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CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DO DISTRITO FEDERAL - UDF

ENGENHARIA MECÂNICA

GABRIEL DANTAS, JOÃO EDUARDO, MARCONDES LUCAS E VINICIUS PIRES

DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE AR CONDICIONADO DA REPARTIÇÃO


JURÍDICA FORUM DE SAMANBAIA
Fórum Desembargador Raimundo Macedo

BRASÍLIA – DF
2020
GABRIEL DANTAS, JOÃO EDUARDO, MARCONDES LUCAS E VINICIUS PIRES

DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE AR CONDICIONADO DA REPARTIÇÃO


JURÍDICA FORUM DE SAMANBAIA
Fórum Desembargador Raimundo Macedo

Trabalho apresentado ao Centro de Ensino


Unificado do Distrito Federal – UDF, referente a
disciplina Sistemas de Ventilação e Ar
condicionado.
Professor: Thiago Gomes

BRASÍLIA – DF
2020
Sumári

o
1. PONTO DE CONTROLE 01 – CONDIÇÕES DE CONTORNO............................3

1.1. Quantidade de funcionários.............................................................................3

1.2. Dimensões do ambiente..................................................................................3

1.3. Tipo de Sistema...............................................................................................3

1.4. Particularidades...............................................................................................3

1.5. Temperatura Adequada...................................................................................3

1.6. Quantidade de Equipamentos no Ambiente....................................................4

1.7. Temperatura Externa.......................................................................................4

1.8. Ocorrência........................................................................................................4

1.9. Análise inicial...................................................................................................4

1.10. Conclusão inicial...........................................................................................5

2. PONTO DE CONTROLE 02 – DIMENSIONAMENTO DE VARIÁVEIS SIMPLES6

2.1. Planta Baixa.....................................................................................................6

2.2. Agentes e trocadores de calor.........................................................................7

2.3. Dados regionais...............................................................................................8

2.4. Energia que adentra por fechamentos opacos e transparentes.....................8

2.5. Fechamentos Opacos......................................................................................9

2.6. Dimensionamento da energia que entra no sistema devido os funcionários 11

3. PONTO DE CONTROLE 03 – CÁLCULO DE INSULFLAMENTO DE VOLUME


DE CONTROLE..........................................................................................................13

3.1. Circulação......................................................................................................13

3.2. Renovação de ar............................................................................................13

3.3. Dimensionamento..........................................................................................14

3.4. Balanço de energia no ambiente...................................................................14


4. PONTO DE CONTROLE 04 - DUTOS.................................................................15

4.1. Sistema Split com dutos para climatização e refrigeração............................15

4.2. Funcionamento de um split com Duto de Ar.................................................16

4.3. Velocidade de operação................................................................................17

4.4. Perda de carga...............................................................................................17

4.5. Montagem dos tubos.....................................................................................17

4.6. Filtro de ar......................................................................................................18

5. PONTO DE CONTROLE 05 – BALANCEAMENTO DE FLUXO DE AR NOS


DUTOS........................................................................................................................19
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Planta baixa.................................................................................................6
Figura 2 – Fonte de Calor.............................................................................................8
Figura 3 – Emissão de calor por aparelhos elétricos..................................................12
Figura 4 – Fluxo de ar de insuflamento......................................................................14
Figura 5 – Sistema Split expandido............................................................................15
Figura 6 – Ventilação por dutos..................................................................................16
Figura 7 – Distribuição e sentido dos dutos de ar.......................................................19
Figura 8 – Tabela correlação aumento de temperatura.............................................22

1
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Fontes de calor............................................................................................7


Tabela 2 – Calor pelo número de pessoas.................................................................11
Tabela 3 – Total de calor com a separação do ambiente...........................................11
Tabela 4 - Dados dos dutos........................................................................................15
Tabela 5 – Velocidade de Ar nos Dutos.....................................................................17
Tabela 6 – Classificação dos filtros.............................................................................18

2
1. PONTO DE CONTROLE 01 – CONDIÇÕES DE CONTORNO

1.1. Quantidade de funcionários

A Repartição Jurídica conta com uma quantidade diária fixa de


funcionários igual a 11 e um horário de expediente das 12h às 18h.

