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TROCAS TÉRMICAS

INTRODUÇÃO

 O mecanismo de trocas térmicas tem base no clima e no


relacionamento do organismo humano com o meio ambiente
térmico.
 Considerações básicas paras as trocas térmicas:
- Existência de dois corpos com diferentes temperaturas.
- Mudança de estado de agregação
CINCO PRINCIPAIS FATORES QUE INFLUENCIAM
AS TROCAS TÉRMICAS ENTRE O MEIO
AMBIENTE E O ORGANISMO.

 Temperatura do ar;
 Umidade relativa do ar;
 Velocidade do ar;
 Calor radiante;
 Tipo de atividade.
O calor dissipado através dos mecanismos de trocas térmicas entre o
corpo e o ambiente, envolve:

 Trocas secas
 convecção;
 radiação;
 condução;

- Trocas úmidas
 evaporação.
 condensação
TROCAS TÉRMICAS SECAS

 São trocas de calor que envolve variação de temperatura. Seus


mecanismos são, convecção, radiação e condução.
CONVECÇÃO

 São trocas térmicas entre dois corpos sendo um deles sólido e o


outro um fluido (líquido ou gás).
  Convecção um processo de remoção de calor que ocorre quando o
ar apresenta temperatura inferior à do corpo e o corpo transfere
calor pelo contato com o ar frio circundante. À medida que o ar
quente sobe, o ar frio ocupa seu lugar, completando assim o seu
ciclo de convecção.  Se a temperatura do ar for mais elevada do que
a superfície do corpo, o ar cederá calor para o corpo invertendo o
mecanismo.
EXEMPLOS DE CONVECÇÃO
RADIAÇÃO

 A radiação térmica seria o processo pelo qual a energia radiante é


transmitida de superfície quente para a fria por meios de ondas
eletromagnéticas que, ao atingirem a superfície fria, transformam-se
em calor. É emitida para todos os corpos que tem temperatura
superior a zero.
 Os corpos têm a capacidade de emitir ou receber radiação. Permite a
transmissão sem um meio de propagação, ocorrendo mesmo no
vácuo.
EXEMPLOS DE RADIAÇÃO
CONDUÇÃO
 É a troca de calor entre dois corpos que se tocam, ou mesmo partes
do corpo que estejam a temperaturas diferentes.
TROCAS TÉRMICAS ÚMIDAS

 É a mudança de estado de agregação da água, do estado líquido


para o estado de vapor e do estado de vapor para o líquido. Ou seja,
são trocas de calor que envolve variação de temperatura, energia.
Seus mecanismos são: evaporação,
condensação.
EVAPORAÇÃO

 É a troca úmida proveniente da mudança do estado líquido para o


estado gasoso.
 No caso concreto da água, a evaporação não ocorre somente quando
é alcançado o ponto de ebulição (com a pressão de 1 atm). A água
está em constante evaporação, sendo que as moléculas da superfície
evaporam e condensam constantemente. 
EXEMPLO DE EVAPORAÇÃO
CONDENSAÇÃO

 Pode-se observar um exemplo de condensação quando gotas de


água se formam no lado externo de um copo de água gelada. As
gotas parecem surgir do nada, mas na realidade são formadas pelo
vapor de água no ar. O orvalho formado na grama durante a noite é
outro exemplo de condensação.
 A condensação ocorre quando as moléculas de um gás se resfriam.
Ao perder calor, as moléculas perdem energia e velocidade, e se
aproximam de outras moléculas gasosas. Essas moléculas se juntam
e formam um líquido.
EXEMPLO DE CONDENSAÇÃO
VARIÁVEIS DO CLIMA EXTERIOR

Temperatura
- do ar
- superficial
Umidade
- relativa (%)
- absoluta
Radiação solar
- direta e difusa (W/m²)
- insolação (h)
Vento
- direção (graus)
- velocidade (m/s , km/h)
VARIÁVEIS DO CONFORTO HUMANO

* Metabolismo

* Vestimenta

* Parâmetros que descrevem


o ambiente termicamente:
- temperatura do ar
- temperatura radiante média
- velocidade do ar
- umidade do ar
COMPORTAMENTO TÉRMICO DA
CONSTRUÇÃO

