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RA00318761
Diáspora I e II
HIS-MBA 2
Introdução:
Qual o sentido desta afirmação? Por que se “meter dentro dos Palmares”?
As motivações para essa necessidade terras são avaliadas por Alencastro no trecho
que segue:
“Diferentemente dos milicianos de Pernambuco e da Bahia, em busca
de soldo, e às vezes embarcados à força para Angola, os paulistas
possuíam terras em São Paulo e no sertão nordestino. Mas haviam
empobrecido após a perda dos mercados do Rio de Janeiro e das
capitanias nordestinas, no final da guerra holandesa, quando as
importações de mantimentos europeus e escravos africanos voltaram a
reabastecer o Brasil Ilhados no Sul, eles migram em busca de terras
mais próximas das praças marítimas. Acrescente-se que os paulistas
sempre combatiam com seus índios, cuja adaptação em Angola e ao
ambiente epidemiológico africano, era problemática.” (p. 68)
Nisto, temos uma motivação externa relacionada à política mundial por parte da
metrópole, e uma motivação interna correlacionada as consequências econômicas que a
guerra com os holandeses implicou para a vida dentro da colônia americana e para os seus
colonos paulistas.
Um outro nome para Palmares era Angola Janga que pode ser interpretado como
“Angolinha”. Palmares era, para os africanos escravizados, uma forma de reviver sua
terra natal; uma forma de escapatória da realidade colonial que os oprimia; uma maneira
de reivindicar pela própria individualidade e liberdade dos povos africanos forçados a
virem para o território americano.
Com todos estes fatos abordados durante a resenha, podemos voltar a nossa
afirmação inicial de que Palmares era uma força pré-colonial, pré-europeia e pré-sul-
atlântica.
Estes conceitos se correlacionam diretamente a realidade que foi
desenvolvida em Palmares. Para encerar esta análise do texto de Felipe Luiz de
Alencastro, cito o mesmo que explica a característica fortemente anticolonial de
Palmares: