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A CARNE SUÍNA:
LEGISLAÇÃO, CORTES E COMÉRCIO (UMA REVISÃO)
BRASÍLIA - DF
JUNHO/2018
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A CARNE SUÍNA:
LEGISLAÇÃO, CORTES E COMÉRCIO (UMA REVISÃO)
BRASÍLIA - DF
JUNHO/2018
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Ficha Catalográfica
24p. : Il.
Cessão de Direitos
______________________________
FOLHA DE APROVAÇÃO
Aprovado em:
Banca Examinadora
Julgamento:___________________ Assinatura:____________________
Julgamento:___________________ Assinatura:____________________
Julgamento:___________________ Assinatura:____________________
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AGRADECIMENTOS
Aos meus pais, Maria e Valberino por me darem todo o apoio de que
precisei.
Aos meus colegas de graduação que fizeram dos meus dias de UnB
menos tensos e mais agradáveis, Grace, Verônica, Ariel, Teresa, Hiuane, Débora,
Isabela, Jaqueline, Clara, Gisely, Áquila e Dalila.
Sumário
1. Introdução ..........................................................................................................1
2. Revisão de Literatura ........................................................................................3
2.1 O abatedouro frigorífico .............................................................................3
2.1.1 Instalações ................................................................................................4
RESUMO
ABSTRACT
The increase in demand for animal protein has led the meat production chain to
improve the procedures that go from raising animals to exposing them to retail
market. Developed countries account for more than 50% of world pork
consumption. Besides beef and chicken, pork is the third most consumed in Brazil.
We are the fourth largest producer and fourth largest exporter, with the southern
region having the largest number of pig herds and production. Legislation has
been put in place to ensure a good quality animal product and inspected for the
safety of persons. Among the most important ones focused on pig production we
have the order of nº 711 on technical standards of facilities and equipment for
slaughter and industrialization of pigs and RIISPOA (Regulation of industrial and
sanitary inspection of products of animal origin). There are several options for the
availability of pork to consumers, which include in natura meat, kids, carcass, and
by products such as salami, ham, sausage and bologna. This diversity of products
needs a good protection that prevents external physical, chemical and biological
contaminations, for this purpose there are packaging with particular characteristics
to the need of the product to be protected. Temperature maintenance is one of the
main production and marketing points for pork whose objective is to provide a
product with a longer shelf life. The objective of this work was to present a
literature review on the norms of the current legislation for the installation and
procedures for the operation of a slaughterhouse and legislation for cuts from their
carcasses, as well as requirements for the marketing of these products. Any failure
in one of the procedures or in compliance with the legislation may lead to loss of
life of the meat, as well as even the assessment by the SIF (Federal Inspection
Service) industry and commercial establishments.
1. INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DE LITERATURA
2.1.1 Instalações
com a abertura comercial dos anos 90, com a criação do Plano Real e redução da
inflação a produção aumentou, porém, sem aumento de demanda, gerando uma
crise no setor acentuada ainda mais por alta dos preços de insumos no mercado
interno e externo (FIALHO, 2006). Por volta de 2000 a 2005, as exportações
tiveram crescimento, mas que foi interrompido por causa de um foco isolado de
febre aftosa no Paraná, em 2005. Esse foco foi o motivo de países cancelarem
importações de carne do Brasil e impor barreiras comerciais, entretanto, o Japão
cedeu e passou a importar a carne suína em 2012 quando Santa Catarina foi
declarada livre da febre aftosa (ABCS, 2014).
A região Sul concentra cerca de metade da produção de carne suína,
dos abates de animais, dos rebanhos e do alojamento de matrizes (EMBRAPA,
2006). Segundo essa fonte, a região Sul manteve em anos anteriores a 2006 sua
colaboração no rebanho, enquanto sua participação nos abates inspecionados
diminuiu, mesmo com o crescimento absoluto, este caso foi consequência do
aumento de abates inspecionados nas regiões Sudeste e Centro-Oeste. Tal
aumento ocorreu devido à instalação de plantas industriais das empresas líderes
do Sul e multinacionais, a fim de obter ganhos de escala e diversificação
geográfica de produção, além de menor custo dos grãos e extensão de terras
para aplicação de dejetos.
