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S

SANTOS1893–1955

COM CORAGEM,
NOBREZA E
INDEPENDÊNCIA
SANTOS
A História da
Igreja de Jesus Cristo
nos Últimos Dias
PUBLICADO ANTERIORMENTE
Volume 1: O Estandarte da Verdade, 1815–1846
Volume 2: Nenhuma Mão Ímpia, 1846–1893
SANTOS
A História da
Igreja de Jesus Cristo
nos Últimos Dias

Volume 3

Com Coragem,
Nobreza e
Independência
1893–1955

Publicado por
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias
Salt Lake City, Utah
© 2022 Intellectual Reserve, Inc.

Todos os direitos reservados. Versão: 11/16


Tradução de Saints: The Story of the Church of Jesus Christ in the Latter Days, Volume 3,
Boldly, Nobly, and Independent, 1893–1955

Portuguese
PD60003137 059
Impresso no Brasil

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pode ser reproduzida, em qualquer formato ou por qualquer meio, sem permissão. Para
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Arte da capa: Greg Newbold


Design da capa e layout da parte interna: Patric Gerber

Dados da publicação na catalogação da Biblioteca do Congresso


Nomes: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, entidade emitente.
Título: Santos: A História da Igreja de Jesus Cristo nos Últimos Dias. Volume 3, Com
Coragem, Nobreza e Independência, 1893–1955
Outros títulos: A História da Igreja de Jesus Cristo nos Últimos Dias
Descrição: Salt Lake City: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 2022. |
Inclui referências bibliográficas e índice. | Sinopse: “O terceiro de uma série de quatro
volumes que relatam a história de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”
— Fornecida pela editora.
Identificadores: LCCN [número] | ISBN 9781629726496 (capa mole) | ISBN 9781629738123
(e-book)
Assuntos: LCSH: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias—História—Século 19.
| Igreja Mórmon—História—Século 19.
Classificação: LCC BX8611 (e-book) | LCC BX8611 .S235 2018 (versão impressa) | DDC
289.309-dc23
Registro LC disponível em https://lccn.loc.gov/2018010147
Impresso no Brasil.
10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
O estandarte da verdade foi erguido. A mão do ímpio
não conseguirá barrar o progresso da obra; mesmo que
sejam deflagradas violentas perseguições, que se reúnam
multidões enfurecidas, que exércitos sejam mobilizados,
mesmo que haja calúnias e difamações, a verdade de
Deus avançará com coragem, nobreza e independência,
até que tenha penetrado cada continente, visitado cada
clima, entrado em cada país e soado em cada ouvido,
até que os propósitos de Deus sejam cumpridos e o
grande Jeová diga que o trabalho está terminado.

— Joseph Smith, 1842


C OLABORAD ORES

SANTOS
A HISTÓRIA DA IGREJA DE JESUS CRISTO
NOS ÚLTIMOS DIAS

Historiador e registrador da Igreja


Diretor executivo, Departamento de História da Igreja
Élder LeGrand R. Curtis Jr.

Diretor executivo assistente,


Departamento de História da Igreja
Élder Kyle S. McKay

Diretor administrativo,
Departamento de História da Igreja
Matthew J. Grow

Diretor, Divisão de Publicações


Matthew S. McBride

Historiador administrativo
Jed Woodworth

Gerente de produto
Ben Ellis Godfrey

Gerente editorial
Nathan N. Waite
VOLUME 3
COM CORAGEM, NOBREZA E INDEPENDÊNCIA
1893–1955

Editores gerais
Scott A. Hales
Angela Hallstrom
Lisa Olsen Tait
Jed Woodworth

Escritores
Scott A. Hales
Angela Hallstrom
Melissa Leilani Larson
Dallin T. Morrow
James Perry

Editores
Kathryn Tanner Burnside
Leslie Sherman Edgington
Alison Kitchen Gainer
Petra Javadi-Evans
Catherine Reese Newton
R. Eric Smith
Nathan N. Waite
S UMÁRIO

PARTE 1: Seu alicerce é sólido,


1893–1911
1 Um dia melhor e mais brilhante 3
2 Se provarmos que estamos prontos 21
3 O caminho certo 36
4 Muitas coisas boas 52
5 Uma preparação essencial 66
6 Nosso desejo e nossa missão 82
7 Sob julgamento 100
8 A rocha da revelação 117
9 Lutar e combater 135

PARTE 2: Em meio à terra,


1911–1930
10 Dá-me forças 157
11 Pesado demais 174
12 Nesta guerra terrível 191
13 Herdeiros da salvação 206
14 Fontes de luz e esperança 224
15 Não peço recompensa maior 242
16 Escrito no céu 257
17 Preservados um para o outro 274
18 Em qualquer lugar da Terra 291
19 O evangelho do Mestre 305
PARTE 3: No calor da batalha,
1930–1945
20 Tempos difíceis 325
21 Um entendimento mais perfeito 340
22 Recompensa eterna 357
23 Tudo o que é necessário 374
24 O objetivo da Igreja 390
25 Sem tempo a perder 407
26 Todas as coisas ruins da guerra 424
27 Deus está ao leme 440
28 Nossos esforços unificados 457
29 Comigo vem morar 474
30 Tanta tristeza 492

PARTE 4: Coroados de glória,


1945–1955
31 No caminho certo 509
32 Irmãos e irmãs 524
33 A mão de nosso Pai 540
34 Vá e veja 559
35 Não há como falhar 575
36 Com atenção e em espírito de oração 596
37 Com real intenção 614
38 Mais poder, mais luz 629
39 Uma nova era 639
Notas sobre as fontes 653
Notas 655
Fontes citadas 753
Reconhecimentos 793
Índice 795
COM COR
AGEM, N
OBRE


• LONDR
LIVERPOOL •
• •FR
• MONTREAL

PARIS •
• •

•SALT LAKE CITY • LISBOA •
CIDADE DE NOVA YORK
LOS ANGELES

HONOLULU
• DACAR
• CIDADE DA GUATEMALA
•• • •
• •

SÃO PAULO • RIO DE JANEIRO



•PAPEETE
RAROTONGA •

BUENOS AIRES
EPENDÊNCIA
EZA E IND

RES
RANKFURT

ROMA •
•• TÓQUIO
••ALEPPO • ••
••
• •JERUSALÉM DELI
••



ADEM

SINGAPURA •


QUINXASA APIA
• •
FIJI
TONGA


••JOANESBURGO SYDNEY AUCKLAND
• • •
• •

CIDADE JORNADAS • WELLINGTON
DO CABO E
VIA GENS
1915 rota do navio
SS Scandinavian
1920–1921 Viagem internacional
de David O. McKay
1925 Missão Sul-Americana
1953–1954 Viagem internacional
de David O. McKay
PARTE 1

Seu alicerce é sólido


1893–1911

“Esta Igreja permanecerá, pois seu alicerce


é sólido. (…) O Senhor mostrou-nos a luz,
pelo princípio revelador do Espírito Santo.”

Lorenzo Snow, abril de 1900


18 93–1911


TRONDHEIM

LIVERPOOL •
• BERLIM Limites, 1893
LONDRES • ROTERDÃ
• • GOTINGA
EXETER •

• PARIS
• BERNA

• CARDSTON C A N A D Á

R ON
HA
• S ••
CHICAGO • PALMYRA BOSTON
•SALT LAKE CITY
WASHINGTON, D.C.

E S T A D O S U N I D O S

•COLONIA JUÁREZ
M
É

C U B A
X
I

HAVANA•
C
O
C AP ÍTULO 1

Um dia melhor e
mais brilhante

Evan Stephens e o Coro do Tabernáculo tiveram a


maior oportunidade de sua vida. Era maio de 1893 e a
Exposição Universal acabara de ser inaugurada em Chi-
cago, uma metrópole em expansão no meio-oeste dos
Estados Unidos. Nos seis meses subsequentes, milhões
de pessoas de todo o mundo viriam para a exposição.
Era um extenso espaço com quase 340 mil hectares
para explorar, cheio de parques gramados, lagoas e
canais cintilantes, e reluzentes palácios de cor marfim.
Para onde quer que os visitantes se voltassem na feira,
eles ouviam belos concertos, aspiravam novos aromas
agradáveis ou viam exposições inspiradoras dos 46 paí-
ses participantes.
Se quisesse chamar a atenção do mundo, Evan sabia
que não encontraria palco maior do que a feira mundial.1

3
Com Coragem, Nobreza e Independência

Como regente do coro, ele estava ansioso para


se apresentar no Grand International Eisteddfod, uma
prestigiosa competição de canto galês que aconteceria
na feira naquele outono. Ele e muitos membros do coro
eram galeses ou descendentes de galeses e haviam sido
criados imersos nas tradições musicais de sua terra natal.
No entanto, a competição era mais do que uma chance
de celebrar sua herança. A apresentação em Chicago
daria ao Coro do Tabernáculo — o principal conjunto
vocal de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias — a oportunidade perfeita de expor o talento de
seus integrantes e apresentar a Igreja a mais pessoas.2
Vez após vez, a desinformação sobre os santos lhes
trouxera dificuldades e conflitos com seus vizinhos.
Meio século antes, eles haviam fugido para o Vale do
Lago Salgado, longe de seus perseguidores. No entanto,
a paz foi passageira, especialmente depois que os santos
começaram a praticar abertamente o casamento plural.
Nas décadas que se seguiram, o governo dos Estados
Unidos empreendeu uma campanha implacável contra
o casamento plural, e os críticos da Igreja empregaram
todos os meios para destruir sua imagem pública e
retratar os santos como um povo rude e ignorante.
Em 1890, o presidente da Igreja Wilford Woodruff
publicou o Manifesto, uma declaração oficial concla-
mando o fim da prática do casamento plural entre os
santos. Depois disso, o governo federal diminuiu sua
oposição à Igreja. No entanto, a mudança foi lenta, e os
mal-entendidos persistiram. Agora, no final do século,

4
Um dia melhor e mais brilhante

os santos queriam mostrar ao mundo uma imagem ver-


dadeira de quem eles eram e no que acreditavam.3
Por mais ansioso que Evan estivesse para que o
coro representasse a Igreja na feira, quase teve que dei-
xar passar a oportunidade. Uma crise financeira acabara
de atingir os Estados Unidos, paralisando a economia
de Utah. Muitos membros do coro eram pobres, e Evan
não queria que eles empregassem suas rendas na via-
gem. Também temia que não estivessem prontos para
a competição. Embora tivessem cantado como anjos na
recente dedicação do Templo de Salt Lake, ainda eram
um coro de amadores. Se não estivessem à altura de
outros coros, poderiam envergonhar a Igreja.4
Na verdade, no início daquele ano, Evan e a Pri-
meira Presidência da Igreja haviam decidido que não
entrariam no concurso. Mas, então, o Eisteddfod enviou
representantes a Salt Lake City. Depois de ouvir o coro
cantar, os representantes informaram a George Q. Can-
non, primeiro conselheiro na Primeira Presidência, que
os santos poderiam vencer a competição.
Voltando-se para Evan, o presidente Cannon per-
guntou: “Você acha que nosso coro tem uma boa chance?”
“Não creio que possamos vencer o concurso”, res-
pondeu Evan, “mas podemos causar uma boa impressão”.5
Isso foi o suficiente para o presidente Cannon.
Outros santos, que também esperavam representar bem
a Igreja, já haviam partido para Chicago. Por meio de
cargos políticos representativos, as líderes da Sociedade
de Socorro e da Associação de Melhoramentos Mútuos

5
Com Coragem, Nobreza e Independência

das Jovens Damas falariam no congresso mundial de


mulheres que ocorreria na feira, a maior assembleia de
líderes femininas já realizada. B. H. Roberts, um dos sete
presidentes dos setenta, esperava falar sobre a Igreja no
Parlamento das Religiões que estava ocorrendo na feira.
A pedido da Primeira Presidência, o coro começou
a ensaiar imediatamente — e se esforçou para encontrar
uma maneira de financiar a viagem. Evan precisava fazer
o impossível e tinha menos de três meses para isso.6

Naquela primavera, a crise econômica que atrapa-


lhava o Coro do Tabernáculo também ameaçava arruinar
financeiramente a Igreja.
Seis anos antes, no auge de sua campanha antipo-
ligamia, o Congresso dos Estados Unidos havia apro-
vado a Lei Edmunds-Tucker, autorizando o confisco de
propriedades da Igreja. Com medo de que o governo
confiscasse suas doações, muitos santos pararam de
pagar o dízimo, reduzindo muito a principal fonte de
financiamento da Igreja. Para cobrir suas perdas, a Igreja
pediu dinheiro emprestado e investiu em empreendi-
mentos comerciais a fim de prover fundos suficientes
para manter a obra do Senhor em andamento. Também
fez empréstimos para cobrir o custo do trabalho de
acabamento do Templo de Salt Lake.7
Em 10 de maio de 1893, a Primeira Presidência
pediu ao apóstolo Heber J. Grant que viajasse imedia-
tamente ao leste dos Estados Unidos a fim de negociar

6
Um dia melhor e mais brilhante

novos empréstimos para aliviar os encargos financeiros


da Igreja. Em Utah, os bancos estavam falindo e os
preços agrícolas despencando. Em breve, a Igreja não
seria mais capaz de pagar seus secretários, escriturários
e outros funcionários.8 Como Heber era presidente de
um banco de Salt Lake City e tinha muitos amigos no
setor financeiro, os líderes da Igreja esperavam que ele
pudesse conseguir o dinheiro.9
Assim que Heber concordou em ir, o presidente
Cannon lhe deu uma bênção, prometendo que anjos
o ajudariam. Heber então pegou um trem para a Costa
Leste, com o peso da Igreja sobre seus ombros. Se
falhasse, a Igreja deixaria de pagar seus empréstimos e
perderia a confiança de seus credores. Se isso aconte-
cesse, ele não conseguiria fazer o empréstimo necessá-
rio para que a Igreja continuasse funcionando.10
Pouco depois de chegar à cidade de Nova York,
Heber renovou vários empréstimos e tomou mais US$
25 mil emprestados. Buscou obter outros empréstimos,
conseguindo, por fim, um adicional de US$ 50 mil. Mas
seus esforços não foram suficientes para manter a Igreja
financeiramente estável.11
Com o passar dos dias, ele se empenhou muito para
encontrar mais credores. A crise assustava a todos. Nin-
guém queria conceder empréstimos a uma instituição já
endividada.
Heber começou a perder o sono. Temia que sua
saúde se deteriorasse antes de cumprir sua missão.
“Tenho mais de um metro e oitenta de altura e estou

7
Com Coragem, Nobreza e Independência

pesando 70 quilos”, observou ele em seu diário, “por-


tanto, não há muito excedente para usar”.12

Na manhã de 19 de maio, Emmeline Wells estava


ansiosa. Às 10 horas, por meio de cargos políticos repre-
sentativos, ela e outras líderes da Sociedade de Socorro
falariam sobre sua organização no congresso mundial de
mulheres que ocorreria na Feira Mundial de Chicago.13
Ela esperava que seus discursos corrigissem este-
reótipos prejudiciais sobre as mulheres da Igreja. Como
a maioria dos 200 mil membros da Igreja morava no
Oeste americano, poucas pessoas haviam conhecido
uma mulher que fosse um santo dos últimos dias. O que
as pessoas sabiam sobre elas geralmente provinha de
livros, revistas e panfletos que divulgavam informações
falsas sobre a Igreja e caracterizavam suas mulheres
como ignorantes e oprimidas.14
Às 10 horas, os 800 assentos da sala não estavam
todos ocupados. Embora a sessão da Sociedade de
Socorro tivesse sido bem anunciada, outras sessões
importantes estavam acontecendo ao mesmo tempo,
atraindo pessoas que, de outra forma, poderiam ter
vindo ouvir as mulheres de Utah falar. Emmeline reco-
nheceu alguns rostos na plateia, muitos eram santos
que vieram dar seu apoio. No entanto, ela identificou
alguém importante na plateia que não era um santo dos
últimos dias: a repórter Etta Gilchrist.15

8
Um dia melhor e mais brilhante

Dez anos antes, Etta havia escrito um romance con-


denando o casamento plural e os santos. Mas, depois
disso, ela e Emmeline encontraram uma causa comum
na defesa dos direitos de voto das mulheres, levando
Emmeline a publicar um dos artigos de Etta sobre o
sufrágio no Woman’s Exponent, um jornal editado por
Emmeline em Utah. Uma reportagem positiva de Etta
certamente ajudaria a reputação dos santos.16
A sessão foi aberta com a apresentação do hino de
Eliza R. Snow, “Ó meu Pai”. A presidente geral da Socie-
dade de Socorro Zina Young e outras líderes fizeram dis-
cursos curtos sobre o trabalho da Sociedade de Socorro
e sobre a história da Igreja. Entre as oradoras, estavam
mulheres que tinham ido para Utah como pioneiras,
bem como algumas que nasceram no território. Quando
Emmeline falou, ela elogiou a sofisticação das escritoras
de Utah e descreveu os muitos anos de experiência da
Sociedade de Socorro no armazenamento de grãos.
“Se houver fome”, disse ela ao público, “venham
para Sião”.17
Antes do término da reunião, Emmeline chamou
Etta para a tribuna. Etta se levantou e se sentou ao lado
de Zina. Ela apertou a mão de cada uma das mulheres
de Utah, emocionada por ser tratada com bondade após
as ter menosprezado.
A reportagem de Etta sobre a reunião da Sociedade
de Socorro apareceu no jornal alguns dias depois. “Os
mórmons são aparentemente um povo muito religioso”,

9
Com Coragem, Nobreza e Independência

escreveu ela. “A fé que eles têm em sua religião é


maravilhosa.”
Descrevendo as boas-vindas que recebeu dos san-
tos, ela acrescentou: “Para mim, valeu a pena vir a Chi-
cago para essa única reunião”.
Emmeline ficou grata pelo elogio.18

Com a falência de bancos e empresas de Utah, Leah


Dunford, de 19 anos, preocupava-se com sua família.
Eles não eram ricos, e sua mãe, Susa Gates, filha de
Brigham Young, tinha vendido um terreno muito valioso
para que Leah pudesse estudar boa forma e saúde em
um curso de verão que seria realizado no campus da
Universidade de Harvard em Cambridge, Massachusetts.
Leah não tinha certeza se deveria ir. Seria certo, pergun-
tava-se ela, beneficiar-se com o sacrifício de sua mãe?19
Susa queria que Leah fizesse o curso de verão a
despeito das despesas. Na época, muitos jovens santos
dos últimos dias estavam deixando Utah para estudar em
universidades de prestígio no leste dos Estados Unidos.
Susa havia feito o curso de verão do ano anterior e espe-
rava que sua filha tivesse uma experiência igualmente
boa. Também achava que um dos alunos que conheceu
lá, um jovem santo dos últimos dias norueguês chamado
John Widtsoe, seria um par ideal para Leah.20
Independentemente de suas preocupações com
dinheiro, Leah estava ansiosa para continuar sua educa-
ção. Sua mãe acreditava que as jovens santos dos últimos

10
Um dia melhor e mais brilhante

dias precisavam de uma boa educação e formação pro-


fissional. Até recentemente, o casamento plural tornava
o casamento por convênio disponível para praticamente
toda mulher santo dos últimos dias que o desejasse. Mas
a geração de Leah, a primeira a atingir a idade adulta
após o Manifesto, não tinha mais essa garantia — ou a
garantia de sustento financeiro que o casamento pro-
porcionava às mulheres daquela época.21
Embora as possibilidades educacionais e profis-
sionais estivessem se expandindo para as mulheres em
muitas partes do mundo, na Igreja os pais muitas vezes
temiam que essas oportunidades levassem suas filhas a
se casar com um marido de fora da Igreja e a abandonar
a fé. Por esse motivo, as líderes da Associação de Melho-
ramento Mútuo das Jovens Damas começaram a enfatizar
que as moças deviam desenvolver um forte testemunho
e tomar decisões importantes em espírito de oração.22
Susa, na verdade, já havia incentivado Leah a jejuar
e orar sobre seu relacionamento com John Widtsoe. O
casamento de Susa com o pai de Leah, que bebia muito
na época, terminara em divórcio. Ela desejava que a filha
tivesse um casamento feliz com um jovem digno. Claro,
Leah ainda não tinha conhecido John pessoalmente.
Até então, eles haviam trocado apenas algumas cartas.23
Em junho de 1893, Leah viajou para Harvard, uma
distância de mais de 3.200 quilômetros, com outras qua-
tro mulheres de Utah. Elas chegaram tarde à casa onde
moravam John e os outros alunos santos dos últimos
dias, por isso não tiveram tempo de conhecer os rapazes.

11
Com Coragem, Nobreza e Independência

Na manhã seguinte, porém, Leah notou um jovem quieto


sentado em um canto sozinho. “Acho que você é o irmão
Widtsoe”, disse a ele. “Ouvi minha mãe falar de você.”
Ela sempre imaginara John como um escandinavo
alto e robusto. Em vez disso, ele era baixo e franzino. O
que será que sua mãe tinha visto nele?
Não ficando nem um pouco impressionada, Leah
ignorou John até a hora do jantar. Quando a governanta
recrutou John para cortar a carne, Leah pensou: “Pelo
menos ele é prestativo”. Então, depois que todos se ajoe-
lharam para abençoar a comida, John proferiu a bênção.
Sua oração foi direto ao coração de Leah.
“Aí está o homem”, disse ela a si mesma.24
Depois disso, Leah e John quase sempre estavam
juntos. Uma tarde, enquanto passeavam juntos por um
parque, eles pararam em uma pequena colina com vista
para um lago. Lá, John contou a Leah sobre sua infância
na Noruega e sua juventude em Logan, Utah.
Logo começou a chover, então eles se abrigaram
em uma torre próxima, e Leah passou a contar a John
sobre a vida dela. Subiram então ao alto da torre e con-
versaram por mais uma hora e meia sobre suas espe-
ranças para o futuro.25

John Widtsoe estava apaixonado por Leah Dunford,


mas não queria admitir. Quando ela veio para a escola,
ele quis ignorá-la. Estava muito ocupado e não estava

12
Um dia melhor e mais brilhante

interessado em namoro nessa fase de sua vida. Ele tinha


grandes planos para o futuro. Leah era uma distração.
Mas gostava de como ela era capaz de tocar vários
instrumentos e falar de modo descontraído ou sério,
dependendo da ocasião. Gostava de ver que ela ajudava
a governanta a limpar a casa enquanto todos os outros
se sentavam e não faziam nada. Mais do que qualquer
outra coisa, ele gostava da ambição que ela tinha.
“Ela deseja fazer algo de bom no mundo”, escreveu
ele à mãe, Anna, em Salt Lake City. “Ela será uma das
líderes na educação em Utah.”
Pelos seus cálculos, ele precisaria de pelo menos
dois ou três anos para pagar suas dívidas em Harvard.
Depois, precisaria de quatro anos para fazer uma pós-
graduação na Europa — e mais quatro anos para pagar
essa dívida. Então, ele precisaria de pelo menos mais
três anos para ganhar dinheiro suficiente para sequer
pensar em se casar com Leah.26
John ainda estava se decidindo em relação a suas
próprias crenças religiosas. Ele tinha fé na pureza e
bondade de Jesus. Quando foi para Harvard, também
recebeu um forte testemunho espiritual de que Deus
o ajudara a passar nos exames de admissão. Mas tinha
menos certeza sobre a Igreja. No início daquele ano,
ele escrevera para sua mãe com perguntas que tinha
sobre a Igreja e seus líderes. A carta deixou Anna tão
angustiada que ela respondeu imediatamente, certa de
que ele havia perdido o testemunho.27

13
Com Coragem, Nobreza e Independência

Em sua carta seguinte, John procurou se explicar.


Como alguns outros santos de sua idade, ele se debatia
com dúvidas. Os líderes da Igreja sempre lhe ensinaram
que ele vivia nos últimos dias, quando o Senhor liberta-
ria Seu povo dos inimigos. Mas, nos últimos três anos,
ele tinha visto os santos abandonarem o casamento
plural e ficarem amargamente divididos em relação à
política. Ele agora questionava se os santos algum dia
teriam sucesso na construção de Sião.
“Tudo parece ter ido contra as expectativas”, disse
à mãe.
Em suas cartas para casa, John também procurou
explicar que não era suficiente para ele simplesmente
acreditar em algo. Ele tinha que saber por que acreditava
nisso. “Não adianta nada dizer ‘eu creio’ e não pensar
mais no assunto”, escrevera ele. Ainda assim, continuou
a orar por uma maior compreensão das coisas referentes
à Igreja.28
Então, em 23 de julho, ele teve uma experiência
espiritual poderosa. Uma mulher metodista compareceu
ao culto de domingo dos alunos santos dos últimos dias,
e John foi convidado a fazer um sermão improvisado.
Surpreso, ele se levantou, sem saber o que dizer. Rapi-
damente decidiu falar sobre a personalidade de Deus,
esperando que suas palavras ajudassem a visitante a
entender no que os santos acreditavam. Enquanto falava,
ele não ficou nervoso nem se repetiu, como às vezes
fazia quando falava em público. Em vez disso, fez um
sermão claro e inteligível por mais de 30 minutos.

14
Um dia melhor e mais brilhante

“Senti o Espírito de Deus me ajudar”, escreveu


ele à mãe. “Nunca soube tanto sobre Deus e Sua
personalidade.”29
Após a reunião, John passou o resto do dia com
Leah. Enquanto conversavam, John lhe disse que queria
que ela visitasse a mãe dele. Ele já havia falado muito
sobre Leah para Anna. Agora, queria que elas se encon-
trassem pessoalmente.30

Ao se aproximar a meia-noite de 1º de setembro de


1893, Heber J. Grant estava totalmente acordado em seu
leito no quarto de um hotel na cidade de Nova York.
Mais cedo naquele dia, ele recebera um telegrama ater-
rorizante. O Zion’s Savings Bank and Trust Company, a
instituição financeira mais importante da Igreja, estava à
beira do colapso. O mesmo acontecia com o Banco Esta-
dual de Utah, onde Heber atuava como presidente. Se
não transferisse dinheiro para os bancos no dia seguinte,
eles não poderiam abrir para negócios. A reputação de
Heber e da Igreja com os credores ficaria prejudicada,
talvez para sempre.
Heber se mexeu e se virou na cama por horas. No iní-
cio daquele ano, George Q. Cannon havia prometido que
anjos o ajudariam. Mais recentemente, Joseph F. Smith, o
segundo conselheiro na Primeira Presidência, havia lhe
prometido um sucesso além de suas expectativas. Mas
agora Heber não conseguia imaginar alguém que lhe
emprestasse dinheiro suficiente para salvar os bancos.

15
Com Coragem, Nobreza e Independência

Orou por ajuda, suplicando a Deus enquanto as


lágrimas escorriam por seu rosto. Finalmente, por volta
das 3 horas da madrugada, adormeceu, ainda sem saber
como resolveria aquele dilema.31
Acordou excepcionalmente tarde. Como era
sábado, os bancos fechariam ao meio-dia, portanto ele
precisaria se apressar. Ajoelhando-se em oração, pediu
ao Senhor que o ajudasse a encontrar alguém disposto
a lhe emprestar US$ 200 mil. Disse que estava disposto
a fazer qualquer sacrifício, incluindo o de conceder ao
credor uma vultosa comissão sobre o empréstimo.32
Depois da oração, Heber ficou animado, certo de
que o Senhor o ajudaria. Decidiu visitar John Claflin,
o diretor de uma grande empresa mercantil, mas John
não estava em seu escritório. Com o tempo se esgo-
tando, Heber pegou um trem para o distrito financeiro
da cidade, na esperança de visitar outro banco. No cami-
nho, ficou absorto em um jornal e perdeu sua parada.
Saindo do trem, caminhou sem rumo. Ao encontrar o
escritório de outro conhecido, ele entrou. Lá, encontrou
John Claflin, o homem que ele queria ver.
Sabendo da situação de Heber, John concordou
em emprestar à Igreja US$ 250 mil, desde que recebesse
uma comissão de 20 por cento.33 Apesar do alto custo,
Heber pôde ver que o Senhor havia respondido suas
orações.34 Imediatamente transferiu o dinheiro para Salt
Lake City.
Os fundos chegaram bem a tempo de salvar os
bancos em vias de falência.35

16
Um dia melhor e mais brilhante

“Não prestem atenção nos concorrentes até terem


cantado”, disse Evan Stephens aos membros do Coro
do Tabernáculo. “Simplesmente fiquem calmos.”
Era a tarde de 8 de setembro. O coro havia termi-
nado o ensaio final para o Eisteddfod. Em poucas horas,
os cantores subiriam ao palco para apresentar os três
números musicais que haviam praticado quase todos
os dias naquele verão. Evan ainda não tinha certeza
de que poderiam vencer, mas ficaria satisfeito se eles
dessem seu melhor.36
O coro, acompanhado da Primeira Presidência,
havia chegado a Chicago cinco dias antes. Para aten-
der aos requisitos da competição, Evan reduziu o coro
para 250 cantores. Como seu principal soprano, Nellie
Pugsley, tivera um bebê semanas antes do concerto,
mas achava que poderia se apresentar na feira, foram
feitos arranjos para que a irmã dela cuidasse do bebê
enquanto Nellie cantava.37
O financiamento da viagem durante uma depressão
econômica foi algo tão desafiador quanto a preparação
do coro para cantar. Os líderes do coro procuraram
primeiro levantar dinheiro com os empresários de Salt
Lake City. Quando isso falhou, o coro decidiu realizar
vários shows, na esperança de que a venda de ingressos
cobrisse os custos. Realizaram dois shows em Utah e
mais quatro nas principais cidades que ficavam entre
Salt Lake City e Chicago.38
Os shows foram um sucesso financeiro, mas foram
um peso para a voz dos cantores. O coro continuou a

17
Com Coragem, Nobreza e Independência

se preparar em Chicago, atraindo centenas de especta-


dores para seus ensaios no Utah Building, um grande
salão de exposições que exibia produtos e artefatos do
território.39
Após o ensaio final, Evan e os cantores se reuniram
no porão da sala de concertos. Enquanto esperavam a
vez de se apresentarem, John Nuttall, o secretário do
coro, fez uma oração, lembrando aos cantores que eles
representavam a Igreja e seu povo na feira.
“Habilite-nos ao menos a ser um reflexo de Tua
obra e de Teu povo”, orou ele, “em nosso esforço para
representá-Lo aqui perante o mundo — um mundo que
em sua maioria nos considera ignorantes e incultos”.40
Quando chegou a vez do coro, Evan assumiu seu
lugar no pódio do maestro. O salão estava repleto com
cerca de 10 mil pessoas, quase ninguém era membro
da Igreja. No passado, um santo dos últimos dias podia
esperar ser vaiado diante de tal público, mas Evan não
sentiu inimizade por parte deles.
Assim que os cantores subiram ao palco, o salão
ficou em silêncio. O coro então cantou as palavras iniciais
do hino “Digno é o Cordeiro”, de Handel:

“Digno é o Cordeiro que foi morto,


e nos redimiu para Deus pelo seu sangue,
para receber poder e riquezas, sabedoria e força,
e honra e glória e bênçãos”.

Suas vozes eram fortes, e Evan achou que soavam


esplêndidas. Quando o coro terminou o número, o

18
Um dia melhor e mais brilhante

público irrompeu em aplausos. O coro, então, cantou


mais duas músicas e, embora Evan pudesse perceber
o cansaço em algumas de suas vozes, eles terminaram
bem e saíram do palco.41
“Fizemos o melhor possível”, disse Evan à Primeira
Presidência depois. “Estou satisfeito.”
Mais tarde, quando os resultados foram anuncia-
dos, o Coro do Tabernáculo ficou em segundo lugar,
terminando apenas meio ponto atrás do vencedor. Um
dos jurados disse que os santos deveriam ter vencido a
competição. Mesmo assim, o presidente Cannon acre-
ditava que o coro havia conquistado algo maior. “Como
empreendimento missionário, é provável que seja um
sucesso”, observou ele, “pois dará a milhares de pessoas
a oportunidade de conhecer um pouco da verdade a
nosso respeito”.42
Evan estava igualmente satisfeito com todas as rea-
lizações de seus cantores. Notícias de que o “coro mór-
mon” ganhara um prêmio na Feira Mundial apareceram
em jornais de todo o mundo. Ele não poderia ter pedido
uma recompensa melhor.43

No dia seguinte ao concerto, o presidente Woodruff


falou a respeito dos santos durante um banquete for-
mal realizado na feira. “Venham nos ver”, disse ele com
sua voz forte. “Se vocês ainda não estiveram em Salt
Lake City, são todos bem-vindos.” Também convidou
ministros de outras religiões a discursar na cidade. “Se

19
Com Coragem, Nobreza e Independência

não houver lugar nas igrejas”, disse ele, “vamos lhes


conceder nosso tabernáculo”.44
O profeta voltou a Utah dez dias depois, animado
com a bondade que os santos receberam em Chicago. O
único incidente que prejudicou a experiência da Igreja
na feira ocorreu quando os organizadores do Parla-
mento das Religiões se opuseram aos esforços de B.
H. Roberts para falar sobre a Igreja em sua assembleia.
A atitude deles foi um triste lembrete de que ainda
existia preconceito contra a Igreja, mas os líderes da
Igreja acreditavam que as pessoas de todo o país esta-
vam começando a ver os santos sob uma nova luz.45
A calorosa recepção que a Sociedade de Socorro e o
Coro do Tabernáculo receberam na feira acendeu uma
esperança de que as perseguições dos últimos 60 anos
estivessem chegando ao fim.46
Em uma pequena reunião realizada no Templo de
Salt Lake em 5 de outubro, na noite anterior à conferên-
cia geral da Igreja, a Primeira Presidência e o Quórum
dos Doze Apóstolos tomaram juntos o sacramento.
“Tenho a profunda impressão”, disse George Q.
Cannon, “de que um dia melhor e mais brilhante está
raiando para nós”.47

20
C AP ÍTULO 2

Se provarmos que
estamos prontos

Enquanto os santos que moravam nos Estados Unidos


desfrutavam de uma temporada de boa vontade, um
missionário chamado John James enfrentava problemas
no sudoeste da Inglaterra. Em uma reunião, um homem
afirmou que os santos de Utah eram assassinos. Em
outra, alguém disse que os missionários tinham ido à
Inglaterra para seduzir as moças e levá-las como esposas
plurais. Pouco tempo depois, outra pessoa tentou con-
vencer uma multidão de que John e seus companhei-
ros não acreditavam na Bíblia — embora eles tivessem
pregado usando a Bíblia durante a reunião.
Em uma reunião, um homem interrompeu os mis-
sionários para dizer que tinha estado em Salt Lake City
e visto 200 mulheres serem conduzidas para um gal-
pão, onde o próprio Brigham Young tinha ido escolher

21
Com Coragem, Nobreza e Independência

quantas esposas ele queria. John, que nascera e fora


criado em Utah, sabia que a história era absurda. Mas
a multidão se recusou a ouvir sua réplica.
John suspeitava de que a maior parte do que esses
críticos afirmavam saber sobre a Igreja vinha de William
Jarman. William e sua esposa, Maria, filiaram-se à Igreja
na Inglaterra no final da década de 1860. Pouco tempo
depois, eles emigraram para Nova York com seus filhos
e Emily Richards, aprendiz de Maria na confecção de
roupas, que, sem o conhecimento de Maria, estava grá-
vida, esperando um filho de William. Por fim, a família
se mudou para Utah, onde William se casou com Emily
como esposa plural e deu início a um comércio de man-
timentos, vendendo mercadorias que aparentemente
ele havia roubado de seu empregador em Nova York.
A vida em Sião não mudou os hábitos de William.
Ele mostrou ser um marido abusivo, e Maria e Emily
se divorciaram dele. Também foi acusado de furto, o
que fez com que ficasse na prisão até que os tribu-
nais julgassem o caso. Ficou desiludido com a Igreja,
começou a ganhar a vida dando palestras contra ela e
voltou para a Inglaterra. Frequentemente, ele levava o
público às lágrimas com uma história comovente que
acusava os santos de terem assassinado seu filho mais
velho, Albert.1
Quando John James chegou à Grã-Bretanha, William
já fazia parte do circuito de palestras havia anos. Ele
publicou um livro criticando a Igreja, e seus seguidores
às vezes atacavam os missionários. Em uma cidade,

22
Se provarmos que estamos prontos

alguns dos seguidores de William atiraram pedras nos


élderes, atingindo um deles no olho.2
Apesar do perigo, John estava determinado a divul-
gar o evangelho na Grã-Bretanha. “Encontramos muita
oposição por parte de homens que deram ouvidos a
Jarman”, relatou ele aos líderes da missão. “Acho que
conseguimos lidar bem com eles em toda parte e pre-
tendemos continuar realizando reuniões.”3

“Jarman ainda está discursando contra nós e


usando uma linguagem extremamente suja”, escreveu o
apóstolo Anthon Lund à esposa, Sanie, em Utah. Tendo
sido recém-chamado presidente da Missão Europeia,
com sede em Liverpool, Inglaterra, Anthon estava bem
ciente da ameaça que William Jarman representava para
a obra do Senhor. Muitos missionários consideravam o
palestrante um louco, mas Anthon acreditava que ele
era um crítico astuto, cujas falsidades não deviam ser
subestimadas.4
Tendo se filiado à Igreja na Dinamarca quando
menino, Anthon também entendia como era difícil ser
um santo dos últimos dias na Europa. Ao enfrentar
oposição às suas crenças, os santos em Utah podiam
encontrar segurança e força em grandes comunidades
de irmãos na fé. Mas, do outro lado do Atlântico, havia
8 mil santos dos últimos dias espalhados pela Europa
Ocidental e pela Turquia. Muitos santos eram recém-
conversos frequentando ramos minúsculos que, muitas

23
Com Coragem, Nobreza e Independência

vezes, dependiam dos missionários para liderança e


apoio moral. Quando homens como Jarman atacavam a
Igreja, esses ramos ficavam particularmente vulneráveis.5
Anthon viu em primeira mão as dificuldades que os
ramos enfrentavam ao visitar a Grã-Bretanha, a Escandiná-
via e a Holanda no verão e no outono de 1893. Mesmo na
Inglaterra, onde a Igreja era mais forte, os santos tinham
dificuldade para se unirem quando moravam longe uns
dos outros. Às vezes, os missionários se deparavam com
santos que haviam perdido contato com a Igreja por 20
ou 30 anos.6
Em outro lugar da Europa, Anthon encontrou
problemas semelhantes. Ele soube que um pastor
muito conhecido estava discursando contra a Igreja na
Dinamarca. Na Noruega e na Suécia, Anthon encontrou
missionários e membros da Igreja que, às vezes, se
deparavam com oposição do governo local ou de outras
igrejas. Na Holanda, os santos enfrentavam dificuldades
porque quase não havia publicações da Igreja em seu
idioma além do Livro de Mórmon.
Em todo o continente, os santos eram dedicados
ao evangelho. Mas poucos ramos estavam realmente
prosperando, e o número de membros da Igreja estava
diminuindo em algumas áreas.7
Por décadas, os santos europeus tinham ido se
reunir em Utah, onde a Igreja estava mais bem estabele-
cida. Mas o governo dos Estados Unidos, na esperança
de deter a disseminação do casamento plural entre os
santos, encerrou o Fundo Perpétuo de Emigração da

24
Se provarmos que estamos prontos

Igreja no final da década de 1880, impedindo a Igreja


de emprestar dinheiro aos santos pobres que queriam
se mudar para Utah. Mais recentemente, a crise eco-
nômica mundial havia deixado muitos europeus cada
vez mais pobres. Alguns santos que estavam econo-
mizando para emigrar foram forçados a abandonar
seus planos.8
As autoridades de imigração dos Estados Unidos
também estavam sendo rígidas quanto a quem eles dei-
xavam entrar no país. Visto que algumas pessoas ainda
temiam que os santos europeus estivessem vindo para
Utah a fim de praticar o casamento plural, os líderes
da Igreja orientavam os emigrantes a cruzar o Atlântico
em pequenos grupos para evitar chamar a atenção.
Pouco depois de Anthon chegar à Europa, na verdade,
a Primeira Presidência o censurou por enviar um grupo
de 138 santos a Utah. “Envie no máximo 50 emigrantes
por vez”, alertaram eles.9
Não tendo os recursos ou a autoridade para condu-
zir uma emigração em grande escala, Anthon raramente
falava publicamente sobre a coligação. Mas, em parti-
cular, ele incentivava os santos a emigrar se pudessem.
No final de novembro, após retornar à Inglaterra, ele
conheceu uma senhora idosa que havia economizado
o suficiente a fim de viajar para Utah. Ele a aconselhou
a se estabelecer em Manti, não muito longe de onde
morava sua própria família.
“Ela poderia trabalhar no templo”, pensou ele, “e
desfrutar os anos de vida que lhe restam”.10

25
Com Coragem, Nobreza e Independência

Enquanto isso, Leah Dunford estava de volta a Salt


Lake City, escrevendo longas cartas para John Widtsoe
na Universidade de Harvard. Conforme prometido, ela
fora ver a mãe dele, Anna, uma viúva de 44 anos que
morava ao sul do Templo de Salt Lake. Durante a visita,
Anna mostrou a Leah uma estante de livros que John
havia feito. Surpresa com as habilidades de marcenaria
do acadêmico, Leah disse: “Bom, terei algo com que
provocar John agora”.
“Oh”, disse Anna, “você escreve para ele, então?”
“Escrevo, sim, — disse Leah, de repente se preo-
cupando que Anna pudesse se opor. Mas Anna disse
que estava feliz por John ter uma amiga como Leah.11
Tendo concluído seu curso de saúde e boa forma,
Leah estava pensando em continuar seus estudos em
uma universidade do meio-oeste dos Estados Unidos.
Sua mãe havia consultado Joseph F. Smith e George Q.
Cannon, porém, e acreditava que era melhor não deixar
que ela fosse sozinha para um lugar onde a Igreja não
estivesse estabelecida.
Decepcionada, Leah se matriculou em uma escola
administrada pela Igreja, em Salt Lake City, tendo aulas
de ciências naturais e química com James E. Talmage,
o reitor da escola e o acadêmico mais respeitado da
Igreja. Embora Leah gostasse de suas aulas e apren-
desse muitas coisas com seus professores, ela invejava
as oportunidades que John estava tendo em Harvard.
“Oh, eu gostaria de ser homem”, disse-lhe ela. “Os
homens podem fazer qualquer coisa na Terra, mas, se

26
Se provarmos que estamos prontos

as mulheres pensarem em qualquer coisa além de servir


aos homens ou cozinhar suas refeições, ‘elas estão fora
de sua esfera’.”
Ela teve imenso apoio do professor Talmage, que
disse a Leah que ele gostaria que mais moças tivessem
o desejo de lecionar nas escolas da Igreja. John tam-
bém deu seu apoio. “Não tenho palavras para elogiar
sua determinação de se dedicar ao bem dos outros”,
escreveu ele. “Vou lhe dar toda a ajuda que puder pela
fé e oração.”12
Em um domingo de dezembro de 1893, Anna Widt-
soe foi à casa de Leah para uma visita. Falou sobre sua
conversão na Noruega e suas primeiras experiências na
Igreja. “Tivemos uma conversa adorável”, Leah contou a
John. “Sinto-me muito egoísta e indigna quando ouço o
quanto algumas pessoas se sacrificaram por sua religião.”
Leah lamentou que os santos de sua idade muitas
vezes parecessem mais interessados em ganhar dinheiro
do que em progredir espiritualmente. Para fortalecer a
nova geração, a Igreja estabeleceu as Associações de
Melhoramento Mútuo das Jovens Damas e dos Rapazes
na década de 1870. Nessas organizações, os jovens geral-
mente se reuniam em uma noite da semana para estudar
o evangelho, desenvolver talentos e boas maneiras, e
desfrutar da companhia uns dos outros. As organizações
também publicavam duas revistas, o Young Woman’s
Journal e o Contributor, e manuais para ajudar os líde-
res dos jovens a preparar aulas sobre as escrituras, his-
tória da Igreja, saúde, ciências e literatura.13

27
Com Coragem, Nobreza e Independência

Os rapazes também ansiavam pelo serviço missio-


nário para ajudá-los a crescer espiritualmente. Mas essa
oportunidade não estava oficialmente disponível para as
mulheres. As jovens adultas podiam servir ao próximo
sendo membros da Sociedade de Socorro, mas a geração
de Leah tendia a vê-la como uma organização antiquada
para suas mães. Para obter mais força espiritual, Leah
geralmente adorava ao Senhor com sua congregação
local, jejuava regularmente e buscava outras oportuni-
dades de estudar o evangelho.
Na véspera de Ano Novo, Leah participou de uma
reunião especial com as moças da classe da Escola Domi-
nical de sua mãe em Provo. Zina Young e Mary Isabella
Horne, que haviam pertencido à Sociedade de Socorro
de Nauvoo, visitaram a classe e falaram sobre os primei-
ros dias da Igreja e o chamado profético de Joseph Smith.
“Tivemos um banquete espiritual”, disse Leah a
John. Uma por uma, todas as moças presentes na sala
compartilharam seu testemunho. “Foi a primeira vez
que prestei meu testemunho ou falei para uma multi-
dão sobre um assunto religioso”, escreveu ela. “Todas
gostamos muito de fazê-lo.”14

No primeiro dia de 1894, George Q. Cannon acor-


dou cheio de gratidão ao Senhor pelo bem-estar de sua
família. “Temos comida, roupas e abrigo”, escreveu ele
em seu diário. “Nossas casas são confortáveis e não pre-
cisamos de nada para aumentar nosso conforto físico.”15

28
Se provarmos que estamos prontos

O ano anterior havia sido bom para a Igreja. Os


santos dedicaram o Templo de Salt Lake, a Sociedade
de Socorro e o Coro do Tabernáculo tiveram sucesso
na Feira Mundial de Chicago, e a Igreja por pouco evi-
tou a ruína financeira. No final de dezembro, a câmara
dos deputados dos Estados Unidos também concedeu
ao território de Utah permissão para se candidatar à
condição de estado, levando os santos um passo mais
perto de uma meta que buscavam atingir desde 1849.
“Quem teria ousado prever uma coisa dessas a
respeito de Utah?”, escrevera George em seu diário.
“Nenhum poder, exceto o do Todo-Poderoso, poderia
ter efetuado isso.”16
Com o desenrolar do novo ano, porém, George e
outros líderes da Igreja enfrentaram novos problemas.
Em 12 de janeiro, o governo dos Estados Unidos devol-
veu cerca de US$ 438 mil do que havia confiscado da
Igreja pela Lei Edmunds-Tucker. Infelizmente, os fun-
dos restaurados não foram suficientes para pagar os
empréstimos da Igreja. E, por mais gratos que os líderes
da Igreja estivessem pelo dinheiro, eles acreditavam que
o governo havia devolvido menos da metade do que
havia tirado dos santos.17
Com o dinheiro ainda escasso, a Primeira Presi-
dência continuou a fazer empréstimos para financiar as
operações da Igreja. Na esperança de criar empregos
estáveis e gerar receita para o território, a Igreja também
investiu em vários negócios locais. Alguns dos investi-
mentos ajudaram os santos a encontrar trabalho. Outros

29
Com Coragem, Nobreza e Independência

investimentos não tiveram sucesso, aumentando ainda


mais a dívida da Igreja.18
No início de março, Lorenzo Snow, o presidente
do Quórum dos Doze Apóstolos, buscou o conselho
da Primeira Presidência sobre como realizar o trabalho
do templo por seus antepassados imediatos. Ele estava
especificamente interessado em selar filhos a pais que
não haviam aceitado o evangelho em vida.19
O primeiro selamento de filhos aos pais ocorrera
em Nauvoo. Na época, vários santos cujos pais não eram
membros da Igreja preferiram ser selados por adoção
aos líderes da Igreja. Eles acreditavam que isso lhes
garantiria um lugar em uma família eterna e conectaria
a comunidade dos santos na vida futura.
Depois que os santos chegaram a Utah, não foram
realizados selamentos de adoção nem selamentos de pais
e filhos até que o Templo de St. George foi dedicado em
1877. Depois disso, muitos santos decidiram ser selados
por adoção às famílias dos apóstolos ou de outros líderes
da Igreja. Na verdade, a prática usual da Igreja era não
selar uma mulher a um homem que não tivesse aceitado o
evangelho em vida. Isso significava que uma viúva santo
dos últimos dias daquela época não poderia ser selada ao
marido falecido se ele nunca tivesse se filiado à Igreja. A
prática, às vezes, podia ser dolorosa de suportar.20
George há muitos anos não se sentia à vontade
com os selamentos por adoção. Quando jovem, em
Nauvoo, ele fora selado por adoção à família de seu tio
John Taylor, embora seus pais fossem membros fiéis da

30
Se provarmos que estamos prontos

Igreja. Outros membros da Igreja também decidiram ser


selados aos apóstolos, em vez de a seus próprios pais
santos dos últimos dias fiéis. George acreditava agora
que essa prática havia criado um tipo de elitismo entre
os santos. E, em 1890, ele e seus irmãos cancelaram o
selamento à família Taylor e foram selados no Templo
de St. George aos próprios pais falecidos, confirmando
os laços de afeição natural dentro de sua família.21
Enquanto a Primeira Presidência debatia o caso
da família de Lorenzo, George propôs uma possível
solução. “Por que não selamos o pai e os irmãos dele
ao avô”, perguntou ele, “e depois selamos o avô e os
irmãos e as irmãs desse avô aos pais deles, e assim por
diante, tanto quanto for possível?”
Wilford Woodruff e Joseph F. Smith pareceram satis-
feitos com a proposta de George. Ambos nutriam suas
próprias preocupações sobre os selamentos por adoção.
Mesmo assim, o presidente Woodruff não estava pronto
para endossar qualquer mudança na prática. George
tinha esperança de que o Senhor revelasse em breve
Sua vontade sobre o assunto.22
“O fato é que não se sabe muito sobre essa doutrina
da adoção”, observou George em seu diário. “É nosso
privilégio saber a respeito dessas coisas, e confio que o
Senhor será bondoso conosco e nos dará conhecimento.”23

Albert Jarman, o filho do crítico mais vocal da Igreja


na Inglaterra, não foi vítima de um assassinato horrível.

31
Com Coragem, Nobreza e Independência

Na primavera de 1894, ele estava servindo como mis-


sionário na Grã-Bretanha e sua presença ali era uma
prova de que seu pai não estava dizendo a verdade.24
Quando Albert chegou ao campo missionário, ele
quis imediatamente confrontar o pai. Mas o presidente
da missão Anthon Lund percebeu que Albert não estava
pronto para enfrentar alguém tão astuto e ardiloso. Em
vez disso, ele enviou o jovem para Londres, incenti-
vando-o a estudar o evangelho e a se preparar para os
ataques de seu pai. Nesse ínterim, o presidente Lund
aconselhou: “Escreva uma bela carta para ele”.25
Albert escreveu ao pai assim que se estabeleceu
em Londres. “Meu querido pai”, começava a carta, “sin-
ceramente espero e oro para que em breve você veja o
quanto é errado dizer ao povo que os mórmons assas-
sinaram seu filho.
Você já está envelhecendo e fico muito triste
quando leio e ouço as pessoas repetirem o que você
disse”, continuou ele. “Terei o prazer de apertar a mão
de um pai arrependido e ficarei orgulhoso por poder
reconhecê-lo e respeitá-lo mais uma vez.”26
Enquanto Albert esperava a resposta de seu pai,
ele pregou e ensinou em Londres. “Estou estudando
tanto quanto posso”, escreveu ele à mãe, Maria Barnes.
“Ainda não sou um grande pregador, mas espero me
tornar antes de voltar para casa.”
Albert logo recebeu uma resposta curta e apressada
de seu pai. “É melhor você vir para cá”, escreveu William
em uma carta. “Terei o maior prazer em vê-lo.”

