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As Contas
Deste modo, e por exemplo, formarão um conjunto diferenciado, ou uma conta, todas
as dívidas a receber originadas pela venda a prazo de existências. E, naturalmente, cada conta
será designada por um título que dá a conhecer a natureza e/ou função dos elementos nela
agrupados. Nesta ordem de ideias, a conta que reúne todas aquelas dívidas a receber poder-se-
á intitular «Dívidas de Clientes» ou, mais simplesmente, «Clientes», pois este termo é
suficiente para caracterizar os elementos agrupados na conta ( as dívidas dos clientes, pela
venda a prazo de existências ).
Então, não terá dificuldades em saber quais são os elementos agrupados na conta
«Fornecedores » - todas as dívidas a pagar a fornecedores, originadas pela compra a prazo de
existências, claro.
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4.3 Representação Gráfica
Numa conta existem dois elementos fundamentais. O título que define o âmbito dos
elementos englobados na conta, no nosso exemplo – Caixa – e a sua extensão que varia
continuamente de acordo com as transacções efectuadas.
Homogeneidade:
Uma conta só pode incluir os elementos que obedecem à característica comum que
ela abrange. Por exemplo a dívida de um cliente é registada na conta de Clientes que
serve para registar essas dívidas e não na conta Caixa onde se regista o dinheiro
existente na empresa.
Integralidade:
Todos os elementos com a característica definida devem ser incluídos na conta.
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Saldo devedor:
Quando o débito é superior ao crédito. As contas dos bens Activos têm saldo devedor.
Saldo nulo:
Quando o débito é igual ao crédito.
Saldo credor:
Quando o crédito é superior ao débito. As contas do Passivo têm saldo credor.
D Caixa C D Capital C
(1) 5.000.000 (1) 5.000.000
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Activo = Passivo + Situação Líquida
Débito Crédito Débito Crédito Débito Crédito
Custos ( + ) Proveitos(+
)
Aumento Diminuiçõe Diminuções Aumentos Prejuízos Lucros
s s
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As contas onde se registam as diminuições da situação líquida a que poderemos
chamar contas de prejuízo ou de situação líquida passiva, são debitadas pelos aumentos ( dos
prejuízos ) e creditadas pelas diminuições ( dos prejuízos ).
Contas do Activo
Debitam-se pelos aumentos e creditam-se pelas diminuições
Contas do Passsivo
Debitam-se pelas diminuições e creditam-se pelos aumentos
Contas da Situação Líquida Passiva ( Custos e prejuízos )
Debitam-se pelos aumentos ( mais custos ou mais prejuízos ) e creditam-se pelas
diminuições ( menos custos ou menos prejuízos )
Contas da Situação Liquida Activa ( proveitos ou lucros )
Debitam-se pelas diminuições ( menos proveitos ou menos lucros ) e creditam-se
pelos aumentos ( mais proveito ou mais lucros ).
As contas definem-se pelo seu título, que resume o âmbito dos elementos
patrimoniais por elas abrangidas. Ora este âmbito, pode ser mais alargado ou mais restrito
podendo contas de âmbito mais restrito ser agrupadas em contas com âmbito mais alargado.
Por exemplo os depósitos no Banco Austral são registados na conta Banco Austral,
enquanto os que se encontram no Banco Internacional se registam no Banco Internacional.
No caso do âmbito da conta ser os depósitos bancários independentemente do banco
em que se encontram, temos então a conta Depósitos à Ordem, que engloba as duas
anteriores.
Temos assim contas elementares, como as duas primeiras, e contas complexas,
colectivas ou gerais. As contas que são sub-divisões de contas chamam-se sub-contas ou
contas divisionárias. Por vezes a relação entre as contas mais gerais, e as elementares
exprime-se pelo grau. Assim dizem-se contas do segundo grau e, sucessivamente, terceiro,
quarto, etc.
Como é evidente o valor (saldo) de uma conta geral é igual à soma dos saldos das
contas divisionárias.
