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Evaporação e

Evapotranspiração

Por, Profª Celme Torres F da Costa


Definições
A evaporação e a evapotranspiração ocorrem quando a água líquida é
convertida para vapor de água e transferida, neste estado, para a atmosfera.

Evaporação (E) – Processo pelo qual se transfere água do solo e

das massas líquidas para a atmosfera. No caso da água no

planeta Terra ela ocorre nos oceanos, lagos, rios e solo.

Transpiração (T) – Processo de evaporação que ocorre através


da superfície das plantas. A taxa de transpiração é função dos
estômatos, da profundidade radicular e do tipo de vegetação.

Evapotranspiração (ET) – Processo simultâneo de transferência de água

para a atmosfera através da evaporação (E) e da transpiração (T)

ET = E + T
NOMENCLATURA USUAL

• Evaporação quando se refere a evaporação de


superfícies d'água livre (espelhos d'água).

• Evaporação de solo nu quando se refere a


evaporação de solo sem vegetação.

• Evapotranspiração quando se refere a


evaporação de solos vegetados (soma da
evaporação de solo nu, mais transpiração da
plantas).
Definições
Evapotranspiração Potencial (ETp): perda de água por
evaporação e transpiração de uma superfície natural tal que
esta esteja totalmente coberta e o conteúdo de água no solo
esteja próximo à capacidade de campo;

Evapotranspiração de Referência (ETo): segundo a


Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação (FAO) é a perda de água de uma extensa
superfície cultivada com grama, com altura de 0,08 a 0,15 m,
em crescimento ativo, cobrindo totalmente o solo e sem
deficiência de água.

Evapotranspiração Real ou Atual (ETr): perda de água por


evaporação e transpiração nas condições reinantes
(atmosféricas e de umidade do solo).
EVAPORAÇÃO
Mudança de Estado
CALOR/ENERGIA RETIRADA DO AMBIENTE • Evaporação é um fenômeno no
qual átomos ou moléculas no
estado líquido (ou sólido, se a
FUSÃO EVAPORAÇÃO
substância sublima) ganham
RESFRIAMENTO CONDENSAÇÃO energia suficiente para passar
GELO
LÍQUIDO
ao estado vapor vencendo a
VAPOR
tensão superficial.
CALOR/ENERGIA DEVOLVIDO AO AMBIENTE • Condensação: Aqueles estão
mudando do estado de vapor
para o líquido.
• Calor Latente: Quantidade de
Energia liberada ou absorvida
na mudança de fase

• Saturação do Ar: Quando a quantidade que


muda do líquido para o sólido é a mesma
que faz o caminho inverso, isto é, há
equilíbrio
EVAPORAÇÃO
Fatores Intervenientes
Variáveis meteorológicas que interferem na
evaporação
Os dois fatores principais que influenciam evaporação de uma superfície de água
aberta são:
 a quantidade energia que proverá o calor latente de vaporização e
 a possibilidade de transportar o vapor para longe da superfície sobre a
qual se dá a evaporação

 Radiação solar é a fonte principal de energia.


 A habilidade para transportar vapor longe da superfície de evaporante
depende:
• Velocidade do vento em cima da superfície e
• Gradiente de umidade específico sobre esta.

Principais Variáveis Meteorológicas:


• Radiação Solar,
• Vento
• Pressão de vapor de água
• Temperatura do ar,
FATORES INTERVENIENTES NA
EVAPORAÇÃO
 Vento
– A ação do vento consiste em deslocar as parcelas de ar mais úmidas
encontradas na camada limite superficial, substituindo-as por outras mais
secas.

 Umidade
– O ar seco tem maior capacidade de absorver vapor d’água adicional que o
ar úmido, desta forma, a medida em que ele se aproxima da saturação, a
taxa de evaporação diminui, tendendo a se anular, caso não haja vento
para promover a substituição desse ar.

 Temperatura
– O ar quente tem maior capacidade de conter umidade.

 Radiação Solar
– A energia necessária para o processo de evaporação tem como fonte
primária o sol; a incidência de sua radiação varia com a latitude, clima e
estação do ano.
Temperatura
• Quanto maior a temperatura, maior
a pressão de saturação do vapor
de água no ar, isto é, maior a
capacidade do ar de receber vapor.
• Para cada 10oC, P0 é duplicada.

Temp. oC 0 10 20 30

P0 (atm) 0,0062 0,0125 0,0238 0,0431

Curva da pressão de saturação


de vapor em função da
temperatura.
Variação da saturação
com a temperatura
Vento
 O vento renova o ar em contato com a superfície que está
evaporando (superfície da água; superfície do solo;
superfície da folha da planta).
 Com vento forte a turbulência é maior e a transferência
para regiões mais altas da atmosfera é mais rápida, e a
umidade próxima à superfície é menor, aumentando a taxa
de evaporação.

pouco vento muito vento


Radiação solar

Radiação solar - maior fonte


de energia para a Terra, principal
elemento meteorológico e um dos
fatores determinantes do tempo e
do clima. Além disso, afeta
diversos processos:
• Físicos
(aquecimento/evaporação)
• Bio-físicos (transpiração) e
• Biológicos (fotossíntese)
MEDIDAS
Tanques de Evaporação

• Rebaixamento do nível d’água


• 27 tipos  enterrados, superficiais e flutuantes
• Tanque Classe A
Tanque de Evaporação Classe A
O Tanque de evaporação, como o
nome indica, mede a evaporação
efetiva, isto é, a quantidade de água
que uma massa liquida com
exposição ao ar livre perde, através
da sua superfície, e convertido em
vapor, durante um certo período de
tempo.

