Você está na página 1de 37

Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.

php

| | | |

Boa Noit e, Quart a Feira, 28 de Out ubro de 2015 New slet t ers | Favorit os | Hom e

Dispo ndo do s m ais m o derno s equipam ent o s de m edição e análise de


Energia o ferece a seus client es:

- Com issionam ent o, Manut enção e St ar t - up em


Painéis e Cubículos e Sist em as 13, 8k V ( 15k V) ;
- Ter m ogr afia em I nst alações Elét r icas;
- Análise de Ener gia, Har m ônicas e Tr ansient es.

Com ission a m e n t o

Com issionam ent o é o processo de assegurar que os sist em as e com ponent es de um a edificação ou unidade indust rial est ej am proj et ados, inst alados,
t est ados, operados e m ant idos de acordo com as necessidades e requisit os operacionais do propriet ário. O com issionam ent o pode ser aplicado t ant o a
novos em preendim ent os quant o a unidades e sist em as exist ent es em processo de expansão, m odernização ou aj ust e.

O obj et ivo cent ral do com issionam ent o é assegurar a t ransferência da unidade civil ou indust rial do const rut or para o propriet ário de form a ordenada e
segura, garant indo sua operabilidade em t erm os de desem penho, confiabilidade e rast reabilidade de inform ações. Adicionalm ent e, quando execut ado de
form a planej ada, est rut urada e eficaz, o com issionam ent o t ende a se configurar com o um elem ent o essencial para o at endim ent o aos requisit os de prazos,
cust os, segurança e qualidade do em preendim ent o.

1 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Proce dim e n t o de m a n u t e n çã o de su be st a çõe s


| | | |

Na execução de t rabalhos de m anut enção de subest ações os profissionais devem ser qualificados e aut orizados para a t arefa, bem com o dispor dos
equipam ent os de prot eção colet iva ( EPC) e equipam ent os de prot eção individual ( EPI ) necessários.

Centro de
Os profissionais t am bém devem t er recebido t reinam ent os t écnicos Atendimento
sobre a t arefa Nacional
que vão –execut
(11) 2808
ar e 1886
t reinam ent o da norm a de segurança NR- 10 do
Filialdevem
Minist ério do Trabalho e Em prego. As vest im ent as dos profissionais 1 – Sãoser
Paulo - SP – (11)bem
adequadas, 4327 3147
com o não devem port ar relógio, anéis, pulseira ou qualquer
out ro adorno pessoal, conform e det erm ina a NR- 10. Filial 2 – Rio de Janeiro - RJ - (21) 3232 2631
Filial 3 – Curitiba - PR - (41) 3017 0023
Filial 4 – Joinville - SC - (47) 3461 3133
cont at o@engenheir osassociados. com . br
Todo equipam ent o seccionado dent ro de um a subest ação som ent e é considerado desenergizado, para efeit o de m anut enção, quando est iver:
1. Desligado,

. I solado,

3. Bloqueado,

4. Test ado,

5. At errado,

6. Sinalizado.

Essa sequência de operações est á defina no Capít ulo 5.1 da NR- 10

Tipos de m a n u t e n çã o de su be st a çõe s

Nos equipam ent os elét ricos se faz necessária a m anut enção para que eles possam est ar sem pre disponíveis, prolongando sua vida út il. Essa m anut enção
deve obedecer a:

. Crit érios preest abelecidos pelo fabricant e dos equipam ent os;

. Norm as Técnicas;

. Especificações de set or de engenharia da em presa.

2 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Nesses crit érios deve- se considerar o local de inst alação dos equipam ent os, a quant idade de operação, periodicidade de m anut enção, condições físico-
quím icas, t ensão e carga dos equipam ent os.

A m anut enção caract eriza- se com o t odo serviço de cont role, conservação e rest auração de um it em ou inst alação com o obj et ivo de m ant ê- lo em condições
sat isfat órias de uso e prevenir anom alias, que possa t orná- lo indisponível. A m anut enção pode ser prevent iva, corret iva ou predit iva.

M anut enção prevent iva é t odo cont role, conservação e rest auração em um it em program ado seguindo os crit érios preest abelecidos e com a finalidade de
m ant ê- lo em condições sat isfat órias de operação e prot egê- lo cont ra ocorrências que possam aum ent ar sua indisponibilidade.

M anut enção corret iva é um it em indisponível ou não, com ou sem rest rição, visa reparar falha ou defeit o. A m anut enção corret iva pode ser:

. M anut enção corret iva de em erg ência: int ervenção de um it em com a finalidade de corrigir de im ediat o as condições norm ais de operação.

. M anut enção corret iva de urg ência: int ervenção de um it em com a finalidade de corrigir falhas ou defeit os o m ais breve possível, ret om ando as
condições norm ais de operação.

. M anut enção corret iva program ada: int ervenção de um it em com a finalidade de corrigir falhas ou defeit os a qualquer t em po, volt ando ás condições
norm ais de operação.

M anut enção predit iva consist e no cont role e na verificação realizados com o obj et ivo de verificar as condições de operação das inst alações e
equipam ent os. Caso sej a ident ificada algum a anom alia na m anut enção predit iva, pode- se program ar a realização de um a m anut enção corret iva ou
aum ent ar a frequência de m onit oram ent o at é a m anut enção prevent iva.

Em t odas as m anut enções deve ser const it uído um relat ório, analisando o est ado dos equipam ent os, os valores de ensaios e verificadas se as alt erações
det ect adas em relação aos relat órios ant eriores est ão dent ro dos lim it es preest abelecidos. Esse relat ório deve fazer part e do pront uário da inst alação
conform e det erm inação da NR- 10.

Re qu isit os pa ra m a n u t e n çã o

Cada fabricant e de equipam ent o pode t er um procedim ent o de m anut enção diferenciado. O que est á apresent ado a seguir são os procedim ent os,
verificações, ensaios e sequência básica, podendo ser usadas para t odos os equipam ent os.

Para realização do serviço de m anut enção da subest ação devem ser providenciados alguns docum ent os, conform e relação a seguir.

. ART ( Anot ação de Responsabilidade Técnica) preenchida e recolhida por um profissional legalm ent e habilit ado;

. Manual dos fabricant es dos equipam ent os;

. Form ulário de relat órios t écnicos dos ensaios e verificações dos equipam ent os;

. Folha de regist ro do relat ório da m anut enção ant erior;

3 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

. Procedim ent o de t rabalho padronizado conform e it em 10.11 da NR- 10;

. Docum ent o da aut orização com probat ória dos profissionais, conform e it em 10.8 da NR- 10.

I n st ru m e n t os de En sa ios

Na m anut enção dos equipam ent os da subest ação é im port ant e t er um diagnóst ico m ais apurado das condições dos equ ipam ent os inst alados. Os ensaios
elét ricos apresent am a sit uação do equipam ent o, avaliando a sua at ual condição, ident ificando um a anom alia que event ualm ent e deixe o equipam ent o
indisponível. A seguir são apresent ados os principais inst rum ent os de ensaio ut ilizados na m anut enção de um a subest ação.

M e gôh m e t ro

O m egôhm et ro é o inst rum ent o usado para m edir resist ência de isolação, perm it indo det ect ar e diagnost icar falhas nos equipam ent os elét ricos. Seu
princípio de funcionam ent o t em com o base que, aplicando- se um a t ensão de corrent e cont ínua a um isolant e, a corrent e que circula at ravés dele t em t rês
com ponent es dist int as:

. Corrent e de carga de capacit ância, nat ural do m at erial sob ensaio;

. Corrent e de absorção dielét rica, que circula at ravés do corpo do m at erial;

. Corrent e de fuga at ravés do isolant e, a qual t em dois com ponent es im port ant es, um significando fuga at ravés da superfície do m at erial e out ro do próprio
isolant e.

Com base nesses fat ores o m egôm et ro t raz um a leit ura precisa dos valores de resist ência dielét rica do m at erial isolant e. Esse equipam ent o possui t rês
bornes em que são conect ados os cabos de m esm a cor com as seguint es caract eríst icas:

. Um borne norm alm ent e de cor verm elha, cham ado de linha ( LI NE) , t em a função de enviar t ensão para o equipam ent o sob ensaio.

. Out ro borne de cor pret a cham ado de t erra ( EARTH) , negat ivo ou ret orno, possui a função de ret ornar para o inst rum ent o o result ado dos valores de
corrent e de fuga do equipam ent o sobre ensaio.

