o
estado e o valor de pontos definidos como de interesse para a
operação;
c) Relatório Histórico de Medidas e Estado de Equipamentos - Lista sob
pedido, o estado e o valor de pontos definidos como de interesse para a
operação. Quando o pedido é feito, deve ser apresentado ao operador o
período de armazenamento dos dados desse relatório e especificado o
período de interesse do operador;
d) Outros relatórios a serem definidos quando da elaboração do PAP.

16.2.1.9 Função Banco de Dados


Esta função deverá ser responsável pela organização, armazenamento e
manutenção de todos os dados requeridos pelos programas do sistema de
supervisão e controle local tanto em tempo de configuração quanto em
tempo de operação (run-time).

Esse Banco de Dados armazenará todas as informações inicialmente


configuradas referentes ao sistema de supervisão e controle e aos pontos
supervisionados e controlados, assim como as informações adquiridas da
UTR ou entradas manualmente em tempo real e deverá ter como
características principais:

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 81 / 141
 Ser projetado de maneira que os programas sejam totalmente
independentes das estruturas de dados e métodos de acesso.
Modificações no Banco de Dados não deverão requerer alterações no
código fonte dos programas;
 Rotinas de acesso aos dados disponíveis aos programas aplicativos.
Estas rotinas deverão ter interface com as linguagens de programação
utilizadas na Sala de Controle;
 Tempo de acesso compatível com um sistema em tempo real;
 Permitir acesso por múltiplos programas de forma concorrente;
 Minimizar a capacidade de memória requerida e os tempos de acesso a
dados;
 Oferecer funções de acesso exclusivo ou compartilhado a nível de
tabelas, registros ou campos;
 Proteção contra dead-lock no acesso compartilhado;
 Manter a integridade dos dados após falhas de equipamentos ou
acesso indevido de outros programas;
 Oferecer capacidade de expansão;
 Oferecer mecanismos que mantenham a integridade e consistência da
base de dados.

O PROPONENTE deverá descrever todas as características do Banco de


Dados oferecido.

16.2.1.10 Configuração do Sistema de Supervisão da Sala de Controle Local


Através desta função a equipe de manutenção poderá atualizar telas
existentes, criar novas telas, carregar dados dos pontos de
controle/supervisão, valores limites, etc., sem implicar que seja
necessário qualquer mudança em qualquer programa do sistema.

A geração e alteração de telas de IHM deverá ser feita interativamente e


opcionalmente em batch. O processo de configuração terá lugar em
qualquer uma das consoles, passando a mesma para o seu modo de
manutenção.

O editor interativo de telas deverá ter as seguintes características:

a) Em relação à edição da parte fixa:


 Funções de edição de tela tais como: inserir/retirar linha,
inserir/retirar coluna, etc.;

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 82 / 141
 Criação de "macros" com partes de diagramas usadas
freqüentemente ("carimbo") de maneira a facilitar a edição de telas
com trechos repetitivos;
 Escolha por menus de opções dos caracteres representativos do
sistema elétrico.

b) Em relação à parte variável:


 Link dos pontos dinâmicos com o Banco de dados (deverá haver um
crítica dos dados entrados);
 Mover, copiar ou retirar um campo dinâmico;
 Definição dos símbolos e atributos (cor e piscamento);
 Geração de listagem e arquivo editável com a definição dos pontos
dinâmicos da tela;
 Características de exteriorização compatíveis com o especificado
no item da função acompanhamento;
 Crítica dos dados de entrada visando prevenir inconsistências no
Banco de dados.

O configurador deverá ser capaz de importar e exportar dados na forma


de arquivo texto.

16.2.1.11 Conexão com a INTRANET


Opcionalmente, deverá ser possível a conexão do sistema da sala de
controle local com a INTRANET do AGENTE, possibilitando via browser
padrão de mercado o acesso a algumas informações do Banco de Dados
do sistema de supervisão local. Essa facilidade será consolidada quando
da elaboração do PAP.

O ANEXO I deste documento define em quais usinas e subestações esta


facilidade deverá ser implementada.

16.2.2 Características de hardware


16.2.2.1 Considerações gerais
A UTR deverá se conectar com os computadores da Sala de Controle
Local disponibilizando as informações para os mesmos, que por sua vez
estarão conectados através de uma rede local, padrão ETHERNET, com
protocolo TCP-IP (rede de operação local).

Os equipamentos que compõem o sistema de supervisão e controle da


sala de controle local deverão possuir relógio interno de tempo real com
dia da semana, dia, hora, minuto e segundo. Este relógio interno deverá
estar sincronizado com o mesmo relógio padrão (GPS) da UTR, incluso

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 83 / 141
neste fornecimento. Todos os elementos da rede deverão atender às
especificações constantes do capítulo 14, inclusive no que diz respeito ao
ajuste automático do horário de verão e aos critérios de EXATIDÃO e
RESOLUÇÃO definidos no item 3.5 deste documento.

Os processadores deverão ser providos de circuito de watch-dog.

16.2.2.2 Consoles de Operação


O principal recurso de IHM oferecido pelo sistema de supervisão e
controle da sala de controle local é a console de operação. É através dela
que o operador interage com os equipamentos da usina/subestação e tem
acesso a todas as facilidades operacionais oferecidas pelo sistema.
Através desta mesma IHM, cada console poderá ser colocada em um dos
seguintes modos:
 Operação: Modo em que o operador terá acesso a todas as funções do
sistema de supervisão e controle, com exceção das funções de
manutenção de telas e da Base de Dados;
 Manutenção: Modo em que a console tem acesso apenas às
ferramentas de manutenção de telas e da Base de Dados.

Deverão ser fornecidas consoles, idênticas e funcionalmente


independentes, de fácil operação. O quantitativo mínimo de IHM é de 1
(um) console para a sala de controle local, incluindo todos os
equipamentos acessórios. Cada console deverá possuir gavetas
deslizantes por rolamento, área livre para uso do operador e área para a
instalação de equipamentos de telefonia.

O FORNECEDOR deverá submeter à CONTRATANTE, para aprovação,


os critérios de projeto referentes a ergonomia a serem utilizados na
concepção e fabricação de cada console.

Cada console deverá ser equipada, no mínimo, com :

Microcomputador: 01 unidade
01 colorido, com as seguintes características:
 Tela de no mínimo 21";
Monitor de vídeo:  Tratamento para eliminar reflexos;
 Estética e ergonometria apropriadas para
operação contínua.
Teclado: 01 alfanumérico padrão QWERTY com teclas de
função.
Mouse: 01 unidade
Unidades de Necessárias e suficientes para o atendimento às
disco magnético: funções especificadas.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 84 / 141
Unidades de
01 unidade para leitura e escrita.
disco óptico:
Unidades de
01 unidade 1,44Mbytes
disco flexível:
01 jato de tinta colorida para a execução do hard-
Impressora:
copy das telas.
Alarme sonoro: 01 unidade com intensidade ajustável.
Cabos: Todos os necessários à interligação e instalação
do conjunto.
Manuais e drives: Todos os pertencentes ao conjunto.

Opcionalmente deverá ser fornecida uma ou mais impressora matricial


com as seguintes características:
 Velocidade de impressão mínima de 220cps;
 Capacidade de impressão gráfica;
 Até 132 colunas por linha, ajustável a diversas larguras de papel;
 Reprodução dos mesmos símbolos apresentados na tela do monitor
de vídeo;
 Baixo nível de ruído.

O ANEXO I define a quantidade de consoles, monitores de vídeo e


impressoras matriciais a serem fornecidas para cada sala de controle
local.

A PROPONENTE deverá apresentar, na sua PROPOSTA TÉCNICA, as


características detalhadas e os recursos de cada console a ser fornecida,
para avaliação. A console deverá possuir capacidade de atender às
funções especificadas neste documento.

16.2.2.3 Conexão com a INTRANET


No caso de conexão com a INTRANET do AGENTE, deverá ser fornecido
um firewall que garanta a integridade e segurança do acesso sem prejuízo
à operação normal do sistema.

O ANEXO I deste documento define em quais usinas e subestações esta


facilidade deverá ser implementada.

16.2.2.4 Rede de Monitoramento de Equipamentos Específicos


Opcionalmente, além da rede de operação local utilizada para a operação
do sistema, as consoles deverão ser equipadas com um segundo conjunto
de placas de rede para conexão direta à rede ETHERNET de
monitoramento de equipamentos específicos utilizada em algumas usinas
ou subestações.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 85 / 141
Cada equipamento supervisionado por esta rede de monitoramento de
equipamentos específicos disponibilizará as suas informações através de
um web server a ela conectado.

O ANEXO I deste documento define em quais usinas e subestações esta


facilidade deverá ser implementada.

16.2.3 Características de software


16.2.3.1 Considerações gerais
O sistema de supervisão e controle da sala de controle local deverá ter a
capacidade de manter a operação ininterrupta no caso de falha de
qualquer equipamento. No caso de falha, o sistema deverá,
automaticamente, executar a comutação de equipamentos
(reconfiguração) de modo a garantir a continuidade da operação e o
atendimento ao maior número possível de funções. Deverá haver um
conjunto de programas que realizam a função de Gerência de
Configuração.

As definições a seguir visam estabelecer os critérios para a garantia da


continuidade da operação em caso de falha no sistema de supervisão:

Tabela 6 Classificação das funções do sistema de supervisão da sala de controle local

FUNÇÕES CRÍTICAS FUNÇÕES NÃO CRÍTICAS


IHM; Emissão de relatórios;
Aquisição de Dados; Manutenção, desenvolvimento e testes;
Banco de Dados; Armazenamento de dados históricos;
Telecomandos e seqüências
Outras;
de controle;
Comunicação;

O sistema de supervisão da sala de controle local deverá funcionar


normalmente realizando todas as funções acima expostas. No caso de
falha simples, o sistema deverá continuar a executar todas as suas
funções sem qualquer degradação do desempenho das mesmas.

No caso de falha múltipla de equipamento as funções classificadas como


críticas deverão continuar operando, ou seja, será tolerado o
funcionamento do sistema de supervisão e controle da sala de controle
local em modo degradado. O PROPONENTE deverá descrever, de forma

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 86 / 141
detalhada, na sua PROPOSTA TÉCNICA, as diversas possibilidades de
falha e os diferentes graus de degradação do sistema proposto.

O chaveamento ou reconfiguração deverá ocorrer de forma automática,


com sua ocorrência originando a geração de eventos e alarmes
correspondentes. Além disso deverá ser possível o chaveamento ou
reconfiguração manual.

Caso especificado no ANEXO I, deverá ser utilizado como software do


sistema de supervisão e controle da sala de controle local o SAGE,
desenvolvido pelo Centro de Pesquisa da ELETROBRÁS (CEPEL),
ficando porém a sua integração sob responsabilidade do FORNECEDOR.

16.2.3.2 Sistema operacional


O Sistema Operacional deverá obedecer os padrões Portable Operating
Interface definido pelo IEEE POSIX 1003.1.

O Sistema Operacional adotado deverá ser especifico para aplicações em


tempo real, com atividades críticas no tempo, devendo ter a capacidade
de executar suas tarefas dentro de parâmetros rígidos no tempo,
apresentando as seguintes características:
 Esquema de multitarefa;
 Escalonamento entre as tarefas por prioridades estáticas;
 Mecanismos de sincronismo entre as tarefas;
 Mecanismos para ligar interrupções a tarefas;
 Mecanismos para temporização;
 Comunicação entre tarefas;
 Facilidades para avaliação de desempenho;
 Verificação e alteração do nível de privilégio;
 Inclusão ou exclusão on-line de tarefas;
 Acompanhamento da troca (entrada e saída) de mensagens de
intercâmbios pré-selecionados;
 Gerenciamento de exceções;
 Gerenciamento de proteção de memória.

O sistema deverá utilizar rede local com protocolo TCP/IP definido pela
DARPA nas comunicações RFC 801, 791, 792, 793 e 768.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 87 / 141
17 Padrões de Fabricação, Normas e Equipamentos Auxiliares
Como o FORNECIMENTO envolve painéis completos e/ou racks avulsos,
os requisitos especificados deverão ser aplicados a todas as estruturas.

Os painéis deverão ser montados conforme a Norma ANSI C37.21-1987


ou a sua revisão mais recente, exceto no que a seguir for especificado de
modo diferente. Os painéis a serem fornecidos deverão ser todos da
mesma altura e profundidade.

Cada painel deverá ser totalmente fechado, exceto na parte de baixo. O


painel deverá ser montado com chapas de aço especialmente
selecionadas, totalmente lisas e sem empenos, de espessura mínima de
2,675 mm (espessura No.12). As placas frontais (e placas traseiras, onde
aplicável) deverão ter as bordas dobradas e arredondadas para efeito de
melhor rigidez. Estes requisitos não serão necessários se o padrão de
montagem do FORNECEDOR utilizar uma moldura onde serão instaladas
placas modulares ou pré-formadas. Em todos os casos, as tolerâncias de
montagem deverão assegurar o abaixo especificado:
 As bordas verticais dos painéis quando juntadas e expostas
visualmente, não deverão ter folgas superiores a 0.8 mm;
 Superfícies planas frontais de qualquer painel não deverão ter um
desvio maior do que 1,6 mm do plano vertical.

