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Números 6:8-8

Tradução (NVT) - Nova Versão Transformadora

Perícope
6: 8 Essa exigência é válida enquanto ele estiver consagrado ao Senhor.

Comentários Bíblicos
Beacon
Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos
evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Números Capítulo 6 do versículo 1 até o 27

D. O VOTO NAZIREU, 6:1-21


1.O Plano para o Voto (6:1-8)
O voto de nazireu (2) era uma das prescrições exclusivas de Deus para o povo. Fala
de todos que podiam fazer o voto, homens e mulheres de qualquer tribo e em
qualquer momento da vida. Ao longo do Antigo Testamento há prescrições para os
sacerdotes e levitas cumprirem antes de exercerem os serviços religiosos especiais.
Este voto prepara o terreno para a universalidade do evangelho no Novo Testamento,
que possibilita todas as pessoas que escolheram agir assim a entrarem na obra de
Deus.
A palavra nazireu é derivada do hebraico “nazir”, que significa “separar”. Mais tarde,
na história hebraica, este voto era prática bastante comum representada por pessoas
famosas como Sansão, Samuel e João Batista. O voto nazireu era extremamente
severo, mais que os votos sob os quais os sacerdotes serviam.
1. O nazireu prometia se abster de vinho e bebida forte (3). O termo geral seria
“bebidas inebriantes”. O vinagre está incluso na lista de proibições, porque os
hebreus o fabricavam de bebidas intoxicantes que tinham azedado. “Não podia
tomar suco de uvas” (NTLH; NVI) e nem comer uvas frescas ou secas
(provavelmente, em bolos de passa). O nazireu tinha de se privar de tudo o que
a videira produzisse, até da semente ou das cascas (4; cf. ARA) ou “uvas
verdes ou gavinhas” (Smith-Goodspeed).
2. Durante o tempo do voto, o nazireu tinha de deixar o cabelo crescer; sobre a
sua cabeça não passará navalha (5). Era como símbolo externo do seu voto a
Deus e indi-cava, na linguagem dos rituais, que ele era limpo.
3. O nazireu não devia chegar perto do corpo de um morto (6), pois tal contato o
tornaria cerimonialmente impuro. Esta determinação era tão rígida que ele não
podia ajudar no enterro de pessoas do próprio parentesco (7).
O nazireu era uma pessoa “separada” (Tt 2:14), e durante o período do voto prestava
serviços especializados a Deus. Também havia a implicação espiritual de que todos
os dias do seu nazireado ele tinha de ser santo ao SENHOR (8). O voto falava de
limpeza física pessoal, de pureza cerimonial no que tange à lei e de disciplina moral
forte. Os sinais externos davam evidência ao mundo de que o indivíduo era nazireu.
Vemos nesta relação uma previsão do propósito de Deus para todos os seus filhos,
uma escolha pessoal e voluntária no sentido de serem pessoas separadas, um povo
santo e dedicado ao serviço de Deus. Isto está claramente relacionado, em espírito e
propósito, aos votos de consagração do Novo Testamento cristão (cf. 2 Co 6.14,16-
18). Indica o desejo do coração de Deus de que todos os seus filhos sejam nazireus
em espírito.
1. A Purificação da Contaminação (6:9-12)

Caso o nazireu inadvertidamente entrasse em contato com algo morto, ficaria


cerimonialmente impuro. Para esta condição, Deus forneceu meios de limpeza. O
indivíduo tinha de rapar a cabeça (9) e levar a oferta de duas rolas ou dois pombinhos
(10) para o sacerdote fazer expiação por ele. Deus não faz exigências sem prover
meios de cumprimento e uma expiação, quando necessária (1 Jo 2:1-2). A cabeça do
seu nazireado (9) é figura de linguagem para se referir a “sua pessoa” (Moffatt).
1. A Conclusão do Voto (6:13-21)