32
Se provarmos que estamos prontos

Sabendo o quão violento William poderia ser, Maria


ficou ansiosa por seu filho. Mas Albert disse a ela que não
se preocupasse com a possibilidade de o pai lhe fazer mal.
“Ele não conseguirá fazer isso”, tranquilizou-a Albert. Mais
do que tudo, ele estava ansioso para falar com William ou
qualquer outro parente que tivesse na Inglaterra.
“Quero poder prestar meu testemunho a eles”,
escreveu ele, “se Deus assim o desejar”.27

Enquanto isso em Salt Lake City, Wilford Woodruff


anunciou a seus conselheiros e ao Quórum dos Doze
Apóstolos que havia recebido uma revelação sobre a lei
de adoção. “Sinto que somos muito rígidos com relação
a algumas de nossas ordenanças do templo”, declarou
ele na véspera da Conferência Geral de Abril de 1894.
“Esse é especialmente o caso em relação a maridos e
pais que já morreram.”
“O Senhor me disse ser correto que os filhos sejam
selados aos pais e estes aos pais deles assim que puder-
mos obter os registros”, continuou ele. “Também é cor-
reto que as esposas cujos maridos nunca tenham ouvido
o evangelho sejam seladas a eles.”
O presidente Woodruff acreditava que eles ainda
tinham muito a aprender sobre as ordenanças do tem-
plo. “Deus nos dará a conhecer”, garantiu-lhes ele, “se
provarmos que estamos prontos para receber”.28
No domingo seguinte, na conferência geral, o presi-
dente Woodruff pediu a George Q. Cannon que lesse uma

33
Com Coragem, Nobreza e Independência

passagem da seção 128 de Doutrina e Convênios para a


congregação. Nessa passagem, Joseph Smith falava de
Elias, o Profeta, que converteria o coração dos pais aos
filhos e o coração dos filhos aos pais nos últimos dias. “A
Terra será ferida com maldição”, havia declarado o profeta
Joseph, “a menos que exista um elo de um ou outro tipo
entre os pais e os filhos”.29
O presidente Woodruff voltou então ao púlpito. “A
revelação não terminou”, declarou ele. “A obra de Deus
não terminou.” Ele falou sobre como Brigham Young
realizara o trabalho de Joseph Smith de construir tem-
plos e organizar as ordenanças do templo. “Mas ele não
recebeu todas as revelações relativas a esse trabalho”,
lembrou o presidente Woodruff à congregação. “Nem o
presidente Taylor, nem Wilford Woodruff. Esse trabalho
não terá fim até que seja aperfeiçoado.”
Depois de observar que os santos agiram de acordo
com toda a luz e conhecimento que receberam, o presi-
dente Woodruff explicou que ele e outros líderes da Igreja
há muito acreditavam que o Senhor tinha mais a revelar
sobre o trabalho do templo. “Queremos que os santos dos
últimos dias, a partir de agora, tracem sua genealogia até
onde conseguirem e sejam selados a seus pais e mães”,
declarou ele. “Selem os filhos aos pais e perpetuem essa
corrente o mais que puderem.”
Ele também anunciou o fim da norma que impe-
dia uma mulher de ser selada a um marido que tivesse
morrido sem receber o evangelho. “O coração de muitas
mulheres se entristeceu por causa disso”, disse ele. “Por

34
Se provarmos que estamos prontos

que privar uma mulher de ser selada ao marido porque


ele nunca ouviu o evangelho? O que sabemos a respeito
desse marido? Será que ele não vai ouvir o evangelho
e o aceitar no mundo espiritual?”
Ele lembrou aos santos a visão que Joseph Smith
teve de seu irmão Alvin no Templo de Kirtland. “Todos os
que morreram sem conhecimento deste evangelho, que
o teriam recebido caso tivessem tido permissão de aqui
permanecer, serão herdeiros do reino celestial de Deus.”
“Assim será com seus pais”, disse o presidente
Woodruff sobre os que estão no mundo espiritual. “Haverá
bem poucos, se houver, que não aceitarão o evangelho.”
Antes de encerrar seu sermão, ele exortou os san-
tos a ponderarem suas palavras — e a procurarem seus
parentes mortos. “Irmãos e irmãs”, disse ele, “vamos
prosseguir com nossos registros, preenchê-los em reti-
dão perante o Senhor e cumprir esse princípio, e as
bênçãos de Deus nos acompanharão, e aqueles que
forem redimidos nos abençoarão nos dias que virão”.30

35
C AP ÍTULO 3

O caminho certo

A nthon Lund estava visitando os ramos da Igreja da


Alemanha quando a notícia da revelação de Wilford
Woodruff sobre os selamentos chegou à Missão Europeia.
“Essa revelação alegrará muitos corações”, exclamou ele
ao saber da notícia.1
A nova prática teve um significado especial para
vários élderes de sua missão. Desde que o Senhor reve-
lara a Joseph Smith que os santos podiam realizar orde-
nanças essenciais pelos mortos, os membros da Igreja
tinham pesquisado seus antepassados e realizado orde-
nanças por eles. Alguns élderes, filhos de santos imigran-
tes, vieram para a Europa na esperança de obter mais
informações sobre seus antepassados com parentes e
também nos arquivos.2

36
O caminho certo

Agora, após a revelação do presidente Woodruff,


a pesquisa deles adquiriu um propósito a mais. Muitos
santos de toda a Igreja, de fato, ficaram mais ansiosos
por pesquisar sua linhagem familiar a fim de selar gera-
ções em uma cadeia ininterrupta. O apóstolo e historia-
dor da Igreja Franklin Richards até planejou organizar
uma biblioteca genealógica com o apoio da Igreja.3
Devido aos tempos difíceis na economia que asso-
lavam a Europa e os Estados Unidos, muitos santos euro-
peus tinham pouca esperança de emigrar para Utah, o
único lugar com templos onde poderiam realizar essas
ordenanças por seus antepassados. Nos Estados Unidos,
a crise financeira estava tornando quase impossível para
os santos que iam a Utah conseguir trabalho, e os líderes
da Igreja temiam que os imigrantes saíssem do território
em busca de emprego. Decepções financeiras já haviam
levado alguns deles a abandonar o redil.4
Em julho de 1894, Anthon soube como a situação
estava terrível em Utah. Em uma carta urgente à Missão
Europeia, a Primeira Presidência relatou que os encargos
financeiros da Igreja haviam se tornado quase insupor-
táveis à medida que um número cada vez maior de alas
e estacas se voltavam para a Igreja em busca de auxílio
monetário.
“Em vista da situação que há em nosso meio”,
escreveu a Primeira Presidência, “consideramos sábio
instruí-lo a desencorajar a emigração por enquanto”.5
Ao fazer esse pedido, a Primeira Presidência não
estava encerrando a coligação de Israel. Por mais de 40

37
Com Coragem, Nobreza e Independência

anos, os santos buscaram sinceramente cumprir as reve-


lações que ordenavam que se reunissem. Os missioná-
rios incentivaram os novos conversos de todo o mundo
a se mudarem para Utah e a ficarem perto da casa do
Senhor. No entanto, não poderiam dar continuidade a
essa prática até que a situação econômica melhorasse.6
“Oramos constantemente pela coligação de Israel e
nos regozijamos em ver os santos virem a Sião”, escre-
veram, mas acrescentaram: “Grande sabedoria deve ser
exercida para que os melhores interesses tanto da Israel
coligada quanto da dispersa sejam mais bem preservados”.
Até que as condições melhorassem em Utah, ins-
truiu a presidência, Anthon deveria fortalecer a Igreja na
Europa. “Que os santos, um e todos”, escreveram eles,
“considerem como seu dever moral e religioso fazer tudo
o que puderem para ajudar os élderes missionários a
edificar os ramos e a mantê-los”.7
Anthon imediatamente enviou cópias da carta
aos líderes da missão, orientando-os a seguir esses
conselhos.8

Em 16 de julho de 1894, o congresso dos Estados


Unidos e o presidente Grover Cleveland autorizaram
o povo de Utah a redigir uma constituição estadual. A
Primeira Presidência se regozijou mais tarde naquele
dia ao receber um telegrama dos aliados da Igreja em
Washington, dizendo: “Projeto de estado assinado. Seu
povo é livre; e assim se encerra nosso trabalho”.9

38
O caminho certo

Quando os santos fizeram pela primeira vez a


petição de um governo estadual em 1849, o governo
federal lhes concedera um governo territorial. Como
cidadãos de um território, o povo de Utah não tinha
permissão para escolher o governador ou outros altos
funcionários do governo. Em vez disso, dependiam do
presidente dos Estados Unidos para a nomeação de
seus líderes governamentais. Esse sistema resultara em
muitos conflitos entre os santos, os outros moradores
de Utah e o governo dos Estados Unidos ao longo dos
anos. Também impedira os santos de ocuparem alguns
cargos governamentais. Sob um governo estadual, o
povo de Utah finalmente poderia governar a si mesmo.10
Mas o trabalho estava apenas começando em Utah.
Enquanto os representantes se reuniam em Salt Lake
City para escrever a constituição, Emmeline Wells e
outras líderes femininas escreveram uma petição soli-
citando que a nova constituição restaurasse o sufrágio,
ou seja, os direitos de voto para as mulheres de Utah.
Embora a maioria dos estados e territórios dos Estados
Unidos proibisse as mulheres de votar, Utah concedera o
sufrágio às suas cidadãs em 1870. Então, 17 anos depois,
a Lei Edmunds-Tucker revogou esse direito a fim de
enfraquecer o poder político dos santos no território.11
A lei indignou Emmeline e outras mulheres de
Utah, levando-as a organizar associações de sufrágio
feminino em todo o território. Elas também continuaram
trabalhando com outras organizações sufragistas nacio-
nais e internacionais para lutar pelo direito de voto de

39
Com Coragem, Nobreza e Independência

todas as mulheres.12 Para Emmeline, o sufrágio e outros


direitos tinham um propósito sagrado. Ela acreditava
que a liberdade era um princípio do evangelho de Jesus
Cristo. A Sociedade de Socorro exortava seus membros
a ser autossuficientes e a desenvolver suas habilidades.
Nas reuniões da Igreja, as mulheres também votavam
em questões eclesiásticas. Por que elas não tinham esse
mesmo privilégio na esfera pública?13
No entanto, o sufrágio feminino foi uma questão
muito debatida, dividindo até mesmo os líderes da
Igreja.14 As pessoas que discordavam do sufrágio femi-
nino geralmente afirmavam que as mulheres eram muito
emocionais para tomar decisões políticas. Argumen-
tavam que as mulheres não precisavam votar porque
tinham marido, pais e irmãos para representá-las nas
urnas.15 O élder B. H. Roberts, que servia como repre-
sentante no congresso, acreditava nisso. Ele também se
opôs à inclusão do sufrágio feminino na constituição
porque achava que isso poderia tornar o documento
muito polêmico para receber a aprovação dos eleitores
de Utah.16
Uma convenção constitucional foi iniciada em
Salt Lake City, na primavera de 1895. Visto que os não
votantes foram proibidos de participar oficialmente
do processo, as mulheres recrutaram o marido de
uma das sufragistas para apresentar sua petição aos
representantes.17
Em 28 de março, B. H. falou sobre o assunto na con-
venção. “Embora eu admita que a maioria do povo deste

40
O caminho certo

território seja a favor do sufrágio feminino”, afirmou ele,


“há, no entanto, um grande número que não é a favor e
que se opõe veementemente a isso, e votará contra essa
constituição se ela contiver uma cláusula que a conceda”.18
Dois dias depois, Orson Whitney, bispo de longa
data em Salt Lake City, discursou no congresso em favor
das sufragistas. Declarou que era destino da mulher
participar do governo e pediu aos representantes que
apoiassem o sufrágio feminino. “Considero essa uma
das grandes alavancas pelas quais o Todo-Poderoso está
erguendo este mundo decaído, elevando-o para mais
perto do trono de seu Criador”, disse ele.19
Em um editorial do Woman’s Exponent, Emmeline
também expressou seu desacordo com os oponentes do
sufrágio feminino. “É lamentável ver como os homens
que se opõem ao sufrágio feminino tentam fazer as
mulheres acreditarem que o fazem porque as adoram e
as consideram boas demais”, escreveu ela. “As mulheres
de Utah nunca falharam em nenhum momento em qual-
quer tipo ou natureza de julgamento, e sua integridade
é inquestionável.”20
Durante a reunião da Sociedade de Socorro de 4 de
abril, na conferência geral, Emmeline falou novamente
sobre o sufrágio feminino, confiante de que os represen-
tantes na convenção o incluiriam na nova constituição
estadual. A oradora seguinte, Jane Richards, convidou as
mulheres presentes no salão que apoiavam o sufrágio a
se levantarem. Todas as mulheres que estavam no salão
se levantaram.

41
Com Coragem, Nobreza e Independência

A pedido de Emmeline, a presidente Zina Young


conduziu as mulheres em oração, pedindo a bênção do
Senhor para sua causa.21

Enquanto as mulheres do território de Utah faziam


uma petição pelo direito de votar, Albert Jarman viajava de
Londres ao sudoeste da Inglaterra para prestar testemunho
a seu pai. Ele esperava mudar a opinião de William sobre
a Igreja e dar fim a suas palestras prejudiciais. Acreditava
que suas palavras, apresentadas de maneira clara e
compreensiva, poderiam fazer bem a seu pai se ao menos
ele ouvisse.22
Albert encontrou William morando confortavelmente
em uma cidade chamada Exeter. Ele estava com boa
saúde embora seu cabelo grisalho e sua barba espessa
o fizessem parecer mais velho do que realmente era.
Mais de uma década se passara desde que eles tinham
se visto e, no início, William ainda parecia desconfiar da
identidade de Albert.23 Depois de retornar à Inglaterra,
afirmou William, ele ouvira um boato sobre o assassinato
de Albert e escrevera para a Primeira Presidência sobre
isso. Como eles não responderam, disse William, ele
presumiu o pior.24
Depois de se encontrarem cara a cara, porém,
Albert foi capaz de convencê-lo de seu erro.25 O con-
selho do presidente Lund de que Albert estudasse o
evangelho antes de confrontar a astúcia de William foi

42
O caminho certo

sábio. Depois de se reunir com o pai, Albert percebeu


que ele era um homem inteligente.26
Mas William não foi cruel nem abusivo com ele. O
inverno de 1894–1895 fora rigoroso na Inglaterra, agra-
vando os problemas respiratórios que Albert desenvol-
vera. William o deixou ficar na casa de sua família para se
recuperar até que o tempo melhorasse. Sua esposa, Ann,
também fez todo o possível para ajudar Albert a se curar.27
Durante sua estada, Albert se esforçou para prestar
testemunho a seu pai, sem sucesso. Nessas ocasiões,
Albert não sabia dizer se seu pai mentia deliberada-
mente sobre a Igreja ou se dissera coisas absurdas com
tanta frequência que passara a acreditar nelas.28
Um dia, William disse a Albert que estava disposto
a parar de atacar os santos se a Igreja lhe pagasse mil
libras esterlinas. Por esse pequeno preço, disse ele,
admitiria publicamente que estava errado sobre os san-
tos e nunca mais entraria em um salão de palestras
para criticar a Igreja. Albert encaminhou a proposta ao
presidente Lund, mas a Primeira Presidência a rejeitou.29
Incapaz de mudar a opinião de seu pai sobre a
Igreja, Albert deixou Exeter depois de algumas semanas.
Antes de se separarem, ele e William foram ao estú-
dio de um fotógrafo para tirar retratos juntos. Em uma
fotografia, William estava sentado junto a uma mesa,
com a mão direita apontando para uma página de um
livro aberto, ao passo que Albert estava atrás dele. Em
outra, os dois homens ficaram lado a lado como pai e

43
Com Coragem, Nobreza e Independência

filho. Por trás dos bigodes de William, havia o esboço


de um sorriso.30

A convenção constitucional de Salt Lake City termi-


nou em maio. Para alegria de Emmeline Wells e inúmeras
outras pessoas de Utah, os representantes votaram a favor
da inclusão do sufrágio feminino na constituição.31
Depois da convenção, B. H. Roberts continuou
ativo na política apesar de suas responsabilidades de
tempo integral na Igreja. Seus discursos contra o sufrágio
feminino foram impopulares em todo o estado. Mesmo
assim, sua reputação como pregador e palestrante per-
maneceu forte dentro e fora da Igreja. Em setembro,
dois meses antes da eleição seguinte, os democratas
de Utah indicaram B. H. como seu candidato à câmara
dos deputados dos Estados Unidos.32
Por décadas, os líderes da Igreja haviam muitas
vezes ocupado cargos governamentais importantes em
Utah. Os santos também votavam em bloco, às vezes
sacrificando suas crenças políticas individuais para pre-
servar a influência da Igreja no território. Mas, depois
que os santos se dividiram em diferentes partidos polí-
ticos, no início da década de 1890, os líderes da Igreja
se tornaram mais cuidadosos em manter os assuntos da
Igreja e do Estado separados, reconhecendo que nem
todos tinham as mesmas opiniões políticas em Utah.
Naquela época, a Primeira Presidência e o Quórum
dos Doze Apóstolos concordaram que as autoridades

44
O caminho certo

gerais não deveriam influenciar os eleitores discursando


publicamente sobre política.33
Durante a convenção constitucional, porém, a Primeira
Presidência suspendeu temporariamente esse conselho,
permitindo que B. H. e outras autoridades gerais servissem
como representantes. Quando B. H. mais tarde recebeu
a indicação do partido democrata, ele não achou que
seria errado aceitá-la. Também não percebeu objeções por
parte da Primeira Presidência. O apóstolo Moses Thatcher
sentiu o mesmo quando os democratas o indicaram para
concorrer ao senado dos Estados Unidos.34
Na reunião geral do sacerdócio de outubro de 1895,
porém, Joseph F. Smith repreendeu publicamente os
dois homens por aceitarem as indicações sem primeiro
consultar os membros de seu quórum. “Temos oráculos
vivos na Igreja, e seu conselho deve ser buscado”, lem-
brou ele à congregação. “No momento em que um
homem com autoridade decide fazer o que lhe agrada,
ele pisa em terreno perigoso.”35
Em seus comentários, o presidente Smith não criti-
cou as crenças políticas de B. H. Em vez disso, reafirmou
a neutralidade política da Igreja, bem como sua norma
de que os líderes da Igreja que serviam em tempo inte-
gral deviam concentrar seu tempo e seus esforços em
seu ministério. Após a reunião, no entanto, os membros
do partido republicano aproveitaram a reprimenda para
atacar a campanha de B.H. Visto que Joseph F. Smith era
republicano, muitos democratas o acusaram de usar sua
posição na Igreja para prejudicar seu partido.36

45
Com Coragem, Nobreza e Independência

Pouco tempo depois, em uma entrevista para um


jornal, B. H. falou de seu respeito pela autoridade da
Igreja e não chegou a acusar a Primeira Presidência de
tentar prejudicar sua campanha. No entanto, insistiu em
seu direito de buscar um cargo político, apesar das obje-
ções da Primeira Presidência, porque acreditava que não
havia violado nenhuma regra da Igreja. Mais tarde, ele
falou mais descaradamente. Em um comício político, ele
condenou os homens que usaram seu prestígio na Igreja
para influenciar os eleitores.37
No dia da eleição, os republicanos em todo o país
obtiveram vitórias esmagadoras contra democratas
como B. H. Roberts e Moses Thatcher. E os eleitores de
Utah aprovaram a nova constituição com sua cláusula
que concedia direitos de voto às mulheres.
B. H. procurou se mostrar alegre em público. Ele e
seu grupo sabiam que alguém teria de perder. “Parece
que foi nosso partido desta vez”, disse ele.
Mas por dentro sentia a dor de sua derrota.38

Em 4 de janeiro de 1896, Utah se tornou o 45º estado


dos Estados Unidos da América. Em Salt Lake City, as
pessoas dispararam salvas de tiros e soaram apitos em
comemoração. Os sinos tocaram naquele dia de céu
claro e azul, enquanto as pessoas lotavam as ruas, agi-
tando bandeiras e faixas.39
No entanto, Heber J. Grant continuava a se preo-
cupar com seus amigos B. H. Roberts e Moses Thatcher.

46
O caminho certo

Os dois homens se recusaram a pedir desculpas por não


consultar seus líderes do sacerdócio antes de buscar um
cargo público, levando a Primeira Presidência e os Doze
a concluir que estavam colocando sua carreira política
à frente de seu serviço na Igreja. A Primeira Presidência
também acreditava que B. H. havia criticado injustamente
eles e a Igreja em alguns de seus discursos políticos e
entrevistas.40
Em 13 de fevereiro, a Primeira Presidência e a maio-
ria dos Doze se reuniram no Templo de Salt Lake com B.
H. e outros presidentes dos setenta. Durante a reunião,
os apóstolos perguntaram a B. H. sobre suas declarações
contra a Primeira Presidência. B. H. confirmou tudo o
que tinha dito e feito, sem retirar nada.
Com o desenrolar da reunião, o coração de Heber
ficou pesado. Um por um, os líderes imploraram a B.
H. que se humilhasse, mas suas palavras não surtiram
efeito. Quando Heber se levantou para falar ao amigo,
a emoção o dominou, sufocando suas palavras.
Depois que cada apóstolo e setenta falou, B. H.
se levantou e disse que preferia perder seu lugar na
Presidência dos Setenta a se desculpar pelo que havia
feito. Pediu, então, aos homens presentes na sala que
orassem para que ele não perdesse a fé.
“Você vai orar por si mesmo?”, perguntou o após-
tolo Brigham Young Jr.
“Para falar a verdade”, disse B. H., “não estou com
muita vontade agora”.

47
Com Coragem, Nobreza e Independência

Quando a reunião terminou, Heber fez a oração


de encerramento. B. H. então tentou sair da sala, mas
Heber o segurou e o abraçou. B. H. se desvencilhou do
abraço e se afastou, com a expressão dura.41
Poucas semanas depois, em 5 de março, a Primeira
Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos novamente
se reuniram com B. H. e o encontraram inalterado. O
presidente Woodruff lhe deu três semanas para recon-
siderar sua posição. Se ele permanecesse impenitente,
eles o desobrigariam dos setenta e o proibiriam de usar
o sacerdócio.42
Na semana seguinte, Heber e seu companheiro
apóstolo Francis Lyman marcaram um encontro par-
ticular com B. H. Enquanto conversavam, B. H. disse
aos apóstolos que não mudaria de ideia. Se a Primeira
Presidência precisasse encontrar alguém para ocupar
seu lugar na Presidência dos Setenta, disse ele, eles
tinham a liberdade de fazê-lo.
B. H. vestiu o casaco e começou a sair. “Quero que
saibam que a ação que deve ser tomada contra mim
está me causando a mais profunda tristeza”, disse ele.
“Não quero que pensem que deixei de valorizar tudo
o que vou perder.”
Heber notou lágrimas nos olhos do amigo e lhe
pediu que se sentasse. B. H. então falou de ocasiões em
que os líderes da Igreja o desprezaram em público e pre-
garam a favor do partido republicano. Por duas horas,
Heber e Francis responderam às suas preocupações e
imploraram que ele mudasse de atitude. Heber sentiu

48
O caminho certo

como se ele e Francis estivessem sendo abençoados


para saber o que dizer.
Quando terminaram de falar, B. H. disse a seus ami-
gos que queria pensar sobre sua situação naquela noite
e voltaria a falar com eles pela manhã para informar sua
decisão. Heber então se despediu de seu amigo, orando
para que o Senhor o abençoasse.43
Na manhã seguinte, B. H. enviou uma breve carta
para Heber e Francis. “Eu me submeto à autoridade de
Deus nos irmãos”, dizia em parte. “Já que eles pensam
que estou errado, vou me curvar a eles e me colocar
em suas mãos como servos de Deus.”
Heber imediatamente fez uma cópia da carta e
correu para o escritório do presidente Woodruff.44

Cerca de duas semanas depois, no Templo de


Salt Lake, B. H. Roberts pediu desculpas à Primeira
Presidência, admitindo seu erro ao não pedir permissão
para concorrer a um cargo político. Lamentou se alguma
coisa que dissera em público tivesse causado dissensão
entre os santos e prometeu reparar qualquer ofensa que
tivesse cometido.
Também disse que, durante sua conversa com
Heber J. Grant e Francis Lyman, os pensamentos sobre
seus antepassados abrandaram seu coração.
“Sou o único representante do sexo masculino na
Igreja por parte de meu pai e também por parte de
minha mãe”, disse ele, “e a ideia de perder o sacerdócio

49
Com Coragem, Nobreza e Independência

e deixar meus antepassados descansarem sem um repre-


sentante do sacerdócio influenciou fortemente meus
sentimentos”.
“Fui ao Senhor e recebi luz e instrução por meio de
Seu Espírito para me submeter à autoridade de Deus”,
continuou ele. “Expresso-lhes meu desejo e minha ora-
ção de que eu possa ter essa satisfação e de passar por
qualquer humilhação que considerarem adequada para
me impor, na esperança de reter pelo menos o sacer-
dócio de Deus e de ter o privilégio de fazer a obra por
meus pais nesta casa sagrada.”45
A Primeira Presidência aceitou as desculpas de
B. H. Dez dias depois, sob a direção do presidente
Woodruff, George Q. Cannon redigiu uma declaração
que esclarecia a posição da Igreja sobre o envolvimento
de seus líderes na política. Apresentou, então, a
declaração à Primeira Presidência e às autoridades gerais
da Igreja para aprovação.46
No dia seguinte, na Conferência Geral de Abril
de 1896, Heber J. Grant leu a declaração aos santos.
Todas as autoridades gerais da Igreja a assinaram, exceto
Anthon Lund, que ainda estava na Europa, e Moses
Thatcher, que se recusou a se reconciliar com a Primeira
Presidência e seus companheiros apóstolos.
Chamado de “Manifesto Político”, a declaração afir-
mava a crença da Igreja na separação entre Igreja e
Estado. Também exigia que todas as autoridades gerais
que se comprometeram com o serviço de tempo inte-
gral na obra do Senhor obtivessem a aprovação de seus

50
O caminho certo

líderes de quórum antes de buscar ou aceitar qualquer


cargo político.47
Na conferência, B. H. Roberts exortou os santos a
apoiar seus líderes eclesiásticos e prestou testemunho
da obra duradoura do Senhor. “Nesta dispensação, a
infalível palavra de Deus prometeu a estabilidade da
obra apesar das imperfeições do povo”, declarou ele.
“Mesmo que alguns tropecem na escuridão”, disse
ele, “eles ainda podem retornar ao caminho certo,
tirando proveito de sua orientação inequívoca para o
bem da salvação”.48

51
C AP ÍTULO 4

Muitas coisas boas

Em 31 de maio de 1896, Susa Gates discursou em Salt


Lake City, na primeira conferência conjunta das Asso-
ciações de Melhoramento Mútuo das Jovens Damas e
dos Rapazes. As duas organizações há muito realizavam
conferências anuais e trimestrais separadamente. Mas,
nos últimos anos, muitos rapazes haviam parado de
frequentar regularmente suas reuniões, levando alguns
líderes da AMMR a propor um reavivamento da organi-
zação por meio da fusão com a AMMJD.1
A presidente geral da AMMJD, Elmina Taylor, e
suas líderes não gostaram da ideia. Embora algumas
Associações de Melhoramento Mútuo já tivessem se
combinado com sucesso em nível da ala, a AMMJD geral
estava prosperando, e suas líderes se perguntavam se a
combinação era do melhor interesse das moças. Por fim,

52
Muitas coisas boas

decidiram contra a fusão, mas concordaram que mais


atividades conjuntas com a AMMR, incluindo aquela
nova conferência anual, poderiam ser benéficas.2
Na primeira conferência, os líderes das AMM dividi-
ram o programa igualmente entre os palestrantes de suas
organizações. Susa, a penúltima oradora do programa,
incentivou seus ouvintes a ter um bom caráter e a viver em
retidão. A experiência foi um tanto nova para Susa, visto
que naquela época as mulheres da Igreja não costumavam
falar para públicos mistos, exceto para prestar testemu-
nho. Agora, ela e outras líderes tiveram a oportunidade
de pregar ao mesmo tempo para homens e mulheres.3
Após a conferência, Susa conversou com seu amigo
e ex-colega Joseph Tanner, que era o presidente do
Colégio Agrícola de Logan. Enquanto conversavam,
Joseph perguntou se Leah, que acabara de se formar
na Universidade de Utah, ainda amava John Widtsoe.
John havia terminado recentemente sua graduação em
química em Harvard e agora era membro do corpo
docente da faculdade de Joseph.
Susa não sabia como responder à pergunta de Joseph.
John estava evitando a filha dela desde que voltou para
casa. Quando Leah lhe escrevera recentemente para pedir
seu conselho sobre se deveria voltar para o Leste a fim
de estudar economia doméstica no Instituto Pratt, uma
conceituada faculdade da cidade de Nova York, John
respondera com uma carta curta e indiferente.4
“Faça o que for para seu próprio bem a longo prazo”,
disse-lhe ele e em seguida lamentou que eles tivessem

53
Com Coragem, Nobreza e Independência

se apaixonado tão jovens. Por mais que ele quisesse se


casar com Leah, não queria que ela fosse a esposa de
um homem pobre. Sua educação o deixara com cerca de
US$ 2 mil em dívidas, e a maior parte de seu pequeno
salário de professor era utilizado no sustento de sua mãe
e seu irmão mais novo.5
Leah escreveu de volta imediatamente. “Não pode-
mos viver sem dinheiro, eu sei, mas, por favor, não
deixe isso influenciar seu amor”, respondeu ela. “Se
amo você, então amo você, quer tenha milhares, quer
esteja devendo milhares.”6
John não mudou de ideia, e Leah partiu para o
Instituto Pratt em setembro de 1896. Ela viajou com sua
amiga Donnette Smith, que estava estudando no Pratt
para se tornar professora de jardim de infância. Antes
de as moças partirem, o pai de Donnette, o presidente
Joseph F. Smith, abençoou Leah para que mantivesse sua
fé diante da tentação, prometendo que seu testemunho
se tornaria mais forte do que nunca.7
Na cidade de Nova York, Leah e Donnette tiveram
experiências pessoais que a geração de suas mães dificil-
mente teria imaginado. As mulheres santos dos últimos
dias daquela geração mais velha, tal como outras mulhe-
res americanas da época, geralmente haviam cursado
apenas o Ensino Fundamental. Algumas foram para o
Leste a fim de estudar medicina e obstetrícia, mas a
maioria se casou jovem, teve filhos e ajudou a estabele-
cer lares e negócios familiares em seus povoados. Muitas
nunca haviam viajado para fora do território de Utah.8

54
Muitas coisas boas

Leah e Donnette, por outro lado, eram jovens solteiras


que moravam em uma grande pensão em uma cidade
movimentada, a mais de 3 mil quilômetros de casa. Nos
dias de semana, elas assistiam a aulas no Instituto Pratt
e se sociabilizavam com pessoas de diferentes origens e
credos. E, aos domingos, iam à igreja em um pequeno
ramo de cerca de uma dúzia de santos.9
Leah e Donnette resolveram viver fielmente sua
religião. Oravam juntas no domingo e liam o Livro de
Mórmon todas as noites antes de dormir. “Meu testemu-
nho da veracidade de nosso evangelho fica mais forte
a cada dia”, escreveu Leah à mãe. “Posso ver a força da
bênção do irmão Smith.”10
Ao contrário do que acontecia em casa, elas tam-
bém tinham a oportunidade de falar sobre sua fé com
pessoas que sabiam bem pouco sobre os santos dos
últimos dias. Fizeram amizade com duas estudantes de
arte, Cora Stebbins e Catherine Couch, que mostraram
algum interesse pela Igreja. Um dia, Leah e Donnette
tiveram a oportunidade de conversar com elas sobre
o templo e o Livro de Mórmon. Leah explicou como
Joseph Smith tinha encontrado e traduzido as placas
de ouro. Também falou sobre as testemunhas do Livro
de Mórmon, a revelação contínua e a organização da
Igreja.
“Nunca vi moças tão interessadas em toda a minha
vida”, escreveu Leah mais tarde para sua mãe. “Elas
ficaram sentadas aqui por duas horas inteiras antes de
percebermos quanto tempo havia passado.”11

55
Com Coragem, Nobreza e Independência

Em 13 de outubro de 1896, Mere Whaanga, uma


maori membro da Igreja, foi ao Templo de Salt Lake
para realizar batismos por dez amigos falecidos da Nova
Zelândia, sua terra natal. Desde que se mudara para Salt
Lake City no início daquele ano, ela e o marido, Hirini,
tornaram-se conhecidos por sua diligente frequência ao
templo. Como muitos santos de fora dos Estados Unidos,
a família Whaanga imigrou para Utah a fim de ficar mais
perto do templo e de suas ordenanças. E, por serem os
únicos maoris com investidura, eles serviam como um
elo entre seu povo e a casa do Senhor.12
Havia apenas quatro templos no mundo, por isso os
santos que moravam fora dos Estados Unidos enviavam
os nomes de entes queridos falecidos a parentes que
moravam em Utah para realizar o trabalho do templo
por eles. Quando Mere e Hirini foram batizados em
1884, porém, eles não tinham parentes em Utah. Logo
sentiram um desejo profundo e forte de vir a Sião e
frequentar o templo.13
Desde o início, seus filhos e netos se opuseram ao
plano de mudança. Utah ficava a 11 mil quilômetros de
Nuhaka, seu vilarejo na costa leste da Ilha Norte da Nova
Zelândia. Hirini tinha responsabilidades importantes como
presidente de ramo e líder da tribo Ngāti Kahungunu dos
maoris. E Mere era a única filha viva de seus pais. No
entanto, o anseio do casal Whaanga por Sião ficava mais
forte a cada dia.14
Nas décadas anteriores, os santos das ilhas do
Pacífico não foram fortemente incentivados a migrar

56
Muitas coisas boas

para Sião. E, quando Mere e Hirini estavam pensando


em mudar, os líderes da Igreja já haviam começado a
desencorajar todos os santos de fora dos Estados Unidos
de se reunirem em Utah, onde os empregos estavam
escassos e os imigrantes podiam ficar desiludidos. A
Primeira Presidência concedeu permissão para a vinda
de um pequeno número de maoris depois que o pre-
sidente da missão da Nova Zelândia garantiu que eram
industriosos e capazes.15
Mere e Hirini foram para Utah em julho de 1894, com
alguns parentes. Estabeleceram-se em Kanab, uma cidade
remota no sul de Utah, para onde o jovem sobrinho de
Hirini, Pirika Whaanga, havia se mudado alguns anos após
o batismo de Hirini e Mere. A família esperava se adaptar
bem ao clima quente do sul de Utah, mas, quando Mere
viu a paisagem seca e árida, desabou a chorar. Pouco
tempo depois, ela recebeu uma notícia proveniente da
Nova Zelândia de que sua mãe havia falecido.16
Com o passar do tempo, a situação da família não
melhorou. Um missionário que eles haviam conhecido
na Nova Zelândia persuadiu Hirini a investir dinheiro
em um empreendimento ruim. Depois de ouvir rumores
sobre o esquema, a Primeira Presidência enviou William
Paxman, um ex-presidente de missão na Nova Zelândia,
para ajudar Mere e Hirini a se mudarem para uma área
onde seus vizinhos não tirariam proveito deles.17
O casal Whaanga agora estava instalado em sua
casa, em Salt Lake City. Eles participavam de reuniões da
Associação Maori de Sião, uma organização de élderes

57
Com Coragem, Nobreza e Independência

que haviam retornado da Missão da Nova Zelândia, e se


reuniam todas as sextas-feiras à noite com alguns mem-
bros do grupo. A Primeira Presidência também os auto-
rizou a realizar as ordenanças do templo pelos parentes
falecidos de todos os santos maoris na Nova Zelândia.18
Embora fosse analfabeta quando veio para Utah, Mere
aprendeu sozinha a ler e escrever para que pudesse estu-
dar as escrituras e escrever cartas para sua família. Hirini
também escrevia cartas encorajadoras para os parentes e
amigos, fazendo o que podia para fortalecer os santos em
casa. Na Nova Zelândia, a Igreja estava crescendo entre os
habitantes europeus e também entre os maoris. Dezenas
de ramos se espalharam por todo o país, com quóruns do
sacerdócio, Sociedades de Socorro, Escolas Dominicais e
Associações de Melhoramento Mútuo.19
Mesmo assim, muitos neozelandeses ainda eram
novos na fé. Alguns missionários, depois de ouvir os
rumores sobre os maus-tratos sofridos pela família
Whaanga em Kanab, temeram que a notícia pudesse
abalar a fé dos santos maoris na Igreja. Já havia relatos
exagerados do que acontecera sendo espalhados pela
Nova Zelândia. Se esses rumores não fossem combati-
dos, a missão poderia enfrentar uma crise.20

No ano seguinte, Elizabeth McCune, que era mem-


bro da Igreja em Salt Lake City e bem-afortunada, fez
uma viagem à Europa com sua família. Enquanto visi-
tavam o Reino Unido, onde seu filho Raymond estava

58
Muitas coisas boas

servindo missão, ela e sua filha Fay ajudavam frequente-


mente os élderes a compartilhar o evangelho restaurado.
Um dia, no final de junho de 1897, ela e Fay foram
ao Hyde Park de Londres para cantar com um coro de
missionários. A rainha Vitória estava comemorando 60
anos no trono, e pregadores de toda a Grã-Bretanha
tinham ido ao parque para realizar reuniões ao ar livre
e competir pelas almas dos que participavam das come-
morações na cidade.
Elizabeth e Fay tomaram seus lugares entre os mis-
sionários, e Elizabeth parabenizou silenciosamente a si
mesma e ao coro à medida que mais e mais pessoas se
reuniam ao redor deles. Então, um homem bem vestido
e de óculos se aproximou e olhou para eles.
“Oh céus! Oh céus!”, ele exclamou. “Que barulho
horrível eles fazem em nosso parque!”21
Suas palavras fizeram com que Elizabeth refreasse
seu orgulho pela apresentação do coro. Mesmo assim,
isso não suprimiu seu desejo de compartilhar o evan-
gelho. Antes de deixar Utah, Elizabeth recebera uma
bênção de Lorenzo Snow, prometendo-lhe que ela seria
um instrumento do Senhor durante suas viagens.
Ele a abençoara, dizendo: “Tua mente será tão clara
como a de um anjo quando explicares os princípios do
evangelho”.22
Elizabeth queria fazer tudo o que pudesse para
ajudar no trabalho missionário. Seu filho havia come-
çado sua missão realizando reuniões em parques e ruas
do centro da Inglaterra. Nessa época, William Jarman

59
Com Coragem, Nobreza e Independência

havia retomado as palestras contra os santos. Embora


não dissesse mais às multidões que seu filho Albert
havia sido assassinado, ele continuava a provocar ata-
ques aos missionários, forçando os élderes a recorrer à
polícia em busca de proteção. Alguns dos missionários
que trabalhavam na área de Raymond foram feridos por
turbas enfurecidas.23
Elizabeth frequentemente acompanhava os mis-
sionários em Londres, segurando seus chapéus e livros
durante as reuniões. Também sentia um desejo ardente
de pregar. Embora não pudesse ser chamada para uma
missão, ela podia se imaginar sendo comissionada por
Deus e tendo serenas conversas sobre religião com as
pessoas na casa delas. Na verdade, ela achava que as
missionárias poderiam atrair mais atenção do que os
jovens élderes e, portanto, ajudar a obra a progredir.24
Poucos meses depois de cantar no Hyde Park,
Elizabeth compareceu à conferência semestral da Igreja
em Londres. Durante a sessão da manhã, Joseph McMurrin,
conselheiro na presidência da missão, denunciou as
críticas que William Jarman fazia contra os santos. Ele
questionou especialmente o hábito de William de fazer
declarações desagradáveis sobre as mulheres santos dos
últimos dias.
“Acabamos de trazer conosco uma senhora de
Utah”, anunciou ele. “Vamos pedir à irmã McCune que
fale esta noite e conte a vocês sua experiência em Utah.”
Ele então incentivou a todos os que estavam na confe-
rência a trazer seus amigos para ouvi-la falar.25

60
Muitas coisas boas

O anúncio assustou Elizabeth. Por mais que dese-


jasse pregar, ela se preocupava com sua inexperiência.
“Se ao menos tivéssemos aqui uma de nossas boas ora-
doras de Utah”, pensou, “que bem ela poderia fazer!”
Os missionários prometeram orar por ela, e ela resolveu
pedir ajuda ao Pai Celestial também.26
A notícia de que Elizabeth falaria naquela noite se
espalhou rapidamente. Antecipando uma grande mul-
tidão, os élderes colocaram assentos extras no corredor
e abriram a galeria. À medida que a hora da reunião se
aproximava, as pessoas encheram a sala até sua capa-
cidade máxima.27
Elizabeth fez uma oração silenciosa e subiu ao
púlpito. Falou para a multidão sobre sua família. Ela
tinha nascido na Inglaterra em 1852 e emigrara para
Utah depois que seus pais se filiaram à Igreja. Tinha via-
jado pelos Estados Unidos e pela Europa. “Em nenhum
lugar”, testificou ela, “encontrei mulheres tão estimadas
como entre os mórmons de Utah”.
“Nossos maridos têm orgulho de suas esposas e
filhas”, continuou ela. “Eles dão a elas todas as opor-
tunidades de assistir a reuniões e palestras, e de tirar
proveito de tudo o que as possa instruir e desenvolver.
Nossa religião nos ensina que a esposa caminha lado a
lado com o marido.”28
Quando a reunião terminou, pessoas desconheci-
das vieram apertar a mão de Elizabeth. Alguém disse:
“Se mais de suas mulheres viessem aqui, muitas coisas
boas seriam feitas”.

61
Com Coragem, Nobreza e Independência

“Senhora”, disse outro homem, “você carrega a ver-


dade em sua voz e em suas palavras”.29

Em 7 de setembro de 1897, John Widtsoe esperava do


lado de fora da sala onde ocorria uma reunião do corpo
docente da Academia Brigham Young, em Provo. Mais
cedo naquele dia, Leah Dunford concordara relutante-
mente em vê-lo após a reunião. Ela agora era uma ins-
trutora de ciências domésticas na academia, ensinando
o que aprendera no ano que passara no Instituto Pratt.
John estava voltando para casa depois de uma viagem
de trabalho pelos desertos do sul de Utah e havia parado
em Provo para reatar seu relacionamento com Leah.30
John ainda estava preocupado com suas dívidas, mas
ele amava Leah e queria se casar com ela. Eles tinham,
porém, praticamente deixado de escrever um para o outro.
Na verdade, um jovem solteiro presidente de missão que
Leah conhecera em Nova York estava prestes a pedir a
mão dela em casamento.31
A reunião do corpo docente deveria terminar às 20
horas e 30 minutos daquela noite, mas só terminou uma
hora depois. Leah, então, deixou John esperando mais
uma hora enquanto ela participava de uma reunião do
comitê para um evento estudantil. Quando a reunião final-
mente terminou, John acompanhou Leah até a casa dela.
Enquanto caminhavam, ele perguntou se poderia
vê-la no dia seguinte. “Isso não será possível”, respon-
deu Leah. “Estarei ocupada até as 5 horas.”

62
Muitas coisas boas

“Bem”, disse John, “talvez seja melhor eu ir para


casa pela manhã”.
“Ora, certamente”, disse Leah.
“Acho que ficarei aqui”, disse John, “se eu puder
vê-la à noite”.32
Na noite seguinte, John foi buscar Leah na acade-
mia em uma carruagem puxada por cavalos, e eles foram
até um local que ficava ao norte da cidade. Ele declarou
que estava pronto para um relacionamento sério, mas
ela não estava tão pronta quanto ele. Ela disse que ele
teria um ano para provar seu amor. Disse também que
não estava preocupada como ele faria isso, mas não
reataria o relacionamento antes desse prazo.
A noite estava clara e John estacionou a charrete
em um local com vista para o vale. Olhando para a lua
brilhante, eles falaram francamente sobre as muitas vezes
em que se ofenderam nos últimos quatro anos. Procura-
ram entender por que seu relacionamento tinha dado
uma virada tão amarga. Antes que percebessem, não
estavam mais olhando para a lua, mas um para o outro.
Por fim, John colocou o braço em volta de Leah e a
pediu em casamento. A determinação dela em fazer com
que ele provasse seu amor se desfez, e ela prometeu se
casar com ele assim que o período escolar terminasse
— desde que os pais dela concordassem com a união.33

Como a mãe de Leah estava viajando por Idaho para


cuidar de assuntos da AMMJD, John falou com o pai de

63
Com Coragem, Nobreza e Independência

Leah primeiro. Sendo dentista em Salt Lake City, Alma


Dunford a princípio pensou que John tinha ido falar
com ele sobre os dentes. Mas, assim que John explicou
seu propósito, os olhos de Alma se encheram de lágri-
mas e ele falou de seu amor e sua admiração por Leah.
Deu seu consentimento para o casamento, expressando
confiança na decisão de sua filha.34
Leah, entretanto, escreveu para a mãe sobre o noi-
vado e recebeu uma resposta infeliz. “O homem que
você escolheu tem muita ambição”, disse Susa a Leah.
“Não para fazer o bem e edificar Sião — mas para obter
fama, adicionar novos louros à sua própria cabeça e
fazer você segui-lo, restringindo sua própria utilidade
futura a ele e aos desejos egoístas dele.”35
Inquieto, John também escreveu a Susa. Ela respon-
deu um mês depois, concedendo seu consentimento
ao casamento, mas também repetindo suas críticas à
aparente falta de devoção dele à Igreja.36
A carta entristeceu John. Como cientista, ele ansiava
por honra e reconhecimento em sua área. E havia dedi-
cado muito de seu tempo e seus talentos para o avanço de
sua carreira. No entanto, mesmo enquanto se debatia com
sua fé em Harvard, nunca se esquivara de suas respon-
sabilidades na Igreja. Ele sabia que tinha o dever de usar
seu conhecimento e sua formação para beneficiar Sião.37
Susa parecia esperar mais dele. A geração de santos
dela — e a geração de seus pais — acreditava que a
ambição pessoal era incompatível com a edificação do
reino. John havia conseguido até então equilibrar sua

64
Muitas coisas boas

carreira científica com seu chamado como conselheiro


e professor no quórum de élderes. Mas seu serviço
dedicado na Igreja não era amplamente conhecido fora
de sua congregação local em Logan.38
“Não fui chamado para ser bispo”, admitiu ele a
Leah, “ou presidente de estaca, ou qualquer cargo de
liderança da estaca, ou presidente dos setenta, ou após-
tolo, ou qualquer um dos altos cargos da Igreja que
tomam todo o tempo de um homem”.
“Posso dizer honestamente”, declarou ele, “que hoje
estou pronto para fazer qualquer coisa que a Igreja me
pedir. Mesmo que a obra que me for designada seja sem-
pre muito humilde, eu a farei com alegria”.39
Leah não precisava ser convencida. Tinha sido a
oração simples de John, proferida naquele primeiro dia
em Harvard, que a fizera se sentir atraída por ele. Mas
Susa precisava de mais tempo com John para conhecer
seu coração e sua fé.40
Em dezembro daquele ano, a família Gates con-
vidou John para passar o Natal com eles. Durante esse
tempo, algo nas palavras e ações cotidianas de John
impressionou Susa, lembrando-a por que ela havia feito
com que ele e Leah se conhecessem a princípio. “Sempre
imaginei que você fosse mesquinho e egoísta”, disse ela
a John após a visita, “mas algumas das coisas que você
disse enquanto estava conosco dissiparam essa noção”.
Ela não tinha mais medo do casamento. “Sinto
em meu espírito o testemunho de que tudo está bem”,
escreveu ela.41

65
C AP ÍTULO 5

Uma preparação
essencial

Quando seu navio entrou no porto de Liverpool,


Inglaterra, Inez Knight, de 21 anos, avistou seu irmão
mais velho William nas docas, esperando em meio a uma
multidão de companheiros missionários. Era 22 de abril de
1898. Inez e sua companheira, Jennie Brimhall, estavam
indo para a Missão Britânica como as primeiras mulheres
solteiras designadas como “missionárias” da Igreja. Tal
como Will e outros élderes, elas pregariam nas reuniões
de rua e iriam de porta em porta, divulgando o evangelho
restaurado de Jesus Cristo.1
A decisão de chamar mulheres como missionárias
foi em parte resultado da pregação de Elizabeth McCune
no ano anterior. Depois de ver a repercussão da prega-
ção de Elizabeth no público, o líder da missão Joseph
McMurrin escreveu ao presidente Woodruff. “Se várias

66
Uma preparação essencial

mulheres brilhantes e inteligentes fossem chamadas


para servir missão na Inglaterra”, argumentou ele, “os
resultados seriam excelentes”.2
A Primeira Presidência concordou. Louisa Pratt,
Susa Gates e outras mulheres casadas serviram uma mis-
são bem-sucedida ao lado de seus respectivos maridos,
embora sem um chamado oficial para a missão. Além
disso, as líderes da Sociedade de Socorro e da AMMJD
foram boas embaixadoras da Igreja em eventos como
a Feira Mundial de 1893. E muitas mulheres jovens e
solteiras adquiriram experiência ensinando e liderando
reuniões na AMMJD, o que as preparou para pregar a
palavra de Deus.3
Depois de se reunir com Will, Inez caminhou com
ele e Jennie até a sede da missão, um prédio de qua-
tro andares que os santos ocupavam desde a década
de 1850. Lá, elas conheceram o presidente McMurrin.
“Quero que cada uma de vocês compreenda que foi
chamada para cá pelo Senhor”, disse ele. Enquanto ele
falava, Inez sentiu pela primeira vez a grande respon-
sabilidade que pesava sobre seus ombros.4
No dia seguinte, ela e Jennie acompanharam o pre-
sidente McMurrin e outros missionários a Oldham, uma
cidade industrial a leste de Liverpool. À noite, formaram
um círculo em uma esquina movimentada, fizeram uma
oração e cantaram hinos até que uma grande multidão
se juntou ao redor deles. O presidente McMurrin anun-
ciou que uma reunião especial seria realizada no dia

67
Com Coragem, Nobreza e Independência

seguinte e convidou todos a vir e ouvir a pregação de


“mulheres mórmons de verdade”.
Quando ele disse isso, uma sensação de mal-estar
tomou conta de Inez. Ela se sentiu nervosa em relação a
falar para uma grande multidão. Ainda assim, enquanto
estava entre os missionários com seus chapéus de seda
e ternos pretos, ela nunca tinha se sentido tão orgulhosa
de ser um santo dos últimos dias.5
Na noite seguinte, Inez tremia enquanto esperava
sua vez de falar. Tendo ouvido terríveis mentiras sobre as
mulheres santos dos últimos dias contadas por William
Jarman e outros críticos da Igreja, as pessoas ficaram
curiosas sobre ela e as outras mulheres que falariam na
reunião. Sarah Noall e Caroline Smith, esposa e cunhada
de um dos missionários, discursaram primeiro à con-
gregação. Inez então falou e, apesar de seu medo, ela
se surpreendeu por se sair tão bem.
Inez e Jennie logo foram designadas para trabalhar
em Cheltenham. Elas iam de porta em porta e frequen-
temente testemunhavam em reuniões de rua. Também
aceitavam convites para se reunir com as pessoas em sua
casa. Os ouvintes geralmente as tratavam bem, embora
ocasionalmente alguém zombasse delas ou as acusasse
de estar mentindo.6
Os esforços para corrigir informações falsas recebe-
ram um grande impulso quando James E. Talmage, um
acadêmico santo dos últimos dias nascido na Inglaterra,
viajou por todo o Reino Unido para proferir palestras
públicas sobre Utah, o Oeste americano e os santos. As

68
Uma preparação essencial

palestras foram realizadas em salões bem conhecidos e


atraíram centenas de pessoas. Enquanto falava, James
usava um dispositivo chamado estereóptico, que proje-
tava imagens de alta qualidade de Utah em uma grande
tela, dando ao público uma imagem nítida das pessoas e
de lugares do estado. Depois de uma apresentação, um
homem saiu dizendo: “Isso foi bem diferente da palestra
de Jarman”.7
Enquanto isso, Inez e Jennie esperavam ver mais
mulheres servindo missão. “Sentimos que o Senhor está
nos abençoando em nossos esforços de dissipar o pre-
conceito e espalhar a verdade”, relataram elas aos líderes
de missão. “Confiamos que muitas das moças dignas de
Sião terão permissão de desfrutar o mesmo privilégio
que temos agora, pois sentimos que elas podem fazer
muitas coisas boas.”8

Mais ou menos na época em que Inez Knight e Jennie


Brimhall partiram para a Inglaterra, Hirini Whaanga
chegou a Wellington, Nova Zelândia, como missionário
de tempo integral. A Primeira Presidência fez o chamado
no início de 1898, e Hirini atendeu imediatamente. “Farei
toda a preparação necessária”, disse ele à presidência, “e
me esforçarei para magnificar meu chamado como élder
de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”.9
O chamado missionário de Hirini, como o das mis-
sionárias solteiras, foi um marco na história da Igreja.
Embora os “missionários locais” maoris, às vezes,

69
Com Coragem, Nobreza e Independência

ajudassem os élderes na Nova Zelândia, Hirini foi o pri-


meiro maori chamado para o serviço de tempo integral.
O chamado veio depois que Benjamin Goddard e Ezra
Stevenson, dois ex-missionários da Nova Zelândia, reco-
mendaram que o presidente Woodruff enviasse Hirini
em missão. Como um dos maoris mais amados e respei-
tados da Igreja, Hirini pôde fazer um grande trabalho
entre seu povo, incluindo o de reunir sua genealogia e
testificar do trabalho sagrado que ele e sua esposa, Mere,
estavam realizando no Templo de Salt Lake.10 Como os
relatos exagerados sobre as dificuldades que sua família
enfrentara em Kanab estavam criando inquietação entre
alguns santos maoris, ele também pôde fazer um relato
verdadeiro de suas experiências em Utah.11
Cientes das dificuldades financeiras da família
Whaanga, os membros da Associação Maori de Sião
prometeram financiar a missão de Hirini. A Décima
Primeira Ala de Salt Lake City também realizou um con-
certo beneficente para arrecadar dinheiro para ele.12
Deixando sua família em Utah, Hirini viajou para
a Nova Zelândia com outros novos missionários. Agora
com 70 anos de idade, ele era décadas mais velho do
que todos os seus companheiros. Ezra Stevenson, que
recentemente perdera a esposa e o único filho, liderava
o grupo como o novo presidente de missão. Ele havia
servido como secretário da Associação Maori de Sião
pouco antes de seu chamado e falava bem o idioma
maori. Nenhum dos outros novos missionários ameri-
canos sabia falar o idioma.13

70
Uma preparação essencial

No dia seguinte à chegada à Nova Zelândia, Hirini


e seus companheiros participaram de uma conferência
a cerca de 80 quilômetros a nordeste da cidade de
Wellington. Sabendo que Hirini estaria lá, muitos santos
maoris fizeram um esforço extra para comparecer. Eles
e os outros santos da Nova Zelândia recepcionaram os
missionários com uma banda de música e os conduziram
rua abaixo até a conferência. Lá, os recém-chegados
foram saudados com uma dança cerimonial maori
chamada haka.
Lágrimas correram copiosamente pelo restante da
tarde. Os santos desfrutaram de uma refeição, e os paren-
tes de Hirini apertaram a mão dele e pressionaram a testa
e o nariz contra os dele em uma saudação tradicional
maori. O presidente da missão levou os santos maoris
a uma varanda próxima, onde se reuniram em torno de
Hirini e lhe fizeram discursos de boas-vindas à Ilha do
Norte. Não se retiraram antes das 2 horas da manhã.14
No dia seguinte, Hirini pregou aos santos sobre
Joseph Smith, a autoridade do sacerdócio e o trabalho
da Associação Maori de Sião. Também pediu aos santos
que compilassem sua genealogia e fizessem as ordenan-
ças do templo por seus antepassados.15
Após a conferência, os santos voltaram para casa,
e Hirini e Ezra iniciaram sua jornada pela missão.16

Na primavera de 1898, surgiram tensões entre os


Estados Unidos e a Espanha depois que um navio

71
Com Coragem, Nobreza e Independência

de guerra americano explodiu na costa de Havana,


Cuba. Os jornais culparam a Espanha pela explosão e
publicaram histórias de partir o coração sobre a luta dos
cubanos pela independência do domínio espanhol. Em
todos os Estados Unidos, cidadãos indignados pediram
ao Congresso que interviesse em nome de Cuba.17
Em Utah, os líderes da Igreja estavam divididos
sobre a guerra contra a Espanha. Além de equipar o
Batalhão Mórmon para a Guerra Mexicano-Americana
de 1846–1848, a Igreja nunca incentivara os santos a se
alistarem no exército durante conflitos armados. George
Q. Cannon defendeu uma ação contra a Espanha, mas
Joseph F. Smith lamentou a febre de guerra que asso-
lava a nação. No Woman’s Exponent, Emmeline Wells
publicou artigos de apoio e oposição à guerra.18
Nenhum líder da Igreja foi mais expressivo em sua
oposição à guerra do que o apóstolo Brigham Young Jr.
“A missão do evangelho é a paz”, declarou ele em uma
reunião no Tabernáculo de Salt Lake, “e os santos dos
últimos dias devem se esforçar para gerá-la e mantê-la”.
Chamando o crescente conflito de “um abismo cavado
por homens sem inspiração”, ele exortou os jovens san-
tos a não se alistarem nas forças armadas.19
Sempre que surgiam controvérsias na Igreja, Wilford
Woodruff geralmente se voltava para seus conselheiros,
George Q. Cannon e Joseph F. Smith, e perguntava:
“Bem, irmãos, o que vocês acham disso?” Mas, depois de
saber o que Brigham Jr. dissera, o profeta rapidamente
o censurou. A Igreja havia restaurado recentemente seu

72
Uma preparação essencial

relacionamento com os Estados Unidos, e o presidente


Woodruff não queria que líderes importantes da Igreja
parecessem desleais à nação.
“Essas observações foram muito imprudentes e não
deveriam ter sido feitas”, disse ele. “Agora somos parte
da nação e temos a obrigação de fazer nossa parte com
o restante dos cidadãos do governo.”20
Os Estados Unidos declararam guerra à Espanha em
25 de abril de 1898, um dia após o discurso de Brigham
Jr., e o Deseret Evening News publicou um editorial afir-
mando a lealdade dos santos aos Estados Unidos. “Não
são amantes da guerra nem dados à sede de sangue, no
entanto eles estão fiel e firmemente com nosso país e a
favor dele em todas as causas justas”, declarava o artigo.
Logo, mais de 600 moradores de Utah se alistaram nas
forças armadas dos Estados Unidos para lutar na guerra,
que durou apenas alguns meses.21
Naquela época, a saúde de Wilford começou a pio-
rar. E, no início de junho, George Q. Cannon sofreu um
pequeno derrame. A convite de amigos da Igreja na Cali-
fórnia, os dois viajaram para São Francisco na esperança
de que o clima ameno os ajudasse a descansar e a se
recuperar. Lá chegando, consultaram médicos, visitaram
amigos e se reuniram com o ramo local dos santos.22
Em 29 de agosto, Wilford e George fizeram um pas-
seio de carruagem por um parque que ficava à beira do
Oceano Pacífico. Enquanto observavam as ondas do mar
chegando e quebrando na costa, Wilford falou sobre sua
época como missionário nos primeiros dias da Igreja. Ele

73
Com Coragem, Nobreza e Independência

se lembrou de ter compartilhado o evangelho com seu


pai e sua madrasta, que foram batizados pouco antes do
nascimento de seu primeiro filho.
Ele e George se conheceram um ano e meio depois.
Wilford era um jovem apóstolo em sua primeira missão na
Inglaterra. George era um garoto de 13 anos que gostava
de livros.
Agora, sentados lado a lado quase 60 anos depois,
eles falavam do evangelho e da felicidade que ele lhes
trouxera. “Que trabalho maravilhoso tivemos”, concor-
daram eles, “em dar testemunho da obra de Deus”.23

Três dias depois, em 2 de setembro, George enviou


um telegrama de São Francisco para Joseph F. Smith em
Salt Lake City:

“O presidente Woodruff faleceu. Ele nos


deixou às 6 horas e 40 minutos desta
manhã. Divulgue a notícia para a família
dele. Dormiu tranquilamente a noite toda
e faleceu sem se mexer”.24

Lorenzo Snow estava em sua casa no norte de Utah


quando soube do falecimento do profeta. Imediata-
mente pegou um trem para Salt Lake City, preocupado
com o futuro. Como apóstolo sênior, ele sabia que pro-
vavelmente se tornaria o próximo presidente da Igreja.
Seis anos antes, na verdade, o presidente Woodruff havia

74
Uma preparação essencial

falado a Lorenzo sobre a vontade do Senhor de que ele


se tornasse o próximo profeta.
“Quando eu me for, quero que você, irmão Snow,
não tarde em organizar a Primeira Presidência”, disse
ele. “Tome George Q. Cannon e Joseph F. Smith como
seus conselheiros. Eles são homens bons, sábios e
experientes.”25
Mas Lorenzo estava apreensivo em assumir o cargo,
especialmente quando pensava na situação das finanças
da Igreja. Apesar dos esforços de Heber J. Grant e outros,
a Igreja ainda estava atolada em dívidas, e algumas pes-
soas especulavam que ela devia pelo menos um milhão
de dólares aos credores. O próprio Lorenzo temia que a
dívida chegasse a 3 milhões.26
Nos dias que se seguiram à morte do presidente
Woodruff, Lorenzo dirigiu os negócios da Igreja como
presidente do Quórum dos Doze Apóstolos. No entanto,
ele se sentia profundamente inadequado. Em 9 de setem-
bro, um dia após o funeral, Lorenzo se reuniu com os
Doze. Ainda se sentindo inadequado para o chamado,
ele propôs deixar o cargo de presidente do quórum. Os
apóstolos, no entanto, votaram para continuar a apoiá-lo
como seu líder.27
Certa noite, nessa época, Lorenzo buscou a vontade
do Senhor no Templo de Salt Lake. Ele se sentia depri-
mido e desanimado com suas novas responsabilidades.
Depois de colocar as roupas do templo, suplicou ao
Senhor que iluminasse sua mente. O Senhor respondeu à

75
Com Coragem, Nobreza e Independência

sua oração, manifestando claramente que Lorenzo preci-


sava seguir o conselho do presidente Woodruff de reor-
ganizar a Primeira Presidência imediatamente. George
Q. Cannon e Joseph F. Smith seriam seus conselheiros.
Lorenzo não contou a seus companheiros apóstolos
sobre sua revelação. Em vez disso, esperou, aguardando
que eles recebessem o mesmo testemunho espiritual
sobre o que fazer.28
O quórum se reuniu novamente em 13 de setem-
bro para conversar sobre as finanças da Igreja. Com o
falecimento do presidente Woodruff, a Igreja não tinha
mais um agente fiduciário para cuidar de seus negócios
temporais. Os apóstolos sabiam que essa responsabi-
lidade acabaria recaindo sobre o próximo presidente
da Igreja. Mas o Quórum dos Doze Apóstolos sempre
havia esperado por mais de um ano antes de organizar
uma nova Primeira Presidência. Por enquanto, eles pre-
cisavam autorizar alguém para cuidar dos negócios da
Igreja até que os santos apoiassem um novo presidente.
Enquanto os apóstolos debatiam as soluções para
o problema, Heber J. Grant e Francis Lyman sugeriram
simplesmente organizar uma nova Primeira Presidência.
“Se o Senhor manifestar a você, presidente Snow, que
é a coisa certa a fazer agora”, disse Francis, “estou pre-
parado para votar não apenas em um agente fiduciário,
mas também no presidente da Igreja”.
Os outros apóstolos rapidamente aceitaram a ideia.
Joseph F. Smith propôs que nomeassem Lorenzo como
o novo presidente, e todos apoiaram a moção.