Os painéis poderão ter montagem do tipo parafusada, soldada ou uma


combinação de ambas. A montagem do tipo parafusada deverá empregar
quantidades de parafusos de diâmetros compatíveis de forma a assegurar
uma perfeita rigidez das estruturas. Furos de diâmetros maiores do que as
recomendados pelas Normas não serão aceitas. As peças que forem
acopladas através de parafusos deverão ter seus furos perfeitamente
alinhadas. Não é aceitável o alargamento dos furos para facilitar a
montagem. Todos os parafusos deverão ser completos com arruelas de
pressão e outros dispositivos de travamento.

As montagens soldadas, quando utilizadas, deverão ter um acabamento


livre de pontos queimados, empenamentos e excesso de solda.

Os painéis deverão ser completos com bases do tipo perfil U, quadros e


reforços necessários para manter a estrutura presa e rígida durante o
transporte, manuseio e instalação. Os perfis do tipo U deverão possuir
orifícios apropriados para fixação dos painéis.

As chapas externas dos painéis não deverão ser furadas ou soldadas para
prender as fiações ou outros dispositivos. Para prevenir empenos, os

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 88 / 141
dispositivos deverão ser montados nos painéis por meio de tirantes ou
braçadeiras adequadas.

Todos os painéis deverão possuir uma porta frontal com moldura de modo
que possibilite visualizar todos os equipamentos.

O FORNECEDOR deverá fornecer dentro do painel, sub-painéis


articulados e suportes necessários para a montagem de dispositivos.
Estes sub-painéis e suportes deverão ser montados de tal forma a não
obstruir o acesso às ligações traseiras dos relés e demais dispositivos
com montagem semi-embutida na parte dianteira ou traseira dos painéis.

A substituição de qualquer dispositivo, placa ou módulo deverá ser


possível de tal forma que não haja interferência mecânica nos
componentes adjacentes. No caso de módulos de entrada/saída e
comunicação, deverá ser permitida a substituição à quente.

Todos os módulos deverão ser montados no interior do painel de forma


que o acesso a pontos de testes, fusíveis, chaves ou qualquer outro
dispositivo necessário durante os procedimentos de teste, calibração ou
manutenção seja feito sem problemas.

Todas as seções de painéis que contenham equipamentos eletrônicos ou


dispositivos de controle deverão ter um grau de proteção IP43 de acordo
com a norma IEC-144.

Os painéis deverão ser providos de aberturas na parte inferior (base) para


permitir a entrada de cabos. Nos casos específicos onde é necessária a
entrada de cabos pela parte superior do painel, este requisito será
indicado durante a aprovação dos desenhos de vistas de painéis.

As dobradiças das portas deverão ser totalmente embutidas e deverão


permitir uma abertura de no mínimo 105 , exceto quando de outro modo
indicado nos desenhos. As portas deverão ser dotadas de limitadores para
restringir a abertura e prevenir contra possíveis danos as dobradiças ou
equipamentos adjacentes. A distância entre qualquer margem da porta
articulada quando fechada e o painel adjacente deverá ser uniforme e não
exceder a 3mm. As dobradiças deverão ser de metal não ferroso tal como,
latão, bronze, ou aço inoxidável. Os pinos das dobradiças deverão ser de
aço inoxidável.

Cada porta deverá ter uma fechadura e um punho cromados com


mecanismo de travamento que permita a retirada da chave em ambas as

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 89 / 141
posições, aberta e fechada. Todas as fechaduras deverão ser dotadas de
chaves com duas chaves por fechadura. As portas deverão ser ligadas a
barra de terra horizontal do painel.

Para assegurar uma boa ventilação, os painéis deverão ser dotados de


aberturas de ventilação protegidas contra a penetração de insetos, sujeira
e poeira.

Painéis para instalação ao tempo deverão ser dotados com aberturas de


ventilação a prova de chuva além das precauções acima mencionadas.

Em algumas situações, particularmente quando são utilizadas UTR com


arquitetura distribuída, a UTR deverá ser instalada em painéis já
existentes na usina ou subestação, obedecendo-se ao padrão 19". Nesse
caso, esses painéis serão recortados de forma a possibilitar o encaixe do
bastidor (rack) da UTR.

No ANEXO I deste documento estão descritas as UTR que possuem essa


característica de instalação.

17.1 Iluminação e tomadas


Cada painel deverá ser provido com uma lâmpada incandescente de 60
Watts. Deverá ser dada atenção para escolha de uma luminária robusta,
que deverá ser montada sobre um material que absorva vibrações. Todas
as lâmpadas montadas dentro de painéis deverão possuir um interruptor
interno ao painel e de fácil acesso.

Na parte inferior de cada painel deverá ser instalada uma tomada de


127VCA/15A. A tomada deverá ser adequada para pinos de tomada
redondos (padrão brasileiro) e retangulares (padrão americano).

Os circuitos de iluminação e tomada do painel deverão vir totalmente


enfiados e terminados em uma caixa de junção instalada próxima a uma
das laterais do painel, com previsão para expansão.

17.2 Sistema de aterramento


Todo painel deverá ser fornecido com uma barra de cobre,
horizontalmente instalada na parte inferior do painel, com uma seção reta
mínima de 20mm x 6mm . Esta barra de terra deverá ser aparafusada à
estrutura do painel, de forma a proporcionar uma boa conexão elétrica.

Deverão ser proporcionados os meios para ligar ambos os lados destas


barras nas barras dos painéis adjacentes. Adicionalmente, deverá ser

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 90 / 141
fornecido em cada painel um conector capaz de receber cabos de cobre
de 70 a 120mm 2, para a ligação na malha de terra da subestação ou
usina.

Adicionalmente ao item acima, deverão ser fornecidas duas barras de


cobre, instaladas verticalmente, com uma seção reta mínima de 10mm x
3mm. Para evitar circulação de corrente interna, estas barras deverão ser
isoladas da estrutura do painel. A distribuição interna do aterramento
deverá ser tal que as carcaças dos vários equipamentos será aterrada em
uma das barras, denominada "barra mecânica", enquanto que a tensão de
referência zero Volts utilizada pelos diversos sistemas deverá ser obtida
da outra barra denominada "barra elétrica". Ambas as barras deverão ser
ligadas à barra horizontal.

O aterramento de todos os secundários dos transformadores de corrente


e de tensão e dos fios comuns dos detetores de temperatura dos
transformadores e reatores, deverá ser feito no painel. Os circuitos de
transformadores auxiliares deverão ser aterrados somente no painel.

Nas subestações acima de 500kV, cada cabo de controle proveniente do


campo deverá possuir um condutor livre aterrado em uma única ponta, no
painel, e blindagem aterrada em ambas as extremidades do cabo de modo
a reduzir tensões transitórias introduzidas nos cabos. Pelo menos dois
bornes terminais ligados à terra, em cada grupo de 12 terminais, deverão
ficar disponíveis para esta finalidade.

17.3 Aquecedores
Deverá ser fornecido 1 (um) aquecedor por painel para evitar a
condensação de umidade internamente. O aquecedor deverá ser
controlado por um termostato.

O aquecedor deverá ser instalado na parte inferior do painel e as suas


ligações deverão ser feitas pela parte inferior, de modo a evitar a
deterioração do isolamento dos fios.

O aquecedor deverá ser do tipo "resistências dentro de folhas de metal",


totalmente envolvidas por pó de óxido de magnésio altamente
compactado, ou por outro material tendo propriedades similares de
condução de calor e isolamento. Também serão aceitos aquecedores do
tipo "resistência enrolada em cerâmica" e totalmente coberta por material
cerâmico de forma a evitar qualquer contato entre o condutor e o ar. A
temperatura superficial dos aquecedores deverá ficar restrita a valores que

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 91 / 141
não deteriorem a vida dos envoltórios, do condutor da resistência e dos
componentes do painel.

O aquecedor deverá ser apropriado para operação contínua e deve


possuir proteção contra contato humano acidental.

17.4 Rack
Os bastidores deverão ser fornecidos completos, com guias para a
inserção dos módulos e etiquetas com código de identificação indelével
das respectivas posições.

Os conectores internos devem ser resistentes a chamas. Os conectores


para a interligação com a fiação externa também deverão ser resistentes a
chama e seu tipo deverá ser aprovado durante o PAP.

As gavetas devem ser desacopladas eletricamente, de forma a evitar a


propagação de defeitos.

17.5 Cartões
Os cartões de circuito impresso deverão possuir gravados de maneira
legível, o tipo, número de série, versão e data de fabricação. Deverá estar
presente também o código de cada componente e conector montados.

O encaixe dos módulos deverá ser diferenciado de modo a impossibilitar


erros na substituição dos mesmos.

Os módulos de entrada e saída deverão permitir sua substituição a


quente, isto é, com a UTR em funcionamento e com reconhecimento
automático desta mudança, permitindo a inserção ou retirada sem afetar o
funcionamento da UTR.

Os cartões que trabalharem com sinais de corrente deverão ser providos


de bornes que realizem automaticamente o fechamento do circuito quando
o cartão/módulo for extraído.

Os cartões incluídos no FORNECIMENTO deverão ser adequados,


especialmente tratados e processados para entrega, armazenamento e
operação em condições tropicais, como alta temperatura, alto grau de
salinidade, alta umidade, chuvas intensas que levam à formação e ao
crescimento de mofo e fungos. Os materiais e os processos de
tropicalização deverão ser selecionados de acordo com a melhor prática
comercial e industrial.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 92 / 141
17.6 Componentes
Todos os componentes eletrônicos usados deverão ser da melhor
qualidade industrial disponível e, sempre que possível, deverão atender às
normas MIL-STD.

Os componentes devem ser referidos, sempre que possível pelos seus


números de registro JEDEC ou DIN.

Quando não existir registro JEDEC ou DIN para um dado componente, o


FORNECEDOR deverá fornecer dados técnicos e indicar no mínimo dois
fabricantes para o componente.

17.7 Blocos Terminais


Deverão ser fornecidos bornes terminais em quantidade suficiente para
permitir a ligação de todos os fios e blindagens que chegam ao painel,
inclusive dos cabos que chegam do campo e aqueles que interligam os
painéis. Deverão ser fornecidos 10% de bornes terminais como reserva, já
instalados no painel, por régua terminal.

Preferencialmente, os bornes terminais deverão ser montados


verticalmente sobre um trilho. O trilho e os bornes terminais deverão ter
um afastamento mínimo de 75 mm dos terminais dos demais
equipamentos montados no painel.

Os bornes terminais deverão ser resistentes à chama, com as seguintes


características:
 Os bornes terminais destinados a circuitos de corrente deverão ser
isolados para 750VCA, não seccionáveis, e apropriados para
receberem cabos de até 6mm 2 com terminais tipo olhal;
 Os bornes terminais destinados a circuitos de potencial, de disparo por
proteção e de fechamento de disjuntor deverão ser isolados para
750VCA, seccionáveis, e apropriados para receberem cabos de até
6mm2 com terminais do tipo olhal;
 Os bornes terminais destinados a circuitos CC de 125VCC deverão ser
isolados para 500VCA, seccionáveis, com pinos de teste e apropriados
para receberem até dois cabos de 2,5mm 2;
 Para os circuitos interligados com os sistemas digitais poderão ser
utilizados bornes terminais tipo miniatura, isolados para 380VCA,
seccionáveis, com pinos de teste e apropriados para receberem até
dois cabos de 0,5mm 2, sem qualquer terminal.

O PROPONENTE deverá fornecer amostras de cada tipo de borne


terminal para aprovação.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 93 / 141
Anilhas brancas ou de cores claras deverão ser fornecidas para numerar a
fiação. As inscrições deverão ser gravadas ou escritas com tinta de boa
qualidade. O PROPONENTE deverá apresentar amostras para
aprovação.

Os bornes terminais destinados a circuitos CA deverão ser agrupados e


separados daqueles destinados aos circuitos CC, de forma evitar erros
durante as manutenções.

Todos os terminais tipo parafuso deverão possuir porcas de contato,


contra-porca ou arruela de pressão.

Réguas Terminais de tensões diferentes deverão ser segregadas, além de


ser utilizadas nestas cores diferentes e padronizadas em função da
tensão. O mesmo se aplica para as réguas de sinais oriundos de
transdutores.

17.8 Fiação
Toda fiação deverá estar de acordo com os requisitos definidos no item
6.1.5 da Norma ANSI C37.21.

Os condutores utilizados na fiação interna deverão obedecer aos


requisitos definidos na Norma ABNT NBR - 6148. Os condutores deverão
ser extraflexíveis, de cobre eletrolítico, têmpera mole, isolados com
material termoplástico tipo EPR, isolamento de 600 V.

A seção dos condutores utilizados nos circuitos de controle deverá ser de


0,5 à 2,5mm2, conforme a aplicação (a ser definido no projeto). Para os
circuitos de potencial e corrente a seção mínima dos condutores deverá
ser 1,5mm2.

Os cabos de saída de transdutores (caso aplicável) deverão ser de pares


trançados e blindados individualmente. A seção mínima destes
2
condutores deverá ser de 1.0mm .

A fiação deverá ser instalada em canaletas apropriadas dentro dos


painéis. A fiação exposta deverá ser reduzida a um mínimo e, onde
utilizada, deverá ser acondicionada em forma de chicotes bem compactos,
com o uso de espirais plásticas ou protetores semelhantes, devidamente
fixados, seguindo as direções horizontal ou vertical e protegidos contra
abrasões nas saídas dos dutos. Não será aceito qualquer tipo de emenda

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 94 / 141
sendo que as conexões deverão ser feitas em blocos terminais ou nos
terminais de dispositivos.

