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19/03 CAP COUTINHO

UDVII – BOAS MANEIRAS E CONDUTA DO MILITAR

TRATO PARA COM OS SUPERIORES E PARES


Art. 2º Todo militar, em decorrência de sua condição, obrigações, deveres, direitos e prerrogativas,
estabelecidos em toda a legislação militar, deve tratar sempre:
I - com respeito e consideração os seus superiores hierárquicos, como tributo à autoridade de que se
acham investidos por lei;
II - com afeição e camaradagem os seus pares;
III- com bondade, dignidade e urbanidade os seus subordinados

Art. 3º O militar manifesta respeito e apreço aos seus superiores, pares e subordinados:
I - pela continência;
II - dirigindo-se a eles ou atendendo-os, de modo disciplinado;
III - observando a precedência hierárquica;
IV - por outras demonstrações de deferência.

Art. 8º Para falar a um superior, o militar emprega sempre o tratamento “Senhor” ou “Senhora”.
§ 1º Para falar, formalmente, a um oficial-general, o tratamento é “Vossa Excelência”, “Senhor
Almirante”, “Senhor General” ou “Senhor Brigadeiro”, conforme o caso. Nas relações correntes de
serviço, no entanto, é admitido o tratamento de “Senhor”.
§ 2º Para falar, formalmente, ao Comandante, Diretor ou Chefe de Organização Militar, o
tratamento é “Senhor Comandante”, “Senhor Diretor”, “Senhor Chefe”, conforme o caso; nas
relações correntes de serviço, é admitido o tratamento de “Comandante”, ”Diretor” ou “Chefe”.
§ 3º No mesmo posto ou graduação, poderá ser empregado o tratamento “você”, respeitadas as
tradições e peculiaridades de cada Força Armada.
Art. 9º Para falar a um mais moderno, o superior emprega o tratamento “você”.

ACHAR DECALOGO DO BOM ATENDIMENTO TEC E PROCED

RECEPÇÃO NA OM
De uma maneira geral, para receber visitantes no quartel, alguns procedimentos deverão ser
seguidos, adequando-os ao objetivo da visita a ser realizada:
a) estabelecer um itinerário a ser seguido dentro do quartel;
b) escalar guias preparados para conduzir os grupos de visitantes, particularmente em espaço
cultural porventura existente;
c) estabelecer medidas de segurança nas mostras de material, demonstrações e passeios em viaturas;
d) providenciar sanitários (masculinos e femininos) limpos e em condições de ser utilizados pelos
visitantes; e
e) apresentar uma breve palestra e/ou vídeo institucional da OM ou sobre o EB, quando for o caso.

ATENDIMENTO AO TELEFONE
Para demonstrar cordialidade no atendimento, deve-se:
a) cumprimentar o interlocutor de maneira padronizada, mostrando-se cordial e cortês, dizendo o
posto/graduação, o nome, a OM e saudando-o com Bom Dia, Boa Tarde ou Boa Noite;
b) mostrar interesse em servir e informar corretamente;
c) usar linguagem correta, clara e precisa;
d) evitar termos como bem, querido(a), meu amor, ou similares;
e) caso necessário dispor de algum tempo (máximo de 2 minutos) para responder ao que for
solicitado, dizer simplesmente: por gentileza, o Sr(a) pode aguardar um minuto?
f) tratar do assunto com objetividade, pois, muitas vezes, o próprio telefonista pode atender à
demanda que motivou a chamada;
g) fornecer sempre todas as informações possíveis e encaminhar a ligação para a pessoa adequada,
se for o caso;
h) evitar passar a ligação para quem estiver participando de reunião; em caso de emergência, antes
de passar a ligação, deve-se escrever um bilhete explicando a situação e aguardar a resposta;
i) saber com antecedência quais as pessoas e assuntos que o seu chefe poderá atender; assim, o
próprio comunicador social estará preparado para solucionar e encaminhar todas as demais
situações;
j) falar apenas o necessário; fornecer a informação com clareza e precisão, porém tendo cuidado
com assuntos sigilosos e delicados e, em tema de maior responsabilidade, solicitando a presença da
pessoa que trata dele diretamente;
k) não responder bruscamente, nem desligar o telefone, demonstrando irritação;
l) anotar as ligações em blocos já impressos para recados.

PROCEDIMENTO INDIVIDUAL A SER ADOTADO PELO MILITAR EM UMA OM


Do Expediente
O expediente é a fase da jornada destinada à preparação e execução dos trabalhos normais da
administração da unidade e ao funcionamento das repartições e das dependências internas.
* Os serviços de escala e outros de natureza permanente independem do horário do
expediente da unidade, assim como todos os trabalhos e serviços em situações anormais.
O expediente começa normalmente com a formatura geral, da unidade ou de SU, e termina depois
da leitura do BI do dia, com o toque de “ordem”.
* O expediente é interrompido para a refeição do almoço, em horário fixado nas NGA/U,
reiniciando logo após, também em horário estabelecido nas NGA/U
* A formatura geral da unidade corresponde a um tempo de instrução.
* O toque de “ordem” é executado, por ordem do Cmt U, somente após o recebimento, pelo
SCmt U, de todos os mapas diários do armamento emitidos pelos respectivos Cmt SU e do
mapa diário de munição e explosivo confeccionado pelo O Mun Expl Mnt Armt, e, quando for
o caso, por outros militares que possuam responsabilidade sobre os referidos materiais.
Todos os oficiais e praças prontos para o serviço permanecem no quartel durante o expediente, de
onde só podem afastar-se:
I - os oficiais, mediante permissão do Cmt U, que poderá delegá-la ao SCmt; e
II - as praças com autorização dos respectivos Cmt SU ou chefes de repartição interna
* Durante o expediente, oficiais e praças devem manter-se com o uniforme previsto.
* Durante as horas de expediente, todos os militares devotam-se, exclusivamente, ao exercício
de suas funções e aos misteres profissionais.
* A entrada e a permanência de civis no quartel, nos horários sem expediente, são reguladas
pelas NGA/U.
* As praças, para fins de controle, devem dar ciência à SU a que pertencem de sua ausência do
quartel, mesmo quando autorizadas pelos chefes de repartição interna em que trabalham