O tanque de evaporação,
propriamente dito, é o tanque de
terra, classe "A" modelo standard do
Weather Bureau. Forma cilíndrica, de
25,4 cm de profundidade e 120,7 cm
de diâmetro, de construção metálica.
O fundo está colocado sobre um
Fonte : Sabesp
bastidor a 1,5 cm do solo.
Evaporímetro de Piché
Evaporímetro de Piché
O EVAPORÍMETRO DE PICHÉ (ATMÔMETRO) é
constituído por um tubo cilíndrico, de vidro, de
aproximadamente 30 cm de comprimento e um
centímetro de diâmetro, fechado na parte superior
e aberto na inferior.

A extremidade inferior é tapada, depois do tubo


estar cheio com água destilada, com um disco de
papel de feltro, de 3 cm de diâmetro, que deve ser
previamente molhado com água. Este disco é fixo
depois com uma mola.

A seguir, o tubo é preso por intermédio de uma


argola a um gancho situado no interior do abrigo.
Plataforma Automática de Coleta de Dados
Estimativa da Evaporação
Equacionamento de Estimativa da Evaporação

• Método combinado ou Método de Penmam


• Método de Priestley-Taylor
• Equações Empíricas
• Baseado no Tanque Classe A
MÉTODO COMBINADO
O MÉTODO COMBINADO OU MÉTODO DE PENMAM calcula a evaporação
considerando os efeitos da radiação e do vento.
Para isso, o método combinado combina as equações do método do balanço de
energia e do método aerodinâmico.
A combinação resulta na equação abaixo:

 Δ   γ 
E=   .Er +   .Ea
 Δ+γ   Δ+γ 

Onde:
E = Evaporação potencial (mm/dia);
Er = Evaporação calculada pelo método do balanço de energia (mm/dia);
Ea = Evaporação calculada pelo método aerodinâmico (mm/dia);
∆ = Gradiente da curva de pressão de saturação de vapor:
∆ = 4098 . es / (237,3 + T)2 (Pa/°C);
 = Constante psicrométrica:
 = 66,8 Pa/°C;

Ven Te Chow et all (1988)


Exemplo (Combinado)
Aplicar o método de combinação para calcular a taxa de evaporação a partir de uma
superfície aberta de água sujeita uma radiação líquida de 200 W/m2, uma
temperatura de 25oC, uma humidade relativa de 40% e uma velocidade do vento de
3 m/s, todos registrados a uma altura de 2 m, e uma pressão atmosférica de 101.3
kPa.
Solução: Do exemplo feito pelo balanço de energia a taxa de evaporação
correspondente a uma radiação líquida de 200 W/m2 é Er = 7,10 mm/dia, e do
exemplo feito pelo método aerodinâmico, temos Er = 7,45 mm/dia para uma
temperatura do ar, umidade e condições de vento dado. O método de combinação
requer valores para Δ e ɣ na equação abaixo:
 
E= Er  Ea
( +  ) ( +  )
A constante psicométrica ɣ é dada por,
CPK hp
 =
0,622lvK w
usando CP = 1,005 J/kgK para ar, Kh/Kw = 1,00, e Iv = 2,441 x 103 J/kg a 25°C,
temos:
Exemplo (Combinado)
CPK hp
 =
0,622lvK w
1,005.1.101,3.103
 =  67,1Pa/°C
0,622.2,441.103
Δ é o gradiente da curva da pressão do vapor de saturação a 25°C, dado por:
4,098es
=
(237,3 + T)2
com es = eas = 3,167 Pa para T = 25°C:

4,098es
=
(237,3 + T)2
4,098.3,167
=  188,7Pa/°C
(237,3 + 25)2

Então os pesos de poderação para a equação de combinação são ɣ (Δ + ɣ) =


67,1/(188,7 + 67,1) = 0,262 e Δ/(Δ + y) = 188,7/(188,7 + 67,1) = 738. A taxa de
evaporação se calcula utilizando:
Exemplo (Combinado)
 
E= Er  Ea
( +  ) ( +  )

Logo:

 
E= Er  Ea  0,738.7,10  0,262.7,45  7,2 mm/dia
( +  ) ( +  )
Método de Priestley-Taylor
Este método é baseado no fato de que em grandes áreas, as
considerações do balanço de energia governam a evaporação.

Portanto, no método de Priestley - Taylor, a evaporação é


calculada conforme a seguinte equação:

 Δ 
E = β.   .Er
 Δ+γ 

Onde:
E = Evaporação potencial (mm/dia)
Er = Evaporação calculada pelo método do balanço de energia (mm/dia);
∆ = 4098 . es / (237,3 + T)2 (Pa/°C)
 = 66,8 Pa/°C
 = 1,3
Ven Te Chow et all (1988)
Exemplo (Priestley-Taylor)
Utilizar o método de Priestley- Taylor para calcular a taxa de evaporação a partir de
um corpo de água com uma radiação líquida de 200 W/m2 e uma temperatura de
25°C.
Solução: O método de Priestley- Taylor aplica a equação:

E=α Er
( +  )
com Er = 7,10 mm/dia a partir do exemplo do balanço de energia, Δ/ (Δ + y) =
0,738 a 25°C a partir do exemplo do método combinado e α = 1,3. Logo,

E=α Er  1,3.0,738.7,10  6,8 mm/dia
( +  )
A qual se aproxima do resultado do método de combinação mais complicado como
mostrado no exemplo anterior.
Método Tanque Classe A

