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ARA0205 – Conforto Ambiental, Luminotécnica e Ergonomia

ARA0205 – Prof.ª: Gisele Freixo


Conforto Térmico: Mecanismos de trocas térmicas; Elementos
Climáticos e Clima e Arquitetura
Mecanismos de trocas térmicas

A sobrecarga térmica no organismo humano é resultante de duas


parcelas de carga térmica:

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uma carga externa (ambiental) e outra interna (metabólica).

resultante das trocas resultante da atividade

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térmicas com o ambiente física que exerce.

As trocas térmicas entre dois materiais, ou corpos, acontecem


devido a dois fatores físicos:
Existência de temperaturas diferentes entre dois corpos;
Mudança do estado de agregação do material.

Principais fatores que influenciam as trocas térmicas entre o meio


ambiente e o organismo:

Temperatura Umidade Velocidade Calor Tipo de


do ar relativa do ar do ar radiante atividade
Mecanismos de trocas térmicas

O calor dissipado através dos mecanismos de trocas térmicas entre


o corpo e o meio ambiente, envolve:

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Trocas secas Trocas úmidas
(envolvem diferença de temperatura) (mudança do estado de agregação)
→ Radiação; → Evaporação
→ Condução; → Condensação.

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→ Convecção.
Mecanismos de trocas térmicas

Trocas secas
São trocas que de calor que envolvem variação de temperatura.

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Radiação

É um mecanismo de troca térmica entre dois corpos, que guardam entre si


uma distância qualquer, através de sua capacidade de emitir ou absorver

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energia térmica.
Consequência da natureza eletromagnética da energia que, ao ser
absorvida, provoca efeitos térmicos.
É um processo de transmissão de calor que pode ocorrer em qualquer
meio, inclusive no vácuo.
Não precisa de meio físico para sua propagação.

→ Na arquitetura, a radiação solar que


entra pelas aberturas é absorvida, em
parte, pelas superfícies do chão e das
paredes, convertendo-se em energia
térmica.
Mecanismos de trocas térmicas

Trocas secas
São trocas que de calor que envolvem variação de temperatura.

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Condução

É a troca de calor entre dois corpos sólidos que se tocam, ou mesmo entre
partes do corpo que estão em temperaturas diferentes.

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Ex: O calor que flui através de uma parede com superfícies com
temperaturas diferentes → superfície externa que sofre aquecimento solar e
a superfície interna que ainda está na temperatura ambiente.

A velocidade da troca de calor por condução dependerá:


→ Da diferença de temperatura entre as superfícies que trocam calor;
→ Das áreas e da distância entre estas superfícies (espessura do componente);
→ Da densidade do material;
→ Da condutividade térmica do material através do qual se conduz o calor.

Condutividade térmica:
capacidade do material de
conduzir maior ou menor
quantidade de calor por unidade
de tempo.
Mecanismos de trocas térmicas

Trocas secas
São trocas que de calor que envolvem variação de temperatura.

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Convecção

É a troca de calor entre dois corpos, onde o calor é transferido por um


corpo fluido (líquido ou gasoso).

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Ocorre por diferença de densidade entre os fluidos.
Ex. Ar mais frio (mais denso) que desce do aparelho de ar condicionado e
resfria o ar ambiente (menos denso), gerando um movimento de massas de ar.
A troca de calor por convecção aumenta se for induzida pelo vento ou por
meios mecânicos (convecção forçada).

À medida que o ar quente sobe, o ar frio


ocupa o seu lugar, completando assim o seu
ciclo de convecção.
Mecanismos de trocas térmicas

Trocas úmidas
Mudança de estado de agregação da água, do estado líquido para o
estado de vapor e do estado de vapor para o líquido → ou seja → trocas

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de calor que envolvem variação de temperatura, energia.

→ Evaporação
Troca térmica que envolve mudança de
fase do estado líquido para o estado

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gasoso.
Durante a evaporação do líquido, é
“roubado” calor do corpo.
Ex: Suor do corpo que se transforma em vapor
d’água.

→ Condensação
É a troca térmica decorrente da mudança
do estado gasoso do vapor d’água
contido no ar para o estado líquido (é o
chamado “ponto de orvalho”).
Ex: Umidade excessiva no ar que se precipita e
forma gotas de chuva.
Mecanismos de trocas térmicas

Trocas térmicas em Arquitetura


Acontece quando há diferença de temperatura entre a superfície interna e
externa.

