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ANÁLISE E CONSTRUÇÃO
PATO BRANCO
2021
ALEXANDER CRISTIAN FERREIRA
PATO BRANCO
2021
TERMO DE APROVAÇÃO
Começo agradecendo a todos que fizeram parte da jornada até aqui, todos
os colegas e amigos que fiz durante a realização do curso, que estiveram ao meu lado
em todos os momentos.
Agradecimento especial a minha professora orientadora que me auxiliou na
confecção desse trabalho e me passou ensinamentos para toda a vida, obrigado
Profa. Dra. Filomena.
Agradeço a Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em especial ao
Campus Pato Branco e a todos os professores que fizeram parte desta jornada e
contribuíram com seu conhecimento e me guiaram até esse momento.
Uma memória a Otavio Rossi e Guilherme Gallina estimados amigos que
fizeram grande parte dessa caminhada e que infelizmente teve que ser interrompida
por um acidente.
Aos meus pais Cristiano e Zenilda, que mesmo sem todo recurso se
propuseram a me incentivar e me manter durante a trajetória do curso.
EPÍGRAFE
“Talvez não tenha conseguido fazer o melhor, mas lutei para que
o melhor fosse feito. Não sou o que deveria ser, mas não sou o
que era antes”.
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................. 10
2. TRANSFORMADORES ................................................................................ 12
2.3 ENROLAMENTOS........................................................................................ 14
2.9 ENSAIOS...................................................................................................... 28
3. DESENVOLVIMENTO .................................................................................. 31
3.2.3 ENROLAMENTOS........................................................................................ 38
5. CONCLUSÃO ............................................................................................... 50
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 52
1. INTRODUÇÃO
2. TRANSFORMADORES
2.2 NÚCLEO
2.3 ENROLAMENTOS
ᶲ
- m(t): fluxo magnético variável no tempo;
2.5 FUNCIONAMENTO
𝑑∅
𝑒𝑖𝑛𝑑 = −𝑁 (1)
𝑑𝑡
Onde 𝑒𝑖𝑛𝑑 é a tensão induzida em uma bobina e ∅ é fluxo que passa através
dessa bobina, se essa mesma bobina tiver um número N de espiras, basta multiplicar
a tensão que é induzida em uma espira pelo número total de espiras. O sinal de
negativo na equação se dá pela Lei de Lenz. Onde a tensão induzida se opõe a
variação de fluxo que a cria, por isso a inclusão do sinal negativo.
Como pode existir um número N de espiras em uma bobina, a tensão induzida
e dada pelo somatório do fluxo em cada uma das N espiras, resultando na seguinte
equação:
𝑁
𝑑
𝑒𝑖𝑛𝑑 = (∑ ∅𝑖) (2)
𝑑𝑡
𝑖=1
19
Esse somatório é descrito como fluxo concatenado (λ) da bobina, sendo que
a Lei de Faraday também pode ser descrita em função do fluxo concatenado com
forme a seguinte equação:
𝑑λ
𝑒𝑖𝑛𝑑 = (3)
𝑑𝑡
𝑑∅
𝑣1 = 𝑁1 (4)
𝑑𝑡
𝑑∅
𝑣2 = 𝑁2 (5)
𝑑𝑡
20
𝑃𝑜 = 𝑉𝑜𝑢𝑡 ∗ 𝐼𝑜 (7)
1
𝑃𝑡 = 𝑃𝑜 ∗ [( ) + 1] (8)
𝑛
Fonte: Colonel,2004.
A partir da figura 8 é definida a nomenclatura dos parâmetros geométricos
das lâminas constituintes do núcleo do transformador, onde G é a altura da janela em
cm, F é a largura da janela em cm, E é a largura dos pilares laterais em cm, D é a
profundidade no núcleo, ou seja, a altura das lâminas empilhadas também em cm, 𝐴𝑐
é a área interna no núcleo em cm² e por fim 𝑊𝑎 é a área da janela do núcleo em cm².
Também é possível identificar o comprimento do caminho magnético (MPL)
em cm, o peso do núcleo (𝑊𝑡𝑓𝑒 ) em Kg, o produto das áreas (𝐴𝑝 ) em 𝑐𝑚4 e a área
necessária para dissipar o calor (𝐴𝑡 ) em cm².