O voto nazireu durava um período específico de tempo, como indica a expressão os


dias do seu nazireado (13). Provavelmente, não era menos de um ano e poderia ser
para toda a vida. Quando o período expirasse, o nazireu tinha de comparecer diante
do sacerdote com um cordeiro para o holocausto (oferta da consagração); uma
cordeira para a expiação da culpa (“oferta pelo pecado”, ARA; a expiação pelos
pecados cometidos durante o período dos votos vinha, na verdade, antes do
holocausto); um carneiro para a oferta pacífica (14; “oferta de paz”, NTLH); e um
cesto de bolos asmos e coscorões asmos, junto com uma oferta de manjares e suas
libações (15; para a oferta de louvores).
Esta era a série completa de todas as ofertas que Deus exigira (Lv 1:4). Mediante
cerimônias apropriadas, o sacerdote desobrigaria o indivíduo do voto, que, então,
estaria livre para seguir um curso habitual da vida. A cabeça raspada era o sinal de
que ele cumprira o voto e não era mais nazireu.
E. A BÊNÇÃO SACERDOTAL, 6:22-27
1. Seu Lugar
Neste ponto do registro, sem referência particular ao contexto, encontramos inseridas
as palavras aprazíveis da bênção conhecida por “Bênção Sacerdotal”. Esta era a
fórmula que os sacerdotes tinham de usar para abençoar um povo consagrado e
santificado (Dt 21:5). Esforços em determinar a origem desta bênção, datando-a em
período muito posterior, não se mostraram convincentes. E não há razões aceitáveis
para acreditar que estas palavras rituais não foram usadas anteriormente (cf. Lv 9:22),
ou que não foram formalizadas neste momento da história hebraica. Em todo caso, a
Bênção Sacerdotal foi extensivamente utilizada na adoração judaica ao longo dos
séculos e, pelo menos em parte, foi empregada nos círculos cristãos.
1. Seu Valor

Pelo visto, nesta fase da história de Israel, os sacerdotes receberam autoridade para
usar o nome divino. Eles abençoavam de maneira semelhante ao que o pai oriental
fazia, quando abençoava seus filhos no nome de Deus. O grande valor do texto é a
maneira na qual exalta o caráter de Deus diante do povo. A bênção consiste em três
sentenças que tomam os versículos 24:26. Cada versículo é uma parelha de versos
com a segunda porção apresentando a aplicação da graça sugerida na primeira.
1. Seu Texto
2. O SENHOR te abençoe e te guarde (24). “A bênção de Deus é a bondade de
Deus em ação”, disse João Calvino. Esta bênção é a garantia da proteção de
Deus e de sua mão estendida sobre as pessoas que lhe pertencem. A bênção não
abrangia apenas os aspectos físicos da vida (SL 91), mas também dizia respeito
às questões espirituais mais profundas (Jo 17:9-15; 1 Ts 5.23).
3. O SENHOR faça resplandecer o seu rosto sobre ti e tenha misericórdia de ti
(25). O rosto de Deus é sua presença voltada em direção ao homem ou
desviada dele. Os israelitas sempre foram incansavelmente lembrados do favor
de Deus pela representação do rosto divino voltado em direção a eles e pela
presença e glória celestiais em seu meio. Quando o rosto de Deus está voltado
favoravelmente para o homem, há perdão; a graça de Deus é estendida para
satisfazer a necessidade humana (Sl 21:6-34.15).
4. O SENHOR sobre ti levante o seu rosto e te dê a paz (26). Este é o ser total de
Deus que se põe em ação pela salvação do seu povo. O resultado é paz; o tipo
de paz que vem, não pela disciplina da mente humana, mas pela presença do
Espírito Santo de paz (Jo 14:26-27). “É mais que mera ausência de discórdia,
pois expressa o bem-estar e segurança positivos daquele cuja mente está fixa
em Deus.”
Assim, porão o meu nome sobre os filhos de Israel, e eu os abençoarei (27). O nome
do Deus de Israel significa mais que meras letras formando a palavra. Seu nome faz
parte do seu ser e não pode ser desassociado de sua natureza (Êx 3:13-14) nem do seu
concerto (Êx 6:3). Por conseguinte, pôr o nome do Deus do concerto sobre o povo
tinha verdadeiro significado. Não podia ser feito sem autoridade divina. Este fato
decla-ra verdade sublime; quando os israelitas aceitaram o nome de Deus como seu,
estavam reconhecendo a paternidade divina e a qualidade de filhos. Estavam tomando
para si a natureza e o sobrenome divinos. Isto possibilitava a bênção de Deus sobre
eles e a bênção deles sobre o mundo. “Idéia semelhante é expressa pelo pensamento
do Novo Testamen-to de a igreja ser o corpo de Cristo.” Nos versículos22:26, vemos
“A Bênção de Deus”.

1) A consagração de uma vida separada traz a bênção da proteção de Deus, 24;

2) O favor de Deus é mostrado na sua graça, 25;

3) A comunhão com Deus é experimentada na paz, 26 (G. B. Williamson).