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O sentido do fluxo será sempre:
Superfície mais quente → Superfície mais fria

→ O sol é uma fonte de calor importante, que ao atingir um edifício

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proporciona ganho de calor.

→ Os materiais e componentes se comportam de maneiras diferentes


(Ex. opacos x transparentes, escuros x claros).
Mecanismos de trocas térmicas

Trocas térmicas em fechamentos opacos


Quando a radiação solar incide sobre a parede opaca, ela é absorvida e dissipada
para o interior ou exterior, e uma parte é refletida → a energia absorvida se
transforma em calor e a refletida não sofre modificação alguma.

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A troca térmica em fechamentos opacos é ser dividida em 3 fases:

1ª fase: Troca de calor com o meio exterior.


a) Radiação → A radiação incidente terá uma parcela refletida e outra absorvida

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(a variação terá relação com a absortância e a refletividade da superfície).
b) Convecção → O ar que atravessa a superfície externa proporcionará uma
resistência superficial externa, em função da velocidade do vento.
2ª fase: Troca de calor através do fechamento.
a) Condução → Com a elevação da temperatura da superfície externa, haverá um
diferencial de temperatura entre esta e a interna → troca de calor (a intensidade
do fluxo de calor depende da resistência térmica do material, que está relacionada a
espessura e a condutividade térmica).

3ª fase: Troca de calor com o meio interior.


a) Radiação → Depende da emissividade (característica da superfície do material e
representa a quantidade de energia térmica emitida por unidade de tempo) do material.
b) Convecção → O ar que atravessa a superfície externa proporcionará uma
resistência superficial interna.
Conclusão → Cada camada do fechamento tem uma resistência térmica.
A soma das resistências térmicas é a resistência térmica total.
Mecanismos de trocas térmicas

Trocas térmicas em fechamentos transparentes/ translúcidos


Nos fechamentos transparentes ocorrem as trocas térmicas:
Condução/ Convecção/ Radiação

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Condução e Convecção Radiação
A condução e a convecção ocorrem E o principal fator no ganho
semelhantemente aos fechamentos opacos. térmico devido à parcela
Porém existe a possibilidade de controlar a diretamente transmitida para o

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troca de ar, ao abrir e fechar as aberturas interior e que depende da
(janelas). transmitância do vidro.

Principais variáveis que podem alterar o ganho de Tipos de vidros


calor pela aberturas: Externa → Toldos, Propósito na escolha
→ Orientação e tamanho da abertura; venezianas, brises. dos vidros:
→ Tipo de vidro; Interna → Cortinas, → Admitir ou bloquear
→ Uso de proteção solar externa ou interna. persianas. a luz solar;
→ Admitir ou bloquear
Orientação e tamanho dos fechamentos transparentes: o calor solar;
→ Determina a exposição da abertura ao sol → Permitir ou bloquear
→ Quanto maior a abertura maior a quantidade de calor que as trocas de calor do
entra ou sai do ambiente. interior com o exterior;
→ A orientação da fachada, pode expor a abertura à → Permitir o contato
quantidade de calor e luz solar distintas → Deve-se pensar a visual do exterior com o
interior.
luz e o calor de forma integrada.
→ A trajetória solar é diferente para cada orientação e
latitude.
Elementos Climáticos

Tempo → Condições do tempo


naquele instante, naquele dia.
Por exemplo: nublado, com

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pancadas de chuva,
temperatura entre 19 e 26°C,
umidade 75%, etc.

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Clima → A integração, ao longo
de certo período (10, 20, 30 anos: caso
das Normas Climatológicas), das
condições da atmosfera de uma
localidade ou região.

Elementos Climáticos → São os


fatores que determinam as
variações climáticas na
superfície terrestre.
Elementos Climáticos

Radiação solar → Maior fonte de energia para a Terra. Principal elemento


climático e um dos fatores determinantes do tempo e do clima. Além disso,
afeta diversos processos: físicos (aquecimento/ evaporação), biofísicos

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(transpiração), biológicos (fotossíntese).

A latitude define a angulação com


que o Sol atinge a superfície terrestre:
perto do equador → bem vertical; perto do

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polo → muito “deitada”.
→ Amortecimento pela
atmosfera: quanto mais
“deitados” chegam os raios O balanço térmico na
solares, maior trajeto na superfície terrestre:
atmosfera e menos intensa
será a radiação que chega
Dia/ Noite
ao solo.

