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RESUMO – CFC 2023

MATÉRIA: INSTRUÇÃO GERAL


ASSUNTO: ESCRITURAÇÃO MILITAR
Os documentos que integram a correspondência são divididos, conforme sua finalidade/classificação,
em documentos para circulação externa, documentos para circulação interna, documentos
declaratórios, documentos de apoio a decisão e documentos de esclarecimento/reconhecimento.
Ofícios: é o documento pelo qual as autoridades militares se correspondem com autoridades da
Administração Pública e Privada, na esfera nacional e internacional, a respeito de assunto técnico ou
administrativo, de caráter exclusivamente oficial.
Tramita por meio físico, substitui o FAX, possui certificado digital
Documento Interno do Exército (DIEx): forma de correspondência utilizada por autoridade militar
ou pelo militar, com a finalidade de tratar de assuntos oficiais, transmissão de ordens, instruções,
decisões e recomendações de encaminhamento de documentos, soluções, comunicar assuntos de
serviço, esclarecimentos informações e outros.
IFORMEX: documento que representa a palavra oficial da Força sobre assuntos de interesses do
público interno de forma rápida e direta. É um documento padronizado pelo Centro de Comunicação
Social do Exército e que também pode ser destinado para fora da Força.
Radiograma: destinado à rápida comunicação entre as partes interessadas transmitidos por meio de
equipamentos de telecomunicações em linguagens e abreviações específicas.
Requerimento: Documento em que o signatário pede à autoridade competente o reconhecimento ou a
concessão de direito que julga possuir, amparado na legislação que regula objeto pretendido.
Cópia autêntica: reprodução literal de um documento conferida com o original e assinada por
autoridade competente.
Cópia autênticada: reprodução de um documento por meio de qualquer processo de cópia,
reconhecida como verdadeira pela aposição de um carimbo onde consta a assinatura da autoridade
responsável pela conferência.
Nota para BI: Instrumento pelo qual o comandante, chefe ou diretor, divulga suas ordens e das
autoridades superiores e os fatos que devem ser de conhecimento da OM.
Declaração: É o documento pelo qual a autoridade competente, a pedido do interessado, expressa a
ocorrência de um fato . Possui duração transitória, devendo constar no texto o prazo de validade do
mesmo.
A elaboração da correspondência do interesse do Exército orienta-se pela concisão, clareza,
objetividade, formalidade, impessoalidade, uso do padrão culto de linguagem e uniformidade.

CLASSIFICAÇÃO DOS DOCUMENTOS:


1) Quanto ao trânsito:
- Externa – circula entre autoridades do Exército e outras autoridades civis e militares.
- Interna – transita no âmbito do Exército.
2) Quanto à natureza:
- Sigilosa – trata de assuntos que devem ser de conhecimento restrito e, portanto, requerem
medidas especiais de salvaguarda para custódia e divulgação.
- Ostensiva – aquela cujo conhecimento por outras pessoas, além do destinatário, não apresenta
inconvenientes. (obs: imprensa mediante autorização).
3) Quanto à tramitação:
- Normal – aquela cujo estudo, solução e tramitação devem ser realizados em até oito dias úteis.
- Urgente ( U ) – aquela cujo estudo, solução e tramitação devem ser realizados em até quarenta
e oito horas.
- Urgentíssimas ( UU ) – aquela cujo estudo, solução e tramitação devem ser imediatos.

ASSUNTO: FALTAS
DA FREQUÊNCIA À INSTRUÇÃO
A frequência à instrução é um ato de serviço e os Atiradores serão responsabilizados pelas faltas
que cometerem.
A verificação da presença será feita no início e no fim de todas as instruções e exercícios, sendo
o Atirador, mensalmente, informado sobre sua frequência.
Considera-se falta o não-comparecimento a qualquer sessão de instrução ou exercício
programado, ou a saída antes de seu término.
A falta poderá ser “justificada” ou “não justificada”, a critério do Chefe da Instrução do TG.
A cada sessão de instrução que o Atirador faltar corresponderá a perda de 01 (um) ponto, se for
justificada, e de 02 (dois) pontos, em caso contrário.
§ 1° Para efeito de contagem de pontos perdidos, cada sessão de instrução terá a duração de 01
(uma) hora.
§ 2° Quando a falta não for justificada, ficará o Atirador sujeito, ainda, à sanção disciplinar, se
for o caso.
§ 3° A justificativa da falta, por motivo de doença, será feita mediante apresentação do atestado
médico, submetido à apreciação do Chefe de Instrução do TG, o qual poderá ainda justificar faltas por
motivo de força maior.

ASSUNTO: ESCALA DE SERVIÇO


Entende-se por escala de serviço a relação de pessoas que concorrem na execução de
determinado serviço, tendo por finalidade principal a distribuição equitativa de todos os serviços no
âmbito da OM (TG), pelos executantes;
A escala de serviço obedece a ordem dos Atiradores e segue duas sequências: nos dias úteis a
Escala Preta e nos sábados, domingos e feriados a Escala Vermelha.
A designação para determinado serviço deve recair em quem, no mesmo serviço, maior folga
tiver;
Em igualdade de folga, deve designar-se, primeiro o de menor posto ou graduação ou o mais
moderno;
As folgas são contadas separadamente para cada serviço;
Entre dois serviços de mesma natureza ou de natureza diferente, deve observar-se para o mesmo
indivíduo, sempre que possível folga de 48 horas, no mínimo; é considerado mais folgado o último
incluído na escala; a designação para o serviço ordinário deve ser feita de véspera;
A troca de serviço não altera as folgas da escala;
Todos os atiradores e monitores concorrerão a escala de serviço.