. O t erceiro borne, norm alm ent e de cor verde, cham ado de GUARD, perm it e elim inar corrent es indesej áveis aquela leit ura, com o corrent es parasit as e
indut ivas que int erferem nas m edições.

Nos equipam ent os das subest ações que possuem um a classe de t ensão de 15 kV, o ensaio pode ser realizado com a t ensão de 5 kV ou 10 kV do
Megôm et ro. Deve ser adot ado um cuidado especial ao realizar o ensaio no enrolam ent o de baixa t ensão do t ransform ador, pois nesse caso deve ser
ut ilizada a m enor t ensão do equipam ent o, geralm ent e 500 V.

Ao desligar o equipam ent o deve- se aguardar que a luz indicat iva de t ensão se apague, o que leva alguns segundos, para que depois sej a possível
m anusear os cabos.

4 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

I n st ru m e n t o de e n sa io de t e n sã o a plica da ( H ipot )

O Hipot é um inst rum ent o usado para t est ar a isolação elét rica em aparelhos e equipam ent os. O nom e Hipot é a abreviação de elevado pot encial em inglês,
j á que no seu ensaio ut iliza- se um a t ensão elevada.

Em condições norm ais, qualquer disposit ivo elét rico vai produzir um a quant idade m ínim a de corrent e de fuga, conform e a classe de t ensão e rigidez
dielét rica do m at erial. Esse fenôm eno t rat a- se de um a condição nat ural dos m at eriais, observado em sua fabricação.

No ent ant o, devido a problem as com o absorção de um idade, acúm ulo de suj eira, ent re out ros, a fuga de corrent e pode se t ornar excessiva. Essa
circunst ância pode causar falha na operação do equipam ent o, podendo danificá- lo e ainda provocar um choque elét rico em pessoas que possam ent rar em
cont at o com o equipam ent o defeit uoso.

O t est e consist e em aplicar um a elevada t ensão elét rica no equipam ent o durant e um m inut o, e não pode haver o rom pim ent o da isolação dielét rica do
equipam ent o sob ensaio. Durant e a realização do ensaio, caso ocorra a falha da isolação do equipam ent o sob ensaio, o Hipot deve ident ificar essa corrent e
de fuga e vir e desligar, e nest e caso o equipam ent o est á reprovado.

Event ualm ent e pode ocorrer de o equipam ent o sob ensaio apresent ar falha na isolação e o Hipot não desligar, vindo a m ant er a elevada t ensão aplicada e
danificando o equipam ent o sob ensaio.

O inst rum ent o vem acom panhado de um cabo para aplicação de t ensão e out ro para ret orno, caso o equipam ent o sob ensaio não suport e a t ensão aplicada.
Norm alm ent e, o Hipot é ut ilizado para ensaio em cabos de alt a t ensão.

O ensaio Hipot é efet uado com um esquem a de ligação m uit o sim ples: o equipam ent o Hipot , alim ent ado por um a font e de energia ext erna, é elet ricam ent e
conect ado ao cabo ensaiado e a sua blindagem , conform e o caso. Ent ão, o equipam ent o fornece um pulso de t ensão ao cabo e, conform e o com port am ent o
do m esm o, são feit as análises a respeit o da possibilidade de inserção do cabo ensaiado em inst alações, ou m esm o da validação do m esm o com o produt o.

A prim eira consideração feit a em relação ao equipam ent o diz respeit o à alim ent ação de t ensão do Hipot , bem com o ao disposit ivo de segurança exist ent e
no m esm o devido às alt as t ensões envolvidas.

Vários avisos são dados em relação a possíveis acident es e danos sobre o equipam ent o. Por operar com valores alt os de t ensão e energia arm azenada
( not e- se a própria função do equipam ent o) , o Hipot exige operação cuidadosa, com at enção redobrada em t odos os aspect os de segurança possíveis.
Durant e a ut ilização do equipam ent o, o operador deverá ficar at ent o aos cuidados necessários à sua prot eção.

Dest aca- se que o operador sem pre deve preservar a m aior dist ância possível dos com ponent es energizados do sist em a durant e a realização do ensaio
( com o por exem plo cabos, conect ores, e o próprio equipam ent o Hipot ) . Além disso, é recom endável que os cabos ensaiados est ej am dispost os de m odo a
correr livrem ent e pelo ar, sem cont at o algum com out ro pont o de possível t ensão ou at erram ent o.

O principal disposit ivo de segurança observado pela equipe no equipam ent o analisado foi o sist em a que faz o painel do equipam ent o t er sem pre pot encial
elét rico nulo ( ou sej a, est ej a at errado) . Tal m edida é essencial para evit ar um event ual cont at o hum ano com as part es energizadas do Hipot , causando

5 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

assim um choque elét rico.

Out ro pont o que dem anda grande at enção na operação do equipam ent o Hipot é o nível de t ensão aplicado. Devido a vários t ipos de referência
norm alm ent e ut ilizados ( por exem plo, t ensão fase- fase [ bifásica] , fase- neut ro, ent re out ros) , é com um o desacordo de m edidas ent re o valor pret endido e
o valor prát ico aplicado no ensaio. Assim , é im port ant e a conferência rot ineira dos parâm et ros elét ricos em pregados, a fim de evit ar acont ecim ent os não
desej ados ou at é m esm o erros de m edidas por part e do equipam ent o, ou de leit ura por part e do operador.
Sabe- se por especificação t écnica que um cabo com falha na isolação, ao ser expost o ao ensaio Hipot , apresent a corrent e elét rica, de vulga, crescent e. Tal
crescim ent o é lim it ado ( int errom pido) som ent e quando a corrent e chega ao valor de cort e do equipam ent o ( valor esse que, em alguns casos, é
previam ent e aj ust ado pelo operador) . Daí a im port ância de sem pre aj ust ar t odas as grandezas envolvidas no referido procedim ent o ant es da realização do
ensaio.
Principais Aplicações do Equ ipam ent o

Os principais usuários do equipam ent o Hipot são fabricant es de cabos e fios, concessionárias de energia elét rica, em presas de t elecom unicações e
profissionais at uant es na engenharia de cam po.

Procedim ent os Ant eriores ao Ensaio


At erram ent o e Segurança

Para um ensaio bem sucedido e sem im previst os ou acident es, é fundam ent al que, ant es de t udo, t odas as norm as e procedim ent os de segurança sej am
obedecidos por com plet o. Port ant o, deve- se escolher um operador qualificado e conscient e para efet uar o m anuseio do equipam ent o de ensaio ( Hipot ) ,
bem com o dos cabos, fios de conexão e dem ais m at eriais envolvidos no processo de t est e.
Além disso, um bom at erram ent o do sist em a é essencial para que não haj a nenhum acident e envolvendo t ensões indesej adas, que event ualm ent e venham
a surgir no am bient e de ensaios. Port ant o, o prim eiro passo após a verificação da segurança do equipam ent o e do operador é efet uar e conferir o
at erram ent o do equipam ent o, bem com o de sua carcaça. Deve- se assegurar a conexão corret a com um at erram ent o confiável, por segurança e
confiabilidade dos t est es que se seguem .
Conexões de Alim ent ação de Energia no Sist em a
Em seguida, deve- se efet uar a conexão da alim ent ação do Hipot , novam ent e conferindo o at erram ent o do sist em a. Ent ão, faz- se a conexão da font e de
energia e do cabo de alt a t ensão nos bornes apropriados. Est as últ im as conexões t am bém devem ser corret am ent e ligadas ao at erram ent o do circuit o
at ravés de cabos apropriados.
Nesse m om ent o, o t erm inal guard se m ost ra relevant e, pois t em com o função principal a prot eção t ant o da carcaça do equipam ent o Hipot , de seus
circuit os int ernos e das conexões feit as. O t erm inal deve ser at errado solidam ent e, para garant ir pot encial nulo nos pont os necessários.
Fazer as conexões na ordem e disposição corret a é essencial para garant ir a prot eção t ot al durant e o ensaio, bem com o para garant ir leit uras confiáveis da
corrent e de fuga, resist ência de isolação do m at erial t est ado, ent re out ras. Para isso, o operador deve sem pre seguir as inst ruções do fabricant e do
equipam ent o Hipot e do cabo ensaiado, assegurando- se de que nenhum lim it e físico est á sendo ext rapolado.
Conexão dos Cabos Ensaiados
As conexões do cabo a ser ensaiado são esclarecidas no m anual de acordo com o t ipo de cabo ut ilizado ( com referência à presença de blindagem e o t ipo
de const rução, m onofásico ou t rifásico) .
Por últ im o, deve- se aj ust ar o pot enciôm et ro do equipam ent o para um valor adequado de corrent e de desligam ent o. O fabricant e recom enda, inicialm ent e,
o valor m áxim o de 5 m A.