Genebra
Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para
versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Números Capítulo 6 do versículo 1 até o 27
*
6.1-21
O voto de nazireu era um tipo especial de dedicação voluntária. Uma pessoa podia
tomar um voto especial de separação por um período limitado de tempo, durante o
qual não poderia comer ou beber qualquer coisa derivada de videira, e nem deveria
aparar seus cabelos ou sua barba. A uva era uma fonte de prazer físico, e abster-se da
mesma representava uma vida dedicada a Deus. Permitir que os cabelos crescessem
significava abstenção de qualquer adorno humano.
Durante o período em que o voto estivesse valendo, o nazireu devia ter o cuidado de
não tornar-se cerimonialmente imundo, por qualquer razão que fosse (v. 7). Se
alguém morresse subitamente na presença daquele que tinha assumido o voto de
nazireu, seria necessário fazer certas ofertas prescritas (vs. 9-12), como rapar a
própria cabeça, e reiniciar o período de separação novamente (v. 12). Uma cerimônia
especial é descrita, para terminar o período de separação (vs. 13-21).
* 6.24-26
Essa tríplice bênção divina era proferida pelo sacerdote com mãos erguidas (Lv 9:22).
Ela começa como uma bênção geral (v. 24) para uma invocação do favor e da
presença de Deus (v. 25), e, finalmente, chega a mencionar, de forma culminante, a
paz que vem somente da graciosa presença de Deus (v. 26). Pronunciar essa bênção
colocava o nome da aliança do SENHOR (Yahweh) sobre o povo (v. 27).
* 6:25
o SENHOR faça resplandecer o rosto sobre ti. Temos aqui uma vívida figura de Deus
a contemplar favoravelmente os seus adoradores. Quanto mais íntimo for o acesso do
indivíduo à face de Deus, maior a sua bem-aventurança.

Matthew Henry
Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista
bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Números Capítulo 6 do versículo 1 até o 27
6:1, 2. Nos dias do Moisés, um voto pessoal era tão obrigatório como um contrato
por escrito. Uma coisa era dizer que ia fazer algo, mas se considerava com muita
maior seriedade quando um fazia um voto solene para fazê-lo. Deus instituiu o voto
de nazareo para os que queriam dedicar algum tempo exclusivamente para servi-lo.
Este voto podia ser por um período curto de trinta dias, ou um tão largo como toda
uma vida. Era voluntário, com uma exceção: os pais podiam tomar o voto para seus
filhos jovens, fazendo-os nazareos de por vida. O voto incluía três restrições: (1)
devia abster do vinho e as bebidas fermentadas, (2) seu cabelo não podia ser
recortado nem a barba barbeada e (3) estava-lhe proibido tocar um cadáver. O
propósito do nazareato era levantar um grupo de líderes dedicados completamente a
Deus. Sansón, Samuel e João o Batista, foram provavelmente nazareos de por vida.
6.24-26 Uma bênção era uma forma de pedir que o favor divino de Deus descansasse
em outros. A bênção antiga nestes versículos nos ajuda a compreender o que se
supunha que uma bênção tinha que fazer. Suas cinco partes transmitiam o desejo de
que Deus (1) benzera-o e o guardasse (favor e amparo), (2) fizesse que seu rosto
resplandecesse sobre eles (seja agradado), (3) seja misericordioso (piedoso e
compassivo), (4) voltasse seu rosto para eles (desse-lhes sua aprovação), (5) desse-
lhes paz. Quando você pede a Deus que o benza a você ou a outros, está-lhe pedindo
estas cinco coisas. A bênção que você oferece não só ajudará ao que a recebe; além
disso lhe demonstrará amor, respirará a outros e proporcionará um modelo de
interesse naqueles que observam.

