Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2
1 - Características da construção.
3
Figura 2: Ambiente Figura 3: Ambiente
4
2.1.1 - Coeficiente global de Transferência de Calor – Q. Condução.
Através da equação do calor e utilizando os dados das tabelas 01 e 02, sobre os coeficientes
dos materiais empregados nas construções e coeficientes de condições climatológicas, é possível
calcular a correção do coeficiente global de transferência de calor para a construção. Onde:
𝑄 = 𝑈𝐴(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖 )
Após a seleção dos coeficientes globais é feita a seleção dos coeficientes para o cálculo
de correção.
5
Tabela 02: Coeficientes de convecção recomendados para paredes externas e internas.
Paredes exteriores Paredes interiores Paredes exteriores sujeitas a vento
Sentido do fluxo hi he hi he Tipo de Velocidade he
2 2 2 2
(W/m K) (W/m K) (W/m K) (W/m K) vento (m/s) (W/m2K)
Horizontal 8 20 8 8 Fraco 1 13
Vert. ascendente 11 20 10 10 Médio 3 21
Vert. descendente 6 20 6 6 Forte 9 35
Fonte: Centre ScientifiqueetTechniqueduBatiment CSTB, 1958
Com estes coeficientes definidos então são calculadas as áreas da janela e paredes, bem
como definido os valores de temperatura externa e interna, com esses dados conhecidos pode se
calcular o Q de condução.
𝑄 = 𝑈𝐴(𝑇𝑒 − 𝑇𝑖 )
Temperaturas:
Para determinação da temperatura externa foi consultada a normal climatológica, nas
publicações da Embrapa, para a cidade de passo fundo, onde foi utilizado a temperatura máxima
absoluta, considerando a pior condição.
Fonte: Embrapa.
A temperatura interna foi definida em 24°C para permitir um conforto térmico, dado
pela NBR 6401, durante o verão para residências.
6
Tabela 04: Condições internas para o verão.
Janela:
U= 5,79W/m²K
A= 1,65m²
Q=136,62W
Paredes:
Considerando a condição para convecção vertical ascendente e levando em
consideração os dados climatológicos da Embrapa (Tabela 5) para a velocidade média anual do
vento em Passo Fundo de 4,225m/s, foram definidos os coeficientes para a pior condição:
7
Tabela 05: Velocidade média do vento em Passo Fundo.
Fonte: Embrapa.
Utilizando o valor do coeficiente global para tijolo 8 furos rebocado (Tabela 1).
U = 2,49 W/m²K
8
Carga térmica total por condução:
Na tabela 08, temos a radiação solar de acordo com o horário e posição no dia 22 de
dezembro (solstício de verão). Foram consideradas as condições de maior insolação para o
cálculo.
9
Tabela 08: Radiação solar (W/m2) planos verticais/horizontais - latitude 30° sul
06h 07h 08h 09h 10h 11h 12h 13h 14h 15h 16h 17h 18h
S 142 188 143 78 63 68 65 68 63 78 143 188 142
SE 330 563 586 502 345 116 65 68 63 58 50 43 25
22 de dezembro
L 340 633 715 667 517 309 65 68 63 58 50 43 25
NE 165 357 456 475 422 311 146 68 63 58 50 43 25
N 25 43 50 58 117 170 179 170 117 58 50 43 25
NO 25 43 50 58 63 68 146 311 422 475 456 357 165
O 25 43 50 58 63 68 65 309 517 667 715 633 340
SO 25 43 50 58 63 68 65 116 345 502 586 563 330
H 114 345 588 804 985 1099 1134 1099 985 804 588 345 114
Fonte: Gonçalves
Sabendo que:
𝑄paredeNE = 101,57W
10
Obtém-se:
𝑄paredeSE = 140,56W
Para janela de vidro SE:
Sabendo que:
𝑄 = 𝑆𝐴𝐼
S= 0,66 (vidro cinza sombra de uma lâmina, Tabela 09)
A= 1,65m²
I= 586W/m²
𝑄janelaSE = 638,15W
Carga térmica total por insolação:
𝑄insolação = ∑𝑄 = 𝑄paredeNE + 𝑄paredeSE+ 𝑄janelaSE
𝑄insolação =880,28W
11
Estes valores refletem o calor liberado por um homem adulto. Uma mulher adulta libera
85% deste valor, e uma criança, independente do sexo, libera 75% do valor para um adulto do
sexo masculino, conforme norma NBR 6401.
𝑄𝑝𝑒𝑠𝑠𝑜𝑎𝑠 = 𝑄ℎ𝑜𝑚𝑒𝑚 + (𝑄ℎ𝑜𝑚𝑒𝑚 ∗ 0,85)
𝑸𝒑𝒆𝒔𝒔𝒐𝒂𝒔 = 𝟏𝟏𝟔, 𝟓𝟓 𝑾
Como a luz também se transforma em calor depois de absorvida pelos materiais, no caso
de iluminação com lâmpadas incandescentes, adota-se como carga térmica a potência instalada,
nominal. Para as lâmpadas fluorescentes, deve ser considerado 125% da potência nominal, devido
ao calor gerado pelos reatores.