Aj ust es e Procedim ent os de Ensaio

6 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Aj ust e do Nível de Tensão

Ao ligar o equipam ent o, deve- se verificar se os aj ust es de t ensão est ão adequados ( aj ust e girado para a posição “ part ida” ) . Um a vez corrigidas possíveis
divergências de aj ust e e referenciais, a lâm pada de AT deve acender, indicando que o equipam ent o est á pront o e habilit ado para fornecer t ensão para
realizar o ensaio.
Em seguida, deve- se aj ust ar o nível de t ensão para o valor desej ado ( conform e norm as vigent es e especificação do solicit ador do ensaio) . Deve- se lem brar
sem pre que, por se t rat ar de ensaios com t ensões alt as, t odo aj ust e realizado no equipam ent o deve se dar de form a lent a, a fim de prevenir variações
elét ricas excessivam ent e bruscas e, consequent em ent e, evit ar o desligam ent o do aparelho ou a at uação de algum a prot eção de form a inadequada.

A essa alt ura, o operador j á deve poder efet uar a leit ura da corrent e de fuga exist ent e no cabo ou m at erial t est ado. A part ir daí, é t rabalho do engenheiro
ou operador do ensaio t om ar m edidas para verificar se a corrent e de fuga est á dent ro do lim it e adequado. Caso isso não ocorra, devem - se t om ar as
at it udes necessárias em relação ao m at erial de ensaio.

Escolha do Nível de Tensão Apropriado

O próprio fabricant e do equipam ent o Hipot fornece um a list a de valores de níveis de t ensão m édios segundo várias norm as int ernacionais, quais sej am :
VDE ( Verband der Elekt rot echnik, Elekt ronik Und I nform at ionst echnik – Associação de Elet rot écnica, Elet rônica e Tecnologia da I nform ação) , I EC
( I nt ernat ional Elect rot echnical Com ission – Com issão I nt ernacional de Elet rot écnica) , I PCEA ( I nsulat ed Pow er Cable Engineers Associat ion – Associação de
Engenharia de Cabos I solados) e AEI C ( Associat ion of Edison I llum inat ing Com panies – Associação de Em presas de I lum inação Edison) .

Medidas e Result ados do Ensaio


Um a vez definidos os parâm et ros iniciais do ensaio, e t endo aj ust ado o equipam ent o corret am ent e, pode- se proceder ao ensaio propriam ent e dit o.
Novam ent e, devem - se conferir t odas as conexões elét ricas do cabo t est ado e dos bornes do equipam ent o. Caso algo est ej a fora de acordo com o m anual do
fabricant e e as respect ivas norm as, deve- se efet uar o aj ust e ant es de cont inuar o ensaio.

As m edidas ret iradas no ensaio devem ser analisadas de form a segura, para que não ocorram erros devido a falhas de leit ura ou análise de result ados. É
necessário que o ensaio sej a feit o corret am ent e, pois não é aconselhável realizar o ensaio de t ensão aplicada no cabo várias vezes, pois m esm o não sendo
considerado um ensaio dest rut ivo pode com prom et er a vida út il do cabo devido ao nível de t ensão aplicada ser superior ao de sua ut ilização norm al.

Tendo obedecido t odos os procedim ent os m ost rados nest e capít ulo, o ensaio deve result ar em m edidas confiáveis e út eis para det erm inação de vida út il de
cabos, validação de inst alações, ent re out ras aplicações.

Pesquisas relacionadas a hipot


hipot locação
hipot digit al
hipot 60kv

M icroh m ím e t ro

É um inst rum ent o ut ilizado para m edir com precisão valores baixos de resist ência de cont at o em disj unt ores e chaves seccionadoras. Tam bém pode ser

7 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

ut ilizado para m edir resist ência ôhm ica do enrolam ent o dos t ransform adores. Norm alm ent e, a corrent e ut ilizada para t est es varia ent re 1 m A e 100 A.
Durant e o ensaio é aplicada um a corrent e elét rica que, ao percorrer o equipam ent o sob ensaio, prom ove um a queda de t ensão. De acordo com a prim eira
lei de Ohm , ao dividir a t ensão m edida pela corrent e elét rica aplicada, obt ém - se a resist ência elét rica.

M e didor de re la çã o de e spira s TTR

TTR é o inst rum ent o ut ilizado para m edir com precisão a relação ent re espiras de um t ransform ador. Sendo o t ransform ador um a m áquina m agnét ica que
t rabalha com um a proporção ent re enrolam ent os, pela m edição da relação ent re eles podem os avaliar a sit uação dos enrolam ent os, quant o á relação de
t ransform ação e t am bém quant o á cont inuidade.

O inst rum ent o m ede a relação de espira, a com ut ação de fase e a polaridade nos t ransform adores de força, nos t ransform adores de pot encial ( TP) e de
corrent e ( TC) .

Quat ro cabos acom panham o inst rum ent o, dois com um ent e cham ados H1 e H2, com a função de excit ar a bobina de m aior t ensão, e os cabos X1 e X2,
com função de m edir a corrent e na bobina de m enor t ensão do t ransform ador.

Na m edição é im port ant e buscar a inform ação do t ipo de ligação prim ária e secundária do t ransform ador sob ensaio, assim com o a sua t ensão de operação
no prim ário e no secundário.

O m edidor de relação de espiras pode ser digit al ( TTR elet rônico) ou analógico ( TTR de m anivela) .

AN ÁLI SE D E ÓLEO D E TRAN SFORM AD OR

An á lise Crom a t ográ fica

A Análise Crom at ográfica dos gases det erm ina a concent ração dos gases dissolvidos no óleo m ineral isolant e. A sua form ação no int erior dos equipam ent os
pode ser causa de algum t ipo de problem a, com o m au cont at o ent re com ponent es int ernos, fugas de energia ent re espiras, esforço à alt as corrent es de
curt o circuit o e t em po de t rabalho prolongado com cargas elevadas.

An á lise Físico Qu ím ica

Os óleos m inerais nos t ransform adores, além da propriedade de isolam ent o, t êm a função de resfriam ent o. Assim o elem ent o fluído t ransfere o calor
desenvolvido e gerado nos circuit os m agnét icos dos enrolam ent os e t am bém no núcleo ferro m agnét ico, at ravés das corrent es convect ivas para a carcaça
do t ransform ador e est e, por sua vez t ransfere est e calor para o m eio am bient e. Com o o papel é t am bém um agent e isolant e, cabe ao óleo fazer o
isolam ent o dos enrolam ent os ent re eles e em relação ao circuit o m agnét ico e a carcaça.

A análise físico- quím ica det erm ina a capacidade de isolação e o est ado de envelhecim ent o do óleo m ineral. Os result ados são com parados aos valores
pré- est abelecidos em norm as. Valores fora dos lim it es especificados indicam necessidade de t rat am ent o t erm o- vácuo, subst it uição ou regeneração do óleo

8 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

m ineral

Te st e s Elé t ricos de M a t e ria is I sola n t e s

A preocupação com o desenvolvim ent o de t écnicas e inst rum ent os de t est es de isolação de equipam ent os elét ricos rem ont a aos prim eiros est ágios da
produção de energia elét rica para ilum inação e força. A princípio a resist ência de isolam ent o era m edida com corrent e cont ínua CC; est e m ét odo cont inua,
aplicando- se quase que com exclusividade, m esm o depois do aparecim ent o da corrent e alt ernada CA. No início do século, apareceu na I nglat erra o
prim eiro inst rum ent o, regist rado com o nom e de " m egger" , const ruído exclusivam ent e para m edidas de isolam ent o. Est e inst rum ent o foi aperfeiçoado ao
longo dos anos e adapt ado à evolução da elet ricidade, com escalas de t ensões m ais alt as, de form a que, hoj e em dia, cont inua send um dos inst rum ent os
m ais ut ilizados para m edir a resist ência de isolam ent o dos equipam ent os elét ricos.

