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Débito e Crédito
Em contabilidade, os termos débito e crédito são convenções contábeis. Não significam algo
favorável ou desfavorável. Os leigos em contabilidade costumam associar esses termos – débito e
crédito – a valores a receber ou a pagar e até a significados de coisas boas e ruins no patrimônio
da empresa.
Em verdade, débito e crédito são simplesmente convenções contábeis, com uma função
específica em cada conta, como veremos a seguir.
A diferença entre o total de débitos e o total de créditos feitos em uma conta, em
determinado período, é denominada saldo. Se o valor dos débitos for superior ao valor dos
créditos, a conta terá um saldo devedor. Se acontecer o contrário, a conta terá um saldo credor.
Os elementos do Ativo ficam do lado esquerdo do Balanço. Por isso, todas as contas do
Ativo (Bens e Direitos) sempre devem apresentar saldos devedores, isto é, no lado esquerdo.
Deve-se observar que uma empresa possui ou não possui bens e direitos. Não existem bens
negativos e tampouco direitos negativos; portanto as contas do Ativo possuem saldo devedor ou
nulo. Para que uma conta do Ativo (Bens e Direitos) tenha saldo devedor, é necessário que as
variações (aumentos e diminuições) nela ocorridas sejam registrados da seguinte forma:
Aumentos Diminuições
Do Passivo: As contas do Passivo aparecem sempre no lado direito do Balanço, por isso ocorre,
com elas, o inverso do que acontece com o Ativo. Com efeito, os aumentos e as diminuições do
Passivo (obrigações) devem ser registrados da seguinte forma:
O Patrimônio Líquido poderá ser negativo (saldo devedor); quando isso ocorrer, ele
permanecerá do lado direito do Balanço, juntamente com o Passivo, subtraindo do seu total.
Com efeito, qualquer aumento no Patrimônio Líquido será regido por Crédito, e qualquer
diminuição, por débito. VIDE QUADRO ACIMA.
Obs. (a) Uma empresa possui ou não possui Passivo (dívidas, obrigações); não existem,
portanto, dívidas negativas.
(b) O Patrimônio Líquido (Ativo – Passivo), entretanto, pode ser maior, igual ou
menor que zero. Ou seja, pode ser positivo, nulo ou negativo.
Efetua-se um lançamento a
Contas
Débito Crédito
de para para
Contabilidade Geral 2024 3
REGRAS GERAIS:
Todo aumento de Ativo (lança-se no lado esquerdo do razonete): debita-se.
Toda diminuição de Ativo (lança-se no lado direito do razonete): credita-se.
Todo aumento de Passivo e PL (lança-se no lado direito do razonete): credita-se.
Toda diminuição de Passivo e PL (lança-se no lado esquerdo do razonete): debita-se.
ATIVO PASSIVO e PL
+
+ (-) (-) +
+
+ Aumenta Diminui Diminui Aumenta +
+ +
+ +
+ +
+ +
DÉBITO CRÉDITO
O método, utilizado há mais de cinco séculos, nada mais é do que uma equação matemática de
igualdade associada a uma lógica - para todo recurso tem que existir uma fonte. A contabilidade
usa as partidas dobradas, representadas por débitos e créditos de mesmo valor, para indicar a
conta onde foi feita a aplicação do recurso e para creditar a conta que representou a origem.
Concluiu-se que, para todo débito, teremos um ou mais créditos ou vice-versa. Se o "Balanço não
bate" é porque uma das partidas não foi feita, está defeituosa ou a soma não confere. O modelo
contábil de partidas dobradas impõe que deva existir sempre uma precisão matemática nas suas
informações.
Partidas Dobradas
ATIVO = PASSIVO (+PL)
= =
APLICAÇÃO = ORIGEM
= =
DÉBITO = CRÉDITO
1.7. Exemplos de Registro de Operações no Razão
Objetivando ilustrar a função do débito e do crédito nas contas, realizaremos, a seguir,
algumas operações em uma empresa. O foco será dado na verificação de quais seriam os
lançamentos necessários para o registro das variações – aumentos e diminuições -.
Para simplificar a demonstração serão usados os razonetes, nos quais serão colocados apenas os
valores, a débito ou a crédito. Para auxiliar na identificação dos lançamentos, o débito e o crédito
de cada operação terão a mesma numeração, entre parênteses, conforme figura abaixo:
D
D XXXX
XXXX C
C D
D YYY
YYY C
C
vvvv
vvvv vvvv
vvvv
CAIXA CAPITAL
(1) 17.000 17.000 (1)
Se a operação anterior fosse representada em contas reais e não em razonetes simplificados, essa
operação seria registrada da seguinte forma:
Obs: Ativo, se existe, tem saldo devedor. Logo, ao surgir dinheiro onde não havia nada, há que se
debitar o Caixa. Em contrapartida, o PL, que está do lado direito do Balanço tem saldo Credor, ao
passar de zero para o valor positivo de R$17.000, provoca um Crédito na Conta Capital.
TERRENOS CAIXA
(1) 17.000
(2) 6.200 6.200 (2)
Saldo=10.800
4. Compra de Materiais – em 28.07, foram adquiridas, a prazo, diversos materiais no valor total
de R$7.800. Como resultado, teremos:
Um novo Ativo – Materiais – foi adquirido – debita-se Estoques
Foi assumida uma obrigação a pagar – credita-se Contas a Pagar
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7. Foi pago, em 31.07, parte da dívida referente à compra do dia 28.07, o valor pago foi de
R$7.000. Esse fato provocou uma nova alteração:
O Passivo Contas a Pagar foi diminuído – debita-se Contas a Pagar.
O Ativo Caixa foi diminuído – credita-se Caixa.
Obs. As contas Títulos a Receber (do Ativo) e Contas a Pagar (do Passivo) e outras do mesmo
tipo podem abrigar diversos devedores ou credores. Os saldos dessas contas representação, dessa
forma, o total de débitos e créditos que a empresa mantêm com outros patrimônios (terceiros).
Essas contas (coletivas) podem ser desdobradas em diversas subcontas, quando for necessário o
controle individualizado de cada devedor ou credor da empresa. Atualmente, os softwares
contábeis podem controlar centenas de milhares de clientes, fornecedores e até dos itens existentes
nos estoques de forma individualizada – como no caso dos bancos e das empresas comerciais
atacadistas com os seus milhares de clientes e dos hipermercados com seus milhares de itens em
estoque.
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DÉBITO
DÉBITO
PATRIMÔNIO
PATRIMÔNIO
ATIVO
ATIVO PASSIVO
PASSIVO LÍQUIDO
LÍQUIDO
Aumento
Aumento Diminuição
Diminuição Diminuição
Diminuição
dovalor
do valor dovalor
do valor dovalor
do valor
Aplicação
Aplicação Aplicação
Aplicação Aplicação
Aplicação
de recursos
de recursos de recursos
de recursos de recursos
de recursos
CRÉDITO
CRÉDITO
PATRIMÔNIO
PATRIMÔNIO
ATIVO
ATIVO PASSIVO
PASSIVO LÍQUIDO
LÍQUIDO
Diminuição
Diminuição Aumento
Aumento Aumento
Aumento
dovalor
do valor dovalor
do valor dovalor
do valor
Origem
Origem Origem
Origem Origem
Origem
de recursos
de recursos de recursos
de recursos de recursos
de recursos
Contabilidade Geral 2024 8
1.8. Diário
Obs. Muitos autores mencionam os requisitos acima como: Os cinco elementos do lançamento.
Exemplo de uma partida de Diário (lançamento manual):
Esse mesmo lançamento, se realizado por CPD (computador), poderia ser planilhado –
para digitação - da seguinte forma:
Obs: Quando a escrituração é manual, a conta debitada é colocada em primeiro lugar e a conta
creditada logo abaixo e precedida da preposição a.
