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PURIM
A revelação do apocalipse
Joel Engel
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INTRODUÇÃO ......................................................................... 7
A BELEZA DA RAINHA ...................................................... 11
O CENÁRIO ESTÁ MONTADO ........................................ 18
PURIM ...................................................................................... 28
AMALEQUE, O DESTRUIDOR DE SONHOS ............... 33
O CENÁRIO ATUAL ............................................................. 40
POR QUE DEVEMOS CELEBRAR PURIM? ................. 44
ESTRATÉGIA DE GUERRA ............................................... 49
O FEITIÇO VIROU CONTRA O FEITICEIRO .............. 52
VENCENDO O INIMIGO ..................................................... 64
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INTRODUÇÃO
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Nesta luta dramática surge a figura de Ester,
Hadassa, na língua hebraica. Comentaristas
apontam que Hadassa significa “murta”, um
arbusto muito abundante em Israel, caracterizado
por seus ramos e folhas aromáticos, que são verdes
em todas as estações do ano. Para os judeus esta
árvore representa esperança e paz, especialmente
por estar associada à ideia da humildade.
“Em lugar do espinheiro crescerá a faia, e em
lugar da sarça crescerá a murta; o que será para o
Senhor por nome, e por sinal eterno, que nunca se
apagará.”
(Isaías 55:13)
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No primeiro capítulo, a Bíblia nos apresenta
uma cena grandiosa de proporções mundiais. Um
Império que abrange da Índia à Etiópia, um
banquete de 180 dias, com a presença dos mais
importantes governadores, príncipes, nobres e
cidadãos de todas as províncias (Ester 1. 1-4).
Uma das primeiras coisas que me chamou a
atenção foi que, embora a história confirme que os
reis persas estavam fazendo grandes banquetes, é
difícil pensar em um grupo de pessoas que
abandonam suas responsabilidades para participar
de uma festa de seis meses.
A pergunta que surge imediatamente é
quem assistiu aos assuntos do reino durante todo
esse tempo? Que segurança eles tinham de que não
seriam invadidos por outros povos? De qualquer
forma, foi certamente uma grande reunião! Esses
líderes representavam todos que você conhece e
eles lamentaram testemunhar um fato sem
precedentes.
A história aponta que no final do banquete, o
rei decidiu prorrogá-lo por mais alguns dias. Desta
vez, você envolveria as pessoas que viviam dentro
dos muros da cidade de Susan. É nesta seção que
encontramos detalhes muito interessantes. Aqui
começa o problema de Vasti e sua destituição, o
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ato que eventualmente tornaria possível a
ascensão de Ester ao trono real.
Um banquete extra de sete dias. No sétimo
dia, Assuero enviou sete eunucos para encontrar a
Rainha Vasti. Ela se recusou comparecer na
presença do Rei, então ele reuniu sete sábios para
consultá-los. O que deveria ser feito diante de
tamanha insubordinação?
Em um espaço de apenas 4 versículos temos
uma série completa de números sete (Ester 1. 10-
14). Provavelmente há elementos para apontar
que a repetição do número sete ligue essa história
com profecia. No entanto, a menos que vejamos
dessa forma, o livro de Ester será simplesmente
uma boa história, que antes conhecida, não requer
muito estudo.
A sequência de números sete deve pelo
menos chamar nossa atenção. Há algo nos eventos
que pode nos dar um vislumbre da vontade de
Deus para a sua Igreja destas horas finais. Neste
caso, tanto Ester quanto Vasti representam dois
povos ou duas Igrejas, assim como no Apocalipse
há uma prostituta e uma Igreja Pura. No livro de
Ester encontramos uma Igreja que é descartada e
outra que é exaltada pela sua humildade.
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A BELEZA DA RAINHA
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Não é exagero dizer que, espiritualmente,
Salomão também se referiu à Igreja. A descrição
combina claramente com a verdadeira Igreja do
Apocalipse 12:1.
“E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher
vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e
uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.”
(Apocalipse 12:1)
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consequência deste caso de grosseria e desonra
afetaria todo o Império.
De acordo com o testemunho de Memucã,
um dos sábios consultados, a ação de Vasti traria
instabilidade generalizada em todas as famílias do
reino. Uma vez sabendo da atitude da rainha, as
demais mulheres casadas poderiam seguir seu
exemplo, depreciando seus maridos.
“O que, segundo a lei, se devia fazer à rainha
Vasti, por não ter obedecido ao mandado do rei
Assuero, por meio dos camareiros.
Então disse Memucã na presença do rei e dos
príncipes: Não somente contra o rei pecou a rainha
Vasti, porém também contra todos os príncipes, e
contra todos os povos que há em todas as províncias
do rei Assuero.
Porque a notícia do que fez a rainha chegará
a todas as mulheres, de modo que aos seus olhos
desprezarão a seus maridos quando ouvirem dizer:
Mandou o rei Assuero que introduzissem à sua
presença a rainha Vasti, porém ela não veio.”
(Ester 1:15-17)
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escolha de outra rainha, mais digna do que ela.
Esta ordem teve que ser decretada de acordo com
as leis dos conselheiros e persas, que não puderam
ser revogadas.
“Se bem parecer ao rei, saia da sua parte um
edito real, e escreva-se nas leis dos persas e dos
medos, e não se revogue, a saber: que Vasti não
entre mais na presença do rei Assuero, e o rei dê o
reino dela a outra que seja melhor do que ela.
E, ouvindo-se o mandado, que o rei decretará
em todo o seu reino (porque é grande), todas as
mulheres darão honra a seus maridos, desde a
maior até à menor.
E pareceram bem estas palavras aos olhos do
rei e dos príncipes; e fez o rei conforme a palavra de
Memucã.”
