Você está na página 1de 39

PIAUP VII

PROJETO EXECUTIVO
CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO
PROF.ª: GRACE QUEIROZ
ETAPA 1 - ANTEPROJETO
O QUE DEVE CONTER:

I - Mapas - Diagnóstico.
II - Memorial Justificativo: Conceito, Partido e decisões de projeto explicadas.
III - Anteprojeto:
▪ Planta Baixa dos Pavtos com layout (planta técnica com todos os elementos correspondentes e representação da
calçada cidadã no 1º pavto);
▪ Quadro de esquadrias e Índices urbanísticos;
▪ Planta de Cobertura;
▪ Planta de Implantação (terreno em relação ao entrono);
▪ Planta Situação (edificação em relação ao terreno);
▪ Planta Paisagismo;
▪ Cortes (transversal e longitudinal – passando por banheiro e escada);
▪ Fachadas (frontal e laterais, especificando os revestimentos).
MAPA 01 – SÍNTESE URBANA (PARTE GRÁFICA):

▪ Mostrar o terreno e seu entorno;


▪ Quais são as principais edificações no entorno (hospitais, escolas,
etc.);
▪ Como são as edificações no entorno (uso e gabarito).
▪ Quais são os principais acessos;
▪ Quais são os tipos de vias (hierarquia de via) e seus fluxos, pontos
de ônibus;
▪ Ruídos, possíveis problemas e interferências.
▪ Ventos predominantes.
▪ Trajetória solar.
▪ Residencial
▪ Comercial;
▪ Misto;
▪ Serviço;
▪ Institucional (igreja, escola, posto de saúde, etc.);
▪ Áreas livres de lazer.

Mapa de Uso do Solo


▪ Via Local;
▪ Via Coletora;
▪ Via Arterial;
▪ Linha de ônibus;
▪ Semáforos;
▪ Faixa de Pedestre.

Hierarquia Viária
▪ Trajetória solar
▪ Ventos predominantes;
▪ Vegetação e massas de água;
▪ Outras condicionantes que possuem
impacto sobre o Terreno;
▪ Ruído.

PODE SER APRESENTADO JUNTO COM O


MAPA DE HIERARQUIA VIÁRIA
Mapa Condicionantes Ambientais
MEMORIAL JUSTIFICATIVO
CONCEITO:
▪ Aplicado na Arquitetura e Urbanismo, é a sua ideia para o projeto, a sua intenção, é a sensação que
você quer passar com a sua obra.

▪ Ele é algo abstrato, e orienta as práticas que devem ser tomadas por um arquiteto na hora de projetar.

PARTIDO:
▪ São as técnicas que aplicará no projeto para alcançar os objetivos do conceito proposto, ou seja, são suas
decisões de projeto, a forma que ele terá.

▪ O partido não é tão abstrato quanto o conceito.

▪ É um conjunto de diretrizes e parâmetros que são levados em conta na realização de um projeto


arquitetônico e urbanístico.
ANTEPROJETO
Planta Baixa
▪ 1ª pavto inserido no terreno, mostrando todos os afastamentos e calçada cidadã;
▪ 2º pavto e Pl. Cobertura não é necessário a representação do terreno e da calçada;
▪ Norte;
▪ Indicar projeção de elementos superiores (beirais, jardineiras, pavto superior, etc);
▪ Cotas de níveis;
▪ Nomear os ambientes com suas respectivas áreas;
▪ Escada com degraus numerados e sentido de subida/descida;
▪ Indicação de cortes e fachadas;
▪ Elementos estruturais (pilares e vigas);
▪ Representar acessos;
▪ Layout de todos os ambientes;
▪ Cotas.
ANTEPROJETO Área Terreno 0,00 m²
Área Construída 1º pavto 0,00 m²
Quadros
Área Construída 2º pavto 0,00 m²
▪ Quadro de esquadrias (janelas, básculas, portas, vidros fixos,
portões) Área Total Construída 0,00 m²
▪ Quadro com Áreas e Índices Urbanísticos.
Área Computável 1º pavto 0,00 m²
Área Computável 2º pavto 0,00 m²
Verificar no PDM do município, onde o terreno está localizado, quais
são as áreas não computáveis. Área Total Computável 0,00 m²
Área permeável 0,00 m²
CA 0,00 m²
TO 0,00 m²
TP 0,00 m²
Planta Cobertura

