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Olá, seres humanos.

Falamos sobre o tempo, falamos sobre memória e agora falaremos


sobre a mentalidades, esse tema é um tanto complexo por que significa muita coisa
portanto estarei limitando os estudos de mentalidade para o estudo histórico das
mentalidades.
Segue abaixo um texto explicando esse estudo e o que ele faz. Mas em resumo muito
resumido é o estudo dos pensamentos, das ideias, e ideologias morais dos sujeitos.

Sendo assim vamos fazer um exercício de reflexão, pensando nos dias de hoje quais
mentalidades seriam utilizadas para explicar o conjunto social que te cerca?

https://www.historiadomundo.com.br/curiosidades/o-que-historia-das-
mentalidades.htm

O que é história das mentalidades?

A história é uma disciplina que atravessou, desde o seu processo de institucionalização


como “ciência”, no século XIX, inúmeras reformulações, revisões e batalhas teóricas. Na
primeira metade do século XX, entre os historiadores franceses, uma “revolução”
metodológica passou a acontecer. Revolução essa que deitaria raízes no futuro das
reflexões sobre a história. A Escola dos Annales foi o “carro-chefe” dessa revolução. Foi de
um dos fundadores da Escola dos Annales, Lucien Febvre (1878-1956), que nasceu um dos
mais importantes ramos da historiografia do século XX, a história das mentalidades.

Segundo Febvre, havia camadas do desenvolvimento histórico da humanidade que não


sofriam transformações rápidas e nítidas como outras. Assim, por exemplo, as estruturas
políticas e sociais seriam as primeiras nas quais se poderia verificar mudanças
substantivas, enquanto certos comportamentos e formas de pensamento demorariam
significativamente mais para sofrer alterações.

Dessa forma, pensamentos, ideias, ideologias, segmentos morais, atmosferas de


compreensão científica, entre outros, estariam dentro da esfera das mentalidades, isto é,
formas duradouras de pensamento que caracterizam longos espaços de tempo. Parte dos
fundamentos da psicologia moderna, desenvolvida na virada do século XIX para o século
XX, ajudou Febvre a assentar suas teses sobre a história das mentalidades. Como aponta
o pesquisador Ronald Raminelli:

“Sob influência da psicologia de Charles Blondel e Henri Wallon, Febvre lança o que se
pode chamar de "manifesto da história das mentalidades", com a publicação, em 1938, do
artigo intitulado "La Phsychologie et L'Histoire" [''A Psicologia da história''] no tomo VIII da
Encyclopédic Française; depois em 1941, em Annales d'Histoire Social, um outro artigo:
"La Sensibilité dans l'Histoire" [''A sensibilidade na História''], ambos encontrados nos
Combates pela História. Os dois textos dão algumas pistas do que seria o método de se
fazer história das mentalidades.” (Raminelli, Ronald. Lucien Febvre no caminho das
mentalidades. R. História, São Paulo, n. 122, jan/jul. 1990. p. 97-115.)

A esses trabalhos iniciais, Febvre acrescentaria grandes ensaios de investigação histórica


que exploraram o terreno das mentalidades. Os exemplos mais notáveis são “Martinho
Lutero, um destino”, sobre o reformador religioso alemão; “O início do livro: o impacto da
Imprensa (1450-1800)”, trabalho pioneiro também na área da história da leitura; e “O
problema da descrença no século XVI: a religião de Rabelais”, sobre a atmosfera religiosa
na época do autor de Gargantua e Pantagruel.

Os herdeiros intelectuais de Febvre continuaram a desenvolver pesquisas no âmbito da


história das ideias. Nomes como Michel Vovelle, Philippe Ariès, Fernand Braudel e, depois,
Jacques Le Go , Emmuel Le Roy Larurie, Roger Chartier, etc., integraram o time, mas
também fundaram novas áreas de investigação, como a história cultural e a “nova história”.

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