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SÉRIE INCUBUS 01 – ARMADILHA

Disponibilização: Mimi
Revisão Inicial: Vivi
Revisão Final: Angéllica
Gênero: Homo / Sobrenatural
Kit é um incubus: o primeiro homem a fazer sexo com ele o reivindicará (e sua

mágica) para sempre. Kit conseguiu evitar ser tomado como um prêmio, até que um erro

o faz ser capturado por Sebastian, um feiticeiro cruel. Sebastian oferece-lhe um

acordo. Se Kit puder resistir a sua sedução por três dias, Kit estará livre. Kit acha que

vai ser fácil... mas Sebastian tem a intenção de lhe mostrar que alguns apetites não

podem ser negados.

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COMENTÁRIOS DA REVISÃO

VIVI

Uau! Que começo de série! Para mim o livrou começou com o pé direito, Kit é

teimoso e obstinado mesmo enquanto deseja tanto Sebastian, e Sebastian extremamente

sedutor e dominador apenas na medida certa para Kit, e os dois juntos? Que calor! Isso

porque eles mal começaram! Estou muito ansiosa para ver a continuação e descobrir

quanto tempo demora até Kit pedir.

ANGÉLLICA

Está série promete! Preparem o kit de resfriamento rápido, por que este primeiro é

um gostinho do que vem por ai.

A autora, como sempre, te coloca no seu dedinho e te faz fantasiar.

Vamos nos preparar para sua viagem!!

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Eles trouxeram o prisioneiro ao pôr do sol.

Eles entraram em grupo no Summerhall, seus passos ecoando contra o piso. Uma luz

fraca atravessando as janelas e projetando sombras à frente. Sebastian esperava por eles com

a perna encostada sobre o braço da cadeira e um sorriso preguiçoso, a haste de uma taça

entre os dedos, com uma última gota de vinho tinto no fundo.

Os aldeões pararam a alguns metros de sua cadeira, sem se atrever a chegar muito

perto. Eles estavam em torno de seu prisioneiro como guardas, ele estava encapuzado, os

pulsos amarrados. Ele olhou para Sebastian, com o rosto sombrio sob o capuz, com uma boca

desafiadora e queixo pontudo suficiente para cortar.

Todas as aldeias aos arredores de Sleepy English viviam com medo do feiticeiro de

Summerhall. Sebastian gostava da mansão antiga em ruínas e suas ricas terras verdes; ele fez

questão de conviver amigavelmente com os moradores. Traziam-lhes presentes e ele se

absteve de colocar fogo em qualquer coisa. Simples.

Até agora eles sempre trouxeram bugigangas. Não pessoas.

"Vocês me trouxeram um presente?" Sebastian correu os olhos de cima a baixo do

prisioneiro. Aquelas mãos amarradas eram adoráveis, longas e pálidas. Elas ficariam bem nas

algemas da cabeceira de sua cama. "Quanta consideração."

O homem na frente pigarreou. "Meu senhor." Sebastian abriu a mão, dando-lhe

permissão para falar. "Me chamo Carter. Eu vivo do outro lado do rio, em uma das fazendas

vizinhas. Encontrei-o se escondendo no meu celeiro. Pensei que você poderia gostar dele."

"Ele é bonito, mas imagino que pertença a alguém." Sebastian ficava confortável,

mantendo os moradores em um estado de medo moderado, não de completo ódio. Ele não

tinha nenhum desejo de começar a sequestrar estranhos na rua, o que só iria provocar um

confronto.

"Oh, ele não é um local. Ele nem é humano."

Eles tiraram o capuz. E Sebastian ficou olhando.

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O capuz caiu para revelar o cabelo de um cobre marcante, a sombra de uma folha de

outono. O preso tinha aproximadamente vinte anos, de construção leve, o rosto fino a ponto

de ser delicado, suas maçãs do rosto desenhadas. Seus olhos um verde brilhante. De tirar o

fôlego. E ele era claramente não humano.

A garganta de Sebastian ficou seca. Seus dedos cavados nos braços de sua cadeira. Ele

sabia exatamente para o que estava olhando.

Um incubus. Um demônio de um plano mais escuro, convocado por rituais, preso a um

corpo humano. O ritual seria completado ao fazer sexo com ele, que o escravizaria para

sempre. O feiticeiro que alegasse seu corpo iria dominar sua alma e levar sua magia. Um

incubus poderia ser ensinado a obedecer em todos os sentidos, na cama e fora. Mesmo

pensar sobre isso o deixou duro.

E este era realmente espetacular. Jovem e belíssimo, com um olhar hostil que só fez

Sebastian querer fodê-lo ainda mais.

Não admirava que mantivessem o prisioneiro com capuz. Qualquer pessoa que

percebesse o que ele era, o levaria como um escravo.

"Que presente extraordinário.” Disse Sebastian em sua voz suave. "Vocês serão

recompensados por isso. Deixe-nos."

Eles os deixaram, com muitos olhares para trás. Ele suspeitou que nem todo mundo

estava totalmente empolgado com a ideia de sequestrar um estranho, humano ou não. Ou

talvez, eles simplesmente não quisessem que ele se tornasse mais poderoso.

Quando os ecos de seus passos se extinguiram, Sebastian se inclinou a frente,

cotovelos nos joelhos, admirando sua nova posse. Era uma visão que valia a pena apreciar. O

incubus tinha não mais que 1,74m, magro, apenas a altura certa para Sebastian puxar o

queixo acima e beijá-lo. Essa boca era uma tentação por si só, macia e pecaminosa. Cabelo cor

de cobre enrolado ligeiramente contra a testa e seu pescoço. Maçãs do rosto

destacadas. Queixo teimoso.

O incubus olhou para ele, a imagem da rebeldia. Mas não disse nada.