(Ester 1:19-21)
14
Evangelho na Terra. Por alguma razão, no entanto,
a Igreja se recusa a mostrar tal beleza. A beleza a
que nos referimos tem duas dimensões: por um
lado é a mensagem que professamos, uma
mensagem que integra todas as esferas da vida
humana, todos os níveis; e a segunda é a prática
dessa mensagem na vida. Em outras palavras, o
testemunho de que, como filhos de Deus, somos
chamados a suportar.
Vamos imaginar o que aconteceria se cada
cristão assumisse publicamente sua fé e crença. O
mundo poderia apreciar a beleza da mensagem do
Evangelho e da Igreja e, portanto, a beleza de
Cristo. Pelo contrário, recusando-se a viver de
acordo com a luz dada a nós, geramos um efeito
semelhante ao de Vasti. O mundo despreza Cristo
porque não é capaz de ver, através de nós, a beleza
do chamado de Cristo.
Talvez nós mesmos não vivamos
plenamente de acordo com a luz que nos foi dada,
e um dia, alguém mais digno poderá tomar o nosso
lugar.
“Eis que venho sem demora; guarda o que
tens, para que ninguém tome a tua coroa.”
(Apocalipse 3:11)
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Esta é a mensagem de Ester para a Igreja de
hoje, a Igreja pós pandemia. Fomos chamados para
mostrar ao mundo a beleza do caráter de Cristo
refletida em nossas vidas, as virtudes da
mensagem do Evangelho, porém, assim como
Vasti, não temos resposta para a pergunta do por
que nos recusamos a fazê-lo?
O Senhor chamou Ester para um momento
especial e de maior perigo para o povo de Deus.
Como seu primo Mardoqueu lhe disse:
“Porque, se de todo te calares neste tempo,
socorro e livramento de outra parte sairá para os
judeus, mas tu e a casa de teu pai perecereis; e quem
sabe se para tal tempo como este chegaste a este
reino?”
(Ester 4:14)
16
Mais do que nunca, Cristo precisa de alguém
para interceder por seu povo que ainda está no
mundo. Com a mesma coragem de Ester devemos
tomar medidas decisivas para viver de acordo com
a luz que recebemos, para que ninguém tome
nosso lugar e para que as pessoas desejem ver a
Cristo.
Como em Cântico dos cânticos:
“Para onde foi o teu amado, ó mais formosa
entre as mulheres? Para onde se retirou o teu
amado, para que o busquemos contigo?
O meu amado desceu ao seu jardim, aos
canteiros de bálsamo, para apascentar nos jardins e
para colher os lírios.
Eu sou do meu amado, e o meu amado é meu;ele
apascenta entre os lírios.”
(Cânticos 6:1-3)
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O CENÁRIO ESTÁ MONTADO
18
Do ponto de vista histórico, sabemos que a
comunidade de Judá esteve na Pérsia/Irã, por mais
de 2.700 anos até os dias atuais. Eles chegaram à
Pérsia cerca de 1.400 anos antes da implantação
do Islã.
Os primeiros grupos a chegarem àquelas
terras faziam parte das 10 tribos do Reino do
Norte, que foram expulsos da sua terra pelos
Assírios por volta do ano 722 A.C., os quais
perderam a sua identidade hebraica.
Mas a comunidade que tem importância
neste relato é a que foi constituída pela segunda
leva. Estes estavam entre os que foram levados
para Babilônia por Nabucodonosor, quando este
Rei babilônio destruiu Jerusalém e o 1º Templo em
586 A.C. e não perderam a sua identidade e
costumes como Judeus. Como vingança, os Judeus
da Pérsia vieram ajudar o Rei Persa, Ciro, aquele a
quem Deus chama de “o meu ungido” (Isaías 45:1),
porque cumpriu através dele a vontade do Senhor
de destruir a Babilônia, quando no ano 539 A.C. a
cidade da Babilônia foi tomada pelos exércitos dos
Medos e Persas.
Como agradecimento pelo envolvimento dos
Judeus na tomada da Babilônia, o povo de Judá
veio, mais tarde, a receber autorização para
regressar à sua terra, reerguer os muros de
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Jerusalém e o 2º Templo – isto se passou no tempo
de Esdras e Neemias, tendo o retorno de uma parte
dos Judeus de Babilônia sido concluído em 516
A.C., completando assim o tempo do exílio de 70
anos.
O motivo da punição
Judá havia sido castigado por DEUS por não
ter deixado repousar a terra de Israel de 7 em 7
anos, o ano sabático da terra; acabaram sendo
punidos com um 1 ano de exílio por cada ano que a
terra de Israel não repousou. Na realidade, tanto
os judeus como os descendentes das outras 10
tribos restantes do Reino do Norte, permaneceram
na Pérsia desde 722 A.C. até aos dias de hoje, no
atual Irã. Atualmente, só ali permanece uma
pequena comunidade de Judá, que serve de arma
política a comunidade Islâmica, para dizer que os
Judeus não são perseguidos no Irã.
A importância destes acontecimentos do
passado retrata de forma clara a aflição que virá
sobre Judá, a terra de Israel, quando os seus
inimigos se reunirem numa confederação de
nações e vierem contra esta nação para destruí-la e
erradicá-la do mapa nos últimos dias.
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“O que foi, isso é o que há de ser; e o que se
fez, isso se fará; de modo que nada há de novo
debaixo do sol.”