ASSUNTO: SERVIÇO INTERNO E EXTERNO


1. Durante a prestação do serviço militar, em um TG, os Monitores desempenham, nos
serviços de escala, as funções de Cmt Gd, Cb Gd e Cmt Pa, dentre outras.
2. Estas funções exigem alto grau de responsabilidade e preparação.
3. O Cmt Gd é o responsável por tudo que ocorre no Tiro de Guerra durante a ausência do Chefe
da Instrução.
4. O Cb Gd é o substituto eventual do Cmt Gd e responsável pela distribuição dos horários às
sentinelas e, também, pela manutenção das instalações.
5. O Cmt Pa tem a responsabilidade sob qualquer ação da patrulha, cabendo a ele ter a iniciativa
para resolução dos possíveis problemas.
APRESENTAÇÃO DO RISG
O regulamento é um só, o RISG (Regulamento Interno dos Serviços Gerais), de onde são
extraídos os tópicos de interesse para os TG. Entretanto outras ordens poderão ser acrescentadas pelo
Chefe da Instrução, com base nas NGA/TG, bem como as normas do próprio TG, conforme prevê os
regulamentos.
PRINCIPAIS DEVERES DO MONITOR (COMANDANTE DA GUARDA DO TG)
a. ser responsável pela execução de todas as ordens recebidas do Chefe da Instrução;
b. formar a guarda rapidamente, ao sinal de alarme dado pelas sentinelas, reconhecer
imediatamente o motivo e agir por iniciativa própria, se for o caso;
c. responder, perante o Chefe da Instrução, pelo asseio, ordem e disciplina, no alojamento das
praças da guarda e demais dependência de seu encargo;
d. conferir ao assumir o serviço, o material distribuído ao corpo da guarda, devidamente e
relacionado, comunicando imediatamente ao Chefe da Instrução, as faltas e estragos verificados;
e. cumprir e fazer cumprir por todas as praças da guarda os deveres e atribuições
correspondentes;
f. velar pela fiel execução do serviço de conformidade com as ordens e instruções em vigor;
g. verificar constantemente se as sentinelas tem pleno conhecimento das ordens particulares
relativas ao seu posto;
h. ao ser substituído, entregar, por ocasião da apresentação, a parte da guarda, demais
documentos que porventura existentes, comunicar verbalmente as ocorrências havidas durante o
serviço, mesmo constante do livro de partes, e a situação do material carga do corpo da guarda e
demais dependências, se for o caso; e
i. levar ao conhecimento do Chefe da Instrução, a presença no TG, de qualquer militar
estranho ao mesmo;
PRINCIPAIS DEVERES DO MONITOR (CMT PA)
a. O Comandante da patrulha recebe ordens especificadas, cumprindo e fazendo cumprir as
mesmas; e
b. Todo Comandante é responsável pela disciplina, instrução controle e emprego de seus
homens, e também, sempre que possível, deverá manter contato com o superior hierárquico imediato.

MATÉRIA: ORDEM UNIDA

DEFINIÇÕES BÁSICAS
Coluna - é o dispositivo de uma tropa, cujos elementos (militares, frações
ou viaturas) estão uns atrás dos outros.
Coluna por um - é a formação de uma tropa em que os elementos são
colocados uns atrás dos outros, seguidamente, guardando entre si uma
distância regulamentar. Conforme o número destas colunas, quando
justapostas, tem-se as formações em coluna por 2 (dois), por 3 (três) etc.
Distância - é o espaço entre dois elementos (militares, frações ou
viaturas) colocados um atrás do outro e voltados para a mesma frente. Entre
duas frações, a distância se mede em passos (ou em metros) contados do último
elemento da fração da frente ao primeiro da seguinte. Esta regra continua a ser
aplicada, ainda que o grupamento da frente se escalone em frações sucessivas.
Entre dois homens a pé, a distância de 80 centímetros é o espaço
compreendido entre ambos na posição de Sentido, medido pelo braço
esquerdo distendido e pelas pontas dos dedos tocando o ombro (ou mochila)
do militar da frente.
Intervalo - é o espaço, contado em passos ou em metros, paralelamente à frente, entre dois
militares colocados na mesma fileira.
Também se denomina intervalo o espaço entre duas viaturas, duas frações ou
duas unidades. Entre duas frações ou duas unidades, mede-se o intervalo a
partir do militar da esquerda, pertencente à fração da direita, até o militar da
direita, pertencente à fração da esquerda. Entre dois militares, o intervalo pode
ser normal ou reduzido. Para que uma tropa tome o intervalo normal, os
militares da testa distenderão o braço esquerdo, horizontal e lateralmente, no
prolongamento da linha dos ombros, mão espalmada, palma voltada para baixo,
tocando levemente o ombro direito do militar à sua esquerda. Os militares
procurarão o alinhamento e a cobertura. Para que uma tropa tome o intervalo
reduzido (o que é feito ao comando de “SEM INTERVALO, COBRIR!” ou “SEM
INTERVALO, PELO CENTRO, PELA ESQUERDA ou PELA DIREITA,
PERFILAR!”), os militares da testa colocarão a mão esquerda fechada na
cintura, com o punho no prolongamento do antebraço, costas da mão voltada
para frente, cotovelo para esquerda, tocando levemente no braço direito do
companheiro à sua esquerda. Os demais militares procurarão o alinhamento e
a cobertura. O intervalo normal entre dois militares é de 80 centímetros. O
reduzido (sem intervalo) é de 25 centímetros.
Fileira - é a formação de uma tropa cujos elementos estão colocados na
mesma linha, um ao lado do outro, todos voltados para a mesma frente.
Linha - é a disposição de uma tropa cujos elementos estão dispostos
um ao lado do outro. Esta formação caracteriza-se por ter a frente maior que a
profundidade.
Alinhamento - é a disposição cujos elementos ficam em linha reta,
voltados para a mesma frente, de modo que um elemento fique exatamente ao
lado do outro.
Cobertura - é a disposição cujos elementos ficam voltados para a
mesma frente, de modo que um elemento fique exatamente atrás do outro.
Cobertura - é a disposição cujos elementos ficam voltados para a
mesma frente, de modo que um elemento fique exatamente atrás do outro.
Testa - é o primeiro elemento de uma coluna.
Cauda - é o último elemento de uma coluna.
Profundidade - é o espaço compreendido entre a testa do primeiro e
a cauda do último elemento de qualquer formação.
Frente - é o espaço, em largura, ocupado por uma tropa em linha.
Na Ordem Unida, avalia-se a frente aproximada de uma tropa, atribuindo-se
1,10 metros a cada militar, caso estejam em intervalo normal, e 0,75
centímetros, se estiverem em intervalo reduzido (sem intervalo).

COMANDOS E MEIOS DE COMANDO


Na Ordem Unida, para transmitir sua vontade à tropa, o comandante
pode empregar a voz, o gesto, a corneta e/ou apito.
Vozes de comando - são formas padronizadas, pelas quais o
comandante de uma fração exprime, verbalmente, a ordem. A voz constitui o
meio de comando mais empregado na Ordem Unida. Deve ser usada, sempre
que possível, pois permite execução simultânea e imediata.
Comandos por gestos - os comandos por gestos substituirão as vozes
de comando quando a distância, o ruído ou qualquer outra circunstância não
permitir que o comandante se faça ouvir.
Emprego da corneta (ou clarim) - os toques são empregados de
acordo com as normas em vigor no exército. Quando uma Escola atingir certo
progresso na instrução individual, são realizadas sessões curtas e frequentes de
Ordem Unida, com os comandos executados por meio de toques de
corneta/clarim. Consegue-se, assim, familiarizar os militares com os toques
mais simples, de emprego usual. O militar deve conhecer os toques
correspondentes às diversas posições, aos movimentos das armas e os
necessários aos deslocamentos.
Emprego do apito - os comandos por meio de apitos são dados
mediante o emprego de silvos longos e curtos. Os silvos longos são dados
como advertência e os curtos como execução.

