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DEFEITOS EM REFRIGERAÇÃO
E AR CONDICIONADO
José Rodrigues da Fonseca Segundo
ATUALIZAÇÃO TECNOLÓGICA
NATAL - RN
2016
2016. CTGAS-ER
Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida, desde que citada à fonte.
Catalogação na fonte
Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial | Petróleo Brasileiro S.A.
Centro de Tecnologias do Gás e Energias Renováveis
Unidade de Difusão do Conhecimento
CDU 521.56
1 CICLO DE REFRIGERAÇÃO
O fluido refrigerante no estado líquido entra no evaporador sob baixa pressão e temperatura,
absorve calor do ar que circula através das serpentinas e aletas por convecção forçada e vaporiza-se,
este ar por sua vez retira calor dos alimentos e do meio a ser refrigerado.
Em seguida o fluido é succionado do interior do evaporador no estado de vapor a baixa pressão
e temperatura pelo compressor, por meio da linha de sucção. O compressor comprime o fluido
refrigerante descarrega-o no condensador através da linha de descarga, com pressão e temperatura
bem mais elevada, o fluido refrigerante inicia o seu processo de rejeição de calor, ou seja, começa a
liberar calor para o meio externo até atingir a pressão e temperatura de condensação, passando do
estado gasoso para o estado líquido.
Da saída do condensador, onde se deseja que o fluido saia totalmente na fase líquida, o fluido
segue para o tanque de líquido, onde, condensado acumula-se na parte inferior e através de um tubo
chamado de pescador ele sai do tanque totalmente na fase líquida seguindo através da linha de líquido
passando pelo filtro secador, visor de líquido ainda liberando calor para o ambiente externo, diz-se que
o fluido esta subresfriando, até chegar a válvula de expansão ou tubo capilar (dispositivo de expansão)
responsável pela descompressão do fluido refrigerante, levando-o da pressão de condensação para
pressão de evaporação.
Na saída do dispositivo de expansão, entrada do evaporador, o fluido refrigerante sofre queda
de pressão e temperatura, expandindo-se passa então para a fase vapor novamente retirando calor do
ambiente interno e dando novamente início ao seu processo de refrigeração.
1-2 Compressão adiabática reversível desde o estado de vapor saturado até a pressão de
condensação.
2-3 Rejeição reversível de calor à pressão constante, diminuindo a temperatura do refrigerante
inicialmente e condensando-o depois.
3-4 Expansão irreversível à entalpia constante desde o estado de líquido saturado até a pressão
de evaporação.
4-1 Ganho de calor à pressão constante, produzindo a evaporação do refrigerante até o estado
de vapor saturado.
EFEITO DE REFRIGERAÇÃO
3 COEFICIENTE DE EFICÁCIA
𝒉𝟏 − 𝒉𝟒
𝑪𝒐𝒆𝒇𝒊𝒄𝒊𝒆𝒏𝒕𝒆 𝒅𝒆 𝒆𝒇𝒊𝒄á𝒄𝒊𝒂 =
𝒉𝟐 − 𝒉𝟏
Exemplo 1
Solução
Como primeiro passo para a solução, faça um esquema do ciclo no diagrama pressão-entalpia e
determine as entalpias dos pontos principais por meio das Tabelas A-6 e A-7. h1 é a entalpia do vapor
saturado a -10°C, cujo valor é 401,6 kJ/kg.
Deslocando-se de 1 até a pressão de saturação correspondente à temperatura de 35°C, ao
longo de uma linha isoentrópica, o valor de h2 pode ser determinado. A pressão de condensação é 1354
kPa e o valor de h2 é 435,2 kJ/kg.
Os valores de h3 e h4 são idênticos e iguais à entalpia do líquido saturado a 35°C, que vale
243,1 kJ/kg. Portanto,
h1 = 401,6 kJ/kg
h2 = 435,2 kJ/kg
h3 = h4 = 243,1 kJ/kg
(b) A vazão de refrigerante pode ser determinada dividindo a capacidade de refrigeração pelo
efeito de refrigeração.
50 𝐾𝑊
Vazão = = 0,315 𝐾𝑔/𝑠
158,5 𝐾𝐽/𝐾𝑔
Vazão volumétrica = (0,315 kg/s) (0,0654 m3 /kg)= 0,0206 m3/s = 20,6 L/s
Todas as propriedades do Exemplo acima podem ser obtidas da Tabela A-6, exceto h2 e t2, que
estão associadas ao vapor superaquecido. Essas propriedades podem ser obtidas do diagrama pressão-
entalpia da Fig. A-4 ou da tabela A-7. Tabelas mais completas das propriedades do vapor superaquecido
são disponíveis tanto para o refrigerante 22 como para os outros refrigerantes. As propriedades no
ponto 2 podem ser determinadas por interpolação, para valores de pressão e entropia conhecidos, na
Tabela A-7.
Essas tabelas citadas encontram-se nos anexos da apostila.
4 EVAPORADOR
Sua função é absorver calor do meio a ser refrigerado. Onde o refrigerante passa do estado
líquido para o estado gasoso.
Resumo
5 CONDENSADOR
Condensador microcanais (MCHE) - Por que o MCHE tem uma melhor eficiência?
Características:
Resumo
6 DISPOSITIVOS DE EXPANSÃO
TUBO CAPILAR
Tem a função de manter a diferença de pressão entre a região de alta e baixa pressão
(respectivamente, condensador e evaporador). Esse elemento funciona por meio da restrição da
passagem do fluido refrigerante. Que a partir daí, o refrigerante atinge o evaporador, sofre queda de
pressão e se inicia o processo de absorção de calor.
Em equipamentos com tubo capilar, o fluido refrigerante perde pressão em função do atrito
com as paredes internas do tubo. Por isso, tanto o diâmetro interno quanto o comprimento são fatores
importantes para o capilar.
Normalmente feito de cobre, o tubo capilar é comum em sistemas de refrigeração de pequena
capacidade como refrigeradores, aparelhos de ar condicionado e freezers. Nas câmaras frigoríficas
serão encontrados em alguns sistemas PLUG-IN de pequena capacidade.
A determinação do tubo capilar depende do fluido refrigerante, da temperatura que se espera
na região de baixa e da capacidade do compressor. O cálculo para se determinar o capilar é uma coisa
que meio complexa. Então, Para facilitar o trabalho dos refrigeristas, a Embraco disponibiliza em seu
site um Manual de Aplicação de Compressores com orientações sobre qual capilar aplicar.
O tipo de válvula mostrada na figura acima é do tipo equalização interna, na qual a pressão
reinante no evaporador é transmitida à região do diafragma.