Wesley
Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Números Capítulo 6 do versículo 1 até o 27
D. o nazireu VOTO (6: 1-21)
1 E o Senhor disse a Moisés, dizendo: 2 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando
um homem ou mulher, fizer um voto especial, o voto de nazireu, para se separar ao
SENHOR, 3 , ele deve separar-se de vinho e de bebida forte; não beberá vinagre de
vinho, nem vinagre de bebida forte, nem beberá todo o suco de uvas, nem comerá
uvas frescas ou secas. 4 Todos os dias do seu nazireado não comerá nada que é feito
da uva-videira, desde os caroços até as cascas.
5 Todos os dias do seu voto de nazireado, navalha não passará sobre a sua cabeça: até
que se cumpram os dias, em que se separar para o Senhor, ele será santo; ele deve
deixar as mechas de cabelo da sua cabeça crescer muito.
6 . Por todos os dias que se separar para o Senhor que ele não se chegarão a um corpo
morto 7 Ele não se contaminará nem por seu pai, nem por sua mãe, por seu irmão, ou
por sua irmã, quando morrem; porque a sua separação para Deus está sobre a sua
cabeça. 8 Todos os dias da sua separação, ele é santo ao Senhor.
9 E se alguém morrer subitamente junto dele, e ele contamina o chefe da sua
separação; rapará a sua cabeça no dia da sua purificação, ao sétimo dia a rapará. 10 E
no oitavo dia trará duas rolas ou dois pombinhos, ao sacerdote, à porta da tenda de
reunião: 11 eo sacerdote oferecerá um como oferta pelo pecado, eo outro para o
holocausto, e fará expiação por ele, do que pecou por causa dos mortos, e santificará
a sua cabeça naquele mesmo dia . 12 E ele separará ao Senhor os dias da sua
separação, e trará um cordeiro de um ano de idade, para oferta pela culpa; mas os dias
antecedentes serão perdidos, porquanto o seu nazireado foi contaminado.
13 E esta é a lei do nazireu, quando os dias da sua separação são cumpridas: ele será
trazido à porta da tenda da reunião: 14 e oferecerá a sua oferta ao Senhor, um
cordeiro de um ano, sem defeito, como holocausto, e uma cordeira de um ano, sem
defeito, como oferta pelo pecado, e um carneiro sem defeito como oferta de paz, 15 e
um cesto de pães ázimos, bolos de flor de farinha misturada com azeite, e coscorões
ázimos untados com azeite, e sua oferta de cereais, e as suas ofertas de bebida. 16 E o
sacerdote os apresentará perante o Senhor, e oferecerá a oferta pelo pecado, e seu
holocausto: 17 e se oferecerá o carneiro um sacrifício de oferta pacífica ao Senhor,
com o cesto de pães ázimos, o sacerdote oferecerá também o mesmo, e a oferta de
libação oferta de cereais. 18 E o nazireu rapará a cabeça de sua separação na porta do
tenda da congregação, e tomará o cabelo da cabeça de sua separação, e colocá-la
sobre o fogo que está debaixo do sacrifício das ofertas pacíficas. 19 E o sacerdote
tomará a espádua cozida do carneiro, e um pão ázimo do cesto, e um wafer ázimo, e
os porá nas mãos do nazireu, depois de haver rapado a cabeça de sua separação; 20 eo
sacerdote moverá por oferta movida perante o Senhor; Isto é santo para o sacerdote,
juntamente com a onda de mama e heave da coxa; e depois o nazireu poderá beber
vinho.
21 Esta é a lei do nazireu que voweth, e da sua oferta ao Senhor pelo seu nazireado,
além do que ele é capaz de obter: de acordo com o seu voto, que fizer, assim fará
conforme a lei de sua separação.
O voto de um Nazireu foi associado com uma dedicação devoto para um serviço
especial, limitada ou para a vida. O Nazireu comprometeu-se a uma disciplina
rigorosa e rigorosas, incluindo total abstinência de bebidas alcoólicas (v.Nu 6:3). Ele
não era de fazer a barba a si mesmo (v. Nu 6:5), nem era para tocar os mortos (vv.Nu
6:6-7).
Durante o período do voto a pessoa era esperado para deixar seu cabelo crescer e, ao
final do período de separação, ele ofereceu de cabeça raspada ao Senhor como um
sacrifício, queimando-o.
É de notar que, no caso de Sansão (131:16-1'>Jz. 13-16) foi diferente, já que ele não
assumir o próprio voto, mas a obrigação foi colocado em cima dele antes do
nascimento pelo comando que era para ser um Nazireu toda a sua vida
(Jz13:5,Jz13:13).
E. Sacerdotal BÊNÇÃO (6: 22-27)
22 E o Senhor disse a Moisés, dizendo: 23 Fala a Arão, ea seus filhos, dizendo: Nesta
ye abençoareis os filhos de Israel: haveis de dizer-lhes:
24 O Senhor te abençoe e te guarde;
25 O Senhor faça resplandecer o seu rosto sobre ti, e tenha misericórdia de ti;
26 Jeová levante o seu rosto sobre ti, e te dê a paz.
27 Assim porão o meu nome sobre os filhos de Israel; e eu os abençoarei.
A gramática desta passagem tem sido contestada por alguns estudiosos críticos como
tem a inclusão desta bênção neste contexto. Um crítico disse:
Não poderia haver melhor ilustração do personagem promíscuo deste documento que
a ocorrência desta bela bênção no meio dos detalhes mecânicos do votos e ofertas.
Parece, no entanto, que esta bênção sacerdotal é mais adequado e agradável para este
contexto. Era dever dos sacerdotes para fazer a bênção do Senhor sobre o povo (ver
Dt 10:8).
Esta bênção sacerdotal contém três cláusulas de duplas do aumento do comprimento
e da intensidade e em ambos o nome do Senhor é usado (vv.Nu 6:24-26). Este é um
pouco semelhante ao que culminou Hallelujah Chorus de Sl 150:1 uma afinidade é
visto aqui para a bênção cristã tríplice (.2Co13:14; veja também Sl 4:6; Sl 31:16; Sl
67:1; Sl 80:3, Sl 80:19 ). As palavras fazer resplandecer o seu rosto sobre ti (v. Nu
6:25) são uma expressão hebraica comum para designar a felicidade (ver Pv 16:15).
O oposto é verdadeiro quando o rosto é escurecido (Os 2:6) é a palavra mais usada
hoje em Israel, e significa, entre outras coisas, a saúde, a boa vontade, paz de espírito,
amizade, etc.
Clarke parafraseia a bênção assim:
1 Que Deus falar a ti, te dando suas excelentes promessas! ... Que ele te preservar na
posse de todo o bem que tu tens, e de todo o mal com o que tu és ameaçada. 2 de
Maio, a Santíssima Trindade iluminar o teu coração, dando-te o verdadeiro
conhecimento de ti e do teu Criador; e que ele possa mostrar-te sua graça em perdoar
os teus pecados, e apoiar a tua alma! 3 Que Deus te dê a comunhão com o Pai, do
Filho e do Espírito, com uma sensação constante de sua aprovação; e te conceda a
prosperidade na tua alma, e em todos os teus assuntos seculares.