76
Uma preparação essencial

“Cabe a mim fazer o melhor que puder e confiar no


Senhor”, disse Lorenzo. Ele, então, contou aos apóstolos
sobre a revelação que recebera no templo. “Não mencio-
nei esse assunto a ninguém, homem ou mulher”, disse
ele. “Eu queria ver se o mesmo espírito que o Senhor
manifestou a mim estava com vocês.”
Agora que os apóstolos haviam recebido o teste-
munho, Lorenzo estava pronto para aceitar o chamado
do Senhor para servir como novo presidente da Igreja.29

Um mês depois, na Conferência Geral de Outubro de


1898, os santos apoiaram Lorenzo Snow, George Q. Can-
non e Joseph F. Smith como a nova Primeira Presidência.30
O presidente Snow fez da reparação da situação
financeira da Igreja sua primeira prioridade como presi-
dente. Executou um plano aprovado por Wilford Woodruff
antes de sua morte referente à venda de títulos de longo
prazo com juros baixos para ajudar a cobrir as despesas
imediatas da Igreja. Organizou um comitê de auditoria
para avaliar as finanças da Igreja e instituiu um novo sis-
tema de contabilidade. Também procurou gerar novas
receitas fazendo com que a Igreja tomasse posse total do
Deseret News, que antes estava em mãos privadas.31
Esses esforços melhoraram a situação financeira da
Igreja, mas nada disso foi suficiente. Na Conferência Geral
de Abril de 1899, o presidente Snow e outros líderes da
Igreja pregaram sobre o dízimo, uma lei que os santos não
haviam cumprido diligentemente desde que o governo

77
Com Coragem, Nobreza e Independência

confiscara um número significativo de propriedades e


bens da Igreja, mais de uma década antes. O profeta tam-
bém aconselhou os santos a não contrair dívidas.
“Usem seus chapéus velhos até que tenham condi-
ções de comprar um novo”, disse ele. “Seu vizinho talvez
possa comprar um piano para a família, mas esperem até
que vocês tenham como pagar antes de comprar um.”32
Também instruiu os líderes locais a gastar os fundos
da Igreja com sabedoria. “Pode haver circunstâncias que
justificariam nosso endividamento, mas são comparati-
vamente poucas”, disse ele. “Via de regra, está errado.”33
Certa manhã, no início de maio, o presidente Snow
estava sentado na cama quando seu filho LeRoi entrou
no quarto. LeRoi acabara de retornar de uma missão na
Alemanha e trabalhava como secretário pessoal de seu
pai. O profeta o cumprimentou e anunciou: “Estou indo
para St. George”.34
LeRoi ficou surpreso. St. George ficava no extremo
sudoeste do estado, a 500 quilômetros de distância. Para
chegar lá, eles teriam que pegar o trem até o ponto mais
ao sul possível e, então, percorrer o restante do caminho
de carruagem. Seria uma viagem longa e árdua para um
homem de 85 anos.35
Partiram no final daquele mês, viajando com
vários amigos e líderes da Igreja. Quando chegaram a
St. George, empoeirados e cansados da viagem, foram
à casa do presidente da estaca, Daniel McArthur, onde
passariam a noite. Curioso, o presidente da estaca per-
guntou por que eles tinham ido para lá.

78
Uma preparação essencial

“Bem”, disse o presidente Snow, “não sei por que


viemos a St. George, sei apenas que o Espírito nos disse
para virmos”.36

No dia seguinte, 17 de maio, o profeta se reuniu


com os santos no Tabernáculo de St. George, um pré-
dio de arenito vermelho que ficava a vários quarteirões
a noroeste do templo. Ele estivera inquieto na noite
anterior, mas parecia forte e alerta enquanto espe-
rava o início da reunião. Foi o primeiro a discursar e,
quando se levantou para falar aos santos, sua voz era
bem clara.37
“Mal podemos expressar o motivo pelo qual vie-
mos”, disse ele, “mas presumo que o Senhor terá algo a
nos dizer”. Ele não ia a St. George havia 13 anos e falou
sobre como ficara contente de ver os santos da cidade
colocando o reino de Deus acima da busca por riquezas.
Ele os exortou a escutar a voz do Espírito e a dar ouvidos
a Suas palavras.
“Para ir para o céu, devemos primeiro aprender a
obedecer às leis do céu”, disse ele, “e nos aproximare-
mos do reino de Deus tão rápido quanto aprendemos
a obedecer às Suas leis”.38
Durante o sermão, o presidente Snow fez uma
pausa inesperada e o salão ficou totalmente em silêncio.
Seus olhos reluziram e seu semblante brilhou. Quando
ele abriu a boca, sua voz estava mais forte. A inspiração
de Deus parecia encher o salão.39

79
Com Coragem, Nobreza e Independência

Ele, então, falou sobre o dízimo. A maioria dos


santos de St. George pagava o dízimo integralmente, e
o profeta reconheceu sua fidelidade. Ele também obser-
vou que os pobres eram os dizimistas mais generosos.
Mas lamentou que muitos outros santos relutassem em
pagar o dízimo integral embora a recente crise financeira
tivesse terminado e a economia estivesse melhorando.
Ele queria que todos os santos observassem estritamente
aquele princípio. “Essa é uma preparação essencial para
Sião”, disse ele.40
Na tarde seguinte, o presidente Snow falou nova-
mente no tabernáculo. “Chegou o momento”, anunciou
ele à congregação, “de todo santo dos últimos dias que
tenciona estar preparado para o futuro, com os pés soli-
damente assentados no chão firme, cumprir a vontade do
Senhor e pagar integralmente o dízimo. Essa é a palavra
do Senhor para vocês e será a palavra do Senhor para
todos os assentamentos espalhados pela terra de Sião”.41

Em sua viagem de volta a Salt Lake City, o presidente


Snow parou nas aldeias e cidades ao longo do caminho
para testificar da vontade revelada do Senhor. “Fomos
educados na lei do dízimo por 61 anos, mas ainda não
aprendemos a observá-la”, disse ele aos santos em uma
cidade. “Estamos em uma condição terrível e, por causa
disso, a Igreja está em cativeiro. O único alívio para
os santos é a observância dessa lei.” Ele os desafiou a
obedecer plenamente à lei e prometeu que o Senhor os

80
Uma preparação essencial

abençoaria por seus esforços. Também declarou que o


pagamento do dízimo seria então um requisito rigoroso
para a frequência ao templo.42
Quando chegou a Salt Lake City, continuou a exortar
os santos a pagar o dízimo, prometendo que o Senhor
perdoaria sua desobediência à lei, santificaria sua terra e
os protegeria do mal. Em 2 de julho, ele falou sobre a lei
em uma reunião com autoridades gerais, líderes gerais
da Igreja, presidências de estaca e bispos no Templo de
Salt Lake.43
“O Senhor nos perdoou por nossa negligência em
pagar nosso dízimo no passado, mas Ele não nos per-
doará mais”, declarou ele. “Se não obedecermos a essa
lei, seremos dispersos como o foram os santos do con-
dado de Jackson.”
Antes do encerramento da reunião, o profeta pediu
a todos que se levantassem, erguessem a mão direita e
se comprometessem a aceitar e a guardar a lei do dízimo
como a palavra do Senhor. “Queremos que vocês sejam
diligentes em obedecer a essa lei”, disse ele aos santos,
“e vejam que a palavra está sendo transmitida a todas
as partes da Igreja”.44

81
C AP ÍTULO 6

Nosso desejo e
nossa missão

Hirini Whaanga se alegrou quando ele e seus compa-


nheiros missionários foram recebidos por um grupo de
santos maoris na vila de Te Horo, na Ilha do Norte da
Nova Zelândia. Os santos maoris amavam Hirini como a
um avô e se orgulhavam de seu trabalho como missio-
nário de tempo integral. Sempre que ele visitava aqueles
assentamentos, eles cumprimentavam a eles e a seus
companheiros da mesma maneira: “Haere mai!” Entrem!
Em Te Horo, algumas pessoas acreditavam nos boa-
tos sobre os maus-tratos aos Whaanga em Utah. Alguns
deles tinham até ouvido dizer que Hirini havia morrido.
Ignorando aquelas histórias, Hirini perguntou: “Estou
com cara de morto? Pareço estar sendo maltratado?”1
Os missionários realizaram uma conferência de dois
dias com os santos dos dez ramos da região. Quando

82
Nosso desejo e nossa missão

chegou sua vez de se dirigir à congregação, Hirini se sen-


tiu inspirado a falar sobre a salvação dos mortos. Depois
disso, a maioria dos santos da congregação deu a ele os
nomes de seus antepassados falecidos para que ele e sua
família realizassem as ordenanças por eles no templo.2
Logo após a conferência, Hirini viajou com o presi-
dente da missão, Ezra Stevenson, e dois outros missio-
nários para um vilarejo remoto chamado Mangamuka.
Os missionários tinham sido expulsos de lá alguns anos
antes e advertidos a nunca mais voltarem. No entanto,
Hirini tinha um parente que morava lá, então eles deci-
diram visitá-lo.
Os missionários se aproximaram de Mangamuka
com cautela. Quando perguntaram onde estava Tipene,
o parente de Hirini, foi-lhes dito que esperassem
fora do vilarejo. A recepção foi bem menos calorosa
do que em outros lugares na viagem, e Hirini ficou
desanimado.
Após um tempo, Tipene saiu da vila e, em lágrimas,
recebeu Hirini com um abraço e a saudação tradicional
maori, o hongi. Depois, fizeram uma refeição juntos, e
Tipene levou os missionários para uma confortável resi-
dência. O ambiente no vilarejo ficou menos hostil, e os
élderes foram convidados a falar a alguns que se haviam
reunido.
Antes de falar, Ezra garantiu aos ouvintes que não
tinha vindo para condená-los, mas para convidá-los a
partilharem da verdade de sua mensagem. A congre-
gação ouviu com interesse, e vários homens reagiram

83
Com Coragem, Nobreza e Independência

favoravelmente às suas palavras. Hirini também falou,


pregando corajosamente até meia-noite, quando seus
companheiros foram dormir. Ele então continuou a falar
madrugada adentro.3
Ezra e um dos outros élderes tiveram que partir
naquela manhã, mas os aldeões convidaram Hirini e
outro missionário, George Judd, a continuar a ensiná-los.
Os missionários ficaram lá quatro dias, realizaram cinco
reuniões e batizaram dois rapazes. Hirini e George então
pregaram em outras aldeias e batizaram mais 18 pes-
soas antes de voltarem a se encontrar com Ezra algumas
semanas depois.4
Hirini continuou viajando com o presidente da
missão, instruindo os santos e coletando a genealogia
deles. Muitas vezes, enquanto ouvia a pregação de Hirini,
Ezra se maravilhava com a capacidade de seu amigo
de engajar os ouvintes maoris. “Ele presta um vigoroso
testemunho e impressiona o povo”, escreveu Ezra em
seu diário. “Ele sabe exatamente como tocar o coração
maori, muito melhor do que nós.”5
Em abril de 1899, Hirini foi desobrigado honrosa-
mente da missão. Uma matéria jornalística anunciando
seu retorno a Salt Lake City elogiava seu trabalho na
Nova Zelândia. “O trabalho naquela terra distante rece-
beu um grande impulso”, relatava o artigo. “Em cada
distrito, foram obtidas informações genealógicas, e
a fé e o zelo dos santos maoris foram fortalecidos e
aumentados.”6

84
Nosso desejo e nossa missão

Naquele semestre, John Widtsoe estava estudando


química na Universidade de Göttingen, na Alemanha
central. Seu trabalho na Faculdade Agrícola em Logan
o levou a pesquisar carboidratos e, em Göttingen, ele
pôde estudar sob o comando de um cientista renomado
nessa área. Agora, faltavam apenas alguns meses para
ele concluir o doutorado.
John havia se casado com Leah Dunford no Templo
de Salt Lake, no dia 1º de junho de 1898, dois meses
antes de o casal se mudar para a Europa. Antes de
partir, o tio de Leah, Brigham Young Jr., havia desig-
nado John por imposição de mãos como missionário
para a Europa, autorizando-o a pregar o evangelho
quando não estivesse estudando. Como a Alemanha
era famosa por seus conservatórios, a irmã de Leah,
Emma Lucy Gates, de 17 anos, foi morar com eles para
estudar música. Além disso, desde 2 de abril de 1899,
John e Leah haviam se tornado os orgulhosos pais de
uma menina, Anna Gaarden Widtsoe, nome dado em
homenagem à mãe de John.7
Embora John ainda estivesse sustentando a mãe e
o irmão mais novo, Osborne, que estava servindo mis-
são no Taiti, ele e Leah conseguiram viver na Europa
graças, em parte, a uma generosa bolsa concedida pela
Universidade de Harvard. Göttingen era uma antiga
cidade universitária, cercada por colinas arborizadas
e extensões de terras agrícolas. Por serem os únicos
santos dos últimos dias na cidade, John, Leah e Lucy

85
Com Coragem, Nobreza e Independência

realizavam suas próprias reuniões sacramentais e seu


estudo do evangelho. Ocasionalmente, os missionários
da Missão Alemã vinham a Göttingen para visitá-los.8
A Igreja na Alemanha tinha cerca de mil membros.
Havia traduções em alemão das obras-padrão, bem
como uma revista bimensal da Igreja, chamada Der
Stern. Mas apenas cinco santos alemães eram portadores
do Sacerdócio de Melquisedeque, e o crescimento era
lento.9 Muitos alemães eram céticos em relação às igrejas
de origem estrangeira, e os missionários eram frequen-
temente banidos das cidades. Os santos às vezes tinham
que se reunir em segredo ou sob vigilância policial.10
No final do primeiro semestre, Lucy partiu para estu-
dar no Conservatório de Música de Berlim. Sua avó, Lucy
Bigelow Young, veio de Utah para lhe fazer companhia.
Quando John terminou sua tese, ele, Leah e a bebê Anna
foram morar com elas em Berlim. Ele então começou a
estudar para a defesa do doutorado, o último passo para
obter o título. Ele também fez uma viagem de seis sema-
nas à Noruega e à Dinamarca para pregar o evangelho,
visitar parentes e pesquisar sua genealogia.11
Por ter ficado longe da Noruega desde que se
mudara do país aos 11 anos de idade, John ficou encan-
tado por estar perto de mais familiares. “Passei momentos
excelentes com os parentes de minha mãe”, escreveu ele
numa carta para Leah em setembro. “Fui recebido como
um nobre e tratado como tal.”12
Quando John retornou à Alemanha, viajou de
volta a Göttingen para fazer sua defesa do doutorado,

86
Nosso desejo e nossa missão

enquanto Leah e o bebê ficaram em Berlim. Os pro-


fessores pareciam otimistas quanto a seu sucesso, mas
John temia decepcioná-los.
“Coloquei o assunto nas mãos do Senhor”, escreveu
ele para Leah em 20 de novembro, dia da defesa. “Se,
Deus me livre, eu não conseguir, não me sentirei cul-
pado. Nem tenho palavras para expressar o ânimo que
me trazem os jejuns e as orações de vocês.”13
Quando chegou o momento da defesa, John ficou
diante de uma banca com mais de 12 professores, todos
preparados para interrogá-lo sobre suas pesquisas. John
deu o melhor de si para responder às perguntas deles de
maneira satisfatória. Quando terminaram, duas ou três
horas depois, pediram que ele saísse da sala enquanto
decidiam seu destino.
Mais tarde naquela noite, após terminar seu jejum,
Leah recebeu um telegrama de John. Dizia: “Magna,
pela graça de Deus”. Ela entendeu perfeitamente o sig-
nificado. John havia passado na defesa e concluído seu
doutorado com honras: magna cum laude.14

Algumas semanas depois, em 4 de dezembro de 1899,


B. H. Roberts aguardava ansiosamente em Washington,
D.C., onde faria seu juramento de posse como depu-
tado recém-eleito de Utah no Congresso dos Estados
Unidos. Empilhados na frente do salão da Câmara dos
Deputados, havia 28 rolos de papel, cada um com cerca
de 60 centímetros de diâmetro. B. H. sabia que neles

87
Com Coragem, Nobreza e Independência

estavam escritos os nomes de 7 milhões de pessoas que


não queriam que ele estivesse lá.15
Três anos depois de perder a eleição de 1895, B.
H. havia se candidatado novamente a um mandato no
Congresso, desta vez com o consentimento da Primeira
Presidência.16 Sua campanha foi um sucesso, mas os críticos
da Igreja imediatamente aproveitaram a vitória para minar a
imagem emergente dos santos como um povo respeitador
da lei, patriótico e monógamo. Os ataques partiam de
ministros protestantes e organizações de mulheres, que
advertiam às pessoas em todo o mundo que B. H. — um
líder polígamo da Igreja, que teve filhos com uma esposa
plural após o Manifesto — estava vindo a Washington para
defender o casamento plural, corromper a moral pública e
ampliar o poder político da Igreja.17
Com o aumento da indignação pela eleição de
B. H., o editor William Randolph Hearst entrou na briga.
Ansioso para aproveitar a polêmica e impulsionar as ven-
das de seu jornal na cidade de Nova York, Hearst publi-
cou artigos mordazes sobre B. H. e a Igreja, retratando
ambos como ameaças à moral e aos bons costumes
americanos. De fato, o abaixo-assinado com 7 milhões
de nomes disposto no chão da Câmara era uma inicia-
tiva do jornal de Hearst para pressionar os legisladores
a cassar o mandato de B. H.18
Pouco depois do meio-dia, B. H. foi convocado
para fazer o juramento de posse. Enquanto caminhava
para a frente do plenário, um congressista se levantou e
propôs calmamente a cassação do mandato de B. H. por

88
Nosso desejo e nossa missão

causa de seus casamentos plurais. Outro parlamentar


apoiou a moção. “Ele é polígamo”, disse o homem, “e
sua eleição é uma afronta aos lares americanos”.19
No dia seguinte, B. H. tentou assegurar aos legis-
ladores que não tinha desejo de usar sua nova posição
para defender o casamento plural. “Não estou aqui para
promovê-lo”, garantiu-lhes ele. “Não há motivo para
defender essa causa. Essa questão já foi resolvida.”20
Não convencida, a Câmara instalou uma comissão
parlamentar de inquérito para averiguar o caso de
B. H. e a natureza de seus casamentos plurais. Eles
estavam particularmente perturbados por ele ter
continuado a viver com suas esposas plurais e a ter
filhos com elas. Quando a comissão apresentou provas
daqueles relacionamentos, B. H. declarou que não
havia desafiado frontalmente a lei. Muitos homens
santos dos últimos dias haviam continuado a viver
discretamente com as esposas plurais com quem se
casaram antes do Manifesto e não acreditavam que isso
violasse seu acordo de obedecer às leis dos Estados
Unidos a partir daquele momento. No entanto, a
comissão discordou e, em 25 de janeiro de 1900, a
maioria esmagadora da Câmara dos Deputados votou
pela perda de seu mandato.21
A cassação de B. H. saiu nas primeiras páginas dos
jornais de todos os Estados Unidos. Em Utah, a Primeira
Presidência admirou a ousadia de B. H. ao defender seus
princípios em Washington, mas lamentou a repercus-
são negativa que a eleição dele causou para os santos

89
Com Coragem, Nobreza e Independência

dos últimos dias. Mais uma vez, a imprensa americana


lançava um olhar crítico sobre a Igreja.22
Embora parte dos relatos jornalísticos fosse impre-
cisa, um argumento básico estava correto: o casamento
plural ainda existia na Igreja. E não apenas no sentido de
que homens e mulheres mantivessem seus casamentos
plurais após o Manifesto.23 Por terem vivido, ensinado e
sofrido pelo casamento plural por mais de meio século,
muitos santos não conseguiam imaginar um mundo sem
ele. De fato, nos oito anos desde o Manifesto, alguns mem-
bros dos Doze — agindo com a aprovação de George
Q. Cannon, Joseph F. Smith ou de seus intermediários —
haviam realizado em segredo novos casamentos plurais.
Durante esse tempo, quatro dos apóstolos também haviam
feito novos casamentos plurais.
Os santos que se casaram após o Manifesto o fizeram
acreditando que o Senhor não havia renunciado comple-
tamente ao casamento plural, mas simplesmente havia
retirado a ordem divina para que os santos o apoiassem
e defendessem como uma prática da Igreja.24 Além disso,
no Manifesto, Wilford Woodruff havia aconselhado os
santos a se submeterem às leis antipoligamia nos Estados
Unidos. No entanto, o documento não fazia menção
alguma às leis do México ou do Canadá. A maioria dos
novos casamentos plurais ocorrera nesses países, ainda
que um pequeno número tivesse sido realizado nos
Estados Unidos.25
Agora, em meio às repercussões da eleição de B. H.
Roberts, os líderes da Igreja começavam a ver o prejuízo

90
Nosso desejo e nossa missão

de consentirem com a candidatura de um santo polí-


gamo a um cargo federal. Era um erro que pretendiam
não repetir.26

Em abril de 1900, Zina Presendia Card, filha da presi-


dente geral da Sociedade de Socorro Zina Young, voltou
para Cardston, Canadá, após passar várias semanas em
Salt Lake City com sua mãe de 79 anos. Durante a visita,
ela e sua mãe haviam viajado para a Estaca Oneida, no
sul de Idaho, para discursar em uma conferência da
Sociedade de Socorro.
“Ela suportou bem a viagem e falou como um anjo
para as irmãs”, Zina Presendia relatou em uma carta
para sua irmã mais nova, Susa Gates. “Tenho muito
orgulho dela.”
No entanto, Zina Presendia ficou preocupada com a
idade avançada da mãe. Cardston ficava a cerca de 1.100
quilômetros de Salt Lake City. Se a saúde de sua mãe pio-
rasse de repente, Zina Presendia talvez não conseguisse
vê-la novamente antes de ela falecer.27
De volta a Cardston, Zina Presendia reassumiu suas
responsabilidades como presidente da Associação de
Melhoramentos Mútuos das Jovens Damas da Estaca
Alberta. Já fazia 14 anos que o presidente John Taylor
havia pedido ao marido de Zina Presendia, Charles
Card, que liderasse um grupo de santos polígamos que
imigraria para o Canadá. Desde essa época, os santos
haviam estabelecido uma dúzia de assentamentos no sul

91
Com Coragem, Nobreza e Independência

de Alberta. A Estaca Cardston foi fundada em 1895, com


Charles como presidente. Embora a era da colonização
por santos dos últimos dias tivesse chegado ao fim,
novas famílias e negócios continuaram a se mover para
a área, ajudando a edificar a Igreja.28 Agora, havia muitos
jovens santos chegando à idade adulta na região, e Zina
Presendia estava profundamente preocupada com eles.
Cardston era relativamente isolada, mas os jovens
não estavam imunes a males como a jogatina e o abuso
do álcool. Ela sabia que alguns adultos na cidade esta-
vam dando maus exemplos para a geração mais jovem.29
Além disso, ficou claro que os jovens santos dos
últimos dias, não só em Cardston, mas em outras
comunidades, precisavam de mais orientação sobre a
castidade. Antes do Manifesto, as moças tinham mais
oportunidades de se casar e muitas vezes o faziam
em idade mais precoce. Agora, porém, a tendência da
nova geração era se casar mais tarde e, alguns jovens,
especialmente mulheres, nem chegavam a se casar. Com
isso, esperava-se que os jovens permanecessem castos
por períodos mais longos.30
No início de maio, Zina Presendia abordou esses
problemas em uma reunião conjunta da Associação de
Melhoramentos Mútuos das Jovens Damas e da Associação
de Melhoramentos Mútuos dos Rapazes da Ala Cardston.
“Um momento de prazer tende a trazer pesar para toda
a vida”, advertiu ela aos jovens. “Devemos buscar a
humildade e a caridade, além de fazer aos outros o que
gostaríamos que fizessem a nós.”31

92
Nosso desejo e nossa missão

Nas semanas e nos meses seguintes, ela também


participou de várias reuniões da Associação de
Melhoramentos Mútuos das Jovens Damas da Ala
Cardston. A associação se reunia todas as quartas-feiras
à tarde. Mamie Ibey, a presidente da associação da ala,
com 23 anos de idade, geralmente dirigia as reuniões
enquanto outras pessoas davam a lição. A cada dois
meses, as moças também realizavam uma reunião
de testemunho, dando a cada membro do grupo a
oportunidade de testificar perante as colegas.32
Durante todo o ano de 1900, o Young Woman’s
Journal publicou uma série de 12 lições intitulada “Ética
para moças”. Todos os meses, havia uma nova lição, cada
uma destinada a ajudar as moças a discernir o certo e
o errado. Entre os tópicos abordados, estavam hones-
tidade, autocontrole, coragem, castidade e reverência.
Acompanhando cada lição, havia uma série de perguntas
que ajudavam as moças a estudar o material e a falar a
respeito dele.33
Zina Presendia acreditava que a assiduidade à
Associação de Melhoramentos Mútuos poderia ajudar os
jovens e influenciar suas ações para o bem. Nas reuniões,
as moças eram incentivadas a manter distância das coisas
do mundo e dos erros à sua volta. “Nunca devemos ter
vergonha da verdade”, Zina Presendia ensinou a elas,
“nem de assumir que somos mórmons”.34
Ela também exortou os pais das jovens a guiá-las
pelo caminho da retidão. No início daquele ano,
enquanto visitava uma estaca em Idaho, ela ouviu sua

93
Com Coragem, Nobreza e Independência

mãe repetir algo que Joseph Smith havia ensinado à


Sociedade de Socorro em Nauvoo: “Plantem boas ideias
na mente das crianças. Elas observam nosso exemplo”.
Zina Presendia acreditava que essa verdade também se
aplicava em Cardston.
“Devemos dar bons exemplos para nossos filhos”,
relembrou ela a outros líderes em julho, “tomá-los em
nossos braços e em nosso coração, e ensiná-los a evitar
todo o mal”.35

Na tarde de 10 de dezembro de 1900, George Q.


Cannon viu as Ilhas Havaianas pela primeira vez desde
que concluíra sua missão lá na década de 1850. Na
ocasião, aos 23 anos, ele era o mais novo dos dez
primeiros missionários santos dos últimos dias envia-
dos às ilhas. Agora, como conselheiro na Primeira
Presidência, ele estava voltando para comemorar o
cinquentenário da chegada daquele grupo e o início
da Igreja no Havaí.36
Algumas horas depois de avistar o arquipélago,
George e seus companheiros de viagem atracaram em
Honolulu, na ilha de Oahu. Ele passou a noite com
Abraham e Minerva Fernandez, santos dos últimos dias
havaianos, e passou o dia seguinte em uma recepção
com cerca de mil santos em uma capela. Alguns dos
presentes haviam sido batizados por George durante
sua missão. Outros eram filhos e netos de pessoas que
ele havia ensinado.37

94
Nosso desejo e nossa missão

Na manhã seguinte, 12 de dezembro, George acor-


dou incomodado, incerto se deveria falar aos havaianos
na celebração. Como jovem missionário, ele era admi-
rado por sua habilidade ao falar e escrever em havaiano.
Porém, desde que voltara para casa, ele pouco havia
usado o idioma, e agora temia que sua falta de fluência
decepcionasse os santos.38
O evento foi realizado em um teatro recém-inau-
gurado em Honolulu. Os líderes locais da Igreja haviam
convidado uma orquestra profissional, dois coros de
Honolulu e Laie, e outros grupos musicais. Em um pré-
dio governamental próximo, os santos também pre-
pararam um enorme banquete com pratos havaianos
e convidaram todos da comunidade a participar. Para
George, parecia que a cidade inteira estava participando
da celebração.39
Quando chegou sua hora de falar, George começou
seu discurso em inglês, lembrando os primeiros dias de
sua missão, quando vários de seus companheiros aban-
donaram o trabalho, e os habitantes de língua inglesa
das ilhas não mostraram interesse no evangelho. “Foi
então que protestei”, contou George, “e declarei que
estava determinado a permanecer nestas ilhas e traba-
lhar entre este povo”.40
Enquanto falava, George sentiu o Espírito repou-
sar com poder sobre ele. Subitamente, lembrou-se de
algumas palavras em havaiano, e sua inquietação desa-
pareceu quando ele começou a falar no idioma. Os
santos havaianos ficaram ao mesmo tempo surpresos e

95
Com Coragem, Nobreza e Independência

encantados. “Que maravilha”, exclamou alguém, “ele se


lembra de nossa língua após todos esses anos!”41
As comemorações continuaram no dia seguinte, e
George mais uma vez falou aos santos com confiança no
idioma deles. “Hoje, mais do que nunca, sinto os laços
que unem o povo de Deus”, disse ele. “Nos lugares onde
as pessoas creem no evangelho e descem às águas do
batismo, elas passam a amar umas às outras.”42
George passou pouco mais de três semanas com
os santos no Havaí. Enquanto estava na ilha de Maui,
visitou a cidade de Wailuku, onde tivera seu primeiro
sucesso como missionário. A cidade havia mudado
tanto que estava quase irreconhecível, mas ainda assim
ele conseguiu encontrar facilmente o lar de seus ami-
gos Jonathan e Kitty Napela, ambos falecidos décadas
antes. Os Napela eram como uma família para George,
e Jonathan também havia sido seu companheiro na
tradução do Livro de Mórmon para o havaiano.43
Ao visitar as ilhas, George fez muitos novos amigos,
incluindo Tomizo Katsunuma, um japonês que havia se
unido à Igreja enquanto estudava na Faculdade Agrícola
de Utah. Ele também conheceu santos que, apesar de
sua fidelidade, ainda não haviam recebido as ordenan-
ças do templo. Tocado pela situação deles, George os
exortou a viver dignos de entrar no templo e a exercer
fé de que o Senhor inspiraria Seu profeta a levar as
bênçãos do templo a eles.44
No dia da partida de George, centenas de santos e
uma banda local foram ao encontro de sua carruagem no

96
Nosso desejo e nossa missão

cais de Honolulu. Em um último sinal de amor, cerca de


20 crianças e santos mais velhos o cobriram de colares
havaianos de flores coloridas, chamados de lei. Ele então
subiu a bordo do navio, e a banda tocou uma melodia
de despedida.
Olhando para os santos no cais, George soube que
jamais os esqueceria. “Aloha nui”, gritaram eles, expres-
sando seu amor e despedindo-se dele. “Aloha nui.”45

“Hoje o mundo desperta para um novo século.”


A voz de LeRoi Snow ecoou pelo Tabernáculo de
Salt Lake enquanto ele lia uma mensagem que seu pai,
Lorenzo Snow, havia escrito para as nações da Terra.46
Era 1º de janeiro de 1901, o primeiro dia do século
20. O tempo lá fora estava extremamente frio, mas mais
de 4 mil pessoas haviam deixado o aconchego do lar
naquela manhã para comemorar a ocasião por meio
de uma reunião especial com o profeta, outras autori-
dades gerais e o Coro do Tabernáculo. O Tabernáculo
estava decorado para a ocasião e, em frente aos tubos
do órgão, estava disposto um conjunto de luzes elétricas
que formavam a palavra “Bem-vindos”.47
Sentado ao púlpito, não muito longe de onde se
encontrava LeRoi, estava o presidente Snow, que havia
perdido a voz por causa de uma forte gripe. Com os
outros santos no salão, ele ouviu atentamente enquanto
LeRoi leu a mensagem. Intitulada simplesmente de “Sau-
dação ao mundo”, ela refletia sobre as surpreendentes

97
Com Coragem, Nobreza e Independência

descobertas científicas e os avanços tecnológicos dos


cem anos anteriores, expressando o otimismo do pre-
sidente Snow para o século seguinte.
Na mensagem, ele conclamava os governantes de
todo o mundo a abandonarem a guerra e buscarem o
“bem-estar da humanidade” em vez do “enriquecimento
de uma raça ou a ampliação de um império”. Ele decla-
rou: “Em suas mãos, está o poder de preparar o caminho
para o próximo Rei dos reis, cujo domínio será sobre
toda a Terra”. Ele os exortou a promover a paz, pôr fim
à opressão e trabalhar juntos para acabar com a pobreza
e elevar as massas.
Também instou — tanto os ricos quanto os pobres
— a procurar formas de vida melhores e mais carido-
sas. “O dia de sua redenção se aproxima”, disse ele aos
pobres. “Sejam previdentes na prosperidade.” Aos ricos,
ele aconselhou a generosidade: “Abram seus cofres e suas
bolsas e embarquem em empreendimentos que deem
trabalho aos desempregados e aliviem a miséria que leva
ao vício e ao crime, os quais amaldiçoam suas grandes
cidades e envenenam a atmosfera moral ao seu redor”.
Ele testificou do Senhor e de Seu evangelho restau-
rado. “Ele certamente realizará Seu trabalho”, declarou
o presidente Snow, “e o século 20 marcará o avanço
desta obra”.
Por fim, ele abençoou as pessoas do mundo, onde
quer que estivessem. “Que o sol sorria lá de cima sobre
vocês”, disse ele. “Que a luz da verdade afugente as tre-
vas de sua alma. Que a retidão aumente e a iniquidade

98
Nosso desejo e nossa missão

diminua, e que os anos deste século transcorram. Que


a justiça triunfe e a corrupção seja erradicada.”
“Que esses sentimentos, como a voz dos ‘mórmons’
nas montanhas de Utah, cheguem ao mundo inteiro”,
declarou ele, “e que todos saibam que nosso desejo
e nossa missão são para bênção e salvação de toda a
raça humana”.48

99
C AP ÍTULO 7

Sob julgamento

No início de 1901, Joseph F. Smith começou a assu-


mir mais responsabilidades na Primeira Presidência da
Igreja devido ao agravamento do estado de saúde de
George Q. Cannon. Em março, George e sua família
foram para o litoral da Califórnia, na esperança de que
a brisa oceânica lhe fosse benéfica. Joseph, por sua vez,
procurou animar seu amigo mesmo à distância.
“O convívio que desfrutei com você ao longo dos
anos no trabalho do ministério”, escreveu ele a George,
“uniu meu coração, minha alma, meu amor e minha
empatia a você, com laços de afeição tão fortes quanto
o amor à vida, que não podem ser desfeitos”.1
No entanto, a saúde de George continuou a piorar.
Com frequência, os filhos dele enviavam para Salt Lake
City relatórios sobre sua saúde debilitada, então Joseph

100
Sob julgamento

não se surpreendeu quando chegou um telegrama em


12 de abril anunciando a morte de George. Ainda assim,
ele ficou muito sentido pela perda. “Ele era um homem
humilde e grande ao mesmo tempo, um poderoso líder
nos conselhos com seus irmãos”, refletiu Joseph em seu
diário naquele dia. “Toda a Israel lamentará sua morte.”2
Em meio ao luto, Joseph voltou sua atenção para
seu papel ampliado na Primeira Presidência.3 Naquele
ano, ele e o presidente Lorenzo Snow haviam designado
três apóstolos para dirigir os esforços missionários em
partes fundamentais do mundo. Eles chamaram Francis
Lyman para presidir a Missão Europeia, John Henry
Smith para revitalizar a missão no México e Heber J.
Grant para liderar a primeira missão no Japão. Dese-
jando expandir o trabalho do Senhor para outras partes
do mundo, os líderes da Igreja também cogitaram o
envio de missionários para a América do Sul e a constru-
ção de um pequeno templo para as colônias de santos
no Arizona e no norte do México. No entanto, a Igreja
ainda estava endividada, e nenhum daqueles planos foi
posto imediatamente em prática.4
Os santos lamentaram mais duas mortes naquele
ano. Em agosto, a presidente geral da Sociedade de
Socorro, Zina Young, passou mal enquanto visitava sua
filha, Zina Presendia Card, no Canadá. Zina Presendia
levou a mãe às pressas de volta para Utah, onde ela mor-
reu pacificamente em casa, em Salt Lake City. Ao longo
de sua vida, Zina tinha sido um exemplo ao colocar o
reino de Deus acima de tudo.5

101
Com Coragem, Nobreza e Independência

“A cada dia, alegro-me mais com a grandeza dos


princípios em que acreditamos”, disse ela à Sociedade
de Socorro em Cardston, duas semanas antes de fale-
cer. “Não há palavras para expressar a grandiosidade
de nossas bênçãos. Não há nada que se compare com
as bênçãos resultantes de nossa confiança em Deus.”6
Dois meses depois, o presidente Snow foi aco-
metido por uma doença repentina. Vários apóstolos
cuidaram fielmente dele e, a pedido de Joseph F. Smith,
ajoelharam-se ao redor de sua cama para orar em favor
dele. Ele faleceu pouco tempo depois.
No funeral do presidente Snow, Joseph fez elogios
a ele e a seu inabalável testemunho da verdade. “Com
exceção do profeta Joseph”, declarou ele, “não creio ter
havido outro homem nesta Terra que tenha prestado
um testemunho mais forte e mais claro de Jesus Cristo”.7
Alguns dias depois, em 17 de outubro de 1901, o
Quórum dos Doze Apóstolos apoiou Joseph F. Smith
como o sexto presidente da Igreja. Ele chamou John
Winder, do Bispado Presidente, e Anthon Lund para
serem seus conselheiros. Os apóstolos então impuseram
as mãos sobre Joseph, e John Smith, seu irmão mais
velho e patriarca da Igreja, designou-o.8

Em 10 de novembro de 1901, os santos apoiaram a


nova Primeira Presidência em uma reunião especial no
Tabernáculo de Salt Lake. “É nosso dever assumir o trabalho
com vigor, plena determinação e propósito de coração

102
Sob julgamento

para levá-lo adiante, com a ajuda do Senhor e de acordo


com a inspiração de Seu Espírito”, disse o presidente Smith
à congregação. Com o raiar de um novo século, ele queria
dar aos membros da Igreja esperança no futuro.
“Fomos expulsos de nossas casas, caluniados e
difamados em todos os lugares”, disse ele. “O Senhor
deseja mudar essa situação e nos tornar mundialmente
conhecidos por nossa verdadeira luz — como verda-
deiros adoradores de Deus.”9
Na reunião, o presidente Smith também pediu aos
santos que apoiassem Bathsheba Smith como a quarta
presidente geral da Sociedade de Socorro. Foi a primeira
vez que se pediu aos quóruns do sacerdócio que dessem
seu voto de apoio para uma nova presidência geral da
Sociedade de Socorro.
“Para as mulheres interessadas no progresso das
irmãs”, observou Emmeline Wells, “foi muito gratificante
ver as mãos de todos os vários quóruns do santo sacer-
dócio erguidas para apoiá-las”.10
Aos 79 anos de idade, Bathsheba era uma das pou-
cas fundadoras da Sociedade de Socorro de Nauvoo
ainda vivas. Depois de entrar para a Igreja aos 15 anos
de idade, ela se uniu aos santos primeiro no Missouri e
depois em Nauvoo. Em 1841, ela se casou com o após-
tolo George A. Smith e, posteriormente, serviu como
oficiante no Templo de Nauvoo. Ela tinha servido ativa-
mente na Sociedade de Socorro e, mais recentemente,
como segunda conselheira de Zina Young na presidên-
cia geral da organização.11

103
Com Coragem, Nobreza e Independência

Dois meses depois que os santos a apoiaram,


Bathsheba emitiu uma saudação de amor e boa von-
tade a todas as integrantes da Sociedade de Socorro.
“Queridas irmãs, procurem envolver sua sociedade com
laços de amor e união”, declarou ela. “Nesta hora, que
prossigamos com renovada resolução de empreender
o trabalho de socorro e desenvolvimento.”12
Com suas conselheiras, Annie Hyde e Ida Dusenberry,
ela incentivou o serviço aos pobres e necessitados,
além de promover o armazenamento de grãos e a
produção de seda. Para angariar fundos para o trabalho
de assistência, ela incentivou as irmãs da Sociedade de
Socorro a arrecadar doações por meio da realização de
bazares, concertos e bailes. Ela enviou representantes a
organizações nacionais femininas e ajudou mulheres a
se capacitarem para serem enfermeiras e parteiras. Ela
também começou a recolher fundos e a fazer planos
para um “Edifício das Mulheres” em frente ao Templo de
Salt Lake, no terreno que Lorenzo Snow havia reservado
para a organização antes de sua morte.13
Como suas antecessoras, Bathsheba e suas conse-
lheiras acreditavam que era importante visitar cada uma
das Sociedades de Socorro. Muitas vezes, elas contavam
com as esposas dos presidentes das missões para visitar
as Sociedades de Socorro na Europa e Oceania. E, pelo
menos duas vezes por ano, elas mesmas, ou as irmãs
da junta geral da Sociedade de Socorro, procuravam
visitar as mulheres santos dos últimos dias no oeste dos
Estados Unidos, no México e no Canadá. Como a Igreja

104
Sob julgamento

tinha dezenas de estacas naquela região, era difícil visitar


todas; por isso, elas chamaram mais seis mulheres para
auxiliar no trabalho.14
Durante as visitas às estacas, as líderes da Sociedade
de Socorro perceberam uma falta de interesse entre as
mulheres mais jovens. Como muitas daquelas mulhe-
res eram mães pela primeira vez, a presidência geral
incentivou as Sociedades de Socorro de cada estaca a
tornar as reuniões mais atraentes para a geração mais
jovem. Naquela época, as Sociedades de Socorro não
seguiam um currículo definido, então Bathsheba instruiu
as estacas a preparar suas próprias classes educativas
para mães. Ela pediu a cada Sociedade de Socorro que
aproveitasse a experiência de vida das irmãs mais velhas
e que também se valesse de livros científicos sobre edu-
cação de crianças, que interessavam à nova geração de
mulheres. Pouco depois, a Woman’s Exponent começou
a publicar esboços de cursos para ajudar as estacas a
desenvolverem seus próprios programas.15
Em agosto de 1903, Bathsheba enviou Ida Dusenberry,
de 30 anos, a Cardston para ajudar Zina Presendia Card e
as presidências locais da Sociedade de Socorro a preparar
aulas para mães. Ida as instruiu a se encarregarem do
programa e usarem revistas e outras publicações da Igreja
nas aulas.
“Até que ponto devemos usar a ciência em nossas
aulas para mães?”, perguntou Zina Presendia.
Como professora do jardim de infância e adminis-
tradora escolar com formação universitária, Ida estava

105
Com Coragem, Nobreza e Independência

ansiosa para incluir as últimas descobertas sobre criação


de filhos nas aulas para mães. No entanto, ela sabia que
as irmãs mais velhas da Sociedade de Socorro tinham
muita experiência a oferecer.
“Queremos que vocês abordem as necessidades
das mães e seu dever para com os filhos de uma maneira
ampla”, explicou ela. “Podemos aprender muitas boas
coisas práticas umas com as outras.”16

Enquanto Ida Dusenberry visitava Cardston, seu


irmão mais velho, Reed Smoot, estava se preparando para
uma batalha política no Senado dos Estados Unidos. Além
de ser um membro júnior do Quórum dos Doze Apóstolos,
Reed havia sido eleito para o Senado no início daquele
ano, após receber permissão da Primeira Presidência
para se candidatar.17 Sua esposa, Allie, também apoiou
seu desejo de servir no Senado, certa de que ele poderia
fazer muito pela população de Utah. “Estou muito ansiosa
por seu sucesso”, disse-lhe ela, “e sinto que Deus nos
abençoará e nos ajudará”.18
Como era de se esperar, a vitória de Reed provo-
cou indignação e protestos.19 A Igreja vinha se esfor-
çando para melhorar sua imagem pública após a eleição
de B. H. Roberts para a Câmara dos Deputados em
1898, que provocara uma reação nacional contra os
santos. Desde essa época, a Igreja havia aberto um
balcão de informações na Praça do Templo para aju-
dar as pessoas a aprender mais sobre os santos. Esse

106
Sob julgamento

escritório era operado por voluntários, muitos deles


da Associação de Melhoramentos Mútuos das Jovens
Damas e da Associação de Melhoramentos Mútuos dos
Rapazes, que distribuíam materiais da Igreja e respon-
diam a perguntas sobre ela e suas crenças. Até então,
eles haviam recebido milhares de visitantes em Salt
Lake City e compartilhado informações corretas sobre
a Igreja. No entanto, aquele trabalho pouco contribuíra
para mudar a opinião dos mais ferozes opositores da
Igreja dentro e fora de Utah.20
Os críticos mais ferrenhos de Reed eram membros
da Associação Ministerial de Salt Lake, um grupo de
empresários, advogados e sacerdotes protestantes de
Utah. Logo após a eleição, eles solicitaram formalmente
ao Senado que impedisse Reed de assumir o mandato.
O abaixo-assinado alegava que a Primeira Presidência
e o Quórum dos Doze Apóstolos exerciam autoridade
política e econômica suprema sobre os santos e exigiam
deles obediência absoluta. Também afirmava que os
líderes da Igreja ainda pregavam, praticavam e apoiavam
o casamento plural a despeito do Manifesto. A conclu-
são, segundo os autores, era que tais fatores tornavam
os santos antidemocráticos e desleais à nação.
Os membros da Associação Ministerial temiam que
Reed usasse sua posição como apóstolo na Igreja para
promover o casamento plural e proteger aqueles que
o praticavam. Um membro da associação até acusou
Reed, que era monógamo, de praticar o casamento
plural em segredo. Ele alegou que Reed seria uma

107
Com Coragem, Nobreza e Independência

marionete da Primeira Presidência, totalmente sujeito


à sua orientação.21
Os líderes do Senado examinaram as petições e
instalaram uma comissão de inquérito com 13 senadores
para averiguar as alegações da Associação Ministerial.
No entanto, eles também permitiram que Reed fizesse o
juramento de posse, autorizando-o a atuar como senador
pelo menos até que a comissão concluísse o inquérito.22
Embora a ameaça de investigação pairasse sobre a
Igreja, Joseph F. Smith acreditava que Reed deveria man-
ter seu apostolado e seu mandato no Senado, confiante
de que ele poderia fazer mais bem em Washington do
que em qualquer outro lugar. O presidente Smith viu a
investigação como uma chance de ajudar as pessoas a
entender melhor os santos e suas crenças.23
Como Reed nunca havia praticado o casamento
plural, não se preocupou com a investigação sobre sua
vida pessoal. Porém, preocupou-se com a forma como a
Igreja seria vista durante as audiências. Desde a eleição
de B. H. Roberts, corriam muitos boatos sobre novos
casamentos plurais em Utah, e dúvidas sobre o compro-
misso da Igreja de abandonar a prática permaneciam
na mente de inúmeras pessoas. Como líder na Igreja,
Reed teve que responder pelas políticas da instituição.
Ele sabia que a comissão investigaria minuciosamente
os casamentos plurais pós-Manifesto. Previa também
que os senadores o interrogassem, bem como outras
testemunhas, sobre o envolvimento da Igreja na política
e a lealdade dos santos aos Estados Unidos.24

108
Sob julgamento

Se a comissão provasse que a Igreja promovia a


violação da lei, Reed poderia ser destituído do mandato,
e a reputação dos santos seria prejudicada.
Em 4 de janeiro de 1904, Reed apresentou uma
réplica à comissão, negando formalmente as acusa-
ções da Associação Ministerial. Ele esperava chamar a
atenção da comissão para ele próprio e sua conduta.
Mas, quando ele se reuniu com a comissão na semana
seguinte, ficou claro que os senadores estavam determi-
nados a investigar a Igreja. E se mostravam particular-
mente ansiosos para interrogar Joseph F. Smith e outras
autoridades gerais a respeito de sua influência política
sobre os santos e a continuidade do casamento plural
após o Manifesto.
“Senador Smoot, não é o senhor que está sob julga-
mento”, disse-lhe o presidente da comissão. “É a igreja
mórmon que pretendemos investigar, e vamos ver se
esses homens obedecem mesmo à lei.”25

Em 25 de fevereiro de 1904, a comissão do Senado


intimou Joseph F. Smith a depor nas audiências do
caso Smoot. Ele partiu para Washington, D.C., dois dias
depois, confiante de que a Igreja poderia resistir ao imi-
nente escrutínio. Reed o havia advertido, porém, de que
os senadores perguntariam sobre todos os aspectos de
sua vida privada e exigiriam detalhes sobre seus casa-
mentos plurais. Como presidente da Igreja, ele também
seria interrogado sobre seu papel como profeta, vidente

109
Com Coragem, Nobreza e Independência

e revelador para os santos. A comissão queria saber qual


influência ele e suas revelações teriam sobre Reed e sua
atuação no Senado.26
No primeiro dia de interrogatório, 2 de março, a
sala da comissão estava repleta de senadores, advogados
e testemunhas. Também estavam presentes membros de
organizações femininas que se opunham à eleição de
Reed. A pedido do presidente da comissão, o presidente
Smith se sentou em frente a ele em uma longa mesa.
Seus cabelos grisalhos e a comprida barba estavam
bem penteados, e ele trajava um simples casaco preto
e óculos com armação de ouro. Na lapela, ele trazia um
pequeno retrato de Hyrum Smith, seu pai martirizado.27
Robert Tayler, o advogado representante da
Associação Ministerial, abriu o inquérito com perguntas
sobre a vida do presidente Smith. Em seguida, voltando a
atenção para as revelações e sua influência nas decisões
individuais dos membros da Igreja, o advogado pediu
ao profeta que explicasse em que situações os membros
da Igreja seriam obrigados a obedecer à revelação do
presidente da Igreja. Se conseguisse fazer o profeta
admitir que todos os membros tinham a obrigação de
acatar suas revelações, Tayler poderia comprovar que
Reed Smoot não seria verdadeiramente livre para tomar
suas próprias decisões no Senado.
“Nenhuma revelação dada por meio do líder da
Igreja se torna obrigatória e oficial”, respondeu o presi-
dente Smith, “antes de ser apresentada à Igreja e aceita
pelos membros”.

110
Sob julgamento

“Quer dizer”, perguntou Tayler, “que numa confe-


rência a Igreja pode dizer ao senhor, Joseph F. Smith,
o presidente da Igreja: ‘Não aceitamos que essas suas
palavras tenham vindo de Deus’?”28
“Eles podem dizer isso se quiserem”, respondeu o
profeta. “Cada homem tem direito a sua própria opinião,
seu próprio ponto de vista e suas próprias concepções
de certo e errado desde que elas não entrem em conflito
com os princípios básicos da Igreja.”29
Como exemplo, ele destacou que apenas parte dos
santos havia praticado o casamento plural. “Todos os
demais membros da Igreja se abstiveram de viver esse
princípio e aderir a ele, e milhares nunca o aceitaram
ou acreditaram nele”, respondeu o presidente, “mas não
foram afastados da Igreja”.30
“O senhor recebe revelações, não recebe?”, inda-
gou o presidente da comissão. Ele queria saber quando
uma revelação recebida pelo profeta do Senhor seria
considerada uma doutrina fundamental da Igreja, algo
que um santo fiel dos últimos dias como Reed Smoot
se sentiria obrigado a obedecer.
O presidente Smith escolheu suas palavras de
maneira cuidadosa. Por muitas vezes, ele havia recebido
revelação pessoal por meio do Espírito Santo. Como
profeta, ele também havia recebido orientação inspi-
rada para os santos. Porém, nunca havia recebido uma
revelação para toda a Igreja, como a própria voz do
Senhor — do tipo de revelação encontrada em Doutrina
e Convênios.

111
Com Coragem, Nobreza e Independência

“Eu nunca afirmei que recebi uma revelação”, disse


ele ao presidente da comissão, “exceto que Deus me
mostrou que o chamado ‘mormonismo’ é a verdade
divina de Deus. Isso é tudo”.31

O presidente Smith continuou respondendo às


perguntas até o encerramento dos trabalhos da comis-
são no final da tarde. Quando a audiência foi retomada
no dia seguinte, a comissão centralizou suas perguntas
cada vez mais no casamento plural e no Manifesto. Ao
mesmo tempo em que procurava responder com preci-
são às perguntas, o presidente Smith evitou divulgar o
que ele e outros líderes da Igreja sabiam a respeito de
novos casamentos plurais. Ele sabia que o Congresso
condenaria a ele e à Igreja se essa informação viesse à
tona na investigação.32
Além disso, suas respostas cautelosas às perguntas
da comissão foram baseadas em seu entendimento de
que os santos que praticaram casamentos plurais após
o Manifesto o fizeram por sua própria conta e risco. Por
essa razão, ele acreditava que o Manifesto não proibia
que ele e suas esposas, ou quaisquer outros casais plu-
rais, continuassem discretamente a honrar o sagrado
convênio matrimonial que haviam celebrado no templo
uns com os outros.33
Quando Robert Tayler perguntou se ele achava
errado continuar vivendo com uma esposa plural, o
presidente Smith respondeu: “Isso é contrário às leis da

112
Sob julgamento

Igreja e também às do país”. Mas, em seguida, ele falou


abertamente sobre sua decisão de não abandonar sua
grande família plural. “Eu coabitei com minhas esposas”,
admitiu ele. “Elas têm gerado filhos meus desde 1890.”34
“Já que isso foi uma violação da lei”, prosseguiu
Tayler, “por que o senhor tomou essa decisão?”
“Preferi enfrentar as penalidades da lei a abandonar
minha família”, respondeu o profeta.35
Tentando arrancar dele os nomes dos homens que
haviam iniciado casamentos plurais após o Manifesto,
os senadores perguntaram sobre os casamentos dos
apóstolos e de vários outros membros da Igreja. O pre-
sidente da comissão também perguntou ao presidente
Smith se ele próprio havia celebrado algum casamento
plural após o Manifesto.
“Não, senhor, nunca celebrei nenhum”, respondeu
o profeta. Em seguida, ele prosseguiu com uma decla-
ração cuidadosamente formulada, que visava a evitar
questionamentos adicionais. “Não foram solenizados
casamentos plurais por A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias, nem com seu consentimento
ou conhecimento”, afirmou ele.
“Desde o Manifesto?”, perguntou um senador.
“Sim, é isso o que quis dizer, obviamente”, esclareceu
o presidente Smith. Ao fazer essa afirmação, ele não
negava a existência de casamentos plurais pós-Manifesto.
Pelo contrário, quis fazer uma sutil distinção entre as
práticas que a Igreja e seus conselhos sancionavam e
aquelas que os membros da Igreja escolhiam seguir

113
Com Coragem, Nobreza e Independência

individualmente de acordo com sua própria consciência.