(Eclesiastes 1:9)
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Os personagens
Sobre a história da Rainha Ester,
destacamos os seguintes personagens:
O Rei Assuero
Rei dos Medos e dos Persas, cujo domínio se
estendia a toda a zona do que é hoje a Turquia e
alguns países limítrofes até a Etiópia e a Índia,
região que hoje abrange países como Iraque,
Emirados Árabes Unidos (Dubai), Catar, Iêmen,
Paquistão, Eritreia, Síria, Líbano, Egito, Sudão,
Azerbaijão, Kuait, Armênia e outros. Um império
imenso, dividido em 127 províncias. O poder deste
homem era total sobre os seus súditos, incluindo o
direito de lhes poupar a vida ou determinar a sua
morte.
Junto ao Rei, estavam designados para o
servirem 7 camareiros, além de 7 príncipes sábios
e conselheiros. Tudo isto tem significado
espiritual.
O Rei, cujo domínio era irrestrito,
representava a figura de Deus, com poderes em
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todas as áreas, inclusive sobre a vida, a morte e
tudo o que estava criado.
A Rainha Ester
Hadassa, em hebraico, significa “Eu me
escondo”. Sendo judia, ela não se deu a conhecer
como tal, nos primeiros anos de seu reinado.
“Então respondeu a rainha Ester, e disse: Se, ó
rei, achei graça aos teus olhos, e se bem parecer ao
rei, dê-se-me a minha vida como minha petição, e o
meu povo como meu desejo.
Porque fomos vendidos, eu e o meu povo, para
nos destruírem, matarem, e aniquilarem de vez; se
ainda por servos e por servas nos vendessem, calar-
me-ia; ainda que o opressor não poderia ter
compensado a perda do rei.”
(Ester 7:3,4)
Mordecai ou Mardoqueu
Igualmente judeu, tio de Ester, benjamita e
descendente do Rei Saul, Mardoqueu não se
curvou ou ajoelhou perante Hamã, quando este foi
promovido à segunda figura de maior importância
do império.
Nesta história, Mardoqueu prefigura o tipo
de Jesus, o Libertador. Satanás também tentou a
Jesus da mesma forma, pretendendo que O
Salvador se prostrasse perante ele e o adorasse.
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“E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado,
me adorares.”
(Mateus 4:9)
Hamã
O “agagita” filho de Hamedata (que significa
“aquele que se opõe à Lei”), era descendente do rei
Agague, cuja vida foi poupada por Saul contra as
instruções de DEUS, e que se tornou num poderoso
inimigo de Judá.
“Hamã, pois, procurou destruir a todos os
judeus, o povo de Mardoqueu, que havia em todo o
reino de Assuero.”
(Ester 3:6b)
25
ti, estando tu cansado e afadigado; e não temeu a
Deus.
Será, pois, que, quando o Senhor teu Deus te
tiver dado repouso de todos os teus inimigos em
redor, na terra que o Senhor teu Deus te dá por
herança, para possuí-la, então apagarás a memória
de Amaleque de debaixo do céu; não te esqueças.”
(Deuteronômio 25:17-19)
1
Apocalipse 13
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Na segunda metade da 70ª semana profética
de Daniel 9:27, aparece a figura do assolador ou
opressor; Hamã é igualmente chamado de “o
opressor”, “o inimigo”, em Ester 7:6, um tipo de
Satanás.
“E ele firmará aliança com muitos por uma
semana; e na metade da semana fará cessar o
sacrifício e a oblação; e sobre a asa das
abominações virá o assolador, e isso até à
consumação; e o que está determinado será
derramado sobre o assolador.”
(Daniel 9:27)
27
PURIM
29
E assim Josué desfez a Amaleque e a seu povo,
ao fio da espada.
Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto
para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de
Josué; que eu totalmente hei de riscar a memória de
Amaleque de debaixo dos céus.
E Moisés edificou um altar, ao qual chamou:
O SENHOR É MINHA BANDEIRA.
E disse: Porquanto jurou o Senhor, haverá
guerra do Senhor contra Amaleque de geração em
geração.”
(Êxodo 17:8-16)
30
redor, na terra que o Senhor teu Deus te dá por
herança, para possuí-la, então apagarás a memória
de Amaleque de debaixo do céu; não te esqueças.”
(Deuteronômio 25:17-19)
Esta instrução não foi seguida pelo Rei Saul,
para sua própria desgraça, entre outros pecados
que ele cometeu perante o Senhor (1 Samuel 15:1-
35).
Mas, também existe a pergunta: Por qual
razão Israel foi atacado no deserto por Amaleque?
31
(Êxodo 17:7)
A dúvida é o oposto da fé
“Peça-a, porém, com fé, em nada duvidando;
porque o que duvida é semelhante à onda do mar,
que é levada pelo vento, e lançada de uma para
outra parte.”
(Tiago 1:6)
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AMALEQUE, O DESTRUIDOR DE SONHOS
33
Os amalequitas sempre foram contados na
Bíblia entre os inimigos de Israel2. Foi contra os
amalequitas que Arão e Hur sustentaram as mãos
de Moisés elevadas, enquanto o povo de Israel
prevalecia.
Todo sábado que precede a festa de Purim,
após a leitura da porção semanal da Torá, os
judeus leem a passagem intitulada Zachor
(Lembra), que aparece no Livro de Deuteronômio.
A passagem diz: “Recorda-te do que te fez Amaleque
no caminho quando saíeis do Egito, quando te
encontrou pelo caminho e feriu todos os
enfraquecidos que ficavam atrás de ti, e tu estavas
sedento e cansado, e Amaleque não temeu a
Deus.[Portanto,] quando, pois, o Eterno, teu Deus, te
der descanso de todos os teus inimigos em redor, na
terra que o Eterno, teu Deus, te está dando por
herança para possuí-la, apagarás a memória de
Amaleque de debaixo dos céus; não te esquecerás!”
(Deuteronômio 25:17-19).
É um mandamento da Torá seguido pelos
judeus ouvir a passagem de Zachor (Lembra).