É comum encontramos em alguns sistemas uma perda de carga elevada no evaporador. Neste
caso, se a válvula for de equalização interna, a pressão que atua na região inferior do diafragma será
maior que aquela reinante na tubulação de aspiração na região de fixação do bulbo. Tal situação exige
um superaquecimento maior para a abertura da válvula reduzido a eficiência da evaporação. Para
corrigir esta distorção, utiliza-se um equalizador externo, que consiste de um tubo de pequeno
diâmetro ligando a linha de aspiração a uma pequena câmara na região inferior do diafragma com o
que a pressão da região de aspiração passa a agir sobre a superfície inferior do diafragma.
Resumo
Fixando o bulbo
À medida que a carga flutua, o ponto X move-se para frente e para trás de modo que haja
sempre uma porção do evaporador entre o ponto X e o bulbo remoto para aquecer o gás até a
regulagem de superaquecimento da válvula a qual, neste caso, é 6 oC acima da temperatura de
evaporação. Se a regulagem de superaquecimento da válvula for alterada manualmente, o ponto X
mover-se-á de acordo com esta alteração. Note em especial que o ponto X é determinado pela
diferença em temperatura (superaquecimento) entre a temperatura do gás no bulbo e a
temperatura de evaporação, em vez de ser apenas pela temperatura de evaporação. Isto é
importante, pois independente das variações de temperatura de evaporação ou de sucção, a
quantidade do superaquecimento permanece aproximadamente constante para evitar a entrada na
linha de sucção.
A quantidade de calor que pode ser absorvida pelo refrigerante líquido em evaporação é muito
superior à quantidade que pode ser absorvida no superaquecimento de gás refrigerante “frio”. Por essa
razão, a parte da serpentina necessária para superaquecer o gás é quase desprezível do ponto de vista
de carga de resfriamento. É assim desejável manter o superaquecimento razoavelmente baixo e usar a
maior quantidade possível da serpentina para trabalho útil.
Há sempre, contudo um intervalo entre a altura em que o bulbo remoto “sente” uma variação
no superaquecimento e altura em que a válvula responde a esta variação. Uma regulagem demasiada
baixa de superaquecimento origina entrada de líquido na linha de sucção e uma regulagem demasiado
alta origina uma redução na capacidade. As válvulas de expansão termostática são normalmente
ajustadas em uma gama de superaquecimento que vai de 0 oC a 13oC ou 17oC, mas pode ser enviada
pelo fabricante já ajustada para o superaquecimento desejado. As serpentinas de resfriamento de
expansão direta são caracterizadas na base de cerca de 5 oC de superaquecimento. Se as variações de
carga forem grandes e sujeitas a alterações rápidas, as válvulas devem ser reguladas para o
superaquecimento entre 5oC e 8oC, ou o bulbo remoto pode ser inserido num poço na linha de sucção
para um controle justo, caso se use regulagens mais baixas de superaquecimento.
Esta medição deve sempre ser efetuada o mais próximo possível da saída do evaporador.
É importante saber o valor do superaquecimento na saída do evaporador quando se soluciona
problemas ou quando se ajusta o superaquecimento numa válvula de expansão termostática. Na
maioria dos sistemas, a maneira fácil de se medir o superaquecimento consiste em ler as pressões e
temperatura durante a operação do sistema. Primeiro se lê a pressão na válvula de serviço de sucção
de compressor. Para obter a temperatura de saturação que combine com essa pressão, é só verificar a
leitura no manômetro ou numa tabela Pressão X Temperatura. Mesmo que a temperatura não seja lida
exatamente na saída do evaporador, ela será aproximadamente correta (especialmente quando se
trabalha num sistema compacto). Agora, se lê a temperatura no topo da linha de sucção, bem próximo
a saída do evaporador, através de um sensor de um termômetro eletrônico. A diferença entre a
temperatura medida e a temperatura de saturação é o superaquecimento.
Ao ajustar-se o superaquecimento numa válvula de expansão termostática, gire-a no sentido
anti-horário. Isso costuma reduzir o superaquecimento. No sentido horário, aumenta o
superaquecimento. Jamais ajuste mais de uma volta de cada vez, leia o superaquecimento após cada
regulagem. Tenha paciência. O sistema pode demorar até 30 minutos para mostrar os resultados finais
de um ajuste do parafuso do superaquecimento.
Contam com um termistor, sensor para tomada de temperatura, instalado na linha de sucção do
compressor. O termistor se comunica com um microprocessador, que coloca em ação a válvula
eletrônica, fazendo com que aumente ou diminua a passagem de fluido refrigerante líquido para o
evaporador.
A válvula de expansão modelo ETS da Danfoss opera através de um motor de passo. Conforme a
necessidade da carga térmica do evaporador o motor de passo gira gradativamente abrindo ou
fechando a válvula injetando mais ou menos líquido no evaporador.
7 COMPRESSOR
RESUMO
CLASSIFICAÇÃO
Compressor aberto
Chama-se compressor aberto por sua parte de compressão ser facilmente desmontável e
totalmente separada da parte de acionamento. Sua movimentação é feita através de correia acionada
por um motor elétrico ou à combustão interna.
Em caso de danos ás partes mecânicas, estas são facilmente substituídas por kit´s encontrados
no mercado chamados de “reparos”.
Compressores abertos
Compressor semi-hermético
Compressor semi-hermético
Compressor hermético
Este tipo de motor apresenta-se de forma hermética, ou seja, totalmente fechado, sua parte
mecânica de compressão encontra-se diretamente acoplada a parte elétrica, motor elétrico, envoltos
por uma carcaça soldada na fábrica, o que não permite acesso á manutenção interna. em caso de danos
a parte elétrica ou mecânica os fabricantes recomendam a substituição do mesmo.
O motor-compressor hermético foi uma grande vitória das indústrias de compressores no
sentido de reduzir:
O custo de fabricação;
O custo de manutenção;
O nível de ruído;
O tamanho;
O peso.
Além disso, melhorou sua aparência. Nas de instalação de unidades frigoríficas modernas, dá-
se preferência aos compressores herméticos. O motor elétrico é acoplado diretamente à bomba
compressora e o conjunto é montado no interior de uma carcaça cujo fechamento é feito com solda
não permitindo qualquer acesso às suas partes internas, no local da instalação.
Compressores herméticos
Pistão
Neste tipo de compressor o gás refrigerante é acelerado ao passar pelas pás de um rotor
forçador (turbina) e sua velocidade é convertida em pressão por um difusor.
São usados em grandes instalações (50 a 300 TR) em sua maioria grandes sistemas de
condicionamento de ar. São compressores requeridos para grandes deslocamentos volumétricos e
compressão moderada.
Compressor centrífugo
8 FILTROS SECADORES
Filtro secador para linha da linha de líquido e Instalação do filtro na linha de líquido
RESUMO
9 SEPARADOR DE ÓLEO
O Separador de óleo tipo é utilizado em todas as instalações onde se faz necessário que o
lubrificante volte diretamente ao cárter do compressor, evitando a migração excessiva de óleo para o
sistema.