De fato, os santos haviam apoiado o Manifesto em 1890,
portanto os casamentos plurais realizados por líderes da
Igreja haviam ocorrido sem o consentimento da Igreja
como um todo.
“Se um apóstolo da Igreja tivesse realizado tal ceri-
mônia”, perguntou outro senador, “o senhor conside-
raria que esse ato fora realizado com a autoridade de
sua Igreja?”
“Se qualquer apóstolo ou outro homem que alegasse
ter autoridade fizesse algo desse tipo”, respondeu o pre-
sidente Smith, “ele não só estaria sujeito a um processo
judicial, uma pesada multa e prisão sob a lei estadual,
mas também seria submetido à disciplina e excomunhão
da Igreja pelos devidos tribunais eclesiásticos”.36

Após finalizar seu depoimento, que durou cinco


dias, o presidente Smith sentiu que havia seguido a
orientação divina ao depor. “Acredito firmemente que o
Senhor fez o melhor que pôde por meio do instrumento
que tinha à disposição”, declarou ele.37
Ainda assim, seu depoimento provocou um clamor
público quando foi publicado nos jornais. Em todos os
Estados Unidos, pessoas ficaram chocadas ao saber que
o presidente Smith ainda vivia com suas cinco esposas.
Elas também duvidaram de sua credibilidade e since-
ridade como testemunha e passaram a alegar que os
líderes da Igreja eram mentirosos e infratores da lei.38

114
Sob julgamento

“Neste momento, a opinião pública está em peso


contra nosso povo”, confidenciou o secretário da
Primeira Presidência a um amigo, “e a única coisa que
sentimos que devemos fazer é abotoar o casaco, virar
as costas para a tempestade e esperar com paciência”.39
Enquanto as audiências do Senado prosseguiam em
Washington, D.C., o profeta voltou a Salt Lake City e resol-
veu tomar providências para restaurar a confiança nele e
na Igreja. Ele havia assegurado à comissão que as autori-
dades da Igreja disciplinariam os santos que realizassem
novos casamentos plurais em violação ao Manifesto. Ele
agora estava obrigado a dar ao Senado uma prova mais
contundente de que ele e os santos estavam empenhados
em impedir a realização de novos casamentos plurais.40
Em 6 de abril de 1904, o último dia da conferência
geral, ele se apresentou ao púlpito do Tabernáculo e leu
uma nova declaração oficial sobre o casamento plural
na Igreja. “Em vista dos inúmeros relatos em circulação
de que foram celebrados casamentos plurais contrários
à declaração oficial do presidente Woodruff”, disse ele,
“anuncio neste momento que tais casamentos estão
proibidos”.
A declaração não condenava os cerca de 200
casais que haviam realizado o casamento plural após o
Manifesto nem censurava aqueles que haviam continuado
a viver com suas famílias plurais desde aquela época. No
entanto, declarava que novos casamentos plurais eram
proibidos a partir daquele momento mesmo fora das
fronteiras dos Estados Unidos. “Se qualquer autoridade

115
Com Coragem, Nobreza e Independência

ou membro da Igreja aceitar solenizar ou iniciar um


casamento desse tipo, será considerado em transgressão
perante a Igreja”, disse o presidente Smith, “e estará
passível de ser tratado de acordo com as regras e os
regulamentos da Igreja e excomungado”.41
Após ler a declaração, que ficou conhecida como o
Segundo Manifesto, o presidente Smith exortou os santos
a apoiarem-na em união, restaurando assim a confiança
do governo neles. Da mesma forma que o Manifesto havia
revelado que a Igreja não estava mais sob o mandamento
de praticar o casamento plural, a nova declaração servia
para impedir a realização de novos casamentos plurais a
partir daquele momento.42 Ele esperava que isso pusesse
fim às alegações de que os membros da Igreja não eram
cidadãos cumpridores da lei.
“Hoje”, declarou ele, “quero ver se os santos dos
últimos dias, que representam a Igreja nesta assembleia
solene, não selarão a falsidade dessas acusações por
meio de seu voto”.
Em união, os santos presentes no Tabernáculo
ergueram o braço em ângulo reto e apoiaram as pala-
vras do presidente.43

116
C AP ÍTULO 8

A rocha da revelação

No primeiro semestre de 1904, John Widtsoe acom-


panhou as audiências Smoot a distância. Seu amigo e
mentor, Joseph Tanner, que servia como superinten-
dente das escolas da Igreja e conselheiro na presidência
geral da Escola Dominical, foi um dos vários santos
convocados para depor na comissão do Senado. Visto
que havia iniciado casamentos plurais após o Manifesto,
Joseph se recusou a se submeter às investigações e, em
vez disso, fugiu para o Canadá.
“Não estou nem um pouco preocupado”, escreveu
ele a John no final de abril, assinando a carta com um
pseudônimo. “Quando o caso Smoot for decidido, talvez
nos deixem em paz por algum tempo.”1
Assim como outros santos, John acreditava que as
audiências do caso Smoot eram apenas outra prova de

117
Com Coragem, Nobreza e Independência

fé para a Igreja.2 Ele e Leah Widtsoe haviam voltado


para Logan. Depois de sua filha Anna, eles tiveram um
filho, Marsel, e mais um bebê estava a caminho. Outro
filho do casal, John Jr., havia falecido em fevereiro de
1902, alguns meses antes de seu primeiro aniversário.
O restante da família Widtsoe estava muito longe.
A mãe de John, Anna, e a irmã dela, Petroline Gaarden,
haviam deixado Utah para servir missão na Noruega,
sua terra natal, em 1903. Em uma carta para Leah, a mãe
de John descreveu seu trabalho. “Encontramos muitos
velhos amigos e conversamos com eles sobre o evan-
gelho; muitos deles nunca tinham conversado com um
santo dos últimos dias”, escreveu ela. “Estamos batendo
à porta da ‘tradição’, mas não é nada fácil abri-la.”3
Enquanto isso, o irmão mais novo de John, Osborne,
estava estudando literatura inglesa em Harvard, após ter
concluído missão no Taiti.4
Leah ficava em casa com os filhos e servia na junta
da Associação de Melhoramentos Mútuos das Jovens
Damas de sua estaca. Ela também redigia lições sobre
economia doméstica publicadas mensalmente no Young
Woman’s Journal. Cada lição fazia parte de um curso
anual que as moças da Igreja podiam estudar e debater
nas reuniões da AMMJD. Leah usava uma abordagem
científica em cada lição, valendo-se de sua formação
universitária para dar às suas leitoras dicas de culiná-
ria, decoração, primeiros socorros e cuidados médicos
básicos.5

118
A rocha da revelação

John ensinava química na Faculdade Agrícola,


dirigia a estação experimental da instituição e estu-
dava formas de melhorar a agricultura no clima seco
de Utah. Seu trabalho o levou a municípios rurais de
todo o estado, dando-lhe a oportunidade de ensinar os
agricultores a usar a ciência para melhorar as colheitas.
Ele também serviu como presidente da Associação de
Melhoramentos Mútuos dos Rapazes e como membro da
junta da Escola Dominical da estaca. Assim como Leah,
ele escrevia regularmente para as revistas da Igreja.
John sentia empatia pelos jovens santos que luta-
vam, assim como ele no passado, para conciliar o conhe-
cimento do evangelho com o secular. Cada vez mais
pessoas estavam abraçando a noção de que a ciência e a
religião estavam em desacordo. No entanto, John acredi-
tava que tanto a ciência quanto a religião eram fontes de
princípios divinos e eternos, e não eram incompatíveis.6
Recentemente, ele começara a publicar uma série
de artigos chamados “Joseph Smith como cientista”
na Improvement Era, a revista oficial da Associação
de Melhoramentos Mútuos dos Rapazes. Cada artigo
explicava como o evangelho restaurado previra alguma
grande descoberta da ciência moderna. No artigo
“Tempo geológico”, por exemplo, John explicava como
algumas passagens do livro de Abraão corroboravam
opiniões científicas de que a Terra era muito mais antiga
do que os 6 mil anos estimados por alguns estudiosos
bíblicos. Em outro artigo, ele identificava paralelos entre

119
Com Coragem, Nobreza e Independência

aspectos da controversa teoria da evolução e a doutrina


do progresso eterno.7
A série foi um sucesso. O presidente Joseph F. Smith,
que servia como editor da Improvement Era, enviou
uma carta pessoal, elogiando-a. Seu único lamento foi
não poder pagar a John pelo trabalho. “Como alguns de
nós”, escreveu ele, “pelo menos por enquanto você terá
que aceitar seu pagamento na forma do conhecimento
de que fez um bom trabalho em prol dos rapazes e das
moças de Sião”.8

“Nossa situação parece bastante grave agora”,


escreveu o apóstolo Francis Lyman em seu diário. O
depoimento de Joseph F. Smith nas audiências do caso
Reed Smoot pouco contribuíra para resolver as preo-
cupações da comissão do Senado sobre a existência de
casamentos plurais pós-Manifesto na Igreja. Tampouco
foi benéfico para os santos o fato de que os apóstolos
John W. Taylor e Matthias Cowley, agindo sob a orien-
tação dos líderes da Igreja, esconderam-se logo depois
que a comissão do Senado os convocou para depor
nas audiências. Assim como Joseph Tanner e outros
membros da Igreja, ambos os apóstolos haviam iniciado
casamentos plurais após o Manifesto. Os dois também
haviam celebrado muitos novos casamentos plurais, além
de terem incentivado os santos a manter a prática viva.9
Como presidente dos Doze, Francis havia decidido
que cada membro do quórum deveria cumprir o Segundo

120
A rocha da revelação

Manifesto, emitido recentemente. Ele havia enviado cartas


a vários apóstolos, avisando-os sobre a determinação da
Primeira Presidência de implementar a proclamação. “É
bom que todos cheguemos a um entendimento comum
desse importante assunto e que vivamos de acordo com
ele”, escreveu ele, “para que não haja dissensões ou dis-
putas entre nós”.10
Posteriormente, o presidente Smith deu a Francis
a designação de garantir que não houvesse mais casa-
mentos plurais na Igreja. Desde o final da década de
1880, alguns apóstolos tinham sido autorizados a realizar
selamentos fora dos templos, em regiões remotas. Em
setembro de 1904, o presidente Smith declarou que
todos os selamentos deveriam ser realizados nos tem-
plos, impossibilitando assim que os santos iniciassem
casamentos plurais legítimos no México, no Canadá ou
em qualquer outro lugar. Francis informou prontamente
os apóstolos dessa decisão.11
Em dezembro, o presidente Smith pediu a Francis
que persuadisse John W. Taylor a depor nas audiências
do caso Smoot. Francis encontrou John W. no Canadá
e o incentivou a seguir o conselho do profeta. Por fim,
John W. concordou em depor e iniciou os preparativos
para viajar até Washington.
Naquela noite, Francis foi se deitar achando que
sua missão havia sido um sucesso. Porém, às 3 horas da
madrugada, acordou de sobressalto. A ideia de que John
W. ia depor nas audiências o incomodava. John W. era
profundamente comprometido com o casamento plural.

121
Com Coragem, Nobreza e Independência

Se ele revelasse que havia realizado casamentos plurais


pós-Manifesto, a Igreja seria prejudicada, bem como as
chances de Reed Smoot exercer seu mandato no Senado.
Francis foi tomado por um sentimento de paz e
calma ao cogitar dissuadir John W. de ir para Washington.
Ele pediu ao Senhor uma confirmação de que aquele
era o rumo correto a seguir. Em seguida, teve um sono
tranquilo e sonhou com o presidente Wilford Woodruff.
Surpreso e cheio de emoção, ele chamou o presidente
Woodruff e o abraçou. Então ele acordou, confiante de
que sua mudança de opinião estava certa. Procurou ime-
diatamente John W. e lhe contou o sonho. John W. estava
pronto para partir para Washington, mas ficou aliviado
quando Francis o aconselhou a não ir.12
Francis retornou a Salt Lake City pouco depois.
Joseph F. Smith aprovou suas ações no Canadá, mas a
dúvida permanecia: O que fazer com os dois apóstolos?
O presidente Smith sabia que precisava demonstrar que
a Igreja estava firmemente comprometida com o fim do
casamento plural. Para satisfazer a comissão do Senado,
ele teria que afastar formalmente John W. e Matthias da
liderança da Igreja, fosse por meio de um conselho dis-
ciplinar ou solicitando-lhes que pedissem desobrigação.
Nenhuma dessas opções lhe agradava.13
Os líderes da Igreja estavam divididos quanto ao
modo de lidar com a crise. Entretanto, em outubro de
1905, os assessores de Reed Smoot os advertiram de que
o tempo estava se esgotando para que a Igreja agisse.
Enquanto depunha perante a comissão do Senado no

122
A rocha da revelação

início daquele ano, Reed havia prometido que as autori-


dades da Igreja investigariam as acusações feitas contra
John W. e Matthias. Seis meses depois, as investigações
não haviam sido efetuadas, e alguns senadores questio-
navam a honestidade de Reed. O adiamento indefinido
das investigações indicaria ao mundo que os líderes da
Igreja estavam agindo de má-fé quando afirmavam estar
se opondo ativamente à poligamia.14
Os dois apóstolos foram convocados à sede da
Igreja e, ao longo da semana seguinte, os Doze se reu-
niram dia após dia para discutir o que fazer. A princípio,
John W. e Matthias defenderam suas ações, fazendo uma
distinção entre a retirada formal do apoio da Igreja ao
casamento plural e sua escolha individual de continuar
iniciando novos matrimônios. Contudo, nenhum deles
apoiava plenamente o Segundo Manifesto, uma opinião
que se tornara incompatível com sua posição na Igreja.
Por fim, o quórum pediu aos dois apóstolos que
assinassem cartas de renúncia. A princípio, John W. se
recusou a fazê-lo. Alegou que o quórum estava cedendo
à pressão política. A reação de Matthias foi mais mode-
rada, mas ele também relutou em cumprir a determina-
ção. Apesar disso, no fim das contas, os dois homens
desejavam aquilo que fosse melhor para a Igreja. Eles
assinaram as cartas, dispostos a sacrificar seu lugar entre
os Doze para o bem maior.15
“Foi uma provação muito dura e dolorosa”, escre-
veu Francis naquele dia em seu diário. “Todos nós
ficamos muito angustiados.” John W. e Matthias saíram

123
Com Coragem, Nobreza e Independência

da reunião com a boa vontade e as bênçãos de seus


irmãos. Mas, mesmo que os Doze tenham permitido que
eles mantivessem a condição de membros da Igreja e o
apostolado, eles não eram mais membros do quórum.16

Dois meses depois, na manhã de 23 de dezembro


de 1905, Susa Gates embarcou em uma carruagem em
Vermont, no nordeste dos Estados Unidos. O profeta Joseph
Smith havia nascido exatamente cem anos antes em uma
fazenda a cerca de cinco quilômetros a leste, no vilarejo
de Sharon. Agora, Susa e cerca de 50 santos estavam indo
à fazenda para dedicar um monumento à memória dele.17
À frente do grupo estava o presidente Joseph F.
Smith. Com as audiências do caso Smoot ainda em
andamento, ele permanecia sob a vigilância constante
de funcionários do governo e repórteres de jornais.
Anteriormente naquele mesmo ano, o Salt Lake Tribune
havia publicado o depoimento dele no caso Smoot, com
editoriais que lançavam dúvidas sobre seu chamado
profético e sua integridade pessoal.
“Joseph F. Smith negou publicamente que recebe
revelações ou que alguma vez já recebeu revelações de
Deus para guiar a igreja mórmon”, dizia um editorial.
“Até que ponto os mórmons devem seguir um líder
como esse?”18 Os editoriais deixaram alguns santos con-
fusos e cheios de perguntas.
Como sobrinho de Joseph Smith, Joseph F. Smith
tinha razões pessoais para ir a Vermont. Mas a dedicação

124
A rocha da revelação

do monumento também lhe daria outra oportunidade


de falar publicamente sobre a Igreja e testificar sobre a
divindade da Restauração.19
Assim que Susa e a comitiva se acomodaram nas
carruagens, partiram para a cerimônia de dedicação. A
fazenda ficava no topo de uma colina nas proximida-
des, e as íngremes estradas rurais estavam lamacentas
por causa do degelo da neve. Os trabalhadores locais
haviam rebocado o monumento de cem toneladas ao
longo das mesmas estradas, pedaço por pedaço. A
princípio, os planos eram simplesmente puxar a carga
usando animais de tração. Porém, quando uma parelha
de 20 cavalos robustos não conseguiu mover a pedra,
os trabalhadores passaram quase dois exaustivos meses
arrastando o monumento colina acima por meio de um
sistema de cordas e roldanas puxadas por cavalos.20
Já chegando à fazenda, a comitiva ficou maravi-
lhada ao sair da última curva da estrada. À frente deles
estava um obelisco de granito polido, com quase 12
metros de altura (38 pés e meio) — para representar
os anos de vida de Joseph Smith. Sob o obelisco, havia
um grande pedestal com uma inscrição prestando tes-
temunho da missão sagrada do profeta. As palavras de
Tiago 1:5, a escritura que havia inspirado Joseph a bus-
car revelação de Deus, adornavam o topo do pedestal.21
Junius Wells, o idealizador do monumento, encon-
trou a comitiva em uma casa de campo construída sobre
o alicerce do local de nascimento de Joseph Smith. Ao
entrar na casa, Susa admirou a lareira de pedras cinza

125
Com Coragem, Nobreza e Independência

que os construtores haviam preservado da casa origi-


nal. Dos santos que haviam conhecido pessoalmente
o profeta, a maioria já morrera. Mas a lareira era uma
testemunha duradoura de sua vida. Ela podia imaginá-lo
brincando ao lado da lareira na infância.22
A cerimônia começou às 11 horas. Ao dedicar o
memorial, o presidente Smith agradeceu pela Restauração
do evangelho e pediu uma bênção para a população
de Vermont, que apoiou a construção do monumento.
Dedicou-o como um lugar ao qual as pessoas poderiam vir
para meditar, aprender mais sobre a missão profética de
Joseph Smith e se regozijar na Restauração. Comparou a
fundação do monumento à fundação da Igreja, composta
de profetas e apóstolos, com Jesus Cristo como a principal
pedra de esquina. Também comparou o alicerce com a
rocha da revelação, sobre a qual a Igreja foi edificada.23
Nos dias que se seguiram, Susa, Joseph F. Smith e
outros santos fizeram uma breve visita aos locais históri-
cos da Igreja no leste dos Estados Unidos. Sob a direção
do presidente Smith, a Igreja começara a comprar vários
locais sagrados para sua história, incluindo a cadeia de
Carthage, onde seu pai e seu tio haviam sido mortos.
Alguns locais históricos nos estados do Leste não pude-
ram ser adquiridos pela Igreja, embora os proprietários
geralmente permitissem que os santos os visitassem.24
Em Manchester, Nova York, a comitiva caminhou
reverentemente pelo bosque onde Joseph Smith tivera sua
primeira visão do Pai e do Filho. Durante a vida do pro-
feta, ele e outros santos haviam ocasionalmente testificado

126
A rocha da revelação

publicamente de sua visão. Porém, nas décadas que se


seguiram à morte de Joseph, Orson Pratt e outros líderes
da Igreja passaram a ressaltar o papel central desse aconte-
cimento na Restauração do evangelho. Um relato da visão
agora aparecia como escritura na Pérola de Grande Valor,
e ela se tornou um assunto frequente nas conversas dos
missionários com pessoas de fora da Igreja.25
Ao pensarem naquele evento sagrado, Susa e seus
companheiros sentiram profunda admiração. “Aqui, o
menino se ajoelhou com fé absoluta”, refletiu Susa.
“Aqui, por fim, as fontes da terra irromperam, e a ver-
dade — o suprassumo da existência — fluiu sobre as
ondas da revelação direta.”26
Mais tarde, quando voltavam para Utah, o presi-
dente Smith dirigiu uma pequena reunião de testemu-
nho a bordo do trem. “Não sou eu, nem homem algum,
nem mesmo o profeta Joseph Smith, que está à frente
deste trabalho, que o dirige e o lidera”, disse ele. “É o
próprio Deus, por meio de Seu Filho, Jesus Cristo.”
A mensagem tocou Susa, que ficou impressio-
nada com o amor do Salvador pelos filhos de Deus.
“Os homens são homens e, portanto, fracos!”, observou
ela. Mas Jesus Cristo era o Senhor de todo o mundo.27

Enquanto os santos celebravam a dedicação do


memorial de Joseph Smith, Anna Widtsoe e Petroline
Gaarden ainda estavam na Noruega, pregando o evan-
gelho. Mais de dois anos já haviam se passado desde

127
Com Coragem, Nobreza e Independência

que as duas irmãs partiram de Utah. O chamado missio-


nário delas tinha sido inesperado, mas não indesejado.
Ambas estavam ansiosas para voltar à sua terra natal
e compartilhar sua fé no evangelho restaurado com
parentes e amigos.28
Anthon Skanchy, um dos missionários que ensinou
o evangelho a Anna na década de 1880, era presidente
da Missão Escandinava quando as irmãs chegaram em
julho de 1903. Ele as designou para trabalhar na área de
Trondheim, Noruega, onde Anna vivia quando se uniu
à Igreja. De lá, as irmãs foram de barco até sua cidade-
zinha natal, Titran, em uma grande ilha na costa oeste
da Noruega. Anna estava apreensiva quando chegou à
ilha. Vinte anos antes, os moradores de Titran haviam
virado as costas para ela por ter se filiado à Igreja. Será
que aceitariam a ela e a sua religião agora?29
Rapidamente se espalhou a notícia de que as irmãs
haviam retornado como missionárias santos dos últimos
dias. A princípio, nenhum amigo ou familiar lhes ofere-
ceu um lugar para ficar. Mas Anna e Petroline persistiram,
até que algumas pessoas abriram as portas para elas.30
Um dia, as irmãs visitaram seu tio, Jonas Haavig, e a
família dele. Todos pareciam estar na defensiva, prontos
para confrontar as irmãs por causa de suas crenças. Anna
e Petroline evitaram falar sobre religião, e a primeira
noite terminou sem conflitos. Porém, na manhã seguinte,
após o desjejum, a prima delas, Marie, começou a fazer
perguntas difíceis sobre o evangelho, tentando provocar
uma discussão.

128
A rocha da revelação

“Marie”, disse Anna, “eu estava determinada a


não falar com você sobre religião, mas agora você vai
ouvir o que tenho a dizer”. Ela prestou um testemunho
contundente, e Marie escutou em silêncio. Mas Anna
percebeu que suas palavras não surtiram efeito. Mais
tarde naquele dia, ela e Petroline deixaram a casa com
o coração partido por causa do ocorrido.31
As irmãs logo retornaram a Trondheim, mas volta-
ram a Titran várias vezes durante os dois anos seguintes.
Com o passar do tempo, as pessoas se tornaram mais
acolhedoras, e Anna e Petroline acabaram sendo con-
vidadas a visitar todas as casas da cidade. Seu serviço
em outras partes da Noruega também foi desafiador,
mas as irmãs eram gratas pela experiência que tiveram
ao servirem na Igreja antes da missão.
Também eram gratas por já saberem falar norue-
guês antes de chegarem. “Temos mais facilidade para
nos expressar em todas as ocasiões do que os jovens
missionários, que não sabem falar o idioma quando
chegam nem quando voltam para casa”, Anna informou
a John em uma carta.32
Por mais que estivesse feliz com o trabalho missio-
nário, Anna sentia falta de sua família em Utah. John,
Osborne e Leah enviavam cartas com frequência. No
meio do ano de 1905, John relatou que havia perdido
o emprego na Faculdade Agrícola quando ele e dois
outros membros fiéis da Igreja foram excluídos do corpo
docente pela administração da instituição. Ele foi contra-
tado imediatamente pela Universidade Brigham Young,

129
Com Coragem, Nobreza e Independência

o novo nome da Academia Brigham Young em Provo,


para dirigir o departamento de química. Desde sua fun-
dação em 1875, o estabelecimento tinha crescido até se
tornar a maior instituição de ensino superior da Igreja,
e John aceitou o trabalho com gratidão.
Osborne, enquanto isso, formou-se em Harvard
e aceitou o cargo de chefe do departamento de inglês
na Universidade dos Santos dos Últimos Dias, em Salt
Lake City.33
“Deus tem sido bom para conosco”, disse Anna a
John em uma carta. “Creio que, com a ajuda do Senhor,
fomos capazes de fazer algo bom. Temos visto muitos
frutos de nosso trabalho aqui, e espero e oro a Deus
para que sejamos amparados por Ele neste novo ano,
assim como fomos no ano passado.”34
Em janeiro de 1906, os líderes da missão designa-
ram Anna e Petroline a permanecerem em Trondheim
para terminar a missão entre seus familiares e fazer
pesquisas genealógicas. Seus parentes ainda não esta-
vam interessados no evangelho. No entanto, as irmãs
sentiam que eles não estavam mais hostis e descon-
fiados em relação a elas. Essa mudança de atitude as
reconfortou. Elas tinham feito sua parte para servir ao
Senhor na Noruega.35

No meio daquele ano, os santos europeus ficaram


sabendo que o presidente Joseph F. Smith faria uma
breve viagem pelo continente. A notícia emocionou Jan

130
A rocha da revelação

Roothoff, de 11 anos, sobretudo quando ele soube que


a primeira visita do profeta seria à Holanda, seu país. O
garoto estava tão animado que não tinha outro assunto.
Vários anos antes, Jan havia contraído uma infla-
mação nos olhos que o tornara sensível à luz. Sua mãe,
Hendriksje, que era solteira, deixou de levá-lo para a
escola e pendurou cortinas nas janelas para que ele
pudesse brincar confortavelmente no escuro. Apesar
disso, ele acabou ficando cego, e os médicos disseram
a sua mãe que ele nunca mais recuperaria a visão.
Jan tinha que usar ataduras sobre os olhos para
protegê-los da luz. Mas ele sabia que, se havia alguém
que podia curar seus olhos, era um profeta de Deus.
“Mãe, ele é o missionário mais poderoso”, disse ele.
“Basta-lhe olhar em meus olhos, e ficarei bem.”36
A mãe de Jan acreditava que o Senhor poderia
curá-lo, mas estava relutante em incentivá-lo a buscar
a ajuda do presidente Smith. “O presidente está muito
ocupado agora”, ela respondeu. “Há centenas de pes-
soas que querem vê-lo. Você é apenas um menino, filho,
e não devemos nos intrometer.”37
Em 9 de agosto de 1906, Jan e sua mãe participaram
de uma reunião especial em Roterdã, onde o presi-
dente Smith se dirigiu a cerca de 400 santos. Enquanto
o escutava falar, Jan se esforçou para se lembrar das
feições do profeta. Antes de perder a visão, Jan havia
visto uma fotografia do presidente Smith e se recordava
de seu rosto gentil. Agora, ele também podia ouvir a
gentileza na voz do profeta, embora precisasse esperar

131
Com Coragem, Nobreza e Independência

que um missionário traduzisse as palavras para o holan-


dês antes de entendê-las.38
O presidente Smith falou sobre o poder dos missio-
nários. “O trabalho deles é vir até vocês e lhes mostrar
a luz maior”, disse ele, “para que seus olhos e ouvidos
se abram e para que seu coração seja tocado com amor
pela verdade”.39
A fé de Jan não vacilou. Após a reunião, sua mãe
o conduziu até a porta onde o presidente Smith e sua
esposa Edna cumprimentavam os santos. “Este é o presi-
dente, pequeno Jan”, disse Hendriksje. “Ele quer apertar
sua mão.”
Tomando-o pela mão, o presidente Smith retirou as
ataduras de Jan. Em seguida, tocou a cabeça do garoto e
fitou seus olhos inflamados. “Que o Senhor o abençoe,
menino”, disse ele. “Ele vai conceder os desejos de seu
coração.”
Jan não entendia o inglês do presidente Smith, mas
seus olhos já começavam a melhorar. Quando chegou em
casa, não conseguiu esconder sua alegria. Arrancou as
ataduras e olhou em direção à luz. “Olhe, mãe!”, exclamou
ele. “Estou curado. Estou enxergando bem!”
Sua mãe correu até ele e testou sua visão de todas
as maneiras que podia imaginar. De fato, Jan conseguia
ver tão bem quanto antes da doença.
“Mamãe”, perguntou Jan, “o nome do presidente é
Joseph F. Smith, não é?”
“Sim”, respondeu a mãe. “Ele é sobrinho do profeta
Joseph.”

132
A rocha da revelação

“Sempre vou orar por ele”, declarou Jan. “Sei que


ele é um verdadeiro profeta.”40

Depois de deixarem Roterdã, Joseph F. Smith e sua


comitiva rumaram para o Leste: foram para a Alemanha,
onde viviam cerca de 3 mil santos. A Missão Suíço-Alemã
era a que mais crescia na Igreja. No entanto, as leis
alemãs de liberdade religiosa não reconheciam a Igreja
nem a protegiam de perseguições — que estavam em
ascensão após relatos escandalosos das audiências do
caso Smoot terem chegado à Europa. Alguns ministros
religiosos alemães, indignados pela perda de membros
de suas congregações, instigaram a imprensa a voltar a
opinião pública contra os santos. A polícia expulsou os
missionários das cidades e impediu que os membros
da Igreja se reunissem, ministrassem o sacramento
ou usassem o Livro de Mórmon ou outras escrituras
modernas.41
Após uma parada em Berlim para se reunir com
membros locais da Igreja, missionários e um pequeno
grupo de santos dos últimos dias americanos que estu-
davam música na cidade, o presidente Smith e sua comi-
tiva seguiram para o sul, em direção à Suíça. Em uma
conferência em Berna, o profeta aconselhou os santos
a se submeterem aos governantes locais e a respeita-
rem as crenças religiosas dos outros. “Não queremos
impor nossas ideias às pessoas, mas explicar a verdade
como a entendemos”, ressaltou ele. “Permitimos que os

133
Com Coragem, Nobreza e Independência

indivíduos a aceitem ou não.” Ele ensinou que a men-


sagem do evangelho restaurado era de paz e liberdade.
“Um de seus efeitos mais gloriosos sobre as pes-
soas”, explicou ele, “é que ela as liberta das correntes de
seus próprios pecados, purifica-as do pecado, coloca-as
em harmonia com o céu, transforma-as em irmãos e
irmãs sob o convênio do evangelho e as ensina a amar
seus semelhantes”.42
O presidente Smith encerrou o sermão com uma
profecia sobre os dias futuros: “Tempo virá — talvez
não em meus dias nem mesmo na próxima geração
— quando os templos de Deus, que são dedicados às
santas ordenanças do evangelho, serão estabelecidos
em diversos países da Terra”.
“Porque este evangelho deve se espalhar pelo
mundo inteiro”, declarou ele, “até que o conhecimento
de Deus cubra a terra, assim como as águas cobrem as
grandes profundezas”.43

134
C AP ÍTULO 9

Lutar e combater

Quando Joseph F. Smith retornou da Europa em


setembro de 1906, o futuro de Reed Smoot como sena-
dor dos Estados Unidos ainda era incerto. Cinco meses
antes, na conferência geral, Francis Lyman havia anun-
ciado publicamente a renúncia dos apóstolos John W.
Taylor e Matthias Cowley. Joseph Tanner também foi
desobrigado de seus cargos de liderança.1
As renúncias, além do recente falecimento do após-
tolo Marriner Merrill, abriram três vagas no Quórum dos
Doze Apóstolos, que foram preenchidas por George F.
Richards, Orson F. Whitney e David O. McKay.2
O anúncio das renúncias pareceu ter um efeito
positivo sobre muitos dos colegas de Reed no Senado.
“Pelo que tenho ouvido”, disse Reed aos líderes da
Igreja, “os senadores, em geral, encararam os atos da

135
Com Coragem, Nobreza e Independência

última conferência como prova de boa-fé por parte da


Igreja e, especialmente, do presidente Joseph F. Smith”.3
No entanto, isso não se aplicava aos integrantes da
comissão de inquérito do Senado, a maioria dos quais
continuava desconfiando da Igreja. Após o encerra-
mento das investigações, eles votaram para recomendar
a cassação do mandato de Reed.4
Por fim, o assunto foi levado ao plenário do Senado
em fevereiro de 1907, quatro anos após a eleição de
Reed e dos protestos subsequentes. A comissão havia
documentado mais de 3 mil páginas de depoimentos
de mais de cem testemunhas, tanto de defesa como de
acusação. Ao examinarem esses documentos, os sena-
dores também levaram em consideração suas interações
pessoais com Reed, que havia conquistado o respeito
de muitos em Washington, D.C. Theodore Roosevelt,
presidente dos Estados Unidos, apoiou-o firmemente e
instou o Senado a votar a favor dele. Quando os sena-
dores finalmente deliberaram sobre o assunto, seu voto
foi pela rejeição da recomendação da comissão e pela
manutenção do mandato do senador Smoot.5
Alguns dias depois, Joseph F. Smith escreveu para
felicitar Reed e agradecer aos senadores por sua decisão
justa. Ele desejava que as pessoas conhecessem melhor
os santos. “Se isso acontecesse, a atual incompreensão
e as distorções generalizadas a respeito de A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias”, escreveu ele,
“cessariam para sempre”.6

136
Lutar e combater

Algumas semanas depois, o presidente Smith abriu a


Conferência Geral de Abril de 1907 com mais boas notí-
cias. “Os dízimos ofertados pelo povo durante o ano de
1906 ultrapassaram os de qualquer outro ano”, informou
ele. “Hoje, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias não deve um dólar sequer que não tenha condições
de pagar imediatamente. Finalmente estamos em condi-
ções de arcar com todas as nossas despesas à vista.”
Ele elogiou a fidelidade dos santos e comentou:
“Não precisamos mais fazer empréstimos e não teremos
que fazê-lo se os santos dos últimos dias continuarem a
viver sua religião e a cumprir essa lei do dízimo”.7
Após seu sermão, o presidente Smith convidou
Orson F. Whitney para ler uma declaração pública que
a Primeira Presidência e os Doze haviam preparado a
respeito das crenças e dos valores dos santos dos últimos
dias. A declaração respondia a muitas das acusações fei-
tas contra a Igreja e seus membros durante as audiências
do caso Smoot. Também fornecia aos santos um resumo
oficial dos princípios e das práticas básicas do evangelho.
“Nossa religião está alicerçada nas revelações de Deus”,
afirmava a declaração. “O evangelho que proclamamos
é o evangelho de Cristo, restaurado à Terra.”
A declaração caracterizava os santos como um povo
honesto, de mente aberta, inteligente e piedoso. Também
testificava de sua devoção ao lar e à família, incluindo o
casamento monogâmico. “O típico lar ‘mórmon’ é o tem-
plo da família”, declarava. “O povo ‘mórmon’ curvou-se

137
Com Coragem, Nobreza e Independência

em respeitosa submissão às leis promulgadas contra o


casamento plural.”
A declaração também explicava os princípios do
arbítrio individual, do dízimo e da liderança do sacer-
dócio. Atestava ainda o patriotismo dos santos, sua leal-
dade aos governos terrenos e seu compromisso com a
separação entre a igreja e o Estado. “Desejamos viver em
paz e confiança com nossos concidadãos de todos os
partidos políticos e de todas as religiões”, proclamava.
A declaração afirmava que o evangelho restaurado
procurava elevar a sociedade, não destruí-la. “Nossa reli-
gião está entrelaçada com nossa vida; ela formou nosso
caráter, e a verdade de seus princípios está gravada em
nossa alma”, dizia o texto.8
Depois que o élder Whitney terminou de ler a
declaração, Francis Lyman expressou seu apoio a ela
em nome do Quórum dos Doze Apóstolos. A pedido
do presidente Smith, a congregação então votou una-
nimemente para adotar e apoiar a mensagem.9

Em 16 de abril de 1908, Jane Manning James, uma


das primeiras negras a ter se filiado à Igreja, faleceu
em sua casa, em Salt Lake City. Ela viera para o Vale do
Lago Salgado com o marido e os filhos em setembro
de 1847, integrando a primeira companhia de santos a
seguir a companhia pioneira de Brigham Young para
o Oeste.10 Desde essa época, ela havia se tornado uma
presença bem conhecida na cidade. Ela tinha orgulho

138
Lutar e combater

de seus 18 netos e sete bisnetos. Ela e seu irmão Isaac


iam às reuniões da Igreja no Tabernáculo de Salt Lake
e frequentemente participavam de encontros com os
“velhos” pioneiros da Igreja.11
Seu funeral foi realizado na capela da Eight Ward de
Salt Lake City. A capela estava repleta de amigos de Jane,
tanto negros como brancos, que vieram para relembrar
sua vida. A sala estava repleta de flores para honrar a fé
e a bondade de coração de Jane.
Elizabeth Roundy, uma amiga de Jane, leu um
pequeno esboço autobiográfico que Jane lhe ditara
alguns anos antes. Jane havia nascido livre em uma época
em que a escravidão ainda era legalizada e os negros
em todo o mundo eram frequentemente tratados como
socialmente inferiores. Sua autobiografia contava a his-
tória de sua conversão no leste dos Estados Unidos, a
caminhada de sua família por quase 1.300 quilômetros
até Nauvoo e suas experiências de vida e de trabalho
com a família do profeta Joseph Smith. Também relatava
as duas vezes em que Emma Smith convidara Jane para
ser adotada pela família de Emma e Joseph.12
Para finalizar a autobiografia, Jane prestava um tes-
temunho fervoroso. Ela havia ficado viúva, presenciara o
falecimento de todos na família, exceto dois filhos e dez
netos, e já estava quase cega, mas afirmou: “O Senhor
me protege e cuida bem de mim em minha condição
indefesa; e quero dizer aqui mesmo que minha fé no
evangelho de Jesus Cristo, como ensinado por A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, é tão forte

139
Com Coragem, Nobreza e Independência

hoje, ou melhor, se possível, é mais forte hoje do que


no próprio dia em que fui batizada”.13
O presidente Joseph F. Smith discursou no funeral.
Ao longo dos anos, Jane procurara em algumas ocasiões
a ajuda dele para receber as ordenanças do templo para
si própria e seus familiares falecidos. Em especial, ela
ansiava por receber a investidura e ser selada a uma famí-
lia.14 Porém, desde o início da década de 1850, a Igreja
tinha restringido o acesso ao sacerdócio ou a qualquer
ordenança do templo, exceto o batismo pelos mortos,
aos santos de ascendência africana. As explicações para
a restrição eram variadas, mas eram especulativas, não a
palavra de Deus. Brigham Young havia prometido que
todos os santos, independentemente da raça, um dia rece-
beriam todas as ordenanças e bênçãos do evangelho.15
Assim como outros santos negros, Jane havia feito
batismos em favor de seus parentes falecidos. Ela tam-
bém pedira para receber a investidura e depois ser
selada vicariamente a Walker Lewis, um dos poucos
santos negros a receber o sacerdócio antes que a restri-
ção entrasse em vigor. Em ocasiões posteriores, pediu
para ser selada por adoção à família de Joseph Smith.
Porém, cada vez que ela solicitava a investidura ou o
selamento, Joseph F. Smith ou outros líderes da Igreja
mantinham a restrição da Igreja.16
No entanto, com a ajuda de Zina Young, presidente
geral da Sociedade de Socorro, Jane havia recebido per-
missão dos líderes da Igreja para se unir por toda a eterni-
dade à família de Joseph Smith. Em resposta a seu pedido,

140
Lutar e combater

eles prepararam uma cerimônia vicária que uniu Jane à


família como serviçal. Zina Young havia atuado como
representante de Jane na cerimônia, enquanto Joseph F.
Smith havia representado o profeta Joseph Smith.17
Embora se sentisse insatisfeita com a cerimônia,
Jane continuara fiel. “Pago meu dízimo e minhas ofertas,
guardo a Palavra de Sabedoria”, afirmou ela. “Recolho-me
cedo e me levanto cedo. Em minha maneira débil, tento
dar um bom exemplo a todos.”18
Em 1902, Jane perguntou ao patriarca John Smith,
irmão mais velho de Joseph F. Smith, quando ela teria
permissão de receber a investidura. “Seja paciente e
espere um pouco mais”, respondeu ele, assegurando
que o Senhor não Se esquecera dela. Ele prometeu que
a recompensa do Senhor para ela “seria muito melhor do
que ela podia imaginar”. Até o final da vida, ela reteve
a esperança de um dia poder receber todas as bênçãos
do templo.19
Após o funeral, Jane foi sepultada no Cemitério de
Salt Lake City. “Poucas pessoas foram mais reconhecidas
pela fé e fidelidade do que Jane Manning James”, dizia
o obituário do jornal Deseret News. “A despeito de sua
humildade, ela tinha centenas de amigos e conhecidos.”20

Em julho de 1909, o Salt Lake Tribune começou a


publicar listas de homens que supostamente tinham
inciado novos casamentos plurais desde o Manifesto. A
Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos

141
Com Coragem, Nobreza e Independência

ficaram alarmados com as listagens. Joseph F. Smith


imediatamente nomeou os apóstolos Francis Lyman,
John Henry Smith e Heber J. Grant para investigar o
assunto e disciplinar os santos que houvessem violado
a norma da Igreja sobre o casamento plural desde o
Segundo Manifesto.21
A investigação durou mais de um ano e resultou na
excomunhão de dois homens que recentemente haviam
iniciado ou realizado novos casamentos plurais. A Primeira
Presidência também enviou uma carta a todas as presidências
de estaca, orientando-as a instruir os bispos a disciplinar
os infratores do Segundo Manifesto. “Consideramos que
qualquer pessoa que viole essa importante norma e ação
não só comete uma transgressão individual, mas também
desonra a Igreja”, escreveram eles.22
Mais ou menos na mesma época, a Pearson’s, uma
revista de grande circulação nos Estados Unidos, publi-
cou uma série de artigos criticando a Igreja. Com base
nas listas de novos casamentos plurais publicadas no Salt
Lake Tribune, os artigos acusavam a Igreja de desonesti-
dade e corrupção. Joseph F. Smith também ficou sabendo
que outra revista popular, a Everybody’s, planejava pub-
licar uma série similar, escrita por Frank Cannon, filho
de George Q. Cannon.23
Frank era ex-senador de Utah e já havia sido con-
sultor da Primeira Presidência. Porém, o alcoolismo,
os casos extraconjugais e outras transgressões haviam
gerado atritos entre ele e os líderes da Igreja. Após a
morte de seu pai, ele se tornou um crítico ferrenho da

142
Lutar e combater

Igreja e de Joseph F. Smith, e suas palavras ganhavam


credibilidade devido à sua reputação anterior entre os
santos.24
Quando souberam dos planos de Frank, Joseph
F. Smith e Anthon Lund escreveram imediatamente ao
editor da Everybody’s, advertindo que os escritos de
Frank eram falsos e não mereciam atenção. No entanto,
os editores de revistas da época estavam muitas vezes
ansiosos para imprimir histórias e relatos escandalosos,
de modo que o editor começou a publicar os artigos
de Frank imediatamente. Em breve, a revista recebeu
pedidos de assinaturas de todo o país.25
Frank não foi o primeiro ex-santo dos últimos dias
a atacar a Igreja publicamente. Ezra Booth, John C.
Bennett, T. B. H. e Fanny Stenhouse, e William Jarman
haviam tentado prejudicar a Igreja por meio de seus
escritos. Ainda assim, o sucesso alcançado pela série
de Frank foi desanimador.
Mais uma vez, a Igreja estava enfrentando uma crise
de opinião pública.26

Alguns estudantes e missionários santos dos últi-


mos dias da Missão Suíço-Alemã aplaudiram quando as
cortinas se abriram na Royal Opera House de Berlim,
ao final da apresentação de Emma Lucy Gates. Desde
que chegara à Alemanha com John e Leah Widtsoe uma
década antes, Lucy havia se tornado uma estrela em
ascensão na ópera europeia, e aquela era a primeira vez

143
Com Coragem, Nobreza e Independência

que ela se apresentava naquela renomada instituição.


Ela não decepcionou o público.
Do palco, Lucy pôde sentir a fé e o apoio dos
demais membros da Igreja, que estavam acomodados
na galeria superior. Eles a chamavam de “Rouxinol de
Utah”. Muitos deles haviam orado pelo sucesso dela
naquela noite, e alguns até haviam jejuado.27
Os jornais elogiaram seu desempenho. “Seu treino
vocal não deixa nada a desejar”, escreveu um crítico, “e
a técnica precisa e nítida foi uma demonstração de ver-
dadeira arte musical”.28
Embora alguns críticos tenham mencionado o ale-
mão imperfeito de Lucy, ninguém falou sobre seu estado
de origem ou sua religião. A oposição à Igreja ainda
estava em ascensão na Alemanha e em outras partes da
Europa, de modo que Lucy não havia declarado à Royal
Opera House que era membro da Igreja. A maioria dos
santos alemães era assediada em suas comunidades, e
os missionários eram alvos frequentes de multas, expul-
sões, detenções e prisões.29
A professora de voz de Lucy, Madame Blanche
Corelli, exortou-a a esconder sua religião em nome de
sua carreira. Ao escrever para casa, Lucy disse à mãe,
Susa Gates, que relutantemente se identificou como pro-
testante na Royal Opera House. Lucy não queria escon-
der sua fé, mas também não permitiria que seu futuro
fosse definido pelo preconceito de outras pessoas.30
Susa apoiou a decisão, observando que ela havia
falado com o presidente Smith sobre o assunto, e ele não

144
Lutar e combater

se opôs ao fato de Lucy manter sua religião em segredo.


O pai dela, Jacob Gates, também deu seu apoio. “Você
está fazendo isso por um bom motivo”, escreveu ele,
“e não por se envergonhar do que sabe ser verdade”.31
No início do segundo semestre de 1910, a oposição
alemã à Igreja piorou, deixando Lucy com medo de se
reunir publicamente com os santos em Berlim. A polí-
cia da cidade prendera recentemente 21 missionários,
turistas e estudantes santos dos últimos dias. Quando as
autoridades os puseram em liberdade 18 horas depois,
os prisioneiros foram expulsos da cidade como “estran-
geiros indesejáveis”. Apenas alguns poucos estudantes
receberam permissão de permanecer, desde que não
frequentassem a Igreja nem pregassem o evangelho.32
Em setembro, após faltar por três semanas às reu-
niões da Igreja, Lucy estava sentindo falta do convívio
com outros santos e do sacramento. Ela sugeriu a reali-
zação de pequenas reuniões sacramentais para os santos
americanos em Berlim, como havia feito com Leah e
John em Göttingen. No entanto, como todas as reu-
niões religiosas tinham de ser registradas oficialmente
na cidade, o pequeno grupo se reuniu em segredo.
Em suas reuniões, os santos americanos parti-
lhavam do sacramento, cantavam hinos e prestavam
testemunho. Lucy tinha trazido vários livros da Igreja
consigo para Berlim, incluindo as escrituras. Assim, na
segunda vez que se reuniram, eles estudaram Doutrina
e Convênios e passaram uma hora falando a respeito
da doutrina da ressurreição.

145
Com Coragem, Nobreza e Independência

“Mas, por favor, não divulgue nada sobre isso”,


pediu Lucy a sua mãe em uma carta em que descrevia
as reuniões. O governo alemão monitorava as notícias
que vinham de Salt Lake City. Se um artigo sobre aquelas
reuniões secretas aparecesse em um jornal de Utah e a
polícia de Berlim tomasse conhecimento disso, Lucy e
seus amigos correriam sério perigo.
“Podemos acabar na prisão”, explicou ela. “Portanto,
por favor, que todos os que lerem isso tenham cuidado.”33

Em janeiro e fevereiro de 1911, a revista McClure’s,


de Nova York, publicou um artigo em duas partes sobre
os casamentos plurais depois do Manifesto, intitulado “O
reavivamento da poligamia mórmon”. Com a publicação
desse artigo, agora a Igreja estava sendo atacada por
três revistas de grande circulação nos Estados Unidos.
Milhões de pessoas tiveram acesso a essas reportagens.34
O artigo da revista McClure’s estimava que cerca de
1.500 a 2.000 casamentos plurais haviam sido realizados
nos 21 anos desde o Manifesto. Na verdade, o número
correto estava na casa dos 260, mas isso não impediu
o autor de divulgar suas falsidades. “Parece não haver
a mínima probabilidade de que a prática se extinga no
curto prazo”, opinou ele. Na verdade, ele acreditava
que havia tantos casamentos plurais sendo realizados
entre jovens que a prática se manteria pelo menos por
mais 50 anos.35

146
Lutar e combater

O artigo chamou a atenção do jornalista


nova-iorquino Ike Russell, que havia crescido na Igreja
em Utah. Ele era neto do apóstolo Parley P. Pratt, e o tio
de sua esposa era o presidente da missão na cidade de
Nova York. Ike havia abandonado a fé na adolescência,
mas acompanhava as notícias de Utah e tinha afeição
pelos santos.36
Ike ficou irritado com tantas mentiras e falsidades
no artigo da revista McClure’s. Uma página trazia fotos
de sete apóstolos que haviam iniciado casamentos plu-
rais após o Manifesto. A legenda dizia: “A Igreja não
excomungou nenhum deles por violar a revelação”. Na
verdade, cinco daqueles homens já haviam falecido, e
os outros dois eram John W. Taylor e Matthias Cowley,
que não faziam mais parte do quórum. O artigo também
não mencionava que todos os apóstolos retratados,
exceto um, haviam sido substituídos por monógamos.37
Ike escreveu para o editor da revista McClure’s
acerca dos muitos erros no artigo. Também enviou car-
tas para outras revistas, mas foi ignorado pela maioria
dos editores.38
Ele então se sentiu inclinado a tentar algo diferente.
Um dos artigos na revista Pearson’s alegava que
Theodore Roosevelt, ex-presidente dos Estados Unidos,
havia feito um acordo com os líderes da Igreja para
garantir votos numa eleição recente. Se Ike conseguisse
uma declaração de Roosevelt por escrito desmentindo
isso, poderia usar a carta para desacreditar o artigo.

147
Com Coragem, Nobreza e Independência

Ike se sentou e começou a datilografar. “Estou


escrevendo na esperança de que o senhor tenha a bon-
dade de me ajudar a trazer à luz a verdade.”39

Enquanto isso, na Inglaterra, o apóstolo e pre-


sidente da Missão Europeia, Rudger Clawson, soube
que o governo britânico estava lançando uma investi-
gação sobre o trabalho missionário da Igreja. Cientes
dos esforços alemães para banir os missionários de
suas cidades, alguns legisladores se perguntavam se os
britânicos deveriam fazer o mesmo. Apesar de alguns
jornalistas britânicos defenderem a tolerância religiosa
em relação aos santos, muitas pessoas no Reino Unido
ainda viam os missionários como representantes de
uma igreja estrangeira que ensinava ideias estranhas e
aliciava mulheres britânicas para o casamento plural.40
Os críticos da Igreja alimentavam aqueles temores,
minando o bom trabalho que as mulheres da Igreja
haviam feito como missionárias para corrigir concepções
errôneas. Seguindo o exemplo de William Jarman, que
ocasionalmente ainda dava palestras, outro ex-santo
dos últimos dias americano estava em turnê pelo país,
com um relato crítico de suas vivências na Igreja. Outros
críticos estavam publicando obras hostis e encabeçando
a oposição aos santos.41
No início de 1911, Rudger escreveu ao minis-
tro britânico do interior, Winston Churchill, prome-
tendo cooperar com o governo. “Em caso de qualquer

148
Lutar e combater

investigação”, observou ele, “estamos prontos e dispos-


tos a lhe prestar toda a assistência possível”. Churchill
iniciou um inquérito sobre a Igreja e seu trabalho mis-
sionário logo em seguida. “Estou tratando o assunto
com seriedade”, disse ele ao Parlamento.42
A oposição à Igreja na Grã-Bretanha permaneceu
constante no segundo trimestre do ano. Num domingo
de abril, um grupo chamado Cruzada Antimórmon de
Liverpool começou um motim na cidade de Birkenhead,
onde cerca de 30 santos se reuniam em um salão. Impul-
sionados pela multidão, alguns desordeiros atacaram
um grupo de policiais reunidos fora do salão. Outros
atiraram pedras nas janelas.
À medida que a violência aumentava, os policiais
tentaram prender os agitadores, mas eles revidaram.
Alguns participantes da turba entregaram aos missio-
nários uma carta exigindo que deixassem Birkenhead
dentro de sete dias.
“Não vou dar atenção a isso”, afirmou Richard
Young, missionário presidente da conferência.
“Está disposto a encarar as consequências?”, per-
guntou alguém da turba.
“Sim”, respondeu ele.43
Os jornais locais noticiaram o tumulto e o ultimato
dos arruaceiros, e muitas pessoas estavam ansiosas para
ver os desdobramentos. Rudger temia que os missioná-
rios fossem agredidos fisicamente se permanecessem na
cidade. No entanto, depois de conversar com Richard e
os outros missionários, ele concordou que eles deveriam

149
Com Coragem, Nobreza e Independência

ficar. Se os élderes saíssem de Birkenhead, o que impe-


diria as turbas de tentarem expulsar os missionários de
outras cidades e vilarejos?44
Rudger designou o domingo seguinte como um
dia de oração e jejum para os missionários. Quando o
dia chegou, os élderes de Birkenhead realizaram sua
primeira reunião pública desde o incidente. A polícia
veio e formou uma linha em frente ao salão. Uma mul-
tidão de cerca de 5 mil pessoas logo se aglomerou, e
alguns desfilaram em frente à polícia com uma banda
de metais. A multidão aplaudiu a banda, mas não houve
violência.
Alguns observadores ficaram impressionados com
o fato de os élderes terem desafiado a turba. “Parece
que isso mudou o tom dos artigos jornalísticos a nosso
respeito”, relatou Rudger à Primeira Presidência. “Pelo
menos por enquanto, não se verifica um clima de hos-
tilidade e perseguição aos santos dos últimos dias.”45
Durante aquela época, Winston Churchill conti-
nuou a investigar a Igreja. Em todo o país, a polícia
interrogava as famílias de moças que houvessem se
unido à Igreja e emigrado para Utah, e representan-
tes do governo compareciam às reuniões dominicais.
Ninguém encontrou provas de que a Igreja ou seus
missionários estivessem causando problemas. Satisfeito,
Churchill concluiu que não havia motivo para expulsar
os missionários e não recomendou nenhuma ação legal
contra os santos.46

150
Lutar e combater

Em Utah, Joseph F. Smith recebeu uma cópia de uma


longa carta que Theodore Roosevelt escrevera a Ike
Russell, refutando alegações de que havia feito um acordo
com os santos para conseguir votos em Utah. “A acusação
não apenas é falsa”, informou Roosevelt a Ike, “mas tão
ridícula que é difícil levá-la a sério”.47
Joseph sabia que Ike pretendia publicar a carta
na Collier’s, uma revista com cerca de um milhão de
leitores. Reed Smoot também exortou Joseph tomar
providências a respeito dos ataques. “Se não agirmos”,
alertou Reed, “duvido que escapemos de uma investi-
gação”. Porém, até agora Joseph tinha feito pouco para
responder aos artigos das revistas.48
Então, no início de abril de 1911, ele mandou um
telegrama a Reed perguntando se algum jornal do leste
publicaria uma resposta oficial da Igreja. Reed entrou
imediatamente em contato com os jornais, mas não
recebeu nenhuma promessa. Ike, por sua vez, conse-
guiu publicar a carta de Theodore Roosevelt na revista
Collier’s. Satisfeito, Joseph mandou publicar a carta e a
resposta da Igreja aos artigos das revistas na forma de
panfletos e distribuí-los a cidadãos proeminentes nos
Estados Unidos e na Grã-Bretanha.49
Ainda assim, outras revistas continuaram a publicar
artigos sobre a Igreja. Em março, a Cosmopolitan se
tornou a quarta revista a lançar uma série de três arti-
gos sobre a Igreja, comparando-a a uma víbora prestes
a dar o bote no lar e na família. Assim como as outras

151
Com Coragem, Nobreza e Independência

revistas, ela afirmava que a Igreja ainda promovia o


casamento plural.50
Por volta dessa época, Francis Lyman ouviu relatos
de que John W. Taylor e Matthias Cowley haviam tomado
novas esposas plurais recentemente, além de terem
realizado mais casamentos plurais. Ele e um comitê se
reuniram individualmente com ambos os homens. John
W. demonstrou obstinação durante a reunião. De fato,
ele havia se casado com outra esposa plural em 1909,
mas se recusou a admitir ou negar o fato.51 Matthias,
por sua vez, reconheceu que errara. No final, os Doze
excomungaram John W. e proibiram Matthias de usar a
autoridade do sacerdócio.52
Depois que os ex-apóstolos foram disciplinados,
Joseph F. Smith viajou para Washington, D.C. Enquanto
estava lá, ele se encontrou com um repórter na casa de
Reed e Allie Smoot. O repórter perguntou sobre polí-
tica, finanças da Igreja e outras questões normalmente
levantadas em artigos negativos sobre a Igreja. Porém, a
maioria de suas perguntas era sobre o casamento plural.
Joseph deu respostas francas, ansioso para corrigir a
desinformação que circulava pelas revistas.
“Hoje a poligamia entre os mórmons é completa-
mente reprovada e proibida pela Igreja”, declarou Joseph.
“Que prova temos de que a poligamia agora é ter-
minantemente proibida pela igreja mórmon?”, perguntou
o repórter.
“A melhor demonstração de que estamos combatendo
a poligamia com seriedade e rigor”, respondeu Joseph, “é

152
Lutar e combater

o fato de o sr. Taylor, ex-apóstolo da Igreja e ex-membro


do conselho governante, ter sido excomungado”.53
A entrevista foi publicada no jornal alguns dias
depois e foi seguida por outros artigos elogiosos sobre
os santos. “Tudo o que ouço são relatos favoráveis de
sua visita aqui”, disse Reed a Joseph. “Acredito que o
efeito foi extremamente positivo.”54
As revistas logo perderam o interesse em publi-
car artigos críticos sobre a Igreja. Alguns meses depois,
Joseph escreveu a Ike Russell, refletindo sobre a recente
comoção. “Acreditamos que a opinião pública vai mudar”,
observou ele. “Tivemos que lutar e combater desde o
início, e não esperamos nada além de oposição, de uma
espécie ou de outra, até que a vitória seja alcançada.”55

153
PARTE 2

Em meio à terra
1911–1930

“Creio que a causa de Sião é sagrada à vista do


Senhor, que Seu olho está sobre Seu povo e que Seu
poder está operando em meio aos santos e em meio
à terra para a concretização de Seu propósito.”

