Gostaria de tratar com os irmãos sobre um assunto que nos
afeta diretamente, e faz parte do nosso dia-a-dia, que é a pecabilidade humana e a ideologia atual sobre o homem.
Recebe o nome de antropocentrismo a ideia, surgida na
Europa do fim da Idade Média, que considera o homem o centro do cosmos. O antropocentrismo sugere que o homem deve ser o centro das ações, da expressão cultural, histórica e filosófica.
Tal filosofia ganhara popularidade em detrimento de outra
predominante, o teocentrismo, onde Deus (no caso, o deus da tradição judaico-cristã) preponderava como referência central na vida do cidadão comum. Como consequência, este momento na história europeia marca a separação entre Teologia e Filosofia, resultado do surgimento do humanismo renascentista, que eleva o antropocentrismo a ideia central. É a chegada de uma nova era, um tempo que valoriza a razão, o homem, a matéria, onde ter prazer em 2
viver não é mais visto universalmente como pecado. Em
suma, é uma ruptura com o período anterior.
Quando penso neste assunto, surgem algumas perguntas.
Será que a humanidade está caminhando no rumo certo? Será que o homem está na estrada correta que nos levará para um fim, sendo que este, nos trará benefícios, e melhor, benefícios eternos? E uma última: Será que temos capacidade para realizarmos tais escolhas e condições para decidirmos por nos mesmos o que é melhor para nós?
Porem, vemos que quase a totalidade dos homens, já
escolheram este objetivo onde empregar seus esforços, escolheram seus meios como também escolheram os fins. A sua escolha foi o homem!
Tudo em torno do homem, todos os esforços em prol do
bem estar humano, pessoal, egocêntrico. O homem no altar de todos os propósitos! As propagandas, os investimentos, os projetos, os discursos, os temas de assunto, filmes, novelas, e até mesmo pregações, todos os esforços para satisfazer, para aliviar, elevar a moral e autoestima do homem, engrandecer o homem pelos seus feitos, mostrar que o homem é bom, que ele pode fazer, 3
que ele é o motivo de tudo. Mas na verdade, tudo isso só
serve para uma coisa, enganar o homem, apaziguando o anseio que o espírito do homem tem pelo seu Criador e condenando o próprio homem a uma eternidade sem Deus, amortizando a consciência do homem ao qual Deus já tinha dito que Ele imprimiu suas leis morais no coração do homem (Rm 1:32; 2:14-15 ) como também revelando-se a ele através de sua criação, e não o glorificaram como Deus, (Rm 1:20-21) por isso o homem é indesculpável perante seu Criador.
Mas vamos ver biblicamente o que as escrituras nos falam
sobre o homem em sua essência.
Romanos 7:15; 19-25.
Aqui o Apostolo Paulo fala de Duas Leis. A primeira é a
Lei de Deus (ao qual todos nós conhecemos, os seus mandamentos) como também sua função com relação ao pecado ou o mal que habita no homem.
E a segunda lei? É uma lei que ele encontra em seu corpo
v 21. 4
E que lei é essa? A lei da propagação do pecado. Rm
5:12 (F.F.BRUCE chame de “o principio mal, a tirania do pecado na pessoa”), Moody chama de “o pincípio”.
Para podermos compreender esta lei, precisamos voltar lá
em Ez 28:14,15,16; Jo 8:44 e Jd v6 na origem do pecado.
Houve ali a concepção do pecado (no mundo espiritual)
por Lúcifer uma vez que sendo lançado da presença de Deus para a terra, agiu diretamente na criação induzindo o homem queda, concebendo-se assim o pecado em toda a raça humana (Gn 3:4-13 e 2 Co 11:3), uma vez que todos os homens estavam em adão participando de seu pecado e carregando a culpa dele resultante, Rm 5:12 “ Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecara.” (Lembrando também que nos dois casos o pecado foi voluntário e intencional, portanto partiram deles próprios, não os eximindo de suas responsabilidades por seus atos).