Esta passagem é lida no sábado que precede
Purim, porque Hamã, o antagonista na história
relatada pela rainha Ester, foi descendente de
Amaleque. Ele não apenas é seu descendente, mas
2
Salmos 83:7
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é sua própria personificação. Quando nos
lembramos do que Hamã pretendia fazer –
exterminar cada um dos judeus da face da Terra,
homens, mulheres e crianças – podemos começar a
entender por que a Bíblia nos ordena recordar e
aniquilar Amaleque, o destruidor de sonhos.
Será possível antecipar a atuação de um dos
mais perigosos e incapacitantes agentes do mal?
Sim, o destruidor de sonhos apresenta sinais da
sua visita, já que a sua aproximação,
frequentemente provoca os seguintes sintomas em
suas vítimas: insônia, angústia, tristeza,
inquietação, desânimo, dores constantes, doenças,
família destruída, perdas irreparáveis, danos
financeiros. Estes, entre outros, são os indícios de
que o destruidor de sonhos pode estar por perto.
Jesus Cristo identificou a atuação deste mal,
quando se referiu que “o ladrão (diabo) vem
somente para roubar, matar e destruir” (João
10:10). Mas, será possível travar a sua vinda? Ou,
se ele já está presente, será possível erradicá-lo de
uma vez por todas ou reverter a sua atuação?
Tem notado estes sintomas? Está vendo os
seus sonhos ou de quem o rodeia serem
sistematicamente destruídos? Não perca mais
tempo! Elimine da sua vida aquele que tem
arrancado de você os seus sonhos! Arranque o
35
medo do seu coração e mergulhe na confiança
plena de que o Senhor fará aquilo que ele
prometeu.
Escolha a vida
Hamã era um homem maligno e contrário
aos costumes e leis dos Judeus. O objetivo das
instruções de Deus é produzir transformação no
coração e mente do homem, para torná-lo o mais
próximo da Sua imagem, mais perto da semelhança
do Filho, “varão perfeito”.
A Palavra de Deus é como uma espada de
dois gumes, que divide até o mais íntimo do nosso
ser, provoca renovação dos nossos sentidos,
atitudes e comportamentos, nos guiando pelos
princípios de vida que provêm do Alto e Sublime
Deus. Quando escolhemos este caminho estamos
escolhendo “A Vida”.
Jesus diz sobre Si mesmo: “Eu sou o caminho,
a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai senão por
Mim” (João 14:6). Esse caminho só pode ser
percorrido se andarmos por fé, em obediência a
todos os preceitos de Deus. Só assim, Ele pode nos
ver como “justos”.
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O agir de Deus
Outra lição que pode ser retirada do Dia de
Purim é que Deus está sempre atento,
comandando, se tão somente a Ele e ao Seu Filho
amado nos entregarmos com sinceridade de
coração e mente. Purim é confiarmos que Deus não
se esquece de nós nos dias da aflição se
entregarmos as nossas vidas, cuidados e anseios a
Ele.
A Sua Palavra nos diz que podemos confiar
Nele. O livro de Ester não revela O Santo Nome de
Deus, mas revela a Sua ação, o Seu livramento no
momento da aflição. O resultado será sempre
realizado, conforme a vontade do Senhor.
As nossas análises e entendimento dos
acontecimentos passados ficam sempre aquém da
perspectiva de Deus e do Seu propósito. Pois,
quem pode conhecer a mente do Todo-Poderoso (I
Co 2:16)? É Ele quem comanda todas as coisas,
sejam visíveis ou invisíveis. As nossas perspectivas
são humanas, temporais, ao passo que as do
Senhor são insondáveis e atemporais.
Expulsando o medo
Também nós hoje somos convidados a
expulsar o Hamã que ainda há em nós, o espírito
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de rebeldia e desobediência, que ainda aflora em
alguns momentos das nossas vidas. Somos
chamados a expelir o mal e a praticarmos o bem,
de acordo com as leis do Senhor, a Sua Palavra e as
palavras dos profetas.
A dúvida e a escuridão que, por vezes,
podem bater à nossa porta, devem ser mantidas do
lado de fora, para dar somente lugar à Luz
verdadeira que vem do Alto e Sublime Deus.
DEUS não tem prazer na morte do pecador
(Ez 18:32), mas sim em sua transformação através
da lavagem pela Palavra, quando este busca O
Senhor e os Seus caminhos. É assim que o Espírito
Santo de Deus atua nas vidas daqueles que a Ele se
entregam. Isto só se consegue quando negamos a
nós mesmos e passamos a viver para Jesus.
Este é um dos segredos do livro de Ester.
Reparemos nas palavras de Jesus:
“Portanto, qualquer que me confessar diante
dos homens, eu o confessarei diante de meu Pai, que
está nos céus. Mas qualquer que me negar diante
dos homens, eu o negarei também diante de meu
Pai, que está nos céus.
Não cuideis que vim trazer a paz a terra; não
vim trazer paz, mas espada; Porque eu vim pôr em
dissensão o homem contra seu pai, e a filha contra
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sua mãe, e a nora contra sua sogra; E assim os
inimigos do homem serão os seus familiares.
Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim
não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha
mais do que a mim não é digno de mim. E quem não
toma a sua cruz, e não segue após mim, não é digno
de mim.
Quem achar a sua vida perdê-la-á; e quem
perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á.”
(Mateus 10:32-39)
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O CENÁRIO ATUAL
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Mas os rumores do oriente e do norte o
espantarão; e sairá com grande furor, para destruir
e extirpar a muitos.
E armará as tendas do seu palácio entre o
mar grande e o monte santo e glorioso; mas chegará
ao seu fim, e não haverá quem o socorra.”