1.2. Dimensões do ambiente

A Repartição possui uma área igual a 124m², com a seguinte arquitetura:


Sala do Chefe da Repartição com 32m² e sala dos auxiliares com 92m².

1.3. Tipo de Sistema

O sistema é aberto, pois conta com uma porta automática - sensor de


presença - deslizante na entrada, um sistema de reciclagem do ar interno,
juntamente com três janelas de vidro essenciais para a iluminação, as quais se
encontram normalmente fechadas.

1.4. Particularidades

A divisão não possui nenhum banheiro em seu interior.

1.5. Temperatura Adequada

Temperatura interna ideal igual a 20ºC e umidade igual a 40%


considerando NR 17 do ministério do trabalho.

3
1.6. Quantidade de Equipamentos no Ambiente

O ambiente em estudo possui 3 (três) aparelhos de ar condicionado,


sendo 1 no escritório do chefe e 2 no dos auxiliares todos aparelhos possuem a
potência de refrigeração de 12000 BTU.

1.7. Temperatura Externa

Temperatura externa local igual a 37 ºC.

1.8. Ocorrência

Grande parte dos funcionários - em torno de 85% - queixam-se que o


ambiente da divisão fica muito quente ou abafado na parte da tarde - por volta das
15h30 - mesmo em dias pouco ensolarado.

1.9. Análise inicial

Devido necessidade dos funcionários de deixarem o local de trabalho


para irem ao banheiro, acarreta em uma constante movimentação de abre-e-fecha
da porta deslizante e o estimulo ocasionado pelo movimento no fluxo gera uma
retirada mássica de ar com uma menor quantidade de calor no ato de saída, já no
ato de entrada no ambiente conclui na inserção de massa de ar com maior
quantidade de calor. O sistema ainda conta com a inserção de calor tanto por meio
da radiação ocasionada pelos raios solares através do material translúcido - vidro -
da janela quanto pela convecção que o fluxo mássico de ar externo incide sobre
essa mesma área.

4
1.10. Conclusão inicial

Devido à constante movimentação no ambiente de trabalho e às


condições geográficas e ambientais em que a divisão se encontra, conclui-se que o
sistema de refrigeração, ar condicionado, não é capaz de manter uma temperatura
em parâmetros adequados e agradáveis para os usuários locais, sendo necessário
uma adequação no sistema de climatização.

5
2. PONTO DE CONTROLE 02 – DIMENSIONAMENTO DE VARIÁVEIS
SIMPLES

2.1. Planta Baixa

Planta baixa Repartição Jurídica Fórum Desembargador Raimundo


Macedo:

Figura 1 – Planta baixa.

6
2.2. Agentes e trocadores de calor

Fatores ou fontes térmicas


Climáticos Insolação nas janelas (essencial para iluminação do
ambiente)

Humanos 11 (onze) pessoas levando em conta atividade


sentada. Calor sensível por pessoa 298 BTU/h e calor
latente 99 BTU/h para uma temperatura de 20 °C
(ABNT NBR 16401-2:2008)
Fechamentos alvenaria estrutural (λ = 0,65)
Opacos divisórias de madeira (λ= 0,14)
revestimento térmico teto (λ= 0,03)
(Fonte: Instalações de Ar Condicionado H. Creder 6ª
Edição).
Fechamentos Janelas de vidro transparente 6 mm (Fator solar 0,83)
Transparentes películas refletivas (Fator solar 0,40)
Iluminação 18 Lâmpadas fluorescente (40w) com reatores
artificial eletromagnéticos montadas em pares (r= 0,25)

Outras Fontes de 11 microcomputadores (300w), 2 impressoras (45w), 1


Calor cafeteira elétrica (600w), 3 aparelhos de ar
condicionado (1400 w)
Infiltração e 3 janelas comuns de 1,00 x 2,00m
renovação 1 porta pivotante de madeira 2,10 x 0,90m
1 porta de vidro 2,10 x 2,20m
Tabela 1 - Fontes de calor.

