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Licenciatura de Engenharia Mecânica

Ano Letivo 2023/24- Semestre de Inverno

Climatização
Trabalho 2 - Cargas Térmicas

Docente:

• Cláudia Sofia Séneca da Luz Casaca

Alunos:
• Bernardo Carreira Nº49531
• Miguel Marques Nº49567
• Filipe Neves Nº49604
• João Rosa Nº49621
Índice
Introdução ..................................................................................................................................... 3
Dados............................................................................................................................................. 4
Análise do Balanço Térmico .......................................................................................................... 5
Carga Sensível do Local ............................................................................................................. 5
Ganhos de calor por radiação solar....................................................................................... 5
Ganhos de calor por radiação e transmissão de paredes exteriores e coberturas .................. 6
Ganhos de calor por transmissão exceto paredes exteriores e coberturas ............................. 9
Ganhos de Calor Interno ..................................................................................................... 11
Ganhos de Calor Latente do Local........................................................................................... 13
Condições de Higiene .............................................................................................................. 13
Ganhos Efetivos do Local ........................................................................................................ 14
Análise do Sistema .................................................................................................................. 14
Pré-avaliação ............................................................................................................................... 15
Conclusão .................................................................................................................................... 16
Balanço Térmico .......................................................................................................................... 17
Carta Psicrométrica ..................................................................................................................... 18
Introdução

No âmbito da Unidade Curricular de Climatização, pretende-se estudar os ganhos de calor na


sala M2.22 durante o verão, com o objetivo de climatizar o espaço.

Inicialmente, foram fornecidos todos os dados necessários à realização do estudo, incluindo a


localização, orientação da sala, época do ano, descrição da estrutura, posição das janelas,
portas, paredes internas e externas, condições, equipamentos existentes e número de pessoas
que ocupam a sala.

Posteriormente, foi estabelecida a hora do dia para o estudo, escolhendo-se as 15:00H,


considerada a hora de maior calor. A razão dessa escolha reside no facto de ser uma sala exposta
ao sol durante grande parte do dia e esta ser a hora de maior calor no verão e, apesar da
faculdade ter aulas todo o dia, esta, é a altura do dia em que a sala é mais frequentada. O
objetivo será caracterizar uma bateria de frio capaz de lidar com os ganhos de calor no pico de
utilização da sala, garantindo a capacidade de climatização ao longo do período de
funcionamento (das 8:00H às 23:00H).

Para obter os valores nas seções seguintes, consultaram-se os seguintes livros:

• Coeficientes de Transmissão Térmica de Elementos da Envolvente dos Edifícios (ITE50);


• Manual de Ar Condicionado da Carrier;
• Portaria n. º353-A2013.
Dados
Análise do Balanço Térmico

A análise deste trabalho é realizada dividindo os ganhos térmicos em duas categorias:

A. GANHOS DE CALOR SENSÍVEL DO LOCAL - RSH


1. GANHOS DE CALOR POR RADIAÇÃO SOLAR
2. GANHOS DE CALOR POR RADIAÇÃO E TRANSMISSÃO DE PAREDES EXTERIORES
E COBERTURAS
3. GANHOS DE CALOR POR TRANSMIÇÃO EXCEPTO PAREDES EXTERIORES E
COBERTURAS
4. GANHOS DE CALOR INTERNO
B. GANHOS DE CALOR LATENTE DO LOCAL- RLH

Carga Sensível do Local

Com o propósito de calcular a carga sensível associada à sala M.2.22, foram consideradas as
condições mais desfavoráveis às quais a sala estará sujeita ao longo do dia. Após alguma analise
do posicionamento da sala e localização concluiu-se que a altura com a carga térmica sensível
mais elevada seria às 15:00, no mês de julho. Este horário representa o pico de calor, além de
ser o momento em que a sala estará na sua capacidade máxima de lotação.

Ganhos de calor por radiação solar

A sala em estudo contém duas janelas orientadas a Este, cada uma com uma área de 4.62 𝑚2 e
com uma latitude de 38.75ºN.

Consultando a tabela 15 do Manual de Carrier e utilizando uma latitude Norte de 40º para o mês
de Julho às 15 horas, com um vidro simples e orientação Este, retira-se uma radiação especifica
de 35 Kcal/m2.h. Para o fator de correção consultou-se a tabela 16 da página 1-46 do Manual
de Carrier, considerando vidro simples e sem precianas, temos um valor de 1 para o fator de
correção.