(Daniel 11:40-45)
42
Deus meu, faze-os como um tufão, como a
aresta diante do vento. Como o fogo que queima um
bosque, e como a chama que incendeia as brenhas,
Assim os persegue com a tua tempestade, e os
assombra com o teu torvelinho. Encham-se de
vergonha as suas faces, para que busquem o teu
nome, Senhor. Confundam-se e assombrem-se
perpetuamente; envergonhem-se, e pereçam, para
que saibam que tu, a quem só pertence o nome de
Senhor, és o Altíssimo sobre toda a terra”
(Salmos 83:4-18)
43
POR QUE DEVEMOS CELEBRAR PURIM?
44
palavras daquela carta, e do que viram sobre isso, e
do que lhes tinha sucedido,
Confirmaram os judeus, e tomaram sobre si, e
sobre a sua descendência, e sobre todos os que se
achegassem a eles, que não se deixaria de guardar
estes dois dias conforme ao que se escrevera deles, e
segundo o seu tempo determinado, todos os anos.
E que estes dias seriam lembrados e
guardados em cada geração, família, província e
cidade, e que esses dias de Purim não fossem
revogados entre os judeus, e que a memória deles
nunca teria fim entre os de sua descendência.”
(Ester 9:24-28)
45
dos seus caminhos, como o filho pródigo, e
voltaram para o Pai, através de Jesus, o Nazareno.
O livramento dos dias do fim está há muito
prometido e é seguro, porque a boca de Deus o
disse:
“Sucederá, porém, naquele dia, no dia em que
vier Gogue contra a terra de Israel, diz o Senhor
DEUS, que a minha indignação subirá à minha face.
Porque disse no meu zelo, no fogo do meu
furor, que, certamente, naquele dia haverá grande
tremor sobre a terra de Israel;
De tal modo que tremerão diante da minha
face os peixes do mar, e as aves do céu, e os animais
do campo, e todos os répteis que se arrastam sobre a
terra, e todos os homens que estão sobre a face da
terra; e os montes serão deitados abaixo, e os
precipícios se desfarão, e todos os muros desabarão
por terra.
Porque chamarei contra ele a espada sobre
todos os meus montes, diz o Senhor DEUS; a espada
de cada um se voltará contra seu irmão.
E contenderei com ele por meio da peste e do
sangue; e uma chuva inundante, e grandes pedras
de saraiva, fogo, e enxofre farei chover sobre ele, e
sobre as suas tropas, e sobre os muitos povos que
estiverem com ele.
46
Assim eu me engrandecerei e me santificarei,
e me darei a conhecer aos olhos de muitas nações; e
saberão que eu sou o Senhor.”
(Ezequiel 38:18-23)
O homem da perdição
Daniel 11:36-45 nos fala do homem da
perdição, o anticristo dos últimos dias, que irá
estar fortemente envolvido neste conflito final, à
47
volta de Israel e de Jerusalém. Também “o rei do
Norte” e o “rei do Sul” se envolverão neste conflito.
É claro que a Irmandade Muçulmana
(radicais islâmicos) vem declarando a sua
hostilidade à nação de Israel e aumentando seu
grau de poder e influência nos vários países
inimigos de Israel, através de um processo que
iniciou com que os políticos chamaram de
“Primavera Árabe”. Todos eles virão contra Israel
no fim dos dias.
48
ESTRATÉGIA DE GUERRA
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Este espaço de tempo foi o mesmo que Jesus
permaneceu no seio da terra até dela ser libertado
pelo Pai, ressuscitando-O como o Primogênito
entre muitos irmãos; foi também o tempo que o
profeta Jonas permaneceu no ventre do grande
peixe.
Após cumprir-se o 3º dia de jejum, Ester
ofereceu um banquete ao Rei, onde Hamã também
estava convidado (Ester 5:1-14).
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exterminar toda a população de Judá do domínio
de Xerxes (Ester 7).
Após a condenação de Hamã, e porque a
ordem anterior selada pelo anel do Rei já não
podia ser revogada, Assuero deu liberdade para
que o povo de Judá se defendesse dos seus
inimigos. Então, no dia 13 de Adar, os Judeus das
127 Províncias passaram ao ataque e
exterminaram todos os que pretendiam matá-los.
A resposta de Deus veio pela libertação do
povo de Judá e condenação dos que o haviam
condenado à morte. Como diz o povo: “virou-se o
feitiço contra o feiticeiro”.
51
O FEITIÇO VIROU CONTRA O FEITICEIRO
52
Não digerindo tal situação, Hamã foi “lançar
a sorte”, há quem diga que consultou espíritos.
Assim, o dia para matar Mardoqueu e com ele todo
o povo judeu, caiu no dia 13 de Adar. Começa-se a
entender os dias 13 como o “dia de azar”, dia em
que a morte foi decretada, a destruição total de um
povo. A sorte do inimigo é exaltada e o azar do
povo judeu ficou aparente, porém as ações divinas
mudaram esse decreto maligno.
Hamã buscou matar todo o povo judeu
pagando alto por isso, oferecendo em valores
atuais muito mais que R$ 500 milhões de reais. O
decreto foi lançado e selado, fazendo com que o
povo judeu se entregasse a grande pranto e dores.
Mardoqueu, ao saber do decreto de morte contra
seu povo, falou com a rainha Ester,
compreendendo que Deus a tinha levantado para
aquele momento em especial.
Mas a sorte virou! A rainha revelou ao rei a
grande trama que o inimigo havia arquitetado
contra ela, Mardoqueu e todo povo judeu.
“E disse Ester: O homem, o opressor, e o
inimigo, é este mau Hamã. Então Hamã se
perturbou perante o rei e a rainha.”
(Ester 7:6).