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"A quem você pertence?" Sebastian perguntou para ele. Já tinha decidido que o

incubus devia ser um fugitivo, fugindo de algum outro feiticeiro, embora Sebastian não

conseguisse descobrir como isso aconteceu. Qualquer um que tinha reivindicado tal prêmio,

deveria tê-lo protegido ferozmente. "Seu mestre está morto?"

O incubus manteve o silêncio, claramente sem vontade de cooperar. O franzir de sua

boca mostrava desprezo.

Sebastian tirou suas próprias conclusões a partir do silêncio. Seu sorriso se tornou

incrédulo conforme ele entendia. "Você está seriamente me dizendo que nunca teve um

mestre?"

Essa boca tentadora apertou. O incubus inalou. Ponto.

Esta era a melhor notícia possível. Sebastian seria o seu primeiro e único mestre,

ensinando-o a servir todos os seus anseios. Ele já os estava antecipando.

Sebastian ficou intrigado pela forma como tal prêmio havia escapado do

cativeiro. Além disso, ele se perguntava quanto tempo o incubus tinha sobrevivido

sozinho. Era bem conhecido entre os feiticeiros que eles tinham um desejo muito intenso de

servir e agradar seus senhores; precisavam de muita atenção, especialmente na cama. Ele

teria apostado que mesmo o incubus mais teimoso, não podia aguentar mais do que algumas

semanas sozinho. "Você já foi brinquedo de alguém? Um homem normal talvez, não um

feiticeiro?"

O incubus permaneceu friamente silencioso, mas Sebastian podia ver seu rosto

corar. Sebastian riu. "Ninguém? Nunca? Vamos lá, você deve estar recebendo-o de algum

lugar. Você realmente nunca foi fodido?" Silêncio. "Nunca até mesmo teve um dedo em

você?" Silêncio. "Ninguém nunca tocou em você? Como você conseguiu?"

"Muito bem." Disse o incubus com a voz glacial.

"Oh, você tem uma língua. E afiada." Sebastian estava sorrindo amplamente

agora. Este pequeno deleite doce nunca tinha sido provado. Incrível. "Você é o maior prêmio

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não reclamado no mundo dos feiticeiros. Qualquer um iria matar por você. E você tropeça

diretamente em minha cama. Eu não posso esperar para te foder."

"Experimente." Disse o incubus. "Eu vou cortar sua garganta em seu sono."

"Eu já gosto de você." Sebastian sempre gostou de um desafio, era por isso que ele

preferia a companhia dos outros feiticeiros, que tinham menos medo dele.

"Faça." O incubus manteve seu queixo para cima, a voz fria. "Faça logo e acabe com

isso." Terminar o ritual e prendê-lo para sempre.

"Impaciente, não? Tudo em seu tempo. Qual o seu nome?"

"Chame-me como você quiser."

Sebastian desceu da cadeira e tomou o incubus casualmente pela garganta, não

apertando, apenas forçando seu queixo para cima, de modo que os olhos verdes vívidos

encontrassem os seus. O incubus se encolheu, mas com as mãos atadas não havia sentido em

resistir. "Eu perguntei seu nome."

O incubus engoliu contra seus dedos. "Kit."

"Ah, como um gatinho."

"Não me chame assim."

Sebastian arrastou seu olhar faminto de cima a baixo no incubus, pensando no

assunto. Talvez o passo mais sábio fosse reclamá-lo agora. Isso seria mais seguro; Kit então

seria forçado a fazer a sua vontade, o ritual que o prendia em seu corpo humano iria exigir

sua obediência. Mas Sebastian tinha ouvido falar que incubus poderiam encontrar maneiras

de se tornarem mestres na crueldade. Kit já havia ameaçado cortar sua garganta durante o

sono; Sebastian não queria descobrir se isso era possível.

Seria melhor se ele pudesse seduzir Kit ‒ deliberadamente, impiedosamente ‒

trazendo Kit de boa vontade para sua cama. Ele suspeitava que Kit só tivesse sobrevivido

sozinho todo esse tempo, por causa de sua completa inexperiência. Se Kit fosse introduzido

para agradar a um mestre, ele iria ansiar isso intensamente. Sebastian suspeitava que o

incubus fosse ceder rapidamente.

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"Deixe-me lhe contar um segredo.” Sebastian murmurou em seu ouvido, desfrutando

o arrepio que percorreu Kit, quando seus olhos se fecharam. Sua garganta pálida parecia

deliciosamente vulnerável; Sebastian pensou em mordê-la. "Eu acho que você quer ser

dominado. Precisa disso. É por isso que vocês foram trazidos para este mundo, para esse

corpo. Você foi feito para servir. Então, eu vou propor-lhe um negócio..."

Kit cavou um buraco no feiticeiro, fervendo em silêncio, engarrafando sua fúria

impotente. Ele precisava matar este homem se quisesse escapar, foi um pensamento único

que lhe surgiu.

O toque do feiticeiro o fez estremecer, parte medo, parte outra coisa. Ele sabia, sem

dúvida que Sebastian teria reclamá-lo se não parasse. Foi o destino que Kit temia, desde que

ele havia matado o homem que o convocou ‒ um idiota que não havia desenhado um círculo

de invocação apropriado para selá-lo ‒ e deixou o local como um fugitivo. Ele já estava

esquecendo-se de onde veio o poder que costumava ser seu. Estava tudo lá dentro,

esperando um feiticeiro levá-lo.

Desde então ele tinha muito medo de ficar em qualquer lugar por muito

tempo. Qualquer um poderia reclamá-lo; sempre soube que isso iria acontecer um

dia. Agora, sua sorte tinha acabado. Era isso. Escravidão.