 Para grandes lagos usar K = 0,80

Coeficiente (K) para reservatórios

Coeficiente C1

Situação Superfície do espelho d'agua (hectares)


0-5 5 - 10 10 - 20 20 - 50 > 50
Normal 0,9 0,85 0,8 0,75 0,7
Bem protegida 0,81 0,77 0,72 0,68 0,63
Tanque Classe A
Dados de evaporação do tanque classe A
A tabela seguinte fornece os valores mensais médios da
evaporação do tanque classe A para alguns Municípios.
Município J F M A M J J A S O N D TOT
PATOS (PB) 319 254 236 203 219 221 247 298 316 354 337 331 3334
CRUZETA (RN) 316 257 233 211 193 209 242 289 314 354 340 341 3299

PETROLINA (PE) 270 243 224 203 223 217 242 268 299 337 311 314 3151

OURICURI (PE) 229 191 190 169 163 184 205 261 308 314 312 270 2796
IRECÊ (BA) 227 223 212 187 200 197 223 261 293 304 282 249 2858

BARBALHA (CE) 218 175 174 174 186 186 218 271 288 281 275 258 2704
SUMÉ (PB) 289 231 234 220 192 167 188 228 254 291 300 298 2892

TAUÁ (CE) 266 235 236 314 208 220 252 277 296 326 306 311 3146
FLORÂNIA (RN) 267 217 208 181 179 181 210 267 287 306 293 287 2884

CAICÓ (RN) 300 232 234 205 213 211 240 266 314 326 314 328 3182

SOUZA (RN) 268 203 194 173 178 185 218 267 294 317 314 326 2936
TRANSPIRAÇÃO
Definições

Processo de Transpiração no Sistema

Solo Planta Atmosfera.

A transpiração ocorre desde as raízes até

as folhas, pelo sistema condutor, pelo

estabelecimento de um gradiente de

potencial desde o solo até o ar. Quanto

mais seco estiver o ar (menor Umidade

Relativa), maior será esse gradiente.


TEORIA de DIXON ou
COESÃO TENSÃO TRANSPIRAÇÃO
Capacidade de Campo

• A capacidade de campo é o conteúdo de água


do solo após ele ter sido saturado com água e o
excesso ter sido drenado pela ação da gravidade.

• É maior em solos argiloso, solos que possuem alto


conteúdo de húmus e muito menor nos solos
arenosos.
EVAPOTRANSPIRAÇÃO
Definições
Evapotranspiração (ET) – Processo

simultâneo de transferência de água

para a atmosfera através da

evaporação (E) e da transpiração (T)

ET = E + T

 Em solos com cobertura vegetal é praticamente impossível separar o vapor


d’água proveniente da evaporação do solo daquele originado da
transpiração.
 Neste caso, a análise do aumento da umidade atmosférica é feita de forma
conjunta, interligando os dois processos num processo único, denominado
de evapotranspiração.
Definições
Evapotranspiração Potencial
(ETP) – quantidade de água
Evapotranspiração real (ETR) –
transferida para a atmosfera por
quantidade de água transferida para a
evaporação e transpiração, em uma
atmosfera por evaporação e
unidade de tempo, de uma
transpiração, nas condições reais
superfície extensa, completamente
(existentes) de fatores atmosféricos e
coberta de vegetação de porte baixo
umidade do solo. A ETR é igual ou
e bem suprida de água (Penman,
menor que a evapotranspiração
1956).
potencial (Gangopadhyaya et al,
1968).
Definições
• Evapotranspiração Potencial ou de Referência (ETO).
– Termo definido por Thornthwaite e posteriormente por Penman (1948), traduzindo a
perda d'água de uma superfície coberta com grama batatais (Paspalum notatum L.),
em fase de crescimento ativo, hem suprida de umidade, no centro de uma área tampão
irrigada, suficientemente grande para que os transportes horizontais de vapor d'água
sejam negligíveis. Se a área tampão não for suficiente, os balanços de energia laterais
incrementarão a perda d'água da superfície e a evapotranspiração decorrente receberá
o nome de evapotranspiração de oasis (ETO).

• Evapotranspiração Real (ETR).


– Refere-se à perda de água por evapotranspiração de uma superfície em quaisquer
condições de vegetação e suprimento de água.

• Evapotranspiração Máxima (ETm).


– Evapotranspiração máxima (ou demanda climática ideal, como preferimos) refere-se à
perda de água observada por evapotranspiração por uma superfície vegetada (OU
cultura) qualquer, em um estágio de desenvolvimento qualquer, desde que se
observem condições ideais (não restritivas) de umidade do solo, para o
desenvolvimento das plantas. Para uma cultura, tem um valor mínimo na ocasião da
emergência, assumindo um valor máximo, no estágio de maior índice de área fpliar (m2
de folhas/rn2 de terreno), que ocorre usualmente no fim do desenvolvimento vegetativo,
início da floração. Convém observar que a evapotranspiração ideal somente ocorrerá
quando a água no solo não for limitante.
Fatores que Afetam a
EVAPOTRANSPIRAÇÃO

 Fatores Ambientais
– Radiação Solar
– Temperatura do ar
– Umidade relativa do ar
– Vento

 Fatores fisiológicos
Fatores FISIOLÓGICOS
que afetam a Evapotranspiração
Os fatores relacionados às plantas interferem, definem e modificam a taxa de
evapotranspiração, afetando diretamente as resistências ao movimento da água
do solo para a atmosfera. Entre eles, destacam-se:

Fechamento estomatal - Praticamente a totalidade


da transpiração ocorre através dos estômatos por
causa da relativa impermeabilidade da cutícula.
Enrolamento e dobramento das folhas -
Quase nenhuma transpiração ocorre quando os
Muitas plantas têm mecanismos nas suas
estômatos estão fechados. A medida que a abertura
folhas que favorecem a redução da taxa de
dos estômatos aumenta, uma maior quantidade de
transpiração quando a disponibilidade de
vapor d'água pode ser transportada para a
água no solo torna limitante.
atmosfera. Entre os fatores que influenciam a
abertura e o fechamento dos estômatos, estão a luz
e o nível de umidade nas folhas.