Vozes de comando são a maneira padronizada, pela qual o comandante de uma fração exprime
verbalmente a sua vontade. A voz constitui o meio de comando mais empregado na Ordem Unida,
devendo ser usada sempre que possível, pois permite a execução simultânea e imediata.
Normalmente, vozes de comando constam de:
- voz de advertência: é um alerta que se dá à tropa prevenindo-a para o comando que será
enunciado: Turma, Grupo, Guarda, /escola, etc.
- Comando propriamente dito: tem por finalidade indicar o movimento a ser executado:
Direita, ordinário, Sem cadência, etc.
- Voz de execução: tem por finalidade determinar o exato momento em que o movimento deve
começar ou cessar: Volver, Marche etc.
A voz de execução deve ser curta, viva, enérgica e segura. Tem de ser mais breve, que o comando
propriamente dito e mais incisiva.
As vozes de comando devem ser claras, enérgicas e de intensidade proporcional ao efetivo da tropa.
Uma voz de comando emitida com indiferença só poderá ter como resultado uma execução displicente.
O comandante deverá emitir as vozes de comando na posição de sentido, com a frente voltada para a
tropa, de um local onde possa ser visto e ouvido por todos os homens. Quando a tropa estiver em
deslocamento o comandante deve colocar-se ao lado esquerdo da tropa a um terço da retaguarda.
MATÉRIA: TOPOGRAFIA
ASSUNTO: CARTAS TOPOGRÁFICAS
1. Cartas
a. Definição
É a representação, em escala, sobre um plano, dos acidentes naturais e artificiais que se
encontram na superfície do solo, bem como da configuração dessa superfície. Embora desenhada em
escala, não permite sua representação exata num plano, originando deformações inevitáveis.
b. Classificação
1) Carta topográfica - Reproduz os acidentes naturais e artificiais da superfície terrestre de
forma mensurável, mostrando suas posições horizontais e verticais.
2) Carta planimétrica - representa apenas a posição horizontal do acidente reproduzido.
Distingue-se da carta topográfica pela omissão do relevo em condição de ser medido;
3) Carta fotográfica - é a reprodução de uma fotografia aérea ou mosaico, constituído de uma
série destas fotografias, que se completou com uma quadriculação arbitrária, dados marginais, nomes,
numeração de estradas, curvas de nível, elevações importantes, limites, escala e orientação
aproximadas Normalmente se denomina fotocarta. O traçado de curvas de nível é excepcional;
4) Carta em relevo - reproduz as diferenças de níveis por meio de sombreamento colorido, etc.
A carta em relevo plástica é uma carta topográfica normal, que foi impressa sobre base de matéria
plástica, de maneira que o relevo, indicado pelas curvas de nível seja efetivamente reproduzido, em
escala aumenta; e
5) Carta especial - é uma carta destinada para fim particular, como por exemplo, uma carta de
rede de vias de transporte.
b. Cuidados
1) As cartas devem ser tratadas com cuidado, dado o fato de seu suprimento ser limitado.
Devem sempre que possível, ser colocadas em um porta-cartas e cobertas com folha de papel
transparente (papel acetato). Este papel adere facilmente à carta, protegendo-a contra a umidade e
permitindo que se escreva com grafite ou lápis especial. As anotações devem ser feitas levemente, de
modo a serem facilmente apagadas com borracha ou algodão com álcool.
2) Quando empregadas pelas tropas em campanha as cartas devem ser dobradas em forma de
sanfona e, colocadas no bolso para protegê-las do sol e da umidade;
3) As fotografias aéreas sem moldura, devem ser guardadas em um invólucro à prova de
umidade e nunca devem ser enroladas. As fotografias não devem ser colocadas próximas a aparelhos
de aquecimento e, quando expostas às variações de temperatura, reforçá-las mediante o emprego de
um material apropriado, tecido ou tela, colado em seu verso.
2. Cartas Topográficas
a. Símbolos e convenções cartográficas
1) Definição - São símbolos empregados nas cartas para indicar construções e acidentes
existentes no terreno; e
2) Cores utilizadas nas cartas militares:
a) Preto.............. Palpiteira e toda a nomenclatura;
b) Azul............... Hidrografia;
c) Vermelho...... Estradas, rodovias;
d) Castanho....... Curva de nível; e
e) Verde............. Vegetação.
b. Escalas
1) Escala pequena – igual ou inferior a 1/500.000;
2) Escala média - maior que 1/500.000 e menor que 1/50.000;
3) Escala grande – superior a 1/50.000;
4) É a relação existente entre as dimensões na carta e seus valores reais correspondentes no
terreno. As cartas trazem, normalmente impressas nas margens, as suas escalas podendo apresentar-se
sob diversas formas:
a) Escala numérica - representada por uma fração com o numerador uma Escala ( E ) =
grandeza na carta ou dimensão gráfica ( d ), dividido pela grandeza no terreno ou dimensão real ( D )
E= d = 0,025m = 25
D 625m 625000
- Para facilidade de cálculo, as escalas têm sempre como numerador a unidade, bastando, para
tal, dividirmos ambos os termos da fração pelo numerador.
- A escala será então
E= 25 = 1 ou 1/25000 ou ainda 1 :25000,
625000 25000
- significando que:
1m na carta corresponde a 25000m (25Km) no terreno.
1cm na carta corresponde a 25000cm (250m) no terreno
1mm na carta corresponde a 25000mm (25m) no terreno
- Uma escala será maior quanto menor for o valor do denominador da fração que a representa.
5) Instrumentos
a) Curvímetro
É um instrumento que serve para medir distâncias na carta em linha reta, quebrada ou curva;
b) Régua milimetrada
- A distância real entre os dois pontos poderá ser determinada com auxílio de uma régua
graduada em milímetros, multiplicando-se a leitura feita na régua, entre os dois pontos na carta, pelo
denominador da escala; e
- Por exemplo, se numa carta de escala E = 1/25000 achamos uma distância gráfica de 3,2 cm
entre os dois pontos, a distância real será:
D = 3,2 cm x 25000 = 80000cm = 800m
c) Régua de escalas
- Existem réguas graduadas com diferentes escalas gráficas. A de seção triangular, por exemplo,
apresenta em seu conjunto seis diferentes escalas;
- Aplicando-se a régua com a graduação correspondente à escala da carta, sobre a distância a
medir, leremos diretamente o valor real dessa distância; e
- Caso a régua não possua a graduação para a escala em que se está trabalhando, utiliza-se outra
escala e multiplica-se ou divide-se a leitura feita pela relação de proporcionalidade entre as duas
escalas. A relação de proporcionalidade sempre que possível deve ser múltipla ou submúltipla de 10.
c. Distância gráfica e distância real
1) Determinação da escala da carta
a) Se os dados da escala não estiverem na margem da carta, a escala dessa carta pode ser
determinada partindo-se de uma medida no terreno, ou por meio da distância gráfica tomada em outra
carta da escala conhecida;
b) Pela distância real entre dois pontos do terreno
- A escala de uma carta pode ser determinada pela comparação da distância real entre dois pontos
do terreno, com a respectiva distância gráfica na carta. Por exemplo, a distância gráfica medida na
carta é de 40mm e a mesma distância medida no terreno com trena ou outro processo razoavelmente
preciso, é de 2.000m ter-se-á:
Distância entre a ponte e a casa na carta = d= 40mm; distância entre a ponte e a casa no terreno =
D= 2000m
1 = d 1 = 0,04 E = 50.000
E D E 2.000