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‘Eu vou propor-lhe um negócio’, disse o feiticeiro. Sua presença estava fazendo o pulso de

Kit acelerar, sua respiração ficar ofegante. Medo... deve ser o medo. O homem era

intimidantemente grande, fortemente construído. Cabelos pretos. Olhos azul-gelo. Ele era

injustamente lindo, não que Kit notou ‒ Kit com muita determinação não estava

percebendo. E aquele sorriso antecipando estava fazendo Kit sentir-se como um rato com um

gato. "Eu não vou terminar o ritual até você me pedir. Se você pode resistir a mim durante

três dias, pode ir embora livre. Se você pedir, pertence a mim para sempre, de corpo e alma."

Os olhos de Kit abriram contra sua vontade. A audácia dessa oferta surpreendeu-o, Kit

jamais iria pedir para ser escravizado por um feiticeiro. Sabia quão cruelmente um feiticeiro

iria usá-lo, quão indefeso que ele seria. Era uma loucura até mesmo considerar isso. "Eu

tenho que acreditar nisso? Por que você me deixaria ir? As pessoas não podem obter o

suficiente de nós." Ele era como uma joia muito cara para eles, um prêmio a ser exibido, um

símbolo de riqueza e poder.

"Talvez eu seja muito confiante." O feiticeiro sorriu. "Eu acho que você logo vai

perceber que o seu lugar é na minha cama."

Bem, o homem era claramente um idiota, mas Kit não tinha problema se aproveitando

disso. Quão difícil poderia ser não ter sexo? Kit vinha fazendo isso há anos. Ele estava com

muito medo de deixar qualquer um chegar perto, embora às vezes sofria por um toque. Claro

que ele poderia resistir a Sebastian. Mesmo que o jeito que Sebastian o estava olhando, fez

sentir-se estranho por dentro, quente e irritadiço, com medo e algo mais.

"Tudo bem." Disse Kit. "Eu acho que você vai logo perceber que está errado."

"Vamos ver." Disse o feiticeiro, com apenas o vestígio de um sorriso. "Deixe-me

estabelecer algumas regras. Você parece ser do tipo que precisa delas. O tipo

encrenqueiro." Kit não respondeu a isso. "Você vai me obedecer. Você não fará nenhuma

tentativa de escapar. E nenhuma tentativa de me prejudicar. Caso contrário, eu tenho certeza

que você me esfaquearia com a faca do jantar."

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Kit baixou os olhos. Esse era exatamente o seu plano, matar o feiticeiro e

escapar. Agora que eles tinham um acordo, que era muito perigoso, não havia nenhum

sentido correr qualquer risco, se pudesse caminhar livre em três dias.

"Última regra." Disse o feiticeiro. "Ninguém toca você, além de mim. Não os servos, e

não os moradores, nem você mesmo. Eu sou o único que lhe dá prazer. Se quiser, você tem

que pedir. Eu vou ser generoso. Eu posso te dar o que precisa, desde que você peça."

Kit tinha sido ameaçado com um monte de coisas ao longo dos anos, mas nunca com

prazer. Ele estava tão assustado que ergueu os olhos; o feiticeiro estava olhando para ele com

diversão. Uma faísca de curiosidade secreta acendeu antes de Kit olhar longe. Isto era sobre

violência e escravidão. Não diversão. Assim, não deveria estar se perguntando exatamente o

que o feiticeiro poderia fazer com ele, se pedisse certo.

"Em troca.” O feiticeiro disse. "Eu vou tratá-lo com uma hospitalidade razoável. E não

vou reclama-lo até que você peça. Até que implore."

"Eu não vou." Disse Kit.

"Você vai." Disse Sebastian.

Kit estava apostando sua liberdade, na certeza de que poderia resistir a esse arrogante,

irritante homem. Kit engoliu em seco, e aceitou o acordo.

Sebastian desprendeu suas mãos, mas o manteve segurando, o que não era melhor. O

calor do toque de Sebastian parecia queimar, parecia formigar, parecia deixar chamas em sua

pele. Kit testou o aperto, mas não poderia quebrá-lo. "Deixe-me ir." A voz de Kit subiu um

tom.

"Em um momento." Disse o feiticeiro, e apoiou-o contra a parede.

As costas de Kit bateram contra a parede. Kit endureceu, arrebatado novamente pela

forma como Sebastian era intimidantemente grande. Ele sentia-se extremamente pequeno. "O

que você quer..."

Sebastian esmagou-o contra a parede e capturou sua boca em um beijo.

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Foi tão repentino, tão feroz que Kit suspirou contra sua boca. O feiticeiro lhe tinha

apanhado desprevenido; não conseguia se lembrar da última vez que alguém lhe havia

tocado, e da sensação puramente esmagadora. Aquele beijo exigiu sua rendição, e Kit se

rendeu instintivamente, abrindo para a sua língua. As mãos de Kit deslizaram-se

traiçoeiramente por aqueles ombros poderosos e encontrou-se agarrando Sebastian, lutando

por ar. Ele não conseguia respirar, não conseguia pensar, só podia aceitar enquanto Sebastian

saqueava sua boca, moendo sua grossa ereção, quente contra ele.

Kit estava queimando, preso entre o calor de Sebastian e a pedra gelada, preenchido

com uma dor febril. Seu coração batia freneticamente. Ele não podia chegar perto o

suficiente, não poderia render-se o suficiente. Ele precisava de mais. Sebastian inclinou o

rosto de Kit apenas o suficiente para aprofundar o beijo e Kit fez um som estrangulado,

atordoado e desesperado, sentindo-se como se estivesse caindo.

Em seguida, Sebastian se afastou. Kit fez um som involuntário de protesto, Sebastian

riu. Desgraçado. Kit agarrou a parede para firmar-se, sentindo-se abalado até seus ossos. Ele

não podia acreditar o quão intenso tinha sido, quão vulnerável se sentiu, como se o feiticeiro

tivesse tomado um pedaço de sua alma junto com aquele beijo roubado.

"Somente fazendo meu ponto." Disse Sebastian. Sua voz era baixa e rouca.