Das Formaturas
Formatura é toda reunião do pessoal em forma, armado ou desarmado, e pode ser:
I - geral ou parcial, da unidade ou de SU; e II - ordinária ou extraordinária.
* Em regra, toda formatura tem origem na SU, pela reunião dos oficiais e praças que dela
devam participar.
* Durante a semana, nos corpos de tropa há pelo menos uma formatura geral de toda a
unidade para o início das atividades do dia, ocasião em que será cantado o Hino Nacional, ou
outro hino, ou uma canção militar.
* O horário da formatura geral da unidade pode, a critério do comandante, ser alterado por
eventual necessidade do serviço ou em função de condições climáticas ou meteorológicas.
* A formatura geral de SU é realizada nos dias em que não houver formatura geral da
unidade.
As formaturas ordinárias são as destinadas às revistas normais do pessoal, ao rancho, à Parada, à
leitura do BI e à instrução.
As formaturas extraordinárias podem ser previstas ou inopinadas. As formaturas extraordinárias
previstas são as determinadas nos programas da unidade ou SU, para revistas de material ou
animais, ou ordenadas em BI quando destinadas a solenidades internas ou externas. As formaturas
extraordinárias inopinadas são as impostas pelas circunstâncias do momento, em virtude de
anormalidades ou em função de medidas comuns de caráter interno.

Das Formaturas Gerais da Unidade e de Subunidade


Nas ordens para formaturas, são designados, com precisão, hora, local da reunião, formação,
uniforme e outros esclarecimentos necessários, observadas, também, as seguintes disposições:
I - em cada SU: a) as ordens são dadas de modo que não seja retardada a hora de reunião da
unidade; b) os oficiais subalternos passam em revista suas frações; e c) o mais antigo apresenta toda
a tropa ao Cmt SU, que a conduz, no momento oportuno, ao local da reunião da unidade;
II - reunidas as SU no local previsto e à hora marcada para a formatura da unidade, o SCmt U
assume o comando de toda a tropa, até a chegada do Cmt U; e Separata ao Boletim do Exército N o
51, de 19 de dezembro de 2003. - 81
III - o Cmt U somente se aproxima do local da formatura depois de avisado, pelo S3, que a tropa se
encontra pronta para recebê-lo.

Das Revistas
Art. 267. Revista é o ato pelo qual se verifica a presença ou o estado de saúde do pessoal, a
existência e o estado do material distribuído e dos animais.
§ 1o As revistas podem ser:
I - de pessoal;
II - de mostra;
III - de animais; e
IV - diária de armamento, munição e explosivo.
§ 2º As revistas mencionadas nos incisos I a III do § 1o deste artigo podem ser normais ou
extraordinárias.
§ 3º As revistas normais são as fixadas em regulamentos ou nos programas de instrução da unidade;
as extraordinárias são determinadas pelo comando superior, pelo comando da unidade ou pelo
comando da SU, quando julgadas necessárias.
§ 4° Em regra, as revistas de pessoal são feitas em formaturas.
§ 5º As revistas de mostra são realizadas no material distribuído, presentes os detentores, em forma
e em local determinado.

Da Revista de Pessoal
Art. 268. Ordinariamente, são passadas as seguintes revistas de pessoal, às horas determinadas pelo
Cmt U:
I - revista da manhã:
a) destinada a constatar a presença do pessoal no quartel, é feita em todos os dias úteis,
normalmente antes do início do expediente;
b) é passada em formatura geral (oficiais e praças) e no uniforme da primeira instrução do dia; a
chamada, porém, é feita em cada pelotão ou seção pelo respectivo comandante, sendo as faltas
apuradas nas SU; e
c) após a chamada, quando for o caso, as SU deslocam-se para o local da formatura geral da
unidade, de onde, posteriormente, seguem para os locais de instrução ou de trabalho;
II - revista do recolher:
a) destina-se a constatar a presença das praças relacionadas no pernoite e é passada diariamente;
b) a chamada e a identificação dos militares presentes são realizadas pelo Sgt Dia, em forma no
alojamento da SU, na presença do Of Dia ou do seu Adj;
c) as praças conservam-se em forma até o toque de “fora de forma” que o Of Dia mandará tocar
depois de passada a revista em todas as SU;
d) quando houver na unidade mais de duas SU, o Of Dia encarrega o Adj da revista em algumas
delas, a seu critério, assistindo às demais, a fim de não retardar exageradamente o toque de “fora de
forma”; e
e) após a revista do recolher, as praças relacionadas no pernoite não podem sair do quartel;
III - revistas sanitária e médica, esta última nos dias úteis:
a) as revistas sanitárias são passadas pelo Ch FS, auxiliado pelos demais médicos da unidade, em
dias marcados pelo Cmt U, em todas as praças da unidade, de sorte que cada militar seja examinado
e pesado periodicamente, sendo os resultados registrados convenientemente;
b) a revista médica é passada por médico da unidade, de preferência numa dependência especial da
FS, nas praças que comparecerem por motivo de doença ou por ordem superior;
c) excepcionalmente, quando o estado dos doentes não permitir o seu comparecimento à FS, a
revista médica pode ser feita nos alojamentos;
d) toda praça que se sentir adoentada, não podendo fazer o serviço ou a instrução, participa tal fato à
autoridade de que dependa diretamente, a fim de ser encaminhada à revista médica;
e) nas SU, as praças que devam comparecer à revista médica são relacionadas pelo Sgt Dia, em
livro apropriado;
f) neste livro é registrado pelo médico, para conhecimento e providências imediatas do Cmt SU, o
seu parecer sobre o estado de saúde do doente, bem como o destino que lhe tiver sido dado;
g) ao toque de “revista médica”, as praças que devam comparecer a esta atividade são reunidas nas
suas SU e daí conduzidas à FS pelos Cb Dia, que levarão consigo o livro de registro;
h) o médico examina individualmente as praças apresentadas por SU, consignando no livro de
revista médica o seu parecer relativo a cada militar e assinalando as prescrições médicas, a situação
em que permanecerá o doente, a indicação do lugar de tratamento e todas as demais informações de
interesse para o comando;
i) o livro de revista médica é levado diariamente ao SCmt U, a fim de que esta autoridade se inteire
das ocorrências havidas e ordene as providências necessárias acerca das prescrições e indicações
médicas; e
j) as alterações resultantes da revista médica, que devam constar do BI da unidade, são apresentadas
pelo Ch FS, devidamente redigidas para a publicação e sob a forma de proposta.
Parágrafo único. A revista do recolher pode ser realizada de forma centralizada, com todas as
SU deslocando-se para o local determinado, facilitando a transmissão de ordens e os avisos de
caráter geral pelo Of Dia.