Quantidade de folhas - Quanto maior a área Tamanho e numero dos estômatos - A


foliar de uma determinada espécie, maior será maioria das folhas de várias espécies de
a evapotranspiração. plantas, produtivas comercialmente,
apresenta estômatos em ambas as faces.
Medidas de
Evapotranspiração
Medição de evapotranspiração

• Lisímetro
– Peso
– Medir chuva
– Coletar água percolada
– Coletar água escoada
– Superfície homogênea

• Medições Micrometeorólogicas
Lisímetro
Lisímetro

Equipamento experimental de
campo para monitoramento
da evapotranspiração.
Medições micrometeorológicas
DETERMINAÇÃO DA
EVAPOTRASPIRAÇÃO DE
REFERÊNCIA
Determinação da evapotranspiração de referência
Existem métodos diretos para determinação e métodos indiretos para a
estimativa da evapotranspiração; e cada metodologia apresenta
características próprias.

Métodos Diretos
1) Lisímetros

2) Parcelas Experimentais no Campo


A obtenção da evapotranspiração por meio de parcelas experimentais,
depende de vários fatores. Este método só deve ser utilizado para a
determinação da ET total, durante todo o ciclo da cultura, e nunca a ET diária
ou semanal, pois, nestes casos, os erros seriam grandes. A água necessária,
durante todo o ciclo da cultura, é calculada pela soma da quantidade de água
aplicada nas irrigações, precipitações efetivas, mais a quantidade de água
armazenada no solo antes do plantio, menos a quantidade de água que ficou
retida no solo após a colheita.
Determinação da evapotranspiração de referência
Métodos Indiretos
São aqueles que não fornecem diretamente a evapotranspiração e, para
estimá-la, é preciso se utilizar de um fator (K), a ser determinado para cada
região e para cada método indireto.

De acordo com os princípios envolvidos no seu desenvolvimento, os


métodos de estimativa podem ser agrupados em QUATRO categorias:

Métodos Método
Empíricos Aerodinâmico

Balanço de Métodos
energia Combinados
Determinação da evapotranspiração de referência

Métodos
Empíricos

Estes métodos foram desenvolvidos


experimentalmente, sendo que na
seleção destes métodos deve-se
observar para quais condições
ambientais foram desenvolvidos e
fazer os ajustes regionais.

Método de
Evaporímetros
Blaney-Criddle
Determinação da evapotranspiração de referência

Balanço de
Aerodinâmico
energia

Este é um método
micrometeorológico, com
embasamento físico-teórico
da dinâmica dos fluidos e
transporte turbulento.
Determinação da evapotranspiração de referência

Métodos combinados
Método de Penman Penman modificado

Thornthwaite
Thornthwaite
modificado

Blaney-Criddle Hargreaves

O Relatório de Consultores Especialistas nos


Penman-Monteith Procedimentos para Revisão do Roteiro da
FAO chegou a conclusão unânime que a
equação combinada de melhor performance
na estimativa de ETo é a de Penman-Monteith
(Smith, 1991).
Método do Tanque Classe A
O método do tanque classe A baseia-se na medição da evaporação da água no
interior do tanque.

A seguinte equação é usada por esse método:


ETo = kt. EV
em que:
ETo é a evapotranspiração de referência (em mm/dia).
kt é o coeficiente de ajuste de tanque proposto pela FAO.
EV é a evaporação da água medida no tanque classe A (em mm/dia).

O coeficiente de ajuste de tanque da FAO "kt", para o caso do tanque instalado em


uma área gramada, foi assim definido por Allen e Pruitt (1991):

kt = 0,108 - 0,000331 U2 + 0,0422 ln(F) + 0,1434 In(URmed) - 0,000631 [ln(F)]2 In(URmed)

em que:
U2 é a velocidade média do vento, medida a 2 m da superfície do solo (ou
convertida para esta altura) (em km/dia).
F é a distância da qual se encontra instalado o centro do tanque classe A até os
limites da superfície gramada (em m).
URmed é a umidade relativa média do ar (em %).
Método de Thornthwaite
(Evapotranspiração Potencial mensal)
• Thornthwaite (1948), a partir da correlação entre dados de
evapotranspiração medida e temperatura do ar, elaborou
método empírico.
• Thornthwaite estabeleceu a seguinte equação para um mês
de 30 dias;