Russell Shedd
Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da
Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Números Capítulo 6 do versículo 1 até o 27
6.2 Nazireu. O nazireu ou nazarita não se deve confundir com o Nazareno, cidadão de
Nazaré, como era: Jesus Mt 2:23.
6:2-21 O nazireu é aquele que se separa para a obra de Deus, por voto especial, seja
penitencial ou devocional, por tempo determinado. Três eram as suas obrigações:
abster-se de bebidas alcoólicas, porque seu prazer deveria estar no Senhor; não cortar
seus cabelos, em sinal de humildade, lealdade e obediência, padecendo opróbrio pelo
Senhor; evitar o contato com os mortos, preservando-se puro e santo, porque o
Senhor é Santo. Uma vez esgotado o tempo da consagração, o nazireu se apresentava
ao sacerdote, oferecia seus sacrifícios, raspava sua cabeça, queimava seus cabelos
para não se envaidecer do seu voto e pelo fato de ter servido ao Senhor com
humildade. A figura do nazireu foi refletida na pessoa de Cristo, que sem ter sido
nazireu, foi santo, imaculado, separado dos pecadores e inteiramente devotado à
vontade de Deus, He 7:26. • N. Hom. O sexto capítulo nos ensina:
1) A consagração, que significa que cada aptidão, cada privilégio e cada possibilidade
pertence a Deus. 2)A bênção inclui: a) o beneficio e a preservação, v. 24; b) o favor
divino revelado na Sua graça, v. 25; c) a comunhão com Deus que nos dá a
experiência da paz, v. 26. “A bênção do Senhor enriquece” Pv 10:22. Veja Lc 24:50-
51; At 3:36. No NT, a bênção consta em2Co 13:132Co 13:13.
6.5 Nazireado. A palavra hebraica significa “abstinência” ou “temperança”; no v. 7,
daria significado mais exato se fosse traduzida por “consagração”. A palavra é
idêntica à palavra que significa “coroa”, que nos ensina a verdade de que o homem
que é mestre das suas paixões se compara a um coroado, com todo o poder do estado
a seu alcance.
6.6 Cadáver. Compare o velho “eu não convertido”, o “velho homem” Rm 6:6; “o
corpo desta morte” Rm 7:24. Qualquer pendor desta carne conduz à morte (Rm 8:6).
6.7 Nenhum laço de amor humano deve ter tanta força como os laços da vocação pela
qual Cristo nos chamou ao discipulado, Mt 10:37.
6.11 Este versículo aponta para Cristo, nossa Oferta e Expiação.
6:22-27 A bênção que o sacerdote tinha que dar ao povo era objetiva, gradativa e
completa, referindo-se primeiro ao cuidado pessoal que Deus tem pelo bem-estar
individual, “O Senhor te abençoe e te guarde”. Em segundo lugar, apela para maior
comunhão com Deus numa autêntica vida espiritual de perdão e santificação, v. 25.
Em terceiro lugar, concede-se uma bênção particular de bem-estar e felicidade, v. 27.
• N. Hom. A. bênção sacerdotal revela:
1) O amor de Deus para conosco, v. 24;
2) A necessidade de maior comunhão com Deus, v. 25;
3) A verdadeira felicidade da vida, v. 26.
6.26 O Senhor. Talvez o uso tríplice deste título de Deus, com o “meu nome” no
singular, v. 27, indique a Trindade.
NVI F. F. Bruce
Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da
moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Números Capítulo 6 do versículo 1 até o 27