Em cada lado de um borne terminal ou em cada terminal de dispositivo


deverão ser ligados no máximo dois condutores.

A interligação entre dois painéis que não formem uma única unidade
mecânica, deverá ser feita através de bornes terminais ou conectores
com trava. A interligação de dispositivos instalados em painéis móveis ou
portas deverá ser feita através de bornes terminais instalados no painel
fixo ou conectores com trava.

Os cuidados acima deverão ser adotados com os cabos ou chicotes que


entram no painel desde o ponto de entrada até os bornes terminais.

Todas as ligações para um determinado equipamento ou painel, deverão


ser aterradas na UTR em terminais adjacentes.

Anilhas de plástico de boa qualidade deverão ser utilizadas para identificar


os condutores em ambas as extremidades, de acordo com o diagrama de
fiação.

Nenhum equipamento deverá ser diretamente ligado a linhas de


alimentação do painel de controle, a não ser via bornes e/ou protetores
(fusíveis/disjuntores).

17.9 Pintura e Acabamento


Todos os materiais e tintas deverão ter certificados de procedência
emitidos pelos respectivos fornecedores.

O mínimo grau de aderência aceitável para a pintura é X1-Y1 de acordo


com a Norma MB-985 (Ensaios de Aderência em Tintas e Revestimentos
Similares - Método de Ensaio) da ABNT.

17.9.1 Tratamento de Superfície


a) Superfícies Metálicas para Uso Interno:

O Tratamento de Chapa e a Pintura deverão ser de acordo com a Norma


EB-2060 (Sistema de Pintura para Equipamentos e Instalações Elétricas)
e NB-908 (Sistema de Revestimentos Protetores para Painéis Elétricos) da
ABNT.

b) Superfícies Metálicas Sujeitas a Exposição Atmosférica:

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 95 / 141
Todas as superfícies de equipamentos deverão suportar exposição a
ambientes G.1.4.8.9.11.26 (Atmosfera Úmida Salina com Gases de
Enxofre) de acordo com a Norma CB-101 (Classificação de Meios
Corrosivos em Vistas a Seleção de Pintura -- Classificação) da ABNT.

c) Galvanização:

Inicialmente, todas as superfícies metálicas sujeitas a exposição


atmosférica deverão ser submetidas ao seguinte tratamento:
 Os cantos vivos, pingos de solda, limalhas deverão ser removidas por
raspagem e polimento;
 Galvanização a quente de acordo com a Norma ASTM A-123.

Após a galvanização não será permitida a realização de qualquer furo ou


soldagem nas partes galvanizadas, com exceção das portas que poderão
sofrer um novo tratamento.

Cantos vivos com raio menor do que 2.5mm deverão ser capazes de
suportar 4 (quatro) imersões do Teste Padrão Preece (Norma ASTM A-
239). Todas as demais camadas deverão suportar 6 (seis) imersões.

Todas as superfícies galvanizadas à quente não deverão ser pintadas,


exceto quando for especificamente requerido.

Parafusos, porcas, arruelas, contra-porcas e similares, expostas ao tempo,


deverão ser galvanizadas a quente de acordo com a Norma ASTM A-153,
ou feitas de aço inoxidável. Para uso interno, estas deverão ser
bicromatizadas ou tratadas com cádmio.

d) Superfícies Polidas:

Todas as superfícies polidas deverão ser protegidas para armazenagem e


transporte por uma camada de cera protetora, facilmente removível no
campo por solvente comercial não tóxico.

As superfícies externas de pequenos motores e outros dispositivos que


são normalmente encontrados no mercado já pintados, deverão ser limpas
e totalmente lavadas com água e sabão neutro. Imediatamente após, esta
superfície deverá ser cuidadosamente escovada ou lixada com lixa d'água.
Após a limpeza, deverão ser aplicadas duas demãos de tinta de
acabamento compatível.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 96 / 141
Deverá ser fornecida quantidade suficiente de cada tinta utilizada na
fábrica para retoques no campo após a montagem.

17.9.2 Cor de Acabamento


No ANEXO I deste documento é descrito, para cada UTR, a cor de
acabamento que deverá ser utilizada.

17.9.3 Proteção Anti-Fungo e Anti-Umidade


Além dos aquecedores anteriormente citados, deverá ser aplicada uma
camada de verniz fungistático nas partes sujeitas a formação de fungos
devido a presença ou possibilidade de depósito de matérias orgânicas.

O verniz não deverá ser aplicado a qualquer parte ou superfície onde


possa causar interferência na operação (por exemplo: mau contato) ou
desempenho do equipamento. Estas partes deverão ser protegidas
durante a aplicação do verniz.

17.10 Compatibilidade eletromagnética e emissividade


Os equipamentos serão instalados em subestações existentes, em
ambientes sujeitos a distúrbios eletromagnéticos severos, devendo
atender às normas de compatibilidade eletromagnética aplicáveis, nos
graus de severidade adequados à instalações de Extra Alta Tensão - EAT.

Todos os equipamentos e dispositivos a serem fornecidos deverão ser


próprios para operarem em ambientes eletricamente ruidosos, típicos de
uma Usina ou Subestação de Energia Elétrica de extra alta tensão.
Cuidados devem ser tomados para prevenção de acoplamentos por
interferência de origem eletromagnética. Os equipamentos deverão
possuir blindagem eletrostática e eletromagnética de modo a garantir a
integridade de seu funcionamento à interferências por irradiação, dentro
dos requisitos de compatibilidade considerados nesta ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA.

As entradas analógicas digitais, assim como as saídas, estão sujeitas à


surtos induzidos e surtos de modo comum ou diferencial, e devem ser
devidamente protegidas.

Todos os cartões de entrada e saída, assim como as fontes de


alimentação e as interfaces de comunicação deverão ser providos com
dispositivos de proteção contra surtos de tensão em atendimento ao
especificado no item 17.11 deste documento.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 97 / 141
17.11 Normas
17.11.1 Compatibilidade Eletromagnética
As normas relativas à parte de compatibilidade eletromagnética estão
listadas na Tabela 5. Em geral, utilizou-se as recomendações da Norma
IEC 61000-6-5 (Electromagnetic Compatibility – Part 6-5: Technical Spe-
cification - Immunity for generating station and substation environments -
2001), própria para ambientes de subestação e usinas. Esta norma
especifica as classes de ensaio de norma genéricas para equipamentos.
Em alguns caso foi utilizada também a norma IEC 60870-2-1 (Telecontrol
equipment and systems – 1995).

Tabela 7 Normas de compatibilidade eletromagnética

DESCRIÇÃO NORMAS IEC CLASSE


Tolerância da tensão de entrada na
60870-2-1 DC3(-20% a +15%)
fonte de alimentação
Taxa de ondulação da tensão CC
61000-4-17 10%
(ripple) na fonte de alimentação
30% - 100ms
Queda e interrupção de tensão 61000-4-29
100% - 50ms
Surtos 1,2/50 s – 8/20 s 60870-2-1 (Teste A2.2) Nível 3
61000-4-4
Transientes rápidos 61255-22-4 Nível 4 (4kV)
60870-2-1 (Teste A2.3)
61255-22-1
Ondas oscilatórias amortecidas Nível 3 (2.5kV)
60870-2-1 (Teste A2.5)
61000-4-2
Nível 3
Descarga Eletrostática 60255-22-2
(6kV – contato)
60870-2-1 (Teste A3.1)
Nível 5
Campos magnéticos 61000-4-8 (100A/m CC e
1000A/m 1s)
Campos eletromagnéticos
60870-2-1 (Teste A5.1) Nível 3 (10V/m)
radiados
Emissividade conduzida e radiada 60870-2-1 (CISPR22) Classe A
60255-5
Dielétrico 2kV
ABNT NBR 7116

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17.11.2 Condições Climáticas, Mecânicas e outras influências não Elétricas
A UTR deverá atender às seguintes classes da recomendação IEC 60870-
2-2:

Tabela 8 Normas de condições climáticas e mecânicas

DESCRIÇÃO CLASSE
Condições climáticas Classe C2
Influências mecânicas Classe Bm

17.11.3 Performance
A UTR deverá atender às seguintes classes da recomendação IEC 60870-
4:

Tabela 9 Normas de performance

DESCRIÇÃO CLASSE
Confiabilidade Classe R3
Disponibilidade Classe A3
Tempo médio de reposição (MTTR) Classe M4
Tempo médio de reparo (MRT) Classe RT4
Integridade dos dados Classe I2
Capacidade de discriminação temporal Classe SP3
Resolução Temporal Classe TR4
Acuidade Classe A4
Corrente de partida Classe S2
Ruído acústico Menor que NC-45

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18 Projeto de migração
O FORNECEDOR deverá enviar para análise da CONTRATANTE, com
antecedência mínima de 30 (trinta) dias, um documento indicando, caso a
caso, o procedimento que pretende seguir para a instalação dos
equipamentos.

A montagem em uma determinada subestação não se dará ao mesmo


tempo em todas as linhas.

A CONTRATANTE avisará o FORNECEDOR com 15(quinze) dias de


antecedência, o período programado para a montagem das UTR em cada
local.

Os períodos programados de desligamentos que venham a ser


necessários ficam sujeitos à autorização do ONS(Operador Nacional do
Sistema Elétrico), podendo inclusive serem suspensos de última hora ou o
desligamento ser interrompido (desde que possível) à critério do ONS.

Por problemas de abastecimento de energia, os desligamentos poderão


ser efetuados em qualquer dia da semana e a qualquer hora do dia
(inclusive de madrugada ou aos sábados, domingos e feriados).

O FORNECEDOR será o responsável pela engenharia, fornecimento de


todos os dispositivos e materiais, montagem, testes, comissionamento e
energização dos equipamentos.

O FORNECEDOR deverá realizar os seguintes serviços de instalação no


campo:
 Serviço de instalação das UTR e demais interfaces necessárias nos
painéis existentes e sua interligação aos circuitos e equipamentos;
 Serviço de instalação e interligação das UTR fornecidas em painéis
próprios e demais interfaces nos painéis existentes;
 Serviço de instalação e interligação da UTR com os equipamentos
componentes do nível hierárquico superior (sala de controle local e
demais centros de operação).

Os serviços envolvem tanto a parte de montagem quanto a de cablagem e


deverão ser efetuados pelo FORNECEDOR utilizando mão de obra
aprovada pela CONTRATANTE. A CONTRATANTE se reserva o direito de
contratar ou não os serviços para uma determinada localidade. A
responsabilidade pela contratação do pessoal e execução do serviço, bem
como de todas as garantias, será do FORNECEDOR.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 100 / 141
A interligação da fiação aos painéis energizados será efetuada com o
acompanhamento da CONTRATANTE/AGENTE.

Caberá à CONTRATANTE a coordenação e a supervisão das tarefas, tais


como:
 Programação das atividades;
 Coordenação dos desligamentos;
 Supervisão da instalação e da interligação;
 Acompanhamento do comissionamento;
 Etc.

As particularidades para a migração em cada instalação estão descritas


no ANEXO II.

18.1 Compatibilização com equipamento já existente


Tanto a expansão de uma UTR já existente quanto a sua substituição por
completo deverão ser planejadas em conjunto FORNECEDOR,
CONTRATANTE/AGENTE de forma a não interromper ou prejudicar a
supervisão do sistema elétrico.

O FORNECEDOR deverá apresentar, por ocasião da elaboração do PAP,


uma proposição para a realização dessas atividades e levar em
consideração que na substituição de uma UTR existente a nova UTR será
implantada em paralelo com a outra e que a transferência das
interligações com o campo e com o nível hierárquico superior deverá ser
realizada por etapas, sem prejuízo para a supervisão e o controle do
sistema.

18.2 Compatibilização com protocolos e formatos já existentes


Na realização de expansão de UTR já existentes, deverão ser mantidas as
mesmas características dos equipamentos em operação. Os protocolos de
comunicação deverão ser os mesmos atualmente em uso ou deverão, a
critério da PROPONENTE e, quando possível, evoluir para os
especificados no item 11.2. As interfaces deverão ser totalmente
compatíveis e todas as funcionalidades atualmente existentes deverão ser
mantidas ou melhoradas.

Na substituição de UTR, deverá ser feita a migração para os protocolos


especificados no item 11.2.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 101 / 141
19 Manutenção
19.1 Auto-Diagnóstico

Todo o hardware e software da UTR deverá ser continuamente


monitorado, sem interromper o seu processamento normal, com a
finalidade de identificar quaisquer falhas do equipamento e impedir o
funcionamento incorreto. Estas falhas deverão gerar estados internos que
serão processados como alarmes e considerados nas lógicas de controle.

Cada módulo deverá ter seu sistema de proteção e auto diagnóstico com
indicação externa através de LED.

Todas as informações de falhas do equipamento devem ser armazenadas


em memória e reportadas através das interfaces de comunicação para
o(s) centro(s) de operação, o computador de manutenção e a IHM
incorporada.

A UTR deverá sinalizar externamente, através do fechamento de um


contato seco, qualquer falha detectada, podendo ser falta de alimentação,
falha de dispositivo, falha de comunicação, atuação do watch-dog, etc.

19.2 Auto-Teste
O auto-teste consiste de um teste automático de toda a UTR iniciado a
partir de um comando proveniente de um centro de operação, do
computador de manutenção ou da IHM incorporada.

