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Climatização
Trabalho 2 - Cargas Térmicas
Docente:
Alunos:
• Bernardo Carreira Nº49531
• Miguel Marques Nº49567
• Filipe Neves Nº49604
• João Rosa Nº49621
Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 3
Dados............................................................................................................................................. 4
Análise do Balanço Térmico .......................................................................................................... 5
Carga Sensível do Local ............................................................................................................. 5
Ganhos de calor por radiação solar....................................................................................... 5
Ganhos de calor por radiação e transmissão de paredes exteriores e coberturas .................. 6
Ganhos de calor por transmissão exceto paredes exteriores e coberturas ............................. 9
Ganhos de Calor Interno ..................................................................................................... 11
Ganhos de Calor Latente do Local........................................................................................... 13
Condições de Higiene .............................................................................................................. 13
Ganhos Efetivos do Local ........................................................................................................ 14
Análise do Sistema .................................................................................................................. 14
Pré-avaliação ............................................................................................................................... 15
Conclusão .................................................................................................................................... 16
Balanço Térmico .......................................................................................................................... 17
Carta Psicrométrica ..................................................................................................................... 18
Introdução
Com o propósito de calcular a carga sensível associada à sala M.2.22, foram consideradas as
condições mais desfavoráveis às quais a sala estará sujeita ao longo do dia. Após alguma analise
do posicionamento da sala e localização concluiu-se que a altura com a carga térmica sensível
mais elevada seria às 15:00, no mês de julho. Este horário representa o pico de calor, além de
ser o momento em que a sala estará na sua capacidade máxima de lotação.
A sala em estudo contém duas janelas orientadas a Este, cada uma com uma área de 4.62 𝑚2 e
com uma latitude de 38.75ºN.
Consultando a tabela 15 do Manual de Carrier e utilizando uma latitude Norte de 40º para o mês
de Julho às 15 horas, com um vidro simples e orientação Este, retira-se uma radiação especifica
de 35 Kcal/m2.h. Para o fator de correção consultou-se a tabela 16 da página 1-46 do Manual
de Carrier, considerando vidro simples e sem precianas, temos um valor de 1 para o fator de
correção.
A nossa sala é constituída por duas paredes exteriores, uma orientada a Norte e outra a Este, e
um telhado exposto a radiação solar:
Parede Norte
➢ No cálculo de coeficiente global de transferência de calor, foi utilizado os coeficientes
de condutibilidade térmica retirados dos quadros I.1 e I.2 do Manual ITE50 e a espessura
de cada elemento que compõe a parede. Para o reboco tradicional utilizou-se os valores
da argamassa e reboco tradicional tirando o valor de 1.3 W/(m.ºC), para a alvenaria de
tijolo cerâmico utilizou-se o valor de 0.69 W/(m.ºC), supondo que se trata de um tijolo
furado, este valor foi retirado do material cerâmico. Para o isolamento poliestireno
extrudido foi utilizado o valor de 0.037 W/ (m. ºC), retirado do polistireno expandido
extrudido (XPS). Por fim para o reboco hidrófugo consideramos o valor de argamassas
e rebocos de cal e areia sendo este 0.80 W/ (m. ºC). No caso do ar, foi tirada diretamente
a resistência térmica no quadro I.3.
1
U= = 0,0.714 [W/m2ºC] = 0,619 [kcal/hm2 ºC]
ΣR
e = Espessura (m)
Req = Σ L/K
➢ Para o cálculo da variação de temperatura foi calculado o valor da massa por metro
quadrado, com as densidades retiradas dos quadros I.1 e I.2 do Manual ITE50.
Utilizando-se a fórmula da página 1-58 do Manual de Carrier:
𝑅𝑎
𝛥𝑇𝑒 = 𝛼 + 𝛥𝑇𝑒𝑠 + 𝑏 × 𝑅𝑚 × (𝛥𝑇𝑒𝑚 − 𝛥𝑇𝑒𝑠)
𝛥𝑇𝑒𝑚 = 1.47, considerando as 15:00h de julho com parede virada a Norte,da tabela 19
do Manual de Carrier.