O lubrificante é separado do refrigerante através da combinação de efeitos produzidos pela
redução da velocidade, centrifugação, mudança de direção do vapor da descarga e adsorção do óleo a
alta temperatura.
O uso do separador de óleo é principalmente utilizado nas máquinas que trabalham com o R -
22, pois é característica deste fluido refrigerante que em temperaturas abaixo de -20°C, apresentar
dificuldades de misturar-se com o óleo lubrificante que se acumula no interior do evaporador, o que
dificulta, assim, o seu retorno para o compressor.
10 VÁLVULAS DE RETENÇÃO
NRV – São indicadas para serem instaladas nas linhas de baixa pressão.
NRVH – São indicadas para serem instaladas nas linhas de alta pressão.
11 RESERVATÓRIOS
Reservatório
de líquido de alta
pressão
Reservatórios não são obrigatórios para a operação de certos ciclos de refrigeração e não
devem ser instalados a não ser quando necessário. O reservatório está localizado na linha de líquido,
saída do condensador.
Todos os sistemas que utilizam uma válvula de expansão como dispositivo medidor exigem
algum meio de armazenamento do fluido refrigerante durante a operação. A carga operacional de
fluido refrigerante no evaporador varia expressivamente com a carga térmica. Diminui à medida do
aumento da carga de resfriamento, porque a evaporação é mais intensa. Da mesma maneira, aumenta
á medida da redução dessa mesma carga. O refrigerante rejeitado do evaporador com cargas maiores
de resfriamento deve ser armazenado em algum lugar. Os sistemas de conforto residenciais e
comerciais costumam armazenar esse excesso no condensador. Nesses casos, o condensador é de certa
maneira superdimensionado para aceitar o volume extra de líquido subresfriado e proporcionar ao
mesmo tempo uma capacidade adequada em condições de carga máxima. Se assim for, nenhum
reservatório será necessário. Em outros sistemas, porém necessita-se a totalidade da área do
condensador para a condensação e um reservatório será utilizado para armazenar o fluido refrigerante
excedente.
Válvula de esfera
14 VISOR DE LÍQUIDO
O visor é como uma “janela” que permite ao técnico olhar para dentro do sistema. Permite que
o instalador ou técnico observe a condição do fluido refrigerante no local do visor. Quando está
incluído um indicador de umidade, esse arranjo permite ao mecânico identificar a presença de umidade
existente no sistema. O composto químico no indicador entra em contato com o fluido contaminado
pela umidade e muda de cor. A intensidade da mudança indica a quantidade de umidade presente.
Cada unidade deve dispor de um meio para verificar se a carga de fluido refrigerante é
suficiente. Um visor corretamente localizado atende essa necessidade, porém não dirá se o sistema
está sobrecarregado.
Um visor corretamente localizado auxilia a carga de fluido refrigerante do sistema. A
localização normal do visor é na linha de líquido, o mais próximo possível da saída do reservatório, ou
saída do condensador quando não houver reservatório. Quando a unidade tiver um único visor de
líquido, este deverá estar posicionado após o filtro secador.
Se a carga estiver incorreta aparecem bolhas, indicando que está ocorrendo expansão na linha
de líquido devido a queda de pressão.
RESUMO
15 VÁLVULAS SOLENÓIDES
As válvulas solenóides mais utilizadas na refrigeração comercial, são na sua grande maioria de
ação direta ou servo-acionadas usadas para bloquear a passagem de líquidos, vapor ou gás quente em
sistemas de refrigeração que operam com refrigerantes halogenados.
A válvula solenóide é composta por duas partes básicas: o corpo e a bobina solenóide. A bobina
consiste de um fio enrolado ao redor de uma superfície cilíndrica. Quando a corrente elétrica circula
através do fio, gera uma força eletromagnética no centro da bobina solenóide, que aciona o êmbolo,
abrindo ou fechando a válvula.
O corpo da válvula contém um dispositivo que permite a passagem ou não do fluido, quando a
haste é acionada pela força eletromagnética da bobina. O pino é “puxado” para o centro da bobina por
esta força, permitindo assim a passagem do refrigerante. Quando a bobina é desenergizada ocorre o
processo contrário, pois o peso do pino em conjunto com a força da mola instalada na parte superior da
válvula faz com que volte a bloquear a passagem do fluxo através da válvula.
16 DISTRIBUIDOR DE LÍQUIDO
Tem por finalidade distribuir o fluido refrigerante em proporções idênticas pelas várias seções
dos tubos do evaporador, permitindo assim, um rendimento imediato, logo após a partida do
compressor.
O distribuidor é instalado na saída da válvula de expansão. As tubulações que nele vão soldadas
devem ter o mesmo comprimento, para que não haja deficiência no fornecimento do refrigerante no
evaporador.
17 TROCADOR DE CALOR – HE
O objetivo é utilizar o efeito de refrigeração que seria perdido no ar ambiente através das
tubulações de sucção não isoladas, na ausência de um trocador de calor. Neste, o referido efeito é
utilizado para subresfriar o refrigerante líquido.
RESUMO
Acumulador de sucção
19 AQUECEDOR DO CÁRTER
Resistência de cárter
20 BRASAGEM DA TUBULAÇÃO
O processo de brasagem deve ser realizado sempre com a passagem de nitrogênio através da
tubulação. Desta forma, evita-se a formação de resíduos (óxidos) de cobre ou “carepa” indesejável
para o sistema.
Evitar o contato do fluxo decapante com o interior das tubulações.
21 LIMPEZA DO SISTEMA
A limpeza de uma instalação pode ser realizada por passagem de R141b ou refrigerantes
similares sob pressão, ou ainda mediante a utilização de filtros na linha de sucção ( tipo DAS ou 48-F),
que deverão ser substituídos entre 48 e 72 horas a partir do funcionamento do equipamento.
IMPUREZAS - FATOS
Soldas feitas sem a passagem de nitrogênio dentro dos tubos, leva à formação de carepa, a qual
não é facilmente removida pelo R141b;
Nitrogênio é bem mais barato que R141b. Não há por que não usar.
Após queima de motor, trocar o óleo de todos compressores do circuito, filtro secador e
instalar filtro pós-queima na sucção se necessário. A acidez resultante da queima irá queimar outros
compressores que estejam interligados em paralelo se nada for feito no sistema.
Após todas as linhas estarem conectadas, o sistema de deve ser testado quanto a sua
estanqueidade. O sistema de ser pressurizado com não mais que 150psig (10 Kg/cm 2G) de
nitrogênio seco.
O uso de detergente comum ou espuma de sabão, é uma prática bastante comum e para
detecção de vazamento em sistemas frigoríficos.
