Você está na página 1de 3

Relatório Quinzenal (01/07/2021 a 15/07/2021)

Em 1598, no livro Diálogos das Grandezas do Brasil, Ambrósio Fernandes


Brandão, citou o que ficou conhecido como o primeiro Sítio Arqueologico Brasileiro.
De acordo com o autor, o local ficava próximo a um rio chamado Arasoagipe.
Figuras como flores e uma cruz ali foram avistadas e descritas pelo escritor. No dia 2
e 3 de Julho, atendendo a um convite da Prefeitura de Serra da Raiz, atráves da
secretaria de Cultura, a equipe do LABAP, a qual eu faço parte, esteve na Loca da
Nega, onde os habitantes do município acreditam ser o local descrito por Ambrósio.
Em uma escavação que durou dois dias, tentamos encontrar artifícios que
comprovassem tal ideia.

A equipe que teve a coordenação do professor Juvandi, encontrou após


escavações, em altura de aproximadamente 30 cm, cerâmicas e uma peça de metal.
Também se localizou durante o processo fragmentos de osso. O local, que é bem
agradável, infelizmente, sofreu a ação de vândalos, que depredaram através de
pichação, algumas pinturas ruprestres que ali podiam ser avistadas anteriormente.
O processo de escavação foi realizado durante os dois turnos da sexta e do
sábado. Algumas dificuldades surgiram, como a chuva, no segundo dia, e o difícil
acesso ao local, que fica localizado dentro de uma mata fechada, em um terreno de
difícil acesso. Ambas foram superadas.

Ali também recebemos a presença de escolas locais, que participaram de


aulas no local da escavação. Pude ministrar para três turmas destacando todo o
processo que ali realizamos, destacando a importância da preservação do
patrimônio histórico, previsto em Lei. Foi gratificante observar a atenção e a
satisfação dos alunos ao terem acesso às informações. Abaixo mais algumas fotos
da atividade.
Nessa quinzena também dei prosseguimento ao processo de higienização e
tombamento dos fósseis recolhidos na cidade de Barra de Santana, no último mês
de março. O trabalho já se encontra em fase bastante adiantada. Em breve estarei
finalizando está atividade.

Arthur Franklin Ferreira Lopes

Você também pode gostar