À m edida que as m áquinas elét ricas aum ent avam de t am anho, foram int roduzidas novas t écnicas de t est es para cobrir algum as lacunas exist ent es, não
sat isfeit as plenam ent e com os t est es com CC. Graças a isso, hoj e se dispõe de um a variedade de t écnicas de ensaios para verificar as condições de
isolam ent o dos equipam ent os elét ricos.

a) Test es CC

. Test es de alt a t ensão em gradient es escalonados.

. Test es de alt a t ensão de valor fixo.

. Test e de resist ência de isolam ent o.

. Det erm inação dos índices de polarização e absorção.

b) Test es com CA

. Test es de alt a t ensão com frequência indust rial.

. Test e de ala t ensão com t ransform ador ressonant e.

. Test es de alt a t ensão com baixa frequência ( 0,1 Hz) .

. Test es das perdas dielét ricas e fat or de pot ência.

. Test es de descargas por corona ( valor m édio e de pico) .

. Test es de im pulso com alt a frequência.

9 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Técnicas m odernas de elet rônica e de soft w are est ão sendo aplicadas no esforço de det ect ar pequenos sinais na presença de ruído. Tam bém est á em
est udo o desenvolvim ent o de geradores com pact os e leves que gerem ondas senoidais am ort ecidas em form a exponencial. Dest a m aneira serão
conseguidos sinais de alt a t ensão e baixa frequência com font es de t am anho e peso relat ivam ent e reduzidos. Out ro problem a em est udo se refere à
det erm inação da vida rem anescent e de isolação. Est udos para responder a est as pergunt as est ão sendo desenvolvidos por m eio de sist em as int eligent es
que analisam os parâm et ros fornecidos por t est es na isolação.

2 .2 TESTES COM CORREN TE CON TÍ N UA

O circuit o dielét rico equivalent e de um equipam ent o elét rico, form ado pelos condut ores dos enrolam ent os, m at erial isolant e e a est rut ura de ferro, pode ser
considerado, para nosso obj et ivo, um condensador de placas paralelas.

Ao aplicar ao enrolam ent o de um a m áquina um a t ensão CC, Figura 2 .1 ( a) , podem os observar a circulação de um a corrent e elét rica, it , de caract eríst icas
t ransit órias. Est udos a respeit o t êm dem onst rado que est a corrent e é form ada por t rês com ponent es básicos: a) corrent e capacit iva ic; b) corrent e de
absorção ia; e c) corrent e iônica ou de condução ii.

Figura 2.1 - a) Test e de um dielét rico com CC.

10 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Figura 2.1 - b) Corrent e capacit iva;

Figura 2.1 - c) Corrent e de absorção;

11 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Figura 2.1 - d) Corrent e de condução.

Dest a form a t em os:

2 .2 .1 Corre n t e ca pa cit iva

A corrent e capacit iva é originada pelo efeit o capacit ivo form ado pelos condut ores, m at erial isolant e e est rut ura m et álica da m áquina. Est a corrent e est á
expressa pela equação:

Onde E é a t ensão da font e a circuit o abert o em volt s; R, a resist ência ôhm ica do circuit o incluindo a int erna da font e em ohm s; C, a capacit ância do
equipam ent o em Farads; t , a variável t em po, em segundos; " e" , a base dos logarit m os neperianos. A capacidade, C, depende das caract eríst icas do
equipam ent o, t am anho e form a da carcaça, espessura do m at erial isolant e e da const ant e dielét rica.

12 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Na prát ica a const ant e de t em po, RC, é norm alm ent e m uit o pequena, de form a que a corrent e capacit iva desaparece rapidam ent e na m aior part e das
vezes, e não é considerada. Não obst ant e podem ocorrer casos nos quais a capacidade sej a t ão grande e o t em po de carga t ão elevado que a corrent e
venha influir no result ado do t est e. O t em po necessário para carregar capacit ivam ent e o equipam ent o pode ser det erm inado pela fórm ula:

Sendo Ln o Logarit m o neperiano.

2 .2 .2 Corre n t e de a bsorçã o

Est a corrent e é devida à polarização das m oléculas do dielét rico. As m oléculas são elet ricam ent e neut ras em seu conj unt o, ou sej a, são form adas por um
núm ero igual de cargas posit ivas e negat ivas. Se os cent ros da carga posit iva e negat iva coincidirem num m esm o pont o, diz- se que as m oléculas são
polares ou dipolos perm anent es. Se, pelo cont rário, os cent ros de cargas coincidem , diz- se que as m oléculas são não polares.

Um dipolo const a de duas cargas iguais, um a posit iva e out ra negat iva, sit uadas a cert a dist ância; o dipolo se define quant it at ivam ent e m ediant e o seu
m om ent o dipolar, ist o é, m ediant e o produt o de um a das cargas pela dist ancia ent re os cent ros de carga de cada um a. Est e núm ero m ede a t enência dos
dipolos a se orient arem quando subm et idos à ação de um cam po elét rico. As m oléculas não polares, quando subm et idas à ação de um cam po elét rico,
m odificam sua est rut ura at ôm ica, de form a que as cargas posit ivas se deslocam no sent ido do cam po, e as negat ivas em sent ido opost o, form ando os
dipolos t em porários. Cessando a ação do cam po, volt am im ediat am ent e para a posição que a m ant inha pressionada. Em geral as m oléculas polares cont êm
um a const ant e dielét rica alt a ( água 81) , se com parada às m oléculas não polares ( m ica 3 a 6) . Nos dielét ricos indust riais um a das polarizações
predom inant es é form ada nas int erfaces de m at erias het erogêneos, principalm ent e se a resist ência m ecânica for m uit o diferent e e exist ir grande acúm ulo
de suj eira.

O processo de polarização é relat ivam en t e lent o; as m oléculas não polares se orien t am m ais rapidam ent e do que as m oléculas polares, j á que, para form ar
dipolos orient ados, necessit am de um deslocam ent o elet rônico m uit o m enor. O t em po necessário para a polarização de t odas as m oléculas depende
fundam ent alm ent e das caract eríst icas do dielét rico, ou sej a, da quant idade e t endência à polarização das m oléculas polares exist ent es no m esm o. Na
prat ica, o t em po necessário para considerar um isolant e polarizado ( um m ot or, por exem plo, em condições norm ais de funcionam ent o) é de dez m inut os.

A energia aplicada ao dielét rico se t ransform a um a part e em calor, devido à fricção int erm olecular no acom odam ent o dos dipolos; out ra part e é absorvida
pelo dielét rico e arm azenada no m esm o, em função do alinham ent o dos dipolos; est a energia se m anifest a na t ensão rem anescent e ent re as placas do
capacit or após desligada da font e de t ensão. Por razões de segurança, t ant o das pessoas com o do equipam ent o, est a energia deverá ser descarregada
im ediat am ent e após o t est e, curt o- circuit ando os enrolam ent os cont ra o núcleo, por um t em po nunca inferior a quat ro vezes o t em po que a t ensão
perm aneceu aplicada.

A corrent e de absorção pode ser expressa pela fórm ula abaixo:

13 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Se a const ant e de t em po é pequena, a corrent e capacit iva será desprezível depois de alguns segundos, por out ro lado, se a corrent e de condução for m uit o
pequena, a corrent e lida no m icroam perím et ro poderá ser confundida com a corrent e de absorção. Se a corrent e de condução não for desprezível, com o
ocorre na m aioria dos casos, est a pode ser est im ada com o aquela corrent e que circularia pelo m icroam perim et ro depois que o dielét rico fosse t ot alm ent e
carregado, ou sej a, quando as corrent es capacit iva e de absorção forem t ão pequenas que a corrent e no m icroam perim et ro perm aneça prat icam ent e
const ant e, o que norm alm ent e ocorre depois de 8 a 10 m in de aplicada a t ensão. A corrent e de condução pode t am bém ser calculada pela seguint e
equação:

Onde i1, i3,16 e i10 são as corrent es lidas no m icroam perím et ro para os t em pos de 1, ( 3,16) e 10 unidades de t em po respect ivam ent e; se a unidade de
t em po escolhida é 1 m inut o, os t em pos seriam 1, ( 3,16) e 10 m inut os respect ivam ent e. Um a vez calculada a corrent e ii, conform e a fórm ula acim a, a
corrent e de absorção ia, será calculada subt raindo, da corrent e lida no m icroam perim et ro, a corrent e de condução ii.

