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Art. 3º O militar manifesta respeito e apreço aos seus superiores, pares e subordinados:
I - pela continência;
II - dirigindo-se a eles ou atendendo-os, de modo disciplinado;
III - observando a precedência hierárquica;
IV - por outras demonstrações de deferência.
Art. 8º Para falar a um superior, o militar emprega sempre o tratamento “Senhor” ou “Senhora”.
§ 1º Para falar, formalmente, a um oficial-general, o tratamento é “Vossa Excelência”, “Senhor
Almirante”, “Senhor General” ou “Senhor Brigadeiro”, conforme o caso. Nas relações correntes de
serviço, no entanto, é admitido o tratamento de “Senhor”.
§ 2º Para falar, formalmente, ao Comandante, Diretor ou Chefe de Organização Militar, o
tratamento é “Senhor Comandante”, “Senhor Diretor”, “Senhor Chefe”, conforme o caso; nas
relações correntes de serviço, é admitido o tratamento de “Comandante”, ”Diretor” ou “Chefe”.
§ 3º No mesmo posto ou graduação, poderá ser empregado o tratamento “você”, respeitadas as
tradições e peculiaridades de cada Força Armada.
Art. 9º Para falar a um mais moderno, o superior emprega o tratamento “você”.
RECEPÇÃO NA OM
De uma maneira geral, para receber visitantes no quartel, alguns procedimentos deverão ser
seguidos, adequando-os ao objetivo da visita a ser realizada:
a) estabelecer um itinerário a ser seguido dentro do quartel;
b) escalar guias preparados para conduzir os grupos de visitantes, particularmente em espaço
cultural porventura existente;
c) estabelecer medidas de segurança nas mostras de material, demonstrações e passeios em viaturas;
d) providenciar sanitários (masculinos e femininos) limpos e em condições de ser utilizados pelos
visitantes; e
e) apresentar uma breve palestra e/ou vídeo institucional da OM ou sobre o EB, quando for o caso.
ATENDIMENTO AO TELEFONE
Para demonstrar cordialidade no atendimento, deve-se:
a) cumprimentar o interlocutor de maneira padronizada, mostrando-se cordial e cortês, dizendo o
posto/graduação, o nome, a OM e saudando-o com Bom Dia, Boa Tarde ou Boa Noite;
b) mostrar interesse em servir e informar corretamente;
c) usar linguagem correta, clara e precisa;
d) evitar termos como bem, querido(a), meu amor, ou similares;
e) caso necessário dispor de algum tempo (máximo de 2 minutos) para responder ao que for
solicitado, dizer simplesmente: por gentileza, o Sr(a) pode aguardar um minuto?
f) tratar do assunto com objetividade, pois, muitas vezes, o próprio telefonista pode atender à
demanda que motivou a chamada;
g) fornecer sempre todas as informações possíveis e encaminhar a ligação para a pessoa adequada,
se for o caso;
h) evitar passar a ligação para quem estiver participando de reunião; em caso de emergência, antes
de passar a ligação, deve-se escrever um bilhete explicando a situação e aguardar a resposta;
i) saber com antecedência quais as pessoas e assuntos que o seu chefe poderá atender; assim, o
próprio comunicador social estará preparado para solucionar e encaminhar todas as demais
situações;
j) falar apenas o necessário; fornecer a informação com clareza e precisão, porém tendo cuidado
com assuntos sigilosos e delicados e, em tema de maior responsabilidade, solicitando a presença da
pessoa que trata dele diretamente;
k) não responder bruscamente, nem desligar o telefone, demonstrando irritação;
l) anotar as ligações em blocos já impressos para recados.
Das Formaturas
Formatura é toda reunião do pessoal em forma, armado ou desarmado, e pode ser:
I - geral ou parcial, da unidade ou de SU; e II - ordinária ou extraordinária.
* Em regra, toda formatura tem origem na SU, pela reunião dos oficiais e praças que dela
devam participar.