𝛼 = −0.7, retirou-se este valor da tabela 20ª da página 1-57 do Manual de Carrier,
considerando a variação de temperatura igual a 12ºC e uma diferença de temperatura
interior com exterior de 8ºC;
𝛥𝑇𝑒𝑠 = 1.47, considerando a nota da página 1-58 do Manual de Carrier;
𝑏 = 0.55, valor retirado pagina1-58 do Manual de Carrier, considerando a parede
branca;
𝑅𝑎
𝑅𝑚
= 1, pois a isolação máxima para o mês e latitude considerados, coincidem com
isolação máxima para o mês de julho.
𝛥𝑇𝑒 = 1.32ºC
Parede Este
➢ A parede exterior orientada a este, segue o mesmo processo efetuado na parede norte,
mas nesta parede temos a particularidade de estarem inseridas as janelas.
➢ O coeficiente global de transferência de calor irá ser igual nesta parede, uma vez que,
ambas têm a mesma constituição.
1
U= = 0,65537 [W/m2ºC] = 0,56351 [kcal/hm2 ºC]
ΣR
No cálculo da variação de temperatura foi realizado o mesmo processo, utilizando as
densidades retiradas dos quadros I.1 e I.2 do Manual ITE50.
Foi utilizada a fórmula da página 1-58 do Manual de Carrier:
𝑅𝑎
𝛥𝑇𝑒 = 𝛼 + 𝛥𝑇𝑒𝑠 + 𝑏 × 𝑅𝑚 × (𝛥𝑇𝑒𝑚 − 𝛥𝑇𝑒𝑠)
𝛥𝑇𝑒𝑚 = 12.4364, considerando as 15:00h de julho com parede virada a Norte, da
tabela 19 do Manual de Carrier.
𝛼 = −0.7, retirou-se este valor da tabela 20ª da pagina1-57 do Manual de Carrier,
considerando a variação de temperatura igual a 12º e uma diferença de temperatura
interior com exterior de 8º;
𝛥𝑇𝑒𝑠 = 1.47, considerando a nota da pagina 1-58 do Manual de Carrier;
𝑏 = 0.55, valor retirado pagina1-58 do Manual de Carrier, considerando a parede
branca;
𝑅𝑎
𝑅𝑚
= 1, pois a isolação máxima para o mês e latitude considerados, coincidem com
isolação máxima para o mês de julho.
𝛥𝑇𝑒 = 1.32ºC
Para o cálculo destes ganhos temos de considerar as 2 paredes interiores (Oeste e Sul) que não
apanham sol, o chão e a porta:
1
U= = 1.82926 [W/m2ºC] = 1.5728 [kcal/hm2 ºC]
ΣR
ΔT = Text − T int − 3
ΔT = 32 − 24 − 3
Δ𝑇 = 5 º𝐶
Vidro Total
➢ Segundo o Manual de Carrier, o valor de U para o vidro foi retirado da tabela 33 da
página 1-69 do Manual de Carrier, sendo o nosso vidro simples, com estrutura simples
e orientado na posição vertical, temos um U = 5,5 [Kcal/(m2·h·ºC)].
➢ Para a variação de temperatura, utilizou-se a equação dada nas notas da tabela 33 da
página 1-69 do Manual de Carrier:
ΔT = Text − T int
ΔT = 32 − 24
Δ𝑇 = 8 º𝐶
Chão
➢ No cálculo do coeficiente global de transferência de calor, utilizou-se os coeficientes de
condutibilidade térmica retirados dos quadros I.2, I.3 do Manual ITE50 e a espessura de
cada elemento que compõe a parede. Para o betão armado foi escolhido o valor de
betão armado de inertes correntes com percentagem de armadura: >2% visto que se
verifica de uma placa, sendo o valor da sua condutibilidade térmica =2.5 W/(m*ºC). Para
o pavimento de parquet, visto que é um pavimento formado por pequenas placas de
madeira e sendo utilizadas madeiras densas, o seu valor para a condutibilidade térmica
é = 0.23 W/ (m*ºC). Por fim para a camada de enchimento em betonilha, foi considerado
o betão de inertes de perlite com dosagem cimento/inertes 1/6, sendo o valor da sua
condutibilidade térmica = 0.24 W/(m.ºC).