2.3. Dados regionais

7
 Local: Brasília - DF
 Latitude = -15.77
 Longitude = -47.92
 Verão: tbs = 35 °C; φ = 35 %
 Inverno: tbs = 17 °C; φ = 75 %

2.4. Energia que adentra por fechamentos opacos e transparentes

Sistema de
controle

Figura 2 – Fonte de Calor.

2.5. Fechamentos Opacos

Materiais: Alvenaria, madeira e Isopor.

8
Meio exterior: α+ρ=1
Cores claras α = (0,2 – 0,5)
Absortividade definida em 0,3 – (α= 0,3). Isso significa que 30% da
energia é absorvida no contexto do fórum apenas pela alvenaria. Para o efeito de
simplificações a incidência solar considerável ocorre apenas pela fachada do
edifício, fato valido devido o ambiente em estudo não ser vazado. A espessura da
alvenaria é de 0,15m.
Área considerada da alvenaria: 15,5 x 3m, desconsiderando a área das
janelas temos:

(15,5 x 3) – 3 x (1,50x1,00m) = 42m²

 Devido ao fato de a alvenaria não contar com um material


homogêneo a equação para Carga de Condução do Calor Sensível.

Q= ACD
(2.1)

Q= fluxo de calor em kcal/h;


A = área em m\
C = condutância em kcal/h. m². ºC;
D = diferença de temperatura entre as superfícies em ºC.

 Transmissão do sol através de superfícies opacas:

Q= A . U [ ( te−ti )+ ∆ t ]
(2.2)

Onde:

Q = watts;
A = área em m2;
U = coeficiente global de transmissão de calor em kcal/h. m². ºC;
te. = temperatura do exterior em °C;
ti =temperatura do interior em °C;

9
∆t =acréscimo ao diferencial de temperatura dado pela Tabela 3.6.

 Temperatura externa 37 ºC;


 Temperatura interna 20 ºC;
 Parede possui Cor clara (acréscimo de 5,5°C).

Q=15,5 X 3 X 1,03[(37−20)+5,5]
Q=1077,64 kcal/h .
a) Fechamentos Transparentes:
O fechamento transparente no contexto apresentado consiste no uso de
janelas com suporte em alumínio e placas de vidro com o uso de películas protetora.
As lâminas de vidro translucido possuem 6mm de espessura e um fator
solar de 0,83. As películas de proteção são do tipo refletiva e possuem um fator
solar de 0,40.
A repartição conta com 3 janelas do modelo apresentado com a seguintes
dimensões 1,50m de largura e 1m de altura e são instaladas a 1m do piso.
Área considerada das janelas: 3 x (1,5 x 1) = 4,5 m²
 Energia que é refletiva (q1);
 Energia que é absorvida pelo vidro (q2);
 Energia que atravessa o vidro (q3).

Q=q 1+ q 2+q 3
(2.3)

- Local: Brasília – DF;

- Horário critico: 16h;

- Data: 13 de setembro;

- Janela voltada para oeste.