* Durante a semana, nos corpos de tropa há pelo menos uma formatura geral de toda a
unidade para o início das atividades do dia, ocasião em que será cantado o Hino Nacional, ou
outro hino, ou uma canção militar.
* O horário da formatura geral da unidade pode, a critério do comandante, ser alterado por
eventual necessidade do serviço ou em função de condições climáticas ou meteorológicas.
* A formatura geral de SU é realizada nos dias em que não houver formatura geral da
unidade.
As formaturas ordinárias são as destinadas às revistas normais do pessoal, ao rancho, à Parada, à
leitura do BI e à instrução.
As formaturas extraordinárias podem ser previstas ou inopinadas. As formaturas extraordinárias
previstas são as determinadas nos programas da unidade ou SU, para revistas de material ou
animais, ou ordenadas em BI quando destinadas a solenidades internas ou externas. As formaturas
extraordinárias inopinadas são as impostas pelas circunstâncias do momento, em virtude de
anormalidades ou em função de medidas comuns de caráter interno.
Das Revistas
Art. 267. Revista é o ato pelo qual se verifica a presença ou o estado de saúde do pessoal, a
existência e o estado do material distribuído e dos animais.
§ 1o As revistas podem ser:
I - de pessoal;
II - de mostra;
III - de animais; e
IV - diária de armamento, munição e explosivo.
§ 2º As revistas mencionadas nos incisos I a III do § 1o deste artigo podem ser normais ou
extraordinárias.
§ 3º As revistas normais são as fixadas em regulamentos ou nos programas de instrução da unidade;
as extraordinárias são determinadas pelo comando superior, pelo comando da unidade ou pelo
comando da SU, quando julgadas necessárias.
§ 4° Em regra, as revistas de pessoal são feitas em formaturas.
§ 5º As revistas de mostra são realizadas no material distribuído, presentes os detentores, em forma
e em local determinado.
Da Revista de Pessoal
Art. 268. Ordinariamente, são passadas as seguintes revistas de pessoal, às horas determinadas pelo
Cmt U:
I - revista da manhã:
a) destinada a constatar a presença do pessoal no quartel, é feita em todos os dias úteis,
normalmente antes do início do expediente;
b) é passada em formatura geral (oficiais e praças) e no uniforme da primeira instrução do dia; a
chamada, porém, é feita em cada pelotão ou seção pelo respectivo comandante, sendo as faltas
apuradas nas SU; e
c) após a chamada, quando for o caso, as SU deslocam-se para o local da formatura geral da
unidade, de onde, posteriormente, seguem para os locais de instrução ou de trabalho;
II - revista do recolher:
a) destina-se a constatar a presença das praças relacionadas no pernoite e é passada diariamente;
b) a chamada e a identificação dos militares presentes são realizadas pelo Sgt Dia, em forma no
alojamento da SU, na presença do Of Dia ou do seu Adj;
c) as praças conservam-se em forma até o toque de “fora de forma” que o Of Dia mandará tocar
depois de passada a revista em todas as SU;
d) quando houver na unidade mais de duas SU, o Of Dia encarrega o Adj da revista em algumas
delas, a seu critério, assistindo às demais, a fim de não retardar exageradamente o toque de “fora de
forma”; e
e) após a revista do recolher, as praças relacionadas no pernoite não podem sair do quartel;
III - revistas sanitária e médica, esta última nos dias úteis:
a) as revistas sanitárias são passadas pelo Ch FS, auxiliado pelos demais médicos da unidade, em
dias marcados pelo Cmt U, em todas as praças da unidade, de sorte que cada militar seja examinado
e pesado periodicamente, sendo os resultados registrados convenientemente;
b) a revista médica é passada por médico da unidade, de preferência numa dependência especial da
FS, nas praças que comparecerem por motivo de doença ou por ordem superior;
c) excepcionalmente, quando o estado dos doentes não permitir o seu comparecimento à FS, a
revista médica pode ser feita nos alojamentos;
d) toda praça que se sentir adoentada, não podendo fazer o serviço ou a instrução, participa tal fato à
autoridade de que dependa diretamente, a fim de ser encaminhada à revista médica;
e) nas SU, as praças que devam comparecer à revista médica são relacionadas pelo Sgt Dia, em
livro apropriado;
f) neste livro é registrado pelo médico, para conhecimento e providências imediatas do Cmt SU, o
seu parecer sobre o estado de saúde do doente, bem como o destino que lhe tiver sido dado;
g) ao toque de “revista médica”, as praças que devam comparecer a esta atividade são reunidas nas
suas SU e daí conduzidas à FS pelos Cb Dia, que levarão consigo o livro de registro;
h) o médico examina individualmente as praças apresentadas por SU, consignando no livro de
revista médica o seu parecer relativo a cada militar e assinalando as prescrições médicas, a situação
em que permanecerá o doente, a indicação do lugar de tratamento e todas as demais informações de
interesse para o comando;
i) o livro de revista médica é levado diariamente ao SCmt U, a fim de que esta autoridade se inteire
das ocorrências havidas e ordene as providências necessárias acerca das prescrições e indicações
médicas; e
j) as alterações resultantes da revista médica, que devam constar do BI da unidade, são apresentadas
pelo Ch FS, devidamente redigidas para a publicação e sob a forma de proposta.