▪ Tipo de cobertura ou telha (cerâmica,


fibrocimento, termoacústica, etc.);
▪ Inclinação correspondente ao tipo de telha (ver
catálogo do fabricante);
▪ Indicar beiral, platibanda, rufos, marquises e calhas
(caso existam)
▪ Indicar a projeção da casa sob o telhado (caso
exista beiral);
▪ Determinar as cotas parciais e totais da cobertura;
▪ Indicar caixa d’água
Planta Cobertura
Planta Cobertura

PONTALETES
Planta Implantação
REPRESENTA DA CONSTRUÇÃO EM RELAÇÃO
AO TERRENO

▪ Dê preferência em inserir a implantação no levantamento


topográfico.
▪ Indicar a posição da construção dentro do terreno, com todos
os recuos cotados.
▪ Cotar todo o perímetro da edificação.
▪ Cotas do terreno.
▪ Indicação do Norte.
▪ Cotas de níveis.
▪ Não precisa representar a calçada cidadã, a escala é pequena
para a representação.

Análise pelo Projeto Legal simplificado, não é exigido a


Planta de Implantação, somente a Planta de situação.

Análise pelo Anteprojeto, é exigido ambas.


Movimentação de terra
Planta Situação
REPRESENTA O TERRENO EM RELAÇÃO
AO ENTORNO

▪ Representar o terreno com cotas, área, quadra e


lote;
▪ Representar o entorno com identificação e cotas
das ruas e calçadas;
▪ A planta deve mostrar até a esquina mais próxima;
▪ Destacar do terreno com hachura;
▪ Norte (sempre para cima);
▪ Indicar os elementos na calçada (postes e árvores),
quando houver.
Planta de Paisagismo Na planta de paisagismo, você deve incluir a paginação de piso
externa (especificada) e o catálogo das vegetações propostas.
Planta de Paisagismo

Piso drenante, também conhecido como piso permeável, é um tipo de piso poroso. Ele
deixa a água escoar facilmente pelo piso e chegar até o solo.
É um tipo de revestimento poroso constituído por camadas de material e espaços vazios,
alternadamente, de modo a permitir um melhor escoamento da água

▪ Concregrama: esse tipo de piso drenante é vazado e os espaços livres podem ser
preenchidos com grama.

▪ Intertravado permeável: não é vazado como o concregrama, mas também pode


receber grama entre as peças (que são encaixadas umas sobre as outras. Apresenta
diversas cores e formatos.

▪ Piso fulget: é feito à base cimento e pedras moídas. Apresenta alta resistência ao
atrito, podendo ser em placas ou monolítico. Atérmico, pode ser usado em áreas de
piscina e áreas externas onde o sol atinge por horas.
Planta de Paisagismo
Corte
▪ Nos cortes devem ser mostrados todos os elementos fixos, como bancadas, escadas,
jardineiras, etc.

▪ No Anteprojeto (projeto técnico), não é representado em corte o mobiliário solto (camas,


poltronas, cadeiras, mesas, etc,).

▪ Especificar telhado, rebaixo, peitoril, etc.

▪ Diferenciar com espessuras de traço, o que está em corte e o que está em vista.

▪ Cota de nível, nome dos ambientes.

▪ Cotas das alturas (verticais)


Corte
Fachada

▪ Diferenciar os diferentes planos com espessuras de traço variáveis;


▪ As fachadas não são cotadas;
▪ Representar o desenho proposto para esquadria;
▪ Diferenciar vazios (vãos, esquadrias, etc.) de cheios (paredes) com hachuras;
▪ Representar vegetação (caso apareça na fachada);
▪ Representar corretamente a cobertura, ressaltando a textura resultante do tipo de
material escolhido;

▪ Colorir e/ou Ressaltar planos com sombras ou outro artifício.

▪ Identificar os acabamentos com texto.


