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MEMORIAL DE CÁLCULO DE CONFORTO TÉRMICO

MEDABIL
 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBRA: CD VIDEOLAR
 
CLIENTE: VIDEOLAR S. A.
 
LOCAL DA OBRA: MANAUS - AM
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOVA BASSANO – RS, 07 DE JULHO de 2004
 
 
 
 
1 – OBJETIVO DO MEMORIAL DE CÁLCULO
O objetivo deste memorial de cálculo é dimensionar e analisar o sistema de conforto
térmico, mais precisamente o sistema de ventilação natural da obra Cd Videolar, localizada
na cidade de Manaus – AM.
 
2 - Características do galpão industrial:
 
2.1 – Características gerais:
Dimensões: Irregulares, conforme pranchas da Medabil: T1-0001-B, M2-0004-A, T1-0017-A, T2-
0001-A,M1-0007-A, M1-0009-A, e Videolar A-06, sendo todas em anexo.
Área total da edificação: 12.014,375 m2;
Pé-direito livre: 10,00 metros;
Inclinação da cobertura: 3%;
Modulação de pórticos metálicos: conforme desenhos citados em anexo;
Local a ser construído o galpão: Manaus - AM;
Tipo de edificação: centro de distribuição;
Orientação solar:
Leste e oeste para as fachadas laterais com extensão de 135 metros;
Norte e sul para as fachadas com extensão de 93 metros.
 
2.2 - Fechamento da cobertura:
Telha metálica tipo SSR galvanizada com espessura de 0,55mm;
Isolamento térmico na cobertura com lã de vidro face felt com revestimento em sua face interna;
Iluminação zenital em 6% da área da cobertura com placas de policarbonato alveolar branco leitoso
espessura de 6mm;
 
2.3) Fechamento das laterais de 135 metros:
2,49 metros de alvenaria, sendo que em parte dela têm-se algumas aberturas com anteparos tipo
venezianas metálicas, e portões metálicos;
Acima da cota da alvenaria, parte do fechamento é com portões e o restante do fechamento é com
telha metálica espessura de 0,50 mm sem isolamento térmico e telha de policarbonato;
 
 
 
Na lateral (eixo E entre eixo 10 e 12) têm-se 05 portões com dimensões de 4x6,25 metros, sendo
que segundo informações da Engª Luciana (Videolar – Unidade II Manaus), os mesmos
permanecem abertos das 6.00 as 22.00 horas da manhã.
 
2.4) Fechamento dos Oitões de 93 metros de extensão:
2,49 metros de alvenaria;
Acima da cota da alvenaria o fechamento será em telha metálica espessura de 0,50mm, sem
isolamento térmico e telhas de policarbonato;
Em 01 dos oitões (Eixo 1) têm-se: 01 portão de 3,0x3,0 que será considerados fechado, pois
segundo informações da Engª Luciana da Videolar é um portão de serviço;
 
2.5) Sistema de entradas de ar:
Está previsto, para entrada de ar, os portões localizados no “Eixo E entre eixo 10 e 12”, as aberturas
do eixo “A entre eixo 1 e 9 e do eixo P de 1 ao 12”. Para a área faltante de aberturas serão
instalados insufladores de ar mecânicos para cobertura.
 
2.6) Informações importantes:
Número de pessoas previsto para o local da obra, conforme informações recebidas da Engª Luciana
(Unidade II Videolar Manaus): 50 pessoas por turno;
Quanto à iluminação artificial (lâmpadas, etc;;) segundo informações recebidas da Engª Luciana
(Unidade II Videolar Manaus), não permanecem ligadas durante o dia, somente em dias nublados,
porém neste caso não têm-se temperaturas do ar muito elevadas;
Foram executadas pela Empresa Videolar, medições quanto à temperatura de bulbo seco e bulbo
úmido internas e externas ao galpão sendo que as mesmas possuem os seguintes valores:
Temperaturas externas ao galpão:
         Bulbo seco: 30 a 36 ºC;
         Bulbo úmido: 25 a 29ºC.
 
Temperaturas internas ao galpão:
         Bulbo seco: 30 a 33,5 ºC;
         Bulbo úmido: 26 a 27ºC.
 
 
 
Os desenhos em anexo: pranchas da Medabil: T1-0001-B, M2-0004-A, T1-0017-A, T2-0001-A,M1-
0007-A, M1-0009-A, e Videolar A-06, representam todos os tipos de materiais que compõe as
fachadas laterais e de oitão, bem como as aberturas para aberturas laterais (venezianas e portões)
para tomadas de ar, acima descritos.
 