23 PROCEDIMENTO DE VÁCUO
É recomendado após a realização do vácuo, quebrar o vácuo com o refrigerante na fase líquida
através do tanque de líquido, desta forma conseguiremos introduzir boa parte de toda a carga
necessária de maneira rápida e sem riscos de golpe de líquido ou ciclagem do compressor.
Após a evacuação do sistema com 500 microns, inicia-se a carga de fluído refrigerante na forma
líquida pela válvula da linha de líquido ou tanque de líquido com a UC desligada.
Sendo necessário completar a carga de fluído através da válvula da linha de sucção, neste caso
com a UC ligada. Para os fluídos blends (misturas), como o R404A( R125 - 44% , R143A - 52% e R134A -
4% ), efetuar a carga somente pela Linha de líquido, no intuito de manter os percentuais da mistura.
Recomenda-se que o refrigerante seja pesado antes de ser carregado no sistema e, que a
quantidade calculada, seja introduzida e rigorosamente anotada.
Se a carga do sistema estiver sendo feita com base na observação do visor de liquido,
considerar o seguinte:
Ela deve estar acima de 40,6 °C, se não estiver, reduzir o fluxo de ar do(s) ventilador(es) do(s)
condensador(es). Reduzir a área de passagem do ar no condensador até que a pressão de descarga
atinja o equivalente a 40,6°C.
A partir daí, proceder a carga de refrigerante, na forma de vapor, até que não apareçam mais
bolhas pelo visor de líquido, anotar a quantidade adicional.
A tabela a seguir é uma referência para a pressão de condensação esperada para uma
dada temperatura do ar na entrada do condensador:
Atenção:
Extremo cuidado deve ser tomado na partida de compressores na primeira vez após a carga de
refrigerante. Nessa ocasião todo óleo e parte de refrigerante podem estar no compressor, criando
condições que podem causar danos no compressor devido a golpe de líquido.
Ativar o aquecedor de cárter 24 horas antes de dar partida na instalação é recomendável.
Se não houver aquecedor de cárter, incidir na parte inferior do cárter do compressor, o calor de uma
lâmpada de 500 watts ou outra fonte segura de calor por aproximadamente 30 minutos. Isso ajudará a
eliminar essa condição que jamais deverá ocorrer.
Importante:
Compressor tipo scroll tem sentido correto de rotação, se o funcionamento estiver ruidoso,
em compressores trifásicos, deve-se inverter duas fases da alimentação elétrica.
A rotação do compressor em sentido inverso, por alguns segundos, não afetará o compressor,
um dispositivo de proteção contra a inversão de fases, aumentará a segurança do compressor.
Após o sistema estar com carga e operando, por no mínimo duas horas, e sem nenhuma indicação de
mau funcionamento, o mesmo devera ser posto em operação durante a noite, com os controles
automáticos em operação. A partir disso, uma verificação do sistema deve ser feita conforme segue:
Visor de óleo
27 PROBLEMAS ELÉTRICOS
Entre L1 e L2 = 215 V;
Entre L2 e L3 = 221 V;
E entre L3 e Li = 224 V; a média é de 215 + 221 + 224 dividido por 3, ou 220 V.
Após calcule o desequilíbrio para cada fase tomando a diferença entre a leitura de tensão
(Volts) e a média.
Entre Li e L2 = 220-215 = 5V
Entre L2 e L3 = 221-220 = 1 V
Entre L3 e Li = 224-220 = 4V.
Cinco volts é o desequilíbrio máximo. Use-o na fórmula:
5
Percentual de desequilíbrio = x 100 = 2.27%
220
Este desequilíbrio de tensão é maior do que 2% e, portanto, não é aceitável. O cliente deve ser
avisado.
O “aterramento” poderá ser feito com uma haste galvanizado, com o comprimento de 2m,
enterrando totalmente ou até pelo menos 1,80m em chão firme (o terreno firme e úmido dá melhor
terra). Feita a “terra”, ligar o parafuso “terra” da base do compressor (unidade condensadora) a haste
“terra” por meio de um fio que pode ser 2,5mm 2 de seção transversal. A extremidade desse fio na base
do compressor deve ser apertada firmemente. Para testar se a conexão à “terra” funciona, pode-se
ligar uma lâmpada da mesma voltagem da linha (110 V ou 220 V), a fase, da fase para a lâmpada e a
lâmpada a haste terra. Se a lâmpada acender com boa luminosidade, a “terra” está em boas condições.
Se a luminosidade for pouca ou nenhuma, a terra deve ser condenada e deve-se executar outra ou ver
onde está a falha ou o mau contato.
31 TEMPERATURA DE EVAPORAÇÃO
É muito importante que o técnico saiba qual o Δt do evaporador que será considerado para o
dimensionamento de uma câmara, podemos sugerir os seguintes valores.
32 TEMPERATURA DE CONDENSAÇÃO
T.cond=T.ext+ Δtcd
T.ext T.cond
T.cond > T.ext
Temperatura de condensação
33 SUPERAQUECIMENTO
Aquecimento adicional do gás saturado, para garantir que não exista líquido indo para o
compressor, uma vez que líquido não é compressível.
34 SUBRESFRIAMENTO
Resfriamento adicional do líquido saturado, para garantir que não exista vapor indo para a
válvula de expansão.
Sub-resfriamento
É o quanto se reduz a temperatura
após a mudança de estado do
fluido.
Geralmente Varia de 3 a 7 K
RECOMENDAÇÕES:
RECOMENDAÇÕES:
Formulário de start-up
37 DIAGRAMAS ELÉTRICOS
CIRCUITO DE FORÇA
RÉGUA DE BORNES
DESCRIÇÃO
FUNCIONAMENTO
A acionar, energizar, a bobina do contator, esta gera um campo magnético capaz de vencer a
força da mola e atrair o núcleo móvel fazendo os contatos normalmente fechados abrirem e os contatos
normalmente abertos fecharem.
A bobina do contator, responsável pela troca de estado, posição, dos contatos, tem seus bornes
de alimentação codificados da seguinte maneira:
Esta bobina pode apresentar-se com diferentes tensões de alimentação, sendo estas de
corrente alternada ou contínua, variando sua aplicação de acordo com a disponibilidade de tensão e
das necessidades dos componentes a serem acionados. Uma das tensões de comando comumente
utilizadas é 220VAC, pois apresenta estabilidade de contatação e proporcionalmente menor queda de
tensão.
Os contatores auxiliares são utilizados nos circuitos de comando de chaves magnéticas sempre
que for necessária a utilização de um número de contatos auxiliares, maior que os existentes nos
contatores de força.
Seus contatos são numerados e seguem a mesma rega utilizada para numeração de chaves e
botões. Um contator auxiliar pode conter vários contatos NA ou NF, variando sua combinação de acordo
com a necessidade do comando elétrico.
41 RELÉS DE SOBRECARGA
São fabricados para serem acoplados diretamente através de pinos que encaixam nos contatos
2(T1), 4(T2), 6(T3) dos contatores de força empregados no acionamento de cargas.