Fachada
Especificação de materiais
Uma arquitetura sustentável, começa com um projeto bem especificado e detalhado, para que a obra seja a
materialização do projeto elaborado e a edificação, depois da obra pronta, seja durável e tenha o menor impacto
ambiental possível (durante o uso do edifício).
Especificação de materiais
Especificar corretamente os materiais é crucial em qualquer projeto arquitetônico, influenciando significativamente na
aparência, no custo da obra, em futuras manutenções, no desempenho e na durabilidade do edifício.

Precisa analisar como os espaços serão utilizados, a forma que atuarão os agentes externos (intempéries etc.), o local, a
mão de obra e a manutenção da edificação.

Exemplos:
Usar estrutura de aço para regiões do interior do país, onde o custo do transporte é alto e não existe mão de obra
especializada.

Fachada toda envidraçada em um país tropical, gerando gasto de energia na utilização do edifício (desempenho).

A madeira exposta, principalmente em locais de grande variação de humidade, pode requerer manutenções contínuas,
como tratamento de superfície e pintura. Também não deve ficar em contato direto com o solo (sapata ou bloco
impermeabilizado).
Especificação de materiais
A escolha somente pelo critério da “beleza e gosto”, poderá ser considerada inválida se o contexto para a aplicação
do mesmo não for adequado. Alguns materiais são ótimos para o interior, mas não funcionam bem em áreas
externa.

Exemplos:
Ardósia como piso de área de piscina, não é adequado pois esquenta muito.

Bancadas de cozinha em mármore. O mármore é uma pedra natural que requer uma série de cuidados, que, ao
longo do tempo, podem gerar transtornos e até certo arrependimento na escolha por gerar gastos desnecessários
com a reposição, mesmo em um curto período de tempo.

Porosidade: pedra com grande capacidade de absorção de água, além disso, o mármore na bancada da cozinha
absorve gordura, o que também interfere na durabilidade da peça, além de apresentar manchas que são difíceis de
remover.
Desgaste: ao entrar em contato com facas, panelas, potes pesados, por exemplo, podem causar manchas, arranhões
e até trincas indesejadas.
Especificação de materiais
OBSERVAR OS MANUAIS E CATÁLOGOS TÉCNICOS.

Cada local e uso tem especificidades que devem ser consideradas na hora de escolher um material, não
devemos considerar somente a estética do produto, mas também suas características técnicas.

Uma garagem precisa de um piso de alta resistência (PEI 4 ) e não pode receber o mesmo piso que um
banheiro!

Resistencia a Abrasão
PEI indica o nível de e vai de 1 a 5, sendo 1 o de
menor resistência e 5 o de maior resistência
Especificação de materiais
OBSERVAR OS MANUAIS E CATÁLOGOS TÉCNICOS.

Absorção de água
IA – Absorção entre 0% e 0,5% – Porcelanato Quanto maior a umidade que estará presente no
IB – Absorção entre 0,5% e 3,0% – Grés ambiente (banheiros, piscinas etc.), menor deverá ser
IIA – Absorção entre 3,0% e 6,0% – Semigrés o índice de absorção de água. Já em ambientes
IIB – Absorção entre 6,0% a 10% – Semiporoso internos sem exposição à umidade e com pouco
III – Absorção maior que 10% – Poroso, azulejo e tráfego, os produtos com alta absorção de água
azulejo fino. podem ser usados
Especificação de materiais
OBSERVAR OS MANUAIS E CATÁLOGOS TÉCNICOS.

Cuidado com pisos polidos!!!!!

Principalmente me áreas molhadas, onde ficam mais


escorregadios, podendo causar quedas.

Outra desvantagem é que refletem muita luz, podendo


incomodar principalmente em ambientes de trabalho.

O arquiteto é formador de opinião e pode mudar a ideia do


cliente, que entende polido como sofisticação!
Especificação de materiais
Durabilidade do material é imprescindível em qualquer padrão (alto, médio ou baixo)

Quanto mais durável for o material empregado, menor


será a necessidade de substituição e maior será a vida ABNT NBR 15575-1:2013 – Norma de Desempenho
útil dessa construção, diminuindo o impacto ambiental.