Área Radiação Factores


2
Designação Orientação m Especifica Correcção Kcal/h kW
2
Kcal/m .h
Vidro 1 Este 4,62 35 1 161,7 0,188023
Vidro 2 Este 4,62 35 1 161,7 0,188023
Vidro 3 - - - - 0 0
Clarabóia 1 - - - - 0 0
Clarabóia 2 - - - - 0 0
Ganhos de calor por radiação e transmissão de paredes exteriores e coberturas

A nossa sala é constituída por duas paredes exteriores, uma orientada a Norte e outra a Este, e
um telhado exposto a radiação solar:

• Parede Norte: 6.75*3 = 20.25 𝑚2


• Parede Este: 12.5*3 = 37.5 𝑚2
• Telhado: 12.5*6.75 = 84.375 𝑚2

Parede Norte
➢ No cálculo de coeficiente global de transferência de calor, foi utilizado os coeficientes
de condutibilidade térmica retirados dos quadros I.1 e I.2 do Manual ITE50 e a espessura
de cada elemento que compõe a parede. Para o reboco tradicional utilizou-se os valores
da argamassa e reboco tradicional tirando o valor de 1.3 W/(m.ºC), para a alvenaria de
tijolo cerâmico utilizou-se o valor de 0.69 W/(m.ºC), supondo que se trata de um tijolo
furado, este valor foi retirado do material cerâmico. Para o isolamento poliestireno
extrudido foi utilizado o valor de 0.037 W/ (m. ºC), retirado do polistireno expandido
extrudido (XPS). Por fim para o reboco hidrófugo consideramos o valor de argamassas
e rebocos de cal e areia sendo este 0.80 W/ (m. ºC). No caso do ar, foi tirada diretamente
a resistência térmica no quadro I.3.

Materiais e [𝑚] 𝜆 [𝑊/𝑚º𝐶] R [𝑚2º𝐶/𝑊]


Ar Exterior 0,04
Reboco Tradicional 0,02 1,3 0,015
Alvenaria de Tijolo Ceramico 0,15 0,69 0,217
Isolamento Poliestireno Extrudido 0,03 0,037 0,81
Alvenaria de Tijolo Ceramico 0,11 0,69 0,159
Reboco Hidrofugo 0,02 0,8 0,025
Ar Interior 0,13

1
U= = 0,0.714 [W/m2ºC] = 0,619 [kcal/hm2 ºC]
ΣR

𝑈 = 1/𝑅𝑒𝑞 (W/𝑚2 ºC)

e = Espessura (m)

𝜆 = Condutibilidade Térmica (W/mºC)

Req = Σ L/K
➢ Para o cálculo da variação de temperatura foi calculado o valor da massa por metro
quadrado, com as densidades retiradas dos quadros I.1 e I.2 do Manual ITE50.
Utilizando-se a fórmula da página 1-58 do Manual de Carrier:
𝑅𝑎
𝛥𝑇𝑒 = 𝛼 + 𝛥𝑇𝑒𝑠 + 𝑏 × 𝑅𝑚 × (𝛥𝑇𝑒𝑚 − 𝛥𝑇𝑒𝑠)
𝛥𝑇𝑒𝑚 = 1.47, considerando as 15:00h de julho com parede virada a Norte,da tabela 19
do Manual de Carrier.
𝛼 = −0.7, retirou-se este valor da tabela 20ª da página 1-57 do Manual de Carrier,
considerando a variação de temperatura igual a 12ºC e uma diferença de temperatura
interior com exterior de 8ºC;
𝛥𝑇𝑒𝑠 = 1.47, considerando a nota da página 1-58 do Manual de Carrier;
𝑏 = 0.55, valor retirado pagina1-58 do Manual de Carrier, considerando a parede
branca;
𝑅𝑎
𝑅𝑚
= 1, pois a isolação máxima para o mês e latitude considerados, coincidem com
isolação máxima para o mês de julho.
𝛥𝑇𝑒 = 1.32ºC

Materiais e [𝑚] ρ [𝑘𝑔/𝑚3] 𝑚 [𝑘𝑔/𝑚2]


Reboco Tradicional 0,02 1800 36
Alvenaria de Tijolo Ceramico 0,15 1800 270
Isolamento Poliestireno Extrudido 0,03 40 1,2
Alvenaria de Tijolo Ceramico 0,11 1800 198
Reboco Hidrofugo 0,02 1600 32
TOTAL 537,2

Parede Este
➢ A parede exterior orientada a este, segue o mesmo processo efetuado na parede norte,
mas nesta parede temos a particularidade de estarem inseridas as janelas.