SIMBOLOGIA
Quando ocorre uma sobrecarga em um motor elétrico, esta gera um aumento na intensidade de
corrente elétrica que circula nos condutores acarretando um aquecimento, efeito joule.
Quando o relé atua por sobrecarga abrem-se seus contatos normalmente fechados, 95 com 96,
inseridos em série com o contator principal de acionamento da carga comandada, e fecham-se seus
contatos normalmente abertos, 97 com 98, geralmente utilizados para fechar um circuito de
sinalização visual, lâmpada de sinalização.
Fig. Relés de sobrecarga WEG aberto mostrando os elementos de acionamentos mecânicos dos
contatos elétricos de comando.
Estes relés de sobrecarga, muitas vezes chamados apenas de relés térmicos, permitem o ajuste
da corrente de atuação em seu knob frontal, variando sua faixa de atuação de modelo para modelo,
fabricante para fabricante.
TESTE DE ACIONAMENTO
Para proceder ao ajuste da corrente de atuação no relé, utiliza-se como prática comum a
multiplicação do Fator de Serviço do motor (FS) pela sua corrente nominal, ambos valores encontrados
na placa de identificação do próprio motor a ser protegido. Algumas literaturas recomendam
multiplicar o FS pela corrente de regime, medida durante o funcionamento do motor.
Exemplo: Em um motor elétrico de indução trifásico, IP55, classe de isolação B, potência
3,7Kw (5,0 HP-cv), Un 220 / 380V, In. 13,1 / 7,58 A, F.S. 1,15, Ip/In 8,0, a corrente ajustada no relé
deverá ser:
IAJUSTE = F.S. x In
44 PRESSOSTATOS
CARACTERÍSTICAS GERAIS
CONTATOS ELÉTRICOS
São dotados de jogos de contatos elétricos que abrem ou fecham em função da atuação
mecânica resultante do aumento ou diminuição da pressão do gás refrigerante sobre um diafragma.
Apresentam como codificação dos contatos as letras A, B, C e D, onde A e C referem-se a associação
em série dos contatos comutadores normalmente fechados dos pressostatos de baixa e alta pressão
respectivamente.
Quando sob baixa pressão o contato “A” apresentará apenas conexão alétrica com o contato
“B” que deve indicar baixa pressão. Quando a pressão de baixa apresenta-se entre valores normais
ajustados, o contato “A” estará conectado ao contato “C” apenas se não houver alta pressão do lado
de alta do sistema, caso isto ocorra o contato “A” estará conectado ao contato “D” nos pressostatos
que possuem esta opção, este deverá indicar alta pressão no sistema.
Pode-se realizar o teste de continuidade/atuação dos contatos sem que os pressostatos estejam
conectados ao sistema atuando manualmente as engrenagens responsáveis pela movimentação dos
contatos conforme figura:
ESCALAS/RÉGUAS DE AJUSTAGEM
O pressostato de baixa possui duas réguas para referenciar o ajuste para o lado de baixa do
sistema, uma denominada “CUT IN” que determina o ajuste do valor de retorno, rearme, do
compressor após uma parada por baixa pressão e outra
denominada “DIFF” que mostra a diferença entre o
valor de pressão para o desligamento e o valor de
retorno do compressor.
1° Determinar o valor de baixa pressão, menor valor de pressão em que o compressor deve
funcionar, ou seja o valor que o compressor deve desligar se for atingido;
2° Determinar o valor de pressão para retorno (rearme) do compressor, ou seja, o valor de
pressão que o compressor religa;
3° De posse dos dados anteriores, deve-se subtrair o valor de pressão que o compressor desliga
do valor de pressão que a máquina liga, este valor é chamado de Pressão Diferencial.
Exemplo: Para uma câmara frigorífica cuja pressão de sucção não pode ser menor que
5PSIG e a pressão de retorno não deve ser menor que 30PSIG, teremos:
4° Ajusta-se então o valor que o compressor liga na primeira régua de pressão, “CUT IN” no
pressostato, em geral esta régua é orientativa, para um ajuste mais preciso, deve-se acompanhar o
valor de pressão de acionamento da máquina, através de um conjunto manifold instalado o mais
próximo possível do local da tomada de pressão para o pressostato.
5° Deve-se ajustar agora na segunda régua, “DIFF”, o valor de pressão diferencial encontrado,
acompanhando a parada da máquina na pressão desejada.
Dica: Para identificar aproximadamente o valor que uma máquina pára por baixa pressão sem
a necessidade de se instalar o conjunto manifold, basta verificar os valores ajustados nas réguas “CUT
IN” e “DIFF” do pressostato de baixa e subtrair o valor da régua “DIFF” do valor da régua “CUT IN”.
1° Determinar o maior valor de pressão em que o compressor pode funcionar sem causar um
superaquecimento da carcaça, se este valor for atingido o compressor deve para por Alta Pressão na
descarga;
Exemplo: Um compressor cuja pressão máxima de descarga deve ser 325PSIG (± 22,4 Bar) ,
teremos:
PRETORNO = 325 PSIG (±22,4Bar) – 58 PSIG ( 4 Bar)
PRETORNO = 267 PSIG (± 18,4 Bar)
Após uma parada por alta pressão, o pressostato de alta só religará o compressor se a
pressão de descarga, lado de alta do sistema, baixar para a Pressão de Retorno e o operador acionar
um botão “Reset” localizado na sua parte superior. Este botão “reset” pode ser posicionado em
automático através do posicionamento de uma trava parafusada junto a ele.
45 CABOS ELÉTRICOS
IMPORTANTE:
Este tipo de chave tem por finalidade executar a partida e manutenção em funcionamento de
motores trifásicos.
CARACTERÍSTICAS
Devido à pequena impedância1 inicial o motor irá necessitar, para que se atinja sua rotação
nominal, de uma intensidade de corrente elétrica elevada, esta corrente, chamada de corrente de
pico, será notada apenas no momento da partida do motor, uma vez que os valores iniciais de
impedância tenderão aumentar conforme aumenta da rotação do eixo desse motor.
Esta corrente elevada causa nos sistemas, aos quais é aplicada a partida direta, uma acentuada
queda de tensão na rede de alimentação, bem como aumento de consumo de energia elétrica em casos
de partidas intermitentes, além do que, os componentes utilizados para o acionamento devem ser
superdimensionados a fim de suportarem tal corrente, ocasionando a elevação de custos de montagem.
Embora a partida direta deva ser aplicada em motores sempre que as tensões de ligação e da
rede de alimentação forem compatíveis, as concessionárias de energia elétrica limitam sua aplicação
em função da potência elétrica dos motores, permitindo sua aplicação apenas para motores de até 5cv.