4) O voto de nazireu (6:1-21)


a) A natureza do voto (6:1-9)
O voto de nazireu era um voto de separação e consagração para Deus. “Separação” é
a palavra-chave do capítulo, sendo repetida diversas vezes. “Nazireu” (v. 5,8,20) tem
o mesmo significado, como também “consagrar” (v. 9) e “reconsagrar” (v. 11 etc.).
Tanto um homem quanto uma mulher podiam fazer o voto de nazireu (v. 2), mas não
temos exemplos de mulheres que o fizeram no AT. Jl 2:11 e Lm 4:7 indicam que a
prática era comum, e, “com base em referências de Josefo, parece que os nazireus
eram uma característica comum do cenário da sua época” (J. D. Douglas, em NBD).
v. 2. O voto é chamado de especial (conforme Lv 27:2). Em certo sentido, todo crente
é considerado “especial” (conforme Mt 5:46,Mt 5:47), e, por isso, o voto de nazireu
pode ter uma aplicação geral. De outro ponto de vista, alguns crentes são chamados a
fazer sacrifícios especiais para a causa do Reino de Deus (conforme Mt 19:11, Mt
19:12; Rm 14:21), e para eles o voto de nazireu tem um significado especial.
Havia três exigências particulares relacionadas a esse voto. O nazireu tinha de se
abster de vinho e de outras bebidas fermentadas e qualquer coisa associada a elas (v.
3,4); o seu cabelo não podia ser cortado (v. 5) e não podia tocar em um cadáver (v.
6,7,9; conforme Jz 13:4,Jz 13:5,Jz 13:7,Jz 13:14; Jz 16:17-7; 1Sm 1:11; Lc 1:15).
(1) Bebida fermentada era uma bebida inebriante feita de qualquer outro produto a
não ser uvas; às vezes é o equivalente do vinho adicionado de álcool. A proibição não
era simplesmente contra bebidas inebriantes, mas contra tudo que fosse derivado do
vinho. Na prática, isso significava abrir mão do único luxo facilmente disponível a
todos. Além disso, Is 16:7 e Dn 3:1 sugerem que o vinho estava intimamente
associado ao culto a Baal. Não há sugestão alguma de que houvesse nisso um
propósito ascético. O nazireu continuava vivendo um estilo de vida normal durante o
período do seu voto, mas ele era um protesto vivo contra aquilo que estimulava o
pecado (conforme Gn 9:20,21; Pv 31:4,Pv 31:5; Is 28:7). Os sacerdotes eram
proibidos de tomar vinho ou bebida fermentada quando entravam no tabernáculo
(conforme Lv 10:9). Acerca da transgressão dessa proibição, conforme Jl 2:12.
(2) A explicação mais simples de uma pessoa deixar crescer o cabelo seria de que
havia feito o voto de nazireu. O fato de que se aplicava também à mulher sugere que
o cabelo era usado solto pelas mulheres que faziam o voto; conforme Jz 5:2 (BJ: “os
guerreiros soltaram a cabeleira”).
(3) A morte, ao ser associada ao pecado, gerava contaminação (conforme 5.2 e o
comentário de nephesh que é aqui usado no v. 6). O nazireu não podia se tornar
impuro por meio do contato com o seu pai ou mãe mortos (v. 7). Nesse aspecto, a lei
era igual para o nazireu e para o sumo sacerdote (conforme Lv 21:1) e mais severa do
que para um sacerdote comum (conforme Lv 21:2,3).
b) Contaminação (6:9-12). Se o nazireu se contaminar acidentalmente pelo contato
com algum morto, ele será considerado impuro por sete dias (cf. 19.11,14,16,19; Lv
14:8,9), e depois disso deverá rapar a cabeça. No dia seguinte, no oitavo dia, ele deve
trazer duas rolinhas ou dois pombinhos (v. 10), que eram a oferta de sangue mais
barata (conforme Lv 1:14; 5:7,11; 12:6,8; 14.22),ao sacerdote.Uma dessas ofertas é
umaoferta pelo pecado (v. 11). A oferta pelo pecado de Lv 4 é pelo pecado cometido
de forma não intencional (v. 2,13 22:27); repentinamente (v. 9) pressupõe que esse é
o caso aqui. A outra oferta é um holocausto (v. 11), que era totalmente dedicado a
Deus (conforme Lv1.9,13) e um prelúdio adequado para a re-consagração no mesmo
dia. v. 11. fazer propiciação por ele emLv 1 e 4, a propiciação é associada tanto ao
holocausto quanto à oferta pelo pecado. Ele também apresentava uma oferta pela
culpa ou transgressão (v. 12). O nazireu apresenta a oferta pela culpa em virtude da
demora em cumprir o seu voto. O uso do vinho no lugar da contaminação acidental
não é mencionado, visto que se pressupõe que o nazireu não iria violar esse voto de
propósito.
c) O término do voto (6:13-21)
Os votos desse capítulo eram destinados a um período determinado. Mais tarde,
homens como Sansão, Samuel e João Batista
foram nazireus por toda a vida, mas somente Sansão é identificado como tal. (Samuel
é descrito como nazireu num fragmento de Samuel recuperado na caverna 4 em
Cunrã. Conforme R. K. Harrison, Introduction to the OT, p. 625). No caso de Samuel,
foi por conta do voto da sua mãe; no caso dos outros dois, foi em virtude de uma
revelação divina. Ao final do período determinado, ele tinha de apresentar o conjunto
completo de sacrifícios levíticos, menos a oferta de reparação; conforme v. 12.
Acerca do significado desses sacrifícios, conforme comentários de Lv 1:7 e Nm
15:310 sobre a oferta de bebidas. Essa última oferta (v. 17) nos prepara para o fato de
que o agora ex-nazireu podia beber vinho novamente (v. 20). A oferta sobre o altar do
cabelo que tinha sido cortado da sua cabeça (v. 18) mostra que o voto de nazireu era
algo precioso aos olhos de Deus.
O alto custo desses sacrifícios no caso de um nazireu pobre explica por que na época
do NT judeus piedosos e generosos às vezes pagavam por eles; conforme At 21:21-
24. Alguns estudiosos pensam que At 18:18 se refere a um voto de nazireu, mas a
cabeça de Paulo não foi rapada à porta do templo e não há menção das ofertas
prescritas. A. Edersheim, no entanto, diz que ele poderia ter cortado o seu cabelo em
Cencréia e trazido com ele para Jerusalém (The Temple and its Services, p. 330). Não
parece haver dúvidas acerca de At 21:23-26, situação em que Paulo paga o custo de
quatro nazireus que estavam para cumprir os seus votos.