Sendo,
T  temperatura do mês em estudo
, ti  temperatura dos meses do ano
Tabela 2 – Fatores para correção da evapotranspiração potencial mensal,
dada pelo nomograma Thornthwaite para ajustá-la ao número de dias do mês
e duração do brilho solar diário, nos vários meses do ano e latitude entre 15
graus norte e 37 graus sul. (Fonte: VILLELA; 1975).
Lat. Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
15oN 0,97 0,91 1,03 1,04 1,11 1,08 1,12 1,08 1,02 1,01 0,95 0,97
10oN 1,00 0,91 1,03 1,03 1,08 1,05 1,08 1,07 1,02 1,02 0,98 0,99
5oN 1,02 0,93 1,03 1,02 1,06 1,03 1,06 1,05 1,01 1,03 0,99 1,02
Eq 1,04 0,94 1,04 1,01 1,04 1,01 1,04 1,04 1,01 1,04 1,01 1,04
5oS 1,06 0,95 1,04 1,00 1,02 0,99 1,02 1,03 1,00 1,05 1,03 1,06
10 oS 1,08 0,97 1,05 0,99 1,01 0,96 1,00 1,01 1,00 1,06 1,05 1,10
15 oS 1,12 0,98 1,05 0,98 0,98 0,94 0,97 1,00 1,00 1,07 1,07 1,12
20 oS 1,14 1,00 1,05 0,97 0,96 0,91 0,95 0,99 1,00 1,08 1,09 1,15
22 oS 1,14 1,00 1,05 0,97 0,95 0,90 0,94 0,99 1,00 1,09 1,10 1,16
23 oS 1,15 1,00 1,05 0,97 0,95 0,89 0,94 0,98 1,00 1,09 1,10 1,17
24 oS 1,16 1,01 1,05 0,96 0,94 0,89 0,93 0,98 1,00 1,10 1,11 1,17
25 oS 1,17 1,01 1,05 0,96 0,94 0,88 0,93 0,98 1,00 1,10 1,11 1,18
26 oS 1,17 1,01 1,05 0,96 0,94 0,87 0,92 0,98 1,00 1,10 1,11 1,18
27 oS 1,18 1,02 1,05 0,96 0,93 0,87 0,92 0,97 1,00 1,11 1,12 1,19
28 oS 1,19 1,02 1,06 0,95 0,93 0,86 0,91 0,97 1,00 1,11 1,13 1,20
29 oS 1,19 1,03 1,06 0,95 0,92 0,86 0,90 0,96 1,00 1,12 1,13 1,20
30 oS 1,20 1,03 1,06 0,95 0,92 0,85 0,90 0,96 1,00 1,12 1,14 1,21
31 oS 1,20 1,03 1,06 0,95 0,91 0,84 0,89 0,96 1,00 1,12 1,14 1,22
32 oS 1,21 1,03 1,06 0,95 0,01 0,84 0,89 0,95 1,00 1,12 1,15 1,23
33 oS 1,22 1,04 1,06 0,94 0,90 0,83 0,88 0,95 1,00 1,13 1,16 1,23
34 oS 1,22 1,04 1,06 0,94 0,89 0,82 0,87 0,84 1,00 1,13 1,16 1,24
35 oS 1,23 1,04 1,06 0,94 0,89 0,82 0,87 0,94 1,00 1,13 1,17 1,25
Método de Hargreaves
• A equação proposta por Hargreaves e
Christiansen (1973) é de fácil uso e requer
dados de temperatura, umidade e latitude. Ela
se aproxima muito da evapotranspiração da
grama, podendo ser usada com dados
climáticos do Brasil.

• A evapotranspiração (já modificada para os


dados climáticos disponíveis no Brasil) é dada
por:

ETP = F x TF x CH
Equação de Hargreaves

ETP = F x TF x CH

Onde:
F = fator mensal dependente da latitude (em mm/mês – Tabela 1).
TF = temperatura média em °F.
CH = fator de correção da umidade relativa média mensal.
Mas,
TF = 32 + 1,8T (T em °C).
CH = 0,158 x (100 – U)1/2, com o valor máximo de 1,0.
Tabela 1- Hargreaves
LAT MÊS
SUL
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