 Segundo a tabela 3.5 Coeficientes de Transmissão do Calor Solar


Através de Vidros (Fator Solar) para as condições estabelecias temos:

10
U = 440 kcal/h por m², portanto 1980 kcal/h ou 7852 BTU/h para a área
total das janelas.

2.6. Dimensionamento da energia que entra no sistema devido os


funcionários
O objeto de estudo conta com uma capacidade de trabalho para 11
servidores, sendo 1 na sala de chefia e 10 na de auxiliares. O horário de expediente
do Fórum é de 12h às 18h. Segundo a ABNT NBR 16401-2:2008 para atividades
intelectuais em escritórios o calor sensível e de 298 BTU/h e o calor latente 99
BTU/h, isso para uma temperatura média de 20 °C.

a) Tabela para a repartição com ocupação total:

Calor Sensível Calor Latente Calor Total


3278 BTU/h 1089 BTU/h 4367 BTU/h
Tabela 2 – Calor pelo número de pessoas.
b) Tabela considerando a separação sala do chefe e sala auxiliares:

Áreas Calor Calor Calor Total


sensível Latente
Sala Chefe 298 BTU/h 99 BTU/h 397 BTU/h
Sala auxiliares 2980 BTU/h 990 BTU/h 3970 BTU/h
Tabela 3 – Total de calor com a separação do ambiente.
6 – Dimensionar o número de equipamentos e a potência dos mesmos
dentro do sistema de controle:

Os equipamentos elétricos utilizados dentro das instalações são: 11


microcomputadores, 2 impressoras, 1 cafeteira elétrica e 18 lâmpadas fluorescente e
seus reatores.
Respeitando a lei de Joule e utilizando a equação (P=I x U) tem – se a
seguinte divisão da energia térmica em função do tempo:

11
Potência elétrica Micro computador
impressoras
aparelhos de cafeteira
ar Micro aparelhos de ar condicionado
condicionad computador
o 3300
4200 40%
51%
impressoras
90
1%
cafeteira
600
7%

Figura 3 – Emissão de calor por aparelhos elétricos.

3. PONTO DE CONTROLE 03 – CÁLCULO DE INSULFLAMENTO DE


VOLUME DE CONTROLE
O número de renovações de ar é adequado a cada situação conforme a
atividade realizada no interior da edificação utilizando-se como parâmetro as normas
NBR 6401, Tabela Normalizada ABNT (NB10) e a norma internacional da ASHRAE
bem como atividade intelectual em escritório com mais de 10 m² para cada
ocupante.

3.1. Circulação
A troca contínua do ar ambiente através do resfriador é fundamental para
manter as condições de conforto térmico no ambiente, por isso a vazão (área x
velocidade) encontra as saídas naturais dos ambientes (frestas de portas e janelas),
não sendo necessária a instalação de exaustores.

Vef =Pz . Fp+ Az . Fa


(3.1)
Vef = vazão eficaz de ar exterior, [L/s]
Fp = vazão por pessoa, [L/ (s. Pessoa)]
Fa = vazão por área útil ocupada, [L/ (s.m²)]
Az =área útil ocupada pelas pessoas, [m²]

12
3.2. Renovação de ar

Vef
Vz=
Ez

(3.2)
Vz = vazão de ar exterior a ser suprida na zona de ventilação, [L/s]
Ez = eficiência da distribuição de ar na zona.

3.3. Dimensionamento

A Anvisa recomenda a troca mínima de 22 trocas de ar por hora, portanto


é adotado um valor de 30 trocas de ar por hora.
Adotando como um único ambiente, tanto sala da chefia quanto auxiliares
temos:
15,5 x 8 x 4(P.D) = 496m3

Com o volume total do ambiente multiplicamos por 30 trocas de ar/hora


(média do número de renovações de ar normatizadas).

496m3 x 30 = 14880 m3/h

3.4. Balanço de energia no ambiente

CT total_ambiente = M ar_insuflamento (H ar_ambiente – H ar_insuflamento

13
Figura 4 – Fluxo de ar de insuflamento.

4. PONTO DE CONTROLE 04 - DUTOS


O sistema de dutos para ventilação é estudado sobre dois aspectos, o do
escoamento do ar no interior dos dutos, desde sua captação até sua expulsão, que é
o aspecto que interessa diretamente ao dimensionamento, e ao projeto da rede de
dutos, seus acessórios, dos materiais constitutivos do dutos, das peças e
equipamentos complementares ao sistema de dutos (Macintyre,1990).