Joseph F. Smith, outubro de 1916


1911–1930

ESTOCOLMO

GLASGOW
• •COPENHAGUE
LIVERPOOL

LONDRES

•LIÈGE •PRAGA
• •VERDUN
PARIS Limites, 1914

SARAJEVO

AINTAB

•ALEPPO

• EL PASO
COLONIA JUÁREZ E S T A D O S U N I D O S
••
COLONIA DUBLÁN

M É X I C O

SAN MARCOS •
CIDADE DO MÉXICO •
C APÍTULO 10

Dá-me forças

No segundo semestre de 1911, Alma Richards voltou


para a Universidade Brigham Young com o objetivo de
ir aos Jogos Olímpicos de 1912 em Estocolmo, Suécia.
Alma era um atleta de 21 anos de Parowan, uma cida-
dezinha no sul de Utah. Antes de ir para a BYU no ano
anterior, ele não sabia quase nada sobre as Olimpíadas.
Então seu treinador disse que ele tinha chance de com-
petir nos jogos.
“Se treinar de modo metódico e persistente por um
ano e meio”, garantiu ele, “você fará parte da equipe”.1
No início, Alma achou que seu treinador estivesse
brincando. Ele era atlético por natureza, porém era mais
alto e pesado do que a maioria dos atletas de salto em
altura. Não tinha muita experiência nem treinamento no
esporte. Em vez de usar a técnica da tesoura ou rolar o

157
Com Coragem, Nobreza e Independência

corpo horizontalmente por cima da barra de salto em


altura, como fazia a maioria dos saltadores, ele se lan-
çava desajeitadamente para o alto, enrolando-se como
uma bola ao se arremessar no ar.
Mas ele pôs à prova as palavras do treinador. Trei-
nou regularmente e começou a se destacar nas competi-
ções atléticas locais. Logo se tornou campeão em Utah.2
Os eventos esportivos estavam ganhando populari-
dade entre os jovens do mundo inteiro, e muitas escolas
de Ensino Médio e faculdades de Utah patrocinavam
equipes esportivas de rapazes e moças. Ainda assim,
por muitos anos, as Associações de Melhoramentos
Mútuos não incluíram os esportes em suas atividades.
A AMM dos Rapazes, de fato, normalmente centralizava
suas reuniões no estudo de assuntos religiosos ou aca-
dêmicos a partir de um manual, para a decepção de
muitos rapazes.3
Enquanto isso, grupos protestantes de Salt Lake
City começaram a usar um popular ginásio adminis-
trado pela Associação Cristã de Rapazes, ou YMCA,
a fim de atrair jovens santos dos últimos dias para
suas escolas dominicais. Preocupados, os líderes da
Igreja decidiram oferecer oportunidades semelhan-
tes. Começaram a realizar competições esportivas nas
conferências anuais conjuntas da AMM e incentivaram
os líderes de estaca e ala a permitir que os jovens
usassem os salões culturais das capelas para “ginástica
leve”. Em 1910, o ano em que Alma entrou na BYU, a
Igreja inaugurou o Deseret Gymnasium, uma instalação

158
Dá-me forças

recreativa de três andares que ficava um quarteirão a


leste da Praça do Templo.4
Como a frequência da AMM das jovens damas ainda
superava a da AMMR, os líderes da Igreja reconheceram
também que o programa atual não estava atingindo os
rapazes. Essa constatação se deu em meio aos esforços
para definir e esclarecer os deveres das auxiliares e dos
quóruns do sacerdócio da Igreja. Em 1906, um “comitê de
correlação” recém-formado, composto por representantes
das auxiliares da Igreja, determinou que as reuniões do
Sacerdócio Aarônico deveriam incluir instruções doutri-
nárias para os rapazes. As reuniões da AMMR, por outro
lado, cultivariam a mente e o corpo dos meninos. Para
isso, foram introduzidas atividades esportivas e ao ar livre
para os rapazes.5
Eugene Roberts, técnico de Alma e diretor de con-
dicionamento físico da BYU, era um defensor respeitado
dos esportes na Igreja. Como muitos outros em sua época,
ele acreditava que a tecnologia e a vida na cidade haviam
avançado muito rapidamente no século 19, afastando os
jovens da influência refinadora da atividade física e da
natureza. Idealizando a vida dos pioneiros santos dos
últimos dias, ele incentivava os rapazes a imitar a ética
de trabalho e o fervor religioso deles.
“Ninguém consegue ler a respeito de seus sofri-
mentos físicos e suas provações religiosas sem se encher
de admiração”, escreveu ele em uma edição de 1911 da
revista Improvement Era. “Um jovem anêmico, criado
na cidade, que nunca acampou no deserto nem viu a

159
Com Coragem, Nobreza e Independência

selva, que nunca subiu montanhas nem ‘passou neces-


sidades’ simplesmente não consegue se identificar com
as lutas de seu pai.”6
Eugene e os líderes da AMMR incentivaram a Igreja
a adotar um programa inspirado no recém-criado movi-
mento dos escoteiros, que ensinava os rapazes a desen-
volver elevados padrões morais e os fortalecia física e
espiritualmente por meio de acampamentos, caminhadas
e outras atividades ao ar livre. Outro defensor do esco-
tismo, Lyman Martineau, membro da junta da AMMR,
incentivou os líderes dos jovens a fazerem os rapazes
participarem de atividades de recreação física. “Se bem
organizadas e controladas”, declarou ele, “essas ativida-
des proporcionam entretenimento saudável e promovem
coragem, entusiasmo, propósito espiritual e moral, e
hábitos salutares”.7
O próprio Alma Richards era prova viva dessas
palavras. Seu desejo de se destacar nos esportes o
levou a guardar a Palavra de Sabedoria numa época
em que a Igreja incentivava esse princípio, mas sem
propor uma observância estrita. Ao se abster de álcool
e fumo, ele confiou na promessa do Senhor de que
aqueles que seguissem a Palavra de Sabedoria “[cor-
reriam] e não se [cansariam]” e “[caminhariam] e não
[desfaleceriam]”.8
No segundo trimestre de 1912, Eugene disse a Alma
que ele estava pronto para a seletiva olímpica. “Você
é um dos 15 melhores atletas de salto em altura do
mundo”, disse ele, “e um dos sete melhores dos Estados

160
Dá-me forças

Unidos”. Para cobrir as despesas da viagem de Alma


para as eliminatórias, ele convenceu a BYU a conceder
ao jovem atleta uma bolsa generosa. Ele queria acom-
panhar Alma pessoalmente, mas não tinha dinheiro
suficiente para a viagem.
Mesmo antes de deixar Utah, Alma se sentiu ansioso
e solitário. Eugene veio se despedir dele com palavras
de incentivo e apoio. Antes de Alma embarcar no trem,
Eugene lhe entregou um poema inspirador para lhe dar
forças e fé em tempos difíceis.9
Algumas semanas depois, chegou em Utah a notí-
cia de que Alma havia entrado para a equipe olímpica.
Estava a caminho da Suécia.10

Em meados de 1912, mais de 4 mil colonos santos


dos últimos dias que moravam no norte do México se
viram no meio de uma revolução. No ano anterior, forças
rebeldes haviam deposto o presidente de longa data
do México, Porfirio Díaz. Mas irrompeu outro levante
depois disso contra os vencedores rebeldes.11
Junius Romney, presidente de estaca de 34 anos
no norte do México, declarou que os santos não aban-
donariam suas casas apesar do conflito. Desde que se
refugiaram no México durante as ofensivas antipoliga-
mia da década de 1880, os santos de modo geral ficaram
alheios à política mexicana. Mas agora muitos rebeldes
os viam como invasores estrangeiros e faziam ataques
frequentes às suas prósperas fazendas de gado.12

161
Com Coragem, Nobreza e Independência

Na esperança de enfraquecer os rebeldes, os Esta-


dos Unidos proibiram a venda de armas e munições ao
México. O senador Reed Smoot, no entanto, persuadiu
o presidente dos EUA, William Howard Taft, a enviar
armas adicionais aos santos que residiam no norte do
México para ajudar a proteger seus assentamentos. Mas
os líderes rebeldes logo souberam do carregamento e
exigiram que os santos entregassem suas armas.
Sabendo que a Primeira Presidência queria evi-
tar que qualquer mal se abatesse sobre os santos,
Junius e outros líderes da Igreja na região negociaram
com os rebeldes para permitir que os santos retives-
sem suas armas de fogo para autodefesa. Os líde-
res rebeldes também prometeram não importunar os
assentamentos.13
Em 27 de julho, entretanto, um general rebelde
chamado José Inés Salazar convocou Junius ao seu
quartel-general com Henry Bowman, um empresário
e líder local da Igreja. Ele anunciou a Junius e a Henry
que não poderia mais impedir que as forças rebeldes
atacassem os santos. Alarmado, Junius lembrou ao
general que ele havia dado garantias verbais e escritas
de que os rebeldes não prejudicariam os assentamentos.
“Foram meras palavras”, disse o general, “palavras
jogadas ao vento”. Informou a Junius e a Henry que as
colônias teriam que entregar suas armas.
“Não vemos justificativa para nos desfazer de nos-
sas armas”, retrucou Junius. Havia cerca de 2 mil rebel-
des na área com cinco ou seis canhões que poderiam

162
Dá-me forças

apontar para as colônias. Se os santos abrissem mão de


suas armas, ficariam indefesos.14
O general não se comoveu, então Junius explicou
que não tinha autoridade para ordenar aos santos que
lhe entregassem seus bens pessoais. Ao ouvir isso, o
general Salazar saiu da sala para discutir o assunto com
um de seus oficiais, o coronel Demetrio Ponce.
Quando ficaram sozinhos, Henry disse: “Irmão
Romney, acho que não é sensato irritar o general”. Ele
percebeu que Junius estava furioso e não queria que o
conflito se agravasse.
“Minha decisão está tomada”, afirmou Junius.
“Quando Salazar voltar, vou lhe dizer o que penso dele
nem que esse seja o último ato de minha vida!”
Logo o general Salazar voltou à sala com o coro-
nel Ponce. “Evidentemente, o general não conseguiu
deixar claro o que queria transmitir”, disse o coronel,
esfregando as palmas das mãos. “O que o general deseja
que você faça é simplesmente lhes sugerir tal ação, e
eles o farão!”
“Não vou lhes dar essa sugestão”, replicou Junius.
Ele sabia que os santos se sentiriam traídos se ele pedisse
que entregassem seu único meio de defesa.
“A menos que suas armas e munições sejam tra-
zidas para mim até as 10 horas da manhã de amanhã”,
advertiu o general Salazar, “marcharemos contra vocês”.
“É esse seu ultimato?”, indagou Junius.
“É meu ultimato!”, respondeu o general. “Irei e
pegarei as armas onde quer que seja.”

163
Com Coragem, Nobreza e Independência

Junius ficou chocado com o fato de o general estar


disposto a atacar sem escrúpulos os assentamentos.
“Invadiria nossas casas e tomaria nossas armas à força?”,
perguntou.
“Nós os consideraremos nossos inimigos”, disparou
o general Salazar, “e declararemos guerra contra vocês
imediatamente”.15

Naquela noite, em Colonia Juárez, um dos maio-


res assentamentos santos dos últimos dias no norte do
México, Camilla Eyring, de 17 anos, ouviu o pai descre-
ver o perigo que pairava sobre a família.
Os rebeldes estavam apreendendo as armas dos
santos e deixando-os indefesos, contou ele, então os
líderes da Igreja decidiram retirar as mulheres, as crian-
ças e os idosos dos assentamentos. Eles viajariam mais
de 240 quilômetros até El Paso, Texas, ao norte da fron-
teira com os Estados Unidos. Os homens ficariam para
proteger as casas e os animais de criação.16
Colonia Juárez era o único lar que Camilla conhe-
cia. Três gerações de sua família tinham morado nas
colônias do México depois que seus avós se mudaram
para lá a fim de não serem processados por pratica-
rem o casamento plural. Desde aquela época, Colonia
Juárez havia prosperado e se tornado uma comuni-
dade de dezenas de famílias de santos dos últimos dias,
com vicejantes pomares de maçãs e belos prédios de
alvenaria.

164
Dá-me forças

Camilla era a mais velha de 11 filhos. Seu pai,


marido de duas esposas, administrava uma grande
fazenda de gado na qual ela às vezes ajudava a fazer
queijo. Ele empregava mexicanos da região, cujas famí-
lias ela passou a amar. Ela frequentara com seus amigos
a grande escola da Academia Juárez, na qual aprendera
inglês e espanhol. Nos dias quentes, ela colocava um
de seus vestidos velhos e ia com as amigas para uma
piscina construída à beira do rio Piedras Verdes. Agora,
enquanto se preparava para deixar sua casa, ela não
tinha certeza de quando voltaria ou se poderia fazê-lo.17
Cada membro da família embalou apenas o que
poderia ser carregado em um único baú compartilhado.
O restante eles tiveram que ocultar dos rebeldes. Camilla
guardou seus trabalhos, documentos escolares e outras
lembranças em lugares difíceis de encontrar na casa.
Enquanto isso, o pai arrancou as tábuas do chão da
varanda da frente e escondeu cem litros de amoras em
conserva, que Camilla e seus irmãos tinham ajudado a
mãe a engarrafar naquele dia. A preciosa prataria, rou-
pas de cama, mesa e banho, e louças da família foram
para o sótão.18
Na manhã seguinte, 28 de julho, a família colocou
o baú em uma charrete e percorreu 16 quilômetros até
o terminal ferroviário mais próximo. Dezenas de outras
famílias esperavam do lado de fora da estação, carre-
gando fardos e malas nos braços. Perto dali, um grupo
de rebeldes a cavalo se pôs em formação, com armas
e baionetas em punho.

165
Com Coragem, Nobreza e Independência

Quando o trem chegou, os santos entraram nos


vagões. Uma empresa ferroviária enviara todos os
vagões disponíveis para ajudar na retirada. Alguns,
usados no transporte de carga, nem tinham janelas e
outros estavam imundos por habitualmente levarem
gado. Camilla, sua mãe e seus irmãos foram colocados
em um vagão para passageiros de terceira classe. Agar-
rando seus pacotes e suas roupas de cama, amontoa-
ram-se em bancos duros. Era um dia quente de verão,
e as moscas zumbiam ao redor deles. Camilla se sentia
numa lata de sardinha.19
O trem logo deixou a estação e rumou para o norte,
para Colonia Dublán, o maior povoado de santos da
região, para pegar mais passageiros. Assim que os san-
tos de Dublán embarcaram no trem, o número de pas-
sageiros chegou a cerca de mil. As bagagens estavam
empilhadas ao longo de todos os vagões.
O trem viajou rumo ao Nordeste o dia todo e a
noite inteira. Alguns trilhos da ferrovia haviam sido dani-
ficados durante a revolução, forçando o trem a seguir
com bastante lentidão. Camilla estava com medo de que
rebeldes parassem o trem e assaltassem os passageiros.
O trem chegou em segurança a El Paso no momento
em que o sol estava nascendo. Na estação ferroviária, os
moradores da cidade receberam os santos com carros
e caminhões, e os transportaram pela cidade até um
depósito de madeira vazio reservado para os refugia-
dos. Camilla e sua família foram levados a um grande
curral empoeirado com várias baias nas quais as famílias

166
Dá-me forças

poderiam montar acampamento. A família de Camilla se


amontoou em uma das baias e dependurou cobertores
para ter privacidade. Um fedor nauseante pairava sobre
o local. Enxames de moscas estavam por toda parte.
Continuaram chegando pessoas dos assentamentos
à madeireira ao longo do dia, e repórteres e fotógrafos
vieram entrevistá-los e tirar fotos. Os moradores locais
também vieram da cidade até o pátio. Alguns oferece-
ram ajuda, ao passo que outros espiavam os acampa-
mentos para ver os santos.
Camilla ficou sem graça. “Somos apenas macacos
em uma jaula”, pensou ela.20

Alma Richards sentiu dor na vista ao olhar para a


barra de salto em altura. Era o terceiro dia das Olimpíadas
de 1912. O sol que brilhava sobre o novo estádio de
tijolos marrons de Estocolmo estava insuportavelmente
forte, irritando uma infecção ocular que atormentava
Alma havia semanas. Quando não estava saltando, ele
usava um chapéu velho de abas pendentes para proteger
os olhos. Mas agora que havia chegado novamente sua
vez, ele deu um passo ao lado para fora do campo e
jogou o chapéu na grama.21
A competição de salto em altura havia começado
com quase 60 atletas de dezenas de países. Restavam
apenas ele e um saltador alemão chamado Hans Liesche.
Hans era o melhor saltador que Alma já vira. Ele saltara
sem esforço, superando cada uma das marcas na primeira

167
Com Coragem, Nobreza e Independência

tentativa. Alma, por outro lado, vinha se esforçando para


superar suas marcas o dia todo. Agora a barra estava
fixada em um metro e noventa e três centímetros, uma
altura maior do que qualquer pessoa já havia saltado
em uma competição olímpica. Ninguém, nem mesmo
os companheiros de equipe de Alma, esperava que ele
transpusesse a barra.22
Enquanto Alma se preparava para saltar, sua mente
fervilhava. Lá estava ele, representando seu país na maior
competição de atletismo do mundo. No entanto, ele se
sentia fraco, como se carregasse o mundo inteiro nas
costas. Pensou em Utah, em sua família e em sua cidade
natal. Pensou na BYU e nos santos. Baixando a cabeça,
pediu silenciosamente a Deus que lhe desse forças. “Se
for justo que eu vença”, orou ele, “vou me empenhar
ao máximo para dar um bom exemplo todos os dias de
minha vida”.23
Erguendo a cabeça, sentiu sua fraqueza desapare-
cer. Jogou os ombros para trás, caminhou até a linha de
partida e se agachou na posição. Então disparou para a
frente numa explosão de energia e saltou, dobrando os
joelhos sob o queixo. Seu corpo rolou no ar e passou
por cima da barra com centímetros de sobra.
Ao lado da pista, Hans Liesche de repente pareceu
nervoso enquanto se aquecia para o salto. Alma ficou
correndo em círculos para manter as pernas aquecidas.
Se Hans ultrapassasse a barra, como Alma tinha certeza
que ele faria, a barra seria erguida ainda mais alto e
Alma teria de saltar novamente.

168
Dá-me forças

Quando Hans deu o primeiro salto, caiu sobre a barra


e a derrubou. Frustrado, voltou à pista e deu um segundo
salto. Mais uma vez, derrubou a barra dos suportes.
Alma percebeu que seu adversário estava perdendo
o autocontrole. Assim que Hans se preparou para sua
tentativa final, uma pistola disparou nas proximidades,
sinalizando o início de uma corrida. Hans esperou que
os corredores cruzassem a linha de chegada e então se
preparou para saltar. Antes que pudesse fazê-lo, porém,
uma banda começou a tocar, e ele se recusou a dar a
partida. Finalmente, depois de nove minutos, um juiz
esportivo o incitou a se apressar. Nada podendo fazer
a não ser saltar, Hans se arremeteu para a frente e se
lançou no ar.
Mais uma vez, não conseguiu transpor a barra.24
Alma ficou em êxtase. A competição terminara. Ele
ganhara a medalha de ouro e estabelecera um recorde
olímpico. Hans se aproximou e o felicitou calorosamente.
Outros logo se juntaram aos cumprimentos. “Você colo-
cou Utah no mapa”, comentou um homem.
James Sullivan, um árbitro da equipe olímpica ame-
ricana, ficou especialmente impressionado com a tran-
quilidade demonstrada por Alma quando estava sob
pressão e seu estilo de vida saudável. “Quisera eu contar
com cem sujeitos puros como você em nossa equipe”,
observou ele.25
Em questão de dias, jornais de todos os Estados
Unidos teceram fartos elogios à vitória de Alma, creditando
seu sucesso em parte à sua religião. “Estão chamando o

169
Com Coragem, Nobreza e Independência

vencedor do grande salto de ‘o gigante mórmon’, e ele


faz jus ao título”, escreveu um repórter. “É um atleta que
venceu por esforço próprio, e sua conquista de renome
mundial vem após anos de empenho e determinação
herdados dos homens que estabeleceram a religião
mórmon e fizeram o deserto florescer.”26
Um amigo de Alma, entretanto, brincou com ele
por ele ter orado antes de seu salto vencedor. “Eu gos-
taria que você não risse”, respondeu Alma com sere-
nidade. “Orei para que o Senhor me desse forças para
ultrapassar aquela barra e consegui.”27

Em 15 de agosto de 1912, as irmãs Jovita e Lupe


Monroy cuidavam da loja da família em San Marcos,
Hidalgo, México. A cidadezinha se situava no coração
do país, longe da violência revolucionária que asso-
lava o Norte. Naquele dia, dois jovens americanos bem
vestidos entraram na loja, pediram um refrigerante e
educadamente perguntaram às irmãs se sabiam onde
morava o Señor Jesús Sánchez.
Elas conheciam bem aquele senhor idoso e deram
indicações aos visitantes para chegarem até a casa dele.
Como Señor Sánchez não era católico, algumas pessoas
na cidade tinham reservas em relação a ele. Mas ele era
amigo de Rafael, irmão mais velho de Jovita e Lupe.
Mais tarde, quando elas tiveram a oportunidade de
falar com Señor Sánchez, perguntaram-lhe quem eram
os rapazes.

170
Dá-me forças

“São missionários”, respondeu ele. Cerca de 30


anos antes, ele entrara para A Igreja de Jesus Cristo dos
Santos dos Últimos Dias. Mas a missão da Igreja na região
central do México não tinha criado raízes, apesar de seu
início promissor, e foi encerrada menos de uma década
após seu batismo. Depois a missão havia sido reaberta,
e mais de 1.600 santos mexicanos moravam agora na
região. Os missionários estavam viajando pelo interior do
país em busca de membros antigos da Igreja como ele.28
“Quando os missionários voltarem”, disseram as
irmãs a Señor Sánchez, “traga-os para nossa casa a fim
de fazermos perguntas”.
Alguns meses depois, Señor Sánchez foi à loja e
apresentou Jovita e Lupe a dois missionários, Walter
Ernest Young e Seth Sirrine. Por serem católicas, as
irmãs tinham muitas perguntas sobre como as crenças
dos élderes diferiam das delas. Elas queriam principal-
mente saber por que os missionários não acreditavam
no batismo de crianças. Señor Sánchez emprestou sua
Bíblia às irmãs para que pudessem ler mais sobre os
princípios ensinados pelos missionários. A partir de
então, sempre que Jovita e Lupe tinham alguns minutos
livres, estudavam as páginas desse livro.29
Em março de 1913, Señor Sánchez adoeceu. As
irmãs Monroy ajudaram a família a cuidar dele. Com
o agravamento de seu estado de saúde, Jovita e Lupe
mandaram chamar os missionários para lhe darem uma
bênção, mas eles estavam trabalhando em outra cidade
e não puderam vir imediatamente. Quando chegaram,

171
Com Coragem, Nobreza e Independência

Señor Sánchez já havia morrido. Os élderes realizaram


um funeral para ele e pregaram um sermão sobre a
ressurreição. Cerca de dez pessoas compareceram ao
serviço fúnebre, incluindo a mãe viúva de Jovita e Lupe,
Jesusita Mera de Monroy, que convidou os missionários
para jantar com a família naquela noite.
Jesusita não estava gostando do fato de as filhas
continuarem conversando com os missionários, sobre-
tudo depois que Jovita e Lupe pararam de ir à missa. À
noite, ela pedia a Deus que impedisse os missionários
de virem a San Marcos para que não enganassem suas
filhas. No entanto, no jantar, ela tratou os missionários
com gentileza. Antes de comerem, um dos missioná-
rios perguntou se poderia proferir a bênção sobre o
alimento. Jesusita concordou e ficou comovida com a
oração dele. Após a refeição, os élderes cantaram o hino
“Ó meu pai”, que a emocionou ainda mais.30
Dois meses depois, Lupe levou seu irmão e sua irmã
mais velhos, Rafael e Natalia, a uma conferência de san-
tos perto da Cidade do México, onde a Igreja estava mais
bem estabelecida. Cerca de cem pessoas participaram.
Os irmãos ouviram discursos sobre paz e fraterni-
dade, o Espírito Santo, a apostasia e a Restauração. Tam-
bém conheceram o presidente da missão, Rey L. Pratt,
que havia sido criado nos povoados santos dos últimos
dias, no norte do México. A conferência impressionou a
família Monroy. Antes de voltar para San Marcos, Rafael
sonhou que estava pregando tudo o que havia apren-
dido na reunião.

172
Dá-me forças

Algumas semanas depois da conferência, o presi-


dente Pratt e o élder Young visitaram a família Monroy
em San Marcos. Passaram um dia com eles, relaxando na
casa deles e ouvindo as irmãs tocarem música. À noite,
o élder Young pregou sobre o batismo, e o presidente
Pratt falou sobre os primeiros princípios e ordenanças
do evangelho.
No dia seguinte, 11 de junho de 1913, Jovita, Lupe e
Rafael concordaram em ser batizados. Para não chamar
a atenção de vizinhos desconfiados, os irmãos levaram
o presidente Pratt e o élder Young a um bosque isolado
junto a um rio próximo. Lá, encontraram um lugar no
rio em que a água chegava à altura dos ombros, onde
poderiam realizar a ordenança.
Depois dos batismos, o presidente Pratt e o élder
Young confirmaram os irmãos na margem do rio. O
presidente Pratt tirou fotos do grupo com o élder Young,
e todos voltaram à cidade para jantar.
Foi um dia de grande felicidade.31

173
C APÍTULO 11

Pesado demais

Na noite de 6 de agosto de 1914, Arthur Horbach, um


santo dos últimos dias de 17 anos de Liège, Bélgica, pro-
tegia-se enquanto a artilharia alemã bombardeava sua
cidade.1 Em junho daquele ano, um nacionalista sérvio
assassinara o herdeiro do Império Austro-Húngaro, pro-
vocando a guerra entre a Áustria-Hungria e o Reino da
Sérvia. Pouco tempo depois, aliados de ambas as nações
tomaram partido nos combates. No início de agosto,
Sérvia, Rússia, França, Bélgica e Grã-Bretanha estavam
em guerra com a Áustria-Hungria e a Alemanha.2
A Bélgica, originalmente uma nação neutra, entrou
no conflito quando as tropas alemãs invadiram a França
através da fronteira oriental belga. A cidade de Liège
representava o primeiro obstáculo significativo para o
exército invasor. Doze fortes cercavam a localidade e,

174
Pesado demais

a princípio, conseguiram deter o avanço dos alemães.


Mas as investidas foram implacáveis. Milhares de solda-
dos atacaram os fortes, e as defesas belgas começaram
a desmoronar.
As tropas alemãs logo romperam a linha de defesa
belga e capturaram Liège. Os invasores irromperam na
cidade, saqueando casas, incendiando edifícios e ati-
rando em civis.3 Arthur e sua mãe, Mathilde, de alguma
forma escaparam das tropas. Os outros 50 santos de
Liège estavam todos em perigo, assim como Arthur,
mas eram os missionários que serviam na cidade que
sempre lhe vinham à mente. Ele convivia muito com os
missionários e os conhecia bem. Será que eles tinham
sido feridos nos ataques?4
Passaram-se os dias. Arthur e sua mãe viviam ater-
rorizados com as tropas alemãs e com a artilharia pesada
que bombardeava os fortes não capturados. Os santos
dos últimos dias estavam espalhados pela cidade, e
vários membros do ramo estavam amontoados em um
porão. Um grupo de soldados havia se arranchado no
salão alugado onde o ramo normalmente se reunia.
Felizmente, Tonia Deguée, uma irmã idosa da Igreja que
falava alemão fluentemente, conquistou rapidamente a
confiança dos soldados invasores e os persuadiu a não
danificar o salão ou sua mobília.5
Por fim, Arthur soube que os élderes estavam em
segurança. O consulado americano em Liège ordenara
que eles saíssem da cidade no primeiro dia do bom-
bardeio, mas os bloqueios das estradas os impediram

175
Com Coragem, Nobreza e Independência

de avisar a Arthur ou a qualquer outra pessoa sobre


sua partida6
Na verdade, os missionários de toda a Europa con-
tinental estavam deixando seus campos de trabalho.
“Desobriguem todos os missionários alemães e fran-
ceses”, havia telegrafado o presidente Joseph F. Smith
aos líderes de missão na Europa, “e exerçam a devida
discrição sobre a transferência de todos os missionários,
tanto dos países neutros quanto dos beligerantes, para
as missões dos Estados Unidos”.7
Arthur se sentiu imediatamente triste pela partida
dos missionários. Nos seis anos desde que ele e Mathilde
haviam se filiado à Igreja, o ramo dependera dos missio-
nários para a liderança do sacerdócio. Agora, os únicos
portadores do sacerdócio na unidade eram um mestre
e dois diáconos — um dos quais era o próprio Arthur.
Ele havia recebido o Sacerdócio Aarônico menos de
um ano antes.8
Depois que Liège caiu nas mãos dos alemães, o
ramo praticamente parou de se reunir. Os soldados que
ocupavam a sala de reuniões foram embora, mas o pro-
prietário se recusou a permitir que o ramo retomasse as
reuniões lá. Cada dia era uma luta pela sobrevivência.
Os alimentos e suprimentos diários se tornaram escas-
sos. A fome e a miséria assolavam a cidade.
Arthur sabia que todos no ramo ansiavam por se
reunir para orar e obter consolo. Mas, sem capela e sem
ninguém autorizado a abençoar o sacramento, como
eles poderiam voltar a funcionar como ramo?9

176
Pesado demais

À medida que a guerra se alastrava pela Europa, Ida


Smith se perguntava como poderia ajudar os soldados
britânicos que estavam de partida para o campo de
batalha. Ela e o marido, o apóstolo Hyrum M. Smith,
haviam se mudado para Liverpool com os quatro filhos
cerca de um ano antes. Hyrum, o filho mais velho de
Joseph F. Smith, estava servindo como presidente da
Missão Europeia. Ida apoiava o trabalho, mas decidira
não tomar parte ativa na obra missionária — ou em
qualquer serviço fora de seu pequeno ramo da Igreja
— enquanto ainda tivesse filhos pequenos em casa.10
Uma tarde, porém, Ida viu um aviso escrito pela esposa
do prefeito de Liverpool, Winifred Rathbone, convocando
as organizações femininas da cidade a se unirem a outras
mulheres voluntárias de toda a Grã-Bretanha a fim de
tricotar roupas quentes para os soldados. Ida sabia que
centenas de milhares de soldados britânicos, inclusive
alguns santos dos últimos dias, precisariam muito dessas
roupas para sobreviver ao inverno que se aproximava.
Mas ela se sentia inútil.
“O que posso fazer para ajudar essa mulher?”, per-
guntou-se ela. “Nunca tricotei um ponto sequer na vida.”11
Então uma voz pareceu lhe dizer: “Agora é a hora
de as Sociedades de Socorro da Missão Europeia darem
um passo à frente e oferecerem seus serviços”. Essas
palavras deixaram Ida profundamente impressionada. A
Sociedade de Socorro de Liverpool era pequena — oito
membros ativos no máximo —, mas essas irmãs podiam
dar sua contribuição.12

177
Com Coragem, Nobreza e Independência

Com a ajuda do secretário da missão, Ida marcou


uma audiência com Winifred no dia seguinte. Seu cora-
ção estava acelerado antes da reunião. “Por que você
veio atrás da primeira-dama da cidade para oferecer
seus serviços com um punhado de mulheres?”, pensou
ela, repreendendo a si mesma. “Por que não vai para
casa e cuida de sua vida?”
Mas Ida afastou esses pensamentos. O Senhor
estava com ela. Em sua mão, ela carregava um pequeno
cartão impresso com informações sobre a Sociedade de
Socorro e seu propósito. “Se eu apenas puder lhe entre-
gar este cartão”, disse ela a si mesma, “vou fazê-lo”.13
O escritório da primeira-dama ficava em um grande
prédio que servia de sede para suas obras de caridade.
Ida foi muito bem recebida por Winifred, e seu nervo-
sismo rapidamente se dissipou ao falar à esposa do pre-
feito sobre a Sociedade de Socorro, a Igreja e o pequeno
ramo de Liverpool. “Vim oferecer nossos serviços de
costura ou tricô para os soldados”, explicou ela.14
Depois de transmitir sua mensagem, Ida estava
prestes a sair, mas Winifred a impediu. “Gostaria que
a senhora passasse por nosso prédio”, propôs ela, “e
visse como realizamos nosso trabalho”. Ela conduziu Ida
por 17 grandes salões, cada um deles com uma dezena
ou mais de mulheres em plena atividade. Em seguida,
levou Ida a seu escritório particular. “É assim que
mantemos nossos registros”, observou ela, mostrando
um livro-razão. “Tudo o que vocês fizerem por nós será
registrado neste livro como um trabalho realizado pela

178
Pesado demais

Sociedade de Socorro de A Igreja de Jesus Cristo dos


Santos dos Últimos Dias.”
Ida agradeceu. “Faremos o melhor que pudermos”,
garantiu ela.15
Nos últimos meses daquele ano, a missão da Socie-
dade de Socorro de Liverpool era tricotar. As irmãs acio-
naram também suas amigas e vizinhas. Depois de uma
semana, totalizavam cerca de 40 tricotadeiras. A própria
Ida aprendeu a tricotar e começou a trabalhar em vários
cachecóis grandes. A pedido da presidência geral da
Sociedade de Socorro de Salt Lake City, o marido de Ida
a designou como presidente das Sociedades de Socorro
da Missão Europeia. Com a Europa continental insegura
para viagens, ela começou a percorrer a Grã-Bretanha
para organizar novas Sociedades de Socorro, treinar as
irmãs e mobilizá-las a fim de fazer tricô para os soldados.
No final, as mulheres confeccionaram e distribuíram
cerca de 2.300 artigos de vestuário feitos à mão.16
Ida e outras irmãs da Sociedade de Socorro rece-
beram cartas e elogios de autoridades importantes de
todo o país. “Se todas as organizações femininas da Grã-
Bretanha funcionassem como as das mulheres santos
dos últimos dias”, escreveu uma observadora, “nada
faltaria a nossos soldados”.17

“Os relatos de carnificina e destruição em curso


na Europa são repugnantes e deploráveis”, escreveu o
presidente Joseph F. Smith a Hyrum M. Smith em 7 de

179
Com Coragem, Nobreza e Independência

novembro de 1914. Dois meses antes, as tropas france-


sas e britânicas haviam impedido o avanço das forças
alemãs em uma batalha sangrenta no rio Marne, no
nordeste da França. Outros embates se seguiram, mas
nenhum dos lados conseguiu vitórias decisivas. Agora os
exércitos estavam recolhidos em uma rede de trincheiras
defensivas espalhadas por todo o interior da França.18
A guerra estava se espalhando por todo o leste da
Europa e chegando à África, ao Oriente Médio e até às
ilhas do Oceano Pacífico. Os relatos dos jornais sobre
o conflito trouxeram à mente do presidente Smith a
revelação de 1832 do Senhor sobre a guerra. “Então a
guerra se derramará sobre todas as nações”, predisse.
“E assim, pela espada e por derramamento de sangue,
os habitantes da Terra lamentar-se-ão.”19
Em 24 de janeiro de 1915, um domingo, o profeta
conclamou os membros da Igreja dos Estados Unidos
e do Canadá a contribuir para um fundo de auxílio
aos santos europeus necessitados. “É a maneira mais
direta de ajudar os membros da Igreja que precisam de
apoio”, declarou ele.20 Em resposta, mais de 700 alas e
ramos coletaram dinheiro e enviaram doações para o
escritório do Bispado Presidente da Igreja. O dinheiro
foi então enviado ao escritório da missão, em Liverpool,
para Hyrum distribuir entre os santos europeus, inde-
pendentemente de qual lado eles apoiassem na guerra.21
Alguns meses depois, o presidente Smith viajou com
o bispo presidente Charles W. Nibley para inspecionar
um canto mais pacífico do mundo: a fazenda de 2.400

180
Pesado demais

hectares da Igreja em Laie, Havaí.22 Em Honolulu, os


dois se encontraram com o apóstolo e senador dos
Estados Unidos Reed Smoot, que tinha ido às ilhas
com a esposa, Allie, para melhorar sua saúde e visitar
a assembleia legislativa havaiana. Com Abraham e
Minerva Fernandez, que hospedaram George Q. Cannon
durante sua última visita ao arquipélago, eles viajaram
para Laie e desfrutaram de um banquete comemorativo
com 400 santos.23
Nos dias subsequentes, ao conversar com os mem-
bros da Igreja e visitar a fazenda, o presidente Smith
ficou satisfeito de ver os santos havaianos prosperando
espiritual e materialmente. Quase 10 mil santos resi-
diam então nas ilhas. Doutrina e Convênios e Pérola
de Grande Valor haviam sido publicados recentemente
em havaiano. O arquipélago contava com mais de 50
capelas de santos dos últimos dias, e a própria Laie tinha
uma escola de propriedade da Igreja. Os santos de Laie
também embelezavam seus quintais e ruas com flores
e grandes árvores.24
A Igreja estava igualmente se expandindo em outras
partes da Oceania. O Livro de Mórmon e outros materiais
da Igreja já estavam disponíveis em maori, samoano e
taitiano. A Missão Taiti tinha uma gráfica e publicava seu
próprio periódico da Igreja em taitiano, o Te Heheuraa
Api.25 Em Tonga, a Igreja estava novamente criando raízes
depois de ter ficado fechada para o trabalho missionário
por mais de dez anos. Os santos da Austrália, de Samoa e da
Nova Zelândia se reuniam em ramos fortes que contavam

181
Com Coragem, Nobreza e Independência

com Sociedades de Socorro, Escolas Dominicais e coros.


Em 1913, a Igreja também abriu o Māori Agricultural
College em Hastings, Nova Zelândia. A escola formava
jovens em agricultura e em outras profissões.26
Em 1º de junho, sua última noite em Laie, o pre-
sidente Smith acompanhou o bispo Nibley e o élder
Smoot a uma capela situada no topo de uma colina
não muito elevada com vista para a cidade. A capela
estava lá desde 1883. Seu nome, I Hemolele, significava
“Santidade ao Senhor”, as mesmas palavras bíblicas que
apareciam no exterior do Templo de Salt Lake.27
Perto do prédio, o presidente Smith mencionou ao
élder Smoot que ele e o bispo Nibley estavam discutindo
a possibilidade de construir uma casa de investidura
ou um pequeno templo em Laie, tendo em vista que a
Igreja no Havaí tinha uma base sólida. Ele sugeriu mover
I Hemolele para outro local a fim de que um templo
pudesse ser construído no local.28
O élder Smoot foi favorável à ideia. No início
daquela semana, depois de assistir ao funeral de um
santo idoso que anos antes recebera sua investidura em
Utah, ele tivera um pensamento semelhante. Durante
a maior parte de sua história, a Igreja havia construído
templos perto de grandes populações de santos. Mas,
em 1913, o presidente Smith dedicara o local para um
templo em Cardston, Alberta, Canadá, onde na época
havia duas estacas. Essa tinha sido a primeira vez em que
se planejara a construção de um templo para os santos
que moravam longe do corpo principal da Igreja.29

182
Pesado demais

“Irmãos”, disse o presidente Smith a seus compa-


nheiros, “sinto-me inspirado a dedicar este terreno para
a construção de um templo a Deus, um lugar onde os
povos das Ilhas do Pacífico possam vir e fazer o trabalho
do templo”. Ele admitiu que não consultara o Quórum
dos Doze Apóstolos ou os outros membros da Primeira
Presidência sobre o assunto. “Mas, se vocês acharem
não haver objeções”, prosseguiu ele, “creio que agora
é a hora de dedicar o terreno”.
O élder Smoot e o bispo Nibley ficaram entusias-
mados com a ideia, e então o profeta proferiu a oração
dedicatória no local.30

Na metade de 1915, a Revolução Mexicana não repre-


sentava mais uma ameaça para as colônias da Igreja no
norte do México. Muitas famílias tinham voltado para
casa nos assentamentos e viviam em relativa paz. Alguns
colonos, por outro lado, incluindo Camilla Eyring e sua
família, optaram por permanecer nos Estados Unidos.31
Mas as condições eram diferentes em San Marcos,
onde Rafael Monroy agora servia como presidente de
um ramo de cerca de 40 santos. Em 17 de julho, um
grupo de soldados rebeldes invadiu a aldeia, instalou
seu quartel-general em uma grande casa no centro da
cidade e exigiu que Rafael, um próspero fazendeiro,
fornecesse carne para eles.32
Na esperança de apaziguar os insurgentes, Rafael lhes
deu uma vaca para abater. Os rebeldes eram zapatistas,

183
Com Coragem, Nobreza e Independência

ou seguidores de Emiliano Zapata, um dos vários líderes


rebeldes que disputavam o controle do governo mexi-
cano. Durante meses, os zapatistas vinham lutando contra
as forças de Venustiano Carranza, ou os carrancistas, na
área ao redor de San Marcos. Seguindo o conselho do pre-
sidente da missão, Rey L. Pratt, Rafael e os demais santos
da região tentaram não tomar partido, na esperança de
que os combatentes os deixassem em paz. Até a chegada
dos rebeldes, San Marcos tinha sido um refúgio para os
santos deslocados pela violência que assolava a região
central do México.33
Entre os santos que residiam em San Marcos estavam
a mãe de Rafael, Jesusita, e a esposa dele, Guadalupe, que
haviam sido batizadas em julho de 1913. O presidente
Pratt, que partira para os Estados Unidos, continuou a
ajudar o ramo de longe.34
Depois que Rafael entregou a vaca, alguns de
seus vizinhos começaram a conversar com os rebeldes.
Um vizinho, Andres Reyes, estava descontente com o
número crescente de santos na área. Muitos mexicanos
se opunham às influências estrangeiras em seu país, e
Andres e outros da cidade tinham ficado ressentidos
com a família Monroy por abandonarem sua fé católica
para ingressar em uma igreja amplamente associada aos
Estados Unidos. O fato de a irmã mais velha da família
Monroy, Natalia, ter se casado com um americano só
deixou a cidade mais desconfiada da família.35
Ouvindo isso, os soldados seguiram Rafael de
volta para sua casa e o prenderam quando ele estava se

184
Pesado demais

sentando para tomar o desjejum. Mandaram-no abrir a


loja da família, alegando que ele e seu cunhado ameri-
cano eram coronéis do exército carrancista que escon-
diam armas para usar contra os zapatistas.
Na loja, Rafael e os soldados encontraram Vicente
Morales, outro membro da Igreja, que trabalhava tem-
porariamente ali. Acreditando que ele também fosse um
soldado carrancista, os rebeldes o prenderam e começa-
ram a saquear a loja em busca de armas. Rafael e Vicente
alegaram inocência, garantindo que não eram inimigos.
Os soldados não acreditaram neles. “Se não nos
entregarem suas armas”, disseram, “nós os enforcaremos
na árvore mais alta”.36

Quando os zapatistas forçaram Rafael a sair de


casa, suas irmãs Jovita e Lupe correram atrás deles. Jovita
alcançou os soldados primeiro, mas eles ignoraram suas
súplicas. Lupe chegou bem a tempo de ver os rebeldes
agarrarem sua irmã. “Lupe”, gritou Jovita, “eles estão me
prendendo!”
A essa altura, uma multidão havia se formado em
torno de Rafael e Vicente. Algumas pessoas seguravam
cordas nas mãos e gritavam: “Enforquem-nos!”
“O que vocês vão fazer? Meu irmão é inocente”,
afirmou Lupe. “Derrubem a casa se for preciso, mas não
encontrarão nenhuma arma.”
Alguém da multidão gritou para que a prendessem
também. Lupe correu para uma árvore próxima e se

185
Com Coragem, Nobreza e Independência

agarrou a ela com toda a força, mas os soldados rebeldes


a puxaram e facilmente a arrancaram dali.37 Em seguida,
voltaram para a casa de Monroy e prenderam Natalia.
Os rebeldes levaram as três irmãs para seu quartel-
general e as mantiveram em salas separadas. Lá fora,
algumas pessoas disseram aos soldados que Rafael e
Vicente eram “mórmons” que estavam corrompendo a
cidade com sua estranha religião. Os soldados nunca
tinham ouvido a palavra antes, mas pensaram que sig-
nificava algo ruim. Levaram os dois homens até uma
árvore alta e amarraram cordas nos galhos mais fortes.
Em seguida, colocaram um laço em volta do pescoço
de cada um. Se Rafael e Vicente abandonassem sua
religião e se juntassem aos zapatistas, propuseram os
soldados, seriam soltos.
“Minha religião é mais importante para mim do
que a própria vida”, replicou Rafael, “e não posso
abandoná-la”.
Os soldados puxaram as cordas até Rafael e Vicente
ficarem dependurados pelo pescoço e desmaiarem.
Os rebeldes então soltaram as cordas, reanimaram os
homens e continuaram a torturá-los.38
De volta à loja, os rebeldes continuaram sua busca
por armas. Jesusita e Guadalupe insistiram que não havia.
“Meu filho é um homem pacífico!”, garantiu Jesusita. “Se
não fosse assim, vocês acham que o teriam encontrado
em casa?” Quando os soldados novamente exigiram
ver as armas da família, os Monroy lhes entregaram
exemplares do Livro de Mórmon e da Bíblia.

186
Pesado demais

“Essas não são armas”, disseram os rebeldes. “Que-


remos as armas.”
À tarde, no quartel-general zapatista, os rebeldes
colocaram os irmãos Monroy juntos na mesma sala. Lupe
ficou chocada com a aparência de Rafael. “Rafa, você
tem sangue no pescoço”, disse ela. Rafael foi até a pia
da sala e lavou o rosto. Ele parecia calmo e não demons-
trava raiva apesar de tudo o que havia acontecido.
Mais tarde, Jesusita trouxe comida para seus filhos.
Antes de ela partir, Rafael lhe entregou uma carta que
ele havia escrito a um capitão zapatista que ele conhecia,
pedindo sua ajuda para provar sua inocência. Jesusita
pegou a carta e foi procurar o capitão. Os Monroy e
Vicente abençoaram a refeição, mas, antes que pudessem
comer, ouviram o barulho de passos e armas do lado de
fora da porta. Os soldados chamaram Rafael e Vicente, e
os dois homens saíram da sala. Na porta, Rafael pediu a
Natalia que saísse com ele, mas os guardas a empurraram
de volta para dentro.
As irmãs se entreolharam com o coração disparado.
Fez-se silêncio. Então, disparos ecoaram na noite.39

Hyrum M. Smith sentia um peso incrível sobre


os ombros ao contemplar a situação na Europa.
Como presidente da Missão Europeia, ele seguiu
prontamente a diretriz da Primeira Presidência e retirou
os missionários da Alemanha e da França logo após o
início da guerra. Mas ele não sabia ao certo o que fazer

187
Com Coragem, Nobreza e Independência

com os missionários que estavam em países neutros ou


áreas sem combates violentos, como a Grã-Bretanha.
A Primeira Presidência lhe dera poucas instruções
sobre como proceder. “A decisão fica a seu critério”,
escreveram eles.40
Hyrum havia se reunido duas vezes com os
élderes no escritório da missão para definir o curso de
ação correto. Depois de conversarem a respeito, eles
concordaram em desobrigar apenas os missionários
da Europa continental, deixando que os missionários
da Grã-Bretanha terminassem sua missão conforme
planejado. Hyrum havia escrito então aos presidentes
de missão do continente, orientando-os a permanecer
no cargo, com seus assistentes, a fim de manterem a
presença da Igreja em suas respectivas áreas. Os demais
missionários deveriam ser retirados.41
Um ano depois, os jornais estavam repletos de
histórias sobre ataques alemães a navios britânicos de
passageiros e da marinha. Em maio de 1915, um subma-
rino alemão torpedeou o Lusitania, um transatlântico
britânico, matando quase 1.200 civis e tripulantes. Três
meses depois, os alemães afundaram outro transatlân-
tico britânico, o Arabic, na costa da Irlanda. A bordo do
navio estava um missionário que retornava e que quase
morreu no ataque.
Por ser o responsável pelo transporte dos missioná-
rios e santos emigrantes que atravessavam o Atlântico,
Hyrum se debateu para saber a melhor forma de reagir
à crise.42 Muitos missionários americanos que serviam

188
Pesado demais

na Grã-Bretanha se viam tão ansiosos para voltar para


casa que estavam dispostos a correr qualquer risco para
isso. Os santos emigrantes, da mesma forma, muitas
vezes colocavam seu desejo de se reunirem em Utah à
frente de sua segurança pessoal.
Para complicar as coisas, a Igreja havia contratado
uma empresa de navegação britânica para cuidar
de todas as viagens relacionadas à Igreja através do
Atlântico. Mesmo diante da impossibilidade de rescindir
o contrato de modo honesto, Hyrum acreditava que o
escritório da missão não poderia reservar legalmente
passagens para santos em navios americanos, embora
fossem considerados mais seguros porque os Estados
Unidos não estavam em guerra com a Alemanha.
Em 20 de agosto de 1915, ele escreveu à Primeira
Presidência sobre o dilema. Já havia reservado passa-
gem para vários missionários e santos emigrantes no
Scandinavian, um navio britânico-canadense que par-
tiria de Liverpool em 17 de setembro. Mas então ele se
questionava se deveria deixá-los embarcar.
“Só o fato de ter essa responsabilidade já é algo
quase pesado demais para meus ombros”, escreveu.
“Rogo humildemente que me aconselhem sobre esse
assunto para que eu possa sentir que estou agindo em
total harmonia com seus desejos.”43
Uma semana antes da data marcada para a partida
do Scandinavian, Hyrum recebeu um telegrama da
Primeira Presidência: “Os emigrantes que vierem em
navios beligerantes precisam assumir responsabilidade

189
Com Coragem, Nobreza e Independência

pessoal. Se optarem por viajar sob a bandeira britânica,


os santos o fazem por sua própria conta e risco”.44
Hyrum ponderou cuidadosamente as opções. A
Primeira Presidência claramente não queria incentivar
os santos a viajar em embarcações em que pudessem
ser atacados. No entanto, os navios americanos mais
seguros não estavam disponíveis para os santos a menos
que optassem por viajar sem a intermediação da Igreja.
E, mesmo que o fizessem, o alto preço das passagens em
navios americanos poderia proibi-los de fazer a viagem.
“Não quero arriscar nossos santos no oceano”,
escreveu ele em seu diário. Mas ele sabia que precisava
fazer algo. “Visto que não fomos instruídos a não pros-
seguir”, escreveu ele, “seguiremos adiante e confiaremos
no Senhor”.45
Em 17 de setembro de 1915, Hyrum se despediu
de 4 missionários e 37 emigrantes que viajariam no
Scandinavian.46 Depois disso, só lhe restava esperar
notícias de sua chegada segura ao destino.

