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Índice

Introdução....................................................................................................................................1
O Balanço noção e Classificação...............................................................................................2
Conteúdo de movimentação das contas........................................................................................3
Regras de movimentação das contas.........................................................................................3
Conclusão.....................................................................................................................................6
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.........................................................................................7

0
Introdução
A contabilidade cujo o papel é apresentar a empresa do ponto de vista de valores,
pode ser bem entendida apenas a partir de um bom conhecimento da empresa.
Enquanto o inventário constitui apenas uma listagem dos valores do activo e do
passivo, o balanço por sua vez leva acabo a comparação (balanceamento) entre aquelas
classes de valores. São estes aspectos que marcam a sua diferença. Acrescentando a
Situação Líquida ao quadro do inventário, o balanço constrói o mapa da situação
patrimonial da empresa num determinado momento.
Segundo Dumarchey “o balanço é, pois, a expressão da relação existente entre o
activo, passivo e situação líquida.
Em contabilidade o balanço não pode deixar de traduzir a expressão do
equilíbrio entre o activo e o passivo. A conta constitui a base de toda escrituração, dado
que é a partir dela que se desenvolve todo o trabalho contabilístico. Como tal ela deve
obedecer a requisitos próprios, para que o trabalho se processe com fundamento e
regularidade. A presente pesquisa tem como tema “Balanço e as Regras de
Movimentações das Contas”.

1
O Balanço noção e Classificação
O Balanço é o mapa da situação patrimonial da empresa num determinado
momento.
Ou pode ser definido como a demonstração contabilística destinada a evidenciar,
qualitativamente e quantitativamente, numa determinada data, a situação patrimonial e
financeira de uma entidade.
Pode também ser entendida como:
A demonstração financeira, referida a uma determinada data, dos bens activos,
passivos e do capital próprio da entidade, devidamente valorizados.
Deve ser elaborado, pelo menos, uma vez por ano, com referência a 31 de
Dezembro.
a) Noção de balanço
Depois de elaborado o inventário geral, torna-se necessário comparar o activo com o
passivo para conhecer o valor e a natureza da situação líquida. Esta comparação constitui o
Balanço.
b) Constituição do Balanço
Fazem parte do balanço o Activo, Passivo e o Capital Próprio.
O Balanço é constituídos por dois membros:
1. O primeiro membro engloba: Activo e Situação Líquida Passiva, ou
apenas Activo caso a situação líquida passiva for colocada no segundo membro com sinal
negativo.
2. O segundo membro engloba: Passivo, e Situação líquida Activa.

Activo + Situação Líquida Passiva = Passivo + Situação Líquida Activa


ou
Activo = Passivo + Situação Líquida Activa - Situação Líquida Passiva

c) Representação do Balanço
É representado de forma Horizontal, em que o Primeiro membro aparece do
lado esquerdo, segundo a ordem (Activo; Situação Líquida Passiva). E o segundo
membro vem do lado direito, sendo a ordem: (Situação Líquida Activa; Passivo).

Exemplo de Balanço Horizontal


Activo Situação Líquida Activa

Situação Líquida Passiva Passivo

É representado de forma vertical, em que o segundo membro vem


imediatamente abaixo do primeiro, mantendo-se a ordem indicada acima dentro de cada
membro.

Exemplo de Balanço Vertical


Activo
Situação Líquida Passiva
------------------------------
Situação Líquida Activa

2
Passivo

d) Mapas de Apresentação do Balanço


Os mapas do Balanço podem ser:
 Sintéticos: quando o nível de agregação das rúbricas do cada membro é elevado
 Analítico, quando a discriminação dos valores é elevada.

Conteúdo de movimentação das contas


Tendo por base a definição das classes de contas e a ordem na sua codificação
apresenta-se, de seguida, o conteúdo das principais contas e as regras da sua
movimentação.

TIPO: Razão – Contas de 1.º grau (2 dígitos);


Intermédia – Conta que acumula e se desdobra noutras contas;
Movimento – Conta que se destina a acolher directamente o registo das
operações.

ACUMULA: Conta de grau imediatamente inferior que a integra e que, por isso,
recebe os valores por acumulação.

NATUREZA: Balanço - Conta a ser integrada no balanço;


Resultados - Conta de custos ou de proveitos;
Extrapatrimonial - Conta para registo dos factos extrapatrimoniais.

GRAU: Nível de desdobramento/ integração da conta.


Desde que observado o seu conteúdo de base, outros factos, para além
dos referidos, poderão ser contabilizados nas contas, quando as entidades considerarem
que tal contribua para a melhoria do conhecimento do património e dos resultados do
fundo.

Regras de movimentação das contas

Balanço

Activo Aumento (+) Débito


Diminuição (-) Crédito

Passivo Aumento (+) Crédito


Diminuição (-) Débito

Capital Aumento (+) Crédito


Próprio Diminuição (-) Débito

3
Resultados

Gastos Aumento (+) Débito


Diminuição (-) Crédito

Rendimentos Aumento (+) Crédito


Diminuição (-) Débito

 Identificar o elemento patrimonial;


 Saber a coluna onde deve ser registada o valor da extensão inicial;
 As extensões inicias das contas do activo registam-se no lado esquerdo. Ou
seja, as contas do activo devem ser debitadas;
 Quanto as contas do Passivo e do Capital Próprio, as suas extensões inicias
são registadas do lado direito, ou seja, as contas do passivo e do capital próprio
devem ser creditadas.