0 2.255 2.008 2.350 2.211 2.165 2.023 2.123 2.237 2.200 2.343 2.205 2.229

-1 2.288 2.117 2.354 2.197 2.137 1.990 2.091 2.216 2.256 2.358 2.234 2.265

-2 2.371 2.136 2.357 2.182 2.108 1.936 2.059 2.194 2.251 2.372 2.263 2.301

-3 2.353 2.154 2.360 2.167 2.079 1.902 2.076 2.172 2.246 2.386 2.290 2.337

-4 2.385 2.172 2.362 2.151 2.050 1.908 1.993 2.150 2.240 2.398 2.318 2.372

-5 2.416 2.189 2.363 2.134 2.020 1.854 1.960 2.126 2.234 2.411 2.345 2.407

-6 2.447 2.205 2.363 2.117 1.989 1.800 1.926 2.103 2.226 2.422 2.371 2.442

-7 2.479 2.221 2.363 2.099 1.959 1.785 1.893 2.078 2.218 2.433 2.397 2.476

-8 2.509 2.237 2.362 2.081 1.927 1.700 1.858 2.054 2.210 2.443 2.423 2.520

-9 2.538 2.251 2.360 2.062 1.896 1.715 1.824 2.028 2.201 2.453 2.448 2.544

-10 2.567 2.266 2.357 2.043 1.864 1.673 1.789 2.003 2.191 2.462 2.473 2.577

-11 2.596 2.279 2.354 2.023 1.832 1.644 1.754 1.976 2.180 2.470 2.407 2.010

-12 2.575 2.292 2.350 2.002 1.799 1.608 1.719 1.950 2.169 2.477 2.520 2.043

-13 2.657 2.305 2.345 1.981 1.767 1.572 1.684 1.922 2.157 2.484 2.543 2.075

-14 2.680 2.317 2.340 1.959 1.733 1.536 1.648 1.895 2.144 2.490 2.566 obs

-15 2.707 2.328 2.334 1.937 1.700 1.500 1.612 1.867 2.131 2.496 2.588 obs

-16 2.714 2.339 2.327 1.914 1.666 1.404 1.576 1.838 2.117 2.500 2.610 2.769

-17 2.760 2.349 2.319 1.891 1.632 1.427 1.540 1.809 2.103 2.504 2.631 2.799

-18 2.785 2.359 2.311 1.867 1.598 1.391 1.504 1.780 2.089 2.508 2.651 2.930

-19 2.811 2.368 2.302 1.843 1.564 1.354 1.467 1.750 2.072 2.510 2.671 2.859

-20 2.835 2.377 2.293 1.818 1.529 1.319 1.471 1.719 2.056 2.512 2.691 2.899

-21 2.860 2.395 2.282 1.792 1.494 1.281 1.394 1.689 2.039 2.514 2.710 2.918

-22 2.883 2.392 2.272 1.767 1.459 1.244 1.357 1.658 2.021 2.514 2.728 2.947

-23 2.907 2.399 2.260 1.740 1.423 1.208 1.320 1.626 2.003 2.514 2.747 2.975

-24 2.930 2.405 2.248 1.713 1.388 1.171 1.283 1.595 1.984 2.513 2.754 3.003

-25 2.952 2.411 2.234 1.686 1.352 1.104 1.246 1.583 1.965 2.512 2.781 3.031

-26 2.975 2.416 2.221 1.659 1.316 1.097 1.209 1.530 1.945 2.510 2.798 3.058

-27 2.996 2.420 2.206 1.630 1.280 1.001 1.172 1.497 1.924 2.507 2.814 3.085
Equação de Hargreaves

ETP = F x 0,158 x (100 – U)1/2 x (32 + 1,8T)

onde:
F = Tabela 1
U = umidade relativa média mensal (%)
: : :

T = temperatura média mensal (oC)


: :
Penman modificado
Apenas alguns de seus parâmetros são estimados por
fórmulas empíricas, tal como a função do vento.

(1−W)

em que:
• ETo é a evapotranspiração de referência (em mm/dia).
• c é o fator de ajuste proposto pela FAO (adimensional).
• W é o fator de ponderação, que depende da temperatura e da altitude.

λ é a constante psicrométrica (em mbar/°C) e δ é a declividade da curva de pressão de


saturação de vapor de água com a temperatura (em mbar/ °C)

• Rn é o saldo de radiação (em mm/dia) - corresponde à diferença entre a radiação


afluente e a radiação efluente. Pode ser calculada desde que se disponha de dados
da radiação solar, do número de horas de insolação, da temperatura, e da umidade.
• U2 é a velocidade média do vento, medida a 2 m da superfície do solo (ou convertida
para essa altura) (em km/dia).
• (ea - ed) é o déficit de saturação que traduz a diferença existente entre a
pressão de vapor à saturação a temperatura média do dia (mbar) e pressão real
de vapor da água a temperatura de ponto de orvalho (mbar). O valor de ea é
tabelado em função da temperatura média do ar em ºC. O valor de ed é igual ao
produto de ea pela UR, em que UR é a humidade relativa do ar em %, tal que:

ed = ea x URmédia/100

• (1-W) é um fator de ponderação correspondente aos efeitos do vento e da


humidade. Os seus valores encontram-se relacionados com a temperatura
média e a altitude.
• W é um fator de ponderação correspondente aos efeitos da radiação. Os seus
valores encontram-se relacionados com a temperatura média e a altitude.
• O termo 0,27(1 + 0,01.U2) é denominado de função do vento [f(u)].
• O fator de ajuste da FAO "c" foi definido por Allen e Pruitt (1991) como:

c = 0,892 - 0,0781 Ud + 0,00219 Ud Rs + 0,000402 URmax Rs + 0,000196 Ud/Un


Ud URmax + 0,0000198 Ud/Un Ud URmax Rs + 0,00000236 Ud2 URmax Rs -
0,0000086 (Ud/Un)2 UdURmax - 0,0000000292 Ud/Un Ud2 URmax2 Rs -
0,0000161 URmax Rs2

em que:
Ud é a velocidade média do vento durante o dia (em m s-1).
Un é a velocidade média do vento durante a noite (em m s-1).
Método de Blaney-Criddle
Foi desenvolvido originalmente para estimativas de
uso consutivo em regiões semi-áridas, e utiliza a
seguinte equação:

ETP = (0,457 . T + 8,13) . p


Sendo,
ETP = evapotranspiração mensal (mm/mês);
T = temperatura média anual em oC;
p = percentagem de horas diurnas do mês sobre o total de horas
diurnas do ano.
Blaney e Criddle
A equação possui o seguinte formato:

ETo = a + b [p (0,46 T + 8,13)]

em que:
ETo é a evapotranspiração de referência (em mm/dia).
a e b são fatores de ajuste da FAO (adimensionais).
p é a porcentagem de horas de brilho solar diária em relação ao total anual, para
um dado mês e latitude.
T é a temperatura média do dia (em °C).

Os fatores de ajuste da FAO, "a" e "b", foram definidos por Allen e Pruitt (1991) como:

a = 0,0043 URmin - n/N - 1,41


b = 0,908 - 0,00483 URmin + 0,7949 n/N + 0,0768 [ln(Ud + 1)]2 -0,0038 URmin n/N-
0,000433 URmin Ud +0,281 ln(Ud + 1) ln(n/N+1) - 0,00975 ln(Ud+1) [ln(URmin + 1)p
ln(n/N + 1)

em que:
n/N é a razão entre o numero de horas de brilho solar atual e o máximo possível
(adimensional).
URmin é a umidade relativa mínima do ar (em %).
Método de Blaney-Criddle
Método da Radiação
A sua equação é expressa por:
ETo = r (W Rs)
em que:
ETo é a evapotranspiração de referência (em mm/dia).
W é o fator de ponderação que depende da temperatura e da altitude (já definido
anteriormente).