DIAGRAMA DE FORÇA
O diagrama de força é composto por um conjunto de fusíveis tipo "d" (diametral) de ação
retardada ou um disjuntor tripolar (trifásico) termomagnético 2, um contator de força e um relé térmico
ou relé de sobrecarga.
Os fusíveis ou disjuntor atuam na proteção do sistema contra curtos-circuitos ou sobrecargas de
longa duração, o contator é o dispositivo responsável pelo acionamento direto da carga (motor) e o relé
de térmico atua na proteção do motor contra sobrecargas de curta/longa duração e falta de fases.
DIAGRAMA DE COMANDO
No diagrama de comando, observando sua composição notamos que este também é protegido
contra curtos-circuitos e sobrecargas por fusível ou disjuntor termomagnético que encontram-se ligados
em série com todo o circuito de comando, logo em seguida verifica-se que em série com a bobina do
contator de força são aplicados os contatos auxiliares do relé térmico e o interruptor (botão com trava
ou chave). O interruptor é considerado o elemento de acionamento indireto do motor, ele é
responsável por ligar ou desligar a bobina do contator.
Utilizam-se ainda lâmpadas de sinalização, geralmente fixadas na porta do quadro, indicam o
acionamento ou parada do motor sob condições normais ou anormais.
FUNCIONAMENTO DA TAREFA
Sob essa condição, a tensão da rede não chegará ao motor “M1” impedindo seu funcionamento.
Considerando que nenhuma das proteções, fusível “F4”, disjuntor “Q2” e relé térmico “RT1”
dispostas no circuito de comando sejam atuadas, ao acionarmos o interruptor (botão com trava ou
chave) “CH1” a tensão elétrica disponibilizada ao circuito de comando chegará aos terminais A1 (fase)
e A2 (neutro) da bobina do contator “C1” energizando-a com 220VAC.
Quando a bobina do contator “C1” é energizada cria-se um campo magnético capaz de atrair o
núcleo móvel do contator fazendo com que todos os seus contatos normalmente fechados abram e seus
contatos normalmente abertos fechem, ou seja, nesta condição os contatos 1(L1) – 2(T1), 3(L2) – 4(T2)
e 5(L3) – 6(T3) fecharão permitindo que a tensão elétrica da rede chegue aos terminais do motor “M1”
possibilitando a circulação da corrente elétrica por suas bobinas, criando assim os campos
eletromagnéticos girantes no estator que promovem o giro do eixo, ou seja, o motor “M1” entra em
funcionamento.
Em caso de ocorrência de sobrecarga no motor “M1”, o bimetal do relé térmico “RT1” dilata-se
devido ao efeito Joule acionando engrenagens internas do relé acionando os contatos elétricos. Ocorre
então a abertura dos que são normalmente fechados (95 – 96) e fechamento dos que são normalmente
abertos (97 – 98).
A abertura dos contatos 95 – 96 do relé térmico “RT1” faz com que a tensão elétrica aplicada à
bobina do contator “C1” e à lâmpada de sinalização “H1” seja suspensa impedindo seu funcionamento.
Com isto o contator “C” volta à posição inicial impedindo o funcionamento do motor “M1” e a lâmpada
apaga indicando que o motor “M1” foi desenergizado.
LEMBRE-SE: Para realizar a montagem de uma chave de partida se faz necessário à observância
de fatores importantes como as secções transversais, bitola, dos condutores do circuito de força, a
seleção das proteções dentre outros. Estes fatores são determinados em função das características
específicas do motor a ser acionado e das condições a que ele vai ser submetido.
FUNCIONAMENTO DA TAREFA
Diagrama de Força
O diagrama de força desta chave apresenta o mesmo funcionamento da chave de partida direta
com acionamento por chave, interruptor ou botão com trava.
Diagrama de Comando
Com todas as proteções, fusível ”F4”, disjuntor “Q2” e relé térmico “RT1”, nas posições
normais de funcionamento a fase do circuito passará pelos contatos 11(C) e 12(NC) do botão pulsador
“BO1” e chega aos contatos 13(C) do botão “B11”, 13 e 23 de “C1”. Como todos esses encontram-se
nenhuma das cargas (“C1”, “H1” e “H2”) do comando será energizada, e conseqüentemente o motor
“M1” não será acionado.
Ao acionarmos o botão “B11” fechando seus contatos 13(C) e 14(NO) a tensão elétrica chaga ao
borne A1 da bobina do contator “C1”, circula então uma corrente elétrica por esta bobina gerando um
campo eletromagnético capaz de atrair o núcleo móvel do contator que movimenta os contatos
elétricos fazendo os que são fechados abrirem e os que são abertos fecharem.
Dessa maneira os contatos 13 e 14 de “C1” fecham permitindo que a corrente elétrica que
antes passava pelos contatos 13(c) e 14(NO) de “B11” passe também por eles.
Quando soltamos o botão “B11” a corrente elétrica continua circulando pelos contatos 13 e 14
de “C1” mantendo o contator em funcionamento, por este motivo esse contato é conhecido por
“contato de selo” ou “retenção”.
Com todos os contatos do contator “C1” fechados a tensão elétrica também chega ao borne X1
da lâmpada de sinalização “H1” fazendo-a acender no painel do quadro indicando que o motor “M1” foi
energizado.
Para desligar o sistema basta pressionar o botão “B01” abrindo os contatos 11(C) – 12(NC), pois
estes encontram-se em série com o restante do circuito de comando e quando abertos impedem a
passagem da corrente elétrica necessária ao funcionamento.
Ciclo de Refrigeração
O fluido refrigerante no estado líquido entra no evaporador sob baixa pressão e temperatura,
absorve calor do ar que circula através das aletas por convecção forçada e vaporiza-se, este ar por sua
vez retira calor dos alimentos ou meio a ser refrigerado.
Em seguida o fluido é succionado do interior do evaporador no estado de vapor a baixa pressão
e temperatura pelo compressor, por meio da linha de sucção. O compressor comprime o fluido
refrigerante descrevendo um processo praticamente isentrópico e descarrega-o no condensador através
da linha de descarga, com pressão e temperatura bem mais elevada, o fluido refrigerante inicia o seu
processo de rejeição de calor, ou seja, começa a liberar calor para o meio externo até atingir a pressão
e temperatura de condensação, passando do estado gasoso para o estado líquido.
Da saída do condensador, onde deseja-se que o fluido saia totalmente na fase líquida, o fluido
segue para o tanque de líquido, onde, condensado acumula-se na parte inferior e através de um tubo
chamado de pescador ele sai do tanque totalmente na fase líquida seguindo através da linha de líquido
passando pelo filtro secador, visor de líquido ainda liberando calor para o ambiente externo, diz-se que
o fluido esta subresfriando, até chegar a válvula de expansão ou tubo capilar (dispositivo de expansão)
responsável pela descompressão do fluido refrigerante, levando-o da pressão de condensação para
pressão de evaporação.