Trançando sobre um gráfico de coordenadas de t em po- corrent e, em escala logarít m ica, os valores de corrent e obt idos para os t em pos 1, ( 3,16) e 10
unidades de t em po, result ará um a linha ret a.

A const ant e n pode ser calculada pela fórm ula:

O valor de n varia ent re zero e um , e define a t axa de absorção do dielét rico e suas im purezas para cada caso em part icular. Um a vez que a corrent e de
absorção é um a função exponencial, n definirá a inclinação da ret a.

2 .2 .3 Corre n t e de con du çã o

14 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

A corrent e de condução represent a a verdadeira corrent e de fuga que define a resist ência de isolam ent o do dielét rico. Est a corrent e t e dois com ponent es
básicos: a) com ponent e superficial, que flui sobre a superfície do dielét rico; e b) com ponent e volum ét rica, que flui at ravés da espessura do isolant e. A
corrent e superficial é devida a ionizações form adas por dissoluções de um a infinidade de part ículas am bient ais deposit adas sobre a superfície do isolant e,
t ais com o: óleo, graxa, polvo de carvão de escovas e out ros m at eriais oriundos do processo de fabricação. Est a corrent e poderá fornecer um a ideia das
condições reais da isolação, por est a razão deverá ser, sem pre que possível m edida à part e. A corrent e de condução volum ét rica é um a indicação da
concent ração iônica e m obilidade no m at erial. Est es íons são frequent em ent e originados pela dissolução de m at eriais elet rolít icos procedent es de
im purezas de fabricação e m ont agem , e por um idade absorvida d am bient e. A água é sum am ent e eficient e na redução da resist ência ôhm ica por
increm ent ar a concent ração iônica e m obilidade dos m at eriais, t ant o superficial com o volum et ricam ent e.

A corrent e de condução iiest á det erm inada pela lei de Ohm :

Onde Ri é a resist ência ôhm ica de isolam ent o, e E, a t ensão aplicada ao dielét rico.

Figura 2 .3 - Exem plo de um t est e de cc.

15 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Teoricam ent e a resist ência de isolam ent o deverá perm anecer const ant e para qualquer valor de t ensão da classe de t ensão do m esm o. Se isso acont ecer,
poderem os afirm ar que a isolação est á suport ando e que o dielét rico poderá ser dest ruído se a t ensão cont inuar aplicada.

2 .3 M ED I D AS D E I SOLAM EN TO, O M EGGER

A resist ência de isolam ent o pode ser det erm inada pela lei de Ohm , com o vim os na seção ant erior, aplicando um a t ensão de corrent e cont ínua e m edindo a
corrent e que circule pelo galvanôm et ro. A resist ência de isolam ent o é expressa em m egaohm s ( 106 ohm s) em função dos grandes valores m anipulados.

Um dos prim eiros inst rum ent os proj et ados exclusivam ent e para as m edidas de isolam ent o foi o " m egger" , m arca regist rada da Jam es Bidle.

O m egger foi int roduzido na I nglat erra no ano de 1904 e na Am érica em 1910; ao longo dos anos foi honrado com o um dos inst rum ent os m ais eficien t es
nos t est es de avaliação do isolam ent o dos equipam ent os elét ricos. O " m egger" acom panhou o desen volvim ent o indust rial de form a que, à m edida que os
equipam ent os elét ricos aum ent avam de pot encia e t ensão, eram int roduzidos novos inst rum ent os, com t ensões e escalas m aiores, dest a m aneira
encont ram - se, hoj e em dia, inst rum ent os com escalas que chegam a 500.000 MW e 100.000V, em com paração com os fabricados originalm ent e de 500
MW e 500 V.

A im port ância at ual do " m egger" , com o inst rum ent o de avaliação da isolação, baseia- se em um a com preensão m elhor dos fenôm enos de polarização dos
dielét ricos e no aperfeiçoam ent o das t écnicas de t est e com corrent e cont ínua.

2 .3 .1 Prin cípio de fu n cion a m e n t o

O " m egger" é fundam ent alm ent e um ohm ím et ro de ím ã perm anent e e bobinas cruzadas, de form a que as leit uras são precisas e independent es da t ensão
de alim ent ação. Figura 2 .4 . O ohm ím et ro consist e, em essência, de duas bobinas m ont adas sobre um m esm o sist em a m óbil, j unt am ent e com o pont eiro,
livre para rodas n um cam po m agnét ico perm anent e. O sist em a é fixado em um a m ola e gira sobre um m ancal de rubi. A bobina deflect ora A é conect ada
em série com a resist ência de am ort ecim ent o R' e a resist ência de t est e, conect ada aos t erm inais " line" e " Eart h" . A bobina B est á ligada em série com a
resist ência de cont role R. As boinas A e B est ão m ont adas no sist em a m óbil com det erm inado ângulo ent re elas e conect adas de t al form a que produzam
t orques em sent idos opost os. O pont eiro, não obst ant e, se deslocará em um sent ido t al que os dois t orques fiquem em equilíbrio.

16 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Figura 2.4 - Princípio de funcionam ent o do m egger: A, bobina principal; B, bobina de ret enção; R, R' resist ências de am ort ecim ent o.

Quando a isolação em t est e for perfeit a, ou não for colocada nenhum a resist ência ent re os t erm inais " line" e " Eart h" , não circulará corrent e pela bobina A. A
bobina B, no ent ant o, receberá corrent e e t enderá a ocupar um a posição perpendicular aos polos, indicando sobre a escala a leit ura de " inf" ( infinit o) .
Quando um a resist ência de valor infinit o for conect ada nos t erm inais " line" e " Eart h" , circulará um a corrent e pela bobina deflect ora A, que produzirá um
t orque de sent ido cont rário da bobina B, de form a que a est rut ura girará at é os dois t orques se igualarem . A bobina B at ua, pois, com o um a m ola de
ret enção.

A bobina de cont role é dividida em duas part es, form ando um sist em a inst ável. A part e principal B desenvolve um t orque proporcional ao cam po do ím ã
perm anent e. A out ra part e B' é m ont ada fora do cam po do ím ã perm anent e, e conect ada em série com a principal B, m as conect ada em oposição, de form a
que os cam pos m agnét icos ext ernos t enham os seus efeit os neut ralizados m ut ualm ent e. Em out ras palavras, qualquer cam po ext erno que t enda a deslocar
a est rut ura da posição de infinit o produzirá t orques idênt icos e de sent idos cont rários; o inst rum ent o é im une a esse t ipo de erro.

Se os t erm inais " line" e " Eart h" forem curt o- circuit ados, o pont eiro sim plesm ent e se deslocará para a posição zero da escala. A resist ência am ort ecedora R'
oferece prot eção cont ra corrent es excessivas na bobina A. Ret irando o curt o- circuit o, o pont eiro se deslocará para a posição de " inf" na escala.

Em " m eggers" m anuais a precisão do inst rum ent o não é afet ada por variações de velocidade da m anivela, nem pela perda parcial do m agnet ism o do ím ã
perm anent e, um a vez que as duas bobinas são at ingidas pelo m esm o efeit o.

A Figura 2 .4 m ost ra a form a com o o t erm inal de linha é guardado por um anel m et álico para prevenir- se cont ra erros devidos às corrent es de fuga nos
out ros t erm inais; est a corrent e é derivada e levada para a font e sem passar pela bobina deflect ora Figura 2.5.

17 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Figura 2.5 - Vist a ext erna de um m egger m anual.