→ Relação Energia /
Superfície: quanto mais
“deitados” menos energia
por área de superfície.
Elementos Climáticos

Temperatura do ar → A temperatura pode ser apresentada de diversas


maneiras:

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Temperatura média (diária, mensal ou anual).
Temperatura média das máximas (tendência da tarde).
Temperatura média das mínimas (tendência da madrugada).
Temperatura máxima absoluta e mínima absoluta.

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Elementos Climáticos

Vento → Ar atmoférico em movimento. O ar se move horizontalmente (em superfície e


altitude) e também verticalmente, por causa das diferenças de temperatura e de
pressão entre os diversos locais da Terra.
Tipos de ventos

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Os ventos sopram das áreas de alta pressão, chamadas anticiclonais (dispersoras de ventos) para
áreas de baixa pressão ou ciclonais (receptoras de ventos). Como a pressão é maior nas áreas de
menor temperatura, o vento sai dessas e vai em direção às de maiores temperaturas, que
apresentam menor pressão. Quanto maior for a diferença de pressão entre as regiões, maior

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será a velocidade do vento, podendo ocorrer, nessas situações, vendavais ou ventos mais
fortes, que são denominados, conforme o local: furacão(Caribe), tornado(EUA), tufão(Ásia).
Alísios → São ventos que, em superfície, sopram dos trópicos para o Equador (área ciclonal, de
convergência de ventos).
Contra-Alísios → Nas áreas equatoriais, o ar quente (mais leve) e úmido sobe. Em altitude o ar
esfria e retorna aos trópicos.

Características geográficas específicas dão origem a ventos especiais, regionais e locais,


como as monções e as brisas.
Monções → Por causa da diferença de temperatura e de pressão entre as massas
continentais e marítimas, as monções de verão sopram do Oceano Índico (alta pressão) para o
continente asiático (baixa pressão), trazendo chuvas e ventos. A partir do inverno, as áreas de alta
pressão se situam no continente asiático, invertendo a direção dos ventos e ocasionando um
período seco: são as monções de inverno.
Brisas → Durante o dia, sopram do oceano para o continente (brisa marítima). Durante a noite,
sopram do continente para o oceano(brisas continentais).
Elementos Climáticos

Umidade → Corresponde à quantidade de vapor de água que


encontramos na atmosfera. Pode ser expressa em valores absolutos ou
relativos:

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→ A umidade absoluta do ar é a quantidade (em gramas) de vapor d'água.
→ A umidade relativa do ar é obtida através da relação entre a umidade absoluta (a
quantidade de vapor de água do ar) e o ponto de saturação (a quantidade máxima de
vapor de água que o ar consegue reter), em determinado local e momento. Ela é
expressa em porcentagem (%). Quando, na atmosfera, a umidade atinge o ponto de
saturação, ela libera água que cai sobre o solo em forma de chuva ou outros tipos
de precipitação.
Explicando o cálculo → A umidade é relativa ao ponto de saturação de vapor de água na atmosfera, que é de
4%. Quando a atmosfera atinge essa porcentagem, ou se satura de vapor, ocorre as chuvas. Muitas vezes
escutamos no jornal falarem que a umidade relativa do ar é, por exemplo, de 60%. Isto quer dizer que estamos a
60% da capacidade máxima de retenção de vapor de água na atmosfera. Quando está chovendo, a umidade
relativa do ar está em 100%, ou 4% em termos absolutos. Portanto, quando a umidade relativa do ar está por volta
de 60%, está em 2,4% de vapor em termos absolutos.
Comparação de Tipos de Clima

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Climas tropicais mais característicos segundo a classificação sugerida por
Atkinson, 1953 (no “Viviendas y edificios em zonas calidas y tropicales”).
Clima quente-úmido (clima insular quente úmido).
Clima quente-seco ou desértico (clima desértico marítimo).
Clima composto (clima tropical de altitude).
Tipos de Clima

Clima quente-seco
Umidade relativa muito baixa.
Amplitude térmica muito alta.
Nebulosidade muito baixa.

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Radiação direta o dia todo.
Quase não chove.
Vegetação escassa.

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Muita poeira no ar.