➢ O coeficiente global de transferência de calor irá ser igual nesta parede, uma vez que,
ambas têm a mesma constituição.

Utilizou-se a fórmula da página 1-58 do Manual de Carrier:


𝑅𝑎
𝛥𝑇𝑒 = 𝛼 + 𝛥𝑇𝑒𝑠 + 𝑏 × × (𝛥𝑇𝑒𝑚 − 𝛥𝑇𝑒𝑠)
𝑅𝑚
𝛥𝑇𝑒𝑚 = 7.2, considerando as 15:00h de julho com parede virada a Este, da tabela 19
do Manual de Carrier.
𝛼 = −0.7, retirou-se este valor da tabela 20ª da pagina1-57 do Manual de Carrier,
considerando a variação de temperatura igual a 12º e uma diferença de temperatura
interior com exterior de 8ºC;
𝛥𝑇𝑒𝑠 = 1.47, retirado da tabela 19 da página 1-58 do Manual de Carrier;
𝑏 = 0.55, valor retirado página 1-58 do Manual de Carrier, considerando a parede
branca;
𝑅𝑎
𝑅𝑚
= 1, pois a isolação máxima para o mês e latitude considerados, coincidem com
isolação máxima para o mês de julho.
𝛥𝑇𝑒 = 7.05ºC
Telhado
➢ Localizando-se esta sala no último piso, é necessário ter em consideração o efeito do
telhado. Seguindo o mesmo processo de cálculo de coeficiente global de transferência
de calor das paredes e retirando os valores dos quadros I.1 e I.2 do Manual ITE50, segue-
se o mesmo para o telhado, mas alterando a sua composição. Como o teto falso é não
estanque, não vamos considerá-lo no estudo. Para o betão armado retirou-se o valor
2.5 W/ (m. ºC) em betão armado de inertes correntes com percentagem de armadura:
>2%, por sua vez o betão celular com pendente utilizou-se 0.16 W/ (m. ºC)
correspondente ao betão celular autoclavado. Na tela de betume e na tela de betume
com polímeros utilizou-se 0.23 W/ (m. ºC) retirado das membranas flexíveis
impregnadas com betume. Para o isolamento em lã mineral considerou-se lã de rocha
com 0.045 W/ (m. ºC). Por fim o valor do ar, foi retirado quadro I.3.

Materiais e [𝑚] 𝜆 [𝑊/𝑚º𝐶] R [𝑚2º𝐶/𝑊]


Ar Exterior 0,04
Betão Armado 0,225 2,5 0,09
Betão Celular com pendente 0,04 0,16 0,25
Tela de Betume 0,01 0,23 0,0434
Isolamento em lã mineral 0,04 0,045 0,88
Tela de Betume com polimeros 0,01 0,23 0,0434
Ar Interior 0,17

1
U= = 0,65537 [W/m2ºC] = 0,56351 [kcal/hm2 ºC]
ΣR
No cálculo da variação de temperatura foi realizado o mesmo processo, utilizando as
densidades retiradas dos quadros I.1 e I.2 do Manual ITE50.
Foi utilizada a fórmula da página 1-58 do Manual de Carrier:
𝑅𝑎
𝛥𝑇𝑒 = 𝛼 + 𝛥𝑇𝑒𝑠 + 𝑏 × 𝑅𝑚 × (𝛥𝑇𝑒𝑚 − 𝛥𝑇𝑒𝑠)
𝛥𝑇𝑒𝑚 = 12.4364, considerando as 15:00h de julho com parede virada a Norte, da
tabela 19 do Manual de Carrier.
𝛼 = −0.7, retirou-se este valor da tabela 20ª da pagina1-57 do Manual de Carrier,
considerando a variação de temperatura igual a 12º e uma diferença de temperatura
interior com exterior de 8º;
𝛥𝑇𝑒𝑠 = 1.47, considerando a nota da pagina 1-58 do Manual de Carrier;
𝑏 = 0.55, valor retirado pagina1-58 do Manual de Carrier, considerando a parede
branca;
𝑅𝑎
𝑅𝑚
= 1, pois a isolação máxima para o mês e latitude considerados, coincidem com
isolação máxima para o mês de julho.
𝛥𝑇𝑒 = 1.32ºC

Materiais e [𝑚] ρ [𝑘𝑔/𝑚3] 𝑚 [𝑘𝑔/𝑚2]