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2.1.3 Desossa
2.1.3.1Paleta
2.1.3.2 Sobrepaleta
2.1.3.3 Barriga
2.1.3.4 Costela
2.1.3.5 Carré
2.1.3.6 Lombo
2.1.3.7 Filezinho
2.1.3.8 Pernil
2.1.3.11 Lagarto
2.1.3.12 Patinho
2.1.3.13 Alcatra
2.1.4 Embalagem
Uma embalagem ideal tem por função para a carne, prolongar sua vida útil,
manter sua qualidade, oferecer facilidades em sua apresentação à
comercialização e transporte adequado (LOBATO, 2005). Deve atender a
requisitos de parâmetro crítico de qualidade do produto, e os fatores que o afetam
como as contaminações química, física ou microbiológica (ABCS, 2014). Há a
necessidade de se considerar as tecnologias de fabricação da embalagem, a vida
útil, o mercado, e a legislação, dentre outros fatores (LOBATO, 2005).
Em relação à legislação, existem as portarias de nº 304, de 22 de Abril de
1996, e a de nº 90, de 15 de julho de 1996 que dispõe sobre carcaças, cortes
primários e secundários de suínos, os quais deverão ser embalados, carimbados,
rotulados, e possuírem etiquetas lacre feita de forma correta e obrigatória. A
instrução normativa nº22, de 24 de novembro de 2005, é outra que faz parte da
legislação, trata-se do regulamento técnico para rotulagem de produto de origem
animal embalado (BRASIL, 1996; BRASIL, 2005).
A carne fresca é suscetível a deterioração mais rápida, e por isso uma boa
embalagem é a que a protege de fatores ambientais como a luz, umidade e
contaminações. Quando não é protegida adequadamente, a carne fresca perde
sua coloração, e este é o primeiro aspecto o qual o consumidor se atenta (ABCS,
2014). A alteração da cor da carne para vermelho brilhante ocorre porque a
mioglobina que é um pigmento muscular perde o oxigênio, isso indica que a carne
não tem uma boa troca de umidade. E ao estar vermelha arroxeada, é por ter
perdido totalmente essa troca de umidade, ou seja, perdeu o oxigênio por
completo (ABCS, 2014). Ao apresentar a coloração cinza amarronzada, é por ter
seu pigmento oxidado, apesar desse aspecto repugnante para o consumidor, ela
pode ser consumida. Todas essas alterações relacionadas à coloração da carne,
não se aplicam tanto ao suíno, pois ele possui baixa concentração do pigmento
vermelho (mioglobina) (ABCS, 2014).
Os filmes plásticos esticáveis são uma das opções mais usadas para
embalar as carnes frescas, formados pela polimerização do cloreto de vinila
(PVC)(ABCS, 2014). Possui alta permeabilidade à luz, moderada permeabilidade
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a gases e vapor de água, pois são finos e selados por calor, tais características
protegem a carne da desidratação superficial e permite a oxigenação do produto.
Têm como desvantagens serem suscetíveis a cortes por objetos pontiagudos, e
oferecer vida útil curta às carnes frescas, pois elas se tornam escuras (ABCS,
2014).
As bandejas de poliestireno são usadas juntamente com o filme (PVC).
Possuem permeabilidade moderada a gases e a luz e, alta permeabilidade a
vapores de água, é um material frágil (ABCS, 2014).