A instalação correta da tubulação em qualquer sistema de refrigeração e


neste caso de uma sala comercial garante o perfeito funcionamento do sistema, bem
como minimizar perda de carga e interferências do meio externo. Temos os
parâmetros principais para uma boa instalação de dutos no sistema de controle:

Espaço Perdas por Velocidade Nível de ruído Fugas de


Disponível atrito calor
8 m² ɛ = 1,5 mm 10 m/s 20 - 40 dB 500 -700 kJ
Tabela 4 - Dados dos dutos.

14
4.1. Sistema Split com dutos para climatização e refrigeração

Figura 5 – Sistema Split expandido.


A opção pelo sistema de climatização e refrigeração com ar
condicionado Split visando economia do projeto e facilidade na instalação, além de
diversos aparelho no mercado que atendem a necessidade do Repartição Jurídica.

Vantagens do sistema Split com dutos:


Atende vários ambientes ao mesmo tempo;
Não comprometem a estética das fachadas, pois não ficam visíveis;
Possui uma melhor distribuição de ar.

4.2. Funcionamento de um split com Duto de Ar


O aparelho capta, filtra e joga o ar novamente no ambiente. O
resfriamento é feito por serpentinas contendo gás refrigerante. Nesse processo o ar
é desumidificado.
O ar refrigerado é jogado nos dutos de ventilação por um ventilador centrífugo de
alta pressão.

15
Figura 6 – Ventilação por dutos.
(1) Saída de ar do duto de ventilação.
(2) Local por onde o ar entra e passa por uma tela (filtro) antes de ser resfriado.
(3) Serpentinas de resfriamento e desumidificação.

4.3. Velocidade de operação

Sistema de retorno Sistema de ventilação


10 m/s 5,2 m/s
Tabela 5 – Velocidade de Ar nos Dutos.
4.4. Perda de carga
Segundo Netto et al. (2002), poucos problemas merecem uma maior
atenção ou foram investigados quanto o da determinação das perdas de cargas nas
canalizações. As dificuldades que se apresentam no estudo analítico da questão são
tantas que levam os pesquisadores as investigações experimentais. Assim foi que,
após inúmeras experiências conduzidas por Darcy e outros investigadores, com
tubos de seção circular, conclui-se que a resistência ao escoamento do fluido é:

16
 Diretamente proporcional ao comprimento da canalização;
 Inversamente proporcional a uma potência do diâmetro’
 Função de uma potência da velocidade;
 Variável com a natureza das paredes dos tubos (rugosidade), no caso do
regime turbulento;
 Independentemente da posição do tubo;
 Independente da pressão interna sob a qual o tubo escoa;
 Função de uma potência da relação entre a viscosidade e a densidade do
fluido.

4.5. Montagem dos tubos


É evitado ao máximo a adoção de curvas, nos casos que isso não é
possível é utilizado a relação R/D:1,25, onde R é o raio da curvatura e D é a altura
da seção transversal.
Os dutos deverão ser construídos em chapa de aço galvanizado
obedecendo às normas. O ar para os diversos ambientes será distribuído através de
dutos convencionais de baixa velocidade, conectados aos difusores ou grelhas nos
ambientes, conforme desenhos de projeto. Os dutos deverão ser construídos em
chapa de aço galvanizado obedecendo as recomendações da norma NBR-16401 e
os padrões de construção da SMACNA. Serão fixados por ferro cantoneiras e / ou
vergalhões, presos na laje ou viga por pinos ou chumbador metálico. Deverão
obedecer aos padrões normais de serviço e serem interligados por flanges
especiais. Todos os dutos montados após caixas de filtros deverão ser flagelados
com ferro cantoneira. Os dutos expostos ao tempo deverão ser tratados com primer
à base de epóxi e pintura esmalte de acabamento. Se tiverem isolamento deverão
ser rechapados.
4.6. Filtro de ar
Todos os filtros são selecionados para a velocidade de face máxima de
2,5 m/s e em conformidade com as especificações abaixo listadas, lembrando ainda
que a classificação adotada para os filtros é aquela indicada pela Norma ABNT NBR
16401.