𝐴𝑐 = 𝐷 ∗ 𝐸; (12)
𝑊𝑎 = 𝐺 ∗ 𝐹; (13)
𝐴𝑝 = 𝐴𝑐 ∗ 𝑊𝑎 ; (14)
𝑁𝑝 ∗ 𝐴𝑤𝑝𝑏𝑛𝑜𝑣𝑜
𝐾𝑢𝑝 = (22)
𝑊𝑎
𝑁𝑠 ∗ 𝐴𝑤𝑠𝑏𝑛𝑜𝑣𝑜
𝐾𝑢𝑠 = (23)
𝑊𝑎
2.7 PERDAS
As perdas no cobre (𝑃𝑐𝑢 ) são perdas por efeito Joule nos condutores, elas
se dão devido as resistências ôhmicas dos condutores, para quantizar essa
resistência é necessário saber a resistividade elétrica do material (𝜌), o seu
comprimento (𝐿) e a área da seção transversal do condutor (𝐴), chegando na seguinte
equação.
25
𝜌∗𝐿
𝑅= (25)
𝐴
Essas perdas são calculadas para os enrolamentos primários e
secundários. A Partir da equação 25 é obtida a resistência por centímetro (𝜇𝛺/𝑐𝑚), e
também pode ser obtida em manuais de fabricantes de fios de cobre ou em referências
bibliográficas. Sendo assim é possível calcular a resistência dos enrolamentos.
Para o enrolamento primário tem-se a resistência 𝑅𝑝 :
𝜇𝛺
𝑅𝑝 = 𝑀𝐿𝑇 ∗ 𝑁𝑝 ∗ ( ) ∗ 10−6 (26)
𝑐𝑚
𝑊
Onde 𝑊𝑎𝑡𝑡𝑠𝑝𝑜𝑟𝐾𝑔 (𝑘𝑔) são as perdas por unidade de massa e 𝑊𝑡𝑓𝑒 é o
𝑊𝑎𝑡𝑡𝑠𝑝𝑜𝑟𝐾𝑔 = 𝑘 ∗ 𝑓 𝑚 ∗ 𝐵𝑚 𝑛 (33)
Podemos então definir as perdas por unidade de área (𝑃𝑝𝐴 ), elas são
importantes para identificar o quanto de energia está sendo dissipa a cada unidade
de área do transformador.
𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
𝑃𝑝𝐴 = (35)
𝐴𝑡
O rendimento total do transformador pode ser descrito por (36) e pode ser
comparado com o rendimento inicialmente estipulado.
𝑃𝑜𝑢𝑡
𝑛𝑐𝑎𝑙𝑐 = (36)
𝑃𝑜𝑢𝑡 + 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙
0,826
𝑇𝑟𝑐𝑎𝑙𝑐 = 450 ∗ 𝑃𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 (37)
2.9 ENSAIOS
3. DESENVOLVIMENTO
Tensão de entrada
𝑉𝑖𝑛 220 V
(Primário)
Tensão de saída
𝑉𝑜𝑢𝑡 110 V
(Secundário)
Corrente de saída
𝐼𝑜 1 A
(Secundário)
Frequência 𝑓 60 Hz
Rendimento 𝑛 95% -
Regulação de tensão 𝛼 5% -
Indução magnética
𝐵𝑚 1,2 T
máxima
Fator de utilização da
Ku 0,4 -
janela
Meta de elevação de
Tr 55 ºC
temperatura
Largura do Pilar do
E 2,222 cm
Núcleo
Profundidade 𝐷 3,334 cm
Área da seção
transversal do 𝐴𝑐 6,59 cm²
Núcleo
Número de Espiras
do enrolamento 𝑁𝑝 1045 Espiras
Primário
Número de Espiras
do enrolamento 𝑁𝑠 549 Espiras
Secundário
Bitola do Fio do
Enrolamento 𝐴𝑤𝑔𝑝 24 𝐴𝑤𝑔
Primário
Bitola do Fio do
Enrolamento 𝐴𝑤𝑔𝑠 21 𝐴𝑤𝑔
Secundário
Comprimento do
𝐶𝑝 13 m
condutor do primário
Comprimento do
condutor do 𝐶𝑠 7 m
secundário
34
3.2.1 Núcleo
Largura do Pilar do
E 2,2 cm
Núcleo
Profundidade 𝐷 3,2 cm
Área da seção
transversal do 𝐴𝑐 7 cm²
Núcleo
3.2.2 Carretel
3.2.3 Enrolamentos
Com o auxílio da máquina foi primeiro atravessado um fio que deu início ao
enrolamento primário e a bobinadeira foi fazendo o enrolamento até dar o número
exato de espiras para esse enrolamento, 1045 voltas de fio de cobre esmaltado com
AWG 24, conforme figura 19.