2 .3 .2 V e rifica çã o da ca libra çã o

O procedim ent o expost o é geral e deverá ser validado para a m aior part e dos t ipos de inst rum ent os disponíveis n o m ercado:

a) Medir a resist ência ôhm ica da bobina A, com um a pont e de Wheat st one ent re os t erm inais " line" e " Eart h" ;

b) Selecionar um a década, ou reost at o, com um valor de resist ência nunca inferior a 10% do valor da resist ência encont rada no it em a;

c) Conect ar aos t erm inais " line" e " Eart h" um a década de 100MW, com isolam ent o m ínim o igual ou superior à t ensão do " m egger" ;

d) Selecionar a escala de t ensão do m egger que se desej a calibrar. At ende para não aplicar na década um a t ensão superior à classe de isolam ent o da
m esm a;

e) Energizar o m egger e regist rar o valor da leit ura na ficha de calibração;

f) Conect ar o reost at o, ou década do it em b, nos t erm inais " line" e " guard" ;

g) Regular a década conect ada nos t erm inais " line" e " Eart h" para 1 MW;

h) Energizar o m egger e aj ust ar o reost at o para que o pont eiro indique a leit ura encont rada para 10 MW. Mant endo o reost at o nest a posição, o pont eiro
indicará sem pre a resist ência conect ada aos t erm inais " line" e " Eart h" m ult iplicada por 10. A resist ência est á expressa pela seguint e fórm ula:

18 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Onde Rm é a resist ência indicada pelo inst rum ent o; Rx, a resist ência conect ada aos t erm inais " line" e " Eart h" ; Ra, a resist ência m edida da bobina B; Ry, a
resist ência aj ust ada no reost at o.

i) I ncrem ent ar sucessivam ent e a resist ência da década de 1 MW para 100 MW. O valor m áxim o da escala que poderá ser aj ust ado será 100 x 100 = 10000
MW;

j ) Repet ir o procedim ent o para t odas as escalas do m egger.

2 .3 .3 Pre pa ra t ivos pa ra o t e st e

a) Transport ar o equipam ent o para o local do t est e na posição horizont al e em base elást ica, para evit ar vibrações e golpes;

b) Colocar o inst rum ent o ao lado do equipam ent o em t est e, sobre base firm e e horizont al. Nivele o inst rum ent o aj ust ando os parafusos da base, de form ai
que a bolha de água fique t ot alm ent e cent ralizada;

c) Conect ar os cabos aos t erm inais " line" , " Eart h" e " guard" do inst rum ent o; t om ar cuidado no m anuseio para não dobrar os cabos excessivam ent e nem
suj ar com graxa ou out ros produt os que possam est ragar a isolação dos m esm os; evit e rigorosam ent e pisar e colocar pesos em cim a dos cabos e do
inst rum ent o;

d) Aj ust e do infinit o, " inf" . - suspender os t erm inais dos cabos de form a a isolá- los ent re si; selecionar a t ensão de t est e e a escala inferior, ligar o m ot or
ou girar a m anivela m anualm ent e à velocidade norm al. Se o " m egger" est iver bem aj ust ado, o pont eiro se deslocará lent am ent e para a posição " inf" , caso
exist a algum desvio deverá ser aj ust ado. Verificar t odas as escalar em sent ido crescent e na t ensão que será realizado o t est e;

e) Cheque do zero - Depois de checar a posição de " inf" , e com a t ensão norm al de t est e, encost ar rapidam ent e os t erm inais " line" e " Eart h" e observar se
o pont eiro se desloca subit am ent e para a posição zero da escala; caso ist o não acont eça, verificar se os cabos est ão part idos ou m al conect ados;

f) Conect ar as garras dos cabos ao equipam ent o de acordo com o t est e correspondent e. Selecionar a t ensão de t est e adequada e a m enor escala do
inst rum ent o. Vá selecionando as escalas superiores de form a a obt er leit u ras o m ais precisas possível;

g) Tom ar as leit uras de isolam ent o nos t em pos respect ivos conform e o procedim ent o específico para cada t est e;

h) Desligar o m egger e colocar a chave de funções na posição de descarga, " discharge" , para descarregar as energias capacit iva e de absorção. O t em po
necessário para a descarga t ot al do dielét rico é est im ado em quat ro vezes superior ao t em po que est iver energizado, ou sej a, se o t est e durou 1 m inut o, o
t em po necessário para a descarga t ot al será de 4 m inut os. A descarga t am bém pose ser realizada com aj uda de um bast ão de descarga curt o- circuit ando

19 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

os t erm inais do inst rum ent o cont ra a carcaça, at ravés de um resist or para lim it ar o valor da corrent e.

Se não exist ir um m egger disponível, a resist ência de isolam ent o pode ser m edida com a aj uda do circuit o da Figura 2 .6 . Um volt ím et ro de CC de alt a
sensibilidade, 100 ohm s por volt s pelo m enos, é conect ado em série com o enrolam ent o da m aquina at ravés de um diodo.

Figura 2.6 - m edida da resist ência de isolam ent o de um a m áquina rot at iva, quando não se dispõe de um m egger.

A seguint e sequência é recom endada:

1) Selecionar a escala do volt ím et ro em 500 ou 600 V;

2) Com os cabos L1 e L2, desconect ados da m áquina, fechar a chave CH1; regular a t ensão no t ransform ados para o volt ím et ro indicar a t ensão de t est e
desej ada U1.

3) Conect ar o cabo L1 ao enrolam ent o da m áquina, curt o- circuit ando t odos os ext rem os do enrolam ent o; conect ar L2 à carcaça da m áquina;

4) Abrir a chave CH1; à m edida que o dielét rico se carrega, a t ensão no volt ím et ro cai decrescendo at é est abilizar, leia e regist re a t ensão U2 nos períodos
det erm inados.

A resist ência de isolam ent o é calculada pela fórm ula:

Onde Ri é a resist ência de isolam ent o da m áquina; Rv a resist ência int erna do volt ím et ro; U1, a t ensão no volt ím et ro com a chave CH1 fechada; U2, a
t ensão no volt ím et ro depois de um det erm inado período ( 1 m inut o ou dez m inut os) , com a chave CH2 abert a.

20 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

2 .4 FATORES QUE I N FUEN CI AM A RESI STEN CI A D E I SOLAM EN TO

Exist em alguns fat ores que podem influenciar a resist ência de isolam ent o de form a acent uada, e que deverão ser levados em cont a para um a corret a
int erpret ação dos t est es.

2 .4 .1 I n flu ê n cia do e st a do da su pe rfície

Mat eriais condut ores est ranhos, t ais com o polvo de carbono, quando deposit ados sobre a superfície dos isolant es e superfícies não isoladas, com o
conect ores, colet ores, et c., reduzem a resist ência de isolam ent o superficial. Por out ro lado m at eriais não condut ores podem fazer- se condut ores quando
m esclados com óleos e graxas. I st o alcança im port ância especial nas m aquinas de colet or, devido à grande quant idade de m at erial condut or expost o. Por
est a razão o dielét rico devera est ar perfeit am ent e lim po, ant es da realização dos t est es.

2 .4 .2 I n flu e n cia da u m ida de su pe rficia l

I ndiferent em ent e da lim peza, quando o dielét rico est iver a um a t em perat ura inferior à de orvalho, se form ara um film e de um idade condensada sobre a
superfície; est a será absorvida pelos m at eriais isolant es, devido à higroscopia dos m esm os. A condensação será m ais agressiva no caso em que os
m at eriais encont rem com a superfície suj a. Nest e caos a resist ência de isolam ent o será m uit o pequena.

2 .3 .3 I n flu ê n cia da t e m pe ra t u ra

A resist ência de isolam ent o varia ext raordinariam ent e com a t em perat ura. Nas m aquinas rot at ivas pode ser considerado que, a cada 5º C de elevação da
t em perat ura, a resist ência de isolam ent o se reduz à m et ade; por exem plo, se um m ot or a 20º C t em um a resist ência se isolam ent o de 50 a 25 MW,
respect ivam ent e.

Para poder com parar os valores e isolam ent o ao longo da vida út il dos equipam ent os é necessário que os result ados dos diferent es t est es sej am corrigidos
para o m esm o valor de t em perat ura. Exist em t abelas que fornecem est es índices de correção para os diferent es t ipos de equipam ent o.

21 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Figura 2 .7 - Verificação da resist ividade de um isolant e t ípico com a t em perat ura.

2 .4 .4 I n flu ê n cia do n íve l de t e n sã o

A m edida da resist ência de isolam ent os de m equipam ent o elét rico em condições sat isfat órias de funcionam ent o devera increm ent as em função do t em po,
um as vez que as corrent es capacit ivas de absorção são decrescent es, com o foi expost o em 2.2.1 e 2.2.2.

A resist ência de isolam ent o não é influenciada pelo nível de t ensão do t est e, quando a isolação est iver em boas condições, ent ret ant o, os t est es de
isolam ent o são norm alm ent e feit os com t ensões que variam de 500 a 5000 V. Ao longo do t est e serão sugeridos níveis de t ensão para cada equipam ent o
em part icular.

