Resenha: Atuação dos Psicólogos na Mediação Familiar e suas Diferenças com o
Judiciário.
A mediação familiar é um processo importante na resolução de conflitos entre
membros de uma família, especialmente em situações de separação, divórcio, guarda de filhos e questões patrimoniais. Os psicólogos desempenham um papel fundamental nesse contexto, ajudando as famílias a encontrar soluções consensuais para seus problemas. Este texto discutirá a atuação dos psicólogos na mediação familiar e suas diferenças em relação ao judiciário nas mediações familiares. A atuação dos psicólogos na mediação familiar é baseada em uma abordagem mais centrada nas pessoas e nas relações familiares. Eles se concentram em ajudar os membros da família a compreenderem melhor suas próprias necessidades e expectativas, bem como as dos outros, e a desenvolverem habilidades de comunicação e resolução de conflitos. Os psicólogos são treinados para criar um ambiente seguro e acolhedor onde as famílias podem expressar suas preocupações e emoções, o que é essencial para encontrar soluções duradouras. Por outro lado, o judiciário desempenha um papel mais formal e legal nas mediações familiares. O sistema judicial se concentra em aplicar as leis e regulamentos existentes, muitas vezes buscando decisões que considerem o melhor interesse das crianças e o cumprimento das obrigações legais das partes envolvidas. Enquanto o judiciário pode ser eficaz na aplicação de regras, ele pode não ser tão eficaz em lidar com as complexas dinâmicas familiares e as necessidades emocionais das partes. Uma das principais diferenças entre a atuação dos psicólogos na mediação familiar e o judiciário está na abordagem utilizada. Os psicólogos adotam uma abordagem mais colaborativa, ajudando as partes a trabalharem juntas na busca de soluções que atendam a todos os envolvidos. Eles promovem a autonomia das partes e incentivam a comunicação aberta. Por outro lado, o judiciário pode impor decisões que não levam em consideração totalmente as necessidades emocionais e relacionais das partes, o que pode levar a conflitos prolongados e ressentimento. Além disso, os psicólogos na mediação familiar têm a flexibilidade de adaptar as abordagens de acordo com as necessidades específicas de cada família. Eles podem utilizar técnicas terapêuticas para ajudar as partes a lidarem com suas emoções e a desenvolverem estratégias de resolução de conflitos mais eficazes. O judiciário, por outro lado, está mais limitado pelas leis e regulamentos, o que pode tornar difícil a personalização das soluções para cada caso. Outra diferença importante é a confidencialidade. Nas mediações familiares conduzidas por psicólogos, a confidencialidade é geralmente mais rigorosa, o que incentiva as partes a serem mais abertas sobre seus sentimentos e preocupações. No judiciário, os processos são muitas vezes públicos, o que pode inibir a franqueza das partes. Em resumo, os psicólogos desempenham um papel crucial na mediação familiar, proporcionando uma abordagem mais centrada nas pessoas e nas relações familiares, promovendo a comunicação e a resolução de conflitos de forma colaborativa. Essa abordagem se diferencia do judiciário, que se concentra mais nas questões legais e pode ser menos sensível às complexas dinâmicas familiares. Ambos os métodos têm seus lugares e são importantes, mas a escolha entre eles dependerá das circunstâncias e das necessidades específicas de cada caso.