3 - DIMENSIONAMENTO:
O dimensionamento do sistema de conforto térmico (ventilação natural), será através do
método da carga térmica, ou seja, o método pelo qual são levadas em consideração, todas as fontes
de calor existentes que, interferem no conforto térmico do ambiente interno da edificação, tais como:
         radiação solar sobre a telha de cobertura;
         paredes laterais;
         presença humana;
         quanto ao calor devido à operação de equipamentos não será considerado, visto que a
edificação é utilizada como um centro de distribuiçã;
         Quanto à iluminação artificial, também não foi considerado liberação de calor visto que
as mesmas permanecem acessas somente em dias nublados (dias estes com temperaturas
mais baixas do normal).
O método da carga térmica, leva em consideração o mecanismo do efeito chaminé, para
o cálculo da vazão e definição da área de aberturas de entradas e saídas de ar necessárias,
onde a troca do ar interno pelo ar externo ocorre por diferença de temperatura, ou seja por
convecção, o ar vindo do exterior da edificação por ser mais pesado, eleva até a cobertura o
ar quente interno que é mais leve, fazendo com que o mesmo saia pela garganta dos
exaustores (ventiladores) naturais, deixando o ambiente confortável para os usuários da
edificação. O ar do interior do galpão tendem a estar, geralmente, devido aos ganhos de
calor interno e aos ganhos de calor solar, a temperaturas mais elevadas que a do ar exterior,
à sombra. As massas de ar aquecidas tornam-se menos densas e tendem a subir. A diferença
de densidade do ar provoca o denominado "efeito chaminé", que se caracteriza pela
ascensão das massas de ar aquecidas, que tendem a sair pelas aberturas mais altas do
recinto, proporcionando o surgimento de pressões negativas nas aberturas situadas nos
pontos mais baixos, ocasionando a entrada do ar externo, com temperatura mais baixa.
Assim, a partir de estudos teóricos,
 
 
sabe-se que, apenas pela existência de uma temperatura do ar interno ao edifício mais
elevada que a temperatura do ar externo, será proporcionada uma condição de o ar interno,
sobreaquecido, sair, dando lugar à entrada do ar externo, à menor temperatura. Observa-se
também que o fluxo de ar será tanto mais intenso quanto mais baixas forem as aberturas de
entrada e quanto mais altas forem as aberturas de saída do ar.
 
Área da edificação: 12.014,75 m2.
 
Volume da edificação:
Foi considerado que 75% do volume total da edificação será ventilado, visto que entre os pallets
existem áreas de circulações e no próprio pallet também têm-se frestas entre as quais deve circular
ar.
Então: volume total = 142.360,75 m3 x 0,75% = 106.770,56 m3.
 
Altura da ascensão do ar interno do galpão:
Foi considerado a altura entre os centros das aberturas de entrada até o ponto de saída de ar:
Então:
Altura das entradas de ar através das aberturas nas laterais da obra: 2,13 metros do piso acabado;
Altura máxima das aberturas de saída (lanternins de cumeeira): 12,53 metros;
Altura entre os centro da abertura de entrada até o ponto de saída do ar = 12,53 – 2,13 = 10,40
metros;
 

Cálculo de temperatura externa média te e elongação (E):
Dados do clima para a cidade de Manaus – AM, para o mês o qual foram obtidas dados de
temperatura mais elevadas , sendo mês de setembro e dezembro:
Dados retirados da Publicação: Geometria da Insolação – Anésia Barros Frota, 2004 - São Paulo
(Editora Geros).
 
Temperatura do ar externo:
Ts = 32,9ºC – temperatura observada no mês mais quente;
ts = 23,5ºC – temperatura mínima observada no mês mais quente;
Td = 35,5 ºC - média das máximas diárias do mês mais quente;
td = 22,1 ºC – média das mínimas diárias do mês mais quente.
Umidade relativa do ar: UR = 77%.
 
Ts  Td
Temáx 
2
 
 
 
 
 
 
32,9  35,5
Temáx   34,20º C
2 - Na ausência de dados mais precisos usar a temperatura máxima
do local onde será construído a edificação.
 