As carnes frescas podem ainda ser armazenadas em embalagens com boa
barreira a gás em sistema a vácuo ou em atmosfera modificada. Embalagens a
vácuo impedem a passagem de oxigênio, são resistentes a perfurações, têm boa
propriedade de hermeticidade, e baixa permeabilidade ao vapor d’água. Com um
microssistema anaeróbio/microaerófilo, retarda o crescimento das bactérias
deteriorantes, por isso o período de durabilidade da carne aumenta de dois a
quatro dias para dois a quatro meses (ABCS, 2014).
Como opção, há para embalar carnes frescas, a embalagem com
atmosfera modificada, em que uma mistura de gases (gás carbônico-CO2,
oxigênio-O2, e o nitrogênio-N2) tem por finalidade aumentar a vida útil da carne,
levando-se em consideração a sua qualidade inicial, o controle da temperatura de
estocagem, distribuição e comercialização, a quantidade ideal de gases em
relação ao produto armazenado, as características de barreira a gases da
embalagem e o equipamento de acondicionamento (SARANTÓPOULOS e
ANTONIO, 2006).
Para as carnes congeladas, são indicadas embalagens plásticas de baixa
permeabilidade ao vapor d’água, flexível, resistente a impactos mecânicos e
baixas temperaturas, resistente a cortes e perfurações, possua barreira para
gordura, não tenha odor, e tenha um bom custo (ABCS, 2014).
São usados para embalar carne congelada, sacos de polietileno de baixa
densidade, que tem baixa permeabilidade ao vapor d’água, e assim impede a
queima pelo frio, possuem boa flexibilidade a baixas temperaturas e são
termosseláveis (ABCS, 2014). Há também os sacos de polietileno de alta
densidade (PEAD), que tem maior barreira ao vapor d’água e favorece a menor
desidratação da carne, e os sacos poliolefínicos termoencolhíveis, os quais não
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A carne suína foi vista por décadas como uma vilã a saúde humana,
porém tal equívoco se deu por disseminação de lendas através de pessoas sem
conhecimento adequado e embasamento científico, para afirmações como “Tem
muita gordura, faz mal à saúde!”, “É perigosa, transmite doenças! (ROPPA,
2001)”.
Esses mitos foram perdendo força ao longo dos últimos anos, por um
trabalho em equipe de criadores de suínos, veterinários, e empresários ligados ao
ramo. Informações sobre a nova forma de criação dos suínos, industrialização e
pesquisas científicas, têm feito os consumidores mais receptivos ao consumo
dessa carne (GAMEIRO, 2008).
O suíno não traz problemas à saúde, e sim dispõe de uma ampla
variedade de soluções para as doenças humanas (ROPPA, 2001). Do suíno são
obtidos a insulina usada para diabéticos, o ACTH (hormônio adrenocorticotrófico)
para inflamações e artrites, a heparina para quem sofre de trombose, a
hemoglobina para transfusões sanguíneas, o surfactante para recém nascidos
com imaturidade pulmonar, de sua tireóide obtém–se medicamentos, fornece
ilhotas de Langherans (pancreáticas), suas células auxiliam na recuperação de
impulsos nervosos e aumentam a produção de dopamina em quem tem mal de
Parkinson, suas células são úteis para aqueles com epilepsia, materiais retirados
do seu intestino podem ajudar na aceleração de cura de ferimentos e tecidos,
válvulas cardíacas e fígado são usados para transplante em humanos (ROPPA,
2001).
As doenças parasitárias teníase, cisticercose e triquinelose mal
relacionadas aos suínos, com o advento de sistemas de criações modernos, têm
deixado de existir, não sendo mais um problema de efeito expressivo. Medidas
preventivas são tomadas, como o tratamento do homem, tratamento de esgotos,
inspeção da carcaça, tratamento da carne e manejo adequado dos suínos, que
tornam o seu consumo muito seguro (ROPPA, 2001).
Segundo CARVALHO (2007), a carne suína é uma carne branca, mas
considerada vermelha, o que faz com que exista alguma preocupação relacionada
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3. Considerações Finais
4. Referências Bibliográficas