No século XV, início da fase científica da contabilidade, o Frei Luca Paciolo expôs em
seu Tratado sobre Contabilidade e Escrituração – “Tratactus de Computis et Scripturis”,
publicado em 1494, a terminologia adotada no método das partidas dobradas era a seguinte:
“Per”, mediante o qual se reconhece o devedor;
“A”, pelo qual se reconhece o credor.
Da mesma forma que se faz hoje, a metodologia daquela época era a de se debitar a
aplicação e se creditar a origem do recurso, ou seja, no exemplo acima, o Ativo Estoque deve ao
Ativo Caixa, ou seja: Estoque deve “a” Caixa, o estoque é o devedor e o caixa é o credor do
recurso. Nesse sentido, o Estoque (onde foi aplicado o recurso) deve ao Caixa (que forneceu o
recurso).
Pouco tempo depois, De Granges, francês, criou o célebre axioma: “Debita-se aquilo que
se recebe e credita-se aquilo que se dá” (Debiter celui qui reçoit et crediter celui qui donne).
Goethe (1949, p. 39) deixou escrito no seu livro “Wilbelm Meisters Lebrjabre”, que a
partida dobrada era uma das mais belas invenções do espírito humano.(“eine der schonsten
Erfindugen des menschlichen geistes”)1.
No Brasil, apenas com a chegada do Príncipe Regente D.João VI, com vistas à necessidade
de assegurar à administração maior rigor e segurança, oficializou-se a adoção da escrituração pelo
método das partidas dobradas:
“Para que o método de escrituração de minha real Fazenda não fique arbitrário e
sujeito à maneira de pensar de cada um dos Contadores-Gerais, que sou servido criar
para o Erário: Ordeno que a escrituração seja mercantil por partidas dobradas, por
ser a única seguida pelas nações mais civilizadas. Assim pela sua brevidade para
maneio das grandes somas, como por ser a mais clara e a que menos lugar dá a erros
e subterfúgios, onde se esconda a malícia e a fraude de prevaricadores”.
Atualmente, no mundo financeiro globalizado, apenas a indicação das letras “D” e “C”
determinam os lançamentos a débito e a crédito nas contas. Outra convenção internacionalmente
aceita, há mais de 500 anos é a de que o Débito sempre vem à esqueda ou acima do Crédito
1
GOETHE, W. (1949). Wilbelm Meisters Lebrjafre. Ed. Zurique. Apud. CASSANDRO, Paolo Emilio.
Betriebswirtschaftslehre e Economia Aziendal. In Revista Paulista de Contabilidade nº 448/1976.
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DÉBIT
DÉBIT CRÉDIT
CRÉDIT
OO OO
Os modelos do lançamento contábil de 1a fórmula:
Local,data
Local, data
Contadebitada
Conta debitada
aaConta
Contacreditada
creditada
Histórico
Histórico Valor
Valor
Ou:
Local,data
Local, data
DD--Conta
Contadebitada
debitada
C - Conta creditada
C - Conta creditada
Histórico
Histórico Valor
Valor
Ou, ainda:
Local,data
Local, data
Contadebitada
Conta debitada Valoraadébito
Valor débito
Conta creditada
Conta creditada Valoraacrédito
Valor crédito
Histórico
Histórico
Os modelos apresentados são bastante usuais. Deve-se observar que a partícula "a" é um
identificador da(s) conta(s) que é (são) creditada(s).
No terceiro modelo as colunas representam: à esquerda a coluna de débitos e à direita, a de
créditos. O posicionamento das contas também é convencionado.
No quadro abaixo é dado um exemplo de depósito bancário e uma compra a prazo:
DÉBITO
DÉBITO
Modelo do lançamento contábil de 2a fórmula:
Local,data
Local, data
Contadebitada
Conta debitada
aaDiversos
Diversos
a creditada 11
Contacreditada
a Conta
Histórico 11
Histórico crédito 11
Valorcrédito
Valor
aaConta creditada 22
Contacreditada
Histórico 22
Histórico Valor crédito 22 Total
Valorcrédito Totalde
dedébito
débito
Ou:
Local,data
Local, data
DD––Conta
Contadebitada
debitada
Histórico débito
Histórico débito valordébito
valor débito
CC––Diversos
Diversos
C – Contascreditada
C – Contas creditada––11
Histórico crédito––11
Histórico crédito valorcrédito
valor crédito ––11
CC––Conta
Contacreditada
creditada––22
Histórico crédito––22 a valorcrédito
crédito –22
Existem, como Histórico crédito
visto acima, variantes no modelo de 2valor
fórmula. No –primeiro caso, o valor à
direita seria o totalizador da conta única (debitada); no segundo caso, obedece ao posicionamento
das colunas do Diário. Temos a destacar a utilização da palavra "Diversos" que é usada quando
mais de uma conta é creditada e/ou, veremos adiante, debitada.
Para exemplificar consideremos o seguinte fato: Compra de materiais por R$ 4.000, sendo
que as metades foram pagas à vista e o restante – R$2.000 – a prazo.
a DIVERSOS
a DUPLICATAS A PAGAR (passivo)
ET & CIA. LTDA.
Vlr. Duplicata 2345/B – ET & CIA LTDA................... 2.000,00
a CAIXA (ativo)
Pg.Dupl.2345/A –ET & CIA...................................... 2.000,00 4.000,00
CRÉDITO
DÉBITO
DÉBITO
Local,data
Local, data
Diversos
Diversos
aaConta
Contacreditada
creditada
Conta debitada––11
Conta debitada
Histórico ––11
Histórico valordébito
valor débito ––11
Contas creditada––22
Contas creditada
Histórico ––22
Histórico valorcrédito
valor crédito ––22 Total
Totalcrédito
crédito
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de TERRENOS (ativo)
Vlr.Terreno, Rua tal, ch.0934 cf.Reg.Imóveis........ 15.000.00
de EDIFICAÇÕES (ativo)
Vr.Imóvel, Rua tal ch.934 cf.Reg.Imóveis................. 20.000.00 35.000,00
Débito Crédito
Débito Crédito
Local,data
Local, data
DIVERSOS
DIVERSOS
aaDIVERSOS
DIVERSOS
Conta debitada 11
Conta debitada
Histórico ––11
Histórico vr.débito
vr. débito ––11
Conta debitada ––22
Conta debitada
Histórico ––22
Histórico vr.débito
vr. débito ––22 Total
Totaldébitos
débitos
a Conta creditada ––11
a Conta creditada
Histórico ––33
Histórico vr.crédito
vr. crédito ––11
a Conta creditada ––22
a Conta creditada
Histórico ––44
Histórico vr.crédito
vr. crédito ––22 Total
Totalcréditos
créditos
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O CFC através das Normas Brasileiras de Contabilidade NBC T 2, que trata da escrituração
contábil, considerando que a escrituração contábil não deve conter rasuras, emendas, raspaduras ou
escritos nas entrelinhas, estabelece a forma de correção dos eventuais erros nos lançamentos
contábeis, e define o seguinte:
Retificação de lançamento é o processo técnico de correção de um registro realizado com erro
na escrituração contábil das Entidades.
São formas de retificação :
a) o estorno;
b) a transferência;
c) a complementação.
Em qualquer das modalidades acima, o histórico do lançamento deverá precisar o motivo da
retificação, a data e a localização do lançamento de origem.
O estorno consiste em lançamento inverso àquele feito erroneamente, anulando-o totalmente.
Lançamento de transferência é aquele que promove a regularização de conta indevidamente
debitada ou creditada, através da transposição do valor para a conta adequada.
Lançamento de complementação é aquele que vem, posteriormente, complementar,
aumentando ou reduzindo, o valor anteriormente registrado.
Os lançamentos realizados fora da época devida deverão consignar, nos seus históricos, as
datas efetivas das ocorrências e a razão do atraso.