5) A bênção de Israel (6:22-27). A bênção está separada do restante do capítulo. Não


são os nazireus que são abençoados, mas o povo de Israel. Não é registrado aqui
quando a bênção era usada. Em Lv 9:22, se faz menção de uma bênção proferida por
Arão, mas as palavras não são relatadas. A tradição judaica afirma que ela era
pronunciada ao final dos sacrifícios diários. A sua posição é especialmente
apropriada, pois implica que a bênção de Deus estava disponível a todas as pessoas,
em vez de apenas reservada a uma classe especial como a dos nazireus.
Cp. o v. 24 com Dt 28:0. “O rosto de Deus (v. 25) é a personalidade de Deus quando
se volta para o homem” (Keil). Assim como a luz do sol traz bênçãos à humanidade
na esfera natural, o rosto de Deus traz graça e favor no âmbito espiritual (conforme
Pv.16.15). Contraste com isso a situação em que
0 salmista acha que Deus escondeu a sua face (Sl 30:7). v. 25. faça resplandecer o seu
rosto sobre ti,i.e., que o seu cuidado amoroso seja dirigido para você. v. 26. e te dê
paz: “paz” é literalmente “completude” e é o resumo de todas as bênçãos que Deus
derrama sobre o seu povo. Podemos observar aqui uma gradação que começa na
bênção em geral, passa pelo favor e é coroada finalmente com a paz. O nome Javé é
repetido em cada um dos três versículos. Cristãos primitivos viam nessa repetição um
prenúncio da Trindade, v. 27. Assim eles invocarão o meu nome sobre os israelitas: a
NEB traz: “Eles pronunciarão o meu nome sobre os israelitas”. Mas na Bíblia o nome
de Deus é identificado de tal maneira com a sua pessoa que esse pronunciamento
associava o povo com o seu Deus, declarando que o povo tinha um relacionamento de
aliança com ele. Conforme Dt 14:24; Dt 28:10; Is 63:19; Ap 3:12 e o uso do nome
divino no batismo cristão.
Moody
Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Números Capítulo 5 do versículo 1 até o 10
II. Primeira Lista Sacerdotal. 5:1 - 10:10.
Leis sobre a guarda da Páscoa foram datadas de um mês antes de Nu 1:1). Isto se
entende quando percebemos que embora fosse observada uma ordem cronológica
global, o material foi arrumado e reunido por todos. Racionalmente podemos supor
que a obra original estava contida em rolos de pergaminho ou papiro. Tivemos um
rolo com o recenseamento e agora nos voltamos para um rolo no qual estão reunidos
detalhes cerimoniais adicionais e outros detalhes hieráticos.