Kit não conseguia recuperar o fôlego, o coração disparado, sua boca queimando. Ele

estava corado, impotente. O calor em seu rosto era apenas metade vergonha.

Ele teve que se afastar. Ele saiu sem se atrever a olhar para o feiticeiro.

No corredor do lado de fora, Kit inclinou contra a parede fria, doente e indefeso,

furioso consigo mesmo por sua fraqueza. Aterrorizado por ela. Estava tão certo de que não

iria nem mesmo ficar tentado. Ele não queria isso. Não queria. Não podia. Ele esperou sua

respiração desacelerar, seu batimento cardíaco estabilizar.

"Agora que isso está resolvido..." O feiticeiro veio para se juntar a ele, parecendo

extremamente satisfeito consigo mesmo. Kit não ia durar três dias disso sem perder a

calma. "Deixe-me mostrar-lhe ao redor." Sebastian estendeu a mão; Kit olhou para a mão dele

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até que a deixou cair. Kit não podia suportar o sorriso de cumplicidade em seu rosto, como se

sempre soube o quão fácil isso seria. "Vamos. Você vai ficar aqui um tempo, depois de tudo."

Permanentemente, se o feiticeiro escolhesse. Kit iria mostrar-lhe que estava errado. Ele

cerrou os dentes e deixou Sebastian guiá-lo.

A mansão em si era bonita, uma casa de pedra dourada envolta em hera, todas as

paredes e janelas. Ele estava situado no meio de uma cavidade de campos e florestas

verdes. A pedra deveria mantê-la fresco nas noites quentes, e as enormes janelas deixam

entrar raios amarelados do pôr do sol, velados apenas por cortinas que flutuavam na brisa

leve. Havia uma longa mesa de jantar em um quarto escuro, quadros com pinturas de

incêndios e árvores de outono em tons semelhantes de vermelho. A casa possuía uma

cozinha em estilo antigo, e os jardins eram um mistério nas sombras, vislumbrado pela porta

de trás.

Havia até mesmo uma piscina dentro. A água brilhava como um punhado de joias

azuis. Kit olhou para isto, e recuou com desconfiança.

Ele não pôde deixar de notar que todos os funcionários que encontravam pareciam

jovens e atraentes. Ele tentou não se perguntar se eram brinquedos de Sebastian, não era da

sua conta. Ele definitivamente não ficaria com ciúmes. De forma alguma.

"Bem, isso é tudo." Sebastian ficou olhando para ele com aquele brilho particular,

como se Kit fosse delicioso. "Você gostou da turnê?"

Por um momento Kit proibidamente perguntou-se o que aconteceria se fosse

realmente delicioso. Se Sebastian iria desfrutar provando-o, explorando-o, lhe alegando.

"Não." Kit mentiu. "Eu não gostei."

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Sebastian estava se sentindo presunçoso. Com todo o desafio do incubus, ele

praticamente inflamou ao toque de Sebastian, não poderia obter o suficiente de seu beijo. De

jeito nenhum levaria três dias inteiros em levá-lo para a cama. "Está com fome?" Sebastian

perguntou, uma vez que tinham perdido o jantar.

"Não." O incubus olhou para ele, depois virou o rosto, corando.

"Não seja teimoso." Sebastian usou sua voz de advertência. Suspeitava que Kit gostaria

que lhe dissessem o que fazer. "Você está com fome. Deixe-me alimentá-lo." Ele guiou o

incubus firmemente para a sala de jantar, ignorando seus protestos.

A escarlate luz do pôr do sol inundou a sala comprida, impressionante faíscas saindo

das molduras douradas dos retratos pendurados na parede. Uma mesa ajustada para vinte

pessoas seguia o comprimento da sala. Kit puxou uma cadeira na ponta da mesa, o mais

longe possível Sebastian.

"Venha aqui." O tom de Sebastian não admitia discussão.

Kit se aproximou.

"Eu disse para vir aqui."

Kit relutantemente chegou perto o suficiente, para que Sebastian pudesse pegar seu

pulso. Kit ficou tenso, mas não se afastou, embora virasse seu rosto. "Sente-se no meu colo."

Disse Sebastian. "E se tiver que repetir de novo, eu vou bater em você."

Kit corou ainda mais, mas sentou em seu colo. Parecia pecaminosamente bom o jeito

que Kit montou nele, aquelas coxas doces se separaram. A respiração de Kit ofegante,

conforme se acomodava. Sebastian gemeu com o peso quente dele, esfregando contra seu

pau duro. "Bom." Elogiou Sebastian. "Eu vou alimentá-lo agora, comporte-se."

Sebastian esticou a mão em uma tigela de frutas, pegou um morango e segurou-a nos

lábios. Kit estendeu a mão para pegá-lo; Sebastian disse bruscamente: "Não." Kit parou.

"Você somente pode comer de meus dedos."

Kit vacilou relutante. "Eu posso comer sozinho."

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"Você come o que eu te dou ou nada."

Algo mudou na mente de Kit; talvez ele não tivesse comido bem como um

fugitivo. Kit inclinou-se e delicadamente pegou o morango dos dedos de Sebastian. Ele

mordeu com um som doce de prazer que deixou Sebastian ainda mais excitado. "Muito bem,"

Elogiou Sebastian novamente. "Outro?"

"Sim."

"Diga, por favor."

"Por favor."

Fascinante. Tudo o que tinha precisado para ter Kit obediente em seu colo foram

algumas palavras duras. Sebastian tinha ouvido muitas vezes que incubus eram

naturalmente submissos, que era a sua natureza agradar seus senhores, mas ele nunca tinha

visto isso pessoalmente antes.

Sebastian continuou a alimentá-lo, fazendo-o comer de seus dedos. Kit parecia

faminto, talvez ele não tivesse comido bem como um fugitivo. Sebastian escolheu as mais

doces, mais maduras frutas para ele. Foi totalmente, distintivamente sexy; Sebastian não

podia desviar o olhar. Ele adorava ver Kit se alimentar de seus dedos, como alguém

selvagem e cauteloso, mal domado.