39
(a) (b)
Figura 20 (a): Enrolamento secundário sem o papel isolante. (b): Com papel isolante.
Fonte: O Autor
Para identificar os enrolamentos primário e secundário foi passada uma fita
adesiva e escrita as tensões nominais de cada um deles, essa fita também tem o
intuito de fixar o papel isolante do secundário e os fios conectores, conforme figura
21.
3.2.5 Custos
4. RESULTADOS APRESENTADOS
Fator de utilização da
𝐾𝑢 0,4 0,3354 -
Janela
44
Esse ensaio é feito para garantir que não houve nenhuma falha no
processo de bobinagem dos enrolamentos, como rompimento do fio ou curto-circuito
entre os enrolamentos ou entre enrolamento e núcleo. Com o multímetro calibrado no
modo “Teste de continuidade” foi colocada uma ponteira no início do enrolamento
primário e outra no final deste e foi observado que existe continuidade, o mesmo foi
feito para o enrolamento secundário observando também a continuidade nesse
enrolamento. Após foi verificada a continuidade entre enrolamento e núcleo. A tabela
6 apresenta os resultados desse teste, onde “Sim” significa que houve continuidade e
“Não” que não houve.
Para certificarmos que a regulação de tensão (α) ficou dentro dos padrões
pré-estabelecidos e calculados pelo algoritmo, o cálculo real da regulação de tensão
(𝛼𝑟𝑒𝑎𝑙 ) através de dados experimentais é dado pela equação 49. Onde 𝑉𝑣2 é a tensão
no secundário a vazio, 𝑉𝑐2 é tensão no secundário com carga.
𝑉𝑣2 − 𝑉𝑐2
𝛼𝑟𝑒𝑎𝑙 = (49)
𝑉𝑣2
𝒏𝒎𝒆𝒕𝒂 0,9500
𝒏𝒄𝒂𝒍𝒄 0,9323
𝒏𝒓𝒆𝒂𝒍 0,9300
5. CONCLUSÃO
núcleo pretendido, foi necessário realizar a confecção do carretel com papelão rígido
o que não é o ideal. Por fim a principal dificuldade foi de locomoção e falta de
instrumentos para testes, uma vez que o trabalho foi desenvolvido durante uma
pandemia mundial e tanto empresas, quanto a universidade estavam em sistema de
lockdown, o que causou atrasos na entrega dos materiais e impossibilitou a realização
de alguns testes como os ensaios de curto-circuito e circuito aberto.
Sendo assim, o trabalho possibilitou ao acadêmico a aplicação dos seus
conhecimentos adquiridos durante o decorrer do curso de engenharia elétrica, sendo
alguns deles os conhecimentos em eletromagnetismo, análise de circuitos elétricos,
instrumentos e medidas elétricas, máquinas elétricas, gestão de projetos, entre outros.
Porém, foi necessária a ajuda de várias pessoas e empresas durante o decorrer do
desenvolvimento deste trabalho, que demonstra que nem só os conhecimentos
adquiridos na universidade estão presentes na vida profissional de um Engenheiro
Eletricista, sendo necessário também a interação entre pessoas e a habilidade de se
comunicar e esse trabalho possibilitou o desenvolvimento dessas capacitações
acadêmicas e sociais.
52
REFERÊNCIAS
MORA, J.F. Máquinas Elétricas. 5ª.ed. Madri: Concepción Fernandez Madrd, 2003.
COLONEL Wm. T. McLyman. Transformer and Inductor Design Handbook.4ª ed. CRC
Press - Taylor e Francis Group,2011.