Moody - Comentários de Números Capítulo 6 do versículo 1 até o 21


Nu 6:1). O nazireado era um passo que qualquer israelita, homem ou mulher, podia
dar na consecução deste ideal. Tal pessoa colocava-se na condição de uma vida
consagrada a Deus e livre de contaminação. O sumo sacerdote, é claro, também era
separado e purificado (Lv 21:10, Lv 21:12). Mas esta condição de vida baseava-se no
seu oficio hereditário. D voto do nazireado era tomado geralmente de livre e
espontânea vontade. e só por um certo período de tempo. O termo neizir significa
“separar”, e neste contexto sempre significa separar para o Senhor. Aqui estão
representadas duas fases distintas desta consagração. A primeira foi introduzida em
Nu 6:3, onde o devoto é instruído a separar-se através de certa prática de auto-
renúncia. A segunda fase, prescrita em Nu 6:13-21, é chamada apropriadamente de “a
lei do nazireado”. Esta fase, a ser realizada no final do período da separação, exigia
uma elaborada série de ofertas.
Um nazireu devia se abster não só de bebidas intoxicantes, mas também de qualquer
coisa que fosse produto da videira (v. 4). Os 3:1 informa-nos que bolos de uvas-passa
eram uma característica de vida luxuosa. 1Sm 25:18, 1Sm 25:36 fala da abundância
de passas na casa de Nabal, um homem fico e sensual. No espírito de auto-negação, a
vida luxuosa devia ser desprezada por um nazireu. A consagração de um nazireu,
contudo, devia ser melhor simbolizada pelo uso do cabelo comprido (Nu 6:5). O
cabelo de Sansão era um símbolo de força e virilidade dedicadas a Deus; mas quando
o homem forte desprezou esta dedicação, perdeu o dom da graça. Embora tal força
não fosse garantida a todos os nazireus, de todos se exigia, como de Sansão, que tudo
dedicassem ao Senhor. Isto se prova pela orientação dada aos nazireus para fazerem
grandes ofertas (v. 21).
Por causa do cabelo (nezer, “coroa”) consagrado do nazireu é que ele devia evitar a
contaminação através dos mortos. Se ele se contaminasse, teria de rapar o cabelo
contaminado e recomeçar o seu voto de novo (v. 12). Assim como o cordeiro ou
cabrito da oferta tinha de ser puro, a “oferta do cabelo” também tinha de ser pura,
pois o cabelo do nazireu era uma oferta queimada diante do Senhor. O cabelo
representa a própria vida, pois só um homem vivo produz cabelo. Ele o oferecia,
portanto, em lugar do seu próprio corpo, como um sinal de que ele mesmo era um
“sacrifício vivo, santo e agradável a Deus”. Entendese porque Paulo (At 18:18; At
21:24) e Tiago, o ancião de Jerusalém (Eusébio, Ecclesiastical History ii. 23), fizeram
voto de nazireado, vendo nele o profundo significado espiritual da antiga lei do
nazireado.
A segunda fase da lei do nazireado começava no fim dos “dias do seu nazireado” (Nu
6:13). Devia fazer uma oferta pelo pecado por causa de todos os seus pecados
ignorados, depois uma oferta queimada e uma oferta pacifica simbolizando a
submissão e a adoração. No auge destas cerimônias o devoto devia ter sua cabeça
rapada, e o cabelo consagrado era colocado sobre brasas em baixo da oferta pacifica
(vs. Nu 6:18-20).

Francis Davidson
O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Números Capítulo 6 do versículo 1 até o 8
IV. O VOTO DOS NAZIREUSNu 6:1-4, 10-11). Nem o amor da família o levaria a
faltar a tal obrigação. Não é que fosse pecado tocar nos cadáveres. Em certos casos
mesmo era um sinal de respeito pois havia entre os judeus quem pensasse que tinha
feito uma coisa santa em tocar num cadáver para dar a alguém uma sepultura decente.
Foi este princípio que originou o livro apócrifo de Tobias. Mas ao nazireu exigia-se-
lhe que de livre vontade se abstivesse desta forma de impureza, mesmo que se
tratasse de membros de sua família. Enquanto separado e a Deus consagrado, devia
permanecer santo e puro para com dignidade se dedicar ao Culto do Senhor.

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