Vários fornecedores, divulgam em seus sites tabelas


técnicas que poderão auxiliar a escolha de
determinados materiais e componentes.

As envoltórias (fachadas), estão em um ambiente de


exposição muito maior do que alguns elementos
internos, por isso devem receber materiais duráveis e
de fácil manutenção.

A troca de um revestimento de fachada é cara e muitas


vezes complicada.
Especificação de materiais
Atentar aos padrões econômicos dos clientes

▪ Nem toda boa arquitetura precisa ser de Alto Padrão.


▪ Uma arquitetura simples e minimalista pode ser de grande qualidade estética,
funcional e sustentável.
▪ Muita criatividade e conhecimento de materiais são indispensáveis!!
Casa D. Dalva – Terra e Tuma Arquitetos – prêmio internacional Building of the Year 2016.
Especificação de materiais
Uma casa popular não tem as mesmas dimensões e nem os mesmos materiais de acabamento de uma casa de alto
padrão. Mesmo assim, pode ser um lugar acolhedor, humanizado e com possibilidades de criar uma relação afetiva
com a moradia.

Alvenaria estrutural com blocos de concreto aparente foi o sistema construtivo escolhido.
Especificação de materiais
Especificar os materiais de acordo com a tipologia do projeto

A tipologia da construção deve ser observada na hora de especificar os materiais.

Por exemplo: dentro de um hospital, temos diferentes áreas de atividades e algumas precisam de atenção
redobrada para justamente evitar a contaminação de doenças. Em cada área dessa é preciso instalar um piso
apropriado, que seja de fácil limpeza e higienização.

Segundo a ANVISA, em áreas críticas e semicríticas, os pisos devem ser resistentes, impermeáveis,
antibacterianos, higiênicos e fáceis de limpar, com impermeabilidade menor ou igual a 4%. Devem ser
priorizados materiais de acabamento que tornem as superfícies monolíticas, com o menor número possível de
ranhuras ou frestas.

Outras tipologias como escolas, shoppings, posto de combustíveis, etc. tem suas exigências quanto ao tipo de
revestimentos / materiais de acabamentos.

Sempre atentar para as legislações pertinentes a cada tipologia.


Especificação de materiais
Trabalhar com interiores ambientalmente sustentáveis

Dê sempre preferência na escolha de materiais e mão-de-obra locais. O transporte de longas distâncias


resulta em um grande gasto de carbono.

Opte por materiais naturais. Atente para a questão do gasto energético na produção de um produto
similar ao natural de forma sintética ou artificial e também se o produto natural não vai incorrer em
exaurir um bem natural.

Invista nas fibras naturais, preferencialmente orgânicas, como o algodão, linho, bambu ou o cânhamo. Se
for escolher uma madeira, escolha uma certificada ou opte por madeira reciclada ou reutilizada.

Use de plantas, elas ajudam a filtrar produtos químicos danosos no ar, conferem maior conforto térmico
aos espaços, além de, é claro, serem uma decoração natural, simples e que traz vida à casa.
Especificação de materiais
Trabalhar com interiores ambientalmente sustentáveis

Trabalhe com eficiência energética, fazendo uso da iluminação natural durante maior parte do dia e
para a iluminação artificial prefira as lâmpadas de led. Use dimerizadores e sensores de presença.

Especifique equipamentos economizadores de água, como torneiras, descargas, etc.

Escolha tintas à base de água opte por tintas com poucos compostos orgânicos voláteis, menos
prejudiciais ao ambiente, ou por uma tinta totalmente não tóxica.

Pense na climatização com janelas para uma ventilação cruzada eficiente, além de projetos que
considerem a dinâmica climática da região, são alternativas para gerar um ambiente agradável sem o uso
de equipamentos de ar condicionado.
Especificação de materiais
Hoje em dia, existem diversas normas e certificações que
fornecem informações confiáveis sobre a origem dos
produtos, ajudando na identificação daqueles
ecologicamente corretos.

Para um bom andamento da obra, é importante conhecer


os fornecedores e os profissionais que irão executar os
serviços.

Nada de retrabalho! Isso gera resíduos, aumenta o custo


da obra, o tempo e energia.

Você também pode gostar