No mínimo os seguintes testes e facilidades deverão estar disponíveis:


 Testes de toda a área de memória do equipamento;
 Testes dos cartões de I/O e CPU;
 Falhas de sistemas e software via watch-dog;
 Verificação contínua dos links de comunicação;
 Detecção de falhas e falta de alimentação em qualquer módulo;
 Falha na IHM incorporada;
 Diagnóstico de erros de configuração.

A UTR deverá possuir um conjunto de equipamentos e programas que


possibilitem a execução de testes e diagnósticos em relação às suas
condições operacionais, os estados operacionais de seu módulos internos,
dados estatísticos dos protocolos de comunicação, etc. Esse conjunto
deverá permitir a visualização do valor atual das medidas calculadas,
supervisionadas, locais e remotas. Deverá também permitir a execução de
comandos para teste.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 102 / 141
A utilização do equipamento de testes conectado à UTR não deve afetar o
funcionamento normal da mesma.

19.3 Teste de Entradas Digitais


A UTR deverá possuir ferramentas pertencentes ao escopo de
FORNECIMENTO que permitam o teste das entradas digitais através da
simulação de valores nos cartões de I/O. Este teste visa detectar o mau
funcionamento dos circuitos dos cartões de entrada digital levando-se em
consideração que uma variação de estado é um evento discreto no tempo
e poderá ser realizado de forma manual com o uso de uma giga de testes.

19.4 Monitoração do Programa


Através de um computador portátil, deverá ser possível o
acompanhamento da execução das funções internas da UTR,
visualizando-se o estado das variáveis, as listas de envio e recepção de
mensagens, a lista de SOE, o estado das entradas e saídas, etc. Deverá
ser possível acompanhar a execução passo a passo, com a indicação do
estado de cada linha de programa dos algoritmos e lógicas de controle
criados. Particularmente, deverá ser possível obter a informação se uma
mensagem ou um evento (SOE) já foi enviado para cada um dos centros
de operação conectados à UTR.

A UTR também deverá poder receber, via porta de manutenção ou via


centro de operação um comando de reset, quando deverá proceder
automaticamente os procedimentos de reiniciação do seu hardware e
software.

19.5 Sinalização Visual


Todas as condições de falha encontradas na UTR deverão ser sinalizadas
através da sua IHM incorporada e disponibilizadas para acesso pela
interface serial dedicada à manutenção da UTR.

Além disso, também deverá haver LED instalados nos painéis frontais de
cada módulo que indiquem, no mínimo, as condições abaixo:
 Unidades de Suprimento de Energia:
 Presença de alimentação externa;
 Tensão de saída normal;

 Unidades de processamento:
 Alimentação normal;
 Em operação;
 Em manutenção;
 Erro;

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 103 / 141
 Watch-dog atuado;
 Perda de sincronismo.

 Cartões de entrada analógica:


 Alimentação normal;
 Indicação de varredura;
 Falha.

 Cartões de entrada digital:


 Alimentação normal;
 Indicação de varredura;
 Indicação do estado de cada entrada.

 Cartões de saída digital:


 Alimentação normal;
 Indicação de varredura;
 Indicação do estado de cada saída.

 Cartões de saída analógica:


 Alimentação normal;
 Indicação de varredura;
 Falha.

 Cartões de interface com IED:


 Alimentação normal;
 Indicação de varredura;
 Indicação do estado de cada canal de comunicação;
 Indicação de transmissão e recepção de dados em cada canal de
comunicação.

 Cartões de interface com o equipamento GPS:


 Alimentação normal;
 Indicação de varredura;
 Indicação do estado de cada canal de comunicação;
 Indicação de transmissão e recepção de dados em cada canal de
comunicação;
 Estado do enlace com o satélite.

 Unidades de comunicação:
 Alimentação normal;
 Indicação do estado de cada canal de comunicação;
 Indicação de transmissão e recepção de dados em cada canal de
comunicação.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 104 / 141
 Central horária (caso exista):
 Alimentação normal;
 Indicação do estado do canal de comunicação;
 Indicação de transmissão e recepção de dados no canal de
comunicação.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 105 / 141
20 Equipamentos de Configuração, Testes e Manutenção
20.1 Descrição Geral
O PROPONENTE deverá fornecer juntamente com sua PROPOSTA
TÉCNICA uma relação detalhada de ferramentas e acessórios
necessários para parametrização, comissionamento, ensaios e
manutenção de todas as UTR e equipamentos incluídos no
FORNECIMENTO.

Deverão ser detalhados também todos os recursos e aplicações para cada


ferramenta ou software proposto.

Fontes de alimentação, inversores e conversores necessários à


alimentação dos equipamentos de testes também deverão ser fornecidos,
considerando que a tensão de alimentação disponível para manutenção é
de 110/220VAC.

Para a manutenção no campo, deverá ser fornecido equipamento de teste


(notebook, giga, etc.) que permita a realização de manutenção preventiva,
configuração, aferições e rápida identificação de módulos defeituosos da
UTR.

O equipamento de testes deverá ser portátil, resistente e de fácil


operação. As alterações das lógicas de controle também deverão poder
ser realizadas através deste equipamento de teste.

Outras facilidades como software de teste, simulação de processo, cartões


extensores e conectores para cada UTR adquirida, deverão ser ofertados,
a fim de possibilitar a identificação de qualquer falha em qualquer nível da
UTR.

O PROPONENTE deverá detalhar em sua PROPOSTA TÉCNICA todos os


recursos disponíveis.

O equipamento de teste deverá se conectar diretamente com a UTR


através da porta de manutenção dedicada (interface RS232 da UTR).

Os programas fornecidos deverão ser apropriados para funcionar em


dispositivos do tipo notebook (portátil) IBM-PC, compatível com as
características mínimas especificadas no item 20.4.

O programa executável deverá ter funções para configuração, simulação


do protocolo de comunicação, parametrização, comissionamento, testes e
localização de falhas na UTR.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 106 / 141
O equipamento de teste deverá acessar os dados da memória da UTR,
permitindo a alteração de parâmetros, bem como a implementação de
novas lógicas no software aplicativo, e deverá possuir:
 Facilidades para navegação entre as diversas telas;
 Funções de help on-line;
 Condições de alterar e compilar o código fonte de todas as tarefas
especializadas utilizadas na UTR;
 Condições de registrar o histórico das modificações;
 Acesso a todas as variáveis, parâmetros e registros de erros (logs);
 Acesso aos pontos e controles;
 Leitura dos registros históricos da UTR.

Esta ferramenta deve conter pelo menos as seguintes funções para


configuração do Banco de Dados da UTR:
 Configuração dos diversos sub-bastidores e cartões da UTR;
 Configuração dos pontos dos cartões;
 Configuração de constantes;
 Configuração de variáveis calculadas;
 Configuração dos parâmetros e atributos dos pontos;
 Implementação de novas lógicas no software aplicativo;
 Parametrização geral da UTR (endereço, velocidades de comunicação,
etc.);
 Parametrização geral dos protocolos de comunicação;
 Editores, compiladores, link e load para as tarefas especializadas.

Este equipamento deverá permitir também a implementação e alteração


da lógica de controle do software aplicativo.

Para o desenvolvimento dos programas (aplicativos) de controle lógico,


deverá ser fornecido um ambiente gráfico para gerar os códigos para a
UTR, composto por:
 Posto de trabalho com Windows 98 ou superior;
 Editores gráficos que utilizem pelo menos uma das 5 (cinco) linguagens
padrão definidas pela norma IEC 61131-3;
 Depurador para verificação do funcionamento das lógicas, algoritmos e
tarefas especializadas em tempo real;
 Interface serial RS-232.

Os programas fornecidos deverão ser apropriados para funcionar em


notebook (portátil) do tipo IBM-PC compatível, com as características
mínimas especificadas no item 20.4. A geração de toda a documentação e
da lista de variáveis deverá ser automática.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 107 / 141
Deverá ser possível a depuração em tempo real de todas as lógicas,
algoritmos e tarefas especializadas da UTR.

20.2 Simuladores
Existirão 2 simuladores diferentes que deverão ser fornecidos com a UTR:
 Simulador de comunicação;
 Simulador de processo e UTR.

O ANEXO I deste documento quantifica os simuladores que deverão ser


fornecidos.

O simulador de comunicação deverá ter capacidade de emular o protocolo


utilizado na comunicação com os centros de operação, devendo ser
conectado diretamente a uma das interfaces da unidade de comunicação
da UTR .

O simulador deverá possuir uma interface homem máquina "amigável",


com facilidades para navegar nas diversas telas. Os programas deverão
ser orientados ao usuário.

O simulador deverá possuir pelo menos as seguintes funções básicas:


 Tela para configurar os parâmetros dos protocolos de comunicação
utilizados;
 Tela seletiva para visualização das mensagens transmitidas e
recebidas, inclusive a de erros, com exibição dos dados na forma de
tabelas;
 Tela com as estatísticas de erros de comunicação;
 Verificação do estado operacional de cada um dos módulos que
compõem a UTR;
 Verificação do estado de cada entrada analógica ou digital, bem como
execução comandos;
 Conversão binário/decimal para apresentação dos valores analógicos;
 Verificação do buffer de eventos;
 Verificação da lista de alarmes ou erros da unidade (falhas);
 Tela para uso do auto-diagnóstico da UTR;
 Tela para simulação de um centro de operação, possibilitando o envio
de mensagens, tais como comandos e aquisição de dados, a ser
utilizado durante o comissionamento e na manutenção;
 Tela para transferência de parâmetros para a UTR de modo a
descarregar uma nova configuração;
 Tela para a importação de parâmetros da UTR de modo a carregar a
configuração corrente;

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 108 / 141
 Log das mensagens recebidas e transmitidas;
 Hardcopy das telas.

Todos os programas fornecidos deverão ser apropriados para funcionar


em notebook (portátil) do tipo IBM-PC compatível, com as características
mínimas especificadas no item 20.4.

O simulador de comunicação também deverá ser utilizado como


ferramenta de depuração e testes de um próprio centro de operação, ou
seja, deverá ser possível a conexão deste simulador com o processador
de comunicação de qualquer centro de operação e testar a interface de
comunicação do centro com a UTR.

O simulador de processo e UTR será formado pelos seguintes elementos:


 UTR montada com uma quantidade de pontos de I/O igual ou superior à
maior UTR do AGENTE;
 CLP para exercitar essa UTR.

Esse simulador deverá possibilitar a simulação de todas as entradas e


saídas previstas para a maior UTR do fornecimento de forma a permitir
que a configuração de uma UTR seja completamente testada antes de ser
levada para o campo.

De forma a possibilitar a configuração da UTR, deverá ser fornecida uma


Estação de Trabalho com as seguintes características mínimas:

CPU: Pentium IV 1,2GHz


256Mbytes, expansível até um mínimo de
Memória RAM básica:
1024Mbytes
01 unidade com capacidade formatada de
Disco rígido: 40Gbytes, suficiente para o armazenamento de
todos os programas a serem fornecidos
Disco flexível: 01 unidade 3½” 1,44Mbytes
Placa de vídeo: 8Mbytes AGP 2X
Monitor de vídeo: Colorido SVGA 19”
Interface paralela: 01 bidirecional com conector DB-25 fêmea
Interface serial: 01 RS-232C com conector DB-9 ou DB-25 macho
02 unidades para conexão de teclado e
Interface PS2:
dispositivo apontador
Interface USB: 02 unidades
Placa de rede: 01 unidade 10/100 com conector RJ-45
Fax Modem: 01 unidade 56K padrão V 90
Placa de som: 16 bits
Gravador de CD: 01 unidade 4X
104/105 teclas Windows 98 ou superior padrão
Teclado:
PS2
ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 109 / 141
Dispositivo apontador: 01 unidade tipo mouse ou track-ball
Gabinete: Padrão ATX ou superior com fonte de 300W
Impressora: 01 unidade jato de tinta colorida
Sistema operacional: Windows 98 ou superior
Todos os necessários à interligação e instalação
Cabos:
do conjunto
Todos os pertencentes a cada componente da
Manuais e drives:
estação de trabalho

O ANEXO I deste documento quantifica as Estações de Trabalho que


deverão ser fornecidas.

20.3 Giga de testes


Deverá ser fornecida uma giga de testes, composta, no mínimo, por um
conjunto de chaves e potenciômetros alimentados por fontes adequadas,
além de outros dispositivos de modo a permitir a simulação das grandezas
e estados do campo.

A giga de testes deverá possibilitar a simulação simultânea de, no mínimo:


 8 Entradas analógicas;
 8 Saídas analógicas;
 16 Entradas digitais;
 16 Saídas digitais.

A giga deverá possuir conectores que facilitem a conexão direta com os


bornes de entrada da UTR e possuir LED e displays para a visualização
dos estados simulados, valores analógicos injetados e comandos
acionados.

Caso a UTR utilize conectores especiais para a interligação com o


processo, a giga deverá estar equipada com estes tipos de conectores.

Deverá ter as mesmas características técnicas funcionais do produto


utilizado nos testes de fábrica.

O ANEXO I deste documento quantifica as gigas de testes que deverão


ser fornecidas.

Deverão ser fornecidos também, cartões extensores compatíveis com


todos os módulos utilizados na UTR.