Em que: λ é a constante psicrométrica (em mbar/°C) e δ é a declividad eda curva de


pressão de saturação de vapor de água com a temperatura (em mbar/°C)
Rs é a radiação solar global à superfície (em mm/dia).
r é o fator de ajuste proposto pela FAO, que foi definido por Frevert etal. (1983) como:
r = 1,066 - 0,00128 URmed + 0,045 Ud - 0,0002 URmed Ud -0,0000315 (URmed)2 -
0,001103 (Ud)2

em que:
URmed é a umidade relativa média do ar (em %).
Ud é a velocidade média do vento durante o dia (em m s-1).
Método do Balanço de Energia

Onde:
ETP = Evapotranspiração potencial diária (mm/dia)
RL = Radiação líquida (W/m2);
lv = Calor latente de vaporização (J/kg)
lv = 2,501 . 106 – 2370 . T ;
ρw = massa específica da água (ρw = 977 kg/m3);
T = Temperatura do ar (°C);
Método Aerodinâmico

Onde:
ETP = Evapotranspiração potencial (mm/dia);
es = Pressão de vapor saturado (Pa)
, ⋅
𝑒 = 611 ⋅ 𝑒 ,

ea = Pressão de vapor atual (Pa) ea = UR . es ;

u = Velocidade do vento na altura z2 (m/s);


z2 = Altura da medição da velocidade do vento
(geralmente é adotado 2 m a partir da
superfície);
z1 = Altura de rugosidade da superfície natural.
Método Combinado ou de Penmam

Onde:
ETP = Evapotranspiração potencial (mm/dia);
Er = Evaporação calculada pelo método do balanço de energia
(mm/dia);
Ea = Evaporação calculada pelo método aerodinâmico (mm/dia);
∆ = 4098 . es / (237,3 + T)2 (Pa/°C)
 = 66,8 Pa/°C
Método de Priestley - Taylor

Onde:
ETP = Evapotranspiração potencial (mm/dia)
Er = Evaporação calculada pelo método do balanço de energia
(mm/dia);
∆ = 4098 . es / (237,3 + T)2 (Pa/°C)
 = 66,8 Pa/°C
 = 1,3
CARACTERÍSTICA DA SUPERFÍCIE PARA
SE CALCULAR A ETP
Sediyama (1995) fornece uma criteriosa análise dos concertos e dos
procedimentos metodológicos de cálculos da ETo, e ressalta as
dificuldades de utilização dos lisímetros, dos métodos de balanço de
energia e aerodinâmicos ou combinados e da equação de Penman-FAO,
sugerindo, então, que se estabeleça um critério e uma metodologia para
atender a uma nova definição de cultura de referência e a estimativa de
ETo, com base nos procedimentos para revisão do Boletim FAO-24, de
acordo com Smith (1991).

A nova ETo é conceituada como a taxa de evapotranspiração (ET) de uma


cultura hipotética, com uma altura uniforme de 0,12 m, resistência do
dossel da cultura de 70 sm-1 e albedo de 0,23.

Esse conceito de ETo assemelha-se bastante ao de ET de uma superfície


extensa coberta com grama de altura uniforme, em crescimento ativo, e
cobrindo completamente a superfície do solo e sem restrição de umidade.
Método combinado de Penman-Monteith
O método combinado de Penman-Monteith tem fornecido melhores resultados de
estimativa da ETo para o caso dessa cultura hipotética de referência, atendendo tanto
a definição original de ET potencial de Penman quanto ao concerto de ETo da FAO.

Para fins de padronização dos procedimentos de cálculos da nova proposta da ETo


para estimativas de 24 horas, a seguinte equação combinada de Penman-Monteith foi
proposta (SMITH, 1991):

em que:
ETo é a evapotranspiração de referência da cultura hipotética (em mm d-1).
Rn é o saldo radiação (em MJ m-2 d-1).
G é o fluxo de calor no solo (em MJ m-2 d-1).
T é a temperatura do ar (em °C).
U2 é a velocidade do vento a 2 m de altura (em m s-1).
(ea - ed) é o déficit de pressão de vapor (em kPa).
δ é a declividade da curva de pressão de vapor de saturação (em kPa°C-1).
λ é o calor latente de evaporação da água (em MJ kg-1).
ɣ* é a constante psicrométrica modificada, em que kPa°C-1 = 1 + 0,33 U2.900 é o fator de
conversão KJ-1 kg K.
Penman - Monteith

 E [m.s-1] taxa de evaporação da água;


 λ [MJ.kg-1] calor latente de vaporização;
 Δ [kPa.ºC-1] taxa de variação da pressão de saturação do vapor;
 RL [MJ.m-2.s-1] radiação líquida na superfície;
 G [MJ.m-2.s-1] fluxo de energia para o solo;
 A [kg.m-3] massa específica do ar;
 W [kg.m-3] massa específica da água;
 cp [MJ.kg-1.ºC-1] calor específico do ar úmido (cp = 1,013.10-3 MJ.kg-1.ºC-1);
 es [kPa] pressão de saturação do vapor;
 ed [kPa] pressão do vapor;
 γ [kPa.ºC-1] constante psicrométrica ( = 0,66)
 rs [s.m-1] resistência superficial da vegetação (descrita no item B.4)
ra [s.m-1] resistência aerodinâmica (descrita no item B.3)
Coeficiente de cultivo