O pecado então passou a ser universal, estando presente
na vida de todos os homens de todos os tempos e por todas as gerações, (Rm 3:23 “Pois todos pecaram e carecem da glória de Deus...”). 5
Portanto por meio de um único homem (Adão), o pecado
entrou no mundo de modo que todos já nascem pecadores (Rm 5:12). “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado, a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram.”
E então, o apostolo Paulo diz em (Rm 7:15;19-25) Ler
toda a passagem .
O porque de tudo isso?
O pecado trouxe consequências ao mundo todo!
1 - Perda da comunhão com Deus, Is 59.2 (“mas os vossos pecados
fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça.”)
2 – Escravidão ao pecado e a morte, Rm 8:2 (“Porque a lei do
Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do pecado e da morte.”)
3 – Condenação por causa do Pecado, Ez 18:20 (“A alma que
pecar, essa morrerá; o filho não levará a iniquidade do pai, nem o pai, a iniquidade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a do perverso cairá sobre este.”)
4 – Culpa Diante de Deus, Rm 3:19(“Ora, sabemos que tudo o que a
lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável diante de Deus,...”)
5 – Morte física, Gn 3:22 (a separação da parte imaterial do corpo),
(“Então, disse o Senhor Deus: Eis que o homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal; assim, que não estenda a mão, e tome também da arvore da vida, e coma, e viva eternamente.”) 6
6 – Morte espiritual, Gn 2:17 (perda da comunhão com Deus), (“mas da
árvore do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.”)
7 – Morte eterna, Ap 20:15 (após a vida terrena a pessoa entra no estado
eterno, se estiver sem o Selo do Espírito Santo, ou seja, sem a cobertura da graça de Cristo em sua vida, entrará num estado de morte eterna.), (“E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.”)
8 – Desfigurou o homem interior, alterou sua condição de
imagem e semelhança de Deus, Gn1:26(Deus o criou para ser imortal, e fez dele uma imagem especial de Sua própria eternidade, “semelhança”é a constituição do homem como ser racional e como ser moralmente responsável.), (“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; tenha ele domínio...”)
9 – O homem não é mais capaz de agradar a Deus,
danificou o caráter e a moral, impedindo o homem de fazer boas escolhas, Rm 3:10-11(Como escrito: Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus.”)
Esse é homem ao qual esta sendo colocado como centro de
todas as coisas. Esse sou eu e você antes de Cristo.
Pensando nisso algumas perguntas são automaticamente
respondidas.
Será que a humanidade está caminhando no rumo certo?
Será que o homem está na estrada correta que nos levará para um fim, sendo que este fim, nos trará benefícios, e 7
melhor, benefícios eternos? Será que temos capacidade
para realizarmos tais escolhas e condições para decidirmos por nos mesmos o que é melhor para nós?
Mas e agora o que resta para o homem?
A resposta se encontra em João 3: 3-6 “A isto, responde Jesus: Em
verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. Perguntou-lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, voltar ao ventre materno e nascer segunda vez? Respondeu Jesus: Em verdade, em verdade te digo: quem não nascer da agua e do Espírito não pode entrar no reino de Deus.”
O homem precisa crer no evangelho e aceitar o sacrifício
vicário de Jesus para que ele possa ser regenerado por Deus, e receber nova vida espiritual, recebendo de Deus a declaração judicial de que ele agora é justo mediante o sacrifício de Jesus Cristo na cruz a cerca de toda a lei de Deus, assim, o homem recebe o Santo Espírito, a renovação da mente e coração, passando por um processo de santificação, tornando-se assim novamente a imagem e semelhança de Deus, para que então ele seja glorificado juntamente com Cristo e viva uma eternidade com seu Criador.
Por isso a ideologia atual é apenas o conceito de homem
moralmente caído, vivendo na escuridão, depravado pelo 8
pecado, com uma disposição mental reprovável e
destituídos da presença de Deus no anseio de suprir algo que lhes foi tirado, algo que adão tinha todos os dias no virar da tarde no jardim no Eden, Gn 3:8 que era a comunhão com Deus no seu estado original.