Clima quente-úmido
Umidade relativa muito alta.
Amplitude térmica muito baixa.
Nebulosidade muito alta.
Muita radiação difusa (mormaço).
Chove o ano inteiro.
Solo quase sempre encharcado.
Vegetação exuberante.
Arquiteturas adequadas ao Clima
Clima Quente e Úmido
Construções com materiais leves
Com amplitudes pequenas a noite não é
suficientemente fria para dissipar calor
armazenado de dia;

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Muita ventilação
O corpo dissipa calor por convecção e
evaporação mesmo com temperaturas
elevadas, perto da temperatura da pele; Povo Mura,

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Amazônia
Coberturas leves e isolantes
Evitar o aquecimento da radiação solar;
Pisos levantados do solo
Evitar a umidade do solo e conseguir
dissipar calor por convecção. Casa de
pescador no
Hotel Prado, Litoral da litoral
Bahia nordestino

Hotel na
Amazônia
Arquiteturas adequadas ao Clima
Clima Quente e Seco
Construções com materiais pesados
Com amplitudes elevadas a inércia
térmica amortece as variações interiores;
à noite, grande parte do calor

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armazenado nas paredes durante o dia, Palácio na
é “puxado” pra fora. A perda de calor do Jordânia.

corpo é feita por evaporação e muito


facilitada pela baixa umidade relativa.

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Pequenas aberturas Habitações no
Atacama,
As temperaturas exteriores, ou são muito Chile
quentes à tarde, ou bastante frias à noite.
Muitas vezes abrem-se à noite para Ouzarzate,
Marrocos
“aproveitar” o frio.
Pisos sobre o solo
Aproveitam a inércia térmica do solo.

Povo
Berber,
Tunísia
Arquiteturas adequadas ao Clima

Soluções Contemporâneas
Clima Quente e Seco

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Clima e Arquitetura

Trajetória aparente do Sol


→ Apesar de sabermos que o Sol é o centro
do Sistema Solar, e quem gira é a Terra, por

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questões didáticas trabalhamos
considerando que é o Sol que gira em torno
da Terra.

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→ Para um observador localizado em
qualquer ponto da Terra, tudo se passa
como se o sol estivesse constantemente
girando ao redor da Terra.

→ A trajetória do Sol é representada por


uma série sucessiva de circunferências na
esfera celeste, paralelas ao Equador, com
inclinações sobre o plano do horizonte que
variam de acordo com a latitude do
observador.
Clima e Arquitetura

Trajetória aparente do Sol → O estudo da Trajetória Solar nos ajuda a


compreender o comportamento do sol nos diferentes pontos da esfera
terrestre.

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Clima e Arquitetura
→ Ao realizar o movimento de translação, a terra
percorre uma trajetória elíptica, em um plano
inclinado de 23°27’ em relação ao plano do
Equador.

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→ Esse ângulo define a posição dos trópicos e faz
com que os dois hemisférios recebam quantidade
diferenciada de radiação solar ao longo do ano: são
os solstícios de inverno e verão (a e c), e os

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equinócios de primavera e outono (b e d).

Solstício de junho
Corresponde ao Solstício de Verão no Hemisfério Norte (sol a pino no Trópico de
Câncer) e Solstício de Inverno no Hemisfério Sul (sol mais oblíquo); O Polo Sul não
recebe sol - sol abaixo da linha do horizonte (abaixo do Equador) - e o Polo Norte
recebe sol o dia todo - sol está sempre a 23°30’ em relação ao horizonte.
Solstício de dezembro
Corresponde ao Solstício de Verão no Hemisfério Sul (sol a pino no Trópico de
Capricórnio) e Solstício de Inverno no Hemisfério Norte (sol mais oblíquo); O Polo Norte
não recebe sol - sol abaixo da linha do horizonte (abaixo do Equador) - e o Polo Sul
recebe sol o dia todo - sol está sempre a 23°30’ em relação ao horizonte.
Equinócios
Em 21 de março e 24 de setembro, o Sol passa 12 horas acima do horizonte e 12
horas abaixo – o dia é igual à noite; A situação é semelhante em todo o planeta,
mudando a inclinação devido à latitude de cada lugar.
Clima e Arquitetura

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Solstício de junho
Corresponde ao Solstício de Verão no Hemisfério Norte (sol a pino no Trópico de
Câncer) e Solstício de Inverno no Hemisfério Sul (sol mais oblíquo); O Polo Sul não
recebe sol - sol abaixo da linha do horizonte (abaixo do Equador) - e o Polo Norte
recebe sol o dia todo - sol está sempre a 23°30’ em relação ao horizonte.
Solstício de dezembro
Corresponde ao Solstício de Verão no Hemisfério Sul (sol a pino no Trópico de
Capricórnio) e Solstício de Inverno no Hemisfério Norte (sol mais oblíquo); O Polo Norte
não recebe sol - sol abaixo da linha do horizonte (abaixo do Equador) - e o Polo Sul
recebe sol o dia todo - sol está sempre a 23°30’ em relação ao horizonte.
Equinócios
Em 21 de março e 24 de setembro, o Sol passa 12 horas acima do horizonte e 12
horas abaixo – o dia é igual à noite; A situação é semelhante em todo o planeta,
mudando a inclinação devido à latitude de cada lugar.
Clima e Arquitetura Equinócio