Aquele beijo tinha sido incrível. Kit tinha derretido dentro dele, agarrando-se a ele,

rendendo-se completamente. Sebastian esfregou lentamente o polegar sobre essa boca doce,

pensando avidamente em beijá-lo novamente. Deixando-o sem sentido com o desejo e depois

era só espalhá-lo sobre a mesa e possui-lo aqui.

Paciência. Sebastian precisaria jogar um jogo de longo prazo, se quisesse ganhar muito.

Ele alimentou Kit com uma fatia de abacaxi que deixou uma gota de suco no queixo de

Kit, ele a retirou com o dedo, oferecendo para Kit. Kit tomou a ponta do dedo em sua boca

reflexivamente; a chupou, sua boca deliciosamente quente, sua língua provocando

pecaminosamente. Sebastian endureceu ainda mais. Seus olhos se encontraram, e Kit ficou

terrivelmente corado e se afastou.

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Calor repentino acendeu entre eles. Sebastian o agarrou pela frente de sua camisa, não

o deixando escapar. Kit de repente estava sem fôlego.

"Logo.” Sebastian disse, em voz baixa.

"L... logo o quê?"

"Você estava pensando em me dar prazer com a sua boca. Imaginando como seria o

gosto, como se sentiria. Estou planejando lhe ensinar."

"Eu não estava, não estou..."

"Você está gaguejando."

"Eu não quero você!"

"Bem, isso explica por que está ficando duro."

Kit começou a lutar, tentando fugir. "Já chega. Fique parado." Sebastian tomou a parte

de trás do seu pescoço em um aperto firme e capturou sua boca em um beijo.

O incubus foi feito para ser beijado. Ele tinha um gosto tão doce, derretendo tão

facilmente, com os braços enrolados em volta do pescoço de Sebastian. Seu coração

acelerado, suas respirações rápidas eram intoxicantes. Sebastian arrastou os dentes

deliberadamente sobre aquele lábio inferior e macio e Kit fez um pequeno som de desejo que

deixou Sebastian louco.

Sebastian decidiu tornar este mais profundo. Ele segurou a virilha de Kit e Kit

suspirou em voz alta. Sebastian apertou-lhe suavemente, esfregou a palma da mão sobre a

protuberância, beijou longe os sons de Kit protestando. Kit se contorceu em seu colo,

esfregando sua bunda pequena e doce em toda a ereção de Sebastian. Deus, ele tornava

difícil manter o controle. Sebastian deveria tê-lo agora mesmo e lhe ensinar uma lição.

Sebastian o manteve firme pela nuca, enquanto sussurrava em seu ouvido. "Eu

poderia reclamá-lo agora, se você quisesse. Eu te deixaria confortável e escorregadio. Em

seguida, o deslizaria para baixo do meu pau. Você gozaria tão duro para mim."

Kit começou a lutar. Sebastian conteve facilmente, dando-lhe um suave aperto para

fazê-lo parar. "Não? Ainda não? Está tudo bem. Eu posso esperar. Que tal eu apenas te fazer

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gozar? Nada assustador, apenas uma pequena amostra do que posso fazer por você. Eu sei

que você não foi tocado antes. Deixe-me te mostrar."

"Eu não..." Kit resistiu debilmente, mas quando Sebastian começou acariciando para

baixo da sua garganta, fazendo-o estremecer e gemer, Kit rachou. "Sim. Por favor."

"Peça, Kit."

"Por favor, me faça gozar."

Sebastian sorriu. Ele estava fazendo um progresso real agora, tinha ouvido tudo sobre

o desejo intenso dos incubus. Ele queria que este pequeno provocador aquecesse sua cama

por um longo tempo.

Kit era irresistível do jeito que estava, corado e obscuro de desejo. Ele mexeu-se,

beijando completamente e precisando de mais. "Pare de ficar se remexendo.” Sebastian

advertiu, não que ele esperava que Kit fosse capaz de obedecer. "Comporte-se." Sebastian

virou-lhe de costas, de modo que ficou pressionado contra o peito de Sebastian, que segurou-

o firmemente com um braço ao redor de sua cintura, desfrutando de sua bunda, enquanto ele

se contorcia contra a virilha de Sebastian. Sebastian começou a desatar o cinto de Kit.

A voz de Kit subiu uma oitava. "Você não pode..."

"Eu posso." Sebastian desabotoou o botão.

Kit foi puxado facilmente em seus braços, então se estabeleceu tensamente contra ele,

agarrando a cadeira. Sebastian puxou as calças para fora, mantendo o braço livre em torno de

sua cintura. Sebastian deslizou uma mão para cima da sua parte interna da coxa,

aproveitando o calor de sua pele, a tensão de seus músculos, e parou perigosamente

próximo. "Você estava me dizendo que não quer isso?"

Kit fez um som inarticulado de frustração.

Sebastian empurrou um joelho entre as pernas dele, forçando-as abertas. Nesta hora

Kit soltou um gemido sincero, um som que nenhum homem poderia resistir.

Sebastian envolveu sua mão ao redor do pênis duro de Kit. Isso fez Kit soltar um

gemido assustado, assim como Sebastian havia suspeitado, ninguém o tinha tocado

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antes. Sebastian acariciou, seduziu, aprendendo as reações dele, enquanto Kit agarrou a

cadeira. "Você não deve..."

Sebastian se aninhou em sua garganta, querendo saboreá-lo. "Eu acho que o que quer

dizer é que você não deve."

Sebastian manteve-se acariciando lento no início, assim suave, enquanto Kit

estremecia e mordia o lábio. Sebastian não iria forçar sua caricia o suficiente para Kit obter

qualquer alívio real. Kit contorcia-se contra sua virilha, ofegante. "Eu... eu preciso..."