2 .5 Í N D I CES D E POLARI ZAÇÃO E ABSORÇÃO

A Figura 2 .8 represent a a clássica curva se secagem de um a m aquina rot at iva; o equipam ent o foi colocado num a est ufa a 25º C e regulada pela a
t em perat ura final perm anent e de 75º C; foram realizadas m edidas da resist ência de isolam ent o a cada 4 horas e as leit uras t om adas a 1 e 10 m inut os após
a aplicação de cada t ensão. Nas abscissas, foi colocado o t em po em horas que o equipam ent o perm aneceu na est ufa e nas ordenadas, as resist ências de
isolam ent o lidas com 1 e 10 m inut os.

Pode ser observado que, à m edida que a t em perat ura aum ent a de 25 para 75º C, a resist ência de isolam ent o decresce ( paragrafo 2.4.3) ; por out ro lado, à
m edida que a um idade é expelida, a resist ência de isolam ent o aum ent a; ao cabo de 100 horas de est ufa, aproxim adam ent e, a resist ência de isolam ent o
parou de crescer e perm aneceu const ant e, o que significa que o equipam ent o j á est ava seco.

Define- se o índice de polarização de um equipam ent o elét rico com o a razão das resist ências de isolam ent o lidas com 10 m inut os a 1 m inut o. Define- se o

22 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

índice de absorção com o a razão das leit uras de isolam ent o lidas com 1 m inut o e 30 segundos.

Figura 2 .8 - Curva clássica de secagem do enrolam ent o de u m a m áqu ina.

Se fossem calculados os índices de polarização ao longo do período de secagem , poderíam os verificar que, durant e as prim eiras horas, o índice de
polarização dim in ui chegando a um valor crít ico aproxim adam ent e 20 horas depois de com eçar a secagem ; ist o pode ser explicado com o consequência da
dilat ação das m oléculas de agua e do aum ent o, devido à t em perat ura, de sua capacidade de dissolução de im purezas e form ação de íons. Por out ro lado, à
m edida que o grau de secagem aum ent a, os índices de polarização e absorção t am bém aum ent am ; pode observar- se qu e o índice de polarização alcança
seu valor m áxim o quando a m aquina est á t ot alm ent e seca. I st o convert e o índice de polarização em um eficient e m ét odo para a avaliação do grau de
um idade dos equipam ent os elét ricos. Tabela 1 4 .8 .

Tabela 1 4 .8

2 .6 TESTE D E I SOLAM EN TO COM ALTA TEN SÃO CC

Os t est es com alt a t ensão CA são considerados norm alm ent e dest rut ivos e são aplicados de form a sist em át ica em processos de fabricação, bom com o por
exigências cont rat uais ou pelo cont role de qualidade da própria em presa. Est es ensaios são aplicados na m aioria dos casos para garant ir que um
det erm inado isolant e suport e, por um t em po definido, um nível de t ensão det erm inado. Em função disso, os t est es de alt a t ensão são considerados t est es
de " passa não passa" . Não obst ant e, em ensaios com CC, é possível para um operador, com algum a experiência, prevenir um a falt a, na m aior part e dos

23 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

casos, ant es que ela acont eça. Por est a razão, os ensaios com CC são am plam ent e ut ilizados em m anut enção.

A Figura 2 .9 represent a, de form a sucint a, o diagram a de um equipam ent o para t est es de alt a t ensão CC. O equipam ent o est á conect ado ao t erm inal de
um cabo de alt a t ensão; a corrent e de fuga at ravés da superfície da porcelana é levada por m eio de um dos cabos paralelos diret am ent e ao t erm inal do
t ransform ador sem passar pelo m edidor.

24 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

25 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Figura 2 .9 - Diagram a sim plificado de um inst rum ent o de t est e com CC.

Um dos m ét odos de t est e m ais ut ilizado consist e na aplicação da t ensão de form a escalonada progressiva. I st o t em com o obj et ivo det erm inar a corrent e de
fuga em função do t em po, para cada um dos diferent es níveis de t ensão. Em um isolant e lim po, seco e livre de bolhas de ar, a corrent e iônica cresce
linearm ent e com a t ensão de acordo com a lei de ohm . A corrent e de absorção é calculada pelo principio de superposição e est á expressa pela fórm ula:

Onde iaé a corrent e de absorção em am peres; Ek é a t ensão de cada degrau m e volt s; C a capacit ância do sist em a em Farads; D o fat or de
proporcionalidade; k o degrau de t ensão considerado; t o t em po de duração de um ensaio em m inut os; N o int ervalo de t em po ent re cada degrau de
t ensão, na t axa de absorção com o definido em 2.2.2.

2 .7 M ED I D AS D AS PERD AS D I ELÉTRI CAS

A t ensão alt ernada subm et e as m oléculas do dielét rico a um a serie de esforços e deslocam ent os proporcionais à frequência. Com o os m at eriais não são
perfeit am ent e elást icos, devido à viscosidade ou fricção int erm olecular, a energia aplicada ao dielét rico na expansão não corresponde à devolvida na
com pressão; a diferença dessa energia é t ransform ada em calor e const it ui o que é cham ado, por sim ilaridade com o m agnet ism o, hist erese dielét rica ou
perdas dielét ricas.

Além das perdas por hist erese, exist em as perdas por j oule devido às corrent es de condução, m edidas nos t est es de CC; est as perdas não se com et e
grande erro ao considerar as perdas por hist erese coo perdas dielét ricas t ot ais. Est as perdas podem ser m at em at icam ent e pela fórm ula:

Onde Kc é um a const ant e t ípica do m at erial ( perdas específicas em W/ cm ³ por período e por kV/ m m d e cam po elét rico) ; f é a frequência em Hz; e E, o
cam po elét rico m édio do dielét rico em kV/ m m .

Um dielét rico pode ser represent ado, para efeit os de calculo, por um capacit or ideal em paralelo com um a resist ência de valor t al que V² / R represent e as
perdas no dielét rico. Com o um capacit or ideal não t em perdas, a const ant e Kc apresent a um ót im o índice para a m edida da qualidade dos m at eriais
isolant es. Não obst ant e, na prát ica result a m ais int eressant e à m edida da t gd conform e m ost rado na figura 2 .1 1 , j á que essa não depende do volum e do
dielét rico em t est e.

26 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Nos t est es prát icos de cam po o ângulo d result a m uit o pequeno, de form a que t gd = send

O t gd represent a o fat or de pot ência do dielét rico.

O fat or de pot ência é m uit o sensível a variações de um idade no dielét rico, o que pode ser explicado pelo alt o fat or de pot ência da agua, com parado com
out ros m at eriais ( t abela 2 .1 ) . I st o convert e a m edia do fat or de pot encia num ót im o índice para avaliar as condições dos dielét ricos, no que respeit a a
presença de m at eriais est ranhos, t ais com o agua, pó, graxa, et c.

Figura 2 .1 1 - Diagram a fasorial das perdas dielét ricas

Tabela 2 .1

27 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

A t em perat ura influencia consideravelm ent e as caract eríst icas dielét ricas dos isolant es. A Figura 2 .1 2 m ost ra a variação das perdas dielét ricas e const ant e
dielét rica em função da t em perat ura e da frequência, para os polím eros polar e não polar. Os polím eros polares apresent am regiões de t em perat ura crit ica
na qual as perdas e const ant e dielét rica se elevam de form a brusca.

Para poder com parar o valor do fat or de pot encia nos diferent es t est es ao longo da vida út il dos equipam ent os, e dest a form a det ect ar alt erações no
dielét rico, é necessário que os m esm os sej am relat ivos a um a m esm a t em perat ura. Exist em t abelas de correção para referenciá- los a 20º C para os
equipam ent os m ais im port ant es. O crit ério que deverá ser aplicado para a det erm inação da t em perat ura será discut ido oport unam ent e na aplicação
especifica do t est e a cada t ipo do equipam ent o.

O gelo t em fat or de pot encia igual a 1, por est a razão os t eses de fat or de pot encia nunca deverão ser realizados abaixo da t em perat ura de congelam ent o
da água.