Art. 269. As providências que cabem aos médicos proporem, com relação aos doentes, em
consequência das observações feitas durante a revista médica, devem constar pormenorizadamente
de prescrições específicas, consistindo, normalmente, em:
I - dispensas – do uso de peças do fardamento ou equipamento, do serviço ou da instrução, por
prazo determinado;
II - tratamento no quartel – para os casos de indisposições ligeiras, com ou sem isenção parcial ou
total do serviço ou da instrução;
III - observação na enfermaria – para os casos em que não seja possível a formação de um
diagnóstico imediato:
a) a praça permanece na enfermaria, em princípio por dois dias, que podem ser prorrogados; e
b) no caso de não ser constatado nenhum indício de moléstia, o observado tem alta, devendo o
médico mencionar, no livro adequado, o prazo e os dias em que o paciente deve comparecer à visita
médica, para confirmar ou não o diagnóstico, se for o caso;
IV - baixa à enfermaria – para tratamento de afecções benignas que necessitem de cuidados
médicos ou para convalescença dos militares que, tendo alta de hospital, necessitem de repouso
antes da volta ao serviço;
V - baixa a hospital – para todos os doentes portadores de moléstias graves ou contagiosas que
necessitem de cuidados assíduos ou especializados não prestados na enfermaria; ou
VI - encaminhamento à JIS ou aos serviços médicos especializados.

Art. 270. Comparecem à revista médica, obrigatoriamente, as praças que:


I - alegarem ou manifestarem doenças;
II - regressarem de hospitais, acompanhadas dos respectivos documentos de alta;
III - se apresentarem prontas para o serviço na unidade, por movimentação, conclusão de licença ou
qualquer outro motivo; I
V - receberem ordem para tal, de autoridade competente; ou
V - devam ser submetidas a exame de corpo delito ou de sanidade, quando tais exames não sejam
urgentes

Art. 271. Entre a revista do recolher e o toque de alvorada, o Of Dia deve certificar-se da presença
das praças que devam permanecer no quartel, por meio de revistas incertas, passadas de modo a não
acordar os militares, salvo para identificá-los, o que pode ser feito por intermédio do Sgt Dia à
respectiva SU.

Da Revista de Mostra
Art. 272. A revista de mostra é o exame procedido por qualquer chefe que tenha autoridade
administrativa sobre os responsáveis por material, com a finalidade não apenas de verificar a
existência do material distribuído, mas também o seu estado de conservação e a apuração de
responsabilidade individual, se for o caso.
Art. 273. As revistas de mostra, procedidas periodicamente pelo Cmt U, ou por seu representante
designado, e pelos Cmt SU, obedecem às seguintes disposições:
I - o responsável direto pela guarda e conservação do material a ser revistado deve estar presente,
obrigatoriamente;
II - a circunstância de não ter sido passada a revista de mostra na época oportuna, devido à causa
eventual, não isenta o detentor da responsabilidade pelo extravio e/ou pela falta de conservação do
material a ele distribuído, que venham a ser constatados em qualquer oportunidade;
III - as faltas assinaladas são participadas ao Cmt U por intermédio do Fisc Adm, mencionando-se
não apenas os responsáveis, como também a natureza e a causa da avaria, se for o caso; e
IV - a execução da revista de mostra deve ser regulada em normas que visem à ordem, rapidez e
facilidade, podendo contar com a cooperação de oficiais especializados da unidade para o exame do
material de suas especialidades.

Da Revista de Animais
Art. 274. Os Cmt U e de SU, quando julgarem oportuno, passam em revista os animais das suas
cargas, verificando o seu estado.
Art. 275. Em princípio, todas as revistas de animais são realizadas com a presença do veterinário e
dos seus auxiliares. Parágrafo único. Para as revistas determinadas pelos Cmt SU, a participação do
veterinário e/ou de seus auxiliares deve ser solicitada ao Cmt U.
Art. 276. O local e as particularidades da execução das revistas de animais devem observar as
disposições vigentes, sendo estabelecidos pela autoridade que as determinar, de modo a não
prejudicar a instrução e os demais serviços da unidade.