Portanto a escala da carta será de 1/50.000.


c) Pela distância entre dois pontos de uma carta de escala conhecida
- Para determinar a escala de uma carta com auxílio de outra carta com escala conhecida,
escolhem-se dois pontos que estejam representados em ambas as cartas e mede-se a distância entre
eles e aplica-se a regra de 3.
CARTA A
d 1 6 1
---- = --------- ----- = ---------- = D = 6 X 20.000 = 120.000
D 20.000 D 20.000
CARTA B

3cm 1
E = -------------- = --------------
120.000cm 40.000
Coordenadas Retangulares
- As coordenadas retangulares, também conhecidas por plano-retangulares, ou ainda planas, são
baseadas na quadriculação UTM, (UNIVERSAL TRANSVERSE MERCARTOR PROJECTION).
Este sistema é usado no EB por sua relativa facilidade, portanto, o estudaremos mais detalhadamente; e
- A quadriculação UTM consiste em dois grupos de linhas retas paralelas que se interceptam
em ângulos retos formando uma rede de quadrados, todos do mesmo tamanho, comumente
chamados de quadrícula. O ponto é designado pelas distâncias lineares que os afastam do eixo. Os
algarismos finais dos valores são omitidos e apenas dois são impressos em tamanho grande, o qual
são chamados de ALGARISMO PRINCIPAL. Estes algarismos são importantes pois identificam as
já conhecidas quadrículas.

ASSUNTO: AZIMUTES E LANÇAMENTOS


1. Direções-base
a. Para que possamos nos orientar tanto na carta como no terreno, é preciso antes de tudo uma
direção base, que, com a direção que queremos tomar formará um ângulo chamado azimute. Para isso
temos que conhecer as três direções base ou referência;
b. Norte verdadeiro
É o ponto acima da linha do Equador onde tem-se o encontro dos meridianos. Os meridianos de
uma carta representam as direções do norte e do sul verdadeiros;
c. Norte de quadrícula
É indicada pelas verticais das quadrículas consideradas do sentido de baixo para cima; e
d. Norte magnético
É indicada pela ponta da agulha da bússola e é empregada nos trabalhos de campo.
2. Diagrama de orientação
a. As cartas militares tem em sua margem um diagrama de orientação, tal diagrama contém três
direções indicando o NV, o NM e o NQ. Os ângulos entre essas direções tem seus valores designados
com precisão e são utilizados para trabalhos gráficos na carta;
3. Contra Az
É simplesmente o azimute para a direção oposta. O contra azimute de uma direção é o seu
azimute mais ou menos 180º. Se o azimute for menor que 180º soma-se e se for maior que 180º
subtrai-se para obter o contra azimute de uma direção.

3. Orientação de carta
a. O primeiro passo para se orientar com eficiência é seguir os passos de um processo conhecido
como ESAON (Estacionar – Sentar – Alimentar – Orientar – Navegar). Claro que nem sempre
podemos comer. Mas ajustar o mapa com calma é fundamental para evitar uma leitura errada da carta e
acabar ainda mais perdido por causa disso;
b. A parte de cima de um mapa aponta sempre o norte, sabendo disso basta pegar a bússola e
descobrir para onde ela aponta. Descoberta a direção alinhe o norte do mapa (parte de cima) com o
norte apontado pela bússola, as linhas meridionais da bússola devem ser alinhadas com as linhas da
carta topográfica. Não se esqueça de calcular a derivação magnética usando os dados que estão na
carta topográfica para alinhar o mapa com perfeição;
c. Com a carta posicionada é hora de escolher dois pontos que estejam bem visíveis no terreno
(montanhas, lagos, estradas, etc) e usar um procedimento conhecido como triangulação para achar a
sua posição atual e assim traçar a rota que será usada;
d. Mantenha o mapa posicionado e escolha pelo menos dois pontos de referência na sua frente,
preferencialmente opte por pontos de fácil identificação na carta, tais como lagos ou grandes
montanhas. Identifique esses pontos no mapa;
e. Tire o azimute desses pontos. Faça um ponto de referência primeiro, logo em seguida, sem
tocar no limbo giratório da bússola, localize esse ponto no mapa e encoste a régua da bússola nele.
Alinhe o norte da agulha magnética com o norte do mapa, feito isso risque uma linha na carta usando a
régua da bússola. Repita o procedimento para o segundo ponto de referência. O ponto onde essas
linhas se cruzam é aproximadamente o ponto onde você está no mapa.

