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Todo sofrimento é expiatório, isto é destinado a despertar arrependimento por uma falta
cometida contra a lei divina? Não. Há outro tipo de sofrimento denominado prova, que é
constituído por situações de teste pelas quais o Espírito tem de passar para que seja
aferido se, realmente, venceu tendência a erros que o levaram à expiação em ocasiões
passadas. No caso de Espíritos conscientes de seus erros e da necessidade de superá-los, as
provas são escolhidas voluntariamente. No caso de espíritos recalcitrantes no mal, as
provas podem ser impostas pelos Mentores, em nome das leis divinas. OBS. Na Doutrina
Espírita, provação é sinônimo de sofrimento, seja ele constituído por uma prova ou por
uma expiação.
ESQUECIMENTO DO PASSADO
O esquecimento não é um castigo e, sim, uma dádiva da sabedoria divina, pois
não nos lembramos dos erros cometidos em outras vidas; contudo a voz da
consciência sempre nos adverte quando se manifestam más tendências, para que
nos esforcemos em corrigi-las. Nascemos no mesmo meio. Deus nos dá o que é
necessário para adiantarmos.
MOTIVOS DE RESIGNAÇÃO
A INFELICIDADE REAL
As consequências de nossos maus procedimentos constituem uma infelicidade
moral muito maior do que as dores físicas que nos afligem. Mas, essas
consequências, muitas vezes, são as expiações que prenunciam maior felicidade
em futuro próximo. Para muitos, que pensam só no presente, a infelicidade está
na miséria, nas diversas dores. “A verdadeira infelicidade está nas consequências
de uma coisa, mais do que na própria coisa”. “É preciso se transportar além
desta vida”. “A infelicidade é o prazer, a agitação vã, a louca satisfação da
vaidade, que fazem calar a consciência”.
A MELANCOLIA
Melancolia é a ânsia do Espírito por uma vida melhor, que virá para todos, na medida em
que as tarefas da evolução forem sendo cumpridas, de acordo com as leis de Deus. Evitai o
abatimento e a apatia, achando-se infelizes. Resiste as impressões que enfraquecem a
vontade.
Não. Não nos é moralmente lícito abreviar a vida de quem quer que seja, sob
qualquer pretexto. A vida na carne nos foi outorgada pela lei divina, como
instrumento de progresso do Espírito. Uma reflexão, na última fração de segundo
de vida que resta ao moribundo, pode evitar-lhe séculos de sofrimento após a
morte.
SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA, PROVEITO DOS
SOFRIMENTOS PARA OUTREM
A vida é obra eterna de nosso Pai, que nos compete respeitar e preservar, agindo segundo
Suas leis, sabiamente insculpidas por Ele em nossa consciência. O sacrifício da própria vida
pode ser válido, para nossa evolução, quando praticado exclusivamente em benefício do
próximo. Nossos sofrimentos podem ser proveitosos para outrem tanto material, como
moralmente.
Vimos que o sofrimento-expiação nos advém em razão da Justiça
Divina, com o objetivo de nos levar à tomada de consciência das
violações praticadas contra as leis divinas (arrependimento) e à
reparação dos danos causados às outras pessoas em consequência
daquelas violações. Vimos que essas reparações sempre envolvem
a prática do amor às pessoas anteriormente ofendidas, de forma
compensatória (o amor cobre a multidão de pecados). Na D.E., o
processo expiação-arrependimento-reparação é chamado de
regeneração, resgate, remissão do pecado ou pagamento da dívida
para com a lei divina. Essa dívida designa a responsabilidade do
pecador de reparar os danos causados por seu pecado à harmonia
universal e aos Espíritos diretamente afetados. Vimos, também,
que o perdão divino (ou misericórdia divina) nos oferece, sempre,
oportunidades para regeneração e que o perdão humano é
constituído, principalmente, por não praticar a vingança e não
guardar ódio, nem mágoa por quem nos fez sofrer.
1. Sofrimento - a principal finalidade do sofrimento é nos levar à tomada
de consciência de nossas violações da lei divina – isto é, ao
arrependimento - e, daí, à reparação dos males causados por tais
violações. Assim, o sofrimento nos leva ao progresso como ser humano.
Deus é o infinito Amor; não se ofende com nossos pecados e não dá o
troco (não se vinga) por causa desses pecados.
2. Justiça e misericórdia - Deus é simultaneamente justo e misericordioso.
A justiça divina imposta pela expiação não é vingança e, sim, auxílio para
nos levar ao progresso. A misericórdia divina não é indulto, isto é, não
nos liberta da responsabilidade da reparação; ao contrário, a
misericórdia divina nos concede tantas ocasiões de reparação quantas
necessitarmos.
1. Que quis Jesus dizer quando nos ensinou no Pai Nosso: “Perdoa nossas
dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores”? Perdão divino é
o mesmo que perdão humano? Não é a mesma coisa. Perdão divino ou
misericórdia divina é a concessão de oportunidades de recuperação de
nossas faltas. Perdão humano é um conjunto de atitudes de amor para
com o ofensor que inclui não praticar a vingança e não guardar ódio
nem ressentimento. No “Pai Nosso”, quando dizemos “Perdoai as nossas
dívidas”, estamos pedindo o perdão divino para nossos pecados.
Quando dizemos “Assim como nós perdoamos os nossos devedores”,
estamos oferecendo nosso perdão (perdão humano) àqueles que
pecaram fazendo-nos sofrer.
1. Que é dívida para com as leis divinas? É a responsabilidade que
adquirimos de praticar a regeneração, todas as vezes que violamos a lei
divina.
2. Que quis Jesus dizer com a frase: “Bem-aventurados os que choram?”
“Chorar”, nesta frase, refere-se ao sofrimento expiatório. Jesus quis
dizer que aqueles que sofrem pela expiação serão felizes, porque serão
levados à reparação e, assim, se recuperarão dos pecados que causaram
aquele sofrimento expiatório. Isso os levará ao progresso espiritual, que
traz a felicidade.
3. É verdade que não existe injustiça? É verdade. Todo sofrimento tem uma
causa. Como Deus é justo, justa há de ser essa causa. É por isso que não
existe injustiça real. O Pai celestial não deseja o nosso sofrimento.
Assim, se estivermos sofrendo, esse sofrimento é provocado pelo nosso
pecado, que provoca a expiação. Essa dor nos advém para ajudar na
regeneração do pecado cometido no passado, nesta ou em outras
existências.
Consequência das violações da lei divina