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UEPB – UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CURSO DE LICENCIATURA EM HISTÓRIA


DISCIPLINA:
HISTÓRIA DO BRASIL III
DOCENTE: PROFA SABRINA RAFAEL BEZERRA
DISCENTE: ARTHUR FRANKLIN FERREIRA LOPES

O que muda com a República em relação a discriminação?

Costa, Emília Viotti da. Da monarquia à república: momentos decisivos/Emília


Viotti da Costa. – 6.ed. – São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1999.

Durante o período em que a monarquia vigorou no Brasil, era possível se


observar que o sistema de clientela que sobreviveria ao Império “mascarava as
tensões de classe e os antagonismos raciais”. Foi através do sistema de clientela e
patronagem que as elites brasileiras consolidaram sua hegemonia sobre os demais
grupos sociais, não precisando assim recorrer a formas explícitas de discriminação
racial. Por muito se propagou que o preconceito de cor não existia, sendo negado
não só pelos senhores, mas também por viajantes estrangeiros em seus livros.

Com o processo de abolição, passou-se a propagar a ideia de que a mesma


provocou a queda da Monarquia porque os fazendeiros que até então tinham
apoiado o Império aderiram, por despeito ou vingança, ao “novo Brasil”. Joaquim
Nabuco dizia no parlamento que “a força dos republicanos provinha do
descontentamento causado pela Abolição. Em todo esse cenário, vemos que os
mais prejudicados foram os negros, pois embora a forma de governo estivesse
passando por mudanças, a forma de tratamento e assistência a essa grande e
importante parcela da população não existia, sendo estes deixados à mercê da
própria sorte.

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