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Como foi visto, existem algumas contas coletivas, como Contas a Receber, Contas a Receber,
Fornecedores, Bancos Conta Movimento, etc. A empresa precisa manter controles adicionais para
o controle individualizado de cada devedor ou credor. Quando o sistema de contabilidade –
software contábil – não oferecer condições para que esse controle seja feito de forma integrada, a
empresa deverá adotar livros auxiliares (ou sistemas separados – descentralizados -) do razão que
funcionam como desdobramento das contas coletivas. Exemplos de controles (livros) auxiliares
são: livro caixa, conta corrente de bancos, de clientes e de fornecedores, movimentação de
estoques, Imobilizado de uso, etc.
1.11.Balancete de Verificação
Como já foi estudado no item 3.8, quando se tratou do método das partidas dobradas, foi
visto que, em decorrência do seu uso, o valor total dos saldos devedores deve ser igual ao valor
total dos saldos devedores das contas.
É costume procurar verificar essa igualdade periodicamente, relacionando todas as contas
em um demonstrativo chamado Balancete de Verificação do Razão, Balancete de Verificação ou
simplesmente Balancete como pode ser visto no exemplo abaixo:
Comercial ET Ltda.
Balancete de Verificação em 31/07/20x1.
SALDOS
CONTAS Devedores Credores
Caixa 6.000 -
Contas a Receber 63.000 -
Estoques 78.000 -
Terrenos 31.000 -
Móveis e Utensílios 50.000 -
Fornecedores - 58.000
Capital - 170.000
SOMA 228.000 228.000
Este é um exemplo de balancete que evidencia apenas a posição do saldo existente
de cada, ao final do período. Existem outros tipos de balancetes que demonstram, além do saldo
final, o saldo inicial e a movimentação precedente – de seis e de oito colunas:
A Lei das SAs estabelece, em seu artigo 178, §1º, que, no ativo, as contas serão dispostas em
ordem decrescente de liquidez, e, dentro desse conceito, as contas de disponibilidades são as
primeiras a serem apresentadas no balanço, dentro do ativo circulante. Seguem-se os direitos
realizáveis no curso do exercício social subseqüente e aplicações de recursos em despesa do
exercício seguinte.
I – CIRCULANTE
b) Créditos – São os títulos de crédito, quaisquer valores mobiliários e os outros direitos. Estes
direitos representam, normalmente, um dos mais importantes ativos das empresas em geral.
Decorrem de vendas a prazo, de mercadorias e serviços a clientes ou são oriundos de outras
transações que geram valores a receber.
A Lei nº 6.404-76 não separa as transações relacionadas às atividades-fins das não-
relacionadas com as atividades-fins da empresa. A NBC T 3 determina essa segregação,
classificando as transações não-relacionadas com as atividades-fins em Outros Valores e Bens.
III – PERMANENTE
São bens de permanência duradoura, destinados ao funcionamento normal da sociedade e do
seu empreendimento, assim como os direitos exercidos com essa finalidade. Não estão destinados à
transformação direta em meios de pagamento e sua perspectiva de permanência na entidade
ultrapassa um exercício.
É constituído pelos seguintes subgrupos:
a) Investimentos – São as participações permanentes em outras sociedades e os bens e direitos que
não se destinem à manutenção das atividades da companhia ou empresa.
b) Imobilizado – São os bens e direitos, tangíveis e intangíveis, utilizados na consecução das
atividades-fins da entidade.
Bens Tangíveis: aqueles que têm corpo físico, tais como terrenos, máquinas, veículos,
benfeitorias em propriedades arrendadas, direitos sobre recursos naturais, etc.
Bens Intangíveis: aqueles cujo valor reside não em qualquer propriedade física, mas nos
direitos de propriedade legalmente conferidos aos seus possuidores, tais como: patentes, direitos
autorais, marcas, etc.
Observação: Também integram o Imobilizado os recursos aplicados ou já destinados a bens da
natureza citada, mesmo que ainda não em operação, mas que se destinem a tal finalidade, tal
como construção em andamento.
c) Diferido – Segundo Iudícibus, Martins e Gelbcke, na obra Manual de Contabilidade das
Sociedades por Ações, serão classificadas no Ativo Diferido:
“as aplicações de recursos em despesas que contribuirão para a formação do
resultado de mais de um exercício social, inclusive os juros pagos ou creditados aos
acionistas durante o período que anteceder ao início das operações sociais”.
Consignam, ainda, esses autores que “os Ativos Diferidos caracterizam-se por serem ativos
intangíveis, que serão amortizados por apropriação às despesas operacionais, no período de tempo
em que estiverem contribuindo para a formação do resultado da empresa. Compreendem despesas
incorridas durante o período de desenvolvimento, construção e implantação de projetos, anteriores
ao seu início de operação, aos quais tais despesas estão associadas, bem como as incorridas com
pesquisas e desenvolvimento de produtos, com implantação de projetos mais amplos de sistemas e
métodos, com reorganização da empresa e outras. Não incluem bens corpóreos, já que estes devem
ser classificados no Imobilizado. Representam, muitas vezes, gastos que seriam lançados como
despesas operacionais caso a atividade a que se referem estivesse já produzindo receitas. É o caso
dos gastos incorridos com pessoal administrativo, despesas gerais e administrativas e demais gastos
Contabilidade Geral 2024 20
específicos (desde que não sejam parte do Imobilizado), que são necessários ao desenvolvimento
de um projeto ““.
Observação: Não se deve confundir a natureza das operações classificáveis nesse subgrupo, ou
seja, Ativo Permanente Diferido, com a natureza das operações classificáveis no subgrupo despesas
antecipadas, no Ativo Circulante.
a) Ativo Circulante
- Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa – provisão para cobrir as perdas estimadas na
cobrança das contas a receber.
- Duplicatas Descontadas – esta operação demonstra a responsabilidade da empresa que efetuou o
desconto pelo pagamento das duplicatas ao banco, caso seu cliente falte ao pagamento no
vencimento. Essas duplicatas descontadas não devem figurar no passivo, pois não existe ainda a
dívida por parte da empresa. Esta só existe à medida que ocorre o vencimento dos títulos, e o
devedor não os paga.
- Provisão para redução ao valor do mercado – destina-se a registrar o valor dos itens de estoques
que estiverem a um custo superior ao valor de mercado.
- Provisão para perdas em estoques – destina-se a registrar as perdas conhecidas em estoques e
calculadas por estimativa, relacionadas a estoques obsoletos e, também, para dar cobertura a
diferenças físicas.
c) Ativo Permanente
Investimentos
- Provisão para Perdas Prováveis na Realização de Investimentos
Imobilizado
- Depreciação Acumulada – perda do valor dos direitos que têm por objeto bens físicos sujeitos a
desgastes ou perda de utilidade por uso, ação da natureza ou obsolescência.
- Exaustão – perda do valor, decorrente da sua exploração, de direitos cujos objetos sejam recursos
minerais e florestais.
- Amortização – perda do valor do capital aplicado na aquisição de direitos de propriedade
industrial ou comercial.
Diferido
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- Amortização – Segundo o § 3º da Lei nº 6.404-76, a amortização destes ativos deverá ser feita
“em prazo não superior a dez anos, a partir do início da operação normal ou do exercício em que
passem a ser usufruídos os benefícios deles decorrentes, devendo ser registrada a perda do capital
aplicado quando abandonados os empreendimentos ou atividades a que se destinavam, ou
comprovado que essas atividades não poderão produzir resultados suficientes para amortizá-los”.
1.12.2. Os Grupos e Subgrupos das contas do Passivo
I – CIRCULANTE
São as obrigações conhecidas e os encargos estimados da empresa cuja liquidação se espera
que ocorra dentro do exercício social seguinte, ou de acordo com o ciclo operacional da empresa,
se este for superior a esse prazo.
Patrimônio Líquido
- Capital a Realizar – valor deduzido do capital social.
- Prejuízos Acumulados – valor deduzido dos elementos do Patrimônio Líquido.