A tabela 11, extraída na norma NBR 16401, mostra a Energia dissipada pelas luminárias
para diversas aplicações.
Tabela 11: Calor dissipado pelo sistema de iluminação, por aplicação, em W/m2.
Local Tipo de iluminação Nível iluminação (LUX) Potência dissipada (W/m2)
Escritórios Fluorescente 1000 40
Lojas Fluorescente 1000 50
Residências Incandescente 300 30
Supermercados Fluorescente 1000 35
Barbearias e Salões beleza Fluorescente 500 20
Cinemas e teatros Incandescente 60 15
Museus e bibliotecas Fluor./Incand. 500 / 500 45 / 70
Restaurantes Fluor./Incand. 150 / 150 15 / 25
Bancos Fluorescente 1000 35
Auditórios: Tribuna Incandescente 1000 50
Auditórios: Platéia Incandescente 500 30
Auditórios: Sala de espera Incandescente 150 20
Hotéis: Banheiros Incandescente 150 25
Hotéis: Corredores Incandescente 100 15
Hotéis: Sala de leitura Fluor./Incand. 500 / 500 45 / 70
Hotéis: Quartos Incandescente 500 35
Hotéis: Salas de reuniões Incandescente 150 20
Hotéis: Portaria/recepção Incandescente 250 35
Fonte: NBR 16401. Obs: Valores para fluorescentes já incluem reatores.
Como na tabela não são informados os valores de potência dissipada para lâmpadas led,
será considerado a mesma condição de cálculo para lâmpadas fluorescentes, já que as lâmpadas
led’s possuem uma fonte cc interna que dissipa color fazendo as vezes do reator.
12
𝑄𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 = 𝑃𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 ∗ 1,25
𝑃𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 = 10𝑊
𝑄𝑙â𝑚𝑝𝑎𝑑𝑎 = 12,5𝑊
Para calculo da carga térmica dissipada pelo televisor foi utilizado a tabela 12.
𝑄𝑡𝑒𝑙𝑒𝑣𝑖𝑠𝑜𝑟 = 400𝑊
13
Tabela 13: Infiltração de ar por tipo de abertura
Tipo de abertura Vazão de ar (m3/h)
Frestas: Janelas comuns 3,0
Frestas: Janelas basculantes 3,0
Frestas: Janelas guilhotina madeira bem ajustada 6,5
Frestas: Janelas guilhotina madeira mal ajustada 2,0
Frestas: Janelas guilhotina metalica sem vedação 4,5
Frestas: Janelas guilhotina metalica com vedação 1,8
Frestas: Portas mal ajustadas 13,0
Frestas: Portas bem ajustadas 6,5
Porta giratória 1,8m Porta vai e vem 0,9 m
Portas de Bancos 11,0 14,0
Portas de Barbearias 7,0 9,0
Portas de Drogarias e Farmácias 10,0 12,0
Portas de Escritórios 9,0 9,0
Portas de Lojas em geral 12,0 14,0
Portas de Restaurantes 3,0 4,0
Portas de Lanchonetes 7,0 9,0
Portas abertas até 90cm 1350,0
Portas abertas de 90cm a 1,80 m 2000,0
Fonte: NBR 16401.
14
4 - Carga Térmica Total do Ambiente - Q. Total.
Q. Condução 1023,33W
Q. Insolação 880,28W
Q. Pessoa 116,55W
Q. Equipamento 412,5W
Q. Infiltração 46,69W
Q. Total 2479,35W
Com isso é constatado que a carga térmica para as condições mais severas que o
ambiente está exposto são 2479,35W.
15
Há a consciência de que a unidade evaporadora não está instalada de forma centralizada
na parede e isto compromete a distribuição de ar uniforme no ambiente, criando um pequeno
gradiente de temperatura. Mesmo sendo o ideal, para o correto posicionamento da evaporadora,
não é possível instalar a unidade condensadora na parede voltada ao NE (menor custo de
instalação), pois está na divisa do terreno.
Por motivos estéticos e de custos foi optado pela instalação da unidade evaporadora de
modo descentralizado, porém pode se indicar como melhoria a centralização da unidade
evaporadora e instalação dos dutos de gás, dreno e fiação elétrica internamente na parede. Desse
modo há uma melhora na eficiência e conforto do ambiente e ainda mantém se uma boa estética
de instalação sem dutos aparentes.
A unidade condensadora encontra se instalada
Equipamento Instalado
Fabricante Modelo Capacidade
Eletrolux Ecoturbo VI09F/VE09F 9000Btu/h
6 – Local de instalação.
16
A unidade condensadora encontra se instalada e fixada ao muro a 30cm de altura em
relação a calçada. Foi definido este local pois é de facil acesso para manutenção e limpeza, além
de atender os requisitos de comprimeto de tubulação necessário conforme recomendado pelo
fabricante, também há pouca incidência direta dos raios do sol, parte da manhã fica protegida pelo
muro e antes do meio dia já esta sob a sombra novamente, não ficando mais exposta ao sol.
17