Solstício
de verão

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Solstício
de inverno

→ O Heliodón é um equipamento utilizado


para simular a trajetória aparente do Sol,
com o uso de maquetes físicas.
Clima e Arquitetura

Posição do Sol

A posição espacial do Sol pode ser reproduzida por sua Altura Solar e
Azimute:

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Sobre o plano do solo, marca-se a direção
dos pontos cardeais e uma projeção do Sol

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sobre esse plano em um determinado
instante, gerando o ângulo que essa
projeção fará com o Norte: é o Azimute. Já
o ângulo do Sol com o plano horizontal é a
Altura Solar.
Esses pontos são marcados em Cartas Solares, disponíveis em versões
impressas e informatizadas.

A Carta Solar, que combina a informação dessas duas representações, é


um importante instrumento de projeto, que permite conceber e avaliar o
desempenho térmico das edificações.
Trabalha-se as Cartas Solares associada a transferidores de ângulos, que
nos auxiliam a encontrar os ângulos do Azimute e Altura Solar,
correspondentes.
Clima e Arquitetura

A Carta Solar

Nas cartas, há um grande círculo


representando a projeção do

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horizonte visto de cima.

Nele estão marcados os pontos

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cardeais e as trajetórias solares,
sob a forma de linhas que vão do
Leste ao oeste e que têm, à
direita e à esquerda, o dia a que
que se referem.

Outro grupo de linhas


identifica os pontos de
passagem do Sol em
determinadas horas do dia.
Clima e Arquitetura

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O valor do ângulo formado

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pela reta com o Norte (0 a
360 graus) dará o valor do
Azimute Solar naquele
momento.

Na parte inferior do eixo


Norte - Sul estão as
marcações da Altura
Solar, de 0 a 90 graus.
Conforto Térmico (Extra) → Ferramenta Analysis Sol-Ar

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Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar

O SOL-AR é um programa gráfico que permite a obtenção da carta solar


da latitude especificada, auxiliando no projeto de proteções solares
através da visualização gráfica dos ângulos de projeção desejados sobre
transferidor de ângulos, que pode ser plotado para qualquer ângulo de

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orientação.

O programa também permite, para as cidades com dados horários


disponíveis na base de dados, a visualização de intervalos de temperatura

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anuais correspondentes às trajetórias solares ao longo do ano e do dia.

Para estas cidades, o programa também oferece a possibilidade de


obtenção da rosa dos ventos para frequência de ocorrência dos ventos e
velocidade média para cada estação do ano em oito orientações (N, NE, L,
SE, S, SO, O, NO).

O programa possui algumas cidades com latitude, longitude e dados de


temperatura e vento disponíveis em arquivos CSV (Valores Separados por Vírgula):
Belém, Brasília, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Maceió, Natal, Porto Alegre,
Recife, Rio de Janeiro, Salvador, São Luis, São Paulo, Vitória.

Baixar em → http://www.labeee.ufsc.br/downloads/softwares/analysis-sol-ar
Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar

Meses Horas

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Trajetória do sol em um horário fixo
Trajetória do sol no inverno e no verão durante o ano

Trajetória do sol ao longo do ano Trajetória do sol ao longo de um dia


Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar

Ao abrir o Analysis Sol-Ar você irá se deparar com esta imagem. Observe
que somente algumas opções estão ativas.

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Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar

Para que você possa começar a usar o Analysis Sol-Ar você precisa
escolher uma das 16 cidades possíveis fornecida pelo software. A partir de
sua escolha será habilitado as demais funções que estavam inertes.

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(a mesma carta solar pode ser usada em outras regiões que estejam próxima a cidade escolhida)

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Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar

Importante deixar habilitada a opção trajetória solar e transferidor!


Na frente da palavra transferidor temos a função orientação → inserir o
ângulo da fachada que será analisada e desenvolvido os brises.

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Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar

Importante deixar habilitada a opção trajetória solar e transferidor!


Na frente da palavra transferidor temos a função orientação → inserir o
ângulo da fachada que será analisada e desenvolvido os brises.

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Ex. → determinei que a fachada estaria a 45° graus do norte (azimute).

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Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar

Função ângulo de referência → permite que você escolha que tipo de


ângulo (interno ou externo) quer utilizar para determinar a largura dos brises →
recomendação de utilização do ângulo interno.