- Ações em Tesouraria – ações da companhia que forem adquiridas pela própria sociedade. Devem
ser destacadas no Balanço Patrimonial como dedução da conta do Patrimônio Líquido que registre
a origem dos recursos aplicados na sua aquisição.
No livro Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações, Iudícibus, Martins e Gelbke
registram que “Resultado de Exercícios consta do Balanço entre o Passivo Exigível e o Patrimônio
Líquido e seu objetivo é abrigar receitas já recebidas que efetivamente devem ser reconhecidas em
resultados em anos futuros, daí a sua intitulação, sendo que já devem estar deduzidas dos custos e
despesas correspondentes, incorridas ou a incorrer. Todavia, somente deve englobar tais receitas
menos despesas, ou seja, resultados futuros recebidos, mas para os quais não haja qualquer tipo
de obrigação de devolução por parte da empresa”.
A NBC T 3 não considerou o grupo RESULTADO DE EXERCÍCIOS FUTUROS,
entendendo que tais contas devem ser classificadas no Ativo e Passivo Circulante. A Lei nº 6.404-
-76 prevê este grupo, e, por conseqüência, pode ser considerado no plano contábil das empresas.
O mais adequado, todavia, é classificar tais contas no Ativo e no Passivo Circulante.
Há uma tendência entre os doutrinadores da Ciência Contábil em não considerar este subgrupo
do Passivo.
ATIVO PASSIVO
CIRCULANTE CIRCULANTE
DISPONÍVEL Fornecedores
Caixa Obrigações Trabalhistas
Bancos Conta Movimento Obrigações Fiscais e Sociais a Receber
Bancos Cta. Aplicações de Liquidez Imediata Adiantamento de Clientes
CRÉDITOS Empréstimos e Financiamentos
Duplicatas a Receber Arrendamento Mercantil a Pagar
(-) Duplicatas Descontadas Aluguéis a Pagar
(-) Provisão p/ Crédito de Liquid. Duvidosa Lucros e Dividendos a Pagar
Bancos c/ aplicações Debêntures
Adiantamentos ProvisõesTrabalhistas
Tributos a Recuperar
ESTOQUES
DESPESAS ANTECIPADAS
Prêmios de Seguros a Vencer
Encargos Financeiros a Vencer
ATIVO REALIZÁVEL A LONGO PRAZO PASSIVO EXIGÍVEL A LONGO PRAZO
Clientes Empréstimos e Financiamentos
(-) Prov. p/ Crédito de Liquidação Duvidosa Títulos a Pagar
Títulos a Receber Debêntures
Créditos de Sócios e Diretores Provisões para Riscos Fiscais
Créditos de Coligadas e Controladas RESULTADOS DE EXERCÍCIOS FUTUROS
Adiantamentos a Terceiros Receitas de Exercícios Futuros
Particip. Societárias Não-Permanentes (-) Custos e Despesas de Exercícios Futuros
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A conta “Banco Conta Movimento” com saldo credor, representa obrigação para a empresa;
portanto, deve ser classificada no Passivo Circulante.
ATIVO:
Ativo Circulante: bens e direitos que se realizarão no exercício social seguinte (caixa, bancos,
aplicações financeiras, contas a receber, estoques, despesas antecipadas).
avaliação: custo de aquisição, custo ou mercado - dos dois o menor.
Ativo Realizável a Longo Prazo: direitos que irão realizar-se após o exercício social seguinte
(prestamistas, contas a receber a longo prazo).
avaliação: idem
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Ativo Permanente:
Investimentos: participações permanentes no capital social de outras sociedades e outros direitos
permanentes que não se destinem à manutenção das atividades da empresa (investimentos em
ações ou quotas, obras de arte, imóveis para aluguel, acervos, etc.).
avaliação: custo de aquisição menos provisão para perda, quando a perda estiver comprovada
como permanente. Os investimento relevantes são avaliados por equivalência patrimonial.
Imobilizado: bens e direitos destinados à manutenção das atividades da empresas ou exercidos com
essa finalidade (terrenos, edifícios, máquinas e equipamentos, móveis e utensílios, instalações,
marcas e patentes, obras em andamento, etc.).
avaliação: custo de aquisição mais reavaliação, e menos depreciação ou exaustão.
Diferido: despesas que contribuirão para a formação de mais de um exercício social (pré-
operacionais, despesas com reorganização, benfeitorias em propriedade alheia, etc.).
avaliação: custo de aquisição menos amortização (o prazo não pode ser superior a dez anos).
Os gastos em pesquisa e desenvolvimento podem ser registrados como despesa do ano no caso
de abandonado ou fracassado (nos EUA são tratados como despesa do período,
obrigatoriamente).
PASSIVO:
Passivo Circulante: obrigações vencíveis no exercício social seguinte (fornecedores, empréstimos,
impostos, salários e encargos sociais a pagar, contas a pagar etc.).
Avaliação: o valor efetivo devido. As obrigações em moeda estrangeira com cláusula de
paridade cambial e as obrigações com cláusulas de correção pós-fixadas deverão ser
atualizadas para a data do balanço.
Exigível a Longo Prazo: vencíveis após o final do exercício social seguinte (fornecedores,
empréstimos e financiamentos a longo prazo).
avaliação: idem
Resultados de Exercícios Futuros: receitas de exercícios futuros deduzidas dos custos e despesas a
elas correspondentes (loteamentos, obras de longo prazo).
avaliação: as receitas e menos os custos efetivamente incorridos deverão ser reconhecidos de
acordo com os princípios contábeis, que são dois: primeiro: de acordo com o andamento do
contrato, o lucro é reconhecido anualmente, com base no andamento físico do projeto ou nos
custos incorridos. Segundo: o reconhecimento do resultado é feito apenas do fim do projeto, na
entrega final do bem.
PATRIMÔNIO LÍQUIDO: recursos pertencentes aos acionistas da companhia (capital social, ágio
na colocação de ações, doações e subvenções para investimentos, lucros e/ou prejuízos acumulados
e reservas).
avaliação: pela contrapartida da apuração do resultado do exercício social ou de valores
registrados no ativo.
Contabilidade Geral 2024 25
O patrimônio líquido (ou Situação Líquida) pode variar pelas seguintes causas principais:
Obs. Neste capítulo será tratado o que concerne às Receitas, Despesas e Resultado.
4.1.1. Receita
4.1.2. Despesa
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4.1.3. Resultado
Receitas Despesas
de Vendas de Mercadoria de Aluguéis
de Venda de Produtos Fabricados de Salários e Encargos
de prestação de Serviços de Juros
de Comissões de Tributos (impostos, taxas e contribuições).
de Contribuições de Associados de Comissões
de Doações de Propaganda
de Juros de Consumo de materiais de escritório
de Aluguéis de Manutenção e Limpeza
de Mensalidades de Água, Luz, Telefone, Correio.
de Ganhos diversos, etc. de Perdas diversas, etc.
um organismo vivo que irá viver (operar) por um longo período de tempo (indeterminado) até que
surjam fortes evidências em contrário”.
O resultado exato de uma empresa, dessa forma, apenas seria apurado no final de sua vida –
sua liquidação -, após a venda de todo o seu Ativo (bens e direitos) e do pagamento de todo o seu
Passivo Exigível (obrigações para com terceiros). O resultado do empreendimento seria medido
pela diferença entre o PL apurado no final de sua vida e o PL inicial, considerados também os
aumentos de capital e as distribuições de lucros ocorridas durante o ciclo de vida da empresa
(empreendimento).
Ocorre, entretanto, que a administração precisa acompanhar o resultado das várias
operações e o desempenho econômico e financeiro da empresa – rentabilidade, produtividade,
lucratividade, eficiência, custo, capacidade de pagamento, etc. – que deve ser fornecida pela
contabilidade em intervalos regulares de tempo: de um ano, de seis meses, de três meses, de um
mês. Além de ter que prestar informações periódicas aos usuários (governo, sócios, fornecedores,
bancos, etc.) os administradores necessitam das informações para a tomada de decisões de
investimentos, orçamentos e para o planejamento e controle da empresa.