53
A sorte divina começa a ser manifestar. O dia
13 de Adar, que era para ser um dia de azar,
tornara-se um dia de grandes bênçãos. Hamã foi
enforcado, o rei permitiu à Mardoqueu e à rainha
Ester proclamarem um decreto de livramento
contra o decreto do inimigo.
O dia 13 do mês de Adar, o mês bíblico, seria
um dia de azar, porém, Deus mudou a sorte do
povo. Seria um dia de morte e pobreza, mas com o
novo decreto se tornou dia de vida e prosperidade,
exaltação e enriquecimento. 13 de Adar é o dia da
sorte para todo o povo de Deus.
“Ordenando-lhes que guardassem o dia
catorze do mês de Adar, e o dia quinze do mesmo,
todos os anos,
Como os dias em que os judeus tiveram
repouso dos seus inimigos, e o mês que se lhes
mudou de tristeza em alegria, e de luto em dia de
festa, para que os fizessem dias de banquetes e de
alegria, e de mandarem presentes uns aos outros, e
dádivas aos pobres.”
(Ester 9:21,22)
54
Purim, o dia festivo de Adar, comemora a
“metamorfose” da aparente má sorte dos judeus,
como pensava Hamã, para a boa sorte.
Hoje, também está decretado sobre nossas
vidas, a derrota do inimigo, o nosso crescimento e
prosperidade. Azar jamais! Que seja sempre a sorte
de Deus sobre nós!
55
Em 16 de Outubro de 1946, no 7º dia da
Festa dos Tabernáculos do ano de1946, como
resultado das decisões do tribunal de Nuremberg,
10 nazistas convictos, considerados como
criminosos de guerra, foram enforcados. Um dos
seus principais crimes foi o de terem conduzido à
morte cerca de 6 milhões de Judeus, embora
procurassem o extermínio completo de Judá. Nos
nomes dos 10 filhos de Hamã (Ester 9:7-9) estão
contidas 4 letras em minúsculo que traduzidas
apontam para o ano de 1946 da nossa era
(anohebraico 5707).
“E em Susã, a capital, os judeus mataram e
destruíram quinhentos homens; como também
mataram Parsandata, Dalfom, Aspata, e a Porata, e
a Adália, e a Aridata, Parmasta, Arisai, Aridai e
Vaizata, os dez filhos de Hamã, filho de Hamedata, o
inimigo dos judeus; porém ao despojo não
estenderam a mão”.
(Ester 9:6-10)
O interessante é que os judeus acreditam
que em toda festa de Tabernáculos Deus se levanta
para julgar os demônios e principados que se
levantam contra os seus escolhidos. Durante os
sete dias da Festa eles ofertavam 70 bois, 98
cordeiros, 14 carneiros e 7 bodes no altar do
templo.
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No último e mais importante dia da festa de
Tabernáculos, Jesus levantou-se e disse em alta
voz:
"Se alguém tem sede, venha a mim e beba.
Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu
interior fluirão rios de água viva".
(João 7:37,38).
57
Disse-me ainda: As águas que viste, onde se
assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e
línguas.
E os dez chifres que viste, e a besta, estes
odiarão a prostituta e a tornarão desolada e nua, e
comerão as suas carnes, e a queimarão no fogo.
Porque Deus lhes pôs nos corações o
executarem o intento dele, chegarem a um acordo, e
entregarem à besta o seu reino, até que se cumpram
as palavras de Deus.”
(Apocalipse 17:12-17)
58
“deveras no Senhor nosso Deus está a
salvação de Israel.”
(Jeremias 3:23)
59
encherá toda a Terra. Este será o reino eterno e
glorioso de Jesus, o Messias.
Isto mesmo já nos era anunciado desde o
princípio dos tempos, quando Jacó/Israel
distribuiu as bênçãos sobre cada um dos seus
filhos. Ele disse a respeito de Judá:
“O cetro não se arredará de Judá, nem o
legislador dentre seus pés, até que venha Siló; e a ele
se congregarão os povos.”
(Gênesis 49:10)
60
Hoje somos chamados a entender as
mensagens que nos chegam do passado e dos
exemplos de vida e de fé dos que nos precederam,
para que permaneçamos firmes até a vinda de
Jesus. Ainda teremos dias de tribulação pela frente,
mas lembremos que Jesus nos disse: “Tende bom
ânimo, Eu venci o mundo” (Jo 16:33). Por isso,
devemos perseverar no caminho para o qual fomos
chamados por fé. Temos de colocar a nossa
confiança em Deus e esperar, com paciência, que
tudo se cumpra.
“E eles o venceram pelo sangue do Cordeiro e
pela palavra do seu testemunho; e não amaram as
suas vidas até à morte.”
(Apocalipse 12:11)
61
Quem nos poderá livrar/preservar quando
esses dias difíceis chegarem? Aquele que livrou a
Judá nos dias de Hamã é Quem pode nos livrar!
Aquele que livrou a Judá, Ester e Mardoqueu, nos
livrará. Lembremos disto: todo o ser humano que
coloca a sua confiança no Deus de Israel será
recompensado/guardado, ao passo que todo
aqueles que confiam em seus próprios
recursos/meios para escapar, verão os seus
intentos serem fracassados.
“Então aqueles que temeram ao Senhor
falaram frequentemente um ao outro; e o Senhor
atentou e ouviu; e um memorial foi escrito diante
dele, para os que temeram o Senhor, e para os que
se lembraram do seu nome.
E eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos;
naquele dia serão para mim jóias; poupá-los-ei,
como um homem poupa a seu filho, que o serve.
Então voltareis e vereis a diferença entre o
justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não
o serve.”
(Malaquias 3:16-18)
Confiemos nestas palavras, porque elas são
fiéis. Ora vem Senhor Jesus! Que diremos? Se DEUS
não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela (Sl
127:1).