Um dos prim eiros inst rum ent os desenvolvidos para t est es de cam po de perdas dielét ricas apareceu em 1929, desenvolvido por Franck C. Doble. A Figura
2 .1 3 m ost ra o principio de funcionam ent o de um cam po m edidor de fat or de pot encia da em presa " Doble EngineeringCom pany" . A saída " A" serve para
aj ust e do inst rum ent o. Com o am plificador conect ado na posição B, a leit ura do m edidor dependera da t ensão nos t erm inais Rs, ou sej a, do produt o da
corrent e I que circula pelo dielét rico pelo valor da resist ência fixa Rs. A escala do inst rum ent o est á aj ust ada de t al form a que, quando a t ensão de t est e
aplicada ao dielét rico for de 2500 V, o pont eiro indicara diret am ent e o valor em m ilivolt am peres Figura 2 .1 4 .

Quando o am plificador for colocado na posição C, a t ensão m edida será um a result ant e das t ensões em Rs e Ra; com respeit o ao am plificador, as t ensões
est ão em oposição. É possível obt er- se um balanceam ent o parcial aj ust ando o resist or Ra, de form a a obt er um a leit ura m ínim a. Um com plet o
balanceam ent o só seria possível se a qualidade do dielét rico fosse equivalent e à do inst rum ent o ( condensador de ar) ; de acordo com o diagram a vet orial a
t ensão Vc é:

28 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Com a t ensão de t est e aj ust ada em 2500 V o inst rum ent o indica diret am ent e as perdas em m W.

O inst rum ent o dispõe ainda de um a chave com ut adora que perm it e colocar o m edidor em t rês posições: " ground" ( t erra) , " guard" ( guarda) e
" UST" ( equipam ent o não at errado) . Figura 2 .1 4

A Figura 2 .1 5 m ost ra, de form a sucint a, a ligação do m edidor concernent e aos cabos Hv ( alt a t ensão) e Lv ( baixa t ensão) ; o circuit oem t est e represent a o
dielét rico de um t ransform ador de dois bobinados. Na posição b) m ede as perdas dielét ricas na isolação do bobinado prim ário cont ra t erra e cont ra
bobinado secundário; na posição c) as perdas na isolação do bobinado prim ário cont ra t erra; e na posição d) as perdas na isolação ent re o bobinado
prim ário e o bobinado secundário. A diferença ent re as perdas obt idas nos t est es a) e b) deverão ser iguais às perdas em c) .

29 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Figura 2 .1 2 - Variações t ípicas de um dielét rico em função da t em perat ura e da frequência.

30 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Figura 2 .1 3 - Diagram a de blocos do m edidor de fat or de pot ência da " Doble EngineeringCom pany t ipo MEU - 2500 V" .

31 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

32 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Figura 2 .1 4 - Vist a front al do m edidor de fat or de pot ência da doble t ipo MEU - 2500 V.

Figura 2 .1 5 - Diagram a de ligações da chave de m odos do equipam ent o MEU - 2500 da Doble. a) circuit o elét rico de um TF de dois enrolam ent os; b)
( ground) m edida das perdas em CH+ CHB; c) ( guard) m edida das perdas CH; d) ( UST) Medida das perdas CHB.

33 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

2 .8 TESTES D E I M PULSO COM ALTA FREQUÊN CI A

Um a das dificuldades encont radas nas m edidas de isolam ent o ent re espiras nas bobinas das m áquinas rot at ivas é, sem duvida, o nível de corrent e à
frequência indust rial, necessário para induzir a t ensão requerida, devido à relut ância elevada do circuit o m agnét ico. Com o rot or no lugar, a corrent e
necessária para induzir apenas a t ensão nom inal ent re espiras é, logicam ent e, a corrent e absorvida na part ida da m aquina, elevadíssim a para efeit os de
t est es de isolam ent o. Sem o rot or no lugar, a corrent e alcançaria valores im previsíveis.

Figura 2 .1 6 - Diagram a sim plificado de um inst rum ent o de im plausos de alt a frequência ( Modelo 6925C da Elet rônica I NC) .

A Figura 2 .1 6 m ost ra o diagram a sim plificado de um equipam ent o proj et ado pela firm a Elet rônica para t est es de isolam ent o ent re espiras do bobinado de
m áquinas rot at ivas. O t ransform ador T1 eleva gradat ivam ent e a t ensão de t est e para o valor desej ado. Os capacit ores C3 e C4 se carregam com a t ensão
de pico T1, at ravés dos diodos D1 e D2 e as bobinas em t est e L1 e L2. O circuit o é sincronizado de form a que o sem iciclo negat ivo de CA acione ST1 e
descarregue o capacit or C3 at ravés de L1,e C4 at ravés de L2. Durant e a fase de descarga cada capacit ância ent ra em ressonância com sua respect iva
bobina de carga e produz um a corrent e CA que será det ect ada pelos sensores de corrent e T6 e T7. A condição de ressonância é fornecida pelo m odulo
ressonador de im pulsos PR1. A bobina L1 é ident ificada com o de referencia e a bobina L2, com o de t est e. Supondo as bobinasL1 e L2 sej am iguais com o C3
é igual a C4, as corrent es em ressonância produzidas por C3 - L1 e C4 - L4 deverão ser idênt icas.

As form as de onda das corrent es ressonant es, capt adas pelos sensores T6 e T7, são m ost radas em um osciloscópio. Se o isolant e da bobina em t est e for
diferent e ou apresent ar qualquer problem a durant e o t est e, as corrent es ressonant es em C4 - L4 serão diferent es das corrent es de C3 - L1. Quando isso
acont ecer, serão observadas no osciloscópio duas ondas de corrent e diferent es, Figura 2 .1 8 . O operador im ediat am ent e reconhece que a bobina em t est e
est á com problem as.

34 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Figura 2 .1 7 - Exem plos de conexões de t est es: a) t est e do enrolam ent o de um m ot or t rifásico com dois grupos de bobinados em paralelo. b) t est e do
induzido de um a m áquina de corrent e cont ínua.

35 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Figura 2 .1 8 - Exem plos de t ipos de ondas que poderão aparecer na pant alha do osciloscópio e seus respect ivos diagnóst icos.

2 .9 TESTES D E ALTA TEN SÃO CA

Est es t est es são definidos por norm as, com o det erm inant es da garant ia de que um det erm inado equipam ent o suport ou um a det erm inada t ensão e
consequent em ent e se encont ra livre de defeit os de fabricação. São definidos com o t est es de " passa- não- passa" . O nível de t ensão norm alm ent e é o dobro
da nom inal. A t ensão é elevada gradat ivam ent e desde zero at é o valor especificado de um a form a suave e cont ínua, em um t em po não superior a 10
segundos e se m ant erá aplicada por 1 m inut o. A t ensão será induzida t am bém de form a suave e cont ínua para não induzir sobre t ensões.

2 .1 0 TESTES D E ALTA TEN SÃO CA V ERSUS TESTES CC

Apesar de os t est es de CA serem definidos por norm as para t est es de equipam ent os novos, em m anut enção são preferidos os t est es com CC, por que:

1. I ndicam as condições da isolação m elhor que os de CA.

2. São cont roláveis, ou sej a, ant ecipam a probabilidade de falhas ant es que acont eçam , ao cont rário dos t est es com CA.

3. A font e de t ensão é relat ivam ent e leve e pode ser facilm ent e t ransport ada, em com paração com os de CA, que são grandes e pesadas. Est e problem a
est á sendo resolvido com a ut ilização de t ransform adores ressonant es e t am bém com a aplicação de t est es de baixa frequência ( 0,1 Hz) .

36 de 37 28/10/2015 20:09
Manutenção e Comissionamento de Sistemas Elétricos http://www.engenheirosassociados.com.br/manutencao.php

Pesa sobre os t est es com CC a rest rição de que, em equipam ent os isolados com diferent es m at eriais superpost os, t ais com o as últ im as volt as de fibra de
vidro sobre as cam adas de m ica nas m aquinas rot at ivas, a relação dos cam pos elét ricos em cada m at erial é diret am ent e proporcional a suas respect ivas
resist ividades; ent ret ant o, nos t est es com CA, o cam po elét rico é cont rolado pela const ant e dielét rica:

Tam bém t em sido observada que em cabos com início de det erioração devido à penet ração de água, a aplicação de t ensão CC t em se m ost rado um
acelerador de ram ificações devido à at ividade de descargas por corona.

Top o

37 de 37 28/10/2015 20:09

Você também pode gostar