Assim, a contabilidade registra e resume todas as mudanças no PL que ocorrem durante o
período escolhido e apresenta o resultado obtido.
O período contábil, espaço de tempo escolhido para que a contabilidade mostre a situação
patrimonial e financeira na evolução dos negócios da empresa, quando de um ano, é também
denominado exercício social – que, quase sempre, corresponde ao ano calendário.
Para finalidades internas, as informações dos resultados, normalmente, são mostradas em
intervalos menores – semestral, trimestral e mensal -. Atualmente, em razão do novo ambiente dos
negócios – de concorrência acirrada, globalização da economia, a inovação tecnológica,
instabilidade no cenário econômico e mercadológico – a demanda por informações de natureza
econômica e financeira é diária e com apuração de resultados mensais.
Desp. Receit
Salários a
16.00 45.00
16.000 45.000
0 0
Resultado (A.R.E.)
16.000 45.000
7.000
Desp.Mat.Escritóri
o
7.00
7.000
0
Diante do exposto no tópico anterior, a conta Resultado (ARE) recebe, por transferência, a
débito, o valor dos saldos das contas de despesa e a crédito os saldos das contas de receita.
Se o total dos créditos da conta Resultado (ARE) for superior ao total dos débitos, teremos
lucro líquido; se, ao contrário, o total dos débitos superar o total dos créditos será apurado um
prejuízo.
Ocorrendo Lucro ou prejuízo, o resultado apurado (na A.R.E.) será transferido para a conta
Lucros ou Prejuízos Acumulados.
Após a transferência do resultado apurado para a conta Lucros ou Prejuízos Acumulados, o
Resultado do Exercício poderá ser distribuído (destinado) para outras contas do PL e do Passivo.
(Este assunto será tratado posteriormente)
Patrimônio Líquido
Contabilidade Geral 2024 29
Capital . . . . . . . . . . . . . . . . . .50.000
(-) Prejuízos Acumulados . . ( 1.000) . . . . . . . 49.000
Obs. As contas em negrito são as contas analíticas – sendo as únicas que receberão
lançamentos a débito e a crédito.
Em seguida, será feito o seguinte:
a.Lançamentos das operações realizadas em out/x1, no diário (planilha) e no razão (razonetes).
b. Levantamento do 1º balancete de verificação do razão (antes de encerrar as contas de resultado).
c.Lançamento de encerramento das contas de resultado (todas do grupo 3 – receitas e despesas)
d. Levantamento do 2º balancete de verificação do razão (após o encerramento das contas de
resultado).
e.Lançamento de transferência do resultado apurado na conta 4.1.1. are. A contrapartida é a conta
2.3.2. L/P Acumulados do Patrimônio Líquido.
f. Preparação do BP e da DRE em 31.out.20x1.
Lançamentos Contábeis (em planilha para entrada de dados no CPD)
Contabilidade Geral 2024 31
da conta de transferência:
411 – a.r.e.
(10) 250 10.250 (9)
(11) 1.100
(12) 4.500
(13) 400
4.000 =Saldo
(14) 4.000 0 =Saldo
2. Despesas
Consumo de Materiais de Escritório. . . 250
Consumo de Peças para Reparos . . . . . 1.100
Despesa de Salários . . . . . . . . . . . . . . . 4.500
Despesa de Aluguel . . . . . . . . . . . . . . . 400 (6.250)
Contabilidade Geral 2024 34
A Lei nº 6.404-76, em seu art. 187, determina que a demonstração do resultado do exercício
deverá discriminar a receita bruta de vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e
os impostos, bem como a receita líquida das vendas e serviços.
As vendas deverão ser contabilizadas pelo valor bruto, incluindo o valor dos impostos. Estes
impostos, bem como as devoluções e os abatimentos, deverão ser contabilizados em contas
individualizadas, que serão tratadas como contas redutoras das vendas.
No Regulamento do Imposto de Renda – Decreto nº 3.000-99, art. 280 –, consta que a receita
líquida é a receita bruta diminuída das vendas canceladas, dos descontos concedidos
incondicionalmente e dos impostos incidentes sobre as vendas, excluindo-se os impostos não-
cumulativos, pois, conforme orientação contida na Instrução Normativa da SRF nº 051-78, os
impostos não-cumulativos não são incluídos na receita bruta.
Portanto, considerando o disposto no Regulamento do Imposto de Renda, os impostos não-
cumulativos não integram a receita bruta de vendas e serviços. Todavia, de acordo com as
especificações dispostas na Lei nº 6.404-76, eles são parte integrante dela.
Para conciliar as posições e atender às legislações acima mencionadas, poder-se-ia adotar a
seguinte estrutura:
São representadas pelas contas de vendas canceladas, abatimentos e impostos incidentes sobre
vendas.
a) Vendas Canceladas é conta devedora que deve incluir todas as devoluções de vendas.
Correspondem à anulação de valores registrados como receitas brutas de vendas e serviços.
b) Abatimentos e descontos sobre vendas e serviços são aqueles concedidos incondicionalmente.
c) Impostos incidentes sobre vendas devem ser deduzidos da receita bruta de vendas. A receita
bruta deve ser registrada pelos valores totais, incluindo os impostos sobre ela incidentes.
DESPESAS/RECEITAS OPERACIONAIS
Iudícibus et al. consignam que:
“as Despesas Operacionais constituem-se das despesas pagas ou incorridas para
vender produtos e administrar a empresa; e dentro do conceito da Lei nº 6.404-76,
abrangem também as despesas líquidas para financiar suas operações; os resultados
líquidos das atividades acessórias da empresa são também considerados operacionais”.
O art. 187 da Lei nº 6.404-76 estabelece que, para se chegar ao lucro operacional, serão
deduzidas as “despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas
gerais e administrativas, e outras despesas operacionais”.
PARTICIPAÇÕES EM RESULTADO
O artigo 189 da Lei nº 6.404-76 estabelece que do resultado do exercício serão deduzidos,
antes de qualquer participação, os prejuízos acumulados e a provisão para o Imposto de Renda.
O artigo 190 da Lei nº 6.404-76 dispõe que as participações estatutárias de empregados,
administradores e partes beneficiárias serão determinadas, sucessivamente e nessa ordem, com
base nos lucros que remanescerem depois de deduzida a participação anteriormente calculada.
Nesse artigo, as debêntures não são mencionadas, mas, pela seqüência do artigo 187, conclui-se
que elas seriam incluídas antes da participação dos empregados.
O lucro por ação é apurado mediante a divisão do lucro do exercício pelo número de ações em
circulação do capital social.
CPV: pelo método do custeio por absorção - os custos diretos e os custos indiretos
consumidos na fábrica integram o custo dos produtos acabados para venda e só vão
a CPV depois de vendidos.
CMV: representa as transferências da conta de estoque de mercadorias depois de
vendidas.
CSP: compreende os gastos incorridos na prestação do serviço faturado.
PERDIGÃO S.A.
COMPANHIA ABERTA - CNPJ 01.838.723/0001-27
DEMONSTAÇÕES CONTÁBEIS
em 30 de junho de 2002 e 2001
BALANÇO PATRIMONIAL
2002 2001
ATIVO 2.670.295 2.254.767
CIRCULANTE 1.285.387 1.136.789
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 379.143 163.647
PERMANENTE 1.005.765 954.331
Investimentos 440 497
Imobilizado 930.202 889.834
Diferido 75.123 64.000
PASSIVO 2.670.295 2.254.767
CIRCULANTE 1.154.217 995.878
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 845.871 664.240
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 670.207 594.649
Capital social realizado 490.000 415.433
Reservas 182.808 139.602
Lucros (prejuízos) acumulados (2.601) 39.614
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO
2002 2001
RECEITA OPERACIONAL BRUTA 1.442.604 1.207.318
Vendas no mercado interno 941.885 785.848
Vendas no mercado externo 500.719 421.470
Deduções de vendas (185.496) (162.858)
RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA 1.257.108 1.044.460
Custo das vendas (908.421) (724.771)
LUCRO BRUTO 348.687 319.689
Despesas operacionais (260.011) (185.828)
Contabilidade Geral 2024 41
Para a correta apuração do resultado dentro de um exercício social, é necessário que, além
dos lançamentos das operações normais, ocorridas no período – pagamentos, recebimentos,
compras, vendas, consumo, etc., - sejam feitos lançamentos de ajustes, ao final do período, para a
Contabilidade Geral 2024 42
apropriação das despesas a pagar e receitas a receber – que, embora não tenham sido pagas ou
recebidas no período, foram geradas, ou seja, são de competência desse período.