MATÉRIA: PATRULHA
Patrulha é uma força com valor e composição variáveis, destacada para cumprir
missões de reconhecimento, de combate ou da combinação de ambas. A missão
de reconhecimento é caracterizada pela ação ou operação militar com o propósito
de confirmar ou buscar dados sobre o inimigo, o terreno ou outros aspectos de
interesse em determinado ponto, itinerário ou área. Nesse caso, a patrulha deve
evitar engajamento com o inimigo. A missão de combate é caracterizada pela
ação ou operação militar restrita, destinada a proporcionar segurança às instalações
e às tropas amigas ou a hostilizar, destruir e capturar pessoal, equipamentos e
instalações inimigas.
Patrulha de Reconhecimento
Tem por finalidade confirmar ou buscar informes. Somente combate pela sobrevivência. O sigilo
é essencial durante toda a missão e, em particular, na área do objetivo. Em última análise, a missão de
uma patrulha de reconhecimento, consiste na obtenção das respostas a uma série de perguntas relativas
ao inimigo e/ou ao terreno.
a. Sobre o inimigo
1) O inimigo ocupa, realmente, parte do terreno?
2) Qual é o seu valor? (efetivo)
3) Qual é o seu equipamento e armamento?
4) Qual é a sua atividade atual?
5) Outras informações necessárias ao comando.
b. Sobre o terreno
1) Quais são as características dos cursos d’água? (Profundidade, correnteza, largura e
características das margens)
2) Qual é a influência da vegetação nos movimentos de tropa a pé?
3) Quais são os melhores itinerários ou vias de acesso para a aproximação?
4) Quais são as possibilidades de emprego de elementos blindados e mecanizados?
5) Outras informações necessárias ao comando.
2. Classificação quanto à missão
a. Reconhecimento de ponto: a patrulha obtém informes sobre determinado local,
reconhecendo-o ou mantendo vigilância sobre ele;
b. Reconhecimento de área: o comando pode necessitar de informes sobre uma grande área ou
sobre pontos nela existentes. A patrulha pode obtê-los, reconhecendo a área, mantendo vigilância sobre
ela ou fazendo o reconhecimento de uma série de pontos; e
c. Reconhecimento de itinerários: uma patrulha obtém informes sobre um determinado
itinerário, reconhecendo o itinerário ou mantendo vigilância sobre ele.
1) Grupo de comando: normalmente é constituído por elementos necessários à coordenação da
patrulha, tais como: comandante, subcomandante, rádio operador, mensageiro, guia e outros. Quando
for possível, essas funções devem se acumuladas com outras atribuições nos diversos escalões;
2) Grupo de segurança: o número de grupos dependerá das vias de acesso ao objetivo; e
3) Grupo de reconhecimento: o número de grupos é variável em função da missão e do terreno.

Condutas normais de uma Patrulha de Reconhecimento


a. Cumprir sua missão sem ser percebida pelo inimigo, pois um informe pode ficar
comprometido, caso tal fato seja do conhecimento do inimigo;
b. Combater pela sobrevivência, ou se isto vier a favorecer o cumprimento da missão;
c. Empregar, quando for adequado, reconhecimento pelo fogo. Esta técnica consiste em fazer
com que alguns homens da patrulha atirem na direção do inimigo para atrair o seu fogo obrigando-o a
revelar suas posições;
d. Realizar um alto no ponto de reunião próximo ao objetivo, com a finalidade de ratificar ou
retificar o seu planejamento, através de um reconhecimento pessoal. Confirmar com os comandantes
subordinados o local exato de cada grupo e sua missão específica;
e. Empregar a patrulha conforme a sua missão.
f. Equipamento, material e armamento
1) Uma patrulha de reconhecimento, normalmente, conduz o armamento necessário à própria
segurança;
2) O equipamento individual e o material a serem conduzidos dependem da duração da missão.
Sempre que possível, aliviar o patrulheiro para facilitar-lhe os movimentos; e
3) Podem ser conduzidos pela patrulha: aparelho de visão noturna, material de comunicações,
máquina fotográfica, cartas, esboços, fotografias aéreas, lápis e papel, fita fosforescente ou luminosa,
fita isolante, poncho, bússolas, binóculos, relógios e alicate.

Ações ao tomar contato com o inimigo


Técnicas de ação imediata:
1) Nos Contatos fortuitos:
a) A Ptr avista o Inimigo primeiro, podendo emboscá-lo, quando a missão, o terreno e o efetivo
permitirem, ou evitar o Ctt desbordando.
b) Inimigo e Ptr avistem-se simultaneamente, a Ptr pode assaltar ou romper o Ctt, de acordo
com a missão e o poder de combate.
c) Fogos na direção de marcha: normalmente há elementos no terreno com a finalidade de
retardar o Mvt, para isso deve haver um grupo de pronta-resposta para capturar o Ini.
d) Emboscada: a reação deve ser imediata para superar as vantagens da surpresa e da
superioridade de fogos pelo Ini. O assalto frontal, realizado de forma agressiva e rápida pelos
emboscados, enquanto os que não caíram nela flanqueiam a posição, é uma técnica que apresenta bons
resultados.
Procedimentos particulares:
1) ESTRADAS: Transpor em curvas ou em trechos estreitos ou que possua cobertas, deve ser
rápida e silenciosa;
2) CLAREIRAS: Desbordar sempre que possível;
3) PONTES: Evitar a ultrapassagem, se não for possível, só ultrapassar quando estiver sendo
vigiada em pontos que a dominem;
4) CURSOS-D’ÁGUA: Reconhecer a margem de partida e a Ptr em posição para cobrir a
margem oposta, com vau atravessar rapidamente, ou então individualmente.
5) CASEBRES OU POVOADOS: deve-se redobrar os cuidados com o sigilo, é importante que o
Itn usado para desbordar seja distante o bastante para evitar que a Ptr seja percebida por cães que
possam existir nesses locais;
6) DESFILADEIROS E LOCAIS PROPÍCIOS PARA EMBOSCADA: reconhecer antes, se
caso toda área for desse tipo deve-se deslocar os elementos de Seg a uma distância maior e deverá
haver elementos para fazer a ligação destes com a Ptr;
7) OBSTÁCULOS ARTIFICIAIS: evitar a utilização de passagens e brechas já existentes que
podem ser armadilhadas.

Área de Reunião
a. É uma área destinada ao pernoite ou à dissimulação da Ptr durante o dia. Em área inimiga
denomina-se de ÁREA DE REUNIAO CLANDESTINA.
b. A instalação de uma área de reunião é semelhante a de uma base de Ptr, com mais restrições às
medidas administrativas, prevalecem as medidas de segurança.
c. A limpeza da área e sua consequente esterilização, não deixando vestígios, são medidas
importantes de segurança; não deve-se utilizar a mesma área de reunião após tê-la abandonada.

Base de Patrulha
Local destinado ao descanso e ao pernoite da patrulha. Deve ser ocupado no Maximo de 48
horas.
1. Escolha do local: A escolha na carta deve ser confirmada no terreno, antes da ocupação, e
prever um outro local como opção, para a base secundaria.
Na escolha do local, observa-se os aspectos a seguir:
- Missão da patrulha
- Dissimulação e segurança do local desejado.
- Possibilidade do estabelecimento das comunicações.
- Necessidade de suprimento aéreo.
- Adequabilidade da área. Terreno seco e bem drenado.
- Proximidade de uma fonte de água, sempre que possível.