Ec = Kc . ETP
Período de Coeficientes de evapotranspiração ”k”
Culturas crescimento
(meses) Litoral Zona Árida
Algodão 7 0,60 0,65
Arroz 3-4 1,00 1,20
Batata 3 0,65 0,75
Cereais menores 3 0,75 0,85
Feijão 3 0,60 0,70
Milho 4 0,75 0,85
Pastos - 0,75 0,85
Citrus - 0,50 0,65
Cenoura 3 0,60 -
Tomate 4 0,70 -
Hortaliças 0,60 -
ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO DA CULTURA PERIODO
CULTURA TOTAL DE

TABELAS COEFICIENTE DE CULTIVO


(I) (lI) (III) (IV) (V) CRESCIMENTO
Banana
- tropical 0,4 -0,50 0,70-0,85 1,00 -1,10 0,90 -1,00 0,75-0,85 0,70-0,80
- subtropical 0,5-0,65 0,80-0,90 1,00 -1,20 1,00 -1,15 1,00- 1,15 0,85 -0,95
Feijão
-verde 0,30 -0,40 0,65-0,75 0,95 - 1,05 0,90 -0,95 0,85 - 0,95 0,85 -0,90
-seco 0,30 -0,40 0,70 - 0,80 1,05-1,20 0,65-0,75 0,25 - 0,30 0,70 -0,80
Repolho 0,40 -0,50 0,70 - 0,80 0,95 - 1,10 0,90 -1,00 0,80 - 0,95 0,70 -0,80
Algodão 0,40 -0,50 0,70 - 0,80 1,05-1,25 0,80 -0,90 0,65 - 0,70 0,80 -0,90
Amendoim 0,40-0,50 0,70-0,80 0,95 -1,10 0,75-0,85 0,55 - 0,60 0,75-0,80
Milho
- verde 0,30-0,50 0,70 - 0,90 1,05-1,20 1,00 -1,15 0,95 -1,1 0 0,80 -0,95
-grilos 0,30 -0,50 0,80 - 0,85 1,05-1,20 0,80 - 0,95 0,55 - 0,60 0,75 -0,90
Cebola
-seca 0,40 -0,60 0,70 - 0,80 0,95 -1,10 0,85-0,90 0,75 - 0,85 0,80 -0,90
-verde 0,40 -0,60 0,60 -0,75 0,95 -1,05 0,95-1,05 0,95 -1,05 0,65 -0,80
Ervilha 0,40 -0,50 0,70 - 0,85 1,05-1,20 1,00 -1,15 0,95 -1,10 0,80 -0,95
Pimenta 0,30 -0,40 0,60 -0,75 0,95 -1,10 0,85-1,00 0,80 - 0,90 0,70 -0,80
Batata 0,40 -0,50 0,70-0,80 1,05-1,20 0,85- 0,95 0,70 - 0,75 0,75 -0,90
Arroz 1,10 - 1,15 1,10 - 1,50 1,10 -1,30 0,95- 1,05 0,95 -1,05 1,05 -1,20
Açafrão 0,30 -0,40 0,70 - 0,80 1,05-1,20 0,65-0,70 0,20 - 0,25 0,65 -0,70
sorgo 0,30-0,40 0,70-0,75 1,00- 1,15 0,75-0,80 0,50-0,55 0,75-0,85
Soja 0,30 -0,40 0,70 - 0,80 1,00 -1,15 0,70 - 0,85 0,40 - 0,50 0,75 -0,90
Beterraba 0,40 -0,50 0,75-0,85 1,05-1,20 0,90 -1,00 0,60 - 0,70 0,80 -0,90
cana-de- açúcar
0,40 -0,50 0,70 -1,00 1,00 -1,30 0,75-0,80 0,50 - 0,60 0,85 - 1,05
Fumo 0,30 -0,40 0,70-0,80 1,00 -1,20 0,90 -1,00 0,75 - 0,85 0,85 -0,95
Tomate 0,40 -0,50 0,70 - 0,80 1,05 -1,25 0,80 -0,95 0,60 - 0,65 0,75 -0,90
Melancia 0,40 -0,50 0,70 - 0,80 0,95-1,05 0,80-0,90 0,65 - 0,75 0,75 -0,85
Trigo 0,30 -0,40 0,70 - 0,80 1,05- 1,20 0,65-0,75 0,20 - 0,25 0,80 -0,90
Alfafa 0,30 -0,40 1,05-1,20 0,85 - 1,05
Citros 0,85 -0,90

Primeiro número: UR > 70% e velocidade do vento < 5 m/s. Segundo número: UR < 20% e velocidade do vento > 5 m/s.
Caracterização dos estágios:
- Estágio I -emergência até 100% do desenvolvimento vegetativo (DV). - Estágio II - 10% do DV até 80% do DV.
- Estágio III - 80% do DV até 100% do DV. - Estágio IV- maturação.
- Estágio V – colheita.
Evaporação em lagos e
reservatórios
Método do balanço hídrico
• Equação da continuidade no lago
𝑖𝑛 𝑜𝑢𝑡

• ou ainda,

𝑖𝑛 𝑢𝑡

• para:
A – km2
P – mm/mês 𝐸
E – mm/mês 𝑄𝑖𝑛 − 𝑄𝑜𝑢𝑡 Δ𝑉
= 2.592 + 𝑃 − 1.000
Qin e Qout – m3/s 𝐴 𝐴

h1

h2

h3

Reservatório - Corte Reservatório - Planta


EVAPORAÇÃO
&
EVAPOTRANSPIRAÇÃO

ATIVIDADE PARA NOTA


Até a próxima aula.

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