Betão armado 0,225 2400 540
Betão celular com Pendente 0,04 450 18
Tela de Betume 0,01 1000 10
Isolamento em lã Mineral 0,04 20 0,8
Tela de betume com polimeros 0,01 1100 11
TOTAL 0,325 579,8
Ganhos de calor por transmissão exceto paredes exteriores e coberturas

Para o cálculo destes ganhos temos de considerar as 2 paredes interiores (Oeste e Sul) que não
apanham sol, o chão e a porta:

• Parede Sul: 6.75*3 = 20.25 𝑚2


• Parede Oeste: 12.5*3 = 37.5 𝑚2
• Chão: 12.5*6.75 = 84.375 𝑚2
• Porta: 2.10*0.9 = 1.89 𝑚2
• Vidro Total: 2*2.80*1.65 = 9.24 𝑚2

Parede Sul E Oeste


➢ As paredes têm a mesma constituição de materiais e espessura, diferindo apenas na
área, mas visto que esta não interfere nas condições do coeficiente global de
transferência de calor e na variação de temperatura, consideramos estes dois últimos
iguais em ambas as paredes.
➢ Para o cálculo de coeficiente global de transferência de calor, foram utilizados os
coeficientes de condutibilidade térmica retirados dos quadros I.2, I.3 e I.5 do Manual
ITE50 e a espessura de cada elemento que compõe a parede. Para a massa volúmica do
tijolo foi escolhido o menor valor tabelado, depois, retirou-se o valor de resistência
térmica ao quadro I.5, correspondendo ao nosso caso, alvenaria simples e sem qualquer
tipo de revestimento.

Materiais e [𝑚] 𝜆 [𝑊/𝑚º𝐶] R [𝑚2º𝐶/𝑊]


Ar Exterior 0,13
Reboco Tradicional 0,01 1,8 0,0055
Alvenaria de Tijolo Ceramico 0,11 0,34 0,27
Reboco Tradicional 0,02 1,8 0,011
Ar Interior 0,13

1
U= = 1.82926 [W/m2ºC] = 1.5728 [kcal/hm2 ºC]
ΣR

➢ Para o cálculo da variação de temperatura utilizou-se a equação dada nas notas da


tabela 26 da página 1-63 do Manual de Carrier:

ΔT = Text − T int − 3
ΔT = 32 − 24 − 3
Δ𝑇 = 5 º𝐶
Vidro Total
➢ Segundo o Manual de Carrier, o valor de U para o vidro foi retirado da tabela 33 da
página 1-69 do Manual de Carrier, sendo o nosso vidro simples, com estrutura simples
e orientado na posição vertical, temos um U = 5,5 [Kcal/(m2·h·ºC)].
➢ Para a variação de temperatura, utilizou-se a equação dada nas notas da tabela 33 da
página 1-69 do Manual de Carrier:
ΔT = Text − T int
ΔT = 32 − 24
Δ𝑇 = 8 º𝐶

Chão
➢ No cálculo do coeficiente global de transferência de calor, utilizou-se os coeficientes de
condutibilidade térmica retirados dos quadros I.2, I.3 do Manual ITE50 e a espessura de
cada elemento que compõe a parede. Para o betão armado foi escolhido o valor de
betão armado de inertes correntes com percentagem de armadura: >2% visto que se
verifica de uma placa, sendo o valor da sua condutibilidade térmica =2.5 W/(m*ºC). Para
o pavimento de parquet, visto que é um pavimento formado por pequenas placas de
madeira e sendo utilizadas madeiras densas, o seu valor para a condutibilidade térmica
é = 0.23 W/ (m*ºC). Por fim para a camada de enchimento em betonilha, foi considerado
o betão de inertes de perlite com dosagem cimento/inertes 1/6, sendo o valor da sua
condutibilidade térmica = 0.24 W/(m.ºC).

➢ O cálculo da variação de temperatura para o chão é nos dado pela equação da tabela 30
da página 1-66 do Manual de Carrier, sendo esta igual ao cálculo de variação de
temperaturas das paredes interiores:
ΔT = Text − T int − 3
ΔT = 32 − 24 − 3
Δ𝑇 = 5 º𝐶

Materiais e [𝑚] 𝜆 [𝑊/𝑚º𝐶] R [𝑚2º𝐶/𝑊]


Pavimento de Parquet 0,01 0,23 0,0434
Reboco Tradicional 0,09 0,24 0,375
Alvenaria de Tijolo Ceramico 0,3 2,3 0,13