Na saída do dispositivo de expansão, entrada do evaporador, o fluido refrigerante sofre queda
de pressão e temperatura, expandindo-se passa então para a fase vapor novamente retirando calor do
ambiente interno e dando novamente inicio ao seu processo de refrigeração.
49 DEGELO (DEFROST)
Quando o sistema está funcionando em refrigeração ocorre a formação de gelo nas serpentinas
do evaporador, esta formação se dá devido à condensação e posterior solidificação da umidade (H 2O)
contida no ar do ambiente interno da câmara ao tocar a superfície “fria” das serpentinas.
Conforme ocorre a abertura e fechamento das portas da câmara, ocorre também renovação do
ar interno e com isso o fornecimento de umidade, que congelará entre as aletas do evaporador
podendo ocasionar o bloqueio do mesmo por formação excessiva de gelo. Este gelo depositado entre as
aletas acaba atuando como um isolante entre o ar do ambiente e o fluido refrigerante, desta forma o
fluido refrigerante não recebe a quantidade de calor adequada a sua completa vaporização,
ocasionando assim o risco de golpe de líquido no compressor do sistema.
É necessário então realizar uma operação chamada de degelo no sistema, este degelo consiste
em fundir por completo todo o gelo formado entre as aletas do evaporador. Existem basicamente três
formas de realização de degelo na linha comercial: degelo natural (que pode se dar através da
circulação forçada de ar entre as aletas do evaporador), degelo por resistências elétricas e degelo por
gás quente (utilizando vapor superaquecido).
DEGELO NATURAL
Durante este tipo de degelo os forçadores do evaporador devem ser desligados a fim de evitar
que o calor gerado pelas resistências seja transmitido ao ar circulante e por conseqüência aos produtos
armazenados, ocasionando assim o aumento de sua temperatura. O compressor também é desligado.
Em algumas aplicações específicas, no sistema de comando da câmara, é adicionado um
termostato bimetálico, ou termostato eletrônico, em série com o dispositivo de manobras das
resistências, este termostato impede que ocorra o degelo se a temperatura interna da câmara estiver
alta não permitindo a formação de gelo. Um exemplo mais claro do funcionamento desta aplicação é a
realização do degelo quando ligamos o equipamento no estágio inicial, ou seja, depois de muito tempo
parada, a temperatura interna da câmara tende a equilibrar-se com a temperatura do ambiente
externo, sob esta temperatura não ocorre formação de gelo e no caso de um degelo na partida
estaríamos aquecendo as aletas do evaporador em vão, representando isto um desperdício de energia
elétrica.
O degelo por gás quente é aplicado também para máquinas que trabalham com temperaturas
abaixo de 0°C e consiste no bloqueio da linha de líquido e da interligação controlada por uma válvula
solenóide posicionada entre a descarga do compressor e a entrada do evaporador logo após a válvula de
expansão.
CARACTERÍSTICAS DO COMANDO
Este diagrama comanda um motor compressor monofásico ou trifásico (M1) que trabalhará em
conjunto com um ou mais forçadores de ar do condensador (M2) e um ou mais forçadores de ar do
evaporador (M3).
Para acionamento manual, o quadro possui 2 chaves com trava – interruptores – responsáveis
pelo acionamento dos forçadores de ar do evaporador – ventilação - (CH1) e do sistema de refrigeração
(CH2).
Para evitar que o compressor do sistema funcione sem que os forçadores de ar do evaporador
estejam em funcionamento tornando possível a possibilidade de golpe de líquido no compressor, a
chave CH2 está em série com a CH1, dessa forma o sistema de refrigeração só pode funcionar se os
forçadores forem acionados, esta condição é reforçada ainda pela inserção de um contato auxiliar
normalmente aberto (13 e 14) de C2 em série com a bobina do contator do compressor (C1) só
permitindo seu acionamento em função do acionamento de C2 (forçador do evaporador).
Em caso de curto-circuito no forçador de ar do evaporador, fato que deverá ocasionar sua
parada, o disjuntos Q1 atuará desligando todo o circuito de força impedindo que o compressor funcione
sob risco de incidência de golpe de líquido.
O sistema conta com um controlador para ciclos periódicos de degelo - timer (T1) -, um
termostato - TH1 -, proteção contra sobrecarga no compressor - relé RT1-, lâmpadas de sinalização
visual para sistema em degelo - H1 - e compressor em operação - H2.
Em caso de sobrecarga no compressor o sistema de ventilação (C2) poderá continuar
funcionando para permitir que a câmara mantenha por um maior tempo a temperatura interna,
garantindo assim que o produto seja conservado até que as causas da sobrecarga no compressor sejam
sanadas e o sistema volte a funcionar normalmente.
51 FUNCIONAMENTO DA TAREFA
DIAGRAMA DE FORÇA
DIAGRAMA DE COMANDO
CARACTERÍSTICAS DO COMANDO
Este diagrama comanda um motor compressor trifásico (M1) que trabalhará em conjunto com
um ou mais forçadores de ar do condensador (M2) e um ou mais forçadores de ar do evaporador (M3).
Para acionamento manual, o quadro possui 2 chaves com trava – interruptores – responsáveis
pelo acionamento dos forçadores de ar do evaporador – ventilação - (CH1) e do sistema de refrigeração
(CH2).
Para evitar que o compressor do sistema funcione sem que os forçadores de ar do evaporador
estejam em funcionamento tornando possível a possibilidade de golpe de líquido no compressor, a
chave CH2 está em série com a CH1, dessa forma o sistema de refrigeração só pode funcionar se os
forçadores forem acionados, esta condição é reforçada ainda pela inserção de um contato auxiliar
normalmente aberto (13 e 14) de C2 em série com a bobina do contator do compressor (C1) só
permitindo seu acionamento em função do acionamento de C2 (forçador do evaporador).
Em caso de curto-circuito no forçador de ar do evaporador, fato que deverá ocasionar sua
parada, o disjuntos Q1 atuará desligando todo o circuito de força impedindo que o compressor funcione
sob risco de incidência de golpe de líquido.
O sistema conta com um controlador para ciclos periódicos de degelo - timer (T1) -, um
termostato - TH1 -, proteção contra sobrecarga no compressor - relé RT1-, lâmpadas de sinalização
visual para sistema em degelo - H1 - e compressor em operação - H2.
Em caso de sobrecarga no compressor o sistema de ventilação (C2) poderá continuar
funcionando para permitir que a câmara mantenha por um maior tempo a temperatura interna,
garantindo assim que o produto seja conservado até que as causas da sobrecarga no compressor sejam
sanadas e o sistema volte a funcionar normalmente.
Neste sistema optou-se por proteger o motor trifásico contra os efeitos da falta de fase através
da aplicação de um relé de falta de fases, conectando-o antes do disjuntor Q1. Os contatos 11 (C),
12(NF) e 14(NA) estão inseridos no circuito de comando e impedirão, em caso de atuação, apenas o
funcionamento da refrigeração, uma vez que o único componente trifásico do sistema é o compressor.