Uma despesa a pagar é a que incorreu (ocorreu o fato gerador) dentro do período contábil,
mas ainda não foi paga. Uma receita a receber é a que foi ganha (o fato gerador ocorreu) dentro do
período contábil, mas ainda não foi recebida.
Essas despesas e receitas provocam alterações no PL do período a que se referem (de sua
competência), e, às vezes, deixam de ser registradas pela contabilidade pela falta de documentação
de origem ou dessa documentação não estar disponível em tempo hábil, ou ainda, pela falta do
recebimento ou do pagamento, etc. Por isso, ao final de cada período contábil, é necessário que
esses fatos sejam registrados, portanto, serão necessários lançamentos de ajustes, que deverão
seguir as seguintes regras gerais:
a. Se uma empresa obteve uma receita (ganhou), mas ainda não recebeu em dinheiro e
tampouco foi feito qualquer registro contábil, debita-se uma conta do Ativo e credita-se
uma conta de Receita.
b. Se uma empresa incorreu numa despesa ainda não paga em dinheiro, e se nenhum registro
contábil foi realizado, debita-se uma conta de Despesa e credita-se uma conta de Passivo.
Uma receita a receber é, por exemplo, uma prestação de serviço de representação comercial
já efetivado, porém não faturado ao cliente, e, conseqüentemente não recebido, mas que deverá ser
lançada como ajuste:
Varginha, 31/01/x1.
Comissões a Faturar (ativo)
a Receita de Comissões (resultado)
Valor serviços de comissões no mês, ñ faturadas . . . $2.000,00
Varginha, 10/02/x1.
Clientes (ativo)
Comissões a Faturar (ativo)
Valor. fatura prestação de serviço nº xxxx . . . . $2.000,00
No caso das despesas a pagar, temos o caso das despesas de salários. Nas empresas e
demais entidades, a folha de pagamento de salários é paga no início do mês seguinte; apesar disso,
a despesa deve ser atribuída ao mês vencido, porque a despesa é de competência do exercício em
que o serviço foi efetivamente prestado pelos empregados. Naquele mês o lançamento de ajuste
deverá ser feito:
Varginha, 31/01/x1.
Despesa de Salários (resultado)
a Salários a Pagar (Passivo)
Valor folha de pagtº. jan/x1, a pagar em fev/x1 . . . $10.000
Outras despesas incorridas e não pagas poderão ser objeto de ajuste, tais como: de energia
elétrica, de telefone, de juros por empréstimos a pagar, de impostos e taxas, de aluguéis, etc.
represente a referida despesa e creditando-se a conta do Ativo Circulante que registrou a despesa
paga antecipadamente.
A mais comum dessas despesas é a Despesa com seguros, a qual, no dia do pagamento, é
registrada a débito da conta Prêmios de Seguro a Vencer; mensal, trimestral ou anualmente, deve
ser apropriada a importância correspondente à Despesa do mês, do trimestre ou do ano.
Suponhamos que no dia 4 de agosto a empresa tenha efetuado um pagamento no valor de R$
36.500 para a Companhia Seguradora X, referente a seguro contra incêndio, pelo período de
cobertura de um ano (o patrimônio segurado fica coberto contra o risco durante 365 dias.).
A conta debitada (Prêmios de Seguro a Vencer) é conta do Ativo Circulante que registra a
despesa paga antecipadamente.
No final de cada mês, a empresa deverá apropriar o valor da despesa de seguro do referido
mês, debitando uma conta que represente a despesa de seguro e creditando a conta do Ativo
Circulante que registrou a despesa paga antecipadamente.
Para se conhecer o valor da Despesa de seguro de cada mês, é feito o seguinte cálculo: divide-
se o valor da despesa paga por 365 dias, obtendo-se, assim, o valor da Despesa de seguro
correspondente a um dia. A partir daí, basta multiplicar o número de dias do mês pelo valor da
despesa diária para se conhecer o valor a ser apropriado naquele mês.
Se a apropriação for feita somente no final do ano, basta multiplicar o número de dias
contados a partir do dia do pagamento da despesa (4 de agosto) até o último dia do ano (31 de
dezembro) pelo valor diário do seguro. Veja:
Varginha, 31.12.20x1.
Despesa de Seguro
a Prêmios de Seguro a Vencer
Vlr.apropriação despesa de seguro, ref. período: 04/08 a 31/12/x1 . $15.000
____________________ __________________________
Observações:
Contabilidade Geral 2024 45
• A conta debitada (Despesa de Seguro) é conta de Despesa Operacional deste exercício, cujo saldo
será transferido para a conta Resultado do Exercício, figurando na DRE de 20x1.
• A conta creditada (Prêmios de Seguro a Vencer) é conta que registra o valor da despesa paga
antecipadamente, cujo saldo corresponderá exatamente à despesa diferida (antecipada) que
passará para o exercício seguinte, referente aos 215 dias que restam para o vencimento do seguro
(de lº de janeiro a 3 de agosto/x2). O saldo dessa conta no Balanço de 31/12/x1 deverá ser de
$21.500.
Varginha,............
Estoque de material de Escritório (ativo)
a Caixa
Pg. NF.xxx, Cia ABC Ltda . . . . . . $1.000
No último dia do período, os materiais que foram efetivamente consumidos – cujo valor
será considerado despesa do exercício – deverão ser identificados através das baixas em controle
permanente de estoque ou através de inventário periódico. Na segunda hipótese, o esquema de
identificação da despesa do período será o seguinte - considerando o exercício de junh/x1:
Varginha, 30/06/x1.
Despesas com Materiais de Escritório
a Estoque de Material de Escritório
Valor Custo dos materiais consumidos jun/x1 . . . $900
de julho/x1. O valor que apareceria na DRE de junho/x1 será, exatamente, o valor dos materiais
consumidos no período.
Desgaste pelo uso: os Bens adquiridos para uso da empresa vão perdendo a sua capacidade de
produção e se desgastam. Por exemplo, um automóvel utilizado diariamente, durante cinco
anos, no final deste período não terá o mesmo rendimento que um automóvel com poucos
quilômetros rodados.
Ação do tempo: os Bens de uso da empresa, quando expostos ao sol ou à chuva, também
sofrem desgaste pela ação do tempo. Vão ficando velhos.
Obsolescência: As máquinas, equipamentos e instalações mecânicas, elétricas e eletrônicas vão
se tornando obsoletas em função da evolução tecnológica. Esses bens, embora, muitas vezes,
fisicamente em perfeito estado de conservação e em plena capacidade de produção e de uso,
suas especificações, sua produtividade, sua eficiência e eficácia foram ultrapassadas por novas
tecnologias. Muitas vezes já saíram da linha de produção de seus fabricantes. No caso de
computadores e de equipamentos de comunicação isso se torna ainda mais evidente.
Obs:
O prazo de vida útil admissível para fins de depreciação de Bem adquirido usado é o maior
dentre os seguintes:
a. metade do prazo de vida útil admissível para o Bem adquirido novo;
b. restante da vida útil do Bem, considerada em relação à primeira instalação ou
utilização desse Bem.
Um Bem só poderá ser depreciado após ser instalado, posto em serviço ou em condição de
produção.
