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História e

cultura indígena

História e cultura
indígena na sala de aula!
O que fazer e o que não fazer no
Dia dos Povos Indígenas?
Prezados/as colegas coordenadores/as,

No dia 19 de abril, iremos celebrar o Dia dos Povos Indígenas.


Então, com a intenção de refletirmos e melhorar nossa prática
pedagógica a respeito da história e cultura desses povos, estamos
enviando em anexo algumas indicações do que pode ser feito e o que
não fazer em sala de aula. Por isso, sugerimos que assim que possível
dialoguem com os/as professores/as, reflitam e trabalhem a partir do
que estamos propondo.

Na oportunidade, avisamos que com a mesma finalidade, iniciaremos


hoje nas redes sociais da SEMED uma programação composta de
pequenos textos, vídeos, indicações de livros e filmes. Sabemos que
isso não é tudo, mas é uma tentativa de instigar para a importância da
temática, da necessidade de encontros formativos e outras situações
que a contemple.

Vale lembrar, que o tema não se esgota no mês de abril e se torna cada
vez mais necessário, devido a importância dos povos originários para
a formação do Brasil e também pelo desconhecimento que ainda
temos em relação a esses povos. Nesse sentido, podemos colocar em
prática durante todo ano letivo e de preferência de forma
interdisciplinar e que contemple reflexões críticas acerca da presença
dos povos originários em todo território nacional, sua diversidade,
suas culturas e trajetória histórica.

Por favor, visitem nossas páginas, curtem, comentem e compartilhem.

Estamos à disposição para outras possibilidades.


Um abraço!
Os povos indígenas do Brasil têm trajetórias, organização,
língua e práticas culturais distintas. Essa pluralidade é
expressão da vitalidade da cultura indígena. Admitir isso é
fundamental para o reconhecimento dos indígenas
enquanto agentes históricos.

Porém, olhando atentamente para o lugar ocupado pela


cultura indígena em nossos currículos escolares, veremos
que a maioria de nós, sem perceber, reproduz os
preconceitos do senso comum.

Por ocasião do dia 19 de abril, é comum encontrar nas


escolas comemorações com fantasias, crianças pintadas,
música e atividades culturais. No entanto, especialistas
questionam a maneira como algumas dessas práticas são
conduzidas e afirmam que, além de reproduzir antigos
preconceitos e estereótipos, não geram aprendizagem
alguma.

O indígena trabalhado em sala de aula hoje é, muitas vezes,


aquele indígena de 1500 e parece que ele só se mantém
índio se permanecer daquele modo. É preciso mostrar que
os povos indígenas são contemporâneos, têm direitos e
merecem respeito. Por esse motivo, apresentamos algumas
sugestões de como abordar a História e cultura indígena,
apontando para o que fazer e o que não fazer.
Não use o dia 19 de abril para
mitificar a figura do indígena, com
atividades que incluam vestir as
crianças com cocares ou pintá-las.

Faça uma discussão sobre a cultura


indígena usando fotos, vídeos, música e
a vasta literatura de contos indígenas.
“Ser índio não é estar nu ou pintado,
não é algo que se veste. A cultura
indígena faz parte da essência da
pessoa. Não se deixa de ser índio por
viver na sociedade contemporânea”,
explica a antropóloga Majoí Gongora,
do Instituto Socioambiental.
Não reproduza preconceitos em sala de
aula, mostrando o indígena como um
ser à parte da sociedade ocidental, que
anda nu pela mata e vive da caça de
animais selvagens.

Mostre aos alunos que os povos


indígenas não vivem mais como
em 1500. Hoje, muitos têm acesso
à tecnologia, à universidade e a
tudo o que a cidade proporciona.
Nem por isso deixam de ser
indígenas e de preservar a cultura
e os costumes.
Não represente o indígena com
uma gravura de livro, ou um
tupinambá do século 14.

Sempre recorra a exemplos reais e explique


qual é a etnia, a língua falada, o local e os
costumes. Explique que o Brasil tem cerca de
230 povos indígenas, que falam cerca de 180
línguas. Cada etnia tem sua identidade,
rituais, modo de vestir e de se organizar. Não
se prenda a uma etnia. Fale, por exemplo, dos
Ashinkas, que têm ligação com o império
Inca; dos povos não-contatados, dos
Pankararu, que vivem na Zona Sul de São
Paulo ou ainda sobre os povos Pankaru,
Fulni-ô ou Capinauá presentes no município
de Serra do Ramalho.
Não faça do 19 de abril o
único dia do índio na escola.

A Lei 11.645/08 inclui a cultura


indígena no currículo escolar
brasileiro. Por que não incluir no
planejamento de História, de Língua
Portuguesa e de Geografia discussões
e atividades sobre a cultura indígena,
ao longo do ano todo? Procure
material de referência e elabore aulas
que proponham uma discussão sobre
cultura indígena ou sobre elementos
que a emprestou à nossa vida, seja na
língua, na alimentação, na arte ou na
medicina.
Não tente reproduzir as casas e
aldeias de maneira simplificada,
com maquetes de ocas.

“Oca” é uma palavra tupi,


que não se aplica a outros
povos. O formato de cada
habitação varia de acordo
com a etnia e diz respeito ao
seu modo de organização
social. Prefira mostrar fotos
ou vídeos.
Não utilize a figura do índio só para
discussões sobre como o homem
branco influencia suas vidas.

Debata sobre o que podemos


aprender com esses povos. Em
relação à sustentabilidade, por
exemplo, como poderíamos
aprender a nos sentir parte da
terra e a cuidar melhor dela, tal
como fazem e valorizam as
sociedades indígenas?
fonte
Consultoria:
– Maria do Socorro de Oliveira,
coordenadora de Educação Escolar
Indígena d a Sec. De Educação do
estado do Acre. E Majoí Gongora,
Antropóloga do programa de Povos
Indígenas do Brasil do Instituto
Socioambiental.
https://www.inclusive.org.br/arquivo
s/22356#:~:text=N%C3%A3o%20use%
20o%20Dia%20do,%C3%A9%20algo%
20que%20se%20veste.
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de Educação

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