Essa configuração permite que na ocorrência de queda de uma das fases, que não seja utilizada no
circuito de comando ou de alimentação dos forçadores de ar do evaporador, o sistema de ventilação da
câmara permaneça em funcionamento tendendo a manter por um maior tempo a temperatura interna
até que as causas da queda desta fase sejam solucionadas.
52 DIAGRAMA DE FORÇA
53 DIAGRAMA DE COMANDO
AR CONDICIONADO
EXERCÍCIO 1
1) Variáveis Preliminares
Usando as equações:
1.1) Qref = m. h
Onde,
m = Massa de ar em Kg/s
Qar = vazão de ar em m³/s
vesp = Volume específico em m³/kg
1.3) Qar = V A
V = Velocidade do ar em m/s
A = área do duto de insuflamento.
Exemplo:
Solução:
A) A entalpia para o retorno do ar 25°C de bulbo seco e 17°C de bulbo úmido = 47 kj/kg, e
a entalpia de do ar de insuflamento a 13°C de bulbo seco e 11°C de bulbo úmido = 32 kj/kg
Qar = V A
= 0,4 x 0,25 x 1,5
Qar = 0,150 m3/s
Qar
B) m =
vesp
m = Vazão do ar calculada
Volume específico no ponto B
Reference: Australian Refrigeration and Air Conditioning Volume 2 Page 23.44, 23.45
55 ANEXOS
Os equipamentos Split´s Hi Wall X_Power (Carrier), MultiSplit Inverter (Carrier), Vita (Midea) e
Primer (Midea) possuem tecnologia Inverter, na qual o fluxo de refrigerante é modulado pela variação
de frequência no motor do compressor. O Sistema de Controle é formado por duas placas, uma na
evaporadora e outra na condensadora, que se comunicam através de um cabo serial “S”.
A placa da evaporadora possui basicamente os mesmos componentes das evaporadoras Hi Wall
com velocidade fixa, porém a lógica é diferente. Por este motivo não é possível casar uma evaporadora
Hi Wall comum com uma condensadora inverter. A Fig. mostra os componentes da unidade
evaporadora de um Hi Wall Inverter.
- Um compressor Inverter (varia sua rotação) que trabalha com corrente contínua;
- Reatores que filtram a tensão e corrigem o fator de potência;
- Três sensores de temperatura: ambiente externo, serpentina e descarga;
FUNÇÕES BÁSICAS
Time Guard: Intervalo de 3 minutos toda vez que o compressor for religado;
Retardo de ligação do ventilador interno: Intervalo de 3 minutos toda vez que o compressor
for religado;
OPERAÇÃO FORÇADA
No modo refrigeração forçada o compressor irá operar com velocidade F2 e velocidade baixa
por 30 minutos, após este tempo o sistema assumirá o modo AUTO, com set-point de 24ºC;
Para desativar a operação de emergência será necessário manter o botão (1) pressionado por
aproximadamente 5 segundos ou utilizar o controle remoto
O quadro a seguir mostra os limites de rotação para cada capacidade de equipamento operando
em refrigeração e aquecimento.
O sensor de serpentina interna é do tipo NTC 25ºC – 10KΩ, cuja tabela se encontra no Anexo.
Esta proteção evita que o compressor trabalhe com alta pressão de descarga quando em modo
aquecimento (CR) e está baseada na informação de temperatura do sensor de serpentina da unidade
interna.
Se a temperatura medida no sensor de serpentina interna for maior que 60ºC, o compressor é
desligado, voltando a funcionar quando esta baixar de 48ºC.
Se a temperatura medida no sensor da serpentina externa for maior que 60ºC por 5 segundos, o
compressor para imediatamente e religa somente quando a temperatura da serpentina for menor que
52ºC;
O sensor de serpentina externa é do tipo NTC 25ºC – 10KΩ, cuja tabela se encontra no anexo.
Para tal proteção as unidades condensadoras são dotadas de sensor de descarga, posicionado
em um poço térmico soldado ao tubo de descarga.
O sensor de descarga é do tipo NTC 25ºC – 56KΩ, cuja tabela se encontra no anexo.
59 FUNÇÃO DEGELO
1 . Se a unidade funcionar com a temperatura medida no sensor da serpentina externa menor que
3ºC por mais de 2 horas ou permanecer em -2ºC por mais de 3 minutos, a função de degelo é
ativada;
2 . O degelo termina quando uma das condições abaixo for satisfeita:
60 SEGURANÇA NO MANUSEIO
LINHA LG
Hero Inverter
Libero Art Cool Inverter
Libero E Inverter
Libero R Inverter
Aviso:
O KVD é um regulador de pressão por modulação. Abre quando a pressão no recipiente diminui
e permite a passagem de gás quente para manter a pressão do recipiente de acordo com a regulagem
do regulador (ajustável). O conjunto KVD + KVR forma um sistema de regulagem utilizado para manter
uma pressão constante e adequadamente elevada no condensador e no recipiente de líquido de
instalações providas de recuperação de calor, e em instalações de refrigeração e ar condicionado
equipadas com condensadores resfriados por ar e tanque líquido.
Os sistemas reguladores KVR e NRD são utilizados para manter uma pressão constante e
suficientemente alta no condensador e no recipiente de líquido em instalações de refrigeração e ar
condicionado com condensadores resfriados a ar e equipado com tanque de líquido.
As válvulas para água controladas por pressão tipos WVFM, WVFX e WVS são utilizadas para
regular o fluxo de água em instalações de refrigeração com condensadores refrigerados por água.
Utilizando-se válvulas para água, consegue-se uma regulagem modulada da pressão de condensação
praticamente constante durante o funcionamento. Quando a instalação de refrigeração é desligada, a
circulação de água de refrigeração é automaticamente interrompida.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
MILLAR, D. et al. The Cambridge Dictionary of Scientists. Cambridge University Press, 1996.
SILVA, Josué Graciliano da. Introdução à Tecnologia da Refrigeração e da Climatização. São Paulo:
Artliber Editora, 2003
EDMINISTER, Joseph A. Circuitos Elétricos; tradução Lauro santos Blandy, 2a ed. São Paulo: McGraw-Hill
do Brasil, 1985.
Internet:
USP : Universidade de São Paulo - Biografia de André Marie Ampére e Alessandro Volta,
http://fisica.cdcc.sc.usp.br/Cientistas/AndreAmpere.html;
http://fisica.cdcc.sc.usp.br/Cientistas/AlessandroVolta.html, Disponível em 17.01.2005
Apostilas:
SENAI:
Eletricidade Industrial
Eletricista de Manutenção
Comandos Elétricos Aplicados á Refrigeração