Parágrafo único. A revista do recolher pode ser realizada de forma centralizada, com todas as
SU deslocando-se para o local determinado, facilitando a transmissão de ordens e os avisos de
caráter geral pelo Of Dia.
Art. 269. As providências que cabem aos médicos proporem, com relação aos doentes, em
consequência das observações feitas durante a revista médica, devem constar pormenorizadamente
de prescrições específicas, consistindo, normalmente, em:
I - dispensas – do uso de peças do fardamento ou equipamento, do serviço ou da instrução, por
prazo determinado;
II - tratamento no quartel – para os casos de indisposições ligeiras, com ou sem isenção parcial ou
total do serviço ou da instrução;
III - observação na enfermaria – para os casos em que não seja possível a formação de um
diagnóstico imediato:
a) a praça permanece na enfermaria, em princípio por dois dias, que podem ser prorrogados; e
b) no caso de não ser constatado nenhum indício de moléstia, o observado tem alta, devendo o
médico mencionar, no livro adequado, o prazo e os dias em que o paciente deve comparecer à visita
médica, para confirmar ou não o diagnóstico, se for o caso;
IV - baixa à enfermaria – para tratamento de afecções benignas que necessitem de cuidados
médicos ou para convalescença dos militares que, tendo alta de hospital, necessitem de repouso
antes da volta ao serviço;
V - baixa a hospital – para todos os doentes portadores de moléstias graves ou contagiosas que
necessitem de cuidados assíduos ou especializados não prestados na enfermaria; ou
VI - encaminhamento à JIS ou aos serviços médicos especializados.
Art. 271. Entre a revista do recolher e o toque de alvorada, o Of Dia deve certificar-se da presença
das praças que devam permanecer no quartel, por meio de revistas incertas, passadas de modo a não
acordar os militares, salvo para identificá-los, o que pode ser feito por intermédio do Sgt Dia à
respectiva SU.
Da Revista de Mostra
Art. 272. A revista de mostra é o exame procedido por qualquer chefe que tenha autoridade
administrativa sobre os responsáveis por material, com a finalidade não apenas de verificar a
existência do material distribuído, mas também o seu estado de conservação e a apuração de
responsabilidade individual, se for o caso.
Art. 273. As revistas de mostra, procedidas periodicamente pelo Cmt U, ou por seu representante
designado, e pelos Cmt SU, obedecem às seguintes disposições:
I - o responsável direto pela guarda e conservação do material a ser revistado deve estar presente,
obrigatoriamente;
II - a circunstância de não ter sido passada a revista de mostra na época oportuna, devido à causa
eventual, não isenta o detentor da responsabilidade pelo extravio e/ou pela falta de conservação do
material a ele distribuído, que venham a ser constatados em qualquer oportunidade;
III - as faltas assinaladas são participadas ao Cmt U por intermédio do Fisc Adm, mencionando-se
não apenas os responsáveis, como também a natureza e a causa da avaria, se for o caso; e
IV - a execução da revista de mostra deve ser regulada em normas que visem à ordem, rapidez e
facilidade, podendo contar com a cooperação de oficiais especializados da unidade para o exame do
material de suas especialidades.