Deslocamento para a base


a. Aproximação e reconhecimento:
- Evitar regiões habitadas.
- Observar ao máximo a disciplina de luzes e ruídos.
- Aproveitar judiciosamente o terreno.
- Fazer um alto-guardado, numa posição coberta e abrigada, próxima ao local escolhido para a
base e, deve permitir a visualização da base e o apoio mútuo entre os elementos do reconhecimento e
os que permanecem no alto-guardado.
- Reconhecimento exato do local pelo cmt da patrulha, acompanhado pelos cmts de escalões e
grupos, rádio operador e mensageiro da patrulha.
- Designação pelo cmt da patrulha, após o reconhecimento, do ponto de entrada da base, que será
o ponto das 06 horas pelo processo do relógio.
- Desloca-se para o interior da base e define o centro e o ponto da 12 horas. Os pontos 6 e 12 são
definidos por referências que se destacam no terreno.
- Designação dos setores para os grupos, processo do relógio.
- O cmt de grupo permanece na entrada da base, aguardando a chegada da patrulha, auxiliada
pelos guias.

Instalação
a. Ocupação da base de patrulha:
- Deve ser feito com alguma luminosidade, antes do escurecer, visando à preparação correta do
sistema de segurança.
- As patrulhas devem possuir uma NGA de ocupação
- A patrulha abandona a direção de marcha em ângulo reto, e atinge a entrada da base em coluna
por um e por grupos.
- Cada cmt de grupo, que está na entrada da base, conduz sua fração pela linha 6-12 horas até
atingir o flanco esquerdo de seu setor, ocupando-o no sentido horário.
- O grupo de comando se dirige para o PC, no centro da base.
- Os cmt de grupo reconhecem o terreno à frente do seu setor, definindo as posições dos postos
de escuta e de vigia.
- Uma falsa base é prevista para iludir o inimigo quanto a localização da base principal.

Atividades na base.
a. Estabelecimento do sistema de segurança.
(1) Sistema de postos de escuta e vigia.
(2) Para maior segurança, somente uma saída-entrada para a base deve ser utilizada.
(3) Realização de um sistema de alarme e um lançamento de armadilhas.
(4) Determinação de senha e contra senha e sinais de reconhecimento.
(5) Determinação de ações para realizar em caso de ataque.
(6) Defesa da base.

Medidas administrativas.
Construções de latrinas, suprimento e ressuprimento de água, construções de abrigos para o pernoite,
regras rígidas de higiene, disciplina de luzes e ruídos, manutenção diária do material, horários para as
próximas atividades.

Inspeções
Normalmente são inspecionados:
Limites do setores dos grupos, ligações entre os grupos, sistema de alarme, segurança, setor de
tiro e conduta, patrulhas com saída prevista à noite, conduta para a ocupação da base alternativa.

Ações no objetivo
a) Reconhecimento de ponto
1) A patrulha deve fazer alto num local coberto nas proximidades do objetivo (normalmente no
ponto de reunião próximo do objetivo - PRPO), enquanto o comandante procede ao seu
reconhecimento pessoal para verificar como poderá isolar o objetivo, como disporá no terreno os
grupos de segurança e como fará o reconhecimento do objetivo;
2) Após este reconhecimento inicial, o comandante da patrulha regressa ao ponto de reunião e
colocará os grupos de segurança de tal forma que poderá dar o alerta sobre a aproximação do inimigo,
proteger o ponto de reunião próximo do objetivo bem como o escalão de reconhecimento;
3) Em seguida, fará o reconhecimento do objetivo. Muitas vezes conseguirá rápida e
simplesmente a informação desejada, mas, na maioria dos casos, ele terá de ocupar várias posições
para consegui-la. Devido a esta possibilidade, o comandante da patrulha deverá prever bastante tempo
para o reconhecimento do objetivo e determinar ao subcomandante da patrulha que prossiga no
cumprimento da missão, caso não possa regressar dentro do horário previsto;
4) Completado o reconhecimento, o comandante reúne a patrulha no ponto de reunião próximo
do objetivo e troca idéias com todos os patrulheiros sobre o que foi visto e ouvido durante a ação no
objetivo, tomando o cuidado de verificar se todos informaram o que observaram;
5) Fará se possível, um informe preliminar pelo rádio, após esta reunião da patrulha. Regressará à
Unidade, tão logo seja possível, onde prestará os informes detalhados;

b) Reconhecimento de Área
1) Da mesma forma que no reconhecimento de ponto, a patrulha faz alto no ponto de reunião
próximo do objetivo, enquanto o comandante procede ao seu reconhecimento pessoal para verificar se
poderá confirmar seu planejamento;
2) Ao regressar para o ponto de reunião, ele deverá colocar em posição os grupos de segurança e
lançar os de reconhecimento. No caso de toda a patrulha ser empregada para o reconhecimento, cada
grupo proverá a sua própria segurança;
3) Terminado o reconhecimento da área, os grupos retornarão e farão um relatório ao
comandante da patrulha, o qual deverá enviar pelo rádio os informes mais importantes. Após o
regresso à Unidade, o relatório da patrulha deverá ser apresentado.
4) Dependendo das circunstâncias, a patrulha poderá reunir-se num ponto de reunião pré-
determinado em vez de regressar ao PRPO. Esta medida poderá ser adotada, se a aproximação da área
do objetivo for feita pela retaguarda, ou quando o comandante da patrulha julgar arriscado cruzar a
área duas vezes.

MATÉRIA: ARMAMENTO, MUNIÇÃO E TIRO


ASSUNTO: Instrução Preparatória para o Tiro de Fuzil
PAPEL DO MONITOR
Para planejar a sessão de instrução, de que é responsável, dispões o instrutor de auxiliar ou
auxiliares necessários: Monitores. Assim sendo, na preparação e execução de uma Instrução
Preparatória de Tiro, o Atirador candidato a Cabo, no desempenho das atribuições de Monitor, além de
estar preparado para ser o executante perfeito nas demonstrações, deverá tomar as seguintes
providências:
- reunir e confeccionar os meios auxiliares;
- auxiliar aos instruendos no manejo das armas;
- agir com discrição para não interromper a explanação do Instrutor;
- indicar as peças que estão sendo mencionadas pelo instrutor;
- estar em condições de repetir uma instrução já ministrada anteriormente pelo instrutor, na qual
foi monitor.
A Instrução Preparatória para o Tiro é de fundamental importância para o Atirador, uma vez que
sua correta assimilação proporcionará resultados altamente positivos no exercícios de tiro real. Dessa
forma, o monitor vai demonstrar com correção e exatidão:
- posições de tiro (pé, deitado, sentado, cócoras, etc);
- exercícios de pontaria (constância e regularidade da pontaria);
- educação do sistema nervoso (acionamento do gatilho);
- o manejo da arma (municiar o carregador, alimentar usando o carregador, alimentar cartucho a
cartucho, carregar, travar, graduar a alça, armar e desarmar baioneta, destravar);
- incidentes de tiro (emperramentos, negas, falta extração, falta ejeção – causas e correção);
- principais cuidados de limpeza da arma (antes e após o tiro).