190
C APÍTULO 12

Nesta guerra terrível

O Scandinavian e seus passageiros chegaram em


segurança a Montreal no final de setembro de 1915.
Em seguida, Hyrum M. Smith suspendeu a travessia do
Atlântico para os membros da Igreja enquanto ele e
a Primeira Presidência determinavam a maneira mais
segura de transportar missionários e emigrantes. Depois
que o governo alemão se comprometeu a suspender
os ataques aos transatlânticos britânicos, Hyrum voltou
a enviar santos em navios britânicos até o segundo tri-
mestre de 1916, quando se sentiu inspirado a colocar
os santos apenas em navios de nações neutras.
“O risco de viajar em navios beligerantes é eleva-
díssimo”, escreveu ele em seu diário, “e não posso mais
assumir essa responsabilidade”.1

191
Com Coragem, Nobreza e Independência

Enquanto isso, em Liège, Bélgica, Arthur Horbach


e os demais membros da Igreja trabalhavam para man-
ter seu pequeno ramo unido. A Bélgica mergulhara no
caos quando as tropas alemãs invadiram o país. Eles
mataram civis, atormentaram prisioneiros, saquearam
e incendiaram casas e cidades, e puniram todas as
formas de resistência. Noite e dia, soldados bêbados
aterrorizavam as cidades. Ninguém estava a salvo da
violência.
Durante os primeiros dez meses da ocupação alemã,
o ramo de Liège dificilmente ousava se reunir para ado-
ração. Mas, no segundo trimestre de 1915, depois de
passarem meses escondidos, Arthur e os outros dois
portadores do sacerdócio do ramo, Hubert Huysecom
e Charles Devignez, decidiram tentar realizar reuniões
regulares novamente.
Marie Momont, uma senhora idosa do ramo, abriu
sua casa para os santos. Depois de algumas semanas,
as reuniões mudaram para a residência de Hubert e sua
esposa, Augustine. A casa deles era maior e situada a
meio caminho entre Liège e sua vizinha Seraing, tor-
nando-a um local ideal de reunião para os santos das
duas cidades. Como mestre no Sacerdócio Aarônico,
Hubert tinha o mais alto ofício do sacerdócio na cidade
e assumiu a liderança do ramo. Também serviu como
presidente da Escola Dominical.2
Arthur foi nomeado secretário e tesoureiro do
ramo, o que o tornava responsável pela manutenção
dos registros e das contas. Ele e um membro da Igreja de

192
Nesta guerra terrível

Seraing também ajudaram Charles Devignez a dar aulas


na Escola Dominical. Três mulheres do ramo, Juliette
Jeuris-Belleflamme, Jeanne Roubinet e Guillemine
Collard, supervisionavam a Primária. O ramo também
abriu uma pequena biblioteca.
Logo os membros de Liège fizeram contato com um
élder e um sacerdote santos dos últimos dias que mora-
vam em Villers-le-Bouillet, uma cidadezinha a mais de
30 quilômetros de distância. Os dois homens visitavam
o ramo uma vez por mês, dando aos santos de Liège a
oportunidade de tomar o sacramento e receber bênçãos
do sacerdócio.
Passando fome, miséria e privações, alguns santos
de Liège ficaram desanimados e começaram a tratar mal
e a criticar os outros membros do ramo. Então, no meio
daquele ano, o escritório da Missão Europeia começou
a enviar fundos para socorrer os pobres e necessitados.
Apesar das dificuldades, a maioria dos santos do ramo
pagava o dízimo e, à medida que os dias sombrios per-
sistiam, eles se apoiavam no evangelho restaurado, no
Espírito do Senhor e uns nos outros.
Também continuaram a compartilhar o evangelho
com seus vizinhos, alguns dos quais foram batizados
em meio ao caos. Ainda assim, o ramo sentia falta da
estabilidade que desfrutava antes da ocupação.3
“Nesta guerra terrível, vimos o poder do
Todo-Poderoso se manifestar muitas vezes”, relatou
Arthur. “Os ramos estão em boas condições, mas
ansiamos pelo retorno dos missionários.”4

193
Com Coragem, Nobreza e Independência

Em 6 de abril de 1916, o primeiro dia da conferência


geral anual da Igreja, em Salt Lake City, o presidente
Charles W. Penrose falou sobre a Trindade. Ele e os
outros membros da Primeira Presidência recebiam mui-
tas cartas sobre disputas doutrinárias entre os membros
da Igreja, muitas das quais de fácil resolução. Nos últi-
mos tempos, porém, a presidência estava preocupada
com perguntas sobre a identidade de Deus, o Pai.
“Ainda resta”, observou o presidente Penrose em
seu discurso, “entre algumas pessoas a ideia de que
Adão era e é o Deus Todo-Poderoso e Eterno”.5
Essa crença se originara de algumas declarações
que Brigham Young fizera durante o século 19.6 Os
críticos da Igreja se valeram das afirmações do presi-
dente Young para acusar os santos dos últimos dias de
adorar Adão.7
Pouco tempo antes, a Primeira Presidência havia
tentado esclarecer a doutrina sobre a Trindade, sobre
Adão e sobre as origens da humanidade. Em 1909, eles
publicaram uma declaração redigida pelo apóstolo Orson
F. Whitney sobre “A origem do homem”, que afirmava
verdades a respeito do relacionamento entre Deus e
Seus filhos. “Todos os homens e mulheres”, declararam
eles, “são à semelhança do Pai e da Mãe universais e
são literalmente filhos e filhas da Divindade”. Também
afirmaram que Adão era um “espírito preexistente” antes
de receber um corpo mortal na Terra e se tornar o
primeiro homem e o “grande progenitor” da família
humana.8

194
Nesta guerra terrível

Haviam igualmente encarregado líderes e eruditos


da Igreja de publicar novos livros doutrinários para uso
nas aulas da Escola Dominical e nas reuniões de quórum
do sacerdócio. Duas dessas obras, a Teologia Racional,
de John Widtsoe, e Jesus, o Cristo, do apóstolo James
E. Talmage, apresentavam os ensinamentos oficiais da
Igreja sobre Deus, o Pai, Jesus Cristo e Adão. Ambos
os livros distinguiam claramente Deus, o Pai, de Adão,
ressaltando também como a Expiação de Jesus Cristo
vencera os efeitos negativos da Queda de Adão.9
Agora, ao se dirigir aos santos na conferência geral,
o presidente Penrose citou vários versículos das escritu-
ras antigas e modernas para mostrar que Deus, o Pai, e
Adão não eram o mesmo ser. “Que Deus nos ajude a ver
e entender a verdade e evitar o erro!”, implorou ele na
conclusão de suas palavras. “E que não sejamos muito
veementes em nossos sentimentos em relação às nossas
opiniões sobre os assuntos. Tentemos ser corretos.”10
Pouco depois da conferência, a Primeira Presidência
e o Quórum dos Doze Apóstolos concordaram que os
santos precisavam de uma declaração definitiva sobre
a Deidade. No meio daquele ano, o élder Talmage
os ajudou a redigir “O Pai e o Filho”, uma exposição
doutrinária sobre a natureza, a missão e o relacionamento
de Deus, o Pai, e Jesus Cristo.11
Na declaração, eles testemunharam que Deus, o Pai,
era Eloim, o pai espiritual de toda a humanidade. Afirma-
ram que Jesus Cristo era Jeová, o primogênito do Pai e
irmão mais velho de todas as mulheres e homens. Visto

195
Com Coragem, Nobreza e Independência

que executou o plano de Seu Pai para a Criação, Jesus


também era o Pai do céu e da Terra. Por esse motivo, as
escrituras frequentemente se referem a Ele pelo título
de Pai para descrever Seu relacionamento ímpar com o
mundo e seus habitantes.
A Primeira Presidência também explicou como
Jesus foi um pai espiritual para aqueles que nasceram de
novo por meio de Seu evangelho. “Se for apropriado nos
referir àqueles que aceitam o evangelho e permanecem
nele como filhos e filhas de Cristo”, eles declararam, “é
igualmente apropriado nos referir a Jesus Cristo como
o Pai dos justos”.
Por fim, eles descreveram como Jesus Cristo agiu
em nome do Pai ao servir como representante de Eloim.
“No que diz respeito ao poder, à autoridade e à divin-
dade”, declararam eles, “Suas palavras e ações foram e
são as do Pai”.12
Em 1º de julho, “O Pai e o Filho” foi publicado no
Deseret Evening News. Naquele mesmo dia, Joseph F.
Smith escreveu a seu filho Hyrum M. Smith em Liverpool,
ansioso para que ele divulgasse a nova declaração entre
os santos no exterior. “É a primeira vez que essa tarefa
é realizada”, observou. “Espero que aprove e mande
imprimir com muito cuidado.”13

Naquele verão, no nordeste da França, o exército


alemão e o francês estavam presos em outro embate
sangrento, dessa vez nos arredores da cidade fortemente

196
Nesta guerra terrível

fortificada de Verdun. Na esperança de quebrar a deter-


minação dos franceses, o exército alemão bombardeou as
defesas da cidade e atacou com centenas de milhares de
soldados. Os franceses os enfrentaram com forte resistên-
cia, e se seguiram meses de inútil guerra de trincheiras.14
Entre os soldados de infantaria alemães que luta-
vam em Verdun estava Paul Schwarz, de 40 anos. Ele era
cobrador de contas e vendedor de máquinas de costura
no oeste da Alemanha, e havia sido convocado para o
exército no ano anterior. Na época, estava servindo como
presidente de um pequeno ramo da Igreja em uma cidade
chamada Barmen, onde morava com a esposa, Helene,
e cinco filhos pequenos. Paul era um homem calmo e
amante da paz, mas acreditava que era seu dever servir
ao país. Outro portador do Sacerdócio de Melquisedeque
foi chamado para ocupar seu lugar no ramo e, em pouco
tempo, Paul estava na frente de batalha.15
Em Verdun, os terrores eram constantes. No início
da batalha, os alemães atacaram as linhas francesas com
artilharia antes de enviar tropas com lança-chamas a fim
de abrir caminho para o avanço da coluna de infantaria.
Mas os franceses foram mais fortes do que os alemães
esperavam, e as baixas em ambos os lados chegaram a
centenas de milhares.16 Em março de 1916, logo após
o regimento de Paul chegar a Verdun, seu comandante
foi morto em combate. Paul saiu ileso. Mais tarde, ao
transportar granadas, arame farpado e outros mate-
riais de guerra para a frente de batalha, sentiu-se inspi-
rado a ir para a frente de sua companhia. Ele avançou

197
Com Coragem, Nobreza e Independência

rapidamente pelo pelotão, pouco antes de um avião


lançar bombas no local onde ele estivera marchando.17
Outros soldados santos dos últimos dias que ele
conhecia não tiveram tanta sorte, um lembrete de que
Deus nem sempre poupa os fiéis. No ano anterior, a
revista em língua alemã da Igreja, Der Stern, relatou
que Hermann Seydel, de 18 anos, havia sido morto na
frente oriental da guerra. Hermann era do ramo de Paul.
“Ele foi um jovem exemplar e um membro entusiasta
da Igreja de Jesus Cristo, cuja memória viverá em todos
os que o conheceram”, dizia seu obituário.18
Antes da guerra, Paul sempre estava ansioso para
compartilhar o evangelho. Ele e a esposa adquiriram um
testemunho da Restauração depois de ler os panfletos
missionários. Agora, Helene lhe enviava folhetos san-
tos dos últimos dias, que ele distribuía aos homens de
sua unidade. Os soldados costumavam ler os folhetos
para passar o tempo antes do ataque seguinte. Isso até
inspirou alguns deles a orar.19
A batalha de Verdun e inúmeras outras em dife-
rentes frentes da guerra prosseguiram durante todo o
ano de 1916. As tropas se amontoavam em trincheiras
escuras e imundas, travando uma batalha infernal após
a outra em meio à lama e aos arames farpados da “terra
de ninguém”, o desolador campo de matança que sepa-
rava os exércitos. Paul e outros soldados santos dos
últimos dias de ambos os lados do conflito se apegavam
à fé, encontrando esperança no evangelho restaurado
e orando pelo fim do conflito.20

198
Nesta guerra terrível

Enquanto a guerra se espalhava por toda a Europa,


a revolução continuava a todo vapor no México. Em San
Marcos, as tropas zapatistas que tinham ocupado a cidade
um ano antes haviam partido. No entanto, a memória
de sua violência ainda marcava a família Monroy e seu
ramo da Igreja.
Na noite da invasão zapatista de San Marcos,
Jesusita de Monroy estava a caminho para falar com um
líder rebelde, na esperança de que ele a ajudasse a soltar
seus filhos presos, quando ouviu os fatídicos disparos.
Ao correr de volta para a prisão, ela encontrou mortos
seu filho Rafael e Vicente Morales, também membro da
Igreja, vítimas das balas rebeldes.
Angustiada, seus gritos ressoaram na noite, tão altos
que as filhas ouviram na sala onde estavam presas.
Perto dali, alguém disse: “Que homem valente!”
“Mas o que eles encontraram na casa dele?”, inda-
gou alguém.
Jesusita poderia ter respondido a essa pergunta. Os
zapatistas procuraram armas na propriedade de seu filho
e nada encontraram. Rafael e Vicente eram inocentes.
Na manhã seguinte, ela e a esposa de Rafael,
Guadalupe, persuadiram o comandante rebelde a libertar
suas três filhas, Natalia, Jovita e Lupe. Em seguida, as
mulheres foram resgatar os restos mortais de Rafael e
Vicente. Os zapatistas haviam deixado os corpos do lado
de fora, e uma grande multidão de moradores da cidade se
formara ao redor deles. Como ninguém parecia disposto a
ajudar a carregar os corpos de volta para a casa da família

199
Com Coragem, Nobreza e Independência

Monroy, Jesusita e as filhas pediram auxílio aos poucos


homens que trabalhavam no rancho de Rafael.
Casimiro Gutierrez, que Rafael ordenara ao
Sacerdócio de Melquisedeque, dirigiu um funeral na
casa. Posteriormente, um grupo de mulheres da cidade,
incluindo algumas que haviam falado mal dos santos,
apareceu com sentimento de culpa na porta da casa e
apresentou seus pêsames. Aquelas palavras não foram
o bastante para consolar a família Monroy.21
Jesusita se debatia para saber o que fazer dali para
frente. Por um tempo, pensou em se ausentar de San
Marcos. Alguns parentes convidaram a família para morar
com eles, mas ela recusou a oferta. “Não me parece a
melhor decisão”, disse ela ao presidente da missão Rey
L. Pratt em uma carta. “Não seremos bem vistos por
enquanto, pois nessas cidadezinhas não há tolerância
nem liberdade religiosa.”22
Jesusita preferia se mudar para os Estados Unidos,
talvez para o estado fronteiriço do Texas. Contudo, o
presidente Pratt, que supervisionava a Missão Mexicana
de sua casa em Manassa, Colorado, aconselhou-a a não
ir morar em um lugar onde a Igreja não estivesse bem
estabelecida. Se ela achasse necessário se mudar, prosse-
guiu ele, o ideal seria encontrar um local entre os santos
com um clima bom e a chance de trabalhar para obter
seu sustento.
O presidente Pratt também a incentivou a perma-
necer firme. “Sua fé”, escreveu ele, “tem sido uma das
maiores inspirações de minha vida”.23

200
Nesta guerra terrível

Um ano após a morte de seu filho, Jesusita ainda


morava em San Marcos. Casimiro Gutierrez presidia o
ramo. Era um homem sincero que queria fazer o melhor
pelo ramo, mas às vezes tropeçava na obediência ao
evangelho e não tinha o talento de Rafael para liderar.
Felizmente, outros santos do ramo e da região circun-
vizinha garantiram que a Igreja permanecesse forte em
San Marcos.24
No primeiro domingo de julho de 1916, os san-
tos realizaram uma reunião de testemunhos, e cada
membro do ramo prestou testemunho do evangelho
e da esperança que ele lhes proporcionava. Então, em
17 de julho, aniversário dos assassinatos, reuniram-se
novamente para lembrar os mártires. Cantaram um hino
sobre a Segunda Vinda de Jesus Cristo, e Casimiro leu
um capítulo do Novo Testamento. Outro membro do
ramo comparou Rafael e Vicente ao mártir Estêvão, que
morreu por seu testemunho de Cristo.25
Guadalupe Monroy também falou. Depois que os
zapatistas foram expulsos da região, um dos capitães
carrancistas rivais prometeu a ela que buscaria vingança
contra o homem responsável pela execução de seu
marido. “Não!”, dissera-lhe ela. “Não quero que outra
mulher infeliz tenha de chorar na solidão como eu.” Ela
acreditava que Deus faria justiça em Seu próprio tempo.26
Agora, no aniversário da morte do marido, ela testi-
ficou que o Senhor havia lhe dado forças para suportar
sua dor. “Meu coração sente alegria e esperança nas
belas palavras do evangelho para aqueles que morrem

201
Com Coragem, Nobreza e Independência

fiéis no cumprimento de suas leis e seus mandamentos”,


disse ela.27
Jesusita também permaneceu como um pilar de
fé para sua família. “Nossas tristezas foram terríveis”,
relatou ela ao presidente Pratt, “mas nossa fé é forte e
nunca abandonaremos esta religião”.28

Enquanto isso, de volta à Europa, o apóstolo George


F. Richards substituiu Hyrum M. Smith como presidente
da Missão Europeia.29 Antes de voltar com o marido para
os Estados Unidos, Ida Smith redigiu uma mensagem de
despedida e gratidão às irmãs da Sociedade de Socorro
da Europa.
“Nos últimos dois anos, vimos um grande desper-
tar do interesse pela causa da Sociedade de Socorro”,
escreveu ela. “Temos todos os motivos para esperar que
o trabalho continue a progredir e se torne cada vez mais
uma força para o bem.”
Sob sua liderança, a Sociedade de Socorro havia
crescido para mais de 2 mil mulheres em toda a
Europa. Muitas unidades locais prosperaram como
nunca, unindo forças com a Cruz Vermelha e outras
organizações para aliviar a pobreza e o sofrimento de
seus semelhantes durante a guerra. Ao final de sua
missão, Ida havia organizado 69 novas Sociedades de
Socorro.
Agora ela esperava que elas estendessem ainda
mais sua influência. “O campo de trabalho é extenso”,

202
Nesta guerra terrível

escreveu ela, “e espero que todas as irmãs aproveitem


todas as oportunidades para se tornarem conhecidas e
fazerem sentir sua influência em um círculo tão amplo
quanto possível”. Sabendo que a guerra privara os ramos
de missionários e líderes do sacerdócio, ela incentivou
especificamente as mulheres a encontrar tempo para
distribuir folhetos missionários.
“Isso foi feito em alguns casos com efeito esplên-
dido”, observou ela. “Muitas portas se abriram dessa
forma para a pregação do evangelho.”30
No segundo semestre de 1916, o presidente Richards
apoiou a obra missionária realizada por mulheres nas
próprias cidades onde moravam. Instruiu os líderes da
missão a chamar missionárias, apoiá-las nas conferên-
cias, designá-las e lhes dar certificados missionários.
Também recomendou que fossem dadas responsabili-
dades no ramo às mulheres, como orar e discursar nas
reuniões sacramentais, algo que antes da guerra era
reservado aos homens.31
Em Glasgow, Escócia, mais de dez mulheres,
incluindo a presidente da Sociedade de Socorro do
ramo, Isabella Blake, foram chamadas para missões
locais. Isabella tinha grande respeito por Ida Smith.
Seguindo seu exemplo, Isabella e sua Sociedade de
Socorro trabalharam com outras igrejas a fim de forne-
cer roupas para soldados e marinheiros. Quando elas
enviavam itens para as linhas de frente, anexavam men-
sagens de apreço e incentivo para as tropas. Também
consolavam as muitas mulheres angustiadas de Glasgow

203
Com Coragem, Nobreza e Independência

que haviam perdido entes queridos na guerra, orando


sem cessar pelo fim do terrível conflito.32
Certa vez, Ida disse a Isabella: “Haja o que houver,
mantenha sempre vivo o lado espiritual”. Isabella tentou
manter esse conselho em mente ao assumir suas respon-
sabilidades. Todas as novas missionárias trabalhavam
fora e algumas eram esposas e mães. A própria Isabella
tinha cinco filhos e esperava um sexto. Todo o tempo
livre de que dispunham — aos domingos ou no meio
dia de folga que tinham semanalmente — era dedicado
à distribuição de folhetos, ao ensino do evangelho, à
realização de reuniões da Sociedade de Socorro ou à
prestação de serviço, como visitas a soldados feridos
em hospitais.33
Como outras missionárias antes delas, as mulheres
de Glasgow conseguiram auxiliar pessoas que tinham
um pé atrás com os élderes americanos. Os bairros
operários da cidade eram um campo fértil para a
mensagem do evangelho. E, na condição de convertida
local, Isabella podia testificar de sua própria experiência
com o evangelho. Ao falar com o povo de sua cidade,
Isabella percebeu que eles eram gentis e estavam
ansiosos para encontrar a verdade.
“Só nós — um número reduzido de pessoas deste
mundo densamente povoado — recebemos esse conhe-
cimento revelado da renovação das relações familiares
que há do outro lado”, testemunhou ela. “Sabemos que
o Senhor nos abriu o caminho e, pelo cumprimento de
Seus requisitos, a esposa será restaurada ao marido e o

204
Nesta guerra terrível

marido à esposa, e eles serão novamente um em Cristo


Jesus.”34
O bom espírito que reinava entre os santos de
Glasgow contribuiu para seu sucesso. Trabalhando
com os poucos homens que permaneceram no ramo,
Isabella e suas companheiras missionárias trouxeram
de volta muitas pessoas que haviam deixado a Igreja. A
Sociedade de Socorro também passou de duas reuniões
por mês para quatro. Mas a predileção de Isabella era
pelas reuniões de testemunho. “Certas noites, nem dá
vontade de encerrá-las”, relatou ela.
As conquistas do Ramo Glasgow e de suas mis-
sionárias recém-chamadas despertaram em Isabella o
desejo de ver a Igreja mais bem estabelecida na cidade.
“Se tivéssemos aqui uma pequena capela própria, que
pudesse ser mantida com o único propósito de adorar a
Deus e realizar batismos”, escreveu ela à sede da missão,
“acredito que seria o melhor ramo da Missão Britânica”.35

205
C APÍTULO 13

Herdeiros da salvação

Em janeiro de 1917, Susa Gates viajou à cidade de


Nova York para visitar uma amiga doente, Elizabeth
McCune, que servira com ela na junta geral da Sociedade
de Socorro. Elizabeth e seu marido, Alfred, haviam se
mudado para Nova York pouco tempo antes devido
a empreendimentos comerciais de Alfred na cidade.
Quando Susa soube da doença da amiga, foi imedia-
tamente ajudá-la a se recuperar. Quando ela chegou,
porém, Elizabeth já estava melhorando. Mesmo assim,
pediu a Susa que ficasse e lhe fizesse companhia.
Durante sua estada, Susa poderia usar as bibliotecas
municipais para realizar pesquisas genealógicas, que
haviam se tornado uma parte de seu serviço na Igreja
e lhe consumiam muito tempo.

206
Herdeiros da salvação

Na Dinamarca, 15 anos antes, Susa adoeceu gra-


vemente enquanto participava de uma reunião do
Conselho Internacional de Mulheres. Ela pediu uma
bênção ao apóstolo Francis Lyman, o presidente da
Missão Europeia na época, que a abençoou para não
temer a morte, prometendo que ela tinha um trabalho
a ser feito no mundo espiritual. Mas então, no meio da
bênção, ele fez uma pausa de cerca de dois minutos.
“Houve um conselho no céu”, disse ele, por fim, a
Susa, “e foi decidido que você viverá para realizar as
ordenanças do templo e fará uma obra maior do que
nunca antes”.1
Após a convalescença, Susa se dedicou à genealogia
e ao trabalho do templo. Tornou-se ativa na Sociedade
Genealógica de Utah, uma organização administrada
pela Igreja criada após a revelação de Wilford Woodruff
de 1894 sobre o selamento no templo. Ela começou a
trabalhar no Templo de Salt Lake, a dar aulas de genea-
logia e a escrever uma coluna semanal sobre história da
família para o Deseret Evening News.
Quando Susa e Elizabeth McCune se tornaram mem-
bros da junta geral da Sociedade de Socorro em 1911,
fizeram da genealogia e do trabalho do templo uma nova
prioridade para as mulheres da Igreja. Visitaram alas e
ramos dos Estados Unidos e do Canadá e treinaram os
santos na realização de pesquisas sobre seus antepassa-
dos. Susa também redigiu lições de genealogia para a
Relief Society Magazine e, a pedido da junta geral, estava

207
Com Coragem, Nobreza e Independência

escrevendo um livro de referência para ajudar os santos


em seu trabalho de história da família.2
Enquanto estava em Nova York, Susa também pes-
quisou nomes da família McCune na biblioteca. Além
disso, fez o possível para dar a Elizabeth o máximo de
amor e atenção.
Na véspera do retorno de Susa para casa, Elizabeth
se sentiu bem o suficiente para assistir a uma reunião da
Sociedade de Socorro na sede da Missão dos Estados do
Leste na cidade. Susa discursou para as mulheres sobre
a pesquisa genealógica. Embora o número de mulheres
santos dos últimos dias em Nova York fosse pequeno,
ela sentiu o Espírito muito forte entre elas.3
Na viagem de volta, Susa parou em duas outras
cidades para visitar os santos. Depois de uma reunião,
um presidente de ramo foi falar com ela. “Sempre apre-
cio o testemunho dos idosos”, comentou ele, “e adoro
ouvir uma pessoa idosa contar suas experiências”.
Susa riu por dentro. “Você é uma pessoa idosa, Susa,
ouviu?”, disse ela a si mesma. Ela tinha 60 anos, mas
ainda muitos anos pela frente — e muito mais trabalho
a fazer.4

“Estamos vivendo em tempos críticos”, reconheceu


Joseph F. Smith ao iniciar a conferência geral da Igreja
em abril de 1917. Os jornais de Utah estavam repletos
de relatos alarmantes sobre as ofensivas alemãs contra
os Estados Unidos.5 Nos últimos dois anos e meio, os

208
Herdeiros da salvação

Estados Unidos tinham permanecido neutros na guerra.


Mas a Alemanha recentemente retomara sua política de
guerra submarina indiscriminada, o que fazia dos navios
americanos alvos em potencial. As autoridades alemãs
também buscavam uma aliança com o México, criando
um caminho para atacar os Estados Unidos pelo sul. Em
resposta, o congresso dos EUA autorizara o presidente
Woodrow Wilson a declarar guerra à Alemanha.6
Do púlpito do Tabernáculo de Salt Lake, o presi-
dente Smith compreendeu que muitos santos ali presen-
tes estavam ansiosos e temerosos. Incentivou-os a buscar
a paz, a felicidade e o bem-estar da família humana. “Se
cumprirmos nosso dever hoje, como membros da Igreja
e cidadãos de nosso país”, afirmou ele, “não há maiores
motivos para temer o que o futuro nos reserva”.7
Horas depois naquele mesmo dia, o presidente
Wilson faz a declaração oficial de guerra. Quase 5 mil
rapazes de Utah — a maioria santos dos últimos dias —
logo se alistaram.8 Muitas mulheres da Igreja se filiaram
à Cruz Vermelha para servir como enfermeiras durante
o conflito. Os santos americanos que não puderam inte-
grar as Forças Armadas apoiaram seu país de outras
maneiras, como comprando “Liberty Bonds” [títulos da
liberdade] emitidos pelo governo para ajudar a financiar
a guerra. Betty McCune, filha de Elizabeth, aprendeu a
dirigir e a consertar automóveis, e se tornou motorista
de ambulância. O élder B. H. Roberts, dos setenta, pron-
tificou-se para servir como um dos três capelães santos
dos últimos dias no exército.9

209
Com Coragem, Nobreza e Independência

Pouco depois da conferência geral, Joseph F. Smith


viajou para o Havaí e observou o andamento das obras
do templo em Laie. Sob a direção dos encarregados
Hamana Kalili e David Haili, os trabalhadores já haviam
concluído a parte externa do templo e agora estavam
terminando seu interior. Construído com concreto
armado e rochas vulcânicas das montanhas próximas,
o Templo do Havaí era em forma de cruz e não tinha
torre. Esculturas de cimento de cenas das escrituras,
feitas pelos artistas de Utah Leo e Avard Fairbanks, ador-
navam a parte externa do edifício.10
Em outubro, um mês antes de seu 79º aniversário,
o profeta disse aos santos que estava começando a se
sentir velho. “Acho que continuo tão jovem quanto antes
em minha vida espiritual”, observou, “mas meu corpo
está cansado, e quero lhes dizer que às vezes sinto meu
pobre e velho coração tremer consideravelmente”.11
Sua saúde continuou a piorar nos meses que ante-
cederam o fim do ano, e ele começou a consultar um
médico regularmente no início de 1918. Na mesma
época, seu filho Hyrum também adoeceu. Dezesseis
meses tinham se passado desde o fim do tempo de ser-
viço de Hyrum como presidente da Missão Europeia e,
durante esse período, ele estava saudável e forte. Mesmo
assim, Joseph estava preocupado com o bem-estar dele.
Hyrum sempre ocupara um lugar especial em seu cora-
ção, e Joseph se alegrava imensamente com o serviço
do filho e sua devoção ao Senhor. Ele até fazia Joseph
se lembrar do próprio pai, o patriarca Hyrum Smith.12

210
Herdeiros da salvação

A doença de Hyrum se agravava a cada dia. Ele


sentia fortes dores no abdômen, um sintoma de apen-
dicite. Seus amigos insistiram que se internasse para
ser operado, mas ele recusou. “Sempre guardei a Pala-
vra de Sabedoria”, replicou ele, “e o Senhor cuidará
de mim”.
Em 19 de janeiro, a dor se tornou quase insuportá-
vel. De imediato, a esposa de Hyrum, Ida, avisou Joseph,
que orou fervorosamente pela recuperação do filho. Os
apóstolos Orson F. Whitney e James E. Talmage, por sua
vez, foram até Hyrum e passaram a noite ao lado de sua
cama. Um grupo de médicos e especialistas, incluindo o
doutor Ralph T. Richards, sobrinho de Joseph, também
cuidou dele.
Depois de examinar o paciente, o doutor Richards
temeu que Hyrum tivesse demorado demais para pro-
curar atendimento médico e implorou que fosse ao
hospital. “Mesmo que você vá agora, há apenas uma
chance em mil”, ele alertou Hyrum. “Vai tentar?”
“Vou”, respondeu Hyrum.13
No hospital, os médicos fizeram duas radiografias
e decidiram remover o apêndice. Durante o procedi-
mento, o doutor Richards descobriu que o apêndice
havia se rompido, espalhando bactérias tóxicas por todo
o abdômen de Hyrum.
Ele sobreviveu à cirurgia, mas seu pai Joseph conti-
nuou fraco devido à ansiedade e passou a tarde deitado,
sem conseguir comer. Hyrum pareceu recobrar forças
naquela noite, o que animou Joseph. Cheio de gratidão

211
Com Coragem, Nobreza e Independência

e alívio, ele voltou a seus deveres como presidente da


Igreja.
Então, três dias após a operação do filho, Joseph
recebeu um telefonema do hospital. Apesar das muitas
orações e do trabalho cuidadoso dos médicos, Hyrum
havia falecido. Joseph ficou sem palavras. Ele precisava
de Hyrum, e a Igreja também. Por que sua vida não
fora poupada?
Transtornado, Joseph externou sua angústia em
seu diário. “Minha alma está em frangalhos”, escreveu
ele. “E agora o que posso fazer! Oh! O que posso fazer!
Minha alma está dilacerada, meu coração, despedaçado!
Oh! Que Deus me ajude!”14

Uma nuvem de tristeza pairou sobre a família Smith


nos dias após a morte de Hyrum. Havia santos que ques-
tionavam sua decisão de não ir imediatamente para o
hospital. “Se ele tivesse ido assim que foi aconselhado”,
conjecturaram alguns, “poderia ter sobrevivido”. O bispo
presidente Charles Nibley, um amigo íntimo da família,
concordou. A fé que Hyrum tinha na Palavra de Sabe-
doria era bem-intencionada, observou ele, mas o Senhor
também pôs em nosso caminho homens e mulheres
habilidosos que foram cientificamente formados para
cuidar de nosso corpo.15
Buscando consolo em sua perda, a família Smith
se reuniu na Beehive House, a antiga casa de Brigham
Young onde Joseph F. Smith morava. O fato de estarem

212
Herdeiros da salvação

juntos aliviou um pouco a tristeza e deu à família a


chance de se alegrar com a vida honrada e fiel de Hyrum.
Mas todos continuavam atordoados com sua morte.16
Ida, a viúva, estava tão arrasada que nem conseguia
falar. Ela e Hyrum permaneceram casados por 22 anos.
Durante esse tempo, Hyrum às vezes dizia: “Veja bem,
se eu morrer primeiro, não vou demorar a vir buscá-la”.17
Era apenas uma brincadeira que deixava transparecer
seu amor e afeto. Tanto ele como Ida não tinham como
saber o quanto a morte dele seria rápida e inesperada.
Em 21 de março de 1918, aniversário de 46 anos
de Hyrum, Ida convidou seus amigos mais próximos
para uma festinha em sua casa em lembrança da vida
dele. Ao relembrar o amigo, às vezes por meio de his-
tórias engraçadas, as conversas tomaram rumos mais
profundos. Orson F. Whitney, amigo de longa data de
Hyrum e Ida, recitou um poema sobre o plano perfeito
de Deus para Seus filhos.

No dia de nossa partida,


Cumprida a missão na vida,
As ilusões criadas na mente,
E as dores que a alma sente,
Perante os olhos desfilarão,
Como estrelas na escuridão.
Veremos que Deus em Seus planos foi certeiro
E que a censura era apenas amor verdadeiro!

Ida adorou o poema e disse a Orson que sua men-


sagem era algo que ela desejava ouvir desde a morte de

213
Com Coragem, Nobreza e Independência

Hyrum. Mas as emoções daquela noite foram demasiado


intensas. Quando os convidados se reuniram em torno
da mesa de jantar, ela não pôde deixar de chorar ao ver
vazia a cadeira onde Hyrum se sentava.18
Um de seus poucos consolos era saber que ela e
Hyrum teriam mais um filho. Ela descobriu a gravidez
logo após o falecimento do marido. Imediatamente con-
vidou sua irmã mais velha, Margaret, para morar com
ela a fim de ajudar com os outros quatro filhos, cuja
idade variava de 19 a 6 anos. Margaret aceitou o convite.
Ida gozou de boa saúde durante todo o verão, mas
agia como se estivesse se preparando para a própria
morte. “Não há nada de errado com você”, dizia-lhe
Margaret. “Você vai viver.”19
No entanto, conforme o fim da gestação se aproxi-
mava, ela parecia convencida de que, após o parto, seus
dias estavam contados. Ao visitar a sogra, Edna Smith, Ida
falou como se estivesse ansiosa para estar com Hyrum
no mundo espiritual. Explicou que eles poderiam fazer
um trabalho importante juntos do outro lado do véu.20
Em 18 de setembro, uma quarta-feira, Ida deu à luz
um menino saudável. Depois, comentou com a mãe que
Margaret o criaria. “Sei que vou para casa, para junto de
Hyrum, e terei de deixar meus filhos”, disse ela. “Então,
por favor, ore por meu bebê e por meus filhos maravi-
lhosos. Sei que o Senhor os abençoará.”21
No domingo seguinte, Ida teve a sensação de que
Hyrum estava ao seu lado o dia todo. “Ouvi a voz dele”,
confidenciou à família. “Senti sua presença.”22

214
Herdeiros da salvação

Poucos dias depois, seu sobrinho entrou correndo


na casa da família. “Acabei de ver o tio Hyrum entrar na
casa da tia Ida”, contou ele à mãe.
“Que absurdo!”, exclamou ela. “Ele já morreu.”
“Eu o vi”, insistiu o menino. “Com meus próprios
olhos.”
Mãe e filho caminharam até a casa da família Smith,
que ficava apenas algumas portas adiante. Lá descobri-
ram que Ida havia falecido. Morrera no início daquela
noite de insuficiência cardíaca.23

A família de Joseph F. Smith não lhe comunicou ime-


diatamente o falecimento de Ida, com medo de deixá-lo
arrasado. Ele estava bastante fragilizado desde a morte
de Hyrum e fizera raras aparições públicas nos cinco
meses anteriores. No entanto, no dia seguinte à morte
de Ida, os membros da família levaram o filho recém-
nascido dela até Joseph, e ele chorou ao abençoar o
bebê e lhe dar o nome de Hyrum. A família então lhe
deu a notícia sobre Ida.
Para surpresa de todos, Joseph a recebeu com sere-
nidade.24 Tanto sofrimento e dor se abatera sobre o
mundo nos últimos tempos. Os jornais diários traziam
notícias horríveis sobre a guerra. Milhões de soldados
e civis já tinham sido mortos e outros milhões, mutila-
dos e feridos. Alguns meses antes, os soldados de Utah
tinham chegado à Europa e presenciado a brutalidade
implacável da guerra. E agora mais jovens santos dos

215
Com Coragem, Nobreza e Independência

últimos dias estavam se preparando para engrossar as


fileiras, inclusive alguns filhos de Joseph. Na verdade,
seu filho Calvin já estava na linha de frente, na França,
servindo com B. H. Roberts como capelão do exército.
Uma cepa mortal de gripe também começou a
ceifar vidas no mundo inteiro, agravando a dor e o
sofrimento da guerra. O vírus estava se disseminando
a uma taxa alarmante e, dentro de alguns dias, Utah ia
fechar seus teatros, suas igrejas e outros locais públicos
na esperança de deter a onda de infecções e mortes.25
Em 3 de outubro de 1918, Joseph se sentou em seu
quarto, refletindo sobre a Expiação de Jesus Cristo e a
redenção do mundo. Abriu o Novo Testamento em 1
Pedro e leu sobre a pregação do Salvador aos espíritos
no mundo espiritual. “Porque para isso foi o evangelho
pregado também aos mortos”, leu ele, “para que, na
verdade, fossem julgados segundo os homens na carne,
porém vivessem segundo Deus em espírito”.
Ao ponderar as escrituras, o profeta sentiu o Espírito
descer sobre ele, abrindo seus olhos para o entendimento.
Ele viu multidões de mortos no mundo espiritual. Mulheres
e homens justos que morreram antes do ministério mortal
do Salvador estavam ali esperando alegremente Seu
advento para declarar sua libertação das ligaduras da
morte.
O Salvador apareceu à multidão, e os espíritos justos
se regozijaram com sua redenção. Ajoelharam-se diante
Dele, reconhecendo-O como seu Salvador e Libertador
da morte e das cadeias do inferno. O semblante deles

216
Herdeiros da salvação

brilhava enquanto a luz da presença do Senhor irradiava


ao redor deles. Cantaram louvores ao Seu nome.26
Enquanto Joseph se maravilhava com a visão, nova-
mente refletiu sobre as palavras de Pedro. As hostes de
espíritos desobedientes eram muito mais numerosas
do que as de espíritos justos. Como poderia o Salvador,
durante Sua breve visita ao mundo espiritual, pregar Seu
evangelho a todos eles?27
Os olhos de Joseph foram abertos novamente e
ele entendeu que o Salvador não foi pessoalmente aos
espíritos desobedientes. Na verdade, Ele organizou o
trabalho entre os espíritos justos, designando mensa-
geiros e comissionando-os para levar a mensagem do
evangelho aos espíritos que estavam nas trevas. Dessa
forma, todas as pessoas que morreram em transgressão
ou sem conhecimento da verdade poderiam aprender
sobre a fé em Deus, o arrependimento, o batismo vicá-
rio para remissão de pecados, o dom do Espírito Santo
e todos os outros princípios essenciais do evangelho.
Contemplando a vasta congregação de espíritos
justos, Joseph viu Adão e seus filhos Abel e Sete. Viu Eva
ao lado de suas filhas fiéis que haviam adorado a Deus
ao longo dos séculos. Noé, Abraão, Isaque, Jacó e Moisés
também estavam lá, com Isaías, Ezequiel, Daniel e outros
profetas do Velho Testamento e do Livro de Mórmon. Ali
estava igualmente o profeta Malaquias, que profetizou
que Elias viria plantar no coração dos filhos as promessas
feitas aos pais, preparando o caminho para o trabalho
do templo e a redenção dos mortos nos últimos dias.28

217
Com Coragem, Nobreza e Independência

Joseph F. Smith também viu Joseph Smith, Brigham


Young, John Taylor, Wilford Woodruff e outros que
haviam lançado os alicerces da Restauração. Entre eles
estava seu pai mártir, Hyrum Smith, cujo rosto ele não
via havia 74 anos. Eles faziam parte dos espíritos nobres
e grandes que tinham sido escolhidos antes da morta-
lidade para vir à Terra nos últimos dias e trabalhar pela
salvação de todos os filhos de Deus.
O profeta então percebeu que os élderes fiéis desta
dispensação continuariam seu trabalho na vida vindoura
pregando o evangelho aos espíritos que estavam nas
trevas e sob o jugo do pecado.
“Os mortos que se arrependerem serão redimidos
por meio da obediência às ordenanças da casa de Deus”,
observou ele, “e depois de terem cumprido a pena por
suas transgressões e de serem purificados, receberão
uma recompensa de acordo com suas obras, porque
são herdeiros da salvação”.29
Quando a visão se encerrou, Joseph ponderou
sobre tudo o que tinha visto. Na manhã seguinte, sur-
preendeu os santos ao assistir à primeira sessão da con-
ferência geral de outubro apesar de sua saúde debilitada.
Determinado a se dirigir à congregação, tentou manter o
equilíbrio ao púlpito, esforço que fez seu grande corpo
tremer. “Trabalho há mais de 70 anos nesta causa com
seus pais e progenitores”, disse ele, “e meu coração
continua hoje tão comprometido com vocês quanto
sempre esteve”.30

218
Herdeiros da salvação

Sem forças para falar de sua visão sem ser domi-


nado pela emoção, fez apenas alusões a ela. “Não vivi
sozinho nestes últimos cinco meses”, disse ele à congre-
gação. “Tenho vivido em espírito de oração, de súplica,
de fé e de determinação, e tenho mantido minha comu-
nicação com o Espírito do Senhor continuamente.”
“A reunião desta manhã me traz grande alegria”,
afirmou. “Que o Deus Todo-Poderoso os abençoe.”31

Cerca de um mês após a conferência geral de outubro,


Susa e Jacob Gates foram à Beehive House para pegar
uma caixa de maçãs da família Smith. Quando chega-
ram, Joseph F. Smith chamou Susa para ir falar com ele
em seu quarto, onde havia ficado acamado por semanas.
Susa fez o possível para confortá-lo, como ele
havia confortado sua família no passado. Mas ela estava
desanimada com seu serviço na Igreja.32 Com exceção
de Elizabeth McCune, que havia doado um milhão de
dólares para a Sociedade Genealógica de Utah no ano
anterior, poucas mulheres da junta geral da Sociedade
de Socorro demonstravam entusiasmo pela história da
família ou pelo trabalho do templo. Algumas irmãs da
junta até haviam proposto abandonar as aulas mensais
de genealogia da Sociedade de Socorro, que tinham
sido criticadas recentemente por líderes de estaca da
Sociedade de Socorro por serem muito difíceis e não
espirituais o suficiente.33

219
Com Coragem, Nobreza e Independência

“Susa”, disse Joseph enquanto conversavam, “você


está fazendo um ótimo trabalho”.
Encabulada, Susa respondeu: “Só sei que estou
tentando”.34
“Você está fazendo um ótimo trabalho”, insistiu
ele, “mais do que imagina”. Ele externou o amor que
sentia por ela devido à sua fé e devoção à verdade. Em
seguida, pediu a sua esposa Julina que lhe trouxesse um
papel. Nesse ínterim, Jacob e algumas outras pessoas
se juntaram a eles no quarto.
Com todos reunidos, Joseph pediu a Susa que
lesse o papel. Ela o pegou e ficou surpresa com o que
estava escrito. Como profeta, Joseph sempre tentara ser
cauteloso ao falar sobre revelação e outros assuntos
espirituais. Mas ali, em suas mãos, estava o relato de
uma visão que ele tivera do mundo espiritual. Ele ditou a
revelação a um de seus filhos, o apóstolo Joseph Fielding
Smith, dez dias depois da conferência geral. Então, em
31 de outubro, a Primeira Presidência e o Quórum
dos Doze leram a visão e endossaram totalmente seu
conteúdo.
Ao ler a revelação, Susa se comoveu ao ver que
mencionava Eva e outras mulheres que tinham servido
ao lado dos profetas na mesma grande obra. Foi a pri-
meira vez que qualquer revelação que ela conhecia
falava de mulheres que trabalhavam com seus maridos
e pais a serviço do Senhor.
Mais tarde, depois de se despedir de Joseph e sua
família, Susa se sentiu abençoada por ter lido a revelação

220
Herdeiros da salvação

antes de se tornar pública. “Oh, que conforto ela me


trouxe!”, escreveu em seu diário. “Saber que os céus
ainda estão abertos, ver Eva e suas filhas serem lem-
bradas e, acima de tudo, receber isso em um momento
em que nosso trabalho do templo, nossos oficiantes e
nossa genealogia tanto precisam de incentivo.”
Ela mal podia esperar que Elizabeth McCune a
lesse. “É uma visão ou revelação sobre todos esses gran-
des seres que trabalham do outro lado do véu pela sal-
vação dos espíritos em prisão”, disse ela a uma amiga
em uma carta. “Pense no ímpeto que essa revelação dará
ao trabalho do templo em toda a Igreja!”35

Em 11 de novembro de 1918, os exércitos da Europa


assinaram um armistício, encerrando quatro anos de
guerra. A pandemia de gripe espanhola, no entanto,
continuava a se alastrar, deixando um rastro de milhões
de vítimas. Em muitos lugares, o cotidiano se paralisou.
As pessoas começaram a usar máscaras de pano sobre
o nariz e a boca para se proteger e evitar a propagação
do vírus. Os jornais publicavam regularmente o nome
dos mortos.36
Uma semana após o cessar-fogo, Heber J. Grant
decidiu visitar Joseph F. Smith na Beehive House. Na
época, Heber era o presidente do Quórum dos Doze
Apóstolos, o próximo homem a estar à frente da Igreja.
Ele não tinha a menor pressa para assumir as responsa-
bilidades de presidente da Igreja. Esperava e orava para

221
Com Coragem, Nobreza e Independência

que Joseph vivesse mais 12 anos — tempo suficiente


para comemorar o centenário da Igreja. Mesmo então,
não acreditava que Joseph morreria.
Na Beehive House, o filho de Joseph, David, encon-
trou-o na porta e o convidou para falar com o pai. Heber
hesitou, porém, não querendo importunar o profeta.
“É melhor você vê-lo”, insistiu David. “Pode ser sua
última chance.”37
Heber encontrou Joseph deitado na cama, acor-
dado e com a respiração pesada. Joseph lhe tomou a
mão e a apertou com firmeza. Heber lhe fitou os olhos
e viu o amor do profeta por ele.
“O Senhor o abençoe, meu filho”, disse Joseph.
“Você tem uma grande responsabilidade. Lembre-se
sempre de que esta é a obra do Senhor e não do homem.
O Senhor é maior do que qualquer homem. Ele sabe
quem Ele deseja à frente de Sua Igreja e nunca Se
equivoca.”38
Joseph soltou sua mão e Heber entrou em uma sala
ao lado e chorou. Foi para casa, jantou e depois voltou
para a Beehive House a fim de ver Joseph mais uma
vez. Anthon Lund, conselheiro de Joseph na Primeira
Presidência, estava lá com as esposas de Joseph e vários
de seus filhos. Joseph estava com muita dor e pediu a
Heber e Anthon que lhe dessem uma bênção.
“Irmãos”, pediu ele, “orem para que eu seja
liberado”.

222
Herdeiros da salvação

Com os filhos de Joseph, eles impuseram as mãos


sobre a cabeça dele. Falaram da alegria e felicidade
que compartilharam ao trabalharem com ele. E então
pediram ao Senhor que o chamasse de volta para casa.39

223
C APÍTULO 14

Fontes de luz
e esperança

Depois de muito tempo ao lado da cama de Joseph


F. Smith, Heber J. Grant voltou para casa. Não conse-
guia dormir, então leu e releu o discurso mais recente
do presidente Smith na conferência, chorando ao pen-
sar no profeta, que estava morrendo. Quando menino,
ele ficava emocionado sempre que Joseph F. Smith, na
época um jovem apóstolo, discursava em sua ala. Mesmo
tantos anos depois, a admiração com a pregação do pre-
sidente era a mesma. Heber achava que seus próprios
sermões não chegavam aos pés dos dele.
Só pegou no sono pouco depois das 6 horas e 30
minutos da manhã seguinte. Ao acordar, soube que o
presidente Smith falecera de pneumonia.1
A família e os amigos do profeta se reuniram no
cemitério alguns dias depois. Com a gripe espanhola

224
Fontes de luz e esperança

se espalhando por todo o estado de Utah, o conselho


estadual de saúde proibira todas as reuniões públicas,
de modo que os enlutados realizaram um serviço fúne-
bre particular ao lado do túmulo.2 Heber fez uma breve
homenagem ao amigo. “Ele era o tipo de homem que
eu gostaria de ser”, disse ele. “Nenhum homem que já
viveu teve um testemunho mais poderoso do Deus vivo
e de nosso Redentor.”3
Em 23 de novembro de 1918, um dia após o funeral,
os apóstolos e o patriarca presidente designaram Heber
presidente da Igreja, com Anthon Lund e Charles Penrose
como conselheiros.4 Embora seus amigos expressassem
confiança em sua liderança, Heber tinha dúvidas sobre
sua capacidade de seguir os passos do presidente Smith.
Embora tivesse servido no Quórum dos Doze Apóstolos
desde os 25 anos de idade, Heber nunca servira na
Primeira Presidência. O presidente Smith, por outro lado,
havia servido como conselheiro por décadas antes de
seu chamado como presidente da Igreja.5
A presidência de Joseph F. Smith também fora
repleta de sucessos. O número de membros da Igreja
quase dobrou durante sua gestão e agora se aproxi-
mava dos 500 mil. Ele dera início a uma reforma geral
dos quóruns do sacerdócio, esclarecendo os deveres
dos ofícios do Sacerdócio Aarônico e padronizando as
reuniões e aulas para os quóruns e as organizações da
Igreja.6 Também ajudou as pessoas a ter uma imagem
mais positiva da Igreja, dando entrevistas à imprensa e
abordando controvérsias sobre práticas e ensinamentos

225
Com Coragem, Nobreza e Independência

prévios da Igreja. E, em 1915, deu início às “noites fami-


liares”, pedindo às famílias que reservassem uma noite
por mês para orar, cantar, ensinar o evangelho e fazer
brincadeiras juntos.7
Ao pensar nesse legado impressionante, Heber
perdia cada vez mais o sono. Para aliviar o fardo de
seu novo chamado, ele e seus conselheiros delegaram
algumas das muitas responsabilidades de liderança do
presidente Smith a outras pessoas. Heber servia como
presidente da Junta Geral de Educação da Igreja, tal
como o presidente Smith havia feito, mas chamou o
apóstolo David O. McKay para ser o superintendente
geral da Escola Dominical. Também nomeou o
apóstolo Anthony Ivins para dirigir a Associação de
Melhoramentos Mútuos dos Rapazes.8 No entanto, como
tinha anos de experiência como empresário em bancos
e seguros, Heber decidiu supervisionar ele mesmo as
empresas administradas pela Igreja.9
Mesmo assim, continuava ansioso. Por insistência
de amigos e outros líderes da Igreja, ele e sua esposa,
Augusta, tiraram férias no litoral da Califórnia. Heber
conseguiu dormir bem pela primeira vez desde a morte
do presidente Smith. Quando ele e Augusta voltaram
para Salt Lake City algumas semanas depois, ele estava
descansado e pronto para retomar o trabalho.10
Durante os primeiros meses de 1919, a pandemia
de gripe espanhola impediu Heber de se dirigir aos san-
tos com a frequência que gostaria. Mais de mil membros
da Igreja já tinham morrido de gripe, e Heber e seus

226
Fontes de luz e esperança

conselheiros decidiram adiar a conferência geral para


a primeira semana de junho por preocupação com a
saúde pública. Também era reconfortante saber que o
presidente Smith introduzira práticas inspiradas que
protegeriam a saúde dos santos quando fossem reiniciar
as reuniões sacramentais regulares.
Ao longo da maior parte da história da Igreja, por
exemplo, no sacramento os santos bebiam de um copo
comum. No entanto, no início da década de 1910, com
a mais ampla divulgação das informações sobre germes,
o presidente Smith recomendara copos de sacramento
individuais feitos de vidro ou metal. Heber pôde ver os
benefícios para a saúde que essa inovação causou no
combate a doenças infecciosas.11
Em novembro, com o mundo menos afetado pela
pandemia, Heber viajou ao Havaí para dedicar o templo
em Laie. Mais uma vez, era impossível não se comparar
ao presidente Smith, que sabia falar o idioma daquele
povo e compreendia seus costumes.12
O templo estava lotado para a dedicação. Para
muitas pessoas, os eventos do dia coroaram anos de
orações fervorosas e serviço fiel. Os santos que haviam
se mudado para a colônia havaiana de Iosepa, Utah, a
fim de ficar mais perto do Templo de Salt Lake tinham
deixado o assentamento e voltado para sua terra natal
para frequentar o novo templo e lá servir.
Como seus predecessores, Heber havia preparado
a oração dedicatória de antemão. Ao ditá-la para sua
secretária, ele sentiu a inspiração do Espírito. “Está tão

227
Com Coragem, Nobreza e Independência

acima de qualquer uma de minhas orações habituais”,


comentou ele com Augusta, “que agradeço ao Senhor
de todo o coração pela ajuda que me concedeu para
prepará-la”.13
Na sala celestial, ele falou com gratidão sobre
Joseph F. Smith, George Q. Cannon, Jonathan Napela e
outros que haviam estabelecido a Igreja no Havaí. Pediu
ao Senhor que abençoasse os membros da Igreja nas
Ilhas do Pacífico com a capacidade de preservar sua
genealogia e realizar as ordenanças de salvação por
seus mortos.14
Posteriormente, Heber escreveu às filhas para con-
tar como foi a experiência. “Senti considerável ansiedade
e medo de que pudesse haver uma queda na inspiração
de nossas reuniões em comparação com o que teria
acontecido se o presidente Smith estivesse presente
conosco”, admitiu ele. “Agora, porém, vejo que minhas
preocupações eram infundadas.”15

Enquanto Heber J. Grant estava no Havaí, a secre-


tária geral da Sociedade de Socorro, Amy Brown Lyman,
voltou de uma palestra proferida em uma conferência de
assistentes sociais profissionais. Nos três anos anterio-
res, ela havia participado de conferências semelhantes
para aprender os métodos mais em voga a fim de aju-
dar os pobres e necessitados. Ela acreditava que novas
abordagens poderiam ajudar a melhorar o trabalho
de caridade realizado pela Sociedade de Socorro, que

228
Fontes de luz e esperança

ultimamente dependia cada vez mais de organizações


externas, como a Cruz Vermelha, para auxiliar os santos
em dificuldades.16
Amy se interessara pelo serviço social anos antes,
quando seu marido, Richard Lyman, estava estudando
engenharia em Chicago. Na época, muitos cidadãos
reformistas dos Estados Unidos defendiam soluções
científicas para a pobreza, a imoralidade, a corrupção
política e outros problemas sociais. Amy trabalhou
com várias instituições de caridade enquanto estava
em Chicago, o que a inspirou a promover iniciativas
semelhantes em Utah.17
A junta geral da Sociedade de Socorro havia nomeado
Amy para dirigir o recém-formado Departamento
de Serviço Social da Igreja a fim de supervisionar a
assistência aos santos necessitados, treinar membros
da Sociedade de Socorro em métodos modernos de
auxílio e coordenar o trabalho com outras organizações
beneficentes. Essa nomeação coincidiu com o serviço
de Amy no Comitê Consultivo Social da Igreja, que era
composto por membros dos Doze e representantes de
cada organização da Igreja, e que buscava melhorar o
estado de espírito e o bem-estar temporal dos membros
da Igreja.18
Depois de retornar da conferência sobre serviço
social, Amy tentou pôr em prática o que havia apren-
dido. Mas nem todas na junta geral da Sociedade de
Socorro se entusiasmaram. Como alguns assistentes
sociais eram remunerados, Susa Gates acreditava que

229
Com Coragem, Nobreza e Independência

era uma forma de comercializar algo que deveria ser


voluntário. Temia também que o serviço social substi-
tuísse o padrão revelado da Igreja para a caridade, no
qual os bispos tinham a responsabilidade de coletar e
distribuir a ajuda aos necessitados. Mas o que mais a
preocupava era o fato de o serviço social parecer se
concentrar no bem-estar material em detrimento do
crescimento espiritual dos filhos de Deus, um dos pilares
da Sociedade de Socorro.19
A junta ponderou os pontos de vista de Susa e Amy
e, por fim, concordou com uma proposta conciliadora.
Concluiu que organizações como a Cruz Vermelha não
deveriam tomar a dianteira no cuidado dos santos neces-
sitados, pois esse era o dever sagrado da Sociedade de
Socorro. Ainda assim, foi aprovado o treinamento das
Sociedades de Socorro das alas em métodos modernos
de serviço social, empregando um número limitado de
assistentes sociais remuneradas e analisando cada soli-
citação de assistência para garantir que a ajuda estivesse
sendo distribuída a contento. Os bispos ainda eram os
principais responsáveis por decidir para onde iriam as
ofertas de jejum, mas coordenariam seus esforços com
as presidentes da Sociedade de Socorro e as assistentes
sociais.20
A partir de 1920, as irmãs da Sociedade de Socorro
passaram a ter um curso mensal sobre serviço social. O
Comitê Consultivo Social também organizou um insti-
tuto de verão de seis semanas na Universidade Brigham
Young para treinar novas assistentes sociais. Quase 70

230
Fontes de luz e esperança

representantes de 65 Sociedades de Socorro de estaca


participaram do evento. Aprenderam a avaliar as neces-
sidades de uma pessoa ou família e determinar a melhor
maneira de ajudar. Amy supervisionou as aulas do ins-
tituto sobre saúde, bem-estar familiar e assuntos corre-
latos. O instituto também recrutou uma autoridade em
serviço social da cidade de Nova York para dar palestras.
Quando o curso terminou, em julho de 1920, as
participantes receberam seis horas de crédito univer-
sitário. Para a satisfação de Amy, agora elas poderiam
retornar às suas Sociedades de Socorro locais e compar-
tilhar o que tinham aprendido, melhorando o trabalho
da organização entre os santos.21

Três meses depois do instituto de verão, o presi-


dente Grant anunciou que o apóstolo David O. McKay
viajaria pela Ásia e Oceania para conhecer melhor as
necessidades dos santos que lá residiam. “Ele fará um
levantamento geral das missões, estudará as condições
existentes, reunirá dados a respeito delas e, em suma,
obterá informações gerais”, informou o presidente Grant
ao Deseret News. Hugh Cannon, um presidente de estaca
em Salt Lake City, serviria como companheiro de viagem
do élder McKay.22
Os dois homens deixaram Salt Lake City em 4 de
dezembro de 1920, e a primeira parada foi no Japão,
onde residiam cerca de 130 santos. Depois percorreram
a península coreana e visitaram a China, onde o élder

231
Com Coragem, Nobreza e Independência

McKay dedicou a terra para o futuro trabalho missio-


nário. De lá, visitaram os santos do Havaí e observaram
uma cerimônia de hasteamento de bandeira realizada
por crianças havaianas, americanas, japonesas, chinesas
e filipinas da Escola Missionária de Laie, uma das deze-
nas de pequenas escolas de propriedade da Igreja que
o élder McKay planejara visitar durante suas viagens.23
A cerimônia inspirou o apóstolo, que tinha um
interesse especial pelas escolas da Igreja.24 O presi-
dente Grant o havia chamado recentemente para ser
comissário de educação da Igreja, um cargo novo que
complementava seu trabalho como presidente geral
da Escola Dominical. Como comissário, o élder McKay
administrava o sistema educacional da Igreja, que estava
passando por muitas mudanças.
Por mais de 30 anos, a Igreja tinha operado acade-
mias administradas por estacas no México, no Canadá
e nos Estados Unidos, bem como escolas administradas
por missões no Pacífico. Na década anterior, porém, um
grande número de jovens santos de Utah e arredores
começou a frequentar escolas públicas gratuitas. Visto
que essas instituições não ofereciam ensino religioso,
muitas estacas estabeleceram um “seminário” perto de
uma escola de Ensino Médio local para continuar a
oferecer educação religiosa aos alunos santos dos últi-
mos dias.
O sucesso do programa do seminário levou o élder
McKay a começar a fechar as academias de estaca.
Mesmo assim, ele ainda acreditava que a escola de Laie

232
Fontes de luz e esperança

e outras escolas missionárias internacionais, incluindo a


Academia da Estaca Juárez, no México, estavam fazendo
um trabalho essencial e deveriam continuar a receber
o apoio da Igreja.25
Do Havaí, eles viajaram para o Taiti e depois para
a ilha do norte da Nova Zelândia, Te Ika-a-Māui. Ali
chegando, pegaram um trem para a cidade de Huntly,
não muito longe de um grande campo onde os santos
maoris realizavam sua conferência e festival anual da
Igreja. Nenhum apóstolo jamais havia visitado a Nova
Zelândia antes, e os santos compareceram às centenas
para ouvir o élder McKay. Duas tendas grandes e várias
menores foram montadas no pasto para acomodar a
todos.
Quando o élder McKay e o presidente Cannon
chegaram à conferência, Sid Christy, neto de Hirini e
Mere Whaanga, correu a seu encontro. Sid fora criado
em Utah e só recentemente voltara para a Nova Zelândia.
Ele conduziu os dois homens em direção às tendas.
Enquanto fazia isso, ouviram gritos de boas-vindas
“Haere Mai! Haere Mai!” por toda parte ao redor deles.26
No dia seguinte, o élder McKay falou aos santos
em uma das tendas grandes. Embora muitos santos
maoris falassem inglês, ele se preocupava que algumas
pessoas da congregação não o entendessem e lamentou
não poder falar com eles em seu próprio idioma. “Vou
orar para que, enquanto falo em minha própria língua,
vocês tenham o dom de interpretação e discernimento”,
disse ele. “O Espírito do Senhor lhes dará testemunho

233
Com Coragem, Nobreza e Independência

das palavras que lhes transmito sob a inspiração do


Senhor.”27
Ao falar sobre a unidade na Igreja, o apóstolo
observou que muitos santos estavam ouvindo com
atenção. Viu lágrimas nos olhos deles e soube que
alguns foram inspirados a entender o significado de
suas palavras. Quando ele terminou, seu intérprete,
um maori chamado Stuart Meha, repassou os pon-
tos principais do sermão para os santos que não o
compreenderam.28
Alguns dias depois, o élder McKay discursou nova-
mente na conferência. Pregou sobre trabalho vicário.
Agora que um templo fora construído no Havaí, os
santos da Nova Zelândia tinham melhor acesso às orde-
nanças do templo. Mas o Havaí ainda estava a milhares
de quilômetros de distância e não poderia ser visitado
sem grande sacrifício.
“Não tenho dúvidas em meu coração de que vocês
terão um templo”, afirmou. Ele queria que os santos
se preparassem para aquele dia. “Vocês devem estar
prontos para isso.”29

No início de 1921, John Widtsoe, de 49 anos, estava


chegando ao fim de seu quinto ano como reitor da
Universidade de Utah. Depois de ser expulso da Faculdade
Agrícola de Utah em 1905 e de lecionar brevemente na
Universidade Brigham Young, voltou para a Faculdade
Agrícola como seu novo reitor. Em seguida, foi nomeado

234
Fontes de luz e esperança

reitor da Universidade de Utah em 1916 e, assim, ele e


Leah se mudaram com os três filhos para Salt Lake City.
Quando chegaram à cidade, a mãe de John, Anna,
sua tia Petroline e seu irmão, Osborne, moravam
perto uns dos outros. Osborne, que era casado e tinha
dois filhos, era o chefe do departamento de inglês da
universidade.30
Mas a convivência foi breve. Anna adoeceu no pri-
meiro semestre de 1919. Quando sua saúde piorou no
meio do ano, chamou John e Osborne para junto dela.
“O evangelho restaurado foi a grande alegria de minha
vida”, disse ela aos filhos. “Por favor, prestem esse meu
testemunho a todos os que quiserem ouvir.”
Ela morreu algumas semanas depois, com a irmã,
os filhos e os netos ao seu lado. Heber J. Grant, que
servira como presidente da Missão Europeia durante
a missão de Anna na Noruega, discursou no funeral.
Enquanto John pensava na vida de sua mãe, sentiu o
coração se encher de gratidão por ela.
“Ela fazia sacrifícios indescritíveis em favor dos seus
e daqueles que precisassem de ajuda”, registrou ele em
seu diário. “Sua devoção à causa da verdade era quase
sublime.”31
Apenas oito meses depois, Osborne sofreu uma
repentina hemorragia cerebral. Faleceu no dia seguinte.
“Meu único irmão morreu”, lamentou John. “Sinto-me
muito sozinho.”32
Em 17 de março de 1921, um ano após o funeral
de Osborne, John soube que o apóstolo Richard Lyman

235
Com Coragem, Nobreza e Independência

havia tentado falar com ele a manhã toda. John imedia-


tamente ligou para ele. “Venha ao meu escritório sem
demora”, disse Richard com urgência.33
John foi imediatamente e se encontrou com Richard
no novo prédio administrativo da Igreja.34 Eles então
atravessaram a rua até o Templo de Salt Lake, onde a
Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos
estavam em uma reunião. John se sentou com eles, sem
saber por que estava ali. Como membro da junta geral
da AMMR, não era raro se reunir com membros dos
mais altos conselhos da Igreja. Mas aquela era a reunião
regular de quinta-feira da Primeira Presidência e dos
Doze, e ele geralmente não era convidado.
O presidente Grant, que dirigia a reunião, discutiu
alguns assuntos da Igreja. Em seguida, voltou-se para
John e o chamou para preencher a vaga nos Doze
deixada pela morte recente de Anthon Lund. “Está
disposto a aceitar o chamado?”, perguntou o presi-
dente Grant.
Foi como se o tempo repentinamente parasse para
John. Um turbilhão de pensamentos sobre o futuro lhe
passou pela mente. Se aceitasse o chamado, sabia que
sua vida seria do Senhor. Sua carreira acadêmica cairia
no esquecimento apesar dos anos que ele havia dedi-
cado a ela. E as limitações pessoais dele? Seria mesmo
digno do chamado?
Mesmo assim, ele sabia que o evangelho tinha prio-
ridade em sua vida. Sem mais hesitações, respondeu:
“Sim”.35

236
Fontes de luz e esperança

O presidente Grant o ordenou imediatamente, pro-


metendo-lhe mais força e poder em Deus. Abençoou
John para ouvir os conselhos de sua mãe e sempre
ser humilde e capaz de discernir entre a sabedoria do
mundo e as verdades do evangelho. E falou sobre o
trabalho que John faria como apóstolo. “Quando você
viajar para diversas estacas ou nações do mundo”, pro-
meteu o profeta, “contará com o amor e a confiança
dos santos dos últimos dias e o respeito de pessoas de
outras religiões que cruzarem seu caminho”.36
John saiu do templo pronto para iniciar uma nova
fase de sua vida. Não seria fácil. Ele e Leah ainda tinham
dívidas, seus filhos mais velhos estavam prontos para
servir missão e ele trocaria seu salário universitário pelo
modesto auxílio financeiro que as autoridades gerais
recebiam por seu serviço de tempo integral. Mas ele
estava determinado a dar tudo o que tinha ao Senhor.37
Leah também estava disposta. “Minha vida será
bem diferente, eu sei, e eu poderia, se me permitisse,
temer as muitas separações necessárias”, disse ela ao
presidente Grant pouco tempo depois, “mas saúdo com
alegria a oportunidade de trabalhar não apenas para
meu povo como fiz no passado, mas ainda mais dire-
tamente com eles”.
“Não há arrependimento em meu coração”, acres-
centou ela, “por qualquer mudança nas finanças, na
interação com as pessoas ou nos deveres diários que
venham a recair sobre mim como esposa de um homem
que foi chamado para esse grandioso serviço”.38

237
Com Coragem, Nobreza e Independência

Susa Gates ficou extasiada quando soube do cha-


mado de seu genro para o Quórum dos Doze Apóstolos.
Seus temores iniciais de que John colocaria sua carreira
acima de sua família e da Igreja já tinham desaparecido
havia muito tempo, substituídos por um amor profundo
e duradouro por ele e a devoção que ele demonstrava
a Leah, aos filhos e ao evangelho restaurado.
Ela escreveu uma longa carta para John, deixando
vários conselhos e expressando suas esperanças naquele
novo ministério. Ainda estava preocupada com as mudan-
ças que aconteciam na Sociedade de Socorro e em outras
organizações da Igreja. “O mundo está em uma condição
de fome espiritual hoje”, disse ela a John. Ela acreditava
que cada vez mais pessoas na Igreja estavam vendo a
salvação como uma questão de desenvolvimento inte-
lectual e ético, em vez de progresso espiritual.
Exortou o genro a despertar homens e mulheres
espiritualmente adormecidos, que já tinham a “semente
da vida eterna” plantada neles. “Cabe a você cultivá-la,
já que é um exímio agrônomo”, escreveu ela. “Afinal,
existe em cada uma dessas almas um pequeno e pro-
fundo poço de verdade e amor de Deus que só precisa
se livrar dos males da inatividade mental para poder
jorrar como fontes de luz e esperança.”39
O chamado de John veio em um momento em que
Susa sentia que sua própria influência na Igreja estava
diminuindo, sobretudo devido aos novos contornos
que Amy Lyman e outras pessoas estavam conferindo à
Sociedade de Socorro. Na esperança de dar novo fôlego

238
Fontes de luz e esperança

à organização, algumas irmãs da junta da Sociedade de


Socorro até mesmo imploraram em segredo a Heber J.
Grant que desobrigasse Emmeline Wells como presi-
dente geral da organização.
Agora com 93 anos de idade, Emmeline era a única
autoridade da Igreja ainda viva que conhecera o profeta
Joseph Smith. Como estava frágil fisicamente e com pro-
blemas de saúde, muitas vezes ficava acamada e cabia
a Clarissa Williams, sua primeira conselheira, tratar dos
assuntos da Sociedade de Socorro nas reuniões da junta.
Os conselheiros de Heber e o Quórum dos Doze
Apóstolos também acreditavam que a Sociedade de
Socorro precisava de uma nova liderança. Mesmo assim,
Heber relutava em desobrigar Emmeline e pediu paciên-
cia. Todas as presidentes gerais da Sociedade de Socorro
desde Eliza R. Snow serviram até a morte. E ele amava
e admirava Emmeline. Quando sua mãe era presidente
da Sociedade de Socorro da Ala XIII de Salt Lake City
— cargo que ocupou por 30 anos —, Emmeline havia
sido sua secretária. A esposa de Heber, Emily, que fale-
cera mais de uma década antes, era membro da família
Wells, e Heber tinha uma ligação muito forte com eles.
Como ele poderia pensar em desobrigar Emmeline?40
Depois de se aconselharem mais com as irmãs da
junta geral, no entanto, a Primeira Presidência e os Doze
decidiram que era do interesse da Sociedade de Socorro
desobrigá-la. Heber fez pessoalmente a desobrigação de
Emmeline na casa dela. Apesar de ter recebido a notícia
com calma, ficou profundamente magoada.41 No dia

239
Com Coragem, Nobreza e Independência

seguinte, na conferência da Sociedade de Socorro da


primavera de 1921, Clarissa Williams foi apoiada como
a nova presidente geral da Sociedade de Socorro. A
maioria das irmãs da junta geral também foi desobrigada
e outras foram chamadas em seu lugar.42
Susa foi uma das mulheres que permaneceram na
junta geral após a reorganização. Ela acreditava que o
presidente Grant estava certo em desobrigar Emmeline,
mas estava preocupada com o que viria a seguir. Em 14
de abril de 1921, na primeira reunião da nova junta, Cla-
rissa anunciou várias mudanças na organização. A mais
significativa foi a nomeação de Amy Lyman como diretora
administrativa das atividades da Sociedade de Socorro,
encarregando-a de todas as atividades dos departamen-
tos, incluindo a publicação Relief Society Magazine. Susa
manteve seu lugar como editora do periódico, mas sob
a direção de Clarissa, e o cargo se tornou uma nomea-
ção anual. O futuro de Susa na revista não estava mais
garantido.
Preocupada com as mudanças, Susa se perguntava
se elas teriam algo a ver com suas divergências com
Amy em relação aos serviços sociais.43
Seis dias depois, Susa visitou Emmeline, que agora
quase não saía mais da cama e chorava bastante devido
à desobrigação. Suas filhas Annie e Belle permaneciam
ao seu lado constantemente, tentando consolá-la. Susa
fez o possível para alegrar a velha amiga. “Tia Em”, disse
ela, “todos amam a senhora”.