Se um bem for instalado numa empresa, por exemplo, no mês de abril, a depreciação será
proporcional, levando-se em conta o número de meses restantes até o final do exercício.
Depois de estabelecido o tempo de vida útil, bem como a respectiva taxa anual de
depreciação, vamos verificar qual o método de depreciação que deveremos adotar.
Métodos de depreciação
Existem vários métodos de depreciação:
Método linear ou em linha reta;
Método da soma dos algarismos dos anos;
Método das horas de trabalho;
Método das unidades produzidas.
Método linear
O método linear consiste na aplicação de taxas constantes durante o tempo de vida útil
estimado para um Bem e é o mais freqüentemente utilizado.
Exemplo:
Suponhamos que o tempo de vida útil de um determinado Bem tenha sido estimado em
10 anos. Neste caso, a taxa anual de depreciação será de 10%.
Veja a fórmula:
Taxa de depreciação =
Cálculos da depreciação
A depreciação poderá ser calculada por:
Quotas anuais;
Quotas mensais.
É anual quando calculada e contabilizada uma única vez ao ano. O valor da quota anual
é obtido aplicando-se a taxa norma de depreciação sobre o valor do Bem.
É mensal quando calculada e contabilizada mensalmente. O valor da quota mensal é
obtido dividindo-se o valor da quota anual por 12.
A depreciação pode ser, ainda, normal ou acelerada, diferenciando-se tão-somente pela
variação na taxa de depreciação aplicável, que poderá variar conforme o número de turnos de
utilização do Bem a ser depreciado. Cada turno corresponde a um período de oito horas.
Assim, para a depreciação acelerada será aplicado um dos seguintes coeficientes sobre
a taxa normal utilizável:
Coeficiente 1,5 para dois turnos de oito horas de operação;
Coeficiente 2,0 para três turnos de oito horas de operação.
Exemplo:
1. Depreciação de Bens constantes do Balanço do exercício anterior:
Depreciar a conta Veículos, sabendo-se que:
saldo do Balanço anterior = R$ 20.000
taxa de depreciação a ser aplicada = 20% a.a.
Contabilidade Geral 2024 49
Procedimentos:
a. Aplicar a taxa anual de depreciação sobre o valor do Bem a ser depreciado:
Uma empresa recebe $1.000 de adiantamento por conta de futuras prestações de serviços a
se realizarem nos próximos meses.
Varginha, 02/12/x1.
Caixa
a Adiantamento de Clientes (passivo)
Recbtº. Adiantamento da Cia. ABC Ltda, cf recibo nº xxxx. $1.000
Contabilidade Geral 2024 50
Ao final do período, supondo que os serviços prestados foram cobertos pela Nota Fiscal nº 001, no
valor de R$ 600.
Varginha, 31/12/x1.
Adiantamento de Clientes
a Receita de Serviços
Valor n/ N. Fiscal 0001, Cia. ABC Ltda. . . . . $ 600
No Balanço de 31/12/x1, a conta Adiantamento de Clientes apresentará um saldo credor de $400,
que corresponde à parcela da obrigação de prestar os serviços contratados pela Cia. ABC. Na DRE,
a Receita de Serviços conterá o valor de $600 melhorando o resultado líquido do mês 12/x1.
Em resumo, podemos afirmar que as Despesas podem ser classificadas de duas formas:
1. Quanto ao pagamento: à Vista e a Prazo
2. Quanto ao período: Atual e Futura
5. O Plano de Contas
X. X. X. XX. XXX
5º grau (3 dígitos que indicam a
> conta objeto de lançamento)
1 ATIVO
1.1 ATIVO CIRCULANTE
1.1.1 Disponível
1.1.1.01 Caixa Geral
1.1.1.01.001 Caixa Matriz
1.1.1.01.002 Caixa Filial 1
Função: são lançadas todas es entradas e saídas físicas de dinheiro. Os pequenos
pagamentos não deverão ser feitos por ela, mas sim pelo fundo fixo, tratado abaixo.
Debita-se na entrada e credita-se na saída de dinheiro.
Natureza: Devedora, sempre.
1.1.1.01.100 Fundo Fixo de Caixa - Matriz
Função: Criada para controlar os pequenos pagamentos. Não deve ultrapassar um
determinado valor. A prestação de contas deve ser feita dentro de um período
contábil.
Debita-se na entrada e credita-se na saída de dinheiro.
Natureza: Devedora, sempre. Aparece nos balancetes com um valor sempre fixo, no
valor do fundo, porque existe sempre um responsável pelo valor do fundo fixo.
1.1.1.02 Bancos Conta Movimento
1.1.1.02.001 Banco Tal S.A.
Função: Registra toda a movimentação na conta corrente que a empresa mantêm no
banco. Cada Banco deverá ter uma conta analítica como esta.
Debita-se pelos depósitos e demais entradas por lançamentos em conta corrente e
credita-se na saída de dinheiro da conta por emissão de cheques e débitos
automáticos.
Natureza: Devedora.. Se aparecer credora é porque a empresa efetuou retiradas além
dos fundos depositados, nesse caso, dever ser transferida para o Passivo.
1.1.1.03 Aplicações Financeiras de Liquidez Imediata
1.1.1.03.001 Banco Tal S.A.
Função: são lançadas as aplicações feitas as aplicações feitas no fundo por meio do
Banco Tal S.A., como também os resgates (baixas das aplicações).
Debita-se quando a aplicação é feita e credita-se no resgate (retorno do dinheiro).
Natureza: Devedora, sempre.
1.1.2 Créditos (Valores a Receber)
1.1.2.01 Duplicatas a Receber
1.1.2.01.001 Cia ABC Ltda.
Função: Registrar as Notas Fiscais faturadas contra esse cliente. Registra também as
eventuais devoluções e as baixas das duplicatas, quando recebidas dos clientes.
Debita-se pela emissão da Nota Fiscal de Venda e credita-se no recebimento do título
ou pela devolução dos bens faturados.
Contabilidade Geral 2024 53
1.1.2.80 Ações
1.1.2.80.001 Aplicações em Ações
Função: Registrar as aplicações temporárias, realizadas pela empresa, em ações de
outras empresas.
Debita-se pela aplicação em ações e Credita-se pela venda das ações.
Natureza: Devedora
1.1.3 Estoques
1.1.3.01 Mercadorias, Produtos e Insumos.
1.1.3.01.001 Mercadorias para Revenda
Função: Registrar a movimentação das compras e vendas das mercadorias adquiridas
para revenda.
Debita-se pelas entradas que ocorrem pelas compras e Credita-se pela saída (baixa)
das mercadorias vendidas.
Natureza: Devedora
1.1.3.01.002 Matérias-Primas
1.1.3.01.003 Material de Embalagem.
1.1.3.01.004 Materiais auxiliares de Produção.
Função: Registrar a movimentação de entradas (compras) e baixas desses materiais
aplicados na fabricação dos bens produzidos para serem vendidos pela empresa.
Debita-se pelas entradas que ocorrem pelas compras e Credita-se pela saída (baixa)
dos insumos para a produção.
Natureza: Devedora
1.1.3.01.005 Produtos em Elaboração
Função: Registrar o estoque final, na data do encerramento do período base, o valor
dos produtos em elaboração apurados pela Contabilidade de Custos.
Debita-se pelo valor apurado dos produtos no final do período e Credita-se para que o
saldo dessa conta sirva de estoque inicial do período seguinte na apuração do Custo
dos Produtos Vendidos.
Natureza: Devedora.
1.1.3.01.006 Produtos Acabados para venda
Função: Registrar o estoque final, na data do encerramento do período base, o valor
dos produtos acabados existentes (ainda não vendidos).
Debita-se pelo valor apurado dos custos dos produtos no final do período e Credita-
se pela baixa dos produtos vendidos aos clientes.
Natureza: Devedora.