1
U= = 1.82178 [W/m2ºC] = 1.56641 [kcal/hm2 ºC]
ΣR
Porta
➢ Para a porta foi escolhida uma dimensão de uma porta tradicional, com 2.10*0.90
=1.89m2. Escolhendo uma espessura de porta de 3.8 cm e sabendo que é uma porta
simples, foi retirado da tabela 33 da página 1-69 do Manual de Carrier um valor 2.6
kcal/(h*m2*ºC) para o coeficiente de transmissão global.
➢ Para a variação de temperatura utiliza-se a equação fornecidas nas notas dessa mesma
tabela:
ΔT = Text − T int
ΔT = 32 − 24
Δ𝑇 = 8 º𝐶
Ganhos de Calor Interno

Para o cálculo de calor interno da sala é considerado o número de pessoas, a iluminação e os


equipamentos:

• 38 pessoas;
• 9 armaduras encastradas equipadas com 4 lâmpadas;
• 2 armaduras com 1 lâmpada;
• 20 computadores;

Pessoas
➢ Para o cálculo de calor sensível das pessoas, consultou-se a tabela 48 do Manual Carrier
(página 1-94). Para tal escolheu-se a escola secundária no tipo de aplicação, uma vez
que se trata de uma sala com estudantes, considerando um metabolismo de adultos e
sabendo que a temperatura interior é 24ºC, obtém-se um valor de 60 kcal/h, sendo que
é usado 1 no valor de correção, desprezando o calor interno dissipado pelas pessoas.

Iluminação
➢ Para a iluminação, é nos fornecida a potência de cada lâmpada em W, sendo necessária
à sua conversão para Kcal/h:
• 18 W = 15.48 Kcal/h
• 58 W = 49.88 Kcal/h
➢ Utilizando a tabela 12 da página 1-29 do Manual de Carrier e considerando que as luzes
ficam ligadas durante todo o horário de funcionamento escolar, e que o número de
horas decorridas desde que as luzes foram acesas é de 7 horas, o fator de correção das
luzes cuja armadura está encastrada no teto falso corresponde a 0.74. Por outro lado,
considerando as armações simples como aparelho independente, o fator de correção
das luzes é 0.85.
Computadores
➢ No caso dos computadores também nos é fornecida a potência de cada lâmpada em W,
sendo necessária a sua conversão para Kcal/h:
• 320 W = 275.2 Kcal/h
➢ Para o fator de correlação considerou-se 1, desprezando a dissipação de calor dos
computadores.
4 - GANHOS DE CALOR INTERNO
Designação Unidade Qt. Conversão Correcção Kcal/h kW
Pessoas Nº Pess 38 51,6 1 1960,8 2,28
Iluminação W (Flu.) 2 49,88 0,85 84,796 0,0986
Iluminação W (Flu.) 36 15,48 0,74 412,3872 0,47952
Motores W - - - 0 0
Computador W 20 275,2 1 5504 6,4
Sub - Total 10967,294 12,75267
Factor de Segurança (%) 5 -
Calor sensível do Recinto - RSH 11515,658 13,3903

Considerou-se um fator de segurança de 5%.


Ganhos de Calor Latente do Local

➢ A quantidade de carga latente está vinculada à respiração dos alunos presentes na sala.
Conforme indicado na tabela 48 da página 1-94 do Manual do Carrier, a carga latente
proveniente das pessoas é de 40 Kcal/h para uma escola secundaria. O fator de correção
relacionado à respiração das pessoas também foi ajustado por razões semelhantes às
mencionadas acima.
B - GANHOS DE CALOR LATENTE DO LOCAL - RLH
Designação Unidade Qt. Conversão Correcção Kcal/h kW
Pessoas Nº Pess 38 34,4 1 1307,2 1,52
Vapor Kg/h 0 600 0 0
Aplicação 0 0
Sub - Total 1307,2 1,52
Factor de Segurança (%) 5 -
Calor Latente do Recinto - RLH 1372,56 1,596
Calor Total do Recinto - RTH = RSH + RLH 12888,218 14,9863
Considerou-se um fator de segurança de 5%.

Condições de Higiene
➢ Através da portaria nº 353 - 4 de Dezembro de 2013 retirou-se os valores de caudal
mínimo de ar das tabelas I.04 e I.05, respeitando as condições de saúde. Deste modo
assumiu-se um caudal de 24 m3/(hora*Pessoa), por se tratar de uma sala, também se
assumiu o caudal de 3 m3/(hora.m2), e por ser um local sem atividade que envolva a
emissão de poluentes específicos.