17
Classe de Filtros Eficiência (%)
Finos (F8) E.f. < 95
Tabela 6 – Classificação dos filtros.

5. PONTO DE CONTROLE 05 – BALANCEAMENTO DE FLUXO DE AR NOS


DUTOS
No presente projeto é adotado o balanceamento por cálculo ou estático,
devido ao fato de ser possível obter a velocidade e determinar a perda em cada
ramal.
A escolha do sistema de dutos no sistema Split de ar condicionado como
anteriormente falado se deu para minimizar as reformar e o custo do projeto e é
possível obter bons resultados com essa disposição devido a necessidade de
climatizar a área total de maneira uniforme:

E G I

F H J

D B

C A

Figura 7 – Distribuição e sentido dos dutos de ar.

18
Com a configuração de um aparelho Split para duas saídas de ar é
possível cobrir uma maior área e refrigerar o ambiente de forma homogênea. Dados
sistema Split com dutos:

 Duto A-B distância entre saídas: 3,5 m e vazão total: 2130 m3/h;
 Duto C-D distância entre saídas: 3,5 m e vazão total: 2130 m3/h;
 Duto E-F distância entre saídas: 10 m e vazão total: 3540 m3/h;
 Duto G-H distância entre saídas: 10 m e vazão total: 3540 m3/h;
 Duto I-J distância entre saídas: 10 m e vazão total: 3450 m3/h.

Nos trechos F – E – G – H e I – J devido a considerável distância é


necessário alterar o diâmetro e variar a seção transversal para alcançar a resistência
desejada, equilibrando a perda localizada em 10%. Todos os aparelhos de
condicionamento de ar internos (evaporadora) são instalados a uma altura de 2,5
metros do piso da sala.

6. PONTO DE CONTROLE 06 – CORREÇÕES DE VAZÃO


Condições do sistema:

 Vazão de ar para cada aparelho de acordo com a carga térmica:

2976 m m3/h;

 Velocidade média do fluido de trabalho: 7m/s;


 Ganho de calor segundo margem térmica: 5%;
 Fugas de ar conforme tabela: 4%;
 Temperatura ideal ambiente: 20 ºC;
 Coeficiente global do isolamento perfil retangular metálico:
U / (ℎ. ~ 1,3 𝑘𝑐𝑎𝑙 m2. °𝐶);
 Temperatura do ar insuflado: 15,2 ºC;

Q carga térmica 2976


Qt= = =2730,27 m3 /h
% perdas 1+0,05+0,04
(6.1)

19
6.1. Elevação de temperaturas nos pontos.

Por correlação temos valores iguais (A – B, C – D) e (E – F, G – H – I –


J) por isso é necessário o cálculo de apenas dois dutos, o de menor comprimento
(3,5 m) e o de maior comprimento (10 m).

Figura 8 – Tabela correlação aumento de temperatura.


Considerando os dados da tabela anterior temos para a vazão de
insulamento e velocidade de 10 m/s tem-se uma correção de 0,09 ºC para cada
metro 10 metros.