Sebastian sorriu contra sua garganta. "Você vai ter o que precisa quando aprender a se

comportar. Continue sentado."

Kit contorcia-se contra seu braço, os dedos cavados na cadeira de madeira. "Por favor,

eu tenho que..."

"Você pode gozar quando eu deixá-lo. Agora se mantenha sentado."

Kit tentou obedecer. Foi adorável. O esforço doce de seu corpo, os pequenos sons de

frustração mostravam seu desespero crescente. Sebastian experimentou mordê-lo,

delicadamente no início, em seguida, mais forte, e foi com prazer que viu a dor apenas deixar

Kit mais excitado, ele inclinou a cabeça para trás contra o ombro de Sebastian com um

gemido impotente. Kit arqueou em sua mão e disse ofegante: "Por favor."

Sebastian beliscou sua orelha, sua garganta, saboreando sua necessidade. "Me peça."

"Deixe-me gozar, foda-se, deixe-me gozar..."

"Implore."

Kit rosnou sua frustração, seu corpo enrijeceu, seus músculos esticados. Sebastian

mordeu mais forte, deliberadamente marcando-o, em seguida, lambeu a marca. A voz de Kit

rachou. "Por favor! Por favor, deixe-me gozar, eu preciso, por favor!"

E Sebastian deu-lhe o que pediu. Levou-o sobre a borda, enquanto Kit gritou,

arqueando, culminando impotente em pulsos quentes.

Depois a ereção de Sebastian estava doendo tanto que ele não podia esperar

mais. Tirou o pênis para fora da calça e acariciou-se uma vez, duas vezes, e gozou contra a

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bunda de Kit em um lampejo de prazer, conforme Kit estremeceu contra ele, atordoado. Foi

breve e eufórico.

Eles ficaram entrelaçados por um tempo, enquanto Sebastian o acariciava

preguiçosamente. Kit estava tremendo. Ambos estavam pegajosos e quentes. Sebastian

sussurrou louvores contra sua bochecha. "Bem feito. Você foi fantástico. Eu posso fazer você

gozar a qualquer momento que quiser. De novo e de novo."

Secretamente Sebastian tinha o sorriso mais convencido. Ele estava definitivamente

caminhando para vencer.

Kit estava tão atordoado que o mundo saiu de foco por um tempo, deixando-o em

uma névoa. Ele mal registrou qualquer coisa, até que Sebastian arrastou-o para a piscina. Ele

cambaleou com o choque na água, caindo em Sebastian, que o estabilizou. A água fresca

limpou-o, lavando tudo. Havia uma dor de satisfação em sua barriga, todo o seu corpo

lânguido e seu pulso tranquilo. Ainda podia sentir as mãos de Sebastian sobre ele, os dentes

de Sebastian em sua garganta. Esses lugares ardiam e doíam ao mesmo tempo. Sentia-se

bem.

Sebastian acariciou seus ombros, costas, explorando os músculos lá. Kit

derreteu. Ocorreu-lhe através de seu torpor que seria ainda mais intenso quando Sebastian o

tomasse. Kit mal podia imaginar.

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Sebastian puxou-o para fora, esfregou-o com uma toalha, empurrou-o em um roupão,

e levou-o para o que acabou por ser uma biblioteca. Kit acordou com a visão dos livros;

estava em transe. Vagou entre eles, pesquisando. Havia muitos livros sobre convocação de

demônios e evitou aqueles, sabendo que Sebastian o teria convocado, arrancando-o de sua

casa, a fim de escravizá-lo.

"Você convocou um incubus antes?" Perguntou Kit.

"Não. Eu ainda estava trabalhando no ritual. Eu sei que as consequências dos erros ‒

Imagino que é como você matou o homem que te convocou."

Kit não queria pensar sobre isso. Sendo arrancado para este plano, forçado em um

corpo humano, colocado para baixo, com o feiticeiro em cima dele. "Você vai chamar outro?"

Sebastian começou a sorrir. "Para tomar o seu lugar, você quer dizer? É ciumento?"

"Eu não sou ciumento." Kit fez uma careta.

Mas ele se sentia estranho. Sabia em seus ossos que seu mestre seria tudo para ele: o

desejo o consumindo, o desejo de agradar esmagador. Mas isso não seria o mesmo para o ser

humano. Tinha havido feiticeiros que se acoplavam a dezenas, até centenas de incubus,

colocando-os para lutar em seu favor, deixando-os todos insatisfeitos para que a sua

necessidade de agradar fosse ainda mais feroz. Alguns fizeram o casal incubus uns com os

outros para a sua diversão, que Kit imaginou seria agradável o suficiente, mas insatisfatório,

principalmente servindo para lembrá-lo de que ninguém poderia agradá-lo, como seu mestre

podia.

Se ele tivesse um. O que não tinha. E não queria um.

"Eu acho que você seria o suficiente." Disse Sebastian. "Por agora."

Sebastian puxou-o mais perto, e Kit deixou-se convencer a sentar-se aos pés de

Sebastian, aquecendo-se ao calor do fogo. Sebastian acariciou seus cabelos, e Kit inclinou-se

contra ele, cabeça contra o joelho. Ele não entendia por que isso era tão calmante. Por que

gostava dos dedos de Sebastian em seu cabelo.

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Ele estava com sono agora, mas Sebastian arrastou o polegar lentamente ao longo do

lábio inferior, fazendo-o tremer. Sebastian acariciou sua bochecha, brincou com o lóbulo da

orelha, tocou o pulso na base de sua garganta. Kit murmurou, algo entre protesto e

encorajamento. Os dedos de Sebastian ficaram lá em sua garganta, acariciando e provocando,

fazendo Kit lembrar dele lhe lambendo lá, mordendo. Sebastian esfregou o lugar sensível

onde tinha mordido mais cedo; A respiração de Kit ficou presa na garganta. A dor em sua

barriga estava crescendo novamente, seu pulso começava a pular.