 0 sol é uma fonte de calor importante, que ao atingir um edifício


representa um ganho de calor. Os elementos da edificação, que
recebem os raios solares, diretos e difusos, e que são de alta
temperatura, podem ser divididos em:

 Opacos

 Transparentes

 Translúcidos
NOMENCLATURA E UNIDADES DOS
COEFICIENTES E VARIÁVEIS

K = coeficiente global de transmissão térmica (W/m²ºC)


te = temperatura do ar externo (ºC)
ti =temperatura do ar interno (ºC)
α = coeficiente de absorção da radiação solar
Ig = intensidade de radiação solar incidente global (W/m²)
he = coeficiente de condutância térmica superficial externa (W/m²ºC)
q = intensidade do fluxo térmico
τ = coeficiente de transparência quanto à radiação solar
t = diferença entre a temperatura do ar interno e externo
TROCAS DE CALOR ATRAVÉS DE PAREDES
OPACAS

 Quando a radiação solar incide sobre a parede opaca, ela é absolvida


e dissipada para o interior ou exterior, e uma parte é refletida.
 A energia absolvida se transforma em calor e a refletida não sofre
modificação alguma.
 Para representar a intensidade do fluxo térmico (q) que atravessa a
parede, por efeito da radiação solar e diferença de temperatura, é
representado como:
TROCAS DE CALOR ATRAVÉS DE PAREDES
TRANSPARENTES OU TRANSLÚCIDOS

 Quando uma parede transparente ou translúcida recebe radiação


solar, ocorre uma diferença de temperatura entre os ambientes que o
separa.
 A intensidade do fluxo térmico (q) que atravessa a parede
transparente ou translúcida, deve incorporar, a parcela que penetra
por transparência (τ Ig). Assim, tem-se:
ELEMENTOS DE PROTEÇÃO SOLAR
(“BRISE-SOLEIL”)
 O controle de insolação através de proteção solar é importante para
o projeto do ambiente térmico.
 O brise-soleil significa quebra-sol e é uma boa opção para barrar
parte da incidência solar, além de transformar as fachadas das
edificações de dia, agregam textura e a noite transformam as
edificações em verdadeiras caixas de luz.
 Pode ser utilizado o quebra-sol tanto para proteção de paredes
transparentes ou translúcidas como para as paredes opacas leves.
PROTEÇÃO SOLAR DE PAREDES OPACAS

 Quando em uma parede opaca é colocada um quebra-sol, acontece


várias trocas de mecanismos.
 Os brises na horizontal são mais utilizados nas fachadas norte. Já os
brises verticais são mais utilizados nas fachadas leste e oeste.
Enquanto na fachada sul, não é muito utilizado , pois tem uma
menor incidência de sol.
PROTEÇÃO SOLAR DE PAREDES
TRANSPARENTES OU TRANSLÚCIDAS
 A proteção solar nestes tipos de paredes, podem ser colocados
internamente ou externamente, ou ainda no caso do vidro duplo,
entre o meio. Tendo uma maior eficiência a proteção externa, pois
impede a passagem antes de atingir o vidro. E dependendo da
localização, função e orientação do edifício, proteções internas pode
ser mais indicado.
INÉRCIA TÉRMICA DE UM COMPONENTE DA
ENVOLVENTE
 Se o isolamento térmico, representa a capacidade de deixar passar
parte do calor que incide sobre uma das faces da envolvente, a
“Inércia térmica” é a capacidade da envolvente em retardar a
passagem da mesma porção de calor, devido ao aquecimento ou o
resfriamento dos materiais. A inércia térmica tem origem na
capacidade, que os materiais possuem de armazenar calor.
 Desta forma, um edifício de grande inércia térmica tem tendência a
armazenar a energia recolhida por períodos mais longos e a
amenizar, os efeitos das variações climáticas.
EXEMPLO DE INÉRCIA TÉRMICA

Inércia térmica de uma parede real (q2) e de uma parede fictícia de peso nulo
(q1).
Centro Universitário de Brusque – UNIFEBE

Acadêmicos : Ana Paula Mafra Dias


Ane Carla Rachor
Julio Cezar Vieira

Professor: Francisco Alberto Skorupa

Disciplina: Conforto Ambiental Térmico

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