 
 
ts  td
Te min 
2
 
23,5  22,10
Te min   22,80º C
2
 
34,20  22,80
te   28,50º C
2 - temperatura de cálculo exterior ou temperatura externa média
 
A  34,20  22,80  11,40º C
 
11,40
E  5,70º C
2 - Elongação
 
 
Cálculo da temperatura interna máxima resultante - timáx :
timáx  t e  1  m E  1  m t
 
Ambientes com geração de calor interno (fábricas de móveis): 7 ºC;
 
Para prédios com fechamentos metálicos (alvenaria de 1,00) metros somente, considerar m = 0,4 –
inércia do recinto considerada muito fraca
t imáx  20,15  1  0,47,15  1  0,4 7
 
t imáx  28,64º C
 
 
h) Carga Térmica:
 
Quanto à carga térmica da obra, foram adotados critérios das especificações da Literatura
Nacional, sendo:
 
h1) Calor liberado pela presença humana:
 
Foi estimado que irão permanecer no ambiente 100 pessoas de pé executando trabalho leve.
Conforme Planilha 01 e 02 - Taxas de dissipação de calor e calor liberado por pessoas da
Bibliografia “Engenharia de Ventilação Industrial” do autor “Armando Luís de Souza
Mesquita e Nelson Nefussi Guimarães”, a taxa de dissipação de calor metabólico para
pessoas de pé, executando atividade leve é:
Taxa de dissipação de calor por pessoa= 549 Btu/h x 0,252= 138,35 kcal/hora;
Equação: nº de pessoas x taxa de dissipação de calor por pessoa
Taxa de dissipação de calor através das 100 pessoas = 138,35 kcal/hora x 100 pessoas =
13.835 kcal/hora;
 
 
 
h2) Calor liberado por motores elétricos:
Neste caso o cliente nos repassou a potência elétrica que será instalada na edificação, e para isso
poderia ser considerado o critério proposto pelas autoras “Anésia Frota e Sueli Ramos Schiffer “ que
quando se refere aos equipamentos, adota-se como calor cedido ao ambiente, cerca de 60% da
potência nominal dos aparelhos elétricos, porém o cliente solicitou dissipação de calor de 50% do
calor:
425 KVa = 425 KWA = 365.500 kcal/h x 0,50 (emissão de calor) = 182.750 kcal/h;
De KW para Kcal/h, multiplica-se por 860.
 
h3) Calor liberado pelos aparelhos de iluminação:
Para ambientes industriais na falta de dados considera-se 30W/m2 de potência dissipada.
30 w/m2 x (50x100) m = 150.000 W / 1,163 = 128.976 kcal/h x 0,50 (50% acessas) = 64.489,40
kcal/h
 
h4) Calor liberado pelo telhado:
Conforme planilha 10 – Ganho de calor solar pelo telhado (Btu/h/pé 2) da Bibliografia “Engenharia de
ventilação Industrial” do autor Armando Luís de Souza Mesquita, Nelso Nefussi Guimarães”, a taxas
de liberação de calor através da cobertura são:
O calor solar máximo liberado por m2 de cobertura com chapa de aço corrugada (tipo SSR zipada)
com feltro (isolamento térmico em lã de vidro), = 18 btu/h/pé = 48,78 kcal/h/m2;
Equação: Área de telha com isolamento térmico x calor máximo liberado por m2 :
4600 m2 x 48,78 kcal/h/m2 = 224.388 kcal/h.
O calor solar máximo liberado por m2 de cobertura com placa de zenital (policarbonato alveolar
branco leitoso) = 180 btu/h/pé = 487,80 kcal/h/m2;
Equação:
Área de telha de policarbonato x calor máximo liberado por m2 :
400 m2 x 487,80 kcal/h/m2 = 195.120 kcal/h.
Calor total liberado pela radiação solar incidente na telha de cobertura: 419.508 kcal/h.
 
h5) Calor liberado por processos industriais:
Não haverá processo industrial que libere calor.
 
 
 
 
 
h6) Calor liberado pelas paredes:
Conforme planilha 03 – Ganho de calor solar pelas paredes (Btu/h/pé 2) da Bibliografia “Engenharia
de Ventilação Industrial” do autor “Armando Luís de Souza Mesquita, Nelso Nefussi Guimarães”, o
calor liberado por (m2) dos materiais que compõe as fachadas laterais e de oitão são:
Neste caso, a favor da segurança, deve ser considerado que as fachadas de maior extensão,
estejam voltadas para o leste e oeste respectivamente, ou seja, voltadas para as posições solares
de maior incidência de radiação solar.
 