240
Fontes de luz e esperança

“Espero que sim”, respondeu Emmeline. “Se não


amarem, não posso fazer nada.”44
Ela morreu pacificamente em 25 de abril, e Susa
escreveu um tributo brilhante na revista Improvement
Era. Elogiou os muitos anos de Emmeline como poetisa,
editora do Woman’s Exponent e defensora ferrenha do
sufrágio feminino, que recentemente se tornara lei na
constituição dos Estados Unidos. Mas Susa reservou seus
maiores elogios para o trabalho de Emmeline no arma-
zenamento de grãos, uma designação que Emmeline
recebera inicialmente de Brigham Young em 1876. Os
grãos da Sociedade de Socorro, observou Susa, ajudaram
pessoas que sofriam em todo o mundo.
“A característica mais marcante da vida da senhora
Wells era sua inquebrantável força de vontade”, escre-
veu ela. “Suas ambições eram altas, seus propósitos,
elevados; mas o que permeava tudo era a fidelidade
a seu testemunho, que a preservou e fez dela uma luz
para o mundo.”45

241
C APÍTULO 15

Não peço
recompensa maior

Ao longo do ano de 1921, Heber J. Grant recebeu cartas


de David O. McKay e Hugh Cannon sobre suas viagens
pelo mundo. Após se encontrarem com os santos em
Samoa em maio, os dois estiveram em Fiji, retornaram
à Nova Zelândia e visitaram a Austrália. Depois, fizeram
paradas no Sudeste Asiático e prosseguiram para a Índia,
o Egito, a Palestina, a Síria e a Turquia.1
Enquanto estavam na cidade turca de Aintab, que
havia sido devastada pela guerra, reuniram-se com cerca
de 30 santos dos últimos dias armênios que se prepa-
ravam para abandonar suas casas. Na década anterior,
inúmeros armênios, incluindo a presidência do ramo
local e outros santos dos últimos dias, haviam sido mor-
tos em comunidades como Aintab. Os santos de Utah
haviam jejuado por eles, e a Primeira Presidência enviara

242
Não peço recompensa maior

auxílio financeiro. Porém, a violência aumentara desde


essa época, tornando cada vez mais perigosa a perma-
nência dos santos armênios no país.2
Com grande dificuldade e muita oração, o presi-
dente da missão, Joseph Booth, e o líder local, Moses
Hindoian, conseguiram passaportes para 53 pessoas. Os
santos então partiram para Alepo, na Síria, a mais de 110
quilômetros ao sul, onde havia outro ramo da Igreja. A
viagem levou quatro dias e, apesar da chuva constante,
os refugiados chegaram em segurança a seu destino.3
Em seu relatório final à Primeira Presidência, apre-
sentado após retornar aos Estados Unidos, o élder McKay
elogiou os santos de todo o mundo. Ele estava entusias-
mado com as escolas da Igreja e recomendou a contrata-
ção de professores mais capacitados e o envio de livros
didáticos e equipamentos de melhor qualidade. Após
expressar preocupação com os desafios enfrentados pelos
presidentes de missão, sugeriu que apenas os líderes mais
fortes recebessem tal designação. Recomendou também
que as autoridades gerais viajassem com mais frequência
para apoiar os santos no exterior.4
O profeta concordou com as sugestões do élder
McKay. No passado, os membros da Igreja haviam se
fortalecido ao se coligarem em Utah. No entanto, os dias
em que os líderes instavam os santos a se mudarem para
Sião haviam passado. Na verdade, desde o fim da guerra
mundial, muitos santos haviam abandonado as cidades
pequenas de Utah em busca de melhores empregos nas
cidades grandes dos Estados Unidos. Cada vez mais, os

243
Com Coragem, Nobreza e Independência

membros da Igreja em todos os lugares vinham pro-


curando apoio nos ramos e nas missões, da mesma
forma que os santos pioneiros haviam encontrado nas
alas e estacas do Oeste americano.5
Durante uma viagem ao sul da Califórnia no início
de 1922, Heber ficou impressionado com o tamanho dos
ramos da Igreja em Los Angeles e nos arredores. “A Missão
Califórnia está crescendo a passos largos”, declarou ele na
Conferência Geral de Abril de 1922. Em breve, os santos
da área estariam prontos para formar uma estaca.6
No entanto, Heber sabia que os membros da Igreja
precisavam de mais do que uma congregação forte para
se manterem fiéis à fé. Os tempos estavam mudando
e, como outros de sua geração, ele se preocupava com
a secularização e permissividade da sociedade.7 Ciente
das influências perigosas, estimulou os jovens santos a
participar do programa de Melhoramentos Mútuos da
Igreja. A AMM promovia a fé em Jesus Cristo, a obser-
vância do Dia do Senhor, a frequência à Igreja e o cres-
cimento espiritual, assim como a frugalidade e a boa
cidadania. Também incentivava os jovens a guardarem
a Palavra de Sabedoria, um princípio bastante abordado
por Heber desde que se tornara presidente da Igreja.8
“Se pudermos transformar os meninos e as meni-
nas que participam de nossas reuniões em santos dos
últimos dias”, declarou ele, “então essas associações
de melhoramentos mútuos terão cumprido seu papel,
e teremos as bênçãos do Deus Todo-Poderoso sobre
nosso trabalho”.9

244
Não peço recompensa maior

Nem todos os aspectos da vida moderna incomo-


davam Heber. Na noite de 6 de maio de 1922, ele e sua
esposa, Augusta, participaram do primeiro programa
noturno da KZN, uma emissora de rádio de propriedade
da Igreja em Salt Lake City. O rádio era uma nova tecno-
logia, e a sede da estação não passava de uma cabana
frágil de lata e madeira. Mas, com um sinal elétrico, seus
operadores instantaneamente transmitiam mensagens a
milhares de quilômetros em todas as direções.
Segurando o grande transmissor de rádio perto da
boca, Heber leu uma passagem de Doutrina e Convênios
sobre o Salvador ressurreto. Em seguida, prestou um
breve testemunho sobre Joseph Smith. Foi a primeira
vez que um profeta proclamou o evangelho restaurado
pelas ondas de rádio.10

Mais tarde naquele mês, em uma reunião sobre o


futuro da Relief Society Magazine, Susa Gates pressen-
tiu que outras mudanças estavam prestes a acontecer.
Ela era editora dessa revista desde que ela substituíra a
Woman’s Exponent em 1914. Desde o início, Susa queria
que a publicação fosse “um farol de esperança, beleza
e caridade”. No entanto, sabia que o destino da revista
não estava em suas mãos.11
Com o passar dos meses, a presidente geral da
Sociedade de Socorro, Clarissa Williams, e sua secretária,
Amy Brown Lyman, assumiram um papel maior na pro-
dução da revista, inserindo artigos sobre serviço social

245
Com Coragem, Nobreza e Independência

e a colaboração da Sociedade de Socorro com organi-


zações de caridade fora da Igreja. Susa não duvidava da
sinceridade de Amy em defender o serviço social. Temia,
porém, que Amy estivesse permitindo que a Igreja se
enredasse demais com o mundo.12
Susa orou muito para ver a situação com outros
olhos, mas sua desaprovação da nova sistemática de tra-
balho da Sociedade de Socorro a impedia de enxergar o
bem que Amy realizava. A Cruz Vermelha e outras insti-
tuições humanitárias agora encaminhavam todos os casos
relativos aos santos dos últimos dias para a Sociedade de
Socorro. Tratava-se muitas vezes de santos carentes que
haviam perdido o contato com a Igreja depois de deixa-
rem suas alas rurais para procurar trabalho na cidade. Para
cuidar desses santos, a Sociedade de Socorro frequente-
mente trabalhava lado a lado com agências médicas, edu-
cacionais e de emprego, tanto públicas quanto privadas.13
Clarissa também havia se reunido recentemente
com Amy e com a junta geral para tratar de iniciativas
voltadas à redução do número de mortes de mulheres
e bebês santos dos últimos dias durante o parto. Havia
muito tempo que a Sociedade de Socorro se concentrava
na saúde da mulher, e o parto era uma preocupação
vital daquela época. A taxa de mortalidade de mães
e recém-nascidos nos Estados Unidos era alta, o que
levou o Congresso a destinar fundos a organizações que
apoiavam as futuras mães.
Mesmo antes do repasse dessas verbas, a junta
geral da Sociedade de Socorro pediu auxílio à Primeira

246
Não peço recompensa maior

Presidência para estabelecer uma maternidade em Salt


Lake City e fornecer suprimentos médicos para as ges-
tantes em áreas mais remotas. Para financiar o programa,
a Sociedade de Socorro usou o dinheiro proveniente
da venda de grãos para o governo dos EUA durante a
guerra.14
Incapaz de se adaptar aos novos métodos e às mudan-
ças administrativas da Sociedade de Socorro, Susa pediu
desobrigação da junta geral e da Relief Society Magazine.
“Deixo meu trabalho com amor por minhas colegas”, disse
ela à junta, “e espero receber o mesmo amor”.15
Sem perder tempo, Susa se dedicou a outras
atividades. No início daquele ano, ela havia criticado
Edward Anderson, editor da Improvement Era, por ter
escrito a história da Igreja praticamente sem mencionar
as mulheres. Em resposta, Edward recomendou que
ela redigisse a história das mulheres santos dos últimos
dias. Susa já havia escrito a história da AMM das Jovens
Damas, por isso se sentiu atraída pelo projeto. A Primeira
Presidência também gostou da recomendação, e Susa
logo iniciou a empreitada.16
O apóstolo e historiador da Igreja, Joseph Fielding
Smith, filho do presidente Joseph F. Smith, convidou
Susa para ocupar uma mesa no Escritório do Historia-
dor enquanto redigia. Pouco tempo depois, levou-a
para o escritório do élder B. H. Roberts, do outro lado
do corredor. Havia uma escrivaninha, uma máquina de
escrever, um lavatório, duas cadeiras e estantes cheias
de livros e papéis.

247
Com Coragem, Nobreza e Independência

Como o élder Roberts estava em Nova York servindo


como presidente da Missão dos Estados do Leste, o élder
Smith disse que ela poderia usar a sala — e B. H. nunca
precisaria saber.
“Agradeço-Te, ó Pai!”, exclamou Susa em seu diário.
“Ajuda-me a cumprir as instruções que recebi!”17

Em 17 de novembro de 1922, Armenia Lee completou dez


anos como presidente da Associação de Melhoramentos
Mútuos das Jovens Damas da Estaca Alberta no Canadá.
Sua gestão tinha sido marcada por desafios, pois ela
precisava se deslocar a cavalo e de charrete por todo
tipo de condições climáticas para visitar as moças e suas
líderes. Os invernos eram extremamente rigorosos em
Alberta, o que exigia grande resistência e coragem de
quem se aventurava ao ar livre. No entanto, ela colocava
suas roupas mais quentes, até quase sufocar com tantas
mantas e agasalhos de lã, e saía em meio à neve e ao
gelo.
Não era nada fácil, mas ela adorava.
Nascida em Utah, Armenia tinha 19 anos quando
se casou com William Lee, um viúvo com cinco filhos
pequenos. Eles haviam se mudado para o Canadá
depois que William arranjara trabalho em uma loja em
Cardston. A mudança foi difícil para Armenia, mas ela e
William começaram uma nova vida na pequena cidade.
Tiveram mais cinco filhos juntos, abriram uma funerária
e se mudaram para uma casa com quatro cômodos.

248
Não peço recompensa maior

Então, em 1911, poucos meses antes de seu décimo


aniversário de casamento, William sofreu um AVC e mor-
reu. Armenia ainda não tinha 30 anos de idade quando
ficou viúva com dez filhos para criar.18
A morte de William foi repentina e desconcertante,
mas Armenia sentiu o Espírito do Senhor reconfortá-la
e ajudá-la a dizer: “Seja feita a Tua vontade”. Foi uma
experiência sagrada e incontestável. “Sei que há uma
vida futura, sem dúvida”, testificou ela, “e que os laços
familiares se estendem para a eternidade”.19
Menos de dois anos após a morte de William,
Armenia foi chamada para presidir a Associação de
Melhoramentos Mútuos das Jovens Damas da estaca.20
Na época, a AMMJD, voltada para moças a partir dos
14 anos, estava passando por muitas mudanças. Alguns
meses antes do chamado de Armenia, uma estaca de
Salt Lake City tinha organizado o primeiro acampamento
de verão para moças na Igreja. Assim como a AMM dos
Rapazes, a AMMJD começou a encarar a recreação como
algo benéfico para a formação do caráter. No início, as
líderes das moças consideraram a possibilidade de se
unirem a uma organização externa para meninas, assim
como a AMMR havia adotado o escotismo. No entanto,
Martha Tingey, presidente geral da AMMJD, e sua junta
preferiram desenvolver seu próprio programa.21
A conselheira de Martha, Ruth May Fox, havia
sugerido um nome para o programa: Abelhinhas. Havia
muito tempo que a colmeia era um símbolo importante
de industriosidade e cooperação para os santos de Utah.

249
Com Coragem, Nobreza e Independência

Mas só foi depois que Elen Wallace, membro da junta,


leu um livro chamado Life of the Bee [A Vida da Abelha]
— que detalhava como as abelhas trabalhavam juntas
para construir colmeias — que as líderes perceberam
como o símbolo se aplicava a sua organização.
Em pouco tempo, as moças de toda a Igreja foram
organizadas em “enxames” sob a liderança de uma
“apicultora”. Para avançar no programa, passando de
“Construtora na colmeia” a “Colhedora do mel” e, por
fim, “Guardiã das abelhas”, as moças precisavam atingir
metas em aspectos como religião, lar, saúde, atividades
domésticas, recreação ao ar livre, negócios e serviço
público.22
Armenia e suas conselheiras começaram a promo-
ver o programa Abelhinhas no verão de 1915, e logo as
alas de Cardston já estavam formando enxames de 8 a 12
meninas. Um ano depois, Armenia falou às abelhinhas
e aos rapazes da estaca sobre a importância do trabalho
do templo. O Templo de Cardston estava em construção,
e cada um daqueles jovens teria a oportunidade de rea-
lizar as ordenanças do templo quando fosse concluído.
Tal trabalho era um privilégio, declarou ela.23
Agora, seis anos depois, o templo estava quase
pronto para a dedicação. No topo de uma colina no cen-
tro da cidade, a estrutura de granito branco tinha o teto
em forma de pirâmide, rodeado por fileiras de colunas
quadradas. Assim como o templo no Havaí, o Templo
de Cardston não tinha torres que apontavam para o
céu. Em vez disso, assentava-se de maneira simétrica

250
Não peço recompensa maior

e majestosa sobre seus alicerces, sólido e inamovível


como uma montanha.24

O élder John Widtsoe segurava sua bolsa ao descer


de um trem na estação Waterloo, em Londres. Era perto
do meio-dia de 11 de julho de 1923, e a estação estava
lotada e insuportavelmente quente.25
Ele tinha vindo para a Europa continental com
Reed Smoot, seu companheiro no apostolado. Desde
a guerra, as nações escandinavas tinham se mostrado
lentas para permitir a volta dos missionários, então o
presidente Grant pediu a Reed que usasse sua posição
como senador dos Estados Unidos para interceder com
os governos da Dinamarca, Suécia e Noruega em favor
da Igreja. Como John era norueguês e dominava vários
idiomas europeus, foi chamado para acompanhar Reed
naquela missão.26
Enquanto caminhava pela plataforma da estação,
John ouviu uma voz conhecida gritar: “Lá está ele!” Ele
então ficou emocionado ao ver seu filho de 20 anos,
Marsel, que lhe deu um abraço apertado.27
Marsel, que vinha servindo na Missão Britânica
desde o ano anterior, acompanhou seu pai e o senador
Smoot até o hotel. Marsel tinha sido um bom aluno e
atleta quando jovem. E John acreditava que ele só melho-
rara na missão. “Ele está completamente apaixonado pelo
trabalho”, escreveu John mais tarde para a esposa, Leah.
“Em suma, ele foi uma boa companhia — um menino

251
Com Coragem, Nobreza e Independência

saudável, atencioso, inteligente, afetuoso e ambicioso,


que pretende tirar o máximo proveito de sua vida.”28
Depois de passar alguns dias na Inglaterra, John e
Reed seguiram para a Escandinávia com David O. McKay,
que havia sido chamado como presidente da Missão
Europeia cerca de um ano depois de retornar de sua
viagem pelo mundo. Como de costume, a desinformação
sobre a Igreja era a causa das restrições governamentais
contra ela.
Na Dinamarca, sua primeira parada, Reed concedeu
uma entrevista sobre a Igreja para um jornal de grande
circulação. As reuniões nos demais países, que incluíram
audiências com o arcebispo luterano da Suécia e com o
rei da Noruega, também foram produtivas. John credi-
tou seu sucesso à reputação de Reed. Vinte anos após
sua controversa eleição, o senador havia se tornado um
influente legislador que mantinha uma estreita amizade
com o presidente dos Estados Unidos.29
No final da designação, John informou à Primeira
Presidência que ele e Reed haviam conseguido boa
publicidade para a Igreja e convencido muitas autoridades
europeias de que suas políticas contra o trabalho
missionário estavam ultrapassadas.30 Mas aquele périplo
o havia deixado pensativo. Após uma reunião cansativa,
John se deparou com uma estátua de bronze de Jöns Jacob
Berzelius, um renomado químico sueco que ele admirava.
John se sentou perto do monumento e se pergun-
tou o que teria acontecido se ele também houvesse se
dedicado inteiramente à ciência em vez de regressar a

252
Não peço recompensa maior

Utah para ajudar a educar os santos e servir na Igreja.


“Como eu teria me regozijado se tivesse levado uma
vida como a de Berzelius”, escreveu ele para Leah mais
tarde naquela noite, “pois sei que, com a ajuda de Deus,
eu teria tido muito sucesso”.
Em vez disso, John abrira mão de sua profissão e
abandonara grande parte de suas pesquisas científicas
para servir como apóstolo de Jesus Cristo. No entanto,
não se arrependia do novo caminho que trilhara, apesar
da tristeza que sentira ao enterrar velhos sonhos.
“Não posso falar aqui sobre o que me perpassa a
alma”, disse a Leah. “Somente a promessa de uma vida
futura pode justificar certas coisas.”31

Em 25 de agosto de 1923, pouco depois do retorno


dos dois apóstolos de sua missão à Escandinávia, um
trem especial — transportando Heber J. Grant, nove
apóstolos e centenas de santos de Salt Lake City e de
outras partes da Igreja — chegou ao Canadá para a
dedicação do Templo de Cardston Alberta. Os viajan-
tes rapidamente lotaram a cidade, que quase não tinha
espaço para todos. Ainda assim, os santos canadenses
se desdobraram para receber bem os visitantes.32
Em meio à empolgação do dia, Armenia Lee teve
uma entrevista com o apóstolo George F. Richards e
seu antigo presidente de estaca, Edward J. Wood, que
havia sido chamado como presidente do novo templo.
Armenia e Edward eram amigos de longa data. Após

253
Com Coragem, Nobreza e Independência

a morte do marido, ela havia procurado muitas vezes


os conselhos e as orientações de Edward. Eles haviam
trabalhado juntos como líderes de estaca, e Edward
havia se tornado como um irmão para ela.
Assim que a reunião começou, o élder Richards
perguntou a Armenia se estava disposta a servir como
diretora do novo templo. Se aceitasse o cargo, Armenia
teria que selecionar e supervisionar as oficiantes do
templo, aconselhar as mulheres que recebessem suas
próprias ordenanças e cumprir uma miríade de outras
tarefas.
Armenia ficou atordoada e honrada com o cha-
mado. “Aceitarei esta posição com toda a humildade e
darei o melhor de mim”, declarou.33
No dia seguinte, Anthony Ivins, da Primeira
Presidência, designou Armenia por imposição de mãos
dentro do templo. Em seguida, às 10 horas da manhã, ela
participou da primeira sessão de dedicação. Ajoelhado
em um altar na sala celestial, o presidente Grant proferiu
a oração dedicatória, pedindo a Deus que santificasse o
templo e abençoasse aqueles cuja vida seria tocada pela
casa do Senhor. Invocou também uma bênção especial
para os jovens da Igreja, que eram muito queridos para
Armenia.
“Mantém a juventude de Teu povo, ó Pai, no cami-
nho estreito e apertado que conduz a Ti”, suplicou ele.
“Dá-lhes um testemunho da divindade desta obra, como
deste a nós, e os preserva na pureza e na verdade.”34

254
Não peço recompensa maior

O templo foi aberto para a realização de ordenan-


ças pouco tempo depois. Nos anos anteriores, o presi-
dente Grant havia procurado maneiras de aumentar a
frequência ao templo. Em 1922, pedira a um comitê de
apóstolos que estudasse como encurtar as sessões de
investidura, que chegavam a durar até quatro horas e
meia. Os templos agora realizavam várias sessões por
dia e haviam começado a oferecer sessões noturnas para
atender aos santos que não podiam comparecer durante
o dia. Os líderes da Igreja também haviam encerrado a
prática de realizar batismos ou bênçãos de cura no tem-
plo, concluindo que isso poderia interferir no trabalho
das ordenanças regulares.35
Uma mudança inesperada foi uma alteração no
garment do templo. O modelo de garment existente,
que se estendia até os tornozelos e pulsos e tinha cor-
dões e uma gola, não era adequado para os tipos de
roupas usadas na década de 1920. Reconhecendo que
o simbolismo do garment era mais importante do que
o estilo, a Primeira Presidência determinou a criação de
um modelo mais curto e simplificado.36
Já que seus deveres como diretora ocupavam
grande parte de seu tempo, Armenia foi desobrigada
como presidente da AMMJD da estaca. O tempo que
ela passara com as moças fora muito marcante em sua
vida, e ela sentia falta dessa convivência. No entanto, ela
descobriu uma nova alegria ao recepcionar no templo
as moças que havia conhecido na AMM quando vinham

255
Com Coragem, Nobreza e Independência

receber a investidura e ser seladas para o tempo e a


eternidade ao marido.37
A convite dos editores da Young Woman’s Journal,
Armenia publicou suas impressões ao ser desobrigada
após anos de serviço na AMMJD. “Como amo a juventude
de Sião”, escreveu ela. “Não peço recompensa maior do
que a que recebo ao ver nossas moças crescerem e se
desenvolverem até se tornaram mulheres, sempre fieis
a seu legado.”38

256
C APÍTULO 16

Escrito no céu

Quando Ernst Biebersdorf, o irmão de Anna Kullick,


falou-lhe de seus colegas de trabalho que eram santos
dos últimos dias, ela ficou intrigada. As crenças deles
a fizeram se lembrar de um sonho que sua mãe tivera
ainda na Alemanha, antes de Anna e Ernst se mudarem
com a família para Buenos Aires, Argentina, no início
da década de 1920.
Louise Biebersdorf era uma mulher profundamente
religiosa e, em seu sonho, vira um belo lugar. Embora
não lhe fosse permitido ir até lá, foi-lhe dito que um
dia ela poderia fazê-lo por meio de dois de seus filhos.
No mesmo sonho, ela aprendeu que a igreja verdadeira
viria da América.1
Anna e Ernst logo começaram a participar das
reuniões dos santos dos últimos dias em Buenos Aires,

257
Com Coragem, Nobreza e Independência

com os amigos de Ernst, que se chamavam Wilhelm


Friedrichs e Emil Hoppe.2 Após a breve missão de Parley
Pratt no Chile em 1851, a Igreja havia enviado poucos
missionários à América do Sul e não tinha presença
oficial no continente. Wilhelm e Emil, bem como
sua família, haviam se unido à Igreja na Alemanha e
levaram seus ensinamentos para Buenos Aires quando
emigraram para a Argentina — com milhares de outros
alemães, incluindo as famílias de Anna e Ernst — a fim
de escapar da crise econômica resultante da Primeira
Guerra Mundial.3
Aos domingos, os santos se reuniam em uma
pequena sala na residência de Wilhelm. Tanto Wilhelm
quando Emil não tinham autoridade do sacerdócio para
abençoar o sacramento; portanto, as reuniões eram
principalmente um momento de estudo das escrituras e
de oração. E, como não tinham órgão, o grupo cantava
hinos enquanto o filho de Wilhelm tocava bandolim.
Os santos também se reuniam às 7 horas da noite às
quintas-feiras para estudar a Bíblia na casa de Emil.
Com o crescimento da congregação, o grupo começou
a realizar uma escola dominical, na qual estudavam um
exemplar em alemão do livro Regras de Fé, de James E.
Talmage. Em pouco tempo, Anna começou a pagar o
dízimo, que Wilhelm enviava para a sede da Igreja em
Salt Lake City.
Ansioso para compartilhar o evangelho restaurado,
Wilhelm escrevia e distribuía folhetos, além de anun-
ciar as reuniões da Igreja em jornais locais em alemão.

258
Escrito no céu

Também escrevia artigos e fazia palestras sobre vários


assuntos do evangelho. Mas ele não falava espanhol, o
idioma principal da Argentina, o que limitava sua atua-
ção. Ainda assim, de vez em quando, apareciam à sua
porta alguns falantes de alemão, curiosos sobre o que
haviam lido a respeito dos santos.4
Na primavera de 1925, Anna estava pronta para
ser batizada. No início, o marido dela, Jacob, opuse-
ra-se à participação dela nas reuniões da Igreja, mas
logo ele também começou a frequentar. Seus três filhos
adolescentes estavam igualmente se interessando pelo
evangelho. Ernst, o irmão de Anna, e sua esposa, Marie,
também estavam ansiosos para ser batizados na Igreja,
mas não havia ninguém na Argentina com autoridade
para administrar a ordenança.
Com o crescimento do interesse pela Igreja, as pes-
soas que acreditavam começaram a se reunir em três
locais diferentes da cidade. A fé demonstrada por eles
inspirou Wilhelm. “Eles têm um testemunho da auten-
ticidade desta obra e desejam ser batizados assim que
surgir a oportunidade”, escreveu ele aos líderes da Igreja
em Salt Lake City.5
Pouco tempo depois, Wilhelm recebeu uma res-
posta do bispo presidente da Igreja, Sylvester Q. Cannon.
“Discutimos com a Primeira Presidência a possibilidade
de enviar missionários para a Argentina, mas até agora
não houve decisão definitiva”, explicou ele. “No entanto,
estamos em busca dos homens certos: missionários que
falem os idiomas alemão e espanhol.”6

259
Com Coragem, Nobreza e Independência

A carta deixou Anna, Ernst e sua família esperan-


çosos. Todos queriam saber quando os missionários
iam chegar ao país.7

Nessa época, muitos norte-americanos brancos


estavam preocupados com as mudanças em curso nos
Estados Unidos. Milhões de afro-americanos e imigran-
tes estavam se mudando para cidades do norte dos
Estados Unidos a fim de escapar da discriminação e
procurar empregos melhores. Sua presença incomo-
dou muitos brancos da classe trabalhadora, que tinham
medo de perder o emprego para os recém-chegados.
Conforme o ressentimento crescia, grupos de ódio como
a Ku Klux Klan, que usavam o anonimato e a violência
para perseguir os negros e outras minorias, ganharam
adeptos em todo o país.8
Heber J. Grant observou com consternação a
propagação dos grupos de ódio. Décadas antes,
membros da Klan haviam agredido missionários no sul
dos Estados Unidos em algumas ocasiões. Embora tais
ataques aos santos tivessem cessado, relatos recentes
das ações da Klan causavam preocupação.
“Os inúmeros açoitamentos, assassinatos e lin-
chamentos perpetrados por essa organização são uma
mancha na história do Sul”, escreveu o presidente da
Missão dos Estados do Sul para o presidente Grant
em 1924. “Não houve condenações por esses crimes.
O espírito de anarquia e violência que assola o Sul

260
Escrito no céu

é exatamente o mesmo que inspirou os ladrões de


Gadiânton.”9
Durante a década de 1920, grupos de ódio ganha-
ram alento com o racismo generalizado, que estava
disseminado em todas as regiões dos Estados Unidos e
em outras partes do mundo. Em 1896, a Suprema Corte
dos EUA havia decidido que as leis estaduais que permi-
tiam a segregação de americanos brancos e negros em
escolas, igrejas, banheiros, vagões ferroviários e outros
espaços públicos eram legais. Além disso, romances e
filmes populares rebaixavam os negros e outros grupos
raciais, étnicos e religiosos por meio de estereótipos
prejudiciais. Nos Estados Unidos e em outros lugares,
poucas pessoas acreditavam que os negros e brancos
deveriam ter convívio social.10
Na Igreja, as alas e os ramos estavam oficialmente
abertos a todas as pessoas, sem distinção de raça.
No entanto, nem todas as congregações acatavam a
diretriz. Em 1920, Marie e William Graves, um casal de
negros santos dos últimos dias, foram bem recebidos
e plenamente integrados em seu ramo na Califórnia.
No entanto, quando Marie visitou um ramo no sul dos
Estados Unidos, foi convidada a se retirar por causa da cor
de sua pele. “Nunca fiquei tão magoada em toda a minha
vida”, escreveu ela em uma carta ao presidente Grant.11
Para preparar a Terra para o retorno do Senhor, os
líderes da Igreja sabiam que o evangelho restaurado deveria
ser ensinado a todas as nações, tribos, línguas e povos.
Durante décadas, os santos haviam pregado ativamente

261
Com Coragem, Nobreza e Independência

entre outras pessoas de cor — como os indígenas das


Américas, nativos da Oceania e latino-americanos. Porém,
obstáculos seculares como o racismo os impediam de
levar o evangelho para todo o mundo.
No caso de Marie Graves, a Primeira Presidência
não pediu à congregação que a integrasse, temendo que
a oposição aos códigos raciais do Sul colocasse em risco
tanto os santos negros quanto os brancos. Os líderes
da Igreja também não encorajavam o proselitismo ativo
entre as comunidades negras, uma vez que a Igreja
restringia a ordenação ao sacerdócio e as bênçãos do
templo a pessoas de ascendência africana.12
Algumas pessoas na Igreja procuravam exceções a
essa norma. Durante sua visita à Oceania, o élder David
O. McKay havia escrito ao presidente Grant perguntando
se seria possível abrir uma exceção para um santo negro
dos últimos dias que se casara com uma polinésia e
constituíra uma família numerosa na Igreja.
“David, sou tão solidário quanto você”, respondeu
o presidente Grant, “mas, até recebermos uma revelação
do Senhor a esse respeito, temos que seguir as normas
da Igreja”.13
A partir do início dos anos 1900, os líderes da Igreja
haviam ensinado que qualquer santo que tivesse ascen-
dência negra africana, por menor que fosse, teria res-
trições. No entanto, incertezas a respeito da identidade
racial de alguns santos geravam disparidades na aplica-
ção da regra. Nelson Ritchie, filho de uma mulher negra
e um homem branco, pouco sabia sobre a história de

262
Escrito no céu

seus pais quando ele e sua esposa, Annie, uma mulher


branca, se filiaram à Igreja em Utah. Ele tinha a pele
clara, e muitos de seus filhos eram considerados bran-
cos. Quando duas de suas filhas estavam prontas para
o casamento, entraram no templo e receberam as orde-
nanças de investidura e selamento.
Posteriormente, porém, quando Nelson e Annie
desejaram ser selados, o bispo questionou Nelson sobre
sua ascendência. Nelson lhe contou o que sabia sobre
seus pais, e o bispo levou o caso à Primeira Presidência
e ao Quórum dos Doze Apóstolos, que lhe devolveram
o caso e deixaram a decisão a seu critério. No final, o
bispo afirmou que Nelson e Annie eram bons santos dos
últimos dias, mas se recusou a dar a Nelson uma reco-
mendação para o templo por causa de sua ascendência.14
Embora muitos santos concordassem com os pre-
conceitos raciais da época, a maioria desaprovava as
organizações que usavam o anonimato, a ilegalidade
e a violência para oprimir os outros. Após a expansão
da Ku Klux Klan em Utah no início da década de 1920,
o presidente Grant e outros líderes da Igreja a censu-
raram na conferência geral, usando sua influência para
detê-la. Poucos membros da Igreja chegaram a fazer
parte do grupo. Quando um líder da Klan quis agendar
uma reunião com líderes da Igreja, o presidente Grant
se recusou a atendê-lo.15
“Não consigo entender”, observou o profeta em
abril de 1925, “o que levaria um portador do sacerdócio
a desejar integrar a Ku Klux Klan”.16

263
Com Coragem, Nobreza e Independência

Em meados de 1925, Heber J. Grant e muitas outras


pessoas mundo afora acompanharam com atenção o
caso de John Scopes, um professor de ciências do Ensino
Médio que tinha sido processado no sul dos Estados
Unidos por ensinar que humanos e macacos evoluíram
a partir de um ancestral comum.17
O julgamento do caso Scopes expôs uma grande
divisão entre as igrejas cristãs. Alguns cristãos “modernistas”
acreditavam que a Bíblia não deveria ser tratada como
autoridade em questões científicas. Segundo eles, era
a ciência que fornecia subsídios mais confiáveis para
compreender o mundo natural, e professores como
Scopes deveriam ter toda a liberdade de ensinar a
evolução nas escolas, sem medo de represálias. Os cristãos
“fundamentalistas”, por outro lado, viam a Bíblia como a
verdade final e absoluta de Deus. Para eles, era blasfêmia
afirmar que a humanidade, a mais elevada criação de Deus,
evoluíra a partir de formas de vida menos avançadas.18
Heber tinha grande respeito pela ciência moderna
e por cientistas como os apóstolos James E. Talmage e
John Widtsoe, que haviam se destacado em suas áreas
de atuação e mantido a fé no evangelho restaurado.
Assim como eles, Heber estava aberto à descoberta
de novas verdades fora das escrituras e acreditava na
compatibilidade entre a ciência e a religião.19
Mas ele se preocupava com os jovens santos dos
últimos dias que haviam abandonado a fé enquanto
estudavam ciências nas faculdades e universidades. Na
juventude, ele havia sido ridicularizado por um cientista

264
Escrito no céu

por acreditar no Livro de Mórmon. O homem chamara


atenção para uma passagem de 3 Néfi, na qual a voz de
Deus se fez ouvir amplamente entre os sobreviventes das
destruições ocorridas na época da Crucificação de Cristo.
O cientista apontava a impossibilidade de uma voz ter
tanto alcance e afirmava que qualquer um que acredi-
tasse o contrário era um tolo. Anos mais tarde, quando
a invenção do rádio mostrou que a voz pode percorrer
grandes distâncias, Heber ficou de alma lavada.20
Durante o julgamento do caso Scopes, Heber e seus
conselheiros decidiram publicar uma versão resumida
de “A origem do homem”, artigo publicado pela Primeira
Presidência em 1909.21 Em vez de condenar o ensino da
teoria da evolução, como faziam os fundamentalistas, o
artigo reafirmava o ensinamento bíblico de que Deus
criara o homem e a mulher à Sua própria imagem.
Também proclamava a doutrina única da Restauração
de que todas as pessoas viveram como filhos espirituais
de Deus antes de nascerem na Terra e que esses filhos e
essas filhas espirituais haviam crescido e se desenvolvido
ao longo do tempo.
“O homem, como espírito, foi gerado por pais
celestiais, nasceu e foi criado até a maturidade nas man-
sões eternas do Pai”, testificou a Primeira Presidência.
A declaração terminava salientando outro tipo de
mudança que ocorria ao longo do tempo — algo que
dizia respeito ao futuro. “Assim como o jovem filho de
um pai e uma mãe terrenos tem o potencial de, no devido
tempo, tornar-se um homem”, declarava, “o descendente

265
Com Coragem, Nobreza e Independência

— ainda em estado bruto — de pais celestiais é capaz


de, mediante a experiência adquirida ao longo de eras
e mais eras, evoluir até se tornar um Deus”.22
Três dias depois que a Primeira Presidência publi-
cou sua declaração, o júri do caso Scopes emitiu o
veredicto. John Scopes foi considerado culpado e con-
denado a pagar uma multa de 100 dólares.23 Depois
disso, quando as pessoas escreviam para Heber per-
guntando qual era a opinião da Igreja sobre a evolu-
ção, ele enviava uma cópia da declaração da Primeira
Presidência. Não era preciso dizer às pessoas em que
deviam acreditar. A verdade podia ser julgada por seus
frutos, ressaltou ele, conforme Jesus ensinara no Sermão
da Montanha.24

Quando Len Hope tinha cerca de 17 anos de idade,


passou duas semanas participando de reuniões de rea-
vivamento batista perto de sua casa no Alabama, no
sul dos Estados Unidos. À noite, depois dos cultos, o
jovem negro voltava para casa, deitava-se nos campos
de algodão e contemplava o céu. Dirigia-se a Deus
suplicando fé, mas pela manhã a única recompensa
por seus esforços eram roupas molhadas de orvalho.
Após um ano, Len decidiu ser batizado em uma
igreja local. Pouco depois, porém, sonhou que preci-
sava ser batizado novamente. Confuso, começou a ler a
Bíblia de tal forma que seus amigos ficaram preocupa-
dos. “Se você não parar de ler tanto assim, vai acabar

266
Escrito no céu

enlouquecendo”, advertiram eles. “O hospício já está


cheio de pregadores.”
Mas Len não parou. Um dia, aprendeu que o Espírito
Santo poderia levá-lo à verdade. Seguindo o conselho
de um pregador, retirou-se para um bosque a fim de
orar em uma velha cabana abandonada escondida em
um emaranhado de arbustos. Lá, chorou durante horas,
suplicando a Deus que lhe concedesse o Espírito Santo.
Pela manhã, estava disposto a ficar sem comida ou bebida
até receber aquela dádiva. Mas então o Espírito o dissuadiu
daquela ideia. Somente alguém com a autoridade de
Deus poderia lhe conferir o Espírito Santo.
Pouco tempo depois, enquanto Len aguardava
respostas para suas muitas orações, um missionário
santo dos últimos dias entregou à irmã dele um folheto
sobre o plano de salvação de Deus. Len leu o panfleto
e acreditou na mensagem. Também ficou sabendo que
os missionários santos dos últimos dias tinham autori-
dade para conferir o dom do Espírito Santo àqueles que
aceitavam o batismo.
Após procurar os élderes, Len perguntou se eles
poderiam batizá-lo.
“Sim, com prazer”, respondeu um dos missionários,
“mas, se eu fosse você, leria um pouco mais”.25
Len recebeu exemplares do Livro de Mórmon, de
Doutrina e Convênios, da Pérola de Grande Valor e
de outros livros da Igreja — e leu todos prontamente.
Porém, antes de poder ser batizado, foi convocado para
lutar na guerra mundial. O exército o enviou para o

267
Com Coragem, Nobreza e Independência

exterior, onde serviu corajosamente no fronte. Depois


de voltar para casa no Alabama, foi batizado por um
membro local da Igreja em 22 de junho de 1919 e final-
mente recebeu o dom do Espírito Santo.26
Algumas noites após seu batismo, uma multidão de
homens brancos veio chamá-lo na casa onde ele estava
hospedado. “Só queremos conversar com você”, disse-
ram eles. Nas mãos, porém, traziam rifles e espingardas.
Len saiu da casa. Ele era um homem negro no sul
dos Estados Unidos, onde turbas armadas às vezes impu-
nham a segregação racial com violência. Eles poderiam
feri-lo ou matá-lo ali mesmo e talvez nunca respondes-
sem pelo crime.27
Alguém da multidão exigiu saber por que Len
havia se tornado santo dos últimos dias. O estado do
Alabama permitia que negros e brancos participassem
juntos de cultos religiosos, mas também tinha um
rigoroso conjunto de leis segregacionistas e códigos
sociais implícitos para manter a separação das raças
em locais públicos. Como quase todos os santos dos
últimos dias no Alabama eram brancos, a multidão
considerava o batismo de Len uma afronta à segregação
racial profundamente enraizada na região.28
“Então você atravessou o oceano e está se achando
muito esperto”, prosseguiu o homem, referindo-se
ao serviço militar de Len. “Agora quer andar com os
brancos.”
“Eu estava conhecendo a Igreja muito antes de
ir para a guerra”, respondeu Len. “Descobri que era a

268
Escrito no céu

única verdadeira igreja na face da Terra. Foi por isso


que me filiei.”
“Queremos que você remova seu nome dos regis-
tros”, exigiu a turba. “Caso contrário, vamos enforcá-lo
numa árvore e cravá-lo de balas.”29
Na manhã seguinte, Len participou de uma con-
ferência com outros santos da região e lhes relatou a
ameaça do populacho. Ele sabia que estava se arriscando
ao ir à reunião, mas estava disposto a morrer por sua fé
recém-descoberta.
“Irmão Hope, não poderíamos remover seu nome
nem se quiséssemos”, tranquilizaram-no os membros
da Igreja. “Seu nome está em Salt Lake City e também
está escrito no céu.” Muitos deles se ofereceram para
ajudar Len caso a multidão viesse atrás dele de novo.30
Mas a turba nunca mais voltou. Pouco depois, Len
se casou com uma mulher chamada Mary Pugh em
1920, e eles se mudaram para Birmingham, uma grande
cidade no centro do Alabama. O tio de Mary, que era
pastor batista, previu que ela entraria para a Igreja até
o fim do ano.
Mary leu o Livro de Mórmon e recebeu um teste-
munho de sua veracidade. Demorou um pouco mais
que o previsto, mas, após cinco anos de casamento, ela
resolveu se filiar à Igreja. Em 15 de setembro de 1925,
a família Hope acompanhou dois missionários até uma
fonte isolada perto de Birmingham. Mary foi batizada
sem incidentes, tornando-se finalmente santo dos últi-
mos dias, como seu marido.31

269
Com Coragem, Nobreza e Independência

“Eu não poderia estar melhor”, disse ela a seu tio,


“e não conheço igreja melhor”.32

Enquanto isso, em Buenos Aires, Anna Kullick e


sua família recebiam o apóstolo Melvin J. Ballard e seus
companheiros, Rey L. Pratt e Rulon S. Wells, dos setenta,
em visita à cidade. A Primeira Presidência enviara as três
autoridades gerais à Argentina para dedicar a América
do Sul ao trabalho missionário, estabelecer um ramo
da Igreja e pregar o evangelho em alemão e espanhol
aos habitantes da cidade. A família Kullick estava espe-
rando havia meses a chegada de alguém. Os missioná-
rios eram os únicos no continente sul-americano que
tinham a devida autoridade para batizá-los na Igreja de
Jesus Cristo.33
O élder Wells falava bem alemão, e o élder Pratt era
fluente em espanhol. Porém, o élder Ballard não domi-
nava nenhum dos dois idiomas e estava com dificuldade
de se adaptar àquele novo ambiente. Tudo em Buenos
Aires — a língua, o ar quente em dezembro, as estrelas
do Hemisfério Sul — era desconhecido para ele.34
Os missionários passaram os primeiros dias na
Argentina visitando os santos alemães da cidade. Rea-
lizaram reuniões na casa de Wilhelm Friedrichs e parti-
ciparam de uma aula sobre o Livro de Mórmon na casa
de Emil Hoppe. Em 12 de dezembro de 1925, batiza-
ram Anna, Jacob e a filha de 16 anos do casal, Herta.
O irmão de Anna, Ernst, e sua esposa, Marie, também

270
Escrito no céu

foram batizados, assim como a filha adotiva de Wilhelm


Friedrichs, Elisa Plassmann. No dia seguinte, os missio-
nários ordenaram Wilhelm e Emil como sacerdotes, e
Jacob e Ernst como diáconos.35
Duas semanas depois, na manhã de Natal, os três
missionários foram para o Parque Tres de Febrero, que
era bastante conhecido na cidade por seus grandes
gramados verdes, lagos azuis e serenos bosques de
salgueiros-chorões. Ao encontrarem um local reservado,
os homens cantaram hinos e depois baixaram a cabeça
enquanto o élder Ballard dedicava o continente à obra
do Senhor.
“Giro a chave, destranco e abro a porta para a pre-
gação do evangelho em todas as nações sul-americanas”,
orou ele, “e ordeno que seja repreendido todo poder
que se oponha à pregação do evangelho nestas terras”.36
Assim que a Missão Sul-Americana foi oficialmente
aberta, os missionários e membros trabalharam juntos
para compartilhar o evangelho com seus vizinhos. Herta
Kullick, que sabia espanhol, às vezes falava do evan-
gelho a seus amigos de língua castelhana na escola. O
élder Ballard e o élder Pratt, por sua vez, iam de porta
em porta para distribuir panfletos e convidar pessoas
para as reuniões da Igreja. O trabalho era cansativo. Mui-
tas vezes os missionários precisavam percorrer longas
distâncias através de descampados ou estradas lama-
centas em todo tipo de clima.37
Em janeiro de 1926, o élder Wells voltou para casa
por causa de problemas de saúde, então Herta ficou

271
Com Coragem, Nobreza e Independência

responsável por ajudar o élder Ballard e o élder Pratt


a se comunicarem com os santos alemães. O élder
Ballard preparava uma mensagem para os santos em
inglês, que o élder Pratt traduzia para o espanhol e
Herta, para o alemão. Era um processo complicado e
às vezes muito engraçado, mas os missionários eram
gratos pela ajuda dela.38
Durante as reuniões, os missionários gostavam
de apresentar slides usando um projetor trazido dos
Estados Unidos. Achando que seus amigos poderiam se
interessar, Herta os convidou para assistir às projeções.
Não tardou até que quase cem jovens — a maioria
falantes de espanhol — aparecessem na casa de reuniões
alugada pelos santos, e os élderes organizaram uma
escola dominical para ensiná-los.39
Os pais dos jovens, curiosos para saber o que os
filhos estavam aprendendo, começaram também a se
reunir com os santos. Certa feita, mais de 200 pessoas
lotaram a casa de reuniões para ver slides sobre a
Restauração e ouvir o élder Pratt ensinar em sua língua
materna.40
Seis meses após a chegada dos élderes Ballard,
Pratt e Wells a Buenos Aires, um presidente de missão
permanente e dois jovens missionários chegaram para
continuar o trabalho em seu lugar. O novo presidente,
Reinhold Stoof, e sua esposa, Ella, haviam se unido
à Igreja na Alemanha apenas alguns anos antes. Um
dos missionários, J. Vernon Sharp, falava espanhol, o
que permitia tanto aos sul-americanos de língua alemã

272
Escrito no céu

quanto aos de língua espanhola ouvir o evangelho em


seu próprio idioma. Pouco tempo depois da chegada
deles, a missão batizou a primeira conversa de língua
castelhana, Eladia Sifuentes.41
Em 4 de julho de 1926, pouco antes de retornar aos
Estados Unidos, o élder Ballard prestou testemunho a
uma pequena congregação de santos argentinos. “A obra
do Senhor crescerá devagar por um tempo, assim como
o carvalho cresce lentamente a partir de um bulbo”,
declarou ele. “Não brotará da noite para o dia, como o
girassol que cresce rápido e depois fenece.
Milhares se converterão aqui”, profetizou. “A obra
se dividirá em mais de uma missão e será uma das mais
fortes da Igreja.”42

273
C APÍTULO 17

Preservados um
para o outro

Enquanto a Igreja continuava a se difundir pelo mundo,


o presidente Heber J. Grant se debatia com relação ao
futuro da educação na Igreja. O custo de operação das
escolas da Igreja aumentara dez vezes nos 25 anos ante-
riores. Algumas iniciativas haviam gerado economias,
como a substituição do caro sistema de escolas de estaca
pelo programa do seminário. No entanto, a Universidade
Brigham Young, a Universidade dos Santos dos Últimos
Dias e outras faculdades da Igreja estavam crescendo.
Se essas instituições quisessem oferecer a mesma quali-
dade de educação que a Universidade de Utah e outras
faculdades locais mantidas pelo estado, precisariam de
mais recursos do que os fundos de dízimo poderiam
proporcionar.1

274
Preservados um para o outro

As despesas eram uma fonte de inquietação con-


tínua para o profeta. “Desde que me tornei presidente,
nada tem me preocupado mais do que isso”, disse ele
à Junta Geral de Educação da Igreja em fevereiro de
1926. Só a Universidade Brigham Young pretendia gas-
tar mais de um milhão de dólares com a expansão do
campus. “Está além de nossas possibilidades”, declarou
o presidente Grant. “É isso.”2
Alguns membros da junta partilhavam a preocupa-
ção do profeta e defendiam o fechamento de todas as
faculdades e universidades da Igreja, inclusive a BYU.
Mas os apóstolos David O. McKay e John Widtsoe, que
tinham estudado em escolas da Igreja e servido como
comissários de educação da Igreja, contestaram esse
posicionamento, afirmando que os jovens adultos pre-
cisavam das escolas da Igreja devido à importante edu-
cação religiosa que elas ofereciam.
“Essas instituições foram estabelecidas por causa
da influência que teriam sobre nossos filhos”, afirmou
o élder McKay em uma reunião de junta em março. Ele
acreditava que as faculdades e universidades da Igreja
eram cruciais para transformar os jovens em santos dos
últimos dias fiéis.
O élder Widtsoe concordou. “Reconheço o valor
das faculdades da Igreja na formação de um homem”,
disse ele. “Acho que a Igreja cometeria um grave erro
se não mantivesse um estabelecimento de ensino
superior.”3

275
Com Coragem, Nobreza e Independência

Por volta dessa época, o conselheiro do presi-


dente Grant, Charles W. Nibley, encontrou-se com
William Geddes, um membro da Igreja de Idaho, ao
norte de Utah. Norma e Zola, filhas de William, esta-
vam entre os santos dos últimos dias que frequen-
tavam a Universidade de Idaho. O pequeno ramo
delas se reunia em um velho salão alugado, onde os
moradores da cidade às vezes realizavam bailes nas
noites de sábado. Quando Norma e Zola chegavam
à Igreja na manhã de domingo, o lugar cheirava a
cigarro e havia lixo e garrafas de bebidas alcoólicas
vazias espalhadas pelo chão.4
William desejava que houvesse uma capela melhor
para suas filhas perto da faculdade. “A universidade
nunca conseguirá atrair estudantes santos dos últimos
dias”, disse ele ao presidente Nibley, “a menos que haja
instalações melhores”.5
O presidente Grant e a junta de educação
examinaram a situação em Idaho ao discutirem o
futuro da educação na Igreja. Decidiram continuar a
custear a Universidade Brigham Young, mas retirando
gradualmente o financiamento da maioria das demais
faculdades da Igreja. A Igreja também começaria a
ministrar educação religiosa aos estudantes, ampliando
o seminário para o nível universitário. A junta testaria
o novo programa na Universidade de Idaho. Bastava
encontrar alguém que pudesse se mudar para Moscow,
a pequena cidade onde ela se situava.6

276
Preservados um para o outro

Em outubro, a Primeira Presidência se reuniu com


Wyley Sessions, um ex-agente agrícola da Universidade
de Idaho que havia acabado de voltar de seu serviço
como presidente da Missão Sul-Africana. Eles o haviam
indicado para um cargo em uma empresa açucareira
local, mas, enquanto a Primeira Presidência conversava
com ele sobre a oportunidade, o presidente Nibley fez
uma pausa e se voltou para o profeta.
“Estamos cometendo um erro”, disse ele.
“Receio que sim”, concordou o presidente Grant.
“Não me sinto bem com a ideia de contratar o irmão
Sessions para a empresa açucareira.”
A sala ficou em silêncio por um minuto. Em seguida,
o presidente Nibley anunciou: “Irmão Sessions, você é
o homem que devemos enviar à Universidade de Idaho
para cuidar de nossos rapazes e nossas moças que estão
estudando lá e para avaliar a situação e nos indicar o
que a Igreja deve fazer pelos alunos santos dos últimos
dias matriculados em universidades estaduais”.
“Ah não, irmãos”, respondeu Wyley. “Estão me cha-
mando para outra missão?” Sua designação na África
do Sul durara sete anos, e ele e sua esposa, Magdalen,
haviam ficado quase sem nenhum tostão.
“Não, irmão Sessions, não vamos chamá-lo para
outra missão”, riu o profeta. “Estamos lhe dando uma
excelente oportunidade para prestar um esplêndido
serviço à Igreja.” Acrescentou então que seria uma opor-
tunidade profissional — um cargo remunerado.