Elevação de temperatura pontos (A – B, C – D):

l
Elevevaçãotemperatura= x correlação x Uc x (Te−Tist )
m

(6.2)

Elev .Temp=0,13 ° C

20
Elevação de temperatura pontos (E – F, G – H, I – J):

l
Elevevaçãotemperatura= x correlação x Uc x (Te−Tist )
m

Elev .Temp=0,36 ° C

Com essa informação tem-se a real temperatura do ar insuflado em cada


ponto:

Trecho ( A−B−C− D )=15,2° C+ 0,13° C=15,33 ° C

Trecho ( E – F , G – H−I – J )=15,2 ° C+0,36 ° C=15,56° C

A vazão de correção que atende a variação de temperatura é dada:

20° C−15,2° C
Q corrgida= x 2730,27 m 3/h
20 ° C−15,56 ° C

Q corrigida=2951,64 m3 /h

Assumindo que o ar recebe calor do duto e que a forma mais simples de


atenuar essas perdas e corrigir a vazão do ar insuflado, portanto tem – se o valor da
vazão corrigida para o projeto total:

Qtotal :QAB+QBC +QCD+QEF +QGH +QIJ

(6.3)

Qtotal :14758,20 m 3/h

7. Ponto de controle 07 – Difusores de ar

A escolha do sistema de difusores de ar foi limitada pelo sistema Split


com dutos, sendo a melhor opção o sistema de difusores de ar linear ajustável
americano. O conjunto de ventilação e climatização de ar leva muito em
consideração o conforto dos ocupantes, não direcionando o jato de ar para as
pessoas. Uma enorme vantagem do sistema ajustável e a distribuição uniforme do
fluxo de ar em todo o espaço da Repartição.

21
7.1. Descrição Difusor de ar linear ajustável - ADL
Construído totalmente em perfis de alumínio extrudado (inclusive aletas
defletoras), interligados por tirantes rosqueados que formam um conjunto resistente
e de excelente linearidade.
O fabricante recomenda aplicação para tetos, paredes ou peitoris, em
sistemas de volume de ar constante ou variável. A escolha da cor dos difusores foi a
branca para melhor harmonia com o ambiente, sendo perfis de alumínio anodizado
pintado de brando.

Figura 9 - Difusor de ar linear ajustável

A construção inteligente do seu núcleo faz com que o ar tenha um


escoamento laminar, não gerando a turbulência normal de sistemas similares. O
escoamento laminar resulta em melhor performance do difusor em torno de 55% a
capacidade de vazão de ar em sistema convencionais.
O projeto lógico, simples do ADL, associado a sua maior capacidade de
vazão de ar, traz uma aplicação altamente econômica no projeto da Repartição
Jurídica.

22
7.2. Configurações e dados dimensionais
O modelo escolhido que atende as necessidades foi o modelo de fluxo duplo e a
área é determinado através dos cálculos posteriores.

Figura 10 Arranjos de fluxo Sistema linear ajustável

Como no projeto a área atendida por cada difusor é igual utilizamos a


equação xxxx de áreas iguais.

Qt
Qd= (6.4)
ND

QD: Vazão do difusor


ND: Número de difusores
Devido a consulta em tabela para a vazão de insuflamento o modelo com quatro
aberturas e acabamento terminal foi o escolhido para uma melhor destruição do
fluxo de ar.

Figura 11 Acabamento externo e divisão das áreas.

23
O ajuste de vazão do ADL é obtido reduzindo-se a abertura de passagem
do fluxo (não altera o efeito de COANDA), através do deslocamento do núcleo para
a parte central da abertura «T» do suporte. Após o ajuste, fixa-se o núcleo pelos
parafusos de tensão, obtendo-se uma regulagem estável e duradoura. Utilizando-se
a chave sextavada especial (acompanha o difusor ADL), é regulada a posição
desejada do núcleo ajustável através dos parafusos de tensão localizados nas
extremidades de cada núcleo. Movendo-se o núcleo para ambos os lados da
abertura «T» obtém-se livre máxima.

Figura 12 Tabela TROPICALRIO - Sistema ADL 4 aberturas

O sistema de climatização e ventilação conta com 10 difusores de ar


espalhados pelas duas salas, sendo quatro na sala do chefe e seis na sala do
auxiliares. Levando em conta a vazão de ar calculada anteriormente o modelo
selecionado pelo catálogo para os difusores de ar é o ADL 2l 1500 C PL Ø200 N/A.

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