"Quero dormir." Disse Kit em protesto.

"Silêncio." Sebastian mudou-o por um ângulo melhor, correu um dedo ao longo de seu

lábio inferior, pressionando suavemente. Kit cedeu, e deixou Sebastian escorregar apenas a

ponta do seu dedo em sua boca.

Ele chupou levemente, explorando a ponta do dedo com a língua, estranho e

sedutor. Sebastian estava certo antes, Kit estava pensando em lhe dar prazer com a

boca. Algo que não podia admitir. Os homens tinham tentado força-lo antes, tentando

empurrá-lo de joelhos, desatando os cintos. Ele sempre tinha escapado, mas com a impressão

de que era vergonhoso, proibido, algo que os homens fariam com ele para puni-lo. E ainda

assim estava duro novamente, a tensão apertada na barriga, e tudo que Sebastian estava

fazendo era provocá-lo com a ponta dos dedos.

Quando ele levantou os olhos Sebastian o estava olhando com tal calor, tal

intensidade, que Kit congelou, assustado. Era um olhar como se Sebastian quisesse comê-lo.

"Lamba." Sebastian pressionou mais fundo.

Kit vacilou, dividido, parte dele querendo, parte dele com medo. E uma pequena

faísca de malícia pensando que gostaria de deixar Sebastian louco. Assim, lambeu, correndo

a ponta da sua língua lentamente ao longo dedo de Sebastian, em seguida, provocando a

ponta do dedo, ainda segurando os olhos.

"Você é puro pecado." Disse Sebastian com voz rouca. "Sabe exatamente o que está

fazendo."

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Kit quebrou o olhar, de repente tímido, tentou afastar-se sem sucesso. Sebastian

apertou sua mão em seu cabelo, não cruelmente, só não deixá-lo escapar. "Ah não. Você não

está se afastando com isso."

Sebastian empurrou o rosto de Kit em sua virilha. Kit engasgou, sentindo a

protuberância quente, dura por baixo do pano. Isso o fez pequeno, o fez querer. Ele se

aninhou mais perto, meio curioso, meio ansioso.

"Sim. Bom. Isso é bom." Sebastian balançou contra sua boca, segurando-o firmemente

no lugar. Kit choramingou, agarrando a cadeira novamente, sobrecarregado.

Sebastian parecia sem fôlego. "Toque-se para mim."

Kit acariciou a si mesmo, mas não foi tão intensa como quando Sebastian o tocou; ele

não conseguia pegar o ritmo certo, a pressão correta, o punho exato. Não conseguia pensar

direito com Sebastian esfregando contra ele assim. E fez um som frustrado.

"Tire o meu pênis para fora."

Kit atrapalhou-se com o roupão de Sebastian, finalmente conseguindo-o aberto, ficou

imediatamente mudo. Ele tinha estado muito atordoado para prestar atenção antes, e este foi

o seu primeiro vislumbre real do poderoso corpo de Sebastian, musculoso, o tamanho de seu

pênis, enorme e exigente. Ele não podia imaginar como iria se encaixar.

Kit estava gaguejando novamente. "Eu não... eu não sei se..."

"Cala a boca." A voz de Sebastian era rouca. Ele tomou seu pênis na mão, ainda

segurando Kit pelos cabelos. "Você precisa disso. Você quer isto." Kit estava fazendo sons de

protesto, mas eles não eram muito verdadeiros, apenas uma pequena parte de seu

coração. "Você quer chupá-lo."

Sebastian esfregou a ponta do seu pênis em sua boca. Kit fechou a boca apertada,

reflexo do medo, mas a sensação foi incrível, o calor dele, a umidade, a força do aperto de

Sebastian. A língua de Kit arremessou para fora, saborear a umidade e ficou surpreso com o

gosto salgado, um gosto que fez algo primitivo para ele, apertando a barriga. Ele estava

acariciando a si mesmo mais rápido agora. Mais rápido.

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"Pegue." Sebastian pressionou contra sua boca.

Kit não devia. Ele não podia. Era impotente com a necessidade. Ele cedeu, e deixou

Sebastian empurrar em sua boca.

Ele tinha muitas vezes secretamente sonhado com isso, mas nunca tinha imaginado

tão intenso, querendo tão mal. Sebastian estava segurando muito duro e empurrando muito

profundo e foi bom, a dor de seu aperto, a entrega forçada. Kit estava tão atordoado que mal

sabia o que fazer.

"Bom." Disse Sebastian. "Você é tão bom. Você pode me levar mais profundo, apenas

relaxe."

Kit estava sem fôlego, agarrando a cadeira, não conseguia relaxar, seu medo se

misturava com o seu desejo. Sebastian empurrou mais profundo, até que Kit estava

começando a engasgar, depois recuou. Seu domínio sobre o cabelo dele era firme. "Isto é o

que você estava pensando. Fantasiando. Ficando de joelhos e me chupando."

Kit fez um som indefeso, sua mão apertando involuntariamente, e por um momento

ele pensou que poderia gozar, mas sabia que não devia, somente Sebastian podia deixá-lo

gozar. Desta vez, não poderia dizer por favor; não poderia falar nada. Ele estava à mercê de

Sebastian.

E Sebastian foi impiedoso com ele. Sebastian fez levá-lo profundamente, tão profundo,

em seguida, arrastou-se pelos cabelos e o fez lamber de cima a baixo todo o comprimento de

seu pênis. Havia algo tão primitivo sobre ajoelhar-se aos pés de Sebastian, e agradá-lo. Kit

não podia pensar, só podia se render. Sebastian continuou até que Kit queria gritar, queria

implorar. Sebastian começou a empurrar mais duro, mais rápido, as mãos firmes em seu

cabelo, dolorosamente apertadas, o aperto de Kit em si mesmo, e ele não poderia gozar, não

deveria, não deveria, não deveria...