➢ O cálculo da variação de temperatura para o chão é nos dado pela equação da tabela 30
da página 1-66 do Manual de Carrier, sendo esta igual ao cálculo de variação de
temperaturas das paredes interiores:
ΔT = Text − T int − 3
ΔT = 32 − 24 − 3
Δ𝑇 = 5 º𝐶
1
U= = 1.82178 [W/m2ºC] = 1.56641 [kcal/hm2 ºC]
ΣR
Porta
➢ Para a porta foi escolhida uma dimensão de uma porta tradicional, com 2.10*0.90
=1.89m2. Escolhendo uma espessura de porta de 3.8 cm e sabendo que é uma porta
simples, foi retirado da tabela 33 da página 1-69 do Manual de Carrier um valor 2.6
kcal/(h*m2*ºC) para o coeficiente de transmissão global.
➢ Para a variação de temperatura utiliza-se a equação fornecidas nas notas dessa mesma
tabela:
ΔT = Text − T int
ΔT = 32 − 24
Δ𝑇 = 8 º𝐶
Ganhos de Calor Interno
• 38 pessoas;
• 9 armaduras encastradas equipadas com 4 lâmpadas;
• 2 armaduras com 1 lâmpada;
• 20 computadores;
Pessoas
➢ Para o cálculo de calor sensível das pessoas, consultou-se a tabela 48 do Manual Carrier
(página 1-94). Para tal escolheu-se a escola secundária no tipo de aplicação, uma vez
que se trata de uma sala com estudantes, considerando um metabolismo de adultos e
sabendo que a temperatura interior é 24ºC, obtém-se um valor de 60 kcal/h, sendo que
é usado 1 no valor de correção, desprezando o calor interno dissipado pelas pessoas.
Iluminação
➢ Para a iluminação, é nos fornecida a potência de cada lâmpada em W, sendo necessária
à sua conversão para Kcal/h:
• 18 W = 15.48 Kcal/h
• 58 W = 49.88 Kcal/h
➢ Utilizando a tabela 12 da página 1-29 do Manual de Carrier e considerando que as luzes
ficam ligadas durante todo o horário de funcionamento escolar, e que o número de
horas decorridas desde que as luzes foram acesas é de 7 horas, o fator de correção das
luzes cuja armadura está encastrada no teto falso corresponde a 0.74. Por outro lado,
considerando as armações simples como aparelho independente, o fator de correção
das luzes é 0.85.
Computadores
➢ No caso dos computadores também nos é fornecida a potência de cada lâmpada em W,
sendo necessária a sua conversão para Kcal/h:
• 320 W = 275.2 Kcal/h
➢ Para o fator de correlação considerou-se 1, desprezando a dissipação de calor dos
computadores.
4 - GANHOS DE CALOR INTERNO
Designação Unidade Qt. Conversão Correcção Kcal/h kW
Pessoas Nº Pess 38 51,6 1 1960,8 2,28
Iluminação W (Flu.) 2 49,88 0,85 84,796 0,0986
Iluminação W (Flu.) 36 15,48 0,74 412,3872 0,47952
Motores W - - - 0 0
Computador W 20 275,2 1 5504 6,4
Sub - Total 10967,294 12,75267
Factor de Segurança (%) 5 -
Calor sensível do Recinto - RSH 11515,658 13,3903
➢ A quantidade de carga latente está vinculada à respiração dos alunos presentes na sala.
Conforme indicado na tabela 48 da página 1-94 do Manual do Carrier, a carga latente
proveniente das pessoas é de 40 Kcal/h para uma escola secundaria. O fator de correção
relacionado à respiração das pessoas também foi ajustado por razões semelhantes às
mencionadas acima.