Volume de ar exterior ou ar novo devido a poluição


Designação qt. m3/h.pes Van
Pessoas 38 x 24 = 912
2 3 2
Designação m m /h.m Van
Pavimento 84,375 x 3 = 253,125
Ganhos Efetivos do Local
➢ Calor sensível: OASH = Van × 0,29 × (Te - Ti)

➢ Calor latente: OALH = Van × 0,71 × (we - wi)

➢ Calor Total: OATH = OASH + OALH

Van – Caudal volúmico de ar novo

Te – Temperatura exterior

Ti – Temperatura interior

we – Humidade específica exterior

wi – Humidade específica interior

C - GANHOS DE CALOR DO AR EXTERIOR Kcal/h kW


1- Sensível
OASH 2115,84 2,460279
Van x 0,29 x (te - ti)
2- Latente
OALH 647,52 0,75293
Van * 0,71 x (ωe - ωi)
Carga total do ar exterior
2763,36 3,213209
OATH = OASH + OALH

➢ Para o fator de By-Pass consultou-se a tabela 62 da página 1-121 do Manual de Carrier


e equiparamos a sala de aula como um espaço pequeno, assumindo o valor de 0.30 para
o fator de By-Pass.
➢ A temperatura de ADP foi retirada da tabela 65 da página 1-140 do Manual de Carrier,
sendo este valor 11.75ºC (resultado de uma interpolação)

Análise do Sistema
➢ A temperatura de mistura pode ser calculada através da seguinte fórmula:
𝑇𝐼 − 𝑇𝐴𝐷𝑃 15.9 − 12
𝐹𝐵 = ⟺ 𝑇𝑀 = 12 + = 25º𝐶
𝑇𝑀 − 𝑇𝐴𝐷𝑃 0.3

➢ Caudal mássico de Ar Novo:


̇
𝑉𝐴𝑁 0.253
𝑚̇𝐴𝑁 = = = 0.289 (kg/s)
𝑣𝐴𝑁 0.875

➢ Caudal mássico da BAF:


𝑉̇𝑀 1.365
𝑚̇𝐵𝐴𝐹 = = = 1.58 (kg/s)
𝑣𝑀 0.864
Pré-avaliação
Após uma pré-avaliação verificou-se que o coeficiente global de transferência de calor estava
idêntico em todos os pontos (telhado, vidro, chão e paredes) não se verificando a necessidade
de correção em relação a este coeficiente. Por outro lado, apesar de no final se verificar um calor
total idêntico, verificou-se algumas discrepâncias em relação aos ganhos de calor em algumas
partes que constituem a sala, tais como por radiação, nas paredes interiores, no telhado, no
chão e nas paredes exteriores, nos outros pontos não se verificou tanta diferença de valores,
não havendo a necessidade de correção. Também se verificou um erro, onde se contabilizou os
ganhos de calor pelo vidro duas vezes, sendo este previamente corrigido.

• Radiação: Verificou-se discrepância entre os valores obtidos, tal acontecimento


deve-se à escolha das tabelas. Para a correção foi utilizada a tabela 6 do Manual
de Carrier, onde se retirou uma radiação especifica de 444 Kcal/m2.h. Para o
fator de correção utilizou-se 1.05 da tabela 6 do Manual de Carrier, por se ter
um ponto de orvalho inferior a 19.5ºC. Considerou-se 0.26 da tabela 10 do
Manual de Carrier, havendo a necessidade de calcular o kg/m2 da área útil, para
tal foi utilizada a fórmula presente nas notas dessa mesma tabela:
1
𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑒 𝑠𝑜𝑙𝑜 + 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜𝑠 𝑚𝑢𝑟𝑜𝑠 𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟𝑒𝑠 + (𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑒𝑡𝑜 + 𝑝𝑒𝑠𝑜 𝑝𝑎𝑟𝑒𝑑𝑒𝑠 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟𝑒𝑠
𝐿𝑜𝑐𝑎𝑙 = 2 = 837 𝑘𝑔/𝑚2
𝑎𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒

Sendo este valor maior que os 750 𝑘𝑔/𝑚2 . Tem-se para o fator de correção um
valor de 1.05 × 0.26 = 0.273

• Parede Exterior Norte: A discrepância neste caso deve-se às diferenças de


densidades escolhidas, e também a um erro de interpretação dos dados do
Manual de Carrier, tendo esta depois influência na temperatura. Após uma
análise mais profunda e precisa, conseguimos retirar os seguintes valores:

