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ENGENHARIA MECÂNICA

QUIMICA Ⅱ

ALISSON MARTINS/ ENGENHARIA MECÂNICA/ 10° TERMO.


DIEGO MARINELO FERRARI/ ENGENHARIA MECÂNICA/ 9° TERMO.

BARRA BONITA
2024
Desengraxante (hidróxido de sódio).

Os desengraxantes empregados na limpeza de locomotivas e peças são


produtos essenciais e amplamente utilizados na indústria de tratamento de superfícies.
De acordo com Silva (1997), são comuns soluções alcalinas compostas por hidróxido
de sódio, carbonato de sódio, fosfato trissódico e solventes emulsificantes bifásicos.
Estes últimos consistem em uma mistura de solventes orgânicos clorados e água. A
seleção entre esses tipos de desengraxantes é baseada no tipo de óleo ou graxa
presentes na superfície da peça a ser tratada. Normalmente, são encontrados óleos
utilizados para proteção contra corrosão ou lubrificantes utilizados em processos de
corte. No contexto estudado, os óleos, graxas e lubrificantes são aplicados para
proteger contra a corrosão resultante do desgaste causado pelo contato entre as peças
durante a manutenção. A limpeza é realizada por meio de aspersão com desengraxante
alcalino, visando remover o excesso de produto. Devido à sua natureza altamente
alcalina, o hidróxido de sódio é capaz de dissolver e remover sujeira pesada e resíduos
oleosos, incluindo os derivados de graxas e lubrificantes usados em locomotivas e
máquinas de via. A função do hidróxido de sódio (NaOH) nos produtos de limpeza é
agir como um agente desengordurante e desengraxante, dissolvendo graxas, óleos e
sujeiras pesadas. Ele também ajuda a ajustar o pH da solução de limpeza e facilita a
remoção de sujeira oleosa das superfícies a serem limpas.

Figura 1: Substâncias químicas empregadas durante as operações de manutenção realizadas em uma


oficina ferroviária.

Fonte: Teixeira, 2016.


Aplicação de coagulante (Sulfato de Alumínio) no processo de lavagem em oficina
de manutenção.
O sulfato de alumínio desempenha um papel fundamental no sistema de
tratamento de efluentes da oficina mecânica, atuando como um coagulante na segunda
fase no separador de água e óleo (SAO). A adição desse composto é essencial para
promover a eficácia da separação e remoção de contaminantes, especialmente óleos e
graxas, presentes no efluente gerado pelas atividades de lavagem de máquinas, peças,
pisos e valas da oficina, bem como pela descarga de água de arrefecimento e lavagem
das mãos dos funcionários. O processo de coagulação do sulfato de alumínio é
complexo e envolve várias etapas conforme figura 2. Primeiramente, ao ser introduzido
no sistema, o sulfato de alumínio reage com a água presente no efluente, resultando na
liberação de íons de alumínio e sulfato. Esses íons de alumínio têm a capacidade de
formar hidróxidos de alumínio insolúveis na água quando as condições ideais de pH são
atingidas. Em seguida, ocorre a adsorção desses hidróxidos de alumínio sobre as
partículas coloidais presentes no efluente. As partículas coloidais, que podem incluir
óleos, graxas, sólidos suspensos e outros contaminantes, têm uma carga elétrica
superficial negativa devido à sua natureza. Os hidróxidos de alumínio formados
possuem uma carga positiva, o que resulta em uma atração eletrostática entre as
partículas coloidais e os flocos de hidróxido de alumínio (SCHONS, 2008).

Figura 2: Diagrama do processo de tratamento de efluentes

Fonte: Teixeira, 2016.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

SILVA, C. S. Um estudo crítico sobre a saúde dos trabalhadores de galvânicas, por


meio das relações entre as avaliações ambientais, biológicas e
otorrinolaringológicas. Dissertação de doutorado apresenta a Universidade de São
Paulo, 1997. 187p.

TEIXEIRA, R. C. A. Caracterização físico-química de efluente de uma oficina de veículos


ferroviários. Monografia apresentada ao curso de Especialização em Gerenciamento de
Recursos Hídricos a Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016. 24p, 29p.

SCHONS, E. M. Desestabilização de emulsões visando a redução do teor de óleo em água.


Dissertação de mestrado apresentado à Universidade Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, 2008.
168p.

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