B - GANHOS DE CALOR LATENTE DO LOCAL - RLH
Designação Unidade Qt. Conversão Correcção Kcal/h kW
Pessoas Nº Pess 38 34,4 1 1307,2 1,52
Vapor Kg/h 0 600 0 0
Aplicação 0 0
Sub - Total 1307,2 1,52
Factor de Segurança (%) 5 -
Calor Latente do Recinto - RLH 1372,56 1,596
Calor Total do Recinto - RTH = RSH + RLH 12888,218 14,9863
Considerou-se um fator de segurança de 5%.
Condições de Higiene
➢ Através da portaria nº 353 - 4 de Dezembro de 2013 retirou-se os valores de caudal
mínimo de ar das tabelas I.04 e I.05, respeitando as condições de saúde. Deste modo
assumiu-se um caudal de 24 m3/(hora*Pessoa), por se tratar de uma sala, também se
assumiu o caudal de 3 m3/(hora.m2), e por ser um local sem atividade que envolva a
emissão de poluentes específicos.
Te – Temperatura exterior
Ti – Temperatura interior
Análise do Sistema
➢ A temperatura de mistura pode ser calculada através da seguinte fórmula:
𝑇𝐼 − 𝑇𝐴𝐷𝑃 15.9 − 12
𝐹𝐵 = ⟺ 𝑇𝑀 = 12 + = 25º𝐶
𝑇𝑀 − 𝑇𝐴𝐷𝑃 0.3
Sendo este valor maior que os 750 𝑘𝑔/𝑚2 . Tem-se para o fator de correção um
valor de 1.05 × 0.26 = 0.273
• Parede Exterior Este: Nesta parede os erros devem-se aos mesmos erros da
parede exterior Norte.
𝑅𝑎
𝛥𝑇𝑒 = 𝛼 + 𝛥𝑇𝑒𝑠 + 𝑏 × × (𝛥𝑇𝑒𝑚 − 𝛥𝑇𝑒𝑠)
𝑅𝑚
𝛥𝑇𝑒 = 0 + 4.871 + 0.55 × 1 × (7.2 − 4.202)
𝛥𝑇𝑒 = 6.51º𝐶
• Telhado: No telhado a discrepância deve-se a erros de distração ao retirar
valores da tabela.
𝑅𝑎
𝛥𝑇𝑒 = 𝛼 + 𝛥𝑇𝑒𝑠 + 𝑏 × × (𝛥𝑇𝑒𝑚 − 𝛥𝑇𝑒𝑠)
𝑅𝑚
𝛥𝑇𝑒 = 0 + (−1.91) + 0.55 × 1 × (13.4048 − (−1.9184))
𝛥𝑇𝑒 = 6.50º𝐶
• Paredes Interiores: Neste caso verificamos que uma das paredes tem valores
idênticos ao esperado e sabendo que para as duas paredes os valores de carga
se calculam de igual forma e com os mesmos valores, variando apenas a área, a
diferença numa das paredes só poderá resultar no modo como o software
realiza a variação de temperatura, visto que a área é constante e o valor do
coeficiente global de transferência de calor está muito idêntico.
Conclusão
Após uma correção dos valores iniciais, conseguiu-se obter valores idênticos na maioria das
correções, no entanto, a radiação, nas paredes exteriores e no chão, continua-se a verificar uma
grande diferença em relação aos valores obtidos na pré-avaliação. Esta diferença pode derivar
do modo como é realizada a análise de dados, sendo que os outros parâmetros se encontram
idênticos. Com isto o software pode ter em consideração mais aspetos do que aqueles que são
mencionados no Manual de Carrier, originado assim as discrepâncias de valores. No caso das
paredes exteriores e o chão, a diferença que poderá ocorrer é na análise da variação de
temperatura, por outro lado, na radiação, as diferenças podem ocorrer na radiação especifica e
nos fatores de correção.
Contudo, com este trabalho conseguimos a partir do manual de Carrier calcular o balanço
térmico e projetar o processo de arrefecimento mais adequado á sala.
Balanço Térmico