Da Revista Diária de Armamento, Munição e Explosivo


Art. 277. A revista diária de armamento, munição e explosivo, realizada obrigatoriamente ao final
do expediente, é o exame de todo esse material existente em carga e relacionado nas reservas e
paióis, com o objetivo de controlar, de modo rigoroso, as diversas quantidades e os seus destinos,
consubstanciados nos mapas diários do armamento e de munição e explosivo.
Parágrafo único. O mapa diário do armamento e o de munição e explosivo, por serem documentos
primordiais de controle, são conferidos e assinados pelos Cmt SU e pelo O Mun Expl Mnt Armt,
respectivamente, por ocasião da revista diária, e arquivados sob a responsabilidade do SCmt U. Art.
278. A revista diária de armamento, munição e explosivo é a medida básica e fundamental do
conjunto de normas de controle de armas, munições e explosivos da unidade.
Art. 279. Os Cmt SU, acompanhados dos subtenentes encarregados do material das SU, realizam
pessoalmente as revistas diárias do armamento sob sua responsabilidade. Parágrafo único. A revista
pode ser realizada:
I - por outro oficial da SU, somente no caso de seu Cmt SU não se encontrar no interior do
aquartelamento; ou
II - pelo graduado de maior hierarquia presente na SU, quando todos os oficiais da SU estiverem
ausentes do quartel.
Art. 280. Após a realização da revista diária, a reserva é fechada pelo armeiro na presença do
encarregado do setor de material da SU e do Cmt SU ou do militar mencionado nas situações
previstas no parágrafo único do art.
279 deste Regulamento.
§ 1° A distribuição e o recolhimento, pelos armeiros, de todo o armamento utilizado pelo pessoal de
serviço, bem como a abertura e o fechamento da reserva com aquele propósito, nos horários sem
expediente e ausente o Cmt SU, são supervisionados pelo Of Dia, auxiliado pelo seu Adj e
acompanhado do respectivo Sgt Dia SU.
§ 2° No caso de abertura de reserva de armamento, motivada por propósito distinto do citado no §
1o deste artigo, nos horários sem expediente e ausente o Cmt SU, o Of Dia conduz, pessoalmente,
acompanhado do respectivo Sgt Dia SU, a distribuição e o recolhimento do armamento, bem como
a abertura e o fechamento da reserva, devendo o fato ser lançado em seu livro de partes e no do Sgt
Dia SU, e relatado ao Cmt U e ao SCmt U, na primeira oportunidade.
Art. 281. O O Mun Expl Mnt Armt realiza pessoalmente a revista diária no(s) paiol(óis) da unidade.
Parágrafo único. A revista pode ser realizada:
I - por oficial designado pelo SCmt U, quando o O Mun Expl Mnt Armt não se encontrar no interior
do aquartelamento, contando-se, nesse caso, com o apoio do Sgt Aux Mun Expl Mnt Armt; ou
II - pelo S4, também apoiado pelo Sgt Aux Mun Expl Mnt Armt, caso o Cmt U ou Scmt U julguem
conveniente.
Art. 282. Após a realização da revista diária, o(s) paiol(óis) é(são) fechado(s) pelo O Mun Expl Mnt
Armt.

PROCEDIMENTO INDIVIDUAL A SER ADOTADO PELO MILITAR FORA DO


QUARTEL
Do Procedimento Normal
Art. 18. A continência individual é a forma de saudação que o militar isolado, quando uniformizado,
com ou sem cobertura, deve aos símbolos, às autoridades e à tropa formada.
§ 1º A continência individual é, ainda, a forma pela qual os militares se saúdam mutuamente, ou
pela qual o superior responde à saudação de um mais moderno.
§ 2° A continência individual é devida a qualquer hora do dia ou da noite, só podendo ser
dispensada nas situações especiais conforme regulamento de cada Força Armada.
§ 3º Quando em trajes civis, o militar assume as seguintes atitudes:
I - nas cerimônias de hasteamento ou arriação da Bandeira, nas ocasiões em que esta se apresentar
em marcha ou cortejo, assim como durante a execução do Hino Nacional, o militar deve tomar
atitude de respeito, de pé e em silêncio, com a cabeça descoberta;
II - nas demais situações, se estiver de cobertura, descobre-se e assume atitude respeitosa; e
III - ao encontrar um superior fora de Organização Militar, o subordinado faz a saudação com um
cumprimento verbal, de acordo com as convenções sociais.