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20.4 Notebook
O notebook será o computador portátil de manutenção e deverá ser
compatível com o padrão IBM PC/AT para utilização diversa. O notebook
deverá ser fornecido com todos os programas instalados.

Através do notebook, os seguintes programas deverão ser executados:


 Programas de manutenção e configuração da UTR;
 Simulador de comunicação.

Características mínimas do Notebook:

CPU: Pentium III 600MHz


Memória RAM: 128Mbytes, expansível até 256Mbytes
Tipo SMART, com capacidade mínima
formatada de 10Gbytes, suficiente para o
Disco rígido:
armazenamento de todos os programas a serem
fornecidos
Disco flexível: 01 unidade 3½” 1,44Mbytes
Placa de vídeo: 8Mbytes padrão AGP 2X
Cristal líquido colorido, SVGA, com tela de
Display:
matriz ativa 13.3", resolução de 1024 x 768
Saída para monitor
SIM
externo:
Interface paralela: 01 bidirecional com conector DB-25 fêmea
Interface serial: 01 RS-232C com conector DB-9 macho
Interface PCMCIA 02 slots vagos para cartões adicionais
Interface USB: 01 unidade
01 unidade para conexão de dispositivo
Interface PS2:
apontador ou teclado externo
Interface infravermelho: SIM
Dispositivo de
SIM
apontamento interno:
Placa de modem: 01 unidade 56K no padrão V 90
CD-ROM: 56X integrado
Placa de rede: 10/100 com conector RJ-45
Placa de som: 16 bits
Baterias: Recarregáveis com 2,5 horas de carga útil
Incluso, com seleção automática da tensão de
Adaptador AC:
entrada entre 100 e 240VAC
Sistema operacional: Windows 98 ou superior
Todos os necessários à interligação e instalação
Cabos:
do conjunto
Todos os pertencentes a cada componente do
Manuais e drives:
notebook
Maleta para transporte: SIM, adequada para uso no campo

O ANEXO I deste documento quantifica os notebooks que deverão ser


fornecidos.
ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 111 / 141
20.5 Computador Remoto de Manutenção
Deverá ser possível a ligação da UTR com um computador remoto para a
realização de funções de manutenção e configuração através da porta de
comunicação dedicada a essa finalidade. A conexão desse computador
remoto poderá ser feita via linha dedicada ou linha telefônica discada,
devendo a UTR prover os mecanismos necessários a isso.

Todas as facilidades de manutenção e configuração previstas para a UTR


deverão poder ser realizadas de forma local ou remota, indistintamente.

Caso a UTR possua uma única porta de manutenção, essa deverá prover
as facilidades para a ligação tanto com um computador local quanto
remoto. Já as UTR que possuírem ambas as portas deverão possibilitar
inclusive a operação simultânea de ambos os computadores de
manutenção.

20.6 Ferramentas especiais


O PROPONENTE deverá informar a necessidade de alguma ferramenta
especial ou equipamento de teste especial necessários para
comissionamento, calibração, operação e manutenção dos equipamentos
propostos. A compra destas ferramentas é opcional e serão consideradas
para fins de avaliação e julgamento das PROPOSTAS TÉCNICAS.

Caso o PROPONENTE não ofereça em sua PROPOSTA TÉCNICA


determinados programas ou ferramentas que se mostrem necessárias
durante o FORNECIMENTO, estes deverão ser fornecidos sem qualquer
custo adicional.

O FORNECEDOR deverá fornecer os mesmos equipamentos (ferramentas


e simuladores) utilizados na fase de testes, para que a CONTRATANTE
ou o AGENTE possam refazer esses testes com a mesma facilidade
disponível em fábrica. Estes custos já deverão estar embutidos na
PROPOSTA COMERCIAL do FORNECEDOR. O ANEXO I deste
documento relaciona quantos lotes desses equipamentos de testes
deverão ser fornecidos.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 112 / 141
21 Documentação
21.1 Características Gerais da Documentação
Todo o equipamento deverá ser coberto por uma documentação clara e
completa, incluindo quaisquer documentos que o FORNECEDOR julgue
necessário ao perfeito entendimento do FORNECIMENTO. A
Documentação de Projeto da UTR deverá ser escrita de forma que a
CONTRATANTE possa verificar se cada requisito funcional do PAP está
sendo respondido.

A documentação técnica deverá ser referente aos equipamentos e


programas existentes no equipamento fornecido, nas versões em que
foram usadas.

Esta documentação descreverá o FORNECIMENTO do equipamento,


características e procedimentos para instalação, ativação, operação e
manutenção. Equipamentos especiais deverão vir acompanhados de
documentação específica.

A documentação deverá ser composta de um conjunto de documentos de


natureza geral, um conjunto de documentos de hardware e um conjunto de
documentos de software.

Os testes de aceitação em fábrica só poderão ser iniciados dois meses


após o recebimento e aprovação formal de toda a documentação.

O ANEXO I deste documento define a quantidade de cópias e o tipo de


mídia para o fornecimento da documentação.

O custo de toda a documentação deverá constar da PROPOSTA


COMERCIAL apresentada.

21.2 Documentos de Natureza Geral


São os documentos que consideram o equipamento integralmente, sem
distinção de software ou hardware. Os seguintes documentos compõem o
conjunto de documentos de natureza geral:
 Manual de Descrição do Equipamento, onde deverão ser mostrados o
modo de funcionamento, características e recursos;
 Manual de Configuração, que deverá conter uma parte descrevendo
todos os parâmetros que determinam uma configuração específica do
equipamento, procedimentos para alteração e outra parte mostrando a
configuração proposta para cada localidade;
 Manual de Instalação, onde serão apresentados os procedimentos para
instalação e energização do equipamento;

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 113 / 141
 Manual de Operação, onde serão apresentados os procedimentos
operativos abrangendo a utilização de todos os recursos disponíveis do
equipamento;
 Manual de Manutenção, onde deverão constar os procedimentos de
testes, identificação de defeito e reparos.

21.3 Documentos de Hardware


Estes documentos têm como objetivo descrever os circuitos do
equipamento, fornecendo as informações necessárias aos serviços de
manutenção e eventuais alterações para adaptação do equipamento a
uma aplicação específica. Os manuais de SUB-FORNECEDORES
deverão ter o mesmo grau de detalhamento dos manuais do equipamento.
Os itens abaixo relacionados compõem o conjunto mínimo de informações
de hardware:
 Descrição do funcionamento lógico do hardware sob a forma de
diagramas de blocos com os cartões que o compõem, as interligações
entre eles e as funções dos sinais de entrada e saída;
 Descrição do funcionamento de cada cartão, contendo desenhos de lay-
out, esquemas eletrônicos com referência aos desenhos de lay-out, lista
de componentes com quantidades e localização na placa, descrição dos
procedimentos de teste do cartão, descrição dos recursos de teste,
pontos de teste com diagrama de tempo e forma de onda.

21.4 Documentos de Software


Estes documentos têm como objetivo o perfeito entendimento da
programação do equipamento, e deverão dar condições de efetuar a
manutenção e alteração quando necessário. Os itens abaixo relacionados
compõem o conjunto mínimo de informações de software:
 Descrição básica da programação;
 Listagem dos programas fonte das tarefas especializadas e das lógicas
de controle, comentados por trechos de programa;
 Descrição das modificações e adições feitas no software básico para
atendimento a este FORNECIMENTO;
 Descrição dos algoritmos e fluxos de dados;
 Fluxograma e descrição das diversas rotinas e subrotinas;
 Descrição da interação entre os diversos módulos de software;
 Descrição da programação dos microperiféricos.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 114 / 141
22 Inspeção/Ensaios
O FORNECEDOR deverá apresentar evidências mostrando que possui
métodos que garantam a qualidade de todas as atividades críticas de
modo a obter equipamentos e produtos da mais alta qualidade.

O FORNECEDOR deverá demonstrar (através de manuais de controle de


qualidade, formulários apropriados, etc.) que utiliza e mantém controles
para alcançar o nível de qualidade requerido no FORNECIMENTO.

O Programa de Garantia de Qualidade do FORNECEDOR deverá vir ao


encontro da Norma Brasileira NBR 19001 de forma a atingir plenamente
todos os requisitos de conformidade da ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA. Este
programa de qualidade deverá englobar o controle dos SUB-
FORNECEDORES e um levantamento de todos os processos de
inspeção, além de uma verificação periódica dos resultados destes
processos.

O Sistema de Qualidade do FORNECEDOR deverá incluir pelo menos o


controle dos seguintes aspectos:
 Disponibilidade no local de inspeção dos desenhos e instruções
aplicáveis e a pronta remoção dos documentos obsoletos;
 Disponibilidade de equipamentos de ensaio e inspeção apropriados e
corretamente calibrados;
 Fabricação, montagem, inspeção final e identificação dos componentes
e equipamentos para despacho;
 Manuseio e armazenamento dos componentes e equipamentos;
 Relatórios de ensaio dos materiais e componentes utilizados na
fabricação.

O FORNECEDOR deverá apresentar para aprovação da CONTRATANTE


duas cópias do Plano de atividades de inspeção, no mínimo 30 dias antes
do início da fabricação. O FORNECEDOR não poderá convocar para
inspeção sem a aprovação do Plano.

Este Plano de inspeção deverá incluir todas as atividades relacionadas


com o programa de controle de qualidade de fabricação, os ensaios de
rotina e os ensaios de tipo (se aplicáveis) requeridos por esta
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA.

O Plano de inspeção deverá detalhar todos os estágios de fabricação e


suas respectivas durações estimadas.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 115 / 141
No caso de mudanças na programação de inspeção, deverá ser enviado
para aprovação um Plano de inspeção revisado.

A revisão indicada no item acima (caso ocorra) deverá ser enviada para a
CONTRATANTE, em 2 (duas) vias, num prazo máximo de 15 (quinze) dias
após a mudança se tornar conhecida e antes da convocação para
inspeção.

As convocações para Inspeção devem ser feitas, através de fac-símile,


com um mínimo de 7 dias de antecedência da data em que o material
estará pronto para a inspeção.

A convocação deve conter no mínimo as seguintes informações:


 Número do instrumento contratual;
 Lote / item e quantidade a ser inspecionada;
 Item do plano e descrição (caso existente), ou ainda, a descrição dos
pontos de inspeção a serem realizados;
 Local e tempo necessários para a execução da inspeção.

Os Planos de amostragem e critérios de aceitação deverão ser definidos


com base nas normas ABNT NBR-5426 e NBR-5427 tendo como
condições de contorno do risco do consumidor e qualidade limites
menores ou iguais a 10%.

O INSPETOR desenvolverá junto ao FORNECEDOR as seguintes


atividades:

 Aprovação do plano de inspeção e ensaios e avaliação inicial do


sistema de controle de qualidade do FORNECEDOR;
 Vistorias periódicas dos procedimentos de fabricação para confirmação
da efetiva aplicação dos procedimentos;
 Inspeção dos materiais do FORNECIMENTO e verificação dos registros
de inspeção, a critério do INSPETOR, englobando os seguintes
aspectos:
 Verificação se a matéria prima atende aos requisitos da
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA;
 Verificação se as partes montadas e fabricadas atendem à
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA, aos desenhos aprovados, às
Normas estabelecidas e à boa prática da engenharia.
 Inspeção periódica da situação de projeto e da produção do
FORNECEDOR, bem como a preparação de relatórios de progresso
das atividades.
 Testemunho dos ensaios;

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 116 / 141
 Acompanhamento do atendimento aos Prazos de Entrega dos
equipamentos, e liberação para despacho;
 Verificação da compatibilidade e do grau de proteção da embalagem
para transporte bem como das facilidades de manuseio;
 Verificação da lista de embarque para certificar que todo o material
listado está embalado e identificado com item, n  da encomenda e
destino do volume.

Toda a matéria prima, componentes, peças de montagem e produtos,


deverão ser objeto de ensaios, durante o período de fabricação, conforme
especificado. Todos os materiais que fazem parte do FORNECIMENTO
serão testados para comprovar o atendimento às Normas aplicáveis. O
FORNECEDOR deverá preparar amostras e fazer ensaios e análises dos
diversos materiais para demonstrar o atendimento às Normas aplicáveis.

A aceitação ou rejeição de equipamentos e/ou componentes deverá ser


feita logo após a fabricação, a menos que seja estipulado de modo
diferente no CONTRATO DE FORNECIMENTO. Qualquer falha na
inspeção, aceitação ou rejeição de equipamentos e/ou componentes não
eximirá o FORNECEDOR de suas responsabilidades relacionadas a
defeitos ou outras falhas que possam ser encontradas no atendimento aos
requisitos da ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA.

As atividades do INSPETOR são consideradas complementares aos


Testes de Aceitação requisitados na ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA, não
sendo contudo substituíveis por estes.

O INSPETOR terá completa autonomia para aceitar ou rejeitar em nome


da CONTRATANTE qualquer equipamento ou parte considerada
insatisfatória e/ou que não esteja de acordo com a ESPECIFICAÇÃO
TÉCNICA.