Equação: área da parede x calor liberado por m2 de parede
 
ÁREA CALOR
MATERIAL TOTAL
L O N S L O N S
Alvenaria 86,5 86,5 45,5 45,5 63 63 33 6 12.673,50
Veneziana 103,8 103,8 - - 117 117 - - 24.289,20
Telha sem lã 590,8 590,8 318,4 318,4
117 117 57 8 158.951,78
2 2 6 6
Portões 67,5 67,5 22,5 22,5 117 117 57 8 17.257,50
Vidro - - 54,6 54,6 - - 299 106 22.113,00
Telha translúcida 51,38 51,38 27,69 27,69 141 141 85 9 17.092,02
  1185.735,00 Kcal/h
 
i) Carga Térmica total em (Kcal/h):
Presença humana: 13.835 Kcal/h;
Motores elétricos: 182.750 Kcal/h;
Aparelhos de iluminação: 64.489,40 Kcal/h;
Radiação solar na cobertura: 419.508 Kcal/h;
Radiação solar nas paredes: 252.377 kcal/h
Processo industrial: 0 kcal/h
Carga térmica total: 932.959,40 Kcal/h
 
j - Cálculo da vazão
 
Conforme Bibliografia técnica “ Física aplicada à construção – conforto térmico” do autor Ênnio Cruz
da Costa.
Q
V 
  Cp  tr  te 
 
V = vazão de ar necessária;
 
 
 
Q = Quantidade de calor a arrastar do ambiente considerado por meio da renovação de ar - Número
de Kcal/hora (carga térmica);
Cp = 0,24 (kcal/kgfºC) - calor específico do ar)
g = 1,2 (Kgf/m3) = densidade do ar
(tr - te) = Dt = diferença de temperatura entre o ambiente interno e o externo da edificação
(temperatura interna do prédio – temperatura exterior à sombra).
 
N º Kcal / hQ  932.959,40
V  
Cexxt  0,24 x1,2 x 7
V= 462.777,48 m³/h
462.777,48
V   128,55m 3 / s
3.600
 
 
k) Cálculo da velocidade de ascensão do ar:
V  12hext 
1/ 2

V  1224,0 pésx12,6º F 
1/ 2
 
De metros para pés – dividir por: 0,3048
7,32/0,3048 = 23,96 pés
V  208,67  pés / min 0,00508  1,06m / s ;
 
 
l) Cálculo do número de trocas
 
n= vazão / volume efetivo
462.777,48m 3 / h
n
35.156,25m 3
n= 13,16  14 trocas de ar
n= vazão / volume efetivo
vazão
14 
35.156,25
vazão= 492.187,50 m³ / h = 136,72 m³ / s
 
 
 
 
 
 
 
m) Área para saída de ar:
 
V
A
vel
Onde:
A = área necessária de ventilação em m2;
vel = velocidade de ascensão do ar quente interno (m/s)
V = vazão de ar (m3/s);
 
A

136,72 m 3 / s
1,06m / s 

A = 128,98 m²
 
A verificação da área necessária de ventilação para saída de ar, também pode ser através da
equação proposta pela autora Anésia Barros Frota e Sueli Ramos Schiffer em sua publicação
“Manual de conforto térmico”(2000) – Editora Studio Nobel, sendo:
 
c  0,14  a  H  t 1 / 2 , onde:
 
fc = vazão de ar por efeito chaminé;
A = área da abertura, considerada a de saída;
H = altura medida a partir do nível do centro de entrada do ar até o nível da abertura da garganta do
ventilador (nível da cumeeira);
Dt = diferença de temperatura do ambiente interno em relação ao externo.
 
Quanto à altura ( H ) foi considerado o nível da abertura para tomada de ar à 1,50 metros do nível do
piso acabado (posição da abertura de entrada de ar) até o nível da garganta do ventilador natural =
8,25 metros
136,72m 3 / s   0,14  A  8,25  7 
1/ 2

1,06 A = 136,72
A = 128,98 m2 (área de ventilação necessária).
 