Da Revista de Animais
Art. 274. Os Cmt U e de SU, quando julgarem oportuno, passam em revista os animais das suas
cargas, verificando o seu estado.
Art. 275. Em princípio, todas as revistas de animais são realizadas com a presença do veterinário e
dos seus auxiliares. Parágrafo único. Para as revistas determinadas pelos Cmt SU, a participação do
veterinário e/ou de seus auxiliares deve ser solicitada ao Cmt U.
Art. 276. O local e as particularidades da execução das revistas de animais devem observar as
disposições vigentes, sendo estabelecidos pela autoridade que as determinar, de modo a não
prejudicar a instrução e os demais serviços da unidade.
TRAJES CIVIS
A roupa é um fator cultural, porém o convite é o ponto de referência para o traje apropriado a um
evento. A nomenclatura para definir o tipo de traje é muito variada no Brasil. Visando à
uniformização, no âmbito do Exército, quanto ao uso dos trajes, tanto por parte dos militares, no
caso de recepção em que não é exigido o uso de uniforme militar, quanto pelos civis, quando
comparecem às solenidades militares, é apresentado, no quadro abaixo uma orientação geral a ser
seguida:
Gala
A casaca é o traje de gala por excelência. É a veste de maior cerimônia, sendo recomendado para
eventos, com a presença de Chefes de Estados e que são conduzidos dentro de um rígido protocolo.
O traje feminino correspondente à casaca é o vestido longo. O fraque, também, é um traje de gala,
porém de uso mais restrito. É costume adotá-lo em bodas e casamentos pelos padrinhos e pelo
noivo.
Rigor O "smoking" é o traje clássico de eventos formais em que se impõe uma uniformidade no
trajar dos convidados. Ele não se constitui em um traje de gala, costuma ser adotado em festas à
noite com baile e em jantares formais. O traje feminino correspondente ao "smoking" é geralmente
o vestido longo, atualmente têm sido aceitas variações, como o "demi-longue" ou outros modelos
confeccionados em tecidos nobres.
Passeio Completo É o traje adequado a reuniões ou recepções oficiais ou formais, festas à noite,
jantares e solenidades oficiais. O terno (sempre com gravata) em cor escura, com sapatos sociais é a
sua composição mais clássica. Não existe uma correspondência rigorosa entre o traje passeio
completo e o traje feminino. Por analogia, porém, as mulheres não devem usar roupas esportivas ou
em tecido tipo "jeans".
Passeio ou Esporte Fino O traje passeio é constituído de terno (podendo ser claro quando de dia) ou
"blazer" com gravata. No traje esporte fino usa-se o "blazer" sem gravata ou somente a camisa de
mangas compridas. Ambos são de uso recomendado em eventos sociais sem formalidade
(casamentos matinais, almoço e jantares informais). Para as mulheres não há grandes restrições
quanto aos seus trajes para eventos em que se exige dos homens o passeio ou esporte fino. Elas
devem ajustar o seu traje ao local e à ocasião, evitando os modelos em "jeans".
Esporte É indicado para eventos que envolvam lazer, reuniões matinais, festas ao ar livre,
churrascos e confraternizações diversas. O uso da bermuda é aceito se o evento for ao ar livre e for
sugerido pelo anfitrião. O agasalho para o traje esporte é livre, podendo ser um suéter, um pulôver
ou qualquer complemento esportivo.
Pratos
Dependendo do tipo de serviço que será executado há aqui duas situações:
a) O prato da primeira entrada se apresenta vazio em cima do show-plate, fazendo parte do mise-en-
place, antes da chegada do comensal.
b) O prato da primeira entrada será servido pelo garçom, já com a comida, após a chegada do
comensal. Nesse caso apenas o show-plate fará parte do mise-en-place. Em qualquer um dos dois
casos, ao final de cada serviço, o prato vai sendo retirado e os subsequentes vão sendo servidos,
sempre em cima do show-plate. Assim, o comensal não precisa se preocupar com a correta
utilização dos pratos, pois estará sempre um de cada vez na mesa.