1.1.3.02 Almoxarifado
1.1.3.02.001 Almoxarifado de Manutenção
1.1.3.02.002 Almoxarifado Administrativo
Função: Registrar a movimentação dos diversos materiais consumidos na manutenção
das atividades administrativas e de manutenção da empresa – materiais de escritório,
de limpeza, manutenção, etc..
Debita-se pela compra dos materiais e Credita-se pelo consumo desses materiais na
empresa.
Natureza: Devedora.
1.1.3.03 (-) Provisão para Ajuste do Estoque ao Valor de Mercado
1.1.3.03.001 (-)...
Contabilidade Geral 2024 56
1.3.2.05 Ferramentas
1.3.2.05.001
Função: Registrar as aquisições de ferramentas para serviram como instrumento para
a manutenção, conservação ou instalação dos bens da empresa. Esses bens estão
sujeitoa à depreciação pela taxa de 15% a.a.. Atenção: as ferramentas adquiridas e
valor inferior a R$326, 92, poderão ser registradas diretamente como despesa ou
custo.
Debita-se pela aquisição e Credita-se pela baixa ou alienação.
Natureza: Devedora.
1.3.2.06 Marcas, Direitos e Patentes.
1.3.2.06.001 ...
Função: Registrar as aquisições de direitos de uso de marcas e patentes devidamente
autorizadas pelos órgãos públicos competentes. Marca: distinção de um produto ou
serviço dos demais concorrentes, podendo ser por meio de figuras, desenhos ou letras
trabalhadas, cujo direito de uso fica resguardado após o registro da marca. Patente:
documento que garante o direito exclusivo, ao inventor, de gozar da criação de uma
utilidade industrial. Quando se trata de marca ou patente própria o custo de aquisição
serão os gastos com taxas de registros nos órgão públicos e os honorários pagos a
profissionais especializados no registro; quando se tratar de marca ou patente
pertencente a terceiro, o custo de aquisição. Esses direitos tem prazo fixado para uso
e, por isso, devem sofrer amortização. A taxa é o valor do direito dividido pelo
número de anos autorizados pelo órgão público competente.
Debita-se pela aquisição do direito e Credita-se pela baixa integral do seu saldo,
quando totalmente amortizado.
Natureza: Devedora.
1.3.2.07 Benfeitorias em Propriedades de Terceiros
1.3.2.07.001 ...
Função: Registrar os dispêndios para ampliação ou restauração de imóvel de terceiros
para que atenda às necessidades da empresa. As benfeitorias não deverão conter
cláusula indenizatória o final do contrato. Os gastos para a simples manutenção do
imóvel em condições de uso (pintura, manutenção, jardinagem, etc.) são classificados
diretamente como despesa (não nessa conta). O valor da amortização será o valor total
do gasto dividido pelo prazo de locação. Nos contratos por prazo intederminado a taxa
de amortização é de 4% a.a. Deve ser tomado cuidado especial no caso de imóvel de
pessoa ligada (sócios, acionistas, dirigentes, participantes nos lucros, parentes ou
dependentes) o prazo de amortização será sempre de 25 anos (4% a.a.).
Debita-se pelos dispêndios e Credita-se pela baixa, quando totalmente amortizado.
Natureza: Devedora
1.3.2.09 (-) Depreciações, Amortizações e Exaustões Acumuladas
1.3.2.09.001 (-) Depreciações de Edifícios
1.3.2.09.002 (-) Depreciações de Móveis e Utensílios
1.3.2.09.003 (-) Depreciações de Máquinas, Equipamentos.
1.3.2.09.004 (-) Depreciações de Veículos
1.3.2.09.005 (-) Depreciações de Ferramentas
1.3.2.09.006 (-) Amortizações e Depreciações de Marcas, Direitos e Patentes.
1.3.2.09.007 (-) Amortizações e Depreciações de Benfeitorias em Propriedades de Terceiros
Contabilidade Geral 2024 61
1.3.2.09.008 (-)...
Função: A depreciação registra a parcela acumulada correspondente à perda do valor
dos bens físicos – móveis e utensílios, ferramentas, veículos, máquinas e
equipamentos – em decorrência do desgaste pelo uso, ação da natureza ou
obsolescência normal. A Amortização corresponde à perda do valor do capital
aplicado na aquisição de direitos de propriedade industrial ou comercial e quaisquer
outros com existência ou exercícios de duração limitada, ou cujo objeto sejam bens de
utilização por prazo legal ou contratualmente limitado. A exaustão corresponde à
perda do valor decorrente da exploração de recursos minerais ou florestais, ou bens
aplicados nessa exploração.
Debita-se para registrar a baixa da depreciação acumulada por ocasião da baixa do
bem, para se apurar o valor residual. Credita-se para registrar as cotas mensais,
tendo como contrapartida as despesas ou os custos.
Natureza: Credoras, redutoras do Ativo.
1.3.3 Ativo Diferido
1.3.3.01 Gastos Pré-Operacionais
1.3.3.01.001 Administrativos
1.3.3.01.002 De Organização
1.3.3.01.003 Financeiros
1.3.3.01.004 ...
Função: Registrar os gastos incorridos na empresa, mas cuja apropriação como
despesa será diferida (postergada), porque estes não contribuíram para a obtenção de
receitas, mas contribuirão somente para a formação do resultado nos diversos
períodos futuros. Essas contas estão sujeitas a amortização. A taca anual é 100%
dividido pelo número de anos em que deverão ser usufluídos os benefícios
provocados pelas despesas diferidas
Debita-se para registrar os gastos e Credita-se pelas cotas de amortização, quando o
empreendimento ou projeto entrar em operação.
Natureza: devedora
1.3.3.02 Gastos com Pesquisas e Desenvolvimento
1.3.3.02.001 Gastos Gerais
1.3.3.02.002 Financeiros
1.3.3.02.003 ...
1.3.3.03 Gastos de Implantação de Novos Sistemas e Métodos
1.3.3.03.001 Gastos Gerais com Implantação de Sistemas e Métodos
1.3.3.03.002 Financeiros
1.3.3.03.003 ...
Função: semelhantes ao grupo 13302, compreendem os gastos com a pré-produção os
dispêndios feitos desde a pesquisa – laboratórios e testes – até o nov produto ser
lançado definitivamente no mercado. São salários e encargos do pessoal envolvido, os
treinamentos, os honorários pagos a empresas ou profissionais e os materiais
consumidos.
Debita-se para registrar os gastos e Credita-se pelas cotas de amortização, quando o
empreendimento ou projeto entrar em operação.
Natureza: devedora
1.3.3.05 (-) Amortizações Acumuladas
Contabilidade Geral 2024 62
3 RESULTADO
3.1 Receitas Operacionais
3.1.1 Receita Bruta de Vendas
3.1.1.01 Receita com Vendas no País
3.1.1.01.001 Vendas de Produtos
Contabilidade Geral 2024 68
6. Bilbiografia
FAVERO, Hamilton L. et al. Contabilidade Teoria e Prática. 2ª ed. S. Paulo: Atlas, 1997. v. I.
FRANCO, Hilário. Contabilidade Geral. 23ª ed. São Paulo: Atlas, 1997.
HENDRIKSEN, E.; VAN BREDA, M. F. Accounting Theory. 5th ed. Chigaco: Irwin, 1992.
Contabilidade Geral 2024 75
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of financial statmentes. IASC, 1989.
IUDÍCUBUS, Sérgio de. Contabilidade Comercial. 4 ed. São Paulo: Atlas, 1999.
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Contabilidade introdutória. 9 ed. São Paulo: Atlas, 1998.
MARION, José Carlos. SOARES, Adenilson H. Contabilidade como instrumento para tomada de
decisões. São Paulo : Alínea, 2001.
OLIVEIRA, Luiz Martins. NAGATSUKA, Divane A.S. Introdução à contabilidade. São Paulo:
Futura, 2000.
PEREZ JR, J.H., BEGALLI, G.A. Elaboração das demonstrações contábeis. 2. ed. São Paulo:
Atlas, 1999.
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