Materiais e [𝑚] ρ [𝑘𝑔/𝑚3] 𝑚 [𝑘𝑔/𝑚2]


Reboco Tradicional 0,02 1800 36
Alvenaria de Tijolo Ceramico 0,15 730 109,5
Isolamento Poliestireno Extrudido 0,03 40 1,2
Alvenaria de Tijolo Ceramico 0,11 730 80,3
Reboco Hidrofugo 0,02 1600 32
TOTAL 259

Conseguindo assim retirar outros valores para a variação de temperatura:


𝑅𝑎
𝛥𝑇𝑒 = 𝛼 + 𝛥𝑇𝑒𝑠 + 𝑏 × × (𝛥𝑇𝑒𝑚 − 𝛥𝑇𝑒𝑠)
𝑅𝑚
𝛥𝑇𝑒 = 0 + 4.871 + 0.55 × 1 × (4.202 − 4.202)
𝛥𝑇𝑒 = 4.871º𝐶

• Parede Exterior Este: Nesta parede os erros devem-se aos mesmos erros da
parede exterior Norte.
𝑅𝑎
𝛥𝑇𝑒 = 𝛼 + 𝛥𝑇𝑒𝑠 + 𝑏 × × (𝛥𝑇𝑒𝑚 − 𝛥𝑇𝑒𝑠)
𝑅𝑚
𝛥𝑇𝑒 = 0 + 4.871 + 0.55 × 1 × (7.2 − 4.202)
𝛥𝑇𝑒 = 6.51º𝐶
• Telhado: No telhado a discrepância deve-se a erros de distração ao retirar
valores da tabela.
𝑅𝑎
𝛥𝑇𝑒 = 𝛼 + 𝛥𝑇𝑒𝑠 + 𝑏 × × (𝛥𝑇𝑒𝑚 − 𝛥𝑇𝑒𝑠)
𝑅𝑚
𝛥𝑇𝑒 = 0 + (−1.91) + 0.55 × 1 × (13.4048 − (−1.9184))
𝛥𝑇𝑒 = 6.50º𝐶

• Paredes Interiores: Neste caso verificamos que uma das paredes tem valores
idênticos ao esperado e sabendo que para as duas paredes os valores de carga
se calculam de igual forma e com os mesmos valores, variando apenas a área, a
diferença numa das paredes só poderá resultar no modo como o software
realiza a variação de temperatura, visto que a área é constante e o valor do
coeficiente global de transferência de calor está muito idêntico.

• Chão: No chão seguiu-se todos os passos que o Manual de Carrier indica, da


mesma forma conclui-se o mesmo que as paredes interiores, que o software
utlizado poderá contabilizar mais variáveis para a variação de temperatura.

Conclusão
Após uma correção dos valores iniciais, conseguiu-se obter valores idênticos na maioria das
correções, no entanto, a radiação, nas paredes exteriores e no chão, continua-se a verificar uma
grande diferença em relação aos valores obtidos na pré-avaliação. Esta diferença pode derivar
do modo como é realizada a análise de dados, sendo que os outros parâmetros se encontram
idênticos. Com isto o software pode ter em consideração mais aspetos do que aqueles que são
mencionados no Manual de Carrier, originado assim as discrepâncias de valores. No caso das
paredes exteriores e o chão, a diferença que poderá ocorrer é na análise da variação de
temperatura, por outro lado, na radiação, as diferenças podem ocorrer na radiação especifica e
nos fatores de correção.

Contudo, com este trabalho conseguimos a partir do manual de Carrier calcular o balanço
térmico e projetar o processo de arrefecimento mais adequado á sala.
Balanço Térmico