Talheres
Os talheres costumam assustar um pouco, pois se apresentam todos que serão usados até o fim da
refeição, já na mise-en-place. Por isso, exigem um pouco de cuidado, afinal a disposição dos
talheres vai depender do cardápio que será servido na refeição. No entanto, algumas regrinhas
básicas podem ser aprendidas: As facas de mesa e de entradas ficam sempre ao lado direito do prato
com a serra voltada para o prato. As colheres de sopa também estarão sempre dispostas à direita do
prato. Os garfos de mesa e de entradas ficam ao lado esquerdo do prato. Esses talheres devem
sempre estar alinhados pela base, na mesma direção da base do show-plate. Os talheres de
sobremesa devem apresentar-se, na horizontal, acima do prato. Sendo que a faca fica mais perto do
prato, com a serra para dentro e o cabo voltado para o lado direito; o garfo em seguida, com o cabo
voltado para o lado esquerdo e, por último, a colher acima do garfo, com o cabo voltado para o lado
direito. Nem sempre se usam os três; quais escolher vai depender da consistência da sobremesa. Se
prestarmos bem atenção, percebe-se que as posições de todos os talheres são as mais práticas para
sua própria utilização. Isso, claro, se o comensal for destro; infelizmente, os canhotos ainda não têm
vez na etiqueta à mesa. Mesmo com essas regrinhas básicas ainda ficam algumas dúvidas: Quantos
garfos colocar? Quantas facas? A colher de sopa vem perto do prato? Bem, como já foi dito, a
arrumação dos talheres vai depender do menu que será servido. Mas uma coisa é certa, tanto para a
preparação como para a utilização dos talheres, nunca há erro se os utilizarmos, de fora para dentro
do prato. Ao final de cada serviço, os talheres utilizados serão levados junto com o prato pelo
garçom. Os próximos a serem usados são sempre os seguintes. Vejamos os outros itens que entram
na mise-en-place e, a seguir, apresentaremos alguns exemplos de cardápio com sua respectiva mise-
en-place completa.
Prato e Faca de pão
O prato de pão, normalmente é um prato um pouco menor que o de sobremesa e um pouco maior
que o pires de chá. Sua função como o nome já diz é aparar o pão que acompanha todos os serviços
de uma refeição mais refinada, hábito muito comum entre os europeus. Sua posição é à esquerda e
acima do show-plate. A faca de pão é igual a uma faca de sobremesa e deve ser colocada na vertical
sobre o pratinho de pão com a serra voltada para a esquerda, pois quando o comensal for fazer uso
dela, deverá pegá-la com a mão direita, já com a serra posicionada para o uso.
Copos
Os copos, assim como os talheres, também estarão todos presentes desde o início e podem, por isso,
representar uma ameaça para os menos acostumados. Mas sua arrumação também segue um sentido
coerente. Da mesma forma que os talheres, eles irão sendo retirados conforme não forem sendo
mais úteis na refeição, com exceção do copo de água, que fica presente da primeira entrada à última
sobremesa. Os copos a serem colocados dependerão das bebidas que serão servidas. Normalmente,
são sempre quatro copos, no máximo, a serem utilizados que devem estar assim organizados: O
copo de água (que é sempre o maior de todos) ocupa o local próximo à ponta da faca de mesa e ao
lado dos talheres de sobremesa. Ao lado dele, se posiciona o copo de vinho tinto (o médio) e em
seguida o de vinho branco (o menor). No caso de serviço de vinho espumante, a taça flute deve ficar
acima dos demais copos.