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Por vezes a existência de contas com âmbito muito vasto exige, por uma necessidade
de análise que se criem contas do mesmo nível ou grau, onde se registam originariamente as
transacções e que depois se transferem, para a chamada conta principal. Estas contas
denominam-se contas subsidiárias. Por exemplo a conta Resultados do Exercício, tem como
contas subsidiárias as contas de Vendas onde se registam as vendas realizadas, Despesas com
o pessoal, onde se registam os custos com o pessoal, e muitas outras que opurtunamente serão
estudadas.
Outro aspecto muito importante é a definição clara das contas a serem utilizadas, o
seu âmbito e regras de movimentação, ou mais genericamente a definição do sistema
contabilístico a utilizar.
Um plano de contas, para poder ser considerado como tal, e poder desempenhar as
suas funções, deve abranger: princípios contabilísticos adoptados, políticas contabilísticas,
listas das contas, âmbito das contas e regras específicas de movimentação. Os modelos dos
documentos e demonstrações financeiras são igualmente peças importantes para que o plano
de contas desempenhe a sua função.
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4.8 As contas mais usadas a luz do Plano Geral de Contabilidade
As contas são utilizadas para registar todos os elementos patrimoniais, quer sejam
Activo, temos então contas do Activo, quer sejam do Passivo, contas do Passivo, ou da
Situação Líquida, contas da Situação Líquida. Estas últimas poderão ainda subdividir-se em
contas de Capital, Reservas e Resultados.
Vejamos seguidamente o âmbito de algumas das contas mais utilizadas de acordo
com a natureza dos elementos patrimoniais que englobam, (tal como se encontram definidas
no Plano Geral de Contabilidade):
Contas do Activo
Caixa:
Inclui as notas de banco, moedas e outros meios monetários equivalentes
Bancos:
Regista o movimento das contas bancárias.
Clientes:
Engloba as dívidas a receber resultantes da venda de mercadorias, produtos ou
serviços.
Mercadorias:
Bens adquiridos para venda sem que sofram transformações.
Produtos Acabados:
Bens produzidos pelas empresas que já estejam finalizados.
Matéria- Prima:
Bens adquiridos ou produzidos pela empresa destinados a serem incorporados no
processo produtivo.
Construções:
Engloba os edifícios e outras construções.
Equipamento:
Integra os instrumentos e máquinas utilizados na produção.
Ferramentas e utensílios:
Integra ferramentas e outros utensílios.
Encargos de Constituição:
Engloba os custos de constituição e que são incluídos no processo de constituição de
uma empresa.
Imobilizações Financeiras:
Incluem o valor das participações financeiras noutras empresas.
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Contas do Passivo:
Créditos Bancários:
Engloba as dívidas provenientes de empréstimos bancários.
Fornecedores:
Engloba as dívidas a pagar às entidades a quem se adquirem produtos ou serviços.
Credor-Estado:
Para registar as dívidas para com o Estado resultantes de impostos.
Credores-Sócios:
Engloba as dívidas para com os sócios.
Contas de Custos:
Custos de Vendas:
Regista os custos das vendas de mercadorias.
Remunerações:
Engloba os valores pagos e outros custos com os trabalhadores.
Fornecimento de Terceiros:
Engloba os custos com as aquisições de bens e serviços como àgua, energia,
conbustíveis, artigos de expediente, etc.
Encargos Finaceiros:
Regista os juros e outros encargos de natureza financeira.
Amortizações do exercício.
Regista a depreciação das imobilizações atribuídas ao exercício.
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Contas de Proveitos:
Vendas:
Engloba o valor resultante da venda de mercadorias e produtos.
Vendas de Serviços:
Engloba os valores resultantes dos serviços prestados.
Receitas financeiras:
Engloba os proveitos e ganhos de natureza financeira como juros, rendimentos de
capital, etc.
Outros proveitos:
Regista os proveitos que não sejam próprios dos objectivos principais da empresa.
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