Do Procedimento em Outras Situações


Art. 30. O militar em um veículo, exceto bicicleta, motocicleta ou similar, procede da seguinte
forma:
I - com o veículo parado, tanto o condutor como o passageiro fazem a continência individual sem se
levantarem; e
II - com o veículo em movimento, somente o passageiro faz a continência individual.
§ 1° Por ocasião da cerimônia da Bandeira ou da execução do Hino Nacional, se no interior de uma
Organização Militar, tanto o condutor como o passageiro saltam do veículo e fazem a continência
individual; se em via pública, procedem do mesmo modo, sempre que viável.
§ 2° Nos deslocamentos de elementos transportados por viaturas, só o Comandante e o Chefe de
cada viatura fazem a continência individual. Os militares transportados tomam postura correta e
imóvel enquanto durar a continência do Chefe da viatura.
Art. 33. Procedimento do militar em outras situações:
I - o mais moderno, quando a cavalo, se o superior estiver a pé, deve passar por este ao passo; se
ambos estiverem a cavalo, não pode cruzar com aquele em andadura superior; marchando no
mesmo sentido, ultrapassa o superior depois de lhe pedir autorização.
II - o militar a cavalo apeia para falar com o superior a pé, salvo se este estiver em nível mais
elevado (palanque, arquibancada, picadeiro, ou similar) ou ordem em contrário;
III - se o militar está em bicicleta ou motocicleta, deve passar pelo superior em marcha moderada,
concentrando a atenção na condução do veículo;
IV - o portador de uma mensagem, qualquer que seja o meio de transporte empregado, não modifica
a sua velocidade de marcha ao cruzar ou passar por um superior e informa em voz alta: “serviço
urgente”;
V - a pé, conduzindo ou segurando cavalo, o militar faz a continência convencional;
VI - quando um militar entra em um recinto público, percorre com o olhar o local para verificar se
há algum superior presente; se houver, o militar faz-lhe a continência, do lugar em que está;
VII - quando um militar entra em um recinto público, os militares mais modernos que aí estão
levantam-se ao avistá-lo e fazem-lhe a continência;
VIII - quando militares se encontrarem em reuniões sociais, festas militares, competições
desportivas ou em viagens, devem apresentar-se mutuamente, declinando posto e nome, partindo
essa apresentação daquele de menor hierarquia;
IX - seja qual for o caráter - oficial ou particular da solenidade ou reunião, deve o militar,
obrigatoriamente, apresentar-se ao superior de maior hierarquia presente, e ao de maior posto entre
os oficiais presentes de sua Organização Militar; e
X - quando dois ou mais militares, em grupo, encontram-se com outros militares, todos fazem a
continência individual como se estivessem isolados.
Art. 35. O militar fardado descobre-se ao entrar em um recinto coberto.
§ 1° O militar fardado descobre-se, ainda, nas reuniões sociais, nos funerais, nos cultos religiosos e
ao entrar em templos ou participar de atos em que este procedimento seja pertinente, sendo-lhe
dispensada, nestes casos, a obrigatoriedade da prestação da continência.
§ 2° O estabelecido no caput deste artigo não se aplica aos militares armados de metralhadora de
mão, fuzil ou arma semelhante ou aos militares em serviço de policiamento, escolta ou guarda.
Art. 36. Para saudar os civis de suas relações, o militar fardado não se descobre, cumprimentando-
os pela continência, pelo aperto de mão ou com aceno de cabeça.
Parágrafo único. Estando fardado, o militar do sexo masculino que se dirigir a uma senhora para
cumprimentá-la, descobre-se, colocando a cobertura sob o braço esquerdo; se estiver desarmado e
de luvas, descalça a luva da mão direita e aguarda que a senhora lhe estenda a mão.

TRAJES CIVIS
A roupa é um fator cultural, porém o convite é o ponto de referência para o traje apropriado a um
evento. A nomenclatura para definir o tipo de traje é muito variada no Brasil. Visando à
uniformização, no âmbito do Exército, quanto ao uso dos trajes, tanto por parte dos militares, no
caso de recepção em que não é exigido o uso de uniforme militar, quanto pelos civis, quando
comparecem às solenidades militares, é apresentado, no quadro abaixo uma orientação geral a ser
seguida:
Gala
A casaca é o traje de gala por excelência. É a veste de maior cerimônia, sendo recomendado para
eventos, com a presença de Chefes de Estados e que são conduzidos dentro de um rígido protocolo.
O traje feminino correspondente à casaca é o vestido longo. O fraque, também, é um traje de gala,
porém de uso mais restrito. É costume adotá-lo em bodas e casamentos pelos padrinhos e pelo
noivo.
Rigor O "smoking" é o traje clássico de eventos formais em que se impõe uma uniformidade no
trajar dos convidados. Ele não se constitui em um traje de gala, costuma ser adotado em festas à
noite com baile e em jantares formais. O traje feminino correspondente ao "smoking" é geralmente
o vestido longo, atualmente têm sido aceitas variações, como o "demi-longue" ou outros modelos
confeccionados em tecidos nobres.
Passeio Completo É o traje adequado a reuniões ou recepções oficiais ou formais, festas à noite,
jantares e solenidades oficiais. O terno (sempre com gravata) em cor escura, com sapatos sociais é a
sua composição mais clássica. Não existe uma correspondência rigorosa entre o traje passeio
completo e o traje feminino. Por analogia, porém, as mulheres não devem usar roupas esportivas ou
em tecido tipo "jeans".
Passeio ou Esporte Fino O traje passeio é constituído de terno (podendo ser claro quando de dia) ou
"blazer" com gravata. No traje esporte fino usa-se o "blazer" sem gravata ou somente a camisa de
mangas compridas. Ambos são de uso recomendado em eventos sociais sem formalidade
(casamentos matinais, almoço e jantares informais). Para as mulheres não há grandes restrições
quanto aos seus trajes para eventos em que se exige dos homens o passeio ou esporte fino. Elas
devem ajustar o seu traje ao local e à ocasião, evitando os modelos em "jeans".
Esporte É indicado para eventos que envolvam lazer, reuniões matinais, festas ao ar livre,
churrascos e confraternizações diversas. O uso da bermuda é aceito se o evento for ao ar livre e for
sugerido pelo anfitrião. O agasalho para o traje esporte é livre, podendo ser um suéter, um pulôver
ou qualquer complemento esportivo.

