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Então não tem mais cabelo louro na sua testa, não há mais inspiração
que Deus me inspire ( TOM PESSIMISTA DE QUEM ESTÁ PRESO )
Deus louro estava lendo seus versos, por favor, fale que meus versos
são ricos
LIRA II
Sinceramente Marília, pode dar uma tempestade, mas não vai ver o medo em mim
Pois não pratiquei esse delíto
São as divindades que aplicam as sentenças aos julgados, e Dirceu se diz vítima
( Da elite de vila rica, dos comerciantes que corriam atrás do ouro )
Ele pode me livrar dessa punição que está sendo atribuída a mim, do povo
ingrato, e pode me transformar em nova flor, assim como Narciso
LIRA III
Marília, o dia sucede a noite, depois da chuva vem a seca, então tudo muda
Apenas a minha sorte não ?
Se até a natureza muda, com flores caindo, porque minha sorte não ?
Marília os brutos cortam redes, rompem laços e fogem da prisão, por que a minha não
?
( REFÃO ) Nenhuma pessoa é capaz de estar sempre feliz, mas depois do sofrimento
vem a felicidade, e depois da felicidade vem o sofrimento de novo. Tudo muda
o tempo todo; Mas a minha sorte não
Até os titãs guerreiros lutaram contras os Deuses, até a sorte dos Deuses mudam
a minha não ?
LIRA IV
Quando me levanto as costas estão curvadas, não tenho forças nos membros
Meus pés estão pesados que se arrastam
Marília não estou velho porque o tempo passou, e sim porque o trabalho envelhece
e a tristeza envelhece ( sentimentos ) ( O que está vivendo está o envelhecendo )
Assim que eu te vir em poucos dias eu recupero minha mocidade, e meu corpo
vai voltar a ter forças
A doença também te envelhece, mas assim que o enfermo fica curado ele volta
a ser o que era ( ELE SE COMPARA A UM ENFERMO, PELO TRABALHO, INJUSTIÇA )
Marília, suponha que eu sou esse doente, que vive no meio da desgraça, foi
ela que me alterou, a saúde restaura ao doente a vontade de viver
E a primavera restaura a planta, você Marília será o que me restaurará
Marília se teus olhos dão luz aos astros, o que teus olhos não vão fazer por mim ?
LIRA V
Os mares estão tranquilos, os ventos não sopram, nem vejo uma nuvem
Tanto que não precisa de navegador
Agora derrepente veio o vento sul, que trouxe a tempestade
E não tenho a força necessária, corra piloto e venha pilotá-lo
( OS DOIS POEMAS ACIMA FAZEM REFERÊNCIA À PRIMEIRA PARTE E SEGUNDA PARTE
DO MARÍLIA DE DIRCEU, A PRIMEIRA CALMA E A SEGUNDA TEMPESTUOSA )
Ele pede por Marília para vir controlar esse leme, salve a embarcação
( a vida dele )
Eu ouço as sábias vozes de amor dizendo para que eu sofra, se não morro
Se eu não sofrer eu vou morrer, e vou perder você Marília, então vou sofrer
pois sofrendo vou conseguir calma nos teus braços.