62
63
VENCENDO OS INIMIGOS
64
“Então disse o Senhor a Moisés: Escreve isto
para memória num livro, e relata-o aos ouvidos de
Josué; que eu totalmente hei de riscar a memória de
Amaleque de debaixo dos céus. E Moisés edificou um
altar, ao qual chamou: O SENHOR É MINHA
BANDEIRA. E disse: Porquanto jurou o Senhor,
haverá guerra do Senhor contra Amaleque de
geração em geração.”
(Êxodo 17:14-16)
65
Deus e ainda causou danos para as gerações
seguintes.
Todo demônio e situações difíceis que você
não vence totalmente hoje irão incomodar seus
filhos no futuro. Os descendentes de Amaleque não
foram totalmente destruídos por Saul e eles
geraram a Hamã.
Amaleque descende diretamente de Esaú,
que buscava a morte de Jacó, como descrito em
Gênesis. Esaú saiu com quatrocentos homens para
matar Jacó e os seus descendentes, porém Deus
revela um segredo infalível e Jacó envia ofertas à
sua frente, superando os níveis, quebrando
argumentos e gerando méritos diante de Deus.
Assim, ele conseguiu amarrar a raiva que tomava
conta de Esaú.
66
As benção do mês de Adar
“E, no duodécimo mês, que é o mês de Adar,
no dia treze do mesmo mês em que chegou a
palavra do rei e a sua ordem para se executar, no
dia em que os inimigos dos judeus esperavam
assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, porque os
judeus foram os que se assenhorearam dos que os
odiavam.”
(Ester 9:1)
67
As porções do mês de Adar
Segundo o pensamento judaico, a alegria
aumenta quando nós entramos no mês de Adar.
Pois é um mês de reflexão sobre tudo o que Deus
nos deu. O mês de Adar se divide em porções, a
porção de shekalim é o mandamento da caridade, é
a primeira porção, onde os judeus são convocados
para ofertarem por suas almas. Cada um dos filhos
de Israel entrega uma oferta de resgate. O intuito é
que a oferta de “Hamã”, feita em prata, para
adquirir legalidade e autorização para se emitir
um decreto contra os judeus, nunca seja maior que
a deles.
A porção de shekalim está em Êxodo 30:11-
36. Neste texto está descrito o mandamento de
temurá, que significa doação, oferta. No mês de
Adar é anunciada em Israel a entrega de uma
Tsedaká (oferta de justiça) especial para serem
usadas como sacrifícios. Os sábios judeus ensinam
que a tsedaka é um mandamento especial, o
dinheiro não faltará e se multiplicará. Existe um
ditado em Jerusalém que diz: “Melachma
monchasser”, esse ditado significa que: “Todo
aquele que deseja conservar seu patrimônio,
precisa sempre distribuir dinheiro para tsedaká”.
Assim como o sal preserva os alimentos, a tsedaká
preserva o patrimônio.
68
A oferta que livra da morte
É dito diariamente nas orações judaicas:
“Deus semeia as tsedakot (ofertas de justiça), faz
brotar a salvação para o homem. O rei Salomão
escreveu em Mishle (Provérbios) no capítulo 10.2b
dizendo assim: ‘tsedaka tatsil memavet’–‘a oferta
(caridade) salva a pessoa da morte’”.
O que significa isso? Significa que a oferta
salva a pessoa de maus decretos que estavam para
acometê-la.
69
festa deve ser o de se entregar uma oferta, pois ela
consegue cancelar os decretos malignos. Se até o
presente momento, os inimigos estão decretando
maldade contra as nossas vidas, então também
nesse momento, nós devemos cancelar esses
decretos durante a entrega de tsedaká, a nossa
oferta.
Justiça e vida
A palavra “tsedaká” têm duas conotações:
justiça e vida. Vamos aqui observar o milagre de
Purim, que é a manifestação da justiça e da vida de
Deus. A teologia rabínica diz que era sabido
perante Deus, que Hamã usaria moedas de prata
para prejudicar Israel. Deus também já sabia que
Hamã iria consultar demônios e que esses
demônios exigiriam dele uma oferta de alto nível.
Por isso, o Senhor antecipou-se, pedindo a Israel a
doação de ofertas de justiça, gerando assim
méritos para o dia da angústia.
Desde Moisés, até mais ou menos 465 a.C,
todas as ofertas entregues pelas gerações foram
acolhidas como mérito diante de Deus, até nos dias
da rainha Ester e Mardoqueu, Esse mérito foi se
juntando diante de Deus e alcançou nível superior
à entrega de Hamã, trezentas toneladas de pratas,
que seria pouco mais de R$ 300 milhões de reais,
70
em valores atuais. Já sabendo dessa proporção que
seria pedido para Hamã e que isso desfavoreceria
Seus filhos, Deus fez com que Seu povo fosse
depositando.
A oferta é um memorial diante de Deus, para
que, no momento oportuno, o inimigo possa ser
derrotado. O que temos e somos está estabelecido
no altar do Senhor. Como está o seu altar diante de
Deus?
Hamã e a prata
Hamã usou moedas de prata para
influenciar o rei Assuero a determinar o decreto
amargo contra os filhos de Israel. Hamã ofereceu
ao rei dez mil talentos, cerca de trezentos mil
quilos de prata, para que ele concordasse com a
sua sugestão de exterminar os judeus. Os sábios
judeus afirmam que: “nosso Deus nos deu
previamente o mandamento de ofertar, para que
nossas ofertas sirvam como mérito frente às
oferendas feitas aos príncipes espirituais contra
nossas vidas. Então, nós recebemos claramente a
revelação de que Adar, que é o período em que o
portal de guerra está aberto, é um mês de decretos
firmados e decretos cancelados. O povo de Israel
compreende que, para que se cancele um decreto do
nível que Hamã estava proporcionando para a
71
destruição do povo, era necessário que ultrapasse as
ofertas feitas pelo inimigo”.