Nos exercícios de tiro real, todas as normas de segurança no estande devem ser obedecidas.
Assim, o Monitor, auxiliar imediato do Instrutor, estará sempre atento junto aos atiradores evitando:
- movimento de pessoas nas proximidades dos homens que atiram;
- gritos ou comentários;
- abandono de arma carregada;
- arma fechada após a realização do tiro;
- execução dos exercícios de pontaria no estande, durante a realização do tiro;
- carregar ou municiar armas fora da linha de fogo;
- armas destravadas se o tiro for suspenso, mesmo momentaneamente;

FUNDAMENTOS DO TIRO COM O FUZIL


1. Posição Estável
2. Pontaria
3. Controle da Respiração
4. Acionamento do Gatilho
POSIÇÃO ESTÁVEL - É o sistema formado pela empunhadura e a posição de tiro,
objetivando a menor oscilação do conjunto arma-atirador. Sempre que possível, o atirador
deverá procurar utilizar qualquer tipo de apoio (sacos de areia, árvores, troncos,
pneus, colunas etc.) para a realização do tiro, pois, além de permitir uma posição
mais estável, poderá servir também de abrigo. Vale ressaltar que, em algumas
situações, o atirador não contará com apoios. Para manter uma boa estabilidade,
qualquer que seja a posição de tiro, é necessário uma força muscular que sustente
o peso da arma e tenha como resultante a firmeza da arma e da posição de tiro.
POSIÇÕES DE TIRO
Posição Inicial - É a posição utilizada para o início dos exercícios de tiro no estande. Os
detalhes da posição ajoelhada são:
(1) o atirador fica de frente para o alvo, com os pés afastados entre si a uma distância
correspondente à largura dos ombros (opção para o pé do lado da mão auxiliar, um pouco à frente);
(2) a mão auxiliar segura a placa do guarda-mão;
(3) a mão que atira segura o punho do fuzil, na altura da cintura, com o cano voltado para frente.

Posição deitada - Esta posição de tiro naturalmente possibilita maior


estabilidade ao atirador por possuir maior superfície de apoio, bem como ter seu
centro de gravidade próximo ao solo. Os fundamentos da posição de tiro
deitada são:
(1) deitar de frente, com o corpo em ângulo de aproximadamente 30º em relação à direção de
tiro, para o lado da mão auxiliar;
(2) a perna do lado da mão que atira ligeiramente flexionada, aliviando o movimento do
diafragma na respiração e proporcionando, ao lado da mão auxiliar,
um maior contato com o solo;
(3) a perna do lado da mão auxiliar naturalmente estendida no prolongamento da coluna vertebral;
(4) o cotovelo do lado da mão auxiliar apoiado o mais baixo possível da
arma e antebraço tocando o carregador;
(5) a chapa da soleira no cavado do ombro;
(6) cotovelo do lado da mão que atira apoiado naturalmente ao lado do
corpo;
(7) a mão que atira empunha o fuzil, trazendo-o de encontro ao ombro do lado que atira, dando-
lhe firmeza;
(8) a cabeça deve estar na vertical, com o seio da face apoiado sobre a coronha e com a
musculatura do pescoço descontraída.
mão que atira empunha o fuzil puxando-o, firmemente pelo punho, com o terço inferior da chapa
da soleira de encontro ao cavado do ombro salientado pelo cotovelo projetado para cima;
cabeça na vertical, bochecha apoiada sobre a coronha, musculatura do pescoço descontraída.
Esta posição é utilizada também para o tiro noturno, não visado através do aparelho de pontaria, onde
o atirador, olhando para o alvo, com os dois olhos abertos, coloca a cabeça numa posição mais
alta, usando como referência o toque da parte inferior do queixo sobre o delgado da coronha
Posição ajoelhada - É uma posição de boa estabilidade, baseada na correta distribuição do peso
do conjunto arma atirador. Os fundamentos da posição ajoelhada são:
(1) girar aproximadamente 45º em relação à direção de tiro, para o lado da mão que atira;
(2) Dar um passo à frente com a perna do lado da mão auxiliar, ajoelhando-se sobre a perna do
lado da mão que atira;
(3) o calcanhar encaixa no vão entre as nádegas;
(4) a perna do lado da mão auxiliar permanece na vertical ou com o pé um pouco à frente,
mantendo-o paralelo à outra perna;
(5) o peso do corpo distribuído igualmente pelos três pontos de apoio do conjunto (joelho, pé do
lado da mão que atira e pé do lado da mão auxiliar), formando uma boa base (triângulo equilátero);
(6) o cotovelo do lado da mão auxiliar apoiado no joelho, ultrapassando o ligeiramente e
antebraço tocando o carregador;
(7) a chapa da soleira colocada no cavado do ombro;
(8) a mão que atira empunha o fuzil trazendo-o, firmemente, de encontro ao cavado do ombro,
resultando em firmeza;
(9) cabeça na vertical, apoiando a bochecha sobre a coronha e descontraindo a musculatura do
pescoço;
(10) a posição de tiro ajoelhada comporta ainda três tipos de colocação do pé do lado que
atira ,podendo ser utilizadas de acordo com a individualidade do atirador.
Posição de pé - Oferece menos apoio e estabilidade ao atirador. Esta posição facilita o
engajamento de alvos em movimento e em várias direções. Apesar de ser menos estável (por depender
da sustentação muscular), a posição permite tiros precisos com boa cadência. Os fundamentos da
posição de tiro de pé são:
(1) dar um passo à frente com a perna do lado da mão auxiliar e flexiona-la ligeiramente;
(2) a perna do lado da mão que atira permanece estendida;
(3) o tronco inclina-se para a frente, no prolongamento da perna estendida;
(4) a mão que atira empunha o fuzil, puxando-o, firmemente, de encontro ao cavado do ombro;
(5) a cabeça deve estar na vertical, apoiando o seio da face sobre a coronha e relaxando a
musculatura do pescoço;
(6) a chapa da soleira fica pouco acima do cavado do ombro em relação à posição deitada e
ajoelhada.
PONTARIA
a. A pontaria é o fundamento de tiro que faz com que o atirador direcione sua arma para o alvo.
b. Apontar para o alvo significa alinhar os aparelhos de pontaria do fuzil corretamente com o
alvo.
c. O ser humano possui um de seus olhos com melhor capacidade de apontar que o outro,
denominado olho diretor. Este, sempre que possível, deve ser utilizado para realizar a pontaria, desde
que seja do mesmo lado que o atirador prefira atirar em função da sua habilidade motora. Caso este
lado não seja correspondente ao olho diretor, o atirador deve escolher sua posição de tiro de acordo
com o lado que possui mais coordenação para disparar, não utilizando o olho diretor para a pontaria.
d. A pontaria sempre será realizada no centro do alvo, por ser o local onde há maior
probabilidade de acerto devido à massa exposta e por ser região vital do corpo humano.