Durante as etapas de inspeção, o FORNECEDOR deverá:


 Manter corpo técnico capacitado, documentação adequada e
instrumentos apropriados e devidamente calibrados para os trabalhos
de Inspeção;
 Manter o INSPETOR informado dos vários estágios de trabalho de
modo que os ensaios possam ser realizados sem causar qualquer
atraso no programa de produção do FORNECEDOR;
 Permitir o acesso do INSPETOR e outros técnicos da CONTRATANTE,
a qualquer tempo, a todos os locais onde materiais ou equipamentos
estiverem sendo preparados ou fabricados, incluindo os SUB-
FORNECEDORES do FORNECEDOR;

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 117 / 141
 Fornecer, sem custo adicional, toda a assistência e facilidades
necessárias para que o INSPETOR possa desenvolver seu trabalho
satisfatoriamente;
 Submeter ao INSPETOR, para aprovação, todas as alterações do
programa de atividades de inspeção decorrentes de alterações no
CRONOGRAMA DE FORNECIMENTO. Essas alterações deverão ser
apresentadas ao INSPETOR, com cópia para a CONTRATANTE, no
máximo 15 (quinze) dias corridos após a constatação do evento
causador da alteração;
 Assumir todos os custos dos reensaios e as despesas de reinspeção
(inclusive as relativas à presença do INSPETOR), no caso de
prorrogação de ensaios programados ou necessidade de se repetirem
ensaios devido a resultados insatisfatórios, ou outras razões de
responsabilidade do FORNECEDOR;
 Informar à CONTRATANTE formalmente quando o equipamento estiver
disponível para embarque;
 Informar à CONTRATANTE o nome de seu representante autorizado
para tomar decisões, e/ou fornecer informações à CONTRATANTE ou
ao INSPETOR deste a respeito dos Prazos de Entrega de desenhos,
equipamentos, ensaios e qualquer outra informação relacionada ao
FORNECIMENTO.

O FORNECEDOR deverá incluir em todas as suas encomendas a SUB-


FORNECEDORES, uma nota informando que os materiais e
equipamentos poderão ser objeto de inspeção pelo INSPETOR da
CONTRATANTE.

O grau de proteção e a qualidade das embalagens para transporte será


verificada pelo INSPETOR.

Nenhum equipamento ou material deverá ser embarcado até que todos os


ensaios, análises e inspeções tenham sido concluídas, ou cópias
certificadas dos relatórios de ensaio, de análises, ou certificados do
FORNECEDOR, tenham sido aceitos e liberados pelo INSPETOR ou
através de uma declaração por escrito da CONTRATANTE. A liberação
para embarque será feita pelo INSPETOR através do "Certificado de
Liberação de Material".

Antes de realizar o embarque do FORNECIMENTO, deverão ser


realizados testes onde fique demostrado o funcionamento dos
equipamentos, atendidos todos os critérios de projeto e desempenho de
acordo com a ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 118 / 141
A liberação para o embarque será emitida formalmente pela
CONTRATANTE, juntamente com a aprovação do Relatório dos Testes de
Plataforma/Fábrica. Este relatório constará do programa de testes
preenchido pelo INSPETOR. A CONTRATANTE se compromete a emitir
esta aprovação num prazo de 15 (quinze) dias, caso os testes tenham
sido considerados satisfatórios.

A liberação dos equipamentos para embarque não desobriga o


FORNECEDOR da responsabilidade sobre o cumprimento dos requisitos
técnicos do FORNECIMENTO até o RECEBIMENTO DEFINITIVO.

É de inteira responsabilidade do FORNECEDOR, toda e qualquer


despesa relativa ao retardo do embarque dos equipamentos, decorrentes
da não liberação dos mesmos face a resultados insatisfatórios de testes
ou a outras razões atribuídas ao FORNECEDOR, bem como os custos
relativos aos testes adicionais.

Todos os dispositivos que compõem o FORNECIMENTO deverão ter


desempenho comprovado por ensaios a serem realizados em Fábrica e no
Campo. O FORNECEDOR deverá submeter, para aprovação da
CONTRATANTE, com pelo menos 60 dias de antecedência do início do
primeiro ensaio, uma lista detalhada com respectivo cronograma, de todos
os ensaios requeridos. Esta lista deve incluir no mínimo os testes
requeridos ao longo deste capítulo, exceto nos casos para os quais a
CONTRATANTE aceite certificados .

Deverá ser emitido um Certificado de Ensaio para cada ensaio realizado.

Em casos específicos a CONTRATANTE irá estudar, sob seu exclusivo


julgamento, o aceite ou não de Ensaios anteriormente realizados, desde
que estes, além de estarem bem documentados, atendam às condições de
imparcialidade e rigor técnico, segundo os critérios da CONTRATANTE.

Todos os ensaios deverão ser executados na presença de um INSPETOR


da CONTRATANTE, a menos que este dê autorização por escrito em
contrário.

Os Ensaios deverão ser divididos em Ensaios "Tipo" e "Rotina", sendo


os de Rotina aplicados em todos os equipamentos do FORNECIMENTO e
os de Tipo aplicados no primeiro Lote de Entrega, abrangendo pelo menos
um subconjunto completo de equipamentos.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 119 / 141
Todos os ensaios de rotina deverão ser executados antes do embarque,
nas instalações do FORNECEDOR, em todos os equipamentos cobertos
por esta ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA, sem qualquer custo adicional para a
CONTRATANTE.

Caso algum dos ensaios realizados antes do embarque constate alguma


deficiência, cuja correção a CONTRATANTE aceite por escrito que seja
efetuada posteriormente, no campo, então o FORNECEDOR poderá
efetuar o embarque do(s) item(ns) envolvido(s) desde que seja emitida
pela CONTRATANTE uma correspondência específica sobre a questão.

A CONTRATANTE, a seu critério, poderá repetir no campo os Ensaios de


Compatibilidade Eletromagnética abaixo mencionados, com o
equipamento instalado na sua posição definitiva e com os cabos de
controle ligados. No caso do equipamento não passar em algum destes
ensaios, o FORNECEDOR deverá fazer as modificações necessárias no
equipamento que fazem parte do escopo deste FORNECIMENTO, para
adequá-lo aos requisitos normatizados especificados, sem qualquer custo
adicional para a CONTRATANTE. Os custos referentes aos
equipamentos necessários para a realização destes testes deverão estar
incluídos no CONTRATO DE FORNECIMENTO.

Caso o PROPONENTE não tenha, previamente à apresentação da sua


PROPOSTA TÉCNICA, ensaiado o seu equipamento nos níveis
solicitados, deverá fornecer uma Declaração Formal de que este ensaio
será realizado em data bem anterior a primeira entrega prevista, com
acompanhamento da CONTRATANTE, e sem qualquer ônus. As datas
dos testes deverão ser claramente indicadas no CRONOGRAMA DE
FORNECIMENTO.

O PROPONENTE poderá enviar, com sua PROPOSTA TÉCNICA, os


Certificados dos Ensaios de Tipo, desde que estes tenham sido
executados de acordo com as Normas abaixo mencionadas, realizados
por um laboratório independente e internacionalmente reconhecido, para
todo o equipamento a ser fornecido, com exceção dos microcomputadores
portáteis, instrumentos de manutenção e interfaces de visualização não
conectadas a bornes terminais.

Seguem abaixo uma descrição dos ensaios previstos:

a) Ensaios de Compatibilidade Eletromagnética:


 Ondas oscilatórias amortecidas;
 Transientes rápidos;

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 Descarga Eletrostática;
 Surtos 1,2/50 s – 8/20 s;
 Campos magnéticos;
 Campos eletromagnéticos irradiados.

Estes ensaios serão realizados conforme as normas especificadas no item


17.11.

A CONTRATANTE poderá, a seu critério, abrir mão desse ensaio caso o


FORNECEDOR possua os equipamentos objeto do escopo de
FORNECIMENTO devidamente certificados por organismos de
reconhecimento internacional dentro das especificações constantes no
item 17.11.

b) Ensaio de Interrupção da Alimentação de Curta Duração:

Este ensaio será realizado de acordo com a Norma IEC 60870-2-1


conforme especificado no item 17.11.

Adicionalmente durante o ensaio deverá ser realizado o chaveamento


manual (ON-OFF) da(s) unidade(s) de suprimento de energia,
supervisionando-se as saídas dos principais dispositivos que possam
gerar operações e ou informações espúrias.

A CONTRATANTE poderá, a seu critério, abrir mão desse ensaio caso o


FORNECEDOR possua os equipamentos objeto do escopo de
FORNECIMENTO devidamente certificados por organismos de
reconhecimento internacional dentro das especificações constantes no
item 17.11.

c) Ensaio de Continuidade:

Verificação completa da fiação baseada na última revisão da Tabela de


Fiação, de modo a garantir a sua correta execução e identificação. Duas
cópias completas do projeto deverão estar disponíveis para a realização
dos ensaios.

d) Ensaio com Megger:

Cada circuito ou barra deverá ser submetida individualmente a um ensaio


com Megger de 1000V (ao invés do método tradicional de interligar toda a
fiação e testá-la como uma unidade). O valor do ensaio de isolamento
deverá exceder de 10.000ohms/V da classe de isolamento e deverá ser

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 121 / 141
anotado para comparação após o próximo ensaio. Os dispositivos
sensíveis e/ou que atrapalhem o teste deverão ser desconectados.

e) Ensaio de Isolamento da Fiação (Apenas para as unidades completas):

Deverá ser aplicada na fiação uma tensão de 2000V em relação a terra,


60Hz, por 1 minuto, tomando-se o cuidado de desconectar todas as
ligações de aterramento. Para este ensaio, a fiação poderá ser interligada
nos bornes terminais. O ensaio com o Megger deverá ser refeito após este
Teste, anotando este valor. No caso de haver diferença de isolamento
superior a 50%, as causas desta deverão ser investigadas.

f) Ensaio de Energização:

Os circuitos de controle CA e CC deverão ser energizados com a tensão


de projeto com todos os dispositivos ligados. Os circuitos deverão
permanecer energizados por um período de 24h (100h para dispositivos
estáticos e numéricos) de modo a demonstrar a integridade dos
componentes à tensão nominal. Todos os circuitos deverão ser
energizados e testados simultaneamente de modo a assegurar a
inexistência de inversões entre os circuitos.

Os dispositivos que parecerem sobreaquecidos ao final do ensaio de


energização, deverão ter as temperaturas das caixas e fiação medidas.
Os dispositivos ou fiações deverão ser substituídos na ocorrência de uma
das seguintes condições:
 A temperatura das caixas dos dispositivos estiver acima do permitido
pela Norma ANSI;
 A temperatura dos condutores ou do isolamento estiverem acima do
permitido pela Norma ABNT

g) Inspeção Visual:

Deverá ser realizada uma inspeção visual de cada painel acabado de


modo a comprovar que todos os componentes apresentam uma boa
fixação mecânica e que não há qualquer imperfeição de pintura ou de
acabamento final. Esta inspeção deverá ser efetuada logo antes do
empacotamento do equipamento, inclusive verificando se os principais
componentes, especialmente os facilmente extraíveis, encontram-se em
sua posição correta de transporte.

h) Ensaios dos demais Dispositivos:

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 122 / 141
Deverá ser demonstrado o correto funcionamento de todos os demais
dispositivos independentes ou parcialmente independentes. Ensaios
realizados nos locais de fabricação não serão aceitos em substituição a
estes ensaios. Todos estes dispositivos deverão demonstrar que após
terem sido energizados por um mínimo de quinze minutos à tensão
nominal (CA ou CC), continuam operando satisfatoriamente se a tensão
de controle variar dentro dos limites estabelecidos no capítulo 13 desta
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 123 / 141
23 Testes
O objetivo dos testes é o de qualificar a UTR como tendo atendido aos
requisitos funcionais. Os testes deverão verificar a performance e a
integridade funcional dos subsistemas individualmente, incluindo
interfaces ativas entre subsistemas, e deverão demostrar a operação dos
subsistemas de forma integrada. O teste também deverá demonstrar a
conformidade dos protocolos de comunicação especificados aos
respectivos padrões, incluindo a operação da UTR em linha
compartilhada. O FORNECEDOR deverá disponibilizar todos os
equipamentos especiais que forem necessários para a execução destes
testes. Além dos testes, o FORNECEDOR deverá preparar uma
documentação de teste, que também é descrita nesta seção.

Os testes da UTR deverão incluir:

(1) Testes de Aceitação na Fábrica:


a) Testes de Módulos e de Subsistemas;
b) Pré Testes de Aceitação em Fábrica (PreTAF);
c) Testes Finais de Aceitação em Fábrica (TAF).

(2) Testes de Aceitação no Campo (TAC).

Esta seção trata dos testes descritos acima, não tendo conexão com a
parte de manutenção e teste periódico dos equipamentos. O detalhamento
final dos testes será realizado por ocasião da elaboração do PAP.

Todas as despesas referentes a transporte, hospedagem ou alimentação


do pessoal técnico da CONTRATANTE responsável pelo
acompanhamento de qualquer teste será de responsabilidade da própria
CONTRATANTE. No entanto, as despesas adicionais com esse pessoal
técnico, decorrentes do prolongamento ou da repetição de testes devido a
defeitos ou mau funcionamento dos equipamentos fornecidos ou dos
próprios equipamentos de testes, serão de responsabilidade do
FORNECEDOR.