A favor da segurança adota-se o método que resultar na maior área de ventilação, sendo a área de
saída de ar o correspondente à:
Área de saída = 128,98  129 m²
 
 
n) Cálculo da temperatura efetiva (T. E.) Interna da edificação:
 
Dados necessários:
Temperatura de bulbo seco (T.B.S.) = timáx = 28,64ºC = 83,55ºF.
Obs.: De ºC para ºF, º C  1,8  32
Umidade relativa do ar (U.R. = 76%)
 
 
 
Temperatura de bulbo úmido (T.B.U.) pode ser calculada através da Carta Psicrométrica para
(Temperatura normal) – Carrier Air Condiction Company, Handbook of air condictioning sistem
Dengir (anexo 01), utilizando os dados de T.B.S. e U. R.:
T.B.U. = 77ºF = 25ºC
 
Da posse desses dados, calcula-se a temperatura efetiva TE interna da edificação através do
nomograma (Anexo 2), “Nomograma de temperatura efetiva para designar pessoas normalmente
vestidos em trabalho leve” da autora Anésia Barros Frota “Manual de Conforto Térmico”, sendo os
resultados:
No gráfico entra-se com os dados de temperatura de bulbo seco, e temperatura de bulbo úmido e
velocidade de ascensão do ar quente interno (1,06 m/s):
(T.B.S.)= 28,64ºC.
T.B.U. = 25ºC
Para Velocidade de ascensão do ar = 1,06 m/s → TE = 25,00 ºC – temperatura dentro da
zona de conforto recomendada pelas normas e bibliografias, considerando um diferencial de
temperatura externo em relação ao interno de 7ºC.
 
Conclusão: Analisando-se as temperaturas efetivas obtidas, acima citadas, através de gráficos
recomendados pela bibliografia técnica, verificou-se que os resultados estão dentro da zona de
conforto térmico recomendada, podendo ocorrer algumas oscilações devido à variação de
velocidade de ascensão do ar provocado pelas diferentes densidades do mesmo resultando em
diferenciais de temperaturas diferentes. Sempre devemos lembrar que estamos trabalhando com
dados climáticos médios do local onde será construído o edifício em análise.
 
 
 
o) Abertura, comprimento e quantidade dos ventiladores naturais :
 
Considerando-se a área necessária de 129 m² de ventilação deverá ser instalado os seguintes
lanternins na cobertura:
 
Opção 01:
Área de ventilação para saída de ar / abertura de garganta
129m 2
 86m  88m
1,5m
 01 lanternim de cumeeira com abertura de garganta de 1,50 metros e comprimento unitário
de 88 metros;
 
Opção 02:
129m 2
 212m
0,61m
Adotar 01 MV610 de cumeeira com L=98 metros, 08 MV610 paralelos com L=14 metros
  210m de MV610.
 08 lanternins paralelos à telha de cobertura da obra com abertura de garganta de 0,610
metros e comprimento unitário de 14 metros.
 
 
 
 
Em anexo à presente memória de cálculo têm-se a prancha de nº (CV-0001A), com a locação
dos lanternins sobre a vista de cobertura e um corte transversal com as respectivas gargantas dos
ventiladores naturais.
 
p) Aberturas para tomadas de ar externo:
 
A quantidade de aberturas livres (sem obstáculos) necessária para tomadas de ar no
perímetro da obra, ou via cobertura (pontos baixos) deve ser a mesma que a área para saída de ar
pelos ventiladores naturais dispostos na cobertura, ou seja, é preciso:
 
Área livre para tomadas de ar: comprimento de lanternim x abertura de garganta:
         Opção 01: 132,00m2
         Opção 02: 129,00m2
 
As aberturas para tomadas de ar serão distribuídas da seguinte forma:
         103,60 m²de aberturas livres através de 207,60 m² de venezianas com 50% de
rendimento para passagem de ar;
         54,60 m² de aberturas livres através de 109,20 m² de janelas basculantes com 50% de
rendimento para passagem de ar;
         Portões foram considerados fechados.
Recomendamos que as aberturas para tomadas de ar acima citadas devem ser instaladas nos
pontos baixos e distribuídas no perímetro da obra, preferencialmente de 0,50 até no máximo 1,50
metros do nível do piso acabado, para que proporcionem a exaustão do ar quente interno emitido
pelas pessoas, radiação solar incidente sobre a (telha de cobertura, laterais e oitões da obra), bem
como o calor produzido por equipamentos, máquinas e aparelhos de iluminação, permanecendo um
ambiente confortável no nível em que se encontram os usuários da edificação.
 
Supondo que é possível instalar somente 140 m² de venezianas, pois em 01 lateral e nos dois oitões
haverá futura ampliação, deverão ser previstos insufladores, sendo:
Área total livre necessária para tomadas de ar: 132 m²
Área total livre através de venezianas com 50% de rendimento: 70 m²
Área faltante de 63 m²
 
V
A
veloc
 
vazão
63 
1,0
Vazo=63 m³/s = 22.800 m³/h
226.800m 3 / h
 7,56 
30.000m 3 / h 8 insufladores de cobertura com vazão de 30.000 m³/h.
 

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