"Goze para mim."

E Kit gozou, seu grito estrangulado em sua garganta, enquanto Sebastian arqueou

para ele com um rosnado e derramou-se. Seu pênis pulsava na boca de Kit, derramando a

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semente salgada que Kit tinha que engolir ou engasgaria: Kit engoliu e engoliu com um

grunhido satisfeito, até que Sebastian finalmente relaxou.

Kit estava fora do ar, seu coração batendo descontroladamente, todo o seu corpo

latejante. Ele tentou levantar-se, provavelmente, teria cambaleado e caído, mas Sebastian

fixou sua mão, empurrando o rosto de Kit de volta para sua virilha. Kit rendeu-se e ficou de

joelhos, o rosto ainda enterrado, o aperto da mão de Sebastian relaxando em seu cabelo.

Finalmente, quando Kit tinha acalmado, Sebastian deixou-o ir. Kit afundou-se nos

calcanhares, desesperado para se cobrir, olhos para baixo, suas bochechas com certeza

escarlate. Sua boca se sentia machucada; Sebastian o tinha usado mais ou menos. Quando se

atreveu a olhar para cima, Sebastian estava sorrindo para ele. Sebastian não se incomodou

cobrindo-se, e Kit furtivamente deu uma olhada no comprimento suave de seu corpo, em

seguida, baixou os olhos, corando.

Sebastian sorriu. "Nada mal. Você me levou muito profundo."

Kit manteve os olhos para baixo, com as mãos entrelaçadas.

"Você precisa de prática, é claro."

Kit deveria dizer não. Ele não deveria querer isso. Mas não disse nada. Porque não

conseguia pensar em qualquer coisa que queria mais.

"Venha. Agora você pode dormir."

Kit estava completamente exausto. Deixou Sebastian atraí-lo para a curva de seu

corpo, onde ele relaxou, dizendo a si mesmo que não estava gostando dos dedos de Sebastian

em seu cabelo, a mão de Sebastian em sua coxa. E ele dormiu.

Ele meio que acordou com um murmúrio sonolento de protesto quando estava

despido e escondido em uma cama quente. O edredom acolhedor foi colocado sobre ele. Em

seguida, cochilou novamente, deslizando em seus sonhos.

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"Eu tenho uma pergunta." Disse o amigo e companheiro feiticeiro de Sebastian, Dane.

Ambos estavam admirando a vista diante deles: um bonito pequeno gatinho

dormindo na cama de Sebastian. Kit dormia tranquilamente, seu cabelo de cobre

despenteado, seus cílios ligeiramente esvoaçantes, uma mão em punhos no travesseiro sob

sua bochecha. Ele parecia totalmente fodivel. Sebastian fez o seu melhor para não pensar em

puxar essas cobertas fora dele, expondo todo a pele pálida, porque a tentação iria

sobrecarregar seu autocontrole.

"Apenas uma pergunta?" Sebastian se inclinou contra a moldura da porta. Gostava de

Dane, desde que descobriu que Dane realmente era tão honesto como ele parecia. Não teria

confiado ninguém ao redor de Kit nesta fase vulnerável; outro homem teria tentado pegar Kit

para si mesmo.

"Não, para ser franco..." Dane disse. "... mas por que você ainda não transou com ele?"

Sebastian tinha se perguntando o mesmo. Kit era tão quente que, mesmo quando

estava dormindo Sebastian mal conseguia manter as mãos longe dele. E pelas tradições dos

feiticeiros, um incubus era uma coisa, não uma pessoa. Uma posse. Ele não tem que

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concordar, antes ele tem que aceitar e inclinar-se contra a sua vontade. Então, pela lógica já

deveria tê-lo marcado.

Mas essa lenta sedução era infinitamente mais prazerosa, mais gratificante. Esse

boquete inexperiente tinha sido inacreditável. E Kit tinha sido tão ansioso por ele, Sebastian

estava certo de que teria Kit em sua cama antes do tempo.

Sebastian honestamente tinha sido surpreendido pela forma intensa como Kit o

queria. Seu pior cenário que havia sido Kit genuinamente não interessado nele, caso em que

não haveria nenhum divertimento em jogar os jogos com ele. Mas Sebastian tinha tido

sorte. Kit era tão tímido, tão deliciosamente devasso, provocando-o num minuto, fugindo na

próxima. Apresentá-lo aos novos prazeres foi uma experiência intensamente gratificante. E

agora Kit dormia, indefeso. Em sua cama.

Sebastian conteve acariciando seu cabelo novamente, e parou. O incubus era um

brinquedo. Um nada. Estava aqui para servir e obedecer-lhe. Ele disse a si mesmo várias

vezes, até fazer sentido novamente.

"Eu só estou tomando o meu tempo." Disse Sebastian. "Deixá-lo preparado. Ele estará

pronto em breve." Pronto para ser deliciosamente e impiedosamente fodido, enquanto

Sebastian se ligaria a sua alma para sempre.

“Quanto antes melhor."

Sebastian sabia tão bem quanto Dane que Kit seria cobiçado por qualquer feiticeiro. A

maioria estaria disposta a matar Sebastian e tomar Kit. "Eu estou pronto para isso."

Dane revirou os olhos. "Não é o que eu quis dizer. Este vai ser um problema, eu já

posso vê-lo. Ele vai acabar com você, em torno de seu dedo mindinho."

"Oh eu sei. Acredite em mim, eu sei." Sebastian não pôde deixar de sorrir.

Porque ele estava ansioso por cada minuto.

E continua...

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Livros da Série:

01 – Armadilha

02 - Tentado

03 – Escapada

04 – Reivindicação

05 – Compartilhado

06 – Tomado

07 – Libertado

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