MODOS DE SERVIR E OS DIFERENTES TIPOS DE SERVIÇOS


Os MODOS DE SERVIR variam com o grau de formalidade desejada; se formal, semiformal, ou
informal e com o tipo de evento, se almoço, jantar, ou outros.
Os TIPOS DE SERVIÇO podem ser à francesa, à inglesa ou à americana.
Existem também variações quanto à SEQÜÊNCIA dos garçons servirem. Nos itens abaixo são
apresentadas algumas orientações básicas, sobre os modos de servir.
a. Almoço ou jantar formal Nessas ocasiões o serviço deve ser feito à francesa ou à inglesa, não se
admitem falhas nem erros de previsão. A mesa deve ser arrumada com todas as regras de etiqueta e
requintada decoração. Quanto mais formal o evento, mais a toalha, os pratos, os copos e os demais
apetrechos devem tender ao estilo clássico. Exige garçons e "maitre" que, conforme a ocasião,
trajarão "smoking" ou paletó branco, gravata borboleta e luvas. Os anfitriões e convidados se
reúnem, inicialmente, em um ambiente, que não a sala onde será servida a refeição. Nesse ambiente
devem ser servidos alguns aperitivos ou um leve coquetel, que poderá durar de meia a uma hora
após a chegada dos homenageados. "maitre" comunica à anfitriã que a refeição está pronta e esta se
dirige para o cavalheiro que será seu vizinho à direita da mesa (normalmente o homenageado ou o
de maior precedência). O anfitrião entra em primeiro lugar na sala onde será servida a refeição
acompanhado da dama que ocupará o lugar à sua direita. Os demais convidados os seguem, sem
ordem estabelecida. A anfitriã e seu vizinho de mesa entram por último. Os copos de bebida que
estejam sendo usados durante o coquetel não devem ser levados para esse ambiente. O traje deve
ser rigor ou passeio completo e, se uniforme, o correspondente. Os jantares formais são servidos
após as 20 horas. Quando a recepção é muito formal não deve ter fundo musical. Nos demais casos
é desejável uma música instrumental suave, inclusive "ao vivo". b. Almoço ou jantar semiformal
Nessas ocasiões o serviço pode ser feito à francesa, à inglesa ou à americana. Requer menos
formalidades no que se refere ao traje, ao modo de servir, pois pode ser adotado o serviço à
americana e permite mais liberdade quanto ao rigor da etiqueta citada abaixo. Se almoço, deve ser
servido entre 12 e 13 horas e, se jantar, a partir das 20 horas.
Tipos de serviço
1) À francesa O serviço começa com a entrada, entradas frias são servidas antes da sopa e as
quentes depois, se for sopa, o prato pode já vir servido da cozinha. O prato de entrada é servido
sobre prato raso; ambos são retirados juntos. O mesmo ocorre ao se servir e retirar a sopa. Água e
pãozinho já deverão estar servidos. Sopa só deve ser servida em jantares. Uma entrada fria também
pode estar posta antes dos convidados entrarem na sala, ou ser servida, pela direita, logo após todos
se sentarem à mesa. Em refeições mais formais só se serve água mineral, vinho e champanhe, e pela
direita. Terminada a entrada, o garçom retira o prato pela esquerda. O primeiro prato (peixe é o
clássico) é servido também pela esquerda. Se o prato for individual e vier pronto da cozinha será
colocado na mesa, pela direita. O garçom segura a travessa com o braço esquerdo envolto num
guardanapo e mantém o direito às costas, oferecendo, pela esquerda do convidado, o alimento e os
talheres para ele se servir. O convidado toma os dois talheres nas mãos (colher na direita e garfo na
esquerda) e se serve. Assim o serviço prossegue de pessoa para pessoa. Só se começa a comer
quando a anfitriã levanta seus próprios talheres da mesa. Terminando o primeiro prato, o garçom
retira o prato e os talheres usados pela esquerda e, ao mesmo tempo, coloca um prato limpo pela
direita. O segundo prato pode ser carne ou massas. As travessas continuam a ser oferecidas sempre
pela esquerda. Os copos de água e champanhe permanecem na mesa até o final. Terminada a
refeição, e antes da sobremesa, o garçom retira o último prato usado, pela direita. Quando houver
"sousplat", este é retirado juntamente com o último prato usado, também pela direita ou permanece
na mesa para ser retirado com a sobremesa. O prato de pão é retirado pela esquerda. A sobremesa,
se já vier servida no prato, será posta à mesa pela direita. Caso venha na travessa, será apresentada
pela esquerda. Ao término, a taça ou o prato é retirado pela esquerda. Terminada a sobremesa, o
café poderá ser servido à mesa ou em outro ambiente. Nos dois casos o serviço deve ser feito pelos
garçons. Ao término do café, o anfitrião pode oferecer digestivos: conhaque e licores, acompanhado
de chocolates e biscoitos. Os convidados devem se retirar somente após a saída do convidado de
honra. Serviço à Francesa
2) À inglesa O serviço à inglesa é aquele praticado normalmente nos restaurantes mais finos e muito
usado nas Organizações Militares. O garçom é quem serve a comida, indagando às pessoas
discretamente o que prefere e colocando em seus pratos. No mais é tudo igual ao serviço à francesa,
inclusive no que se refere ao lado esquerdo para servir os alimentos. Este serviço, à semelhança do
serviço à francesa, pode ter uma variação: os garçons já trazem o prato individual pronto, servido da
cozinha, colocando-o à frente do convidado, pela direita.
3) À americana É um serviço em forma de bufê, pratos, talheres, copos e demais apetrechos são
dispostos em ampla mesa decorada, juntos com travessas contendo o cardápio escolhido. Alimentos
quentes ficam sobre aquecedores para conservar a temperatura constante. Os próprios convidados se
servem no "bufê" ou, quando é exigido mais requinte, os convidados são aí servidos, por garçons, e
sentam-se às mesas, com lugares marcados. Buffet à Americana. Em situações mais formais, essas
mesas podem estar decoradas e já arrumadas com pratos, copos, talheres e guardanapos e, assim que
a anfitriã convidar para se servirem, os convidados deslocam-se com o prato na mão em direção à
mesa principal, retornando depois aos seus lugares na mesa. O convidado de honra se serve
primeiro. Os convidados retornam posteriormente ao bufê para repetir os pratos ou se servirem da
sobremesa e, neste caso, a sobremesa pode ser repetida. Quando a refeição é mais informal,
normalmente em residências, os convidados podem comer de pé, ou serem providenciadas mesinhas
dobráveis ou bandejas para cada um. A forma de bufê é usada também para a refeição do tipo
"queijos e vinhos”.