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Se utilizar o ângulo externo, haverá distorção no resultado.
Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar
Determinação dos ângulos → alfa → gera o brise horizontal e determina a sua
largura → habilitar a função ângulo alfa 1 e depois determinar valor.
Ex: alfa 30º → clicar em atualizar carta solar para gerar o brise.
Brise horizontal representado por linha curva cinza do leste ao oeste.

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Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar
Determinação dos ângulos → beta → gera o brise vertical → habilitar a função
ângulo beta direita 1 e beta esquerda 1 e depois determinar valor.
Ex: beta 30º → clicar em atualizar carta solar para gerar o brise.
Brise vertical representado por linhas diagonais que surgem do centro e vão até a

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borda da carta solar.

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Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar
Determinação dos ângulos → gama → determina o comprimento do brise
horizontal → habilitar função ângulo gama direita 1 e esquerda 1 e determinar valor.
Ex: gama 40º → clicar em atualizar carta solar para gerar o brise.
Ângulo gama representado por duas linhas curvas cinza que surgem no norte e vão

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até a linha central (leste/oeste) da carta solar.

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Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar
Função máscara → marca a área que esta sendo protegida totalmente ou
parcialmente pelo brise projetado.
Aba “máscara” → habilitar função desenhar reta e função preencher → selecionar
ou a opção total (vermelho) ou a opção parcial (amarelo) e clicar sobre a área que

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deseja preencher com a cor e a função almejada.

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Parte exposta ao sol

Parte protegida
Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar
Função temperatura → três opções:
1ª) Temperatura → revela as temperaturas solares de uma região em diferentes
horários e meses.
Mais utilizado → lembrar informações que vimos nas cartas solares → estações do

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ano, horas do dia, etc e interpretar os dados!

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Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar
Função temperatura → três opções:
2º) Radiação global horizontal → Revela a radiação global sobre a região. O
programa soma a radiação vinda direta do sol mais a radiação difundida pelas
partículas e gases da atmosfera.

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Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar
Função temperatura → três opções:
3º) Radiação direta normal → Revela parte da radiação direta vinda do sol menos a
radiação difusa.

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Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar
Função legenda → Significado das cores utilizadas e suas respectivas temperaturas!
Ao lado do botão legenda → selecionar período para análise das temperaturas
solares → duas opções → até 21 de junho e após 21 de junho.

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Maceió → pouca diferença → observe cidades com maiores amplitudes térmicas.

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Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar
Rosa dos Ventos → ajuda a encontrar a direção dos ventos predominantes de uma
determinada cidade ou região.
Possui não só os principais pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste) como os secundários
(nordeste, noroeste, sudestes e sudoeste). Cada um deles possui um retângulo com quarenta

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quadrados, sendo 10 para cada estação do ano (primavera, verão, outono e inverno).

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Estações do ano

Pontos Cardeais e
colaterais
Todas as estações há
ventilação, no entanto,
no verão e no outono a
quantidade de vento é
menor!
Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar
Rosa dos Ventos
O retângulo que possui mais quadrados coloridos corresponde a direção que possui
maior velocidade do vento.
A rosa dos ventos também fornece informações sobre a ausência de ventos nos

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diferentes turnos do dia.

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Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar
Rosa dos Ventos
Tecla abaixo → velocidade predominante/ frequência de ocorrência (mostra a direção
dos ventos predominantes) → quanto mais quadrados coloridos tiver um determinado retângulo, maior será a
frequência dos ventos na direção indicada.
Importante interpretar a carta!

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Vento leste →
Primavera e verão →
ventos + quentes!

Todas as estações há
ventilação, no
entanto, no verão e
no outono a
quantidade de vento
é menor!
Ventos
dominantes!
Utilizando a ferramenta Analysis Sol-Ar

Estas são orientações básicas para o início da utilização do programa. A prática fará
com que se familiarizem e aumentem seus conhecimentos!

Os programas da série Analysis foram desenvolvidos por pesquisadores do

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Laboratório de Eficiência Energética em Edificações (LabEEE) da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC). Valorize a pesquisa!

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Eles estão disponíveis para download gratuito, bem como diversos manuais de
utilização dos mesmos.

Aprofunde seu conhecimento! Baixe o programa e pesquise seus recursos!

https://docplayer.com.br/3024149-Analysis-sol-ar-projeto-de-pesquisa-desenvolvimento-de-tutoriais-
de-softwares-da-serie-analysis.html

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