Guardanapo
O guardanapo deve ir dobrado sobre o prato de mesa ou sobre o show-plate, quando o prato de
mesa não fizer parte da mise-en-place inicial. Se houver espaço na mesa, ele pode vir também em
seguida dos talheres dispostos do lado esquerdo. Muita atenção: há pouco tempo, muitos
restaurantes ainda se dedicavam à arte de dobras de guardanapo, numa tentativa de sofisticar o
serviço. No entanto, hoje com o crescimento do conceito de higiene e manipulação de alimentos,
convém dobrar o guardanapo de forma que ele seja o mínimo manuseado possível. A dobra mais
comum é a chamada “envelope”, que o garçom pode fazer com uma pinça de colheres sem nem
mesmo tocar a mão no tecido.
Apresentações
Normalmente, as autoridades procedem as apresentações de seus convidados, dizendo; por
exemplo: "Senhor Carlos Antunes, apresento-lhe o Cel José de Abreu", ou: "Senhor Carlos Antunes,
tenho o prazer de apresentar-lhe o Cel José de Abreu", ou, ainda, simplesmente o nome das pessoas:
"Senhor Carlos Antunes, Cel José de Abreu". Dois convidados podem apresentar-se mutuamente,
citando apenas os nomes, sem título. Está em desuso a fórmula "Encantado!". Diz-se simplesmente
"Como vai?", "Como está?", ou "Muito prazer!" O termo correto para apresentar a própria esposa é:
"minha mulher". Por exemplo: "Senhor Antônio, esta é Denise, minha mulher", o mesmo ocorrendo
em relação à mulher, que deve dizer: "meu marido". Em situação de igualdade: - A pessoa de menor
precedência é que deve ser apresentada à de maior precedência. - O mais jovem é apresentado ao
mais velho. - O homem é apresentado à mulher. Quem toma a iniciativa de estender a mão e dizer
"como vai", "como está" é a pessoa mais importante, mais idosa ou a mulher. O militar, com
cobertura ou luvas, deve retirá-las para cumprimentar uma senhora.
O convidado
O convidado para um almoço, ou jantar sentado, tem a obrigação de confirmar (ou não) sua
presença. E, em caso de impossibilidade de comparecimento, não deve mandar representante. Não
comparecer a um compromisso dessa natureza, depois de aceitá-lo, constitui ato grosseiro. O pedido
de resposta a um convite é indicado pelas iniciais R.S.V.P. (Répondez s’il vous plaît) à direita, na
parte inferior do convite, acompanhadas do telefone ao qual se deve responder. Quando o evento é
realizado na residência do anfitrião, é delicado oferecer uma pequena lembrança para a esposa,
como por exemplo: bombons, flores e pequenos objetos de decoração. As flores devem ser
acompanhadas de cartão e enviadas antes da hora marcada para a recepção. O convidado deve ser
pontual. Só por razões imperiosas se chega atrasado a uma reunião formal com lugares marcados à
mesa. O convidado não deve se oferecer para conhecer a parte íntima da casa. A embriaguez
constitui espetáculo deplorável. O lavabo deve ser deixado nas mesmas condições impecáveis que
encontrou. Não devem ser dadas ordens aos empregados dos anfitriões. A gíria, sem exagero, não é
condenável, o palavrão sim. O vocábulo deve ser adequado nas conversas, sem preciosismos
gramaticais. A linguagem falada é simples, curta e, principalmente, atualizada. A franqueza
exagerada é uma forma de intolerância. Não só em sociedade como entre amigos, a franqueza
inoportuna representa um tipo de agressividade contrária à boa educação, que é tolerante e amável.
Não se deve insistir para que o convidado beba ou coma, quando não sente vontade; ou que fique,
quando deseja partir. A arte da conversação exclui, por princípios, os desabafos ou confidências
financeiras, os desencontros conjugais, as doenças nas famílias e outras. O convidado deve se
inteirar das notícias mais recentes e importantes para facilitar a conversa durante o evento. No dia
seguinte o convidado deve agradecer o convite, enviando um cartão ou, se não ofereceu à anfitriã
flores no dia do evento, deve fazê-lo nessa ocasião. A pessoa inteligente conversa sobre idéias e não
sobre pessoas!