ARRUMAÇÃO DAS MESAS


A toalha de mesa tem de estar lavada e passada de forma impecável. Ela precisa ser de tecido nobre
e ter dimensões suficientes para que haja uma queda de pelo menos 25 cm de cada lado da mesa.
Um forro sob a toalha, suaviza o ruído na colocação dos pratos. Em eventos menos formais, jogos
americanos, nos mesmos tecidos, podem e devem ser usados em almoço ou jantar, em especial
sobre mesas de mármore, granito, vidro, ou de madeira, quando ela está bem tratada. A distância
entre um lugar e outro deve manter-se entre 50 cm e 75 cm. Os pratos são colocados no lugar, a dois
dedos (3 cm) da borda da mesa, de modo que não toquem nas pessoas. Os sousplats (pratos de prata
ou cristal para ficar sob os pratos) não são obrigatórios, mas dão um ar requintado e evitam que
pequenos restos de comida caiam na mesa. O prato de sopa (fundo) é colocado sobre o raso. Pode-
se também utilizar taças de consomê. Os guardanapos são colocados à esquerda dos garfos, ou
sobre os pratos. Pode-se arranjá-los em retângulo ou escolher outra dobradura artística que
embeleze a decoração. Talheres também ficam a dois dedos da borda da mesa, paralelos e
equidistantes entre si. À esquerda do prato coloque os garfos. O maior (de carnes) a dois dedos do
prato e, em seguida, o menor (de peixe ou salada). À direita do prato, disponha as facas, na mesma
ordem: a de carnes junto ao prato e, do lado de fora, a do peixe (não havendo peixe, retire-a). Todos
os talheres ficam voltados para cima. O cardápio (menu), para o almoço e jantar, pode ser colocado
sobre ou próximo ao guardanapo. Os copos e taças são posicionados em diagonal, à frente e à
direita do prato, na seguinte ordem (do maior para o menor), em direção à borda da mesa: água,
vinho tinto, vinho branco. O de champanhe por detrás deles. Velas poderão compor a decoração de
jantares.

Pratos
Dependendo do tipo de serviço que será executado há aqui duas situações:
a) O prato da primeira entrada se apresenta vazio em cima do show-plate, fazendo parte do mise-en-
place, antes da chegada do comensal.
b) O prato da primeira entrada será servido pelo garçom, já com a comida, após a chegada do
comensal. Nesse caso apenas o show-plate fará parte do mise-en-place. Em qualquer um dos dois
casos, ao final de cada serviço, o prato vai sendo retirado e os subsequentes vão sendo servidos,
sempre em cima do show-plate. Assim, o comensal não precisa se preocupar com a correta
utilização dos pratos, pois estará sempre um de cada vez na mesa.
Talheres
Os talheres costumam assustar um pouco, pois se apresentam todos que serão usados até o fim da
refeição, já na mise-en-place. Por isso, exigem um pouco de cuidado, afinal a disposição dos
talheres vai depender do cardápio que será servido na refeição. No entanto, algumas regrinhas
básicas podem ser aprendidas: As facas de mesa e de entradas ficam sempre ao lado direito do prato
com a serra voltada para o prato. As colheres de sopa também estarão sempre dispostas à direita do
prato. Os garfos de mesa e de entradas ficam ao lado esquerdo do prato. Esses talheres devem
sempre estar alinhados pela base, na mesma direção da base do show-plate. Os talheres de
sobremesa devem apresentar-se, na horizontal, acima do prato. Sendo que a faca fica mais perto do
prato, com a serra para dentro e o cabo voltado para o lado direito; o garfo em seguida, com o cabo
voltado para o lado esquerdo e, por último, a colher acima do garfo, com o cabo voltado para o lado
direito. Nem sempre se usam os três; quais escolher vai depender da consistência da sobremesa. Se
prestarmos bem atenção, percebe-se que as posições de todos os talheres são as mais práticas para
sua própria utilização. Isso, claro, se o comensal for destro; infelizmente, os canhotos ainda não têm
vez na etiqueta à mesa. Mesmo com essas regrinhas básicas ainda ficam algumas dúvidas: Quantos
garfos colocar? Quantas facas? A colher de sopa vem perto do prato? Bem, como já foi dito, a
arrumação dos talheres vai depender do menu que será servido. Mas uma coisa é certa, tanto para a
preparação como para a utilização dos talheres, nunca há erro se os utilizarmos, de fora para dentro
do prato. Ao final de cada serviço, os talheres utilizados serão levados junto com o prato pelo
garçom. Os próximos a serem usados são sempre os seguintes. Vejamos os outros itens que entram
na mise-en-place e, a seguir, apresentaremos alguns exemplos de cardápio com sua respectiva mise-
en-place completa.
Prato e Faca de pão
O prato de pão, normalmente é um prato um pouco menor que o de sobremesa e um pouco maior
que o pires de chá. Sua função como o nome já diz é aparar o pão que acompanha todos os serviços
de uma refeição mais refinada, hábito muito comum entre os europeus. Sua posição é à esquerda e
acima do show-plate. A faca de pão é igual a uma faca de sobremesa e deve ser colocada na vertical
sobre o pratinho de pão com a serra voltada para a esquerda, pois quando o comensal for fazer uso
dela, deverá pegá-la com a mão direita, já com a serra posicionada para o uso.
Copos
Os copos, assim como os talheres, também estarão todos presentes desde o início e podem, por isso,
representar uma ameaça para os menos acostumados. Mas sua arrumação também segue um sentido
coerente. Da mesma forma que os talheres, eles irão sendo retirados conforme não forem sendo
mais úteis na refeição, com exceção do copo de água, que fica presente da primeira entrada à última
sobremesa. Os copos a serem colocados dependerão das bebidas que serão servidas. Normalmente,
são sempre quatro copos, no máximo, a serem utilizados que devem estar assim organizados: O
copo de água (que é sempre o maior de todos) ocupa o local próximo à ponta da faca de mesa e ao
lado dos talheres de sobremesa. Ao lado dele, se posiciona o copo de vinho tinto (o médio) e em
seguida o de vinho branco (o menor). No caso de serviço de vinho espumante, a taça flute deve ficar
acima dos demais copos.
Guardanapo
O guardanapo deve ir dobrado sobre o prato de mesa ou sobre o show-plate, quando o prato de
mesa não fizer parte da mise-en-place inicial. Se houver espaço na mesa, ele pode vir também em
seguida dos talheres dispostos do lado esquerdo. Muita atenção: há pouco tempo, muitos
restaurantes ainda se dedicavam à arte de dobras de guardanapo, numa tentativa de sofisticar o
serviço. No entanto, hoje com o crescimento do conceito de higiene e manipulação de alimentos,
convém dobrar o guardanapo de forma que ele seja o mínimo manuseado possível. A dobra mais
comum é a chamada “envelope”, que o garçom pode fazer com uma pinça de colheres sem nem
mesmo tocar a mão no tecido.