A Conta de depósito a Ordem, de uma determinada empresa, apresentava um saldo de 30.000 Kz

DEPÓSITO À ORDEM
D C

Extensão Inicial 300. 000 Akz

No dia 10 de Janeiro depositaram-se no Banco com o qual a empresa trabalha 150.000 kz. Como é lógico o valor da
extensão desta conta aumenta.
DEPÓSITO À ORDEM
D C
Extensão Inicial 300. 000 Akz
Aumento da extensão 150.000 Akz

A empresa passou a ter a sua ordem no banco 450.000 AKZ.

No dia 15 de Janeiro levantaram –se da conta bancária 250.000 kz, o que traduzirá numa diminuição do saldo da
conta para 200.000 AKZ
DEPÓSITO À ORDEM
D C
Extensão Inicial 300. 000 Akz Diminuição da Extensão 250.000 Akz
Aumento da extensão 150.000 Akz

Conclusão e Generalização das contas do activo:


As contas do activo são debitados pela extensão inicial e pelo aumento de extensão e creditadas pela diminuição de
extensão.

CONTAS DO ACTIVO

4
D (+) (-) C

Extensão Inicial Diminuição da Extensão


Aumento da extensão
As contas do Capital próprio e do Passivo são creditadas pela extensão inicial e pelos aumentos de extensão e
debitadas pela diminuição de extensão.

Exemplo.
Supondo que a extensão, registada em 1 de Janeiro, era de 400.000 Akz, resultante de Dívida ao Fornecedor
FORNECEDORES
D C
Extensão Inicial 400.000 Akz

Se no dia 06 de Janeiro a empresa efectuar uma compra, a prazo no valor de 280.00 Akz a dívida da empresa deixa de
ser 400.000 Akz para 680.000 Akz.
FORNECEDORES
D C
Diminuição da extensão 480.000 Akz Extensão Inicial 400.000
Akz
Aumento de Extensão 280.000 Akz

A conta após estes movimentos passa a ter um Saldo Credor de 200.000 Akz.

Generalizando

As contas do Capital próprio e do Passivo são creditadas pela extensão inicial e pelos aumentos de extensão e
debitadas pela diminuição de extensão
CONTAS DO PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO
D (+) (-) C
Diminuição da extensão Extensão Inicial
Aumento de Extensão
.

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Conclusão
A normalização do sistema contabilístico não se limita apenas à identificação da
lista das contas, do conteúdo e forma das demonstrações financeiras e à definição dos
princípios e critérios subjacentes à avaliação dos elementos patrimoniais. Sendo
condições necessárias, não são suficientes. Para que as entidades responsáveis pela
contabilização das operações o façam de forma equivalente, torna-se necessário definir
o conteúdo e regras de movimentação das contas, particularmente daquelas que
suscitem mais dúvidas ou possam ter diversas interpretações.
Tal circunstância, poderia levar a que um mesmo facto fosse contabilizado, pelas
diversas entidades, em diferentes contas, o que prejudicaria o conhecimento de
terceiros, colocando em causa a protecção dos seus interesses e a comparabilidade entre
o património e os resultados das operações realizadas pelas diversas entidades.
Pelo contrário, a definição exaustiva de conteúdos e regras de movimentação
poderia proporcionar limitações à liberdade de registo de operações, situação que se
pretende evitar com o presente plano contabilístico, porquanto as entidades deverão
optar pelos sistemas de registo que se afigurem mais adequados, desde que seja
garantida a imagem fiel e verdadeira do património e dos resultados do fundo.
Identificando-se neste, o balanço, o conteúdo e regras de movimentação das contas do
plano.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
- Plano Oficial de Contabilidade; 22.ª Edição, Porto Editora, 2003;
- BORGES, A.; RODRIGUES, A.; RODRIGUES, R.; Elementos de Contabilidade
Geral; 20.ª Edição, Áreas Editora, 2002;
Universidade Metodista de Angola Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais
5 Licenciatura em Gestão e Administração de Empresas Plano de Estudo
- BENTO, J.; MACHADO, J.; Plano Oficial de Contabilidade Explicado; 26.ª Edição,
Porto Editora, 2002
- COSTA, C.; ALVES, G.; Contabilidade Financeira; 4.ª Edição, Editora Rei dos
Livros, 2001;
- SANTIAGO, C.; POC Comentado; 9.ª Edição, Texto Editora, 2003
- BORGES, A.; FERRÃO, F. V.; A Contabilidade e a Prestação de Contas; 8.ª Edição,
Editora Rei dos Livros, 2000;
- BORGES, A.; FERRÃO, F. V.; Manual de Casos Práticos; 8.ª Edição, Editora Rei dos
Livros, 1999
- BORGES, A.; ISIDRO, H.; MACEDO, J.; MOREIRA, A.; MORGADO, J.; Práticas
de Contabilidade Financeira; 3.ª Edição, Áreas Editora, 2002

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