23.1 Testes de Aceitação na Fábrica


23.1.1 Testes de Módulos e Subsistemas
Para minimizar atrasos de projeto decorrentes de repetições de Testes de
Aceitação em Fábrica, o FORNECEDOR deverá cooperar com a
CONTRATANTE nos testes de módulos e subsistemas selecionados. Tais
testes deverão ser conduzidos informalmente nas instalações do
FORNECEDOR antes do PreTAF. O FORNECEDOR será informado sobre
quaisquer desvios em relação à ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA. Os módulos

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 124 / 141
e sistemas que serão submetidos aos testes individuais antecipados serão
determinados pela CONTRATANTE, durante a análise da Documentação
de Projeto da UTR. Módulos e subsistemas especialmente desenvolvidos
para a CONTRATANTE serão os principais candidatos para os testes
antecipados, contudo a CONTRATANTE reserva o direito de conduzir
testes em módulos e subsistemas padronizados, se a capacidade de
atender aos requisitos especificados estiver em questão.

23.1.2 Procedimentos para Testes de Aceitação em Fábrica


O FORNECEDOR deverá submeter para análise e aprovação da
CONTRATANTE o documento Procedimentos para Testes de Aceitação
em Fábrica. Estes procedimentos deverão verificar se a UTR apresenta o
desempenho requerido na ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA e no PAP. Os
vários testes a serem executados deverão atender mas não se limitar aos
requisitos especificados neste capítulo.

O documento Procedimentos para Testes de Aceitação em Fábrica deverá


abranger os seguintes tópicos:

(1) Filosofia dos testes, regras e diretrizes;


(2) Funções a serem testadas;
(3) Descrição dos ambientes de testes;
(4) Requisitos e respostas dos cenários de testes;
(5) Definições de simulação;
(6) Programação detalhada dos testes;
(7) Organização dos procedimentos de testes.

Os Procedimentos de Testes deverão ser exaustivos e cobrir todas as


partes da UTR, definindo de forma detalhada todos os testes a serem
executados em cada subsistema para verificar se o mesmo opera
conforme especificado. Os seguintes requisitos deverão ser incluídos nos
Procedimentos de Testes:

(1) Os testes deverão ser conduzidos de forma conjunta pelo


FORNECEDOR e a CONTRATANTE. Durante os Testes de Aceitação
em Fábrica, Supervisores de Testes do lado do FORNECEDOR e da
CONTRATANTE deverão ser indicados para as equipes de cada parte;
(2) A UTR deverá ser exercitada através da simulação estática e dinâmica
dos sinais de entrada representando condições normais e anormais;
(3) Deverão ser indicados os resultados esperados e/ou características de
operação, juntamente com margens de tolerância aceitáveis para cada
teste. Os resultados observados durante a execução de cada teste
deverão ser registrados.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 125 / 141
Os procedimentos de testes deverão ser estruturados para testar a UTR
passo a passo, por bloco funcional, e produzir resultados observáveis e
verificáveis. Os procedimentos para os Testes de Aceitação em Fábrica
deverão facilitar o processo de registro dos resultados e a recriação das
condições de erro. Cada passo deverá ser descrito com os resultados
esperados e os resultados observados adicionados após a execução de
cada passo.

Todo software de diagnóstico e/ou ferramentas especiais e/ou


equipamentos especiais de testes e manutenção deverão ser incluídos
como itens a serem testados durante os Testes de Aceitação em Fábrica.

As informações a serem incluídas, para cada teste, nos Procedimentos


para os Testes de Aceitação em Fábrica são:

(1) Número de identificação do teste;


(2) Nome e descrição do teste;
(3) Descrição do procedimento organizado em passos lógicos;
(4) Descrição da resposta da UTR a ser verificada na conclusão de cada
passo de teste;
(5) Espaço para registro dos resultados do teste, hora e data do teste
(incluindo re-teste, se necessário);
(6) Aprovação (rubricada pela CONTRATANTE e pelo FORNECEDOR).

Os Procedimentos para os Testes de Aceitação em Fábrica deverão ser


auto-suficientes de forma que não sejam requeridas referências a outros
documentos.

23.1.3 Pré Testes de Aceitação em Fábrica (PreTAF)


Após terem sido testados todos os módulos de hardware e software e a
montagem da UTR tiver sido completada, o PreTAF será conduzido pelo
FORNECEDOR. O PreTAF deverá ser uma execução completa dos
Testes de Aceitação em Fábrica, conforme descrito no item 23.1.5. O
PreTAF tem por objetivo assegurar que a UTR atende todos os requisitos
funcionais e de performance, antes da execução formal do TAF. O PreTAF
deverá ser executado de acordo com os Procedimentos de Testes de
Aceitação em Fábrica aprovados. A CONTRATANTE deverá ter a opção
de visitar a plataforma do FORNECEDOR para verificar se o PreTAF está
sendo conduzido. O FORNECEDOR deverá notificar a CONTRATANTE,
com antecedência de 30 (trinta) dias sobre o início do PreTAF, e também
sobre a sua conclusão com sucesso.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 126 / 141
23.1.4 Pré-requisitos do TAF
Todos os pré-requisitos do TAF deverão ser atendidos antes do início do
TAF. Os pré-requisitos deverão incluir:

(1) Envio de toda a documentação apropriada com aprovação da


CONTRATANTE;
(2) Término com sucesso do PreTAF;
(3) Solução de todas as não conformidades de hardware, software e
documentação;
(4) Inspeção, pela CONTRATANTE, da configuração de hardware para
testes, equipamento e software especial para a bancada de testes;
(5) Inventário de todo o FORNECIMENTO usando listas de material;
(6) Verificação das conexões de cartões, assentamento dos cartões,
fixação dos conectores de cabos, etiquetas de cabos, etc.;
(7) Verificação do funcionamento adequado de portas, estruturas móveis e
facilidades de acesso às conexões externas;
(8) Qualidade do acabamento, pintura e construção global.

23.1.5 Testes Finais de Aceitação em Fábrica (TAF)


O FORNECEDOR deverá notificar, por escrito, à CONTRATANTE com
pelo menos 30 (trinta) dias de antecedência que o TAF for programado,
que todos os pré-requisitos foram atendidos com sucesso e que o lote de
UTR está pronto para o início formal do TAF.

O TAF deverá ser executado na configuração final da UTR, ou seja,


nenhum protótipo de equipamento ou circuito deverá ser utilizado durante
o TAF do hardware da UTR. Da mesma forma, o TAF deverá utilizar o
software final, ou seja, programas provisórios não deverão ser usados no
TAF, com exceção do software de simulação necessário com parte do
TAF.

Falhas, erros e discrepâncias deverão ser documentadas no relatório de


Testes de Aceitação em Fábrica. Relatórios de problemas de hardware e
software também deverão ser fornecidos de acordo com os procedimentos
de notificação de não conformidades. Correções subsequentes deverão
ser descritas e as ações apropriadas deverão ser verificadas por
representantes da CONTRATANTE e do FORNECEDOR.

A presença de uma discrepância principal tal como falhas freqüentes em


unidades de processamento, operação incorreta de funções principais,
falhas de implementação em protocolos de comunicação, etc., poderão, a
critério exclusivo da CONTRATANTE, ser motivo para a suspensão da
totalidade to TAF até a correção do problema. Após a correção de

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 127 / 141
discrepâncias secundárias, ao invés de se suspender o TAF, a
CONTRATANTE poderá solicitar que o hardware específico e/ou módulos
de software sejam testados novamente.

O TAF consistirá dos seguintes testes:

(1) Teste de Hardware;


(2) Teste Funcional;
(3) Teste de Performance.

Os testes deverão ser executados de acordo com os Procedimentos de


Testes de Aceitação em Fábrica.

23.1.5.1 Teste de Hardware


O Teste de Hardware consistirá de testes individuais de todo o hardware
que compõe o FORNECIMENTO. Estes incluirão uma inspeção visual dos
equipamentos e a execução de programas de diagnósticos padronizados.

23.1.5.2 Teste Funcional


O objetivo destes teste é o de exercitar rigorosamente todos os
dispositivos, individual e coletivamente, e verificar a operação funcional
correta de todo o hardware e software. Estes deverão incluir, mas não se
limitar ao seguinte:

(1) Verificação da correta varredura e aquisição de dados;


(2) Verificação das funções de saída;
(3) Testes das funções descritas no capítulo 5 deste documento;
(4) Teste das funções de comunicação com os Centros de Operação;
(5) Demonstração das funções de comunicação com IED;
(6) Teste do comportamento da UTR para vários modos de falha, incluindo
falha em componentes de hardware, falha de alimentação, ruído e falha
do canal de comunicação, etc.;
(7) Testes da supervisão local;
(8) Testes do sistema de sincronismo;
(9) Testes das ferramentas de manutenção e configuração.

23.1.5.3 Teste de Performance


Neste teste será verificado o atendimento pela UTR a todos os requisitos
de performance especificados neste documento, incluindo o atendimento
pela UTR às condições de performance especificadas para o
seqüenciamento de eventos (SOE), com especial atenção às
características de desempenho definidas no item 4.2.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 128 / 141
Os testes serão realizados simulando a condição de operação da UTR nos
estados Normal e de Pico, prevendo os piores casos de cada estado,
conforme definido no item 4.3.

23.2 Testes de Aceitação no Campo


23.2.1 Procedimentos para os Testes de Aceitação no Campo
O FORNECEDOR deverá submeter para análise e aprovação da
CONTRATANTE o documento Procedimentos para Testes de Aceitação
no Campo. Estes procedimentos deverão verificar se a UTR apresenta o
desempenho requerido na ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA e no PAP. Os
vários testes a serem executados deverão atender mas não se limitar aos
requisitos especificados neste capítulo.

O documento Procedimentos para Testes de Aceitação no Campo deverá


possuir a mesma organização, estrutura, tópicos e requisitos dos
Procedimentos para Testes de Aceitação em Fábrica, devidamente
adequados para os testes a serem realizados.

Os Procedimentos de Testes deverão ser exaustivos e cobrir todas as


partes da UTR, definindo de forma detalhada todos os testes a serem
executados em cada subsistema para verificar se o mesmo opera
conforme especificado.

Os Procedimentos para os Testes de Aceitação em Campo deverão ser


auto-suficientes de forma que não sejam requeridas referências a outros
documentos.

23.2.2 Testes de Partida


Todo o equipamento deverá ser colocado e instalado em um prazo não
superior a 6 (seis) meses após a entrega da UTR. O FORNECEDOR
deverá examinar o local de instalação para determinar a conformidade das
condições físicas e elétricas existentes. Após o término da instalação, a
UTR deverá ser energizada e deverão ser executados todos os testes de
Diagnóstico de Hardware.

23.2.3 Testes Finais de Aceitação no Campo (TAC)


Após a instalação da UTR e o término bem sucedido dos testes de partida,
serão conduzidos os Testes de Aceitação no Campo (TAC) para a
totalidade das UTR.

Estes testes serão conduzidos de acordo com um conjunto detalhado de


procedimentos de testes preparados pelo FORNECEDOR e aprovados
pela CONTRATANTE.

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O TAC consistirá dos seguintes testes:

(1) Teste de Ativação;


(2) Teste de 100 horas no Campo;
(3) Testes Funcionais.

23.2.2.1 Teste de Ativação


A UTR será ativada e testada no campo, incluindo a comunicação com os
Centros de Operação. O FORNECEDOR deverá apoiar todos os
procedimentos de testes no campo com pessoal qualificado para assistir à
equipe da CONTRATANTE.

23.2.2.2 Teste de 100 horas no campo


Para assegurar que a UTR está livre de falhas e o hardware é confiável,
um teste contínuo de 100 horas será executado. Este teste será
considerado bem sucedido se nenhuma função crítica for perdida, nenhum
erro de software for constatado e nenhuma parada por causas não
externas acontecer dentro de período de 100 horas.

Durante este teste nenhuma manutenção de hardware ou software será


permitida para evitar módulos em falha.

23.2.2.3 Testes funcionais da UTR


Estes testes deverão incluir os testes funcionais completos, conforme
especificado no item 23.1.5.

Quaisquer defeitos ou erros de projeto (problemas de hardware e/ou


software) descobertos durante os Testes de Aceitação no Campo serão
corrigidos pelo FORNECEDOR sem ônus para a CONTRATANTE.

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24 Garantia
O PROPONENTE deverá garantir o bom desempenho, não apenas dos
vários componentes isoladamente, mas de todos os equipamentos
incluídos no FORNECIMENTO, durante o período de validade do
CONTRATO DE FORNECIMENTO, contra qualquer e todo defeito não
atribuído à utilização inadequada dos equipamentos.

Todas as garantias aqui requeridas deverão ser dadas especificamente


para a PROPOSTA TÉCNICA a ser apresentada pela PROPONENTE.
Garantias similares que possam estar incluídas em folhetos, catálogos,
etc., não serão aceitas.

O período de Garantia do Equipamento será de 24 (vinte e quatro) meses


contados a partir da entrega no campo de cada equipamento ou 12 meses
após a aceitação do sistema no campo, o que vencer por último.

No caso do FORNECIMENTO apresentar defeito ou falhas no atendimento


aos requisitos da ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA ou de outros documentos
técnicos do FORNECIMENTO, este poderá ser rejeitado e requerido que o
FORNECEDOR faça a imediata substituição ou correção do mesmo,
devidamente instalado e sem qualquer despesa. Neste caso, um período
adicional de garantia de 12 (doze) meses de operação correta deverá
começar, para todo o lote afetado pela substituição ou correção, sem
prejuízo das demais garantias.

O PROPONENTE deverá fornecer juntamente com a PROPOSTA


TÉCNICA uma declaração de Garantias para os requisitos especificados e
conforme abaixo:
 Desempenho e disponibilidade das UTR;
 Durabilidade dos componentes;
 Acuidade e desempenho dos cartões de I/O;
 Compatibilidade eletrostática e eletromagnética com os níveis de
interferência especificados;
 Desempenho do sistema de sincronismo.