Apresentações
Normalmente, as autoridades procedem as apresentações de seus convidados, dizendo; por
exemplo: "Senhor Carlos Antunes, apresento-lhe o Cel José de Abreu", ou: "Senhor Carlos Antunes,
tenho o prazer de apresentar-lhe o Cel José de Abreu", ou, ainda, simplesmente o nome das pessoas:
"Senhor Carlos Antunes, Cel José de Abreu". Dois convidados podem apresentar-se mutuamente,
citando apenas os nomes, sem título. Está em desuso a fórmula "Encantado!". Diz-se simplesmente
"Como vai?", "Como está?", ou "Muito prazer!" O termo correto para apresentar a própria esposa é:
"minha mulher". Por exemplo: "Senhor Antônio, esta é Denise, minha mulher", o mesmo ocorrendo
em relação à mulher, que deve dizer: "meu marido". Em situação de igualdade: - A pessoa de menor
precedência é que deve ser apresentada à de maior precedência. - O mais jovem é apresentado ao
mais velho. - O homem é apresentado à mulher. Quem toma a iniciativa de estender a mão e dizer
"como vai", "como está" é a pessoa mais importante, mais idosa ou a mulher. O militar, com
cobertura ou luvas, deve retirá-las para cumprimentar uma senhora.

O convidado
O convidado para um almoço, ou jantar sentado, tem a obrigação de confirmar (ou não) sua
presença. E, em caso de impossibilidade de comparecimento, não deve mandar representante. Não
comparecer a um compromisso dessa natureza, depois de aceitá-lo, constitui ato grosseiro. O pedido
de resposta a um convite é indicado pelas iniciais R.S.V.P. (Répondez s’il vous plaît) à direita, na
parte inferior do convite, acompanhadas do telefone ao qual se deve responder. Quando o evento é
realizado na residência do anfitrião, é delicado oferecer uma pequena lembrança para a esposa,
como por exemplo: bombons, flores e pequenos objetos de decoração. As flores devem ser
acompanhadas de cartão e enviadas antes da hora marcada para a recepção. O convidado deve ser
pontual. Só por razões imperiosas se chega atrasado a uma reunião formal com lugares marcados à
mesa. O convidado não deve se oferecer para conhecer a parte íntima da casa. A embriaguez
constitui espetáculo deplorável. O lavabo deve ser deixado nas mesmas condições impecáveis que
encontrou. Não devem ser dadas ordens aos empregados dos anfitriões. A gíria, sem exagero, não é
condenável, o palavrão sim. O vocábulo deve ser adequado nas conversas, sem preciosismos
gramaticais. A linguagem falada é simples, curta e, principalmente, atualizada. A franqueza
exagerada é uma forma de intolerância. Não só em sociedade como entre amigos, a franqueza
inoportuna representa um tipo de agressividade contrária à boa educação, que é tolerante e amável.
Não se deve insistir para que o convidado beba ou coma, quando não sente vontade; ou que fique,
quando deseja partir. A arte da conversação exclui, por princípios, os desabafos ou confidências
financeiras, os desencontros conjugais, as doenças nas famílias e outras. O convidado deve se
inteirar das notícias mais recentes e importantes para facilitar a conversa durante o evento. No dia
seguinte o convidado deve agradecer o convite, enviando um cartão ou, se não ofereceu à anfitriã
flores no dia do evento, deve fazê-lo nessa ocasião. A pessoa inteligente conversa sobre idéias e não
sobre pessoas!

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