BALANÇO TÉRMICO (segundo o método CARRIER) VERÃO

Utilização do Recinto: Hora e Local Hora 15:00 Local Sala M,2,22


A= 84,375 m2 V= 253,125 m3 - Período de funcionamento 08:00 às 23:00 -
Condições
A - GANHOS DE CALOR SENSÍVEL LOCAL - RSH - T.S. T.H. ϕ P.O. ω
Psicro- -
1 - GANHOS DE CALOR POR RADIAÇÃO SOLAR - (ºC) (ºC) (%) (ºC) (gr/Kg)
métricas
Área Radiação Factores Exterior 32 20,3 35 14,4 10,2 -
2
Designação Orientação m Especifica Correcção Kcal/h kW Interior 24 17 50 12,8 9,2 -
2
Kcal/m .h Diferença 8 na na na 1 -
Vidro 1 Este 4,62 444 0,273 559,99944 0,651162 Volume de ar exterior ou ar novo devido a poluição -
Vidro 2 Este 4,62 444 0,273 559,99944 0,651162 Designação qt. m 3/h.pes Van -
Vidro 3 - - - - 0 0 Pessoas 38 x 24 = 912 -
2 3 2
Clarabóia 1 - - - - 0 0 Designação m m /h.m Van -
Clarabóia 2 - - - - 0 0 Pavimento 84,375 x 3 = 253,125 -
2 - GANHOS DE CALOR POR RADIAÇÃO E TRANSMISSÃO Volume de ar exterior ou ar novo devido a infiltração
DE PAREDES EXTERIORES E COBERTURAS Infiltração
Área DTe U
Designação Orientação Kcal/h kW
2 0 20
m C Kcal/h m C
Parede 1 Norte 20,25 4,871 0,61908 61,064658 0,071005
Parede 2 Este 28,26 6,51 0,61908 113,89376 0,132435 Ar exterior seleccionado m3/h L/s
Parede 3 - - - - 0 0
0 0 Van = 912 253
Telhado Horizontal 84,375 6,5 0,56351 309,05002 0,35936
Portas - - - - 0 0 C - GANHOS DE CALOR DO AR EXTERIOR Kcal/h kW
3 - GANHOS DE CALOR POR TRANSMISSÃO 1- Sensível
OASH 2115,84 2,460279
EXCEPTO PAREDES EXTERIORES E COBERTURAS Van x 0,29 x (te - ti)
Área DT U 2- Latente
Designação Orientação Kcal/h kW OALH 647,52 0,75293
m2 0
C Kcal/h m 2.K Van * 0,71 x (ωe - ωi)
Par. Int. 1 Sul 20,25 5 1,572878 159,2539 0,185179 Carga total do ar exterior
2763,36 3,213209
Par. Int. 2 Oeste 37,5 5 1,572878 294,91463 0,342924 OATH = OASH + OALH
Vidro Total Este 9,24 8 5,5 406,56 0,472744 Carga sensível total GSH = RSH + OASH 13799,04415 16,0454
Tecto - - - - 0 0 Carga latente total GLH = RLH + OALH 2020,08 2,34893
Chão - 84,375 5 1,566412 660,83006 0,768407 Carga total GTH = GSH + GLH 15819,12415 18,39433
Portas - 1,89 8 2,6 39,312 0,045712 Factor de by - pass (%) BF = 30 -
4 - GANHOS DE CALOR INTERNO d - GANHOS EFECTIVOS DO LOCAL Kcal/h kW
Designação Unidade Qt. Conversão Correcção Kcal/h kW Carga sensível efectiva local
12318 14
Pessoas Nº Pess 38 51,6 1 1960,8 2,28 ERSH = RSH + (OASH x BF)
Iluminação W (Flu.) 2 49,88 0,85 84,796 0,0986 Carga latente efectiva local
1567 2
Iluminação W (Flu.) 36 15,48 0,74 412,3872 0,47952 ERLH = RLH + (OALH x BF)
Motores W - - - 0 0 Carga total efectiva do local
13885 16
Computador W 20 275,2 1 5504 6,4 ERTH = ERSH + ERLH
Sub - Total 11126,861 12,93821 Factores de Carga sensível (Recinto, Efectivo e Total) -
Factor de Segurança (%) 5 - RSHF 0,89 ESHF 0,89 GSHF 0,87 -
Calor sensível do Recinto - RSH 11683,204 13,58512 Temperatura equivalente da superfície ADP ºC -
B - GANHOS DE CALOR LATENTE DO LOCAL - RLH indicada 11,75 escolhida 12 -
Designação Unidade Qt. Conversão Correcção Kcal/h kW -
Pessoas Nº Pess 38 34,4 1 1307,2 1,52 Caudal de ar tratado V K -
Vapor Kg/h 0 600 0 0 ΔT = (1- BF) x (ti - ADP) 8,5 -
Aplicação 0 0 m3/h L/s
Sub - Total 1307,2 1,52 V = ERSH / (0,29 x ΔT) 4974 1382
Factor de Segurança (%) 5 - -
Calor Latente do Recinto - RLH 1372,56 1,596 Temperatura de insuflação TI ºc -
Calor Total do Recinto - RTH = RSH + RLH 13055,764 15,18112 TI = ti - (RSH) / (0,29 x V) 15,9 -

Introdução de Dados Cálculo Resumo


Carta Psicrométrica

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