ELEMENTOS DA PONTARIA
a. Linha de mira (LM) - Linha imaginária que une o olho à maça de mira passando pela
alça. Ela é responsável pelo alinhamento do armamento com a direção de tiro. Qualquer erro provoca
um desvio angular do ponto de impacto (alvo) em relação ao ponto visado.
b. Linha de visada (LV) - Linha imaginária que se constitui no prolongamento da linha de
mira até o alvo.

FUNDAMENTOS DO CONTROLE DE RESPIRAÇÃO

a. Durante o ciclo respiratório, entre uma expiração e a próxima inspiração, existe uma pausa
respiratória natural, momento em que o diafragma está totalmente relaxado.
b. Nos tiros de precisão, o atirador deverá prender a respiração nesta pausa respiratória natural
(que se inicia ao final da expiração), prolongando-a enquanto realiza o acionamento. É importante,
para a realização de um bom disparo, que o prolongamento da pausa respiratória não ultrapasse, em
média, 10 segundos. Caso contrário, prejudicará a oxigenação do organismo, provocando tremores
musculares e vista embaçada. Além de prejudicar o aspecto físico, aumenta a ansiedade e a tensão no
atirador que, por fim, acabará executando um mau acionamento do gatilho. Neste caso, quando o
tempo for suficiente, o atirador deverá ser orientado para que, não conseguindo realizar o disparo neste
intervalo, desfaça a pontaria, volte a respirar e reinicie todo o processo. Com o treinamento, deverá
aprender a realizar o disparo antes de começar a sentir-se incomodado com a pausa respiratória. Caso o
atirador tenha que realizar tiros subsequentes, ele deve prolongar a pausa entre eles ou, necessitando de
ar, respirar rapidamente e continuar os disparos.

ACIONAMENTO DO GATILHO

FUNDAMENTOS DO ACIONAMENTO DO GATILHO

a. Durante o acionamento, o atirador deve ter em mente: manter a posição estável, focalizar a
maça, procurar colocá-la no centro do alvo, prender a respiração e aumentar, suave e
progressivamente, a pressão na tecla do gatilho até após ocorrer o disparo.
b. O dedo indicador toca a parte central da tecla do gatilho com a região entre a parte média da
falange distal e a sua interseção com a falange média.
c. A pressão deve ser exercida de forma suave e progressiva, sem movimentos bruscos, para a
retaguarda e na mesma direção do cano da arma, sem vetores laterais. É importante não alterar a
firmeza da empunhadura durante a compressão do gatilho, ou seja, o movimento do indicador deve ser
totalmente independente da empunhadura, mantendo-se, em consequência, a posição estável e sem
desfazer a pontaria.
ERROS NO ACIONAMENTO DO GATILHO

a. Ao executar a pontaria é desejável que o atirador permaneça com a arma sobre o ponto visado,
mantendo a linha de visada. No entanto, sempre há uma pequena oscilação, mais sentida quanto maior
a distância do alvo, maior a instabilidade da posição e menor o treinamento. Esta situação, aliada à
ansiedade de acertar, faz com que o atirador cometa erros no acionamento, obtendo maus
resultados.
(1) Gatilhada - o atirador “comanda” o disparo, acionando bruscamente
o gatilho quando julga visualizar a fotografia ideal. Com isso, ao invés de atingir o
alvo no ponto desejado, pode deixar de acertá-lo.
(2) Antecipação - outra consequência de comandar o tiro é a antecipação
de reações ao disparo. O atirador pode ser levado a aumentar a pressão da
empunhadura e a forçar o punho para baixo como para compensar o recuo da
arma.
(3) Esquiva - Pode ainda ocorrer a esquiva, na qual o atirador projeta o
ombro para trás procurando fugir do recuo. Muitas vezes, o atirador chega a fechar
os olhos antes do disparo, perdendo a fotografia.
PROCEDIMENTOS NO ESTANDE
Realizar a Inspeção do Armamento (antes do tiro):
1. Arma no ombro esquerdo, segura pela mão esquerda;
2. O Cilindro do ferrolho com Alavanca de Manejo, seguro pela mão direita (palma da mão
voltada para cima), registro de segurança na vertical;
3. Nos comandos:
“PREPARAR PARA INSPEÇÃO” (executa os procedimentos) As armas deverão estar sem o
Ferrolho.
“PARA INSPEÇÃO POSIÇÃO” (toma a posição de sentido)
4. Organizar as séries de tiro por ...(Conforme a quantidade de Alvos).
Dar os comandos na linha de tiro
- Ocupar os postos
- Atiradores identificar os alvos
- Mon entregar Nr de cartucho por homens
- Alimentar as armas com.........cartuchos
- Carregar as armas
- Atiradores prontos? (3 vezes)
- Destravar as armas
- Nos alvos à frente, fogo à vontade! Pirulitos na posição VERMELHO
- Série de tiro terminada.
- Linha de tiro em segurança! Pirulitos na posição VERDE
- Atiradores de pé
- À frente para verificar os alvos
- Voltem aos seus postos

MATÉRIA: TREINAMENTO FÍSICO MILITAR


Uma sessão completa de TFM compõe-se de três fases:
a. aquecimento;
b. trabalho principal; e
c. volta à calma.
EXERCÍCIOS DE EFEITOS LOCALIZADOS – ESTÁTICOS

• Exercício Nº 1 – CIRCUNDUÇÃO DOS BRAÇOS (FRENTE/TRAZ)


• Exercício Nº 2 - FLEXÃO DE BRAÇOS
• Exercício Nº 3 – AGACHAMENTO ALTERNADO
• Exercício Nº 4 – ABDOMINAL SUPRA
• Exercício Nº 5 - ABDOMINAL CRUZADO
• Exercício Nº 6 - POLICHINELO

A FASE DE TRABALHO PRINCIPAL


É a fase da sessão em que são desenvolvidas as qualidades físicas e os atributos morais necessários ao
militar, por meio das diversas modalidades do trabalho principal, que é o treinamento propriamente
dito, classifica-se em:
a) treinamento da aptidão cardiorrespiratória;
b) treinamento da aptidão muscular;
c) treinamento utilitário; e
d) desportos.
As diversas metodologias de treinamento são descritas nos capítulos específicos deste manual.

A FASE DE VOLTA À CALMA


É a fase da sessão em que se inicia a recuperação do organismo após o trabalho principal.
Consiste em uma atividade suave que tem por finalidade permitir o retorno gradual do ritmo
respiratório e da frequência cardíaca aos níveis normais.
É fundamental que essa atividade seja realizada de maneira que a intensidade sofra um decréscimo
progressivo, evitando-se paradas bruscas.

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