Hamã ofereceu trezentos mil quilos de prata
aos demônios que ele servia, pois ele era
descendente dos amalequitas, era um agagita, sua
esposa sacerdotisa das entidades malignas, isso
nos é revelado pela história.
Um tribunal celestial
Existia um tribunal formado e, para que
nesse tribunal pudesse haver absolvição do povo
de Israel e o principado da Pérsia, através de
Hamã, não o destruísse, os judeus deveriam
ultrapassar os níveis de oferta do maligno Hamã.
Davi ofertou um total de cinquenta bilhões
de dólares, ou até um pouco mais, já que o dólar,
no momento, está alto. O rei Davi tinha sobre ele
uma unção constante e uma autoridade recheada
de méritos para enfrentar os seus inimigos. Isso
acontecia porque o altar de Davi estava sempre
com uma oferta apontando para a sua entrega
total.
Deus proporciona ao povo a oportunidade
de ter um depósito, um memorial eterno. Esse
depósito é proporcionado pelas ofertas, a tsedaká
(oferta de justiça), a oferta de corban (honra), a
72
oferta de cordeiro e todas as ofertas que estavam
sendo oferecidas a Deus, desde a fundação do
Tabernáculo, passando pelo Templo do Senhor, até
chegar ao momento em que o povo estava
espalhado pelas cento e vinte e sete províncias
governadas por Assuero, o rei da Pérsia.
73
Todos unidos no propósito
O povo judeu que estava espalhado na
Pérsia compreendeu que todos deveriam se unir
dentro do propósito. Aqui mora o perigo em nosso
meio: se deixarmos para uns ou outros fazerem e
taparmos os ouvidos, fecharmos os olhos e
calarmos nossa voz, seremos vencidos. Para gerar
um memorial para a essa e para as próximas
gerações, é necessário que nós o construamos em
unidade.
O mês de Adar é o momento para nos
unirmos, nos tornando como Paulo diz: “membros
de um só corpo”. Precisamos entender que todos
precisam fazer algo! Podemos lançar um memorial
nos céus, gerando frutos para os nossos filhos, e
para os filhos dos nossos filhos, até mil gerações.
74
situações, pelas quais Ester buscou com valor e
santidade:
1. Todo aquele que despreza os homens de
Deus, os justos, as ofertas de honra, que viram as
costas para o dízimo, para a primícia, para os
cordeiros, todos esses estão profanando a
santidade de Deus. Uma vez que alguém profanou
a Santidade do Senhor, está servindo, batendo
continência a esse principado que vem moldando o
caráter dos amalequitas a várias e várias gerações.
A oferta de honra aproximava o povo de Deus do
seu criador.
Mas o contrário também é verdadeiro: a
oferta, quando não é profanada, entregue com
consciência, perfeitamente sem dúvidas, sem
choros, aproxima o povo de Deus.
Consequentemente haverá um afastamento dos
principados do mal; os decretos malignos são
cancelados.
2. Não podemos ignorar as datas festivas da
Bíblia. Se nós lermos todos os evangelhos, iremos
perceber que Jesus, o nosso Cristo, está junto as
festas, porque ele não veio quebrar a cultura, mas
sim cumprir a lei. Purim é a festa de um povo ao
seu Deus.
3. Todo aquele que envergonha o próximo,
profana a santidade de Deus. Enquadram-se aqui
75
as pessoas que não reconhecem e não honram a
autoridade. Ester reconheceu a autoridade de
Mardoqueu e acatou o seu conselho.
“Ouvi-me, ó Judá, e vós, moradores de
Jerusalém: Crede no Senhor vosso Deus, e estareis
seguros; crede nos seus profetas, e prosperareis”
(2 Crônicas 20:20)
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UMA IGREJA IGUAL A ESTER
77
(Apocalipse 12:11)
Se você quer passar um tempo especial com
o Rei, tem que seguir o protocolo, tem que se
preparar, porque não é tão simples como citar o
Seu nome. Você tem que mudar para agradá-Lo,
tem que buscar a Sua face todos os dias, pagar o
preço para viver e trazer o melhor do seu corpo,
alma e espírito para a Sua presença. Não seja um
daqueles que caminham pelos pátios de tantas
igrejas sem conhecer Jesus; nem tão pouco um dos
que entram no lugar sagrado apenas para pedir
suas bênçãos, sem oferecer-Lhe o seu melhor.
Conheço poucos que vão ao Santíssimo lugar e
desfrutam de um momento de intimidade, de um
momento com o Rei, e que se atrevem a dizer 'Meu
Rei'. São estes que verão descer do alto a Nova
Jerusalém.
“E vi um novo céu, e uma nova terra. Porque
já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o
mar já não existe.
E eu, João, vi a santa cidade, a nova
Jerusalém, que de Deus descia do céu, adereçada
como uma esposa ataviada para o seu marido.
E ouvi uma grande voz do céu, que dizia: Eis
aqui o tabernáculo de Deus com os homens, pois
com eles habitará, e eles serão o seu povo, e o
mesmo Deus estará com eles, e será o seu Deus.
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E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima;
e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor,
nem dor; porque já as primeiras coisas são
passadas.
E o que estava assentado sobre o trono disse:
Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me:
Escreve; porque estas palavras são verdadeiras e
fiéis.
E disse-me mais: Está cumprido. Eu sou o Alfa
e o Ômega, o princípio e o fim. A quem quer que tiver
sede, de graça lhe darei da fonte da água da vida.”
(Apocalipse 21:1-6)
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