24.1 Garantia de reposição de peças


O PROPONENTE deverá assegurar a disponibilidade de toda e qualquer
peça sobressalente dos dispositivos, escopo deste FORNECIMENTO, por
um período de até 10 (dez) anos contados a partir da colocação da
encomenda.

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24.2 Assistência técnica no Brasil
O PROPONENTE deverá garantir a permanência de representação
técnica no Brasil durante o período de garantia, equipada e habilitada a
conduzir a manutenção e assistência técnica dos equipamentos e
dispositivos fornecidos, inclusive reposição de dispositivos defeituosos em
72 horas, a contar de uma comunicação escrita (fax, e-mail, etc.). O
dimensionamento dessa representação técnica deverá garantir o correto
atendimento às requisições da CONTRATANTE sem o prejuízo dos prazos
aqui definidos para todo o escopo de fornecimento.

24.3 Extensão de garantia


O PROPONENTE deverá apresentar juntamente com as suas
PROPOSTAS TÉCNICA e COMERCIAL os termos, condições e preços
para a extensão da garantia prevista por mais 12 (doze) meses. O ANEXO
I deste documento define os casos aonde essa condição seria aplicável. A
extensão de garantia corresponde a uma opção a ser exercida pela
CONTRATANTE ao término do prazo normal de garantia.

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25 Treinamento
O FORNECEDOR deverá treinar adequadamente uma equipe de
profissionais da CONTRATANTE e do AGENTE na manutenção e nas
técnicas de configuração e procedimentos para a expansão da UTR. O
objetivo é o de fornecer às equipes da CONTRATANTE e do AGENTE um
treinamento suficiente para que os seus profissionais possam manter e
expandir todos os subsistemas da UTR, sem um suporte significativo do
FORNECEDOR. Este treinamento deve-se estender às partes de SUB-
FORNECEDORES. Assim, cada aspecto técnico e operacional da UTR
deverá ser detalhadamente coberto nos cursos de treinamento. Todos os
cursos deverão considerar a meta da CONTRATANTE de que sua equipe
e a do AGENTE executem toda a manutenção de hardware a nível de
módulos. Ademais, os cursos deverão também reconhecer a intenção da
CONTRATANTE de que sua equipe e a do AGENTE se envolvam
futuramente na implantação de capacidades adicionais para a UTR.

Este capítulo define o treinamento e o número de pessoas que deverão


participar de cada curso, de acordo com o Plano de Treinamento da
CONTRATANTE/AGENTE. A PROPONENTE deverá incluir na sua
PROPOSTA TÉCNICA uma lista de todos os cursos de treinamento
disponíveis com descrições detalhadas, bem como um Plano de
Treinamento recomendado para que o objetivo da CONTRATANTE seja
alcançado. A PROPONENTE deverá identificar os cursos padronizados e
aqueles que serão especificamente preparados para a
CONTRATANTE/AGENTE, indicando a duração e o local de realização de
cada curso. A CONTRATANTE deverá aprovar o Plano de Treinamento
final, definindo os cursos a serem fornecidos durante a fase de elaboração
do PAP.

25.1 Requisitos Gerais


Todos os cursos de treinamento deverão ser conduzidos por pessoal com
experiência nos tópicos a serem cobertos. O FORNECEDOR deverá
contratar treinamento dos SUB-FORNECEDORES, conforme necessário,
sem custos adicionais para a CONTRATANTE.

Todo o material de treinamento, na quantidade necessária para o número


de participantes do treinamento, deverá ser suprido pelo FORNECEDOR.
Pelo menos 8 (oito) semanas antes do início programado de cada curso, o
FORNECEDOR deverá entregar um resumo do curso definindo as áreas
técnicas a serem cobertas, o tempo de aulas formais e o tempo de
treinamento prático, bem como informar os pré-requisitos dos alunos.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 133 / 141
No início de cada curso, deverá ser fornecido a cada aluno um conjunto
das notas de aula, contendo cópias de todo material visual apresentado.

A CONTRATANTE/AGENTE deverá ter o direito de reproduzir todos os


materiais de treinamento para uso da equipe.

25.2 Conteúdo dos Cursos de Treinamento


Os nomes dos cursos e os conteúdos associados são de responsabilidade
do FORNECEDOR. Contudo, os itens que se seguem identificam os
conteúdos básicos a serem fornecidos.

25.2.1 Cursos de Treinamento em Hardware


Estes cursos deverão ser organizados para fornecer às equipes de
hardware da CONTRATANTE e do AGENTE um nível de conhecimento
suficiente no projeto, manutenção e operação do hardware da UTR, de
forma que os seus profissionais possam adequadamente manter todos os
equipamentos a nível de módulos. Estes cursos deverão dedicar cerca de
50% do tempo total a treinamento prático. Para tanto os cursos deverão
cobrir as seguintes áreas:

(1) Organização da documentação da UTR, conteúdos e convenções;


(2) Arquitetura da UTR:

a) Descrição funcional, utilizando diagramas em blocos e esquemas


funcionais do sistema;
b) Análise dos circuitos eletrônicos utilizando diagramas lógicos,
fluxogramas, diagramas de tempo (timing), etc.;
c) Procedimentos de diagnóstico e testes;
d) Técnicas de manutenção (incluindo calibração):

i. instalar, operar, ajustar, configurar, diagnosticar e executar


serviços de manutenção preventiva e corretiva nos mesmos;
ii. Ajustes mecânicos e eletrônicos utilizando ferramentas
específicas e especiais (de hardware e software) a serem
fornecidas com o sistema;
iii. Instalação física do equipamento, incluindo montagem, lay-out,
desmontagem de conjuntos mecânicos, etc.;
iv. Pratica de procedimentos de troubleshooting para isolamento
de falhas a nível de placa;
v. Pesquisa de defeitos e manutenção a nível de placa;
vi. Domínio dos equipamentos de simulação e monitoração da
comunicação;
vii. Domínio de todas as ferramentas de testes.

ONS NT 4/xxx/2001 ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA DE UTR PARA MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO NACIONAL 134 / 141
e) Técnicas e procedimentos de expansão;
f) Utilização de ferramentas e instrumentos especiais.

25.2.2 Cursos de Treinamento em Software


Da mesma forma que no curso de hardware, são requeridos treinamentos
formais e práticos para o software. Estes cursos deverão ser organizados
para que as equipes da CONTRATANTE e do AGENTE possam obter um
nível de conhecimento do software necessário à execução das tarefas
relativas a configuração, manutenção e expansão da UTR. Os seguintes
aspectos deverão ser cobertos:

(1) Organização da documentação do software, conteúdo e convenções;


(2) Protocolos de Comunicação;
(3) Arquitetura do software;
(4) Sistema Operacional:

a) Sistema em tempo real;


b) Aplicativos do sistema (compiladores, editores, gerenciadores de
arquivos etc.).

(5) Programas aplicativos;


(6) Procedimentos de configuração;
(7) Procedimentos de programação:

a) Desenvolvimento de novas funções de controle e medição;


b) Compilação e depuração do código;
c) Carga e ativação do código.

(8) Parametrização, ajustes e manutenção dos equipamentos fornecidos.

25.3 Número de Participantes e Local do Treinamento


NO ANEXO I deste documento estão relacionadas a quantidade de
pessoas que participarão do treinamento previsto.

O treinamento será ministrado em território nacional, preferencialmente


nas instalações do FORNECEDOR, e as despesas de passagem, estadia
e alimentação de cada treinando serão de responsabilidade da
CONTRATANTE/AGENTE. Cabe ao FORNECEDOR a responsabilidade
pelo local e pela infra-estrutura para a realização do treinamento

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Os cursos deverão ser proferidos inteiramente em português.
Alternativamente, a critério da CONTRATANTE, poderão ser ministrados
cursos especializados em inglês.

25.4 Qualificação dos Supervisores e Instrutores


Os instrutores de treinamento e os supervisores de montagem, instalação
e testes deverão ser plenamente qualificados em todos os detalhes
funcionais e construtivos da UTR, incluindo total domínio do hardware,
software, protocolos de comunicação e equipamentos de teste,
manutenção e configuração.

Caso qualquer dos Instrutores ou Supervisores indicados pelo


FORNECEDOR não possua estas qualificações ou venha a apresentar
comportamento que possa comprometer o bom andamento dos trabalhos,
a CONTRATANTE, a seu exclusivo critério, poderá solicitar a sua
substituição.

25.5 Manuais de Treinamento


Os manuais deverão ser montados em pastas e com cópia de todos os
documentos a serem utilizados ou de referência para o treinamento e
desenvolvimento. Os manuais não devem ser apenas uma cópia de partes
da documentação do projeto e sim um complemento didático completo
para o treinamento. Evidentemente cópias de partes da documentação
normal do projeto, onde isto for conveniente e prático para o andamento
do curso, serão aceitas.

O material didático deve estar todo em português, salvo quando se tratar


de cópia de especificação de equipamento ou programa originalmente
preparado em inglês. Outro idioma não será aceito.

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26 Sobressalentes
A lista de sobressalentes deverá ser compatível com a disponibilidade
especificada para o sistema.

Deverão ser apresentados sobressalentes à nível de módulos e elementos


que sofram desgaste como fusíveis, lâmpadas e outros.

Cada item da lista de sobressalentes deverá ser perfeitamente


especificado, identificado por código ou numeração de conhecimento
público, ter discriminadas as fontes de aquisição e sua utilização dentro do
equipamento.

A quantidade de sobressalentes deverá atender às necessidades dos


primeiros cinco anos de funcionamento do equipamento, após o período
de garantia. No ANEXO I deste documento consta a quantidade de peças
sobressalentes que deverão ser fornecidas.

Todos os sobressalentes deverão ser entregues na ocasião da entrega da


UTR.

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27 Embalagem
O método de embalagem deverá ser tal que proteja adequadamente todos
os equipamentos componentes do FORNECIMENTO contra danos durante
o transporte, da ação da chuva, sol, umidade e mudanças súbitas de
temperatura. Todas estas situações deverão ser consideradas na
preparação da embalagem do equipamento.

Todas as partes deverão ser adequadamente etiquetadas e encaixotadas.


As embalagens deverão ser constituídas de engradados de madeira
fechados. Os equipamentos deverão ser envolvidos com material a prova
d'água, adequadamente escorados por todos os lados e, as terminações e
cantos com proteções de metal apropriadas. Os dispositivos avulsos,
sobressalentes e ferramentas, deverão ser embalados em caixas de
madeira separadas, envolvidas com material a prova d'água. Os
instrumentos, cartões, relés, etc., deverão ser adequadamente protegidos
com plástico transparente.

A eficiência e a qualidade da embalagem serão verificadas pelo


INSPETOR, quanto à proteção, manuseio e transporte.

Todos os componentes embalados deverão ser etiquetados, com pelo


menos as seguintes informações:
 Número e item da Encomenda;
 Número do Lote;
 Destino (Empresa/Subestação/Usina);
 Item da Lista de Material aprovada;
 Número de referência e item da lista de embarque.

Cada volume deverá conter equipamentos/materiais para apenas um


destino.

O FORNECEDOR será responsável por qualquer dano ou perda devido a


uma embalagem imprópria ou insuficiente.

Os cartões de circuito impresso e demais componentes menores, deverão


ser embalados individualmente e separados por espaçadores, de forma a
protegê-los contra problemas causados por choque ou vibração. As
embalagens individuais também deverão conter as informações
necessárias para a correta montagem das peças nas localidades de
destino e ter etiquetas de identificação com os seguintes dados:
 Tipo de módulo ou componente;
 Data de liberação pelo inspetor;
 Número do desenho de configuração, incluindo a revisão.

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Dentro de cada caixa deverá ser incluído, em um invólucro impermeável, 1
(um) conjunto de desenhos aprovados e a respectiva lista de material.

Sobressalentes para a reserva do sistema deverão ser embalados


separadamente em caixas de madeira adequadas para longo tempo de
estocagem, totalmente marcada com a palavra "Sobressalentes" e com a
indicação do conteúdo de cada embalagem. A embalagem deve ser tal
que a remoção de um item ou conjunto não deverá afetar as embalagens
dos demais sobressalentes.

Todas as caixas deverão ser marcadas com símbolos internacionais


adequados ao transporte do material contido nas mesmas.

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28 Anexo I

Em Anexo a esta especificação Técnica encontram-se as planilhas que quantificam e


qualificam os equipamentos que devem ser fornecidos e instalados para cada usina ou
subestação.

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Lista de figuras, quadros e tabelas

Figura 1 Arquiteturas Previstas para as UTR 17

Tabela 1 Relação de novas UTR a serem fornecidas por


local 12
Tabela 2 Relação de UTR a serem ampliadas por local 13
Tabela 3 Níveis de tensão para as entradas digitais 49
Tabela 4 Sinais necessários em interfaces seriais padrão
RS-232C 56
Tabela 5 Regulação e nível de ruído para as unidades de
suprimento de energia 63
Tabela 6 Classificação das funções do sistema de
supervisão da sala de controle local 86
Tabela 7 Normas de compatibilidade eletromagnética 98
Tabela 8 Normas de condições climáticas e mecânicas 99
Tabela 9 Normas de performance 99

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