277
Com Coragem, Nobreza e Independência

Wyley se pôs de pé com ar de tristeza. O presidente


Nibley foi até ele e lhe segurou o braço.
“Não fique decepcionado”, disse ele. “É isto que o
Senhor deseja de você.”7

A neve cobria Salt Lake City no Ano-Novo de 1927,


mas um belo sol entrava pelas janelas da casa da família
Widtsoe, diminuindo a sensação de frio.8 Eudora, de
14 anos, era a única filha que ainda morava com os
pais, mas a família estava toda reunida para as festas
de fim de ano, e Leah estava radiante por ter os filhos
por perto.
Marsel, com 24 anos, estava noivo e a poucos meses
de se formar na Universidade de Utah. Ele esperava
poder ir em breve para a Universidade de Harvard,
como seu pai, e talvez estudar administração de empre-
sas.9 Sua irmã mais velha, Ann, por sua vez, havia se
casado recentemente com Lewis Wallace, um jovem
advogado santo dos últimos dias, e se mudara com
ele para Washington, D.C. No entanto, uma profunda
saudade de casa a trouxera de volta a Utah, e Leah
estava preocupada com ela. Ainda assim, tanto Leah
quanto John eram gratos pela bondade e misericórdia
do Senhor para com sua família.10
À medida que o novo ano avançava, John voltou
a se ocupar de seus deveres nos Doze, e Leah passava
seu tempo livre ajudando sua mãe com um novo projeto
literário.11 Durante anos, Leah havia visto Susa reunir

278
Preservados um para o outro

informações e anotar histórias sobre seu pai, Brigham


Young, com o objetivo de um dia publicar sua bio-
grafia. Porém, algum tempo antes, Leah havia notado
que, embora sua mãe estivesse avançando em outros
manuscritos, como sua história das mulheres santos dos
últimos dias, deixara de lado a biografia.
“Mãe, e o livro sobre seu pai?”, perguntou Leah um
dia. “Parou de escrevê-lo?”
“Está além das minhas forças”, respondeu Susa.
“Quando se está ao lado de uma montanha, é impossí-
vel descrevê-la a contento, pois a proximidade atrapalha
a visão.”
“Ainda assim, é algo que a senhora tem que fazer”,
insistiu Leah. “Um dia a senhora deve escrever esse livro
sobre seu pai, e terei prazer em ajudá-la.”12
Desde essa época, Susa havia escrito dois enormes
manuscritos sobre Brigham Young e pedido a Leah que
a ajudasse a transformá-los em uma biografia única e
coesa. Leah achou trabalhoso e às vezes enfadonho,
mas sabia que a mãe precisava de seu auxílio. Susa
era uma escritora nata, com uma mente privilegiada e
opiniões fortes. Leah, por sua vez, ajudava a estrutu-
rar o texto da mãe e conferia um toque de elegância.
Juntas na casa de Susa, elas faziam um ótimo trabalho
em equipe.13
Na manhã de 23 de maio de 1927, a rotina de Leah
foi interrompida repentinamente quando chegou uma
carta de Preston, Idaho, onde Marsel estava lecionando
no seminário. Pouco tempo antes, depois de ajudar um

279
Com Coragem, Nobreza e Independência

motorista em apuros na beira da estrada, Marsel con-


traíra um forte resfriado. Embora seus amigos apostas-
sem em sua melhora, a febre continuava muito alta. A
pneumonia poderia se instalar em seus pulmões e pôr
em risco sua vida.14
Na mesma hora, Leah pegou um trem para Pres-
ton e logo estava ao lado de Marsel. No dia seguinte, a
febre baixou alguns graus, deixando Leah esperançosa
de que ele ia se recuperar. Porém, sem outros sinais de
melhora, os medos de Leah retornaram. John se juntou
a ela em Preston, suplicando ao Senhor que poupasse
a vida de Marsel. Chamou um de seus amigos, que era
médico, para cuidar do jovem. Outros amigos deram
bênçãos do sacerdócio a Marsel e permaneceram ao
lado dele à noite.
Exausta, Leah teve um colapso nervoso em 27 de
maio. Naquela noite, porém, Marsel mostrou sinais de
recuperação. Sua noiva, Marion Hill, chegou na manhã
seguinte. Os pulmões de Marsel pareciam estar limpos,
e a febre tornou a baixar. Porém, mais tarde naquele dia,
sua respiração ficou pesada e seu corpo, inchado. Leah
não saiu de sua cabeceira, assim como John e Marion,
durante toda a tarde. As horas se passaram, mas ele não
reagiu. Morreu naquela mesma noite.15
Leah ficou inconsolável. A morte já levara quatro
de seus filhos. Agora, seu único filho vivo, cujo futuro
parecia tão brilhante e certo no início do novo ano,
tinha partido.16

280
Preservados um para o outro

Na mesma época daquele ano, cerca de 2.500 quilô-


metros a leste de Salt Lake City, Paul Bang, de 8 anos,
estava se preparando para o batismo. Ele era o sexto
de dez filhos — quatro meninas e seis meninos. Eles
viviam em uma sala em forma de L, atrás da mercearia
de seus pais em Cincinnati, Ohio, uma movimentada
cidade de mais de 400 mil habitantes, no meio-oeste dos
Estados Unidos. Para manter certa privacidade, a família
tinha dividido o cômodo em quartos com a utilização
de cortinas. Mas ninguém tinha privacidade de verdade.
À noite, dormiam em camas dobráveis que ocupavam
tanto espaço que era difícil transitar.17
Christian Bang Sr., o pai de Paul, era da Alemanha.
Quando era pequeno, sua família se mudara para
Cincinnati, onde muitos imigrantes alemães haviam se
estabelecido durante o século 19. Em 1908, Christian
se casou com Rosa Kiefer, também filha de imigrantes
alemães. Três anos depois, Elise Harbrecht, uma amiga
de Rosa, deu-lhe um Livro de Mórmon, e ela e Christian
o leram com interesse. Após um ano de reuniões com
os missionários, eles foram batizados em uma casa
de banhos judaica, pois o rio Ohio, que ficava nas
proximidades, estava congelado.18
O ramo de Cincinnati era semelhante a muitos
ramos da Igreja no leste dos Estados Unidos. A cidade
já contara com uma próspera congregação de santos,
mas havia encolhido ao longo dos anos à medida que
cada vez mais membros da Igreja se mudavam para

281
Com Coragem, Nobreza e Independência

Utah. Na época em que os pais de Paul se filiaram à


Igreja, os santos dos últimos dias eram uma raridade
na área. Quando os missionários batizaram um menino
em 1912, centenas de pessoas foram ao rio para espiar.
Um jornal publicou um artigo sobre o batismo no dia
seguinte, avisando aos leitores que os missionários esta-
vam na área.
“Não medirão esforços para atrair abertamente mui-
tos conversos”, dizia a matéria.19
Depois de entrar para a Igreja, os pais de Paul assis-
tiam às reuniões com os missionários e alguns outros
santos em um pequeno salão alugado. Pouco depois,
um membro da Igreja se mudou para Utah, outro morreu
e dois pararam de frequentar. Christian e Rosa também
cogitaram ir para Utah, mas decidiram ficar em Ohio, já
que sua família e seus negócios estavam lá.20
Assim como outros ramos distantes de Salt Lake
City, o Ramo Cincinnati se beneficiava com a chegada
de membros da Igreja mais experientes. Logo depois
que a família Bang se uniu à Igreja, um casal de Utah,
Charles e Christine Anderson, mudou-se para Cincinnati
e começou a ir à igreja com eles.
A família Anderson recebera a investidura e o sela-
mento no templo, além de ter passado muitos anos
servindo em alas e estacas no Oeste americano. Eles
estavam entre os muitos santos que haviam deixado
Utah em busca de oportunidades em outros lugares.
Nascido na Suécia, Charles tinha inventado um novo tipo
de esfregão e viera para o leste a fim de fabricá-lo. Não

282
Preservados um para o outro

sabia nada sobre Cincinnati, exceto que era uma grande


cidade e um próspero centro de negócios. No entanto,
o presidente da Missão dos Estados do Sul o chamou
imediatamente para reorganizar e presidir o ramo. O
pai de Paul foi chamado como primeiro conselheiro.21
Não era uma época fácil para ser santo dos últimos
dias em Cincinnati. A imprensa e os manifestantes vinham
se opondo à Igreja na região havia anos. Certa vez, quando
Frank Cannon, o filho apóstata de George Q. Cannon,
realizara um comício na cidade, o jornal local havia até
chamado Cincinnati de “campo de batalha na guerra con-
tra a propagação do mormonismo na América”.22
Mesmo assim, apesar da oposição, os pais de Paul
se empenharam ao máximo para criar os filhos no evan-
gelho. Participavam das reuniões semanais na igreja e
serviam fielmente no pequeno ramo. A cada manhã, seu
pai reunia a todos para a oração familiar e para recitar o
Pai Nosso, uma prática comum entre os cristãos alemães.
Às segundas-feiras, a mãe dele geralmente convidava
os missionários para jantar. A família e os missionários
se sentavam ao redor de uma grande mesa na cozinha
anexa aos fundos da loja. Como a mãe de Paul nunca
jogava fora algo que ainda tivesse serventia, cozinhava
a comida velha da mercearia, tendo o cuidado de aparar
as partes podres das frutas, dos vegetais e das carnes
antes de servi-los. Seu pai então insistia que os missio-
nários comessem até explodir.23
A família Bang também fazia questão de batizar
cada filho assim que completasse 8 anos de idade.24 Em

283
Com Coragem, Nobreza e Independência

5 de junho de 1927, Paul e outras quatro pessoas foram


batizados em um lugar chamado Anderson’s Ferry, no
rio Ohio. Além dos pais, estavam presentes para come-
morar a ocasião o presidente Anderson e alguns de
seus amigos.
Não havia uma multidão para testemunhar o evento
nem saíram artigos no jornal. Porém, o batismo foi noti-
ciado na Liahona, the Elders’ Journal, a revista oficial
das missões norte-americanas da Igreja. O nome de Paul
até apareceu na publicação.25

Wyley e Magdalen Sessions não foram bem recebi-


dos quando chegaram à Universidade de Idaho. Moscow
ficava no norte do estado, área com baixa concentração
de membros da Igreja. Muitas pessoas tinham vindo à
região para cultivar o solo fértil ou para tentar a sorte
na mineração e na atividade madeireira. Os moradores
da região tinham um pé atrás com a Igreja, e a presença
de Wyley os tirou do sério.
“Quem é este sujeito, este tal de Sessions?”, per-
guntavam algumas pessoas. “O que veio fazer aqui? O
que é que ele quer?”26
Se alguém fizesse essas duas últimas perguntas dire-
tamente a Wyley, nem ele saberia responder ao certo.
A Primeira Presidência o havia orientado a dar assistên-
cia aos alunos santos dos últimos dias na universidade,
mas o modo de atuação ficava inteiramente a seu cri-
tério. Ele sabia que os alunos precisavam de instrução

284
Preservados um para o outro

religiosa frequente e de um novo lugar para se reuni-


rem. No entanto, além de seu trabalho como presidente
de missão, Wyley não tinha experiência com educação
religiosa. Ele se formara em agronomia. Se os estudan-
tes quisessem aprender sobre fertilizantes, ele poderia
ensiná-los. Mas ele não era um estudioso da Bíblia.27
Logo após chegar a Moscow, Wyley e Magdalen se
matricularam em programas de pós-graduação na univer-
sidade para aprofundar seus estudos e conhecer melhor
a instituição e o corpo docente. Wyley estudou filosofia
e educação, cursou algumas disciplinas de religião e da
Bíblia e começou a redigir uma tese sobre religião em
universidades estaduais norte-americanas. Magdalen,
por sua vez, optou por aulas de serviço social e inglês.
Wyley e Magdalen encontraram um aliado em C.
W. Chenoweth, chefe do departamento de filosofia, que
estava preocupado com a ausência de educação reli-
giosa nas universidades estaduais. Ele havia sido capelão
na Primeira Guerra Mundial e agora atuava como pastor
em uma igreja perto de Moscow. “Se vocês vieram a este
campus para implementar um programa religioso”, disse
ele a Wyley e Magdalen, “é melhor estarem preparados
para enfrentar a competição da universidade”.
Com o incentivo do dr. Chenoweth, o casal Sessions
elaborou planos para estabelecer um programa seme-
lhante ao seminário para estudantes santos dos últimos
dias em universidades públicas. Eles se inspiraram em
programas de educação religiosa de outras universidades,
tendo o cuidado de respeitar a separação entre a igreja

285
Com Coragem, Nobreza e Independência

e o estado. As aulas de religião precisavam atender aos


padrões do estado para cursos de nível superior, mas o
programa também tinha que ser completamente indepen-
dente da própria universidade. Quando a Igreja construiu
um edifício para as aulas, teve que ser fora do campus.28
Sabendo que a universidade não apoiaria o novo
programa enquanto ele e a Igreja não conquistassem a
confiança das personalidades locais, Wyley entrou para
a câmara de comércio e para um grupo cívico a fim
de ter contato com membros importantes da comuni-
dade. Ele descobriu que líderes empresariais, ministros
e professores locais haviam formado um comitê para
mantê-lo sob observação e se certificar de que não
estivesse tentando impor a influência da Igreja sobre a
universidade. Fred Fulton, um corretor de seguros, era
o líder do comitê. Sempre que Wyley participava de
eventos da câmara de comércio, sentava-se ao lado de
Fred e tentava fazer amizade com ele.
Em uma reunião, Fred disse a Wyley: “Seu descarado,
você é muito ousado”. Ele então confessou seu papel no
comitê. “Toda vez que nos vemos”, disse ele, “sua simpatia
é tão grande que gosto cada vez mais de você”.29
A cidade logo se mostrou mais aberta para a famí-
lia Sessions. Com a ajuda de Wyley, a Igreja encontrou
e comprou um terreno perto do campus para estabe-
lecer o centro estudantil dos santos. Depois, Wyley e
um arquiteto da Igreja procuraram a universidade e a
câmara de comércio para definir o projeto do edifício e
coordenar a aprovação e supervisão da construção. No

286
Preservados um para o outro

segundo semestre de 1927, Wyley começou a dar aulas


de religião, e a universidade concordou em conceder
créditos universitários aos participantes. Enquanto isso,
Magdalen organizou uma série de atividades sociais para
os estudantes santos dos últimos dias, como Norma e
Zola Geddes.30
Um dia, enquanto Wyley caminhava com Jay
Eldridge, decano de ensino, eles passaram em frente
ao terreno do novo centro estudantil da Igreja. “Você
foi muito esperto ao comprar esse lote”, comentou o
dr. Eldridge com Wyley. Em seguida, perguntou como a
Igreja pretendia denominar o novo programa. “Vocês não
podem chamar de seminário”, afirmou ele. “Até porque já
usaram esse nome em seus seminários do Ensino Médio.”
“Não sei”, respondeu Wyley. “Não pensei muito
sobre isso.”
O dr. Eldridge parou. “Vou lhe dizer o nome”, anun-
ciou. “O que você está vendo é o Instituto de Religião
Santo dos Últimos Dias.”
Wyley gostou da sugestão, assim como a Junta
Geral de Educação da Igreja.31

Em setembro de 1927, Leah Widtsoe se sentia espiri-


tual, mental e fisicamente exausta. A morte repentina de
seu filho Marsel a mergulhara em uma forte depressão.
“Nem sei se a vida realmente vale a pena”, disse ela a
John certo dia. “Se não fosse por seu amor, certamente
não valeria.”32

287
Com Coragem, Nobreza e Independência

Marsel havia sido enterrado em 31 de maio, no


Cemitério de Salt Lake. No dia seguinte, Leah e John
completaram 29 anos de casados, mas passaram o dia
tentando fazer uma faxina após o funeral. Amigos e
familiares os visitaram com frequência nas semanas
e nos meses seguintes, mas, mesmo com seu apoio e
amor, o processo de cura era lento.33 Eles conseguiram
se alegrar com a notícia da gravidez de sua filha Ann. No
entanto, Ann também estava infeliz em seu casamento,
de modo que decidiu ficar em Utah com os pais em vez
de voltar para junto do marido em Washington, D.C.
A depressão de Leah transformava a maioria dos
dias em uma luta. As designações de John na Igreja
exigiam viagens constantes, mas, quando estava em
casa, ele ficava sempre ao lado dela, o que trazia certo
alívio. “Oro para que sejamos preservados um para o
outro”, disse-lhe ela naquele verão. “Com você, posso
travar qualquer batalha!”34
O bebê de Ann, chamado John Widtsoe Wallace,
nasceu em 8 de agosto de 1927, tornando Leah e John
avós.35 Um mês depois, Harold Shepstone, um jornalista
inglês, conheceu a mãe de Leah durante uma visita a
Salt Lake City. Susa lhe contou tudo sobre a biografia
de Brigham Young que ela e Leah estavam escrevendo,
e ele pediu para dar uma olhada. Susa lhe confiou uma
cópia do manuscrito, e ele concordou em ajudá-la a
encontrar uma editora.
“Será uma leitura interessantíssima”, disse ele, “mas
com certeza ainda vai ser preciso resumir bastante”.36

288
Preservados um para o outro

Nem todas aquelas boas notícias foram suficientes


para levantar o ânimo de Leah. Susa a convidou para
uma viagem à Califórnia, talvez esperando que uns dias
no litoral melhorassem seu estado de espírito.37 Mas,
pouco após a compra das passagens, o presidente Grant
chamou John para ser o novo presidente da Missão
Europeia. John ficou atordoado pelo restante do dia e
mal dormiu naquela noite. A Missão Europeia era uma
das maiores e mais antigas da Igreja, e o presidente
tinha a responsabilidade de supervisionar nove outros
presidentes de missão, que estavam alocados em países
espalhados por milhares de quilômetros — da Noruega à
África do Sul. Normalmente, chamava-se para presidi-la
um apóstolo com mais experiência.38
Leah recebeu bem o novo chamado mesmo que
a afastasse de casa e de seus entes queridos em Utah.
O último ano havia sido um pesadelo, e ela precisava
de mudanças na vida. Por toda parte, ela encontrava
coisas que a faziam se lembrar de Marsel, e a partida
para a Europa lhe permitiria processar melhor o luto.
John até acreditava que o presidente Grant tinha sido
inspirado a chamá-los para a missão a fim de ajudá-los
a lidar com a perda do filho.39
A preparação se estendeu pelos dois meses seguin-
tes.40 Enquanto Leah fazia as malas, pensou em Harold
Shepstone e na biografia de Brigham Young. Determi-
nada a cobrar dele a promessa de ajudá-la a encontrar
uma editora, empacotou o manuscrito.41

289
Com Coragem, Nobreza e Independência

Em 21 de novembro, Leah e John foram designados


por imposição de mãos para a missão. Depois, voltaram
para casa a fim de dar adeus à tia de John, Petroline, que
estava com 74 anos. Leah e John haviam se oferecido a
fim de levá-la para a Europa com eles, mas ela julgava
não ter forças suficientes para isso. No entanto, estava
feliz por John ter a oportunidade de voltar à Europa
e ensinar o evangelho, assim como ela e a mãe dele
haviam feito 20 anos antes.
Mais tarde naquele dia, uma multidão foi se des-
pedir de Leah, John e sua filha, Eudora, na estação
de trem. Susa lhes entregou uma carta para ser aberta
apenas dentro do trem. “Seguirei vocês em sua jornada
e no grande trabalho que ambos realizarão”, escreveu
ela. “A tia e eu estaremos na plataforma de desembarque
quando vocês voltarem para casa, serenas, sorridentes e
exultantes pelo retorno de nossos filhos mais queridos.”
Ela também exortou Leah a se preparar para as mui-
tas dificuldades que certamente enfrentaria na missão.
“Às vezes, nosso Pai precisa ser implacável”, escreveu
ela, “quando Seus filhos necessitam adquirir experiência
por meio das tristezas, privações e lutas”.42

290
C APÍTULO 18

Em qualquer
lugar da Terra

Em dezembro de 1927, Reinhold Stoof, presidente


da Missão Sul-Americana, estava pronto para deixar a
Argentina — pelo menos temporariamente.
Dezoito meses antes, quando Reinhold chegara a
Buenos Aires, sua expectativa era trabalhar principal-
mente com imigrantes de língua alemã. Mas os alemães
na cidade estavam espalhados e era difícil encontrá-los,
o que dificultava o trabalho missionário entre eles. Para
que a Igreja crescesse como um carvalho na América
do Sul, conforme profetizara o élder Melvin J. Ballard,
Reinhold e seu pequeno grupo de missionários pre-
cisariam levar o evangelho aos falantes de espanhol.1
Nascido na Alemanha e mal sabendo falar uma
palavra de espanhol, Reinhold começou a estudar o
idioma quase imediatamente. No entanto, ainda se sentia

291
Com Coragem, Nobreza e Independência

responsável pelos alemães no continente. Ele sabia que


existiam grandes colônias alemãs no país vizinho, o Brasil.
De fato, antes de retornar aos Estados Unidos, o élder
Ballard havia recomendado o envio de missionários àquelas
comunidades para avaliar seu interesse no evangelho.
Reinhold conhecia alguns santos alemães que
viviam no Brasil e acreditava que eles poderiam ajudar
a estabelecer ramos da Igreja em suas vilas e cidades.
Visto que o trabalho entre os imigrantes alemães estava
desacelerando em Buenos Aires, parecia a hora certa
de visitar o Brasil.2
Em 14 de dezembro, Reinhold deixou um missio-
nário encarregado de conduzir o trabalho na Argentina
e viajou para o Brasil com o élder Waldo Stoddard. Sua
primeira parada foi em São Paulo, uma das maiores
cidades do país, onde eles esperavam encontrar um
membro da Igreja que havia se mudado para lá depois
de servir na Missão Suíço-Alemã. Mas sua busca não foi
bem-sucedida, e a própria cidade se mostrou desafia-
dora demais para o trabalho missionário. São Paulo tinha
muitos imigrantes alemães, mas, assim como em Buenos
Aires, eles estavam espalhados por toda a metrópole.3
Uma semana depois, Reinhold e Waldo viajaram
para Joinville, uma cidade menor no sul do Brasil. Fun-
dada por imigrantes do norte da Europa na década
de 1850, muitas pessoas que lá viviam ainda falavam
alemão. O povo era gentil e parecia interessado no
evangelho. Reinhold e Waldo distribuíram folhetos e rea-
lizaram duas reuniões na cidade. Em ambas as ocasiões,

292
Em qualquer lugar da Terra

a frequência foi de mais de cem pessoas. Os élderes


encontraram semelhante interesse quando pregaram
em outros municípios da região. No seu último dia em
Joinville, foi-lhes pedido que abençoassem duas mulhe-
res doentes.
Depois de passar três semanas em Joinville e nos
arredores, Reinhold voltou à Argentina entusiasmado
com o que encontrara no Brasil. “Trabalhar entre os
alemães em Buenos Aires será sempre um prazer”, infor-
mou ele à Primeira Presidência, “mas nem se compara
ao trabalho entre os alemães no Brasil”.
Seu desejo era enviar missionários para Joinville
imediatamente. “Sempre fui otimista em minha vida,
mas nunca deixei esse entusiasmo me impedir de ver
as sombras e os obstáculos”, admitiu ele. “Ainda assim,
repito: O sul do Brasil é o lugar!”4

Na mesma época em que Reinhold Stoof retornou


do Brasil, John e Leah Widtsoe chegaram a Liverpool,
na Inglaterra, para iniciar sua missão. Imediatamente,
matricularam Eudora em uma escola de Ensino Médio
e iniciaram sua nova vida. A mudança foi ótima para
Leah. Ela nunca servira missão nem dedicara muito
tempo a atividades fora de casa, de modo que todos
os dias traziam novidades. O trabalho missionário se
tornou natural para ela, e ela gostou muito de servir ao
lado de John, cuja carreira e cujas designações na Igreja
muitas vezes os tinham mantido separados.5

293
Com Coragem, Nobreza e Independência

Quase 30 anos haviam se passado desde que eles


tinham vindo à Europa para os estudos de John. Desde
aquela época, a Igreja havia mudado bastante em todo o
continente. Com o fim da emigração em larga escala para
Utah, cerca de 28 mil santos viviam agora na Europa,
quase metade deles de língua alemã. Críticos hostis,
como William Jarman, também tinham saído de cena, e
muitos jornais agora publicavam reportagens imparciais
sobre as conferências da Igreja ou faziam comentários
favoráveis sobre as boas ações realizadas pelos santos.6
No entanto, ao visitarem os ramos em todo o conti-
nente, John e Leah sentiam certa indiferença e frustração
entre os santos. Algumas ordenanças da Igreja, como
as do templo e as bênçãos patriarcais, não estavam dis-
poníveis na Europa. E, como a Igreja havia deixado de
promover a emigração, poucos santos europeus tinham
esperança de receber tais ordenanças.7
Outros fatores estavam dificultando o progresso.
Os missionários que vinham dos Estados Unidos eram
mais jovens e inexperientes do que seus antecessores.
Muitos deles mal falavam a língua da missão, mas na
maioria dos casos eram designados como líderes das
congregações — mesmo em lugares onde havia mem-
bros firmes, capazes e com muitas décadas de Igreja.
Contando apenas com a modesta arrecadação de dízi-
mos, aqueles ramos geralmente alugavam salas de reu-
nião em áreas degradadas da cidade, o que não servia
de chamariz para novos membros. A falta de Sociedades
de Socorro, Primárias, Associações de Melhoramentos

294
Em qualquer lugar da Terra

Mútuos e Escolas Dominicais também tornava a Igreja


menos atraente para os próprios santos dos últimos dias
e para os conversos em potencial.8
Leah, assim como John, estava ansiosa para servir
aos santos europeus. Sua principal responsabilidade era
dirigir o trabalho da Sociedade de Socorro na Europa
e, logo após chegar à Inglaterra, ela começou a escre-
ver lições da Sociedade de Socorro sobre o Livro de
Mórmon para o ano seguinte. Em sua primeira men-
sagem para as irmãs nas Ilhas Britânicas, publicada no
Millennial Star, ela reconheceu a distância em relação
à sede da Igreja, mas expressou sua visão de que Sião
não estava em um único local.
“Afinal de contas, onde está Sião?”, indagou ela.
“Sião são os ‘puros de coração’ em qualquer lugar da
Terra onde os homens escolham servir a Deus em ple-
nitude e em verdade.”9
Enquanto Leah e John viajavam pela missão, apren-
dendo mais sobre como podiam ajudar o povo da
Europa, seus pensamentos se voltavam continuamente
para seu filho Marsel. Para John, era difícil visitar a área
onde seu filho servira fielmente. No entanto, ele foi con-
solado por uma experiência que teve logo após a morte
de Marsel, quando o espírito do jovem lhe apareceu e
assegurou estar feliz e ocupado com o trabalho mis-
sionário do outro lado do véu. Com a mensagem, John
recebeu coragem para enfrentar a vida sem o filho.10
Leah também foi fortalecida pela experiência. Até
então, o conhecimento de que Marsel estava trabalhando

295
Com Coragem, Nobreza e Independência

com alegria no mundo espiritual não havia sido sufi-


ciente para tirá-la da depressão. Mas a missão mudara
sua perspectiva. “O conhecimento de que nosso filho
está em ação do outro lado do véu — assim como esta-
mos engajados na mesma grande causa do lado de cá —
é um incentivo para eu aumentar minha atividade e meu
zelo”, escreveu ela em uma carta a uma amiga de Utah.
A morte de Marsel ainda era uma lembrança dolorosa,
mas ela encontrou esperança e cura em Jesus Cristo.
“Nada além do evangelho me permitiria suportar
tal perda”, testificou ela. Agora sua fé no poder de cura
do Senhor era inabalável. “Minha fé passou no teste”,
escreveu ela. “É real.”11

No final de março de 1929, a chuva e o vento açoita-


vam a casa de Bertha e Ferdinand Sell em Joinville, Bra-
sil. Para Bertha, a tempestade chegara no pior momento
possível. Ela e Ferdinand, ambos filhos de imigrantes
alemães, vendiam leite na cidade para sustentar os sete
filhos. Como Ferdinand sofrera um acidente que o dei-
xara incapaz de fazer as entregas aos clientes, a tarefa
recaíra sobre Bertha, chovesse ou fizesse sol. E, para
piorar, ela tinha asma.12
Naquele dia, Bertha passou horas em pé, fazendo
entregas apesar do clima terrível. Voltou para casa can-
sada e, depois de atravessar a porta, viu um recorte de
jornal sobre a mesa. Ela o pegou e perguntou: “De onde
veio este jornal?” Ninguém da família sabia.

296
Em qualquer lugar da Terra

O jornal anunciava uma reunião de santos dos últi-


mos dias naquela noite em Joinville. “Que interessante!
Nunca ouvi falar dessa igreja”, comentou ela com o
marido. “Todos estão convidados a ir.”
Ferdinand não se interessou. “O que vamos fazer
em uma reunião com desconhecidos?”, perguntou ele.
“Vamos lá ver”, insistiu Bertha.
“Você está cansada”, argumentou ele. “Você já cami-
nhou muito hoje. É melhor não ir.” Além disso, era
preciso levar em conta sua saúde frágil. E se ela ficasse
esgotada ao ir à reunião?
“Mas quero ir”, respondeu ela. “Algo me diz que
devo ir.”13
Por fim, Ferdinand cedeu, e ele e Bertha caminha-
ram até a cidade com alguns dos filhos. As ruas esta-
vam cheias de lama por causa da chuva, mas a família
chegou à reunião a tempo de ouvir dois missionários
de língua alemã, Emil Schindler e William Heinz, que
falaram sobre o evangelho restaurado de Jesus Cristo. Os
élderes tinham vindo a Joinville seis meses antes com o
presidente Reinhold Stoof, que retornara ao Brasil para
abrir um ramo na cidade.
Embora alguns ministros locais tivessem tentado
colocar as pessoas contra os missionários, eles tinham
defendido rapidamente suas crenças. Distribuíram folhe-
tos e fizeram apresentações de slides sobre a Igreja que
tiveram boa frequência. Agora realizavam reuniões com
regularidade à noite, além de uma escola dominical para

297
Com Coragem, Nobreza e Independência

cerca de 40 alunos. Ainda assim, ninguém em Joinville


havia se unido à Igreja.14
Quando a reunião terminou, todos disseram “amém”
e foram embora. Quando Bertha estava saindo, teve uma
súbita crise de asma. Ferdinand correu para dentro do
salão e pediu ajuda aos missionários. Emil e William
vieram imediatamente e levaram Bertha de volta para
dentro. Impuseram as mãos sobre a cabeça dela e lhe
deram uma bênção do sacerdócio. Ela logo se recuperou
e, sorrindo, caminhou de volta para a rua.
“Eles fizeram uma oração por mim”, contou ela à
família, “e agora estou melhor”.15
Os missionários acompanharam a família até sua
casa, e Bertha imediatamente relatou o ocorrido aos vizi-
nhos. “Disto tenho certeza”, comentou ela a seus amigos.
“Esta Igreja é verdadeira.” Ela estava muito feliz. Sentia a
veracidade do evangelho.
No dia seguinte, Bertha procurou os missionários
para lhes dizer que queria ser batizada, com os filhos.
Nas duas semanas seguintes, os élderes visitaram a
família e ensinaram lições sobre o evangelho restaurado.
Ferdinand e a filha mais velha, Anita, não desejaram se
filiar à Igreja naquela época. Mas Emil e William bati-
zaram Bertha e quatro de seus filhos — Theodor, Alice,
Siegfried e Adele — em 14 de abril, no rio Cachoeira,
que ficava nas proximidades. Foram os primeiros santos
dos últimos dias batizados no Brasil.
Em pouco tempo, os amigos e vizinhos de Bertha
estavam participando das reuniões com ela, e um ramo

298
Em qualquer lugar da Terra

de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias


não tardou a ser estabelecido em Joinville.16

Na mesma época, em Cincinnati, Ohio, a igreja presbi-


teriana colocou à venda uma pequena capela de tijolos.
Ela tinha cerca de 70 anos e ficava em uma rua lateral no
extremo norte do centro da cidade. Embora não fosse
tão grande quanto outras igrejas ou sinagogas da cidade,
tinha uma bela entrada em arco, uma torre ornamentada
e várias grandes janelas de frente para a rua.17
A capela chamou a atenção de Charles Anderson,
o presidente do ramo em Cincinnati, e seus conselhei-
ros, Christian Bang e Alvin Gilliam. Assim como muitos
presidentes de ramo na Igreja, havia muito tempo que
Charles buscava um local de reunião permanente para
sua congregação. Na época, os líderes de alas e ramos em
toda a Igreja estavam ansiosos para construir ou comprar
capelas que tivessem sistemas modernos de aquecimento,
encanamento e eletricidade. Embora tivesse boas recor-
dações de todas as antigas lojas e salões que o Ramo de
Cincinnati alugara ao longo dos anos, Charles sabia que
eram meros locais temporários para os santos. Mais cedo
ou mais tarde, o ramo crescia ou o contrato de aluguel
expirava, de maneira que os santos tinham de encontrar
outro lugar para se reunirem.18
Era um ciclo cansativo. Charles sempre tentava
alugar o salão mais bonito e respeitável possível. Por
muitos anos, a Igreja não era bem vista na cidade, e

299
Com Coragem, Nobreza e Independência

algumas pessoas se recusavam terminantemente a alu-


gar imóveis para os santos dos últimos dias. A fim de
tentar mudar a opinião local sobre a Igreja, Charles
e o membros do ramo haviam realizado reuniões de
rua, organizado concertos e peças de teatro gratuitos e
convidado as pessoas às reuniões dominicais. De certa
forma, aqueles esforços foram bem-sucedidos, e as difi-
culdades para encontrar novos locais diminuíram. Mas
a frequente mudança de endereços era um empecilho
para os santos atraírem conversos na cidade.
Reconhecendo o problema, o presidente da missão
local havia aconselhado Charles a começar a procurar
uma capela permanente para os santos de Cincinnati. O
ramo contava agora com cerca de 70 pessoas, a maioria
jovens mulheres e homens das camadas mais populares
que haviam crescido na região. Eles eram novos na Igreja,
e muitos eram os únicos membros em sua família. O ramo
tinha quóruns do sacerdócio, uma Sociedade de Socorro,
uma Escola Dominical, uma Primária e uma AMM para
ajudá-los a crescer no evangelho. Só lhes faltava um lar.19
Quando Charles e seus conselheiros fizeram uma
oferta pela capela presbiteriana, o presidente da mis-
são veio a Cincinnati e inspecionou a propriedade. Ele
aprovou a compra e, com Charles, pleiteou com a sede
da Igreja os fundos necessários para adquirir e reformar
o edifício.20
Alguns ministros presbiterianos, entretanto, ficaram
indignados quando tomaram conhecimento da tran-
sação imobiliária com os santos dos últimos dias. No

300
Em qualquer lugar da Terra

passado, os presbiterianos em Cincinnati haviam parti-


cipado das iniciativas voltadas a criticar e desacreditar
a Igreja. Como a congregação poderia cogitar vender
sua capela aos santos?
Alguns presbiterianos influentes em Cincinnati
apoiaram a venda, felizes por saber que a capela ainda
seria um local de adoração. Mas os ministros fizeram
tudo ao seu alcance para impedir que os santos con-
cluíssem a compra. Vendo que seus esforços eram infru-
tíferos, pediram a Charles que completasse a transação
por meio de um intermediário para que os registros
públicos não mostrassem que os presbiterianos tinham
vendido sua capela aos santos dos últimos dias. Charles
ficou chateado com a solicitação, mas acabou concor-
dando em transferir a propriedade primeiro para um
advogado e só depois para a Igreja.21
A primavera logo findou e chegou o verão, e o
ramo iniciou a contagem regressiva para a conclusão da
reforma. A dedicação da capela prometia ser um grande
evento. Em questão de meses, os santos de Cincinnati
finalmente teriam um lugar que poderiam chamar de seu.22

Enquanto isso, na cidade de Tilsit, no nordeste da


Alemanha, Otto Schulzke, de 45 anos, era um dos poucos
presidentes de ramo no continente europeu chamados
entre os membros locais.
Otto era um homem baixo que trabalhava em uma
prisão e tinha a reputação de ser austero.23 No início

301
Com Coragem, Nobreza e Independência

daquele ano, cerca de um mês antes de receber o cha-


mado, ele havia ofendido metade do ramo ao falar com
aspereza durante uma aula da AMM. Algumas pessoas
saíram da reunião chorando. Outras responderam com
sarcasmo. Os missionários que lideravam o ramo na
época ficaram incomodados com ele.
Tanto que, antes de serem transferidos para outra
cidade, ficaram temerosos com a possibilidade de
Otto ser chamado presidente do ramo. “Ninguém vai
apoiá-lo”, comentavam entre si.24
Mas os élderes subestimaram aquele homem mais
velho e experiente. A devoção de sua família à Igreja era
bem conhecida na região. Anos antes, seu pai, Friedrich
Schulzke, ficara sabendo de relatos aterrorizantes sobre
os missionários “mórmons”, tanto que orou fervorosa-
mente para que nunca se aproximassem de sua casa
e sua família. E, quando os missionários “mórmons”
acabaram batendo à sua porta, ele os expulsou a cabo
de vassoura.
Algum tempo depois, Friedrich conheceu dois
jovens que se apresentaram como missionários de A
Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. Eles
o convidaram para uma reunião, e ele ficou tão impres-
sionado com o que ouviu que os convidou a pregar
em sua casa. Quando eles chegaram, porém, Friedrich
se assustou ao ver que um deles carregava um Livro
de Mórmon e soube imediatamente que eles perten-
ciam justamente à igreja que ele estava tentando evitar.
Mesmo assim, relutantemente deixou que pregassem, e

302
Em qualquer lugar da Terra

não demorou a saber que estava diante de mensageiros


de Deus.
Um ano depois, ele e sua esposa, Anna, uniram-se
à Igreja, e Otto e alguns de seus irmãos logo seguiram
seu exemplo.25
Quando a guerra começara em 1914, os missioná-
rios deixaram a área, e Friedrich fora chamado como o
novo presidente do ramo. Embora não fosse portador
do Sacerdócio de Melquisedeque, serviu no chamado de
modo impecável. O ramo se reunia em sua casa, onde
estudavam o evangelho e aprendiam sobre as coisas
maravilhosas que o Senhor tinha reservado para eles.
Sempre que se sentia sobrecarregado com suas res-
ponsabilidades, ajoelhava-se e pedia ajuda ao Senhor.26
Otto também já havia servido como presidente de
ramo antes, logo após a guerra. Na época, o Ramo Tilsit
ainda estava se recuperando dos efeitos do conflito,
e muitas pessoas haviam se afastado da Igreja. Otto,
devido à sua rispidez, certamente não parecia a pessoa
mais indicada para revitalizar o ramo, mas ele contrariou
todos os prognósticos negativos. Durante seu primeiro
ano como presidente, 23 pessoas em Tilsit haviam se
filiado à Igreja.27
A primeira experiência de Otto como presidente
havia durado apenas alguns anos, pois logo os missio-
nários retornaram à área e assumiram a liderança da
maioria dos ramos. Agora, visto que o élder Widtsoe
desejava tornar os ramos na Europa mais autossuficien-
tes e capazes de governar a si próprios, Otto e outros

303
Com Coragem, Nobreza e Independência

santos locais estavam sendo chamados a tomar a dian-


teira novamente.28
Mas a pergunta que não queria calar era: Estariam
os santos de Tilsit dispostos a aceitar a liderança dele
como acontecera no passado? Ou será que se recusariam
a apoiá-lo, como os missionários previram?
O ramo tinha muitos santos fiéis — cerca de 60
membros frequentavam as reuniões semanalmente —
que estavam ansiosos para servir ao Senhor. Mas, depois
de terem sido liderados por jovens missionários, talvez
não reagissem bem a um homem mais velho e rigoroso,
e que não estava ali para brincadeira.
Afinal, como presidente de ramo, Otto esperava
que os santos vivessem o evangelho. E não tinha medo
de lhes dizer isso.29

304
C APÍTULO 19

O evangelho
do Mestre

Em 9 de setembro de 1929, uma segunda-feira, um


raio danificou um poste durante uma forte tempes-
tade que castigou Cincinnati, Ohio. A descarga elétrica
gerada se propagou por um fio de alta tensão e acabou
atingindo a recém-reformada capela dos santos dos
últimos dias na zona norte da cidade. Alguns cabos
de isolamento pegaram fogo, enchendo o edifício de
fumaça. Os bombeiros chegaram logo em seguida, mas
o estrago já estava feito.
A princípio, os membros do Ramo Cincinnati fica-
ram preocupados que o incêndio tivesse destruído a
fiação da capela. Faltando menos de uma semana para
a dedicação, os santos não teriam tempo nem dinheiro
para reparar grandes danos. Porém, após uma inspeção,
descobriram que a fiação estava quase intacta. Sem

305
Com Coragem, Nobreza e Independência

tardar, puseram mãos à obra a fim de reparar e subs-


tituir alguns fios, e logo o edifício estava em perfeitas
condições de novo.1
À medida que o dia da dedicação se aproximava,
cada vez mais pessoas pareciam notar a existência da
Igreja. Em 12 de setembro, Christian Bang, o primeiro
conselheiro do ramo, tirou uma folga de sua mercearia
para dar uma entrevista a um jornal local. O repórter
sabia que os santos já haviam sido objeto de contro-
vérsias, e Christian estava disposto a esclarecer ideias
equivocadas do público sobre a Igreja.2
“A Igreja tem superado muitos preconceitos na
última década”, disse ele ao repórter. “As pessoas estão
começando a esquecer antigos mitos e a reconhecer os
ideais que defendemos.”
“Qual é sua posição atual sobre a poligamia?”, per-
guntou o repórter.
“É uma questão ultrapassada”, respondeu Christian.
“Nossa crença é estritamente ortodoxa. Acreditamos no
dízimo e vivemos essa lei, embora nossos élderes e con-
selheiros não recebam salário por seu serviço.”3
Três dias depois, os jornalistas voltaram para a dedi-
cação da capela. A alegria dos santos estava estampada
em cada rosto. Cerca de 400 pessoas, incluindo mis-
sionários de áreas próximas, lotaram a capela para a
reunião. O apóstolo Orson F. Whitney, cujos avós Newel
e Elizabeth Ann Whitney haviam se filiado à Igreja em
Ohio quase um século antes, tinha vindo de Salt Lake
City para proferir a oração dedicatória.4

306
O evangelho do Mestre

Talvez ninguém tenha ficado mais entusiasmado


naquela tarde do que o presidente do ramo, Charles
Anderson. Com a família Bang e outros membros pio-
neiros do ramo, ele e sua esposa, Christine, haviam tra-
balhado com afinco e perseverança pelo crescimento do
Ramo de Cincinnati. Quando chegou sua vez de falar à
congregação, ele relatou os muitos desafios enfrentados
para a compra e reforma da capela.
“Trabalhamos noite e dia para conseguir deixá-la
pronta para a dedicação”, declarou ele, “e ninguém
poderia estar mais orgulhoso hoje do que nós”.5
Em seu sermão, o élder Whitney relatou a visão que
Joseph Smith e Oliver Cowdery tiveram em 1836, quando
contemplaram o Salvador no Templo de Kirtland, um
vigoroso lembrete da história sagrada de Ohio. Enquanto
o apóstolo falava, o Espírito de Deus repousou sobre ele
e, quando ele terminou de narrar a visão, começou a orar.
“Deus Todo-Poderoso, nosso Pai Celestial”, disse
ele. “Que todos os que entrem nesta casa sintam a
influência do Espírito de Deus. Recompensa aqueles que
contribuíram com seus recursos para a concretização
da reforma. Manifesta o poder de Deus nesta capela.”
Pediu uma bênção para os membros do Ramo de
Cincinnati, os missionários e líderes da missão que os
serviam e todos os que viviam nas proximidades. “Der-
rama Teu Espírito sobre aqueles que estão aqui reuni-
dos”, suplicou ele, “e aceita esta nossa oferta”.
Um sentimento de paz e tranquilidade repousou
sobre os santos na capela. Antes de retornar a seu assento,

307
Com Coragem, Nobreza e Independência

o élder Whitney disse: “Sinto que, a partir deste momento,


o mormonismo será melhor compreendido e recebido
com mais afabilidade pelo povo de Ohio”.6

Em 1º de novembro de 1929, Heber J. Grant relembrou


em seu diário o dia em que substituiu o apóstolo Francis
Lyman como presidente da Estaca Tooele Utah. O ano
era 1880, e faltavam apenas algumas semanas para o
24º aniversário de Heber. O presidente John Taylor e
seus conselheiros, George Q. Cannon e Joseph F. Smith,
estavam na cidade para a conferência de estaca, e o
élder Lyman os recebera, com Heber, em sua casa.
Durante a visita, alguém — Heber não lembrava
quem — orou por “Teu servo idoso, o presidente Taylor”.
A palavra “idoso” não foi do agrado do profeta, que
estava prestes a completar 72 anos de idade. Quando a
oração terminou, ele perguntou: “Por que você não orou
por meus jovens conselheiros?” Heber nunca esquecera
o aborrecimento em sua voz.
Agora, quase meio século depois, Heber estava
prestes a completar 73 anos. “Acho que eu ficaria um
tanto surpreso se alguém orasse por ‘Teu servo idoso,
o presidente Grant’”, escreveu ele em seu diário. Ele
se sentia tão jovem quanto aos 40 anos — e até mais
saudável.
“Para mim, o fato de aparentemente não envelhe-
cermos em espírito é uma das evidências da imortali-
dade da alma”, observou.7

308
O evangelho do Mestre

Normalmente, Heber reunia os filhos e as respecti-


vas famílias para seu aniversário. Porém, alguns meses
antes, sua filha Emily morrera devido a complicações
no parto, e seu coração ainda não estava pronto para
uma festa em família. Em vez disso, ele estava se prepa-
rando para visitar as estacas no Arizona, logo ao sul de
Utah.8 Pouco antes de sua morte, Brigham Young havia
pedido a 200 voluntários que se estabelecessem no
Arizona. Desde aquela época, os santos haviam criado
dezenas de assentamentos em todo o estado, e agora
era possível encontrar membros da Igreja atuando em
altos cargos de responsabilidade na esfera cívica. Em
1927, Heber havia dedicado um templo lá para atender
aos santos do Arizona e das regiões vizinhas, incluindo
o norte do México.9
Além disso, Heber estava ansioso por uma celebra-
ção bem mais importante. Em breve, os santos come-
morariam o centenário da organização da Igreja. Com
quase 700 mil membros da Igreja espalhados em quase
1.800 alas e ramos em todo o mundo, as festividades
seriam um evento mundial. Mais de um ano antes, um
pequeno comitê liderado pelo apóstolo George Albert
Smith começara a planejar uma grande superprodução
que coincidiria com a Conferência Geral de Abril de
1930. Heber havia acompanhado os preparativos e dado
algumas sugestões pontuais.10
Partiu para o Arizona em 15 de novembro e passou
os dez dias seguintes visitando os santos e se alegrando
com o amor que demonstravam. Ao longo dos 11 anos

309
Com Coragem, Nobreza e Independência

anteriores, seus sentimentos de inadequação haviam


desaparecido. Ele não havia decepcionado a Igreja, como
temera, nem ficara aquém dos presidentes anteriores.
Pelo contrário, à medida que avançava para seu segundo
século de existência, a Igreja só crescia e florescia.11
Como presidente da Igreja, Heber havia testemu-
nhado uma revolução tecnológica que permitiu difundir
a conferência geral e outras mensagens do evangelho
pelas ondas de rádio. Agora, todos os domingos à noite,
pessoas que viviam a centenas de quilômetros de Salt
Lake City podiam sintonizar a KSL, a estação de rádio
da Igreja, para ouvir líderes e professores discursando
sobre assuntos do evangelho.12 Além disso, em julho de
1929, o Coro do Tabernáculo havia iniciado uma trans-
missão semanal de rádio através de uma rede da cidade
de Nova Iorque. O programa foi um sucesso instantâneo
em todo o país, e milhões de ouvintes conheceram
melhor a Igreja por intermédio do coro.13
Heber também havia usado sua influência como
presidente da Igreja para incentivar os santos a ensi-
nar e servir uns aos outros em suas alas e seus ramos.
Quando ele era jovem, as reuniões dominicais eram
um momento em que os santos ouviam homens proe-
minentes pregar e ensinar. Porém, sob sua direção, as
alas e os ramos haviam se tornado o centro das ativida-
des da Igreja. Agora, esperava-se que todos servissem.
Homens, mulheres e jovens davam aulas, participavam
das presidências de quórum e de classe e davam dis-
cursos na reunião sacramental.14 Muitos santos também

310
O evangelho do Mestre

haviam sido chamados como missionários de estaca


para contatar os membros da Igreja que haviam parado
de a frequentar.15 E, pela primeira vez, alas e estacas
estavam enviando grupos de jovens ao templo para
realizar batismos pelos mortos.16
Acreditando que a Igreja seria reconhecida por seus
frutos, Heber havia exortado os santos a levar uma vida
pura. Repetidas vezes, desafiou-os a guardar a Palavra
de Sabedoria com exatidão, abstendo-se de álcool, café,
chá, tabaco e outras substâncias nocivas que, por vezes,
haviam sido usadas pelas gerações anteriores de santos.
Ele tornou a obediência à Palavra de Sabedoria obrigató-
ria para a frequência ao templo e o serviço missionário,
e suplicou aos santos que pagassem o dízimo integral
e fizessem ofertas.17
Na manhã de seu aniversário de 73 anos, Heber
entreteve os alunos do Ensino Médio em Snowflake,
Arizona, com histórias sobre sua persistência para
aprender a jogar bolinhas de gude e beisebol, fazer
caligrafia e cantar. Ele contara aquelas histórias inúmeras
vezes ao longo dos anos para inspirar perseverança e
excelência, e seus ouvintes nunca pareciam se cansar
delas.18
No decorrer do dia, os olhos vívidos, a voz forte e
o passo firme de Heber eram a prova de sua invejável
saúde e resistência. Ninguém que o visse poderia dizer
que ele atravessara boa parte do estado no dia anterior,
parando oito vezes no caminho a fim de discursar para
multidões.19

311
Com Coragem, Nobreza e Independência

Naquela mesma época, no nordeste da Alemanha,


os santos do Ramo Tilsit estavam se reunindo todas as
manhãs do Dia do Senhor para a Escola Dominical. Para
contribuir para o bom andamento da reunião, o presi-
dente do ramo, Otto Schulzke, fazia tudo a seu alcance
para auxiliar o superintendente da Escola Dominical. Se
algo precisasse ser feito, como dirigir uma reunião ou
reger a música, Otto não hesitava. Agora, cada vez mais
pessoas estavam participando das aulas de domingo,
inclusive não membros da Igreja.
Helga Meiszus, de 9 anos de idade, uma das muitas
crianças que frequentavam a Escola Dominical, gos-
tava do presidente Schulzke, apesar de sua austeridade.
Desde que ela se lembrava, ele e a família dele haviam
sido parte da vida dela. Quando ela nasceu, foi ele quem
a abençoou na igreja.20
A família de Helga era um dos pilares do Ramo Tilsit.
Sua avó materna, Johanne Wachsmuth, havia conhecido
os missionários muitos anos antes. Mas foi somente
quando a família se mudou para Tilsit e conheceu alguns
santos da cidade que eles começaram a participar da
AMM e de outras reuniões da Igreja. No início, o avô
de Helga via os santos com desconfiança, mas acabou
entrando para a Igreja com a mãe, a avó, as tias e o tio
de Helga. O pai de Helga também fora batizado pouco
antes de ela nascer, mas nem ele, nem o avô dela iam
muito à igreja.
Helga gostava da Escola Dominical. Sempre havia
alguém tocando o órgão cinco minutos antes do início

312
O evangelho do Mestre

da reunião. Geralmente era a tia de Helga, Gretel, mas


ela havia emigrado para o Canadá em 1928 na esperança
de um dia conseguir ir para Utah.21 Agora, outra mulher
do ramo, a irmã Jonigkeit, tocava o prelúdio.22
A Escola Dominical de Tilsit seguia a mesma
sequência de outras escolas dominicais na Igreja. As
reuniões começavam com um hino, uma oração e outro
hino. Em seguida, os portadores do sacerdócio admi-
nistravam o sacramento em benefício das crianças que
não compareciam à reunião sacramental à noite. Então
os alunos da Escola Dominical recitavam uma escritura
juntos e faziam aulas de canto.23
Anteriormente, quem conduzia as aulas de canto era
o tio de Helga, Heinrich, mas ele também emigrara para
o Canadá alguns meses depois de Gretel. Agora era o
presidente Schulzke quem costumava conduzir aquelas
lições. Uma das canções que Helga conhecia bem era “É
tarde, a noite logo vem”, que ela cantava quando tocava
o sinal na fábrica de papel onde seu pai trabalhava, não
muito longe dali. Sempre que ela ouvia essa sirene, sabia
que algo ruim havia acontecido na fábrica e ficava preo-
cupada com seu pai.24
Quando a aula de canto terminava, eram pendura-
das cortinas para dividir o salão da Escola Dominical em
salas de aula para adultos, jovens e crianças. Nas alas, a
Escola Dominical infantil era dividida em duas classes,
uma para crianças menores e outra para maiores. Porém,
em ramos pequenos como o de Tilsit, todas se reuniam
em uma classe única.25

313
Com Coragem, Nobreza e Independência

Cerca de 15 crianças participavam das aulas com


Helga. A cada semana, aprendiam sobre Deus e Suas
obras, fé em Jesus Cristo, a Segunda Vinda, a missão de
Joseph Smith e outros assuntos do evangelho. Muitas
vezes, crianças que não eram membros da Igreja tam-
bém compareciam. Entre uma reunião da Igreja e outra,
Helga às vezes ia a cultos luteranos com seus amigos da
escola e cantava antigos hinos dessa religião. Mas seu
coração estava sempre com os santos dos últimos dias.26
Quando a aula da Escola Dominical terminava,
Helga e as outras crianças se reuniam novamente com os
santos mais velhos para o encerramento. Eles cantavam
um hino, faziam uma oração e só voltavam a se encon-
trar na reunião sacramental que ocorria naquela mesma
noite. Erika Stephani, a secretária da Escola Dominical,
registrava cada reunião em seu livro de atas.27

“O ano passado me trouxe uma quantidade inespe-


rada de trabalho”, disse Leah Widtsoe a uma amiga em
dezembro de 1929. “Só tive tempo para correr de um
lado para o outro da Europa com meu marido, visitando
e instruindo nosso povo e supervisionando o bem-estar
dos 750 jovens que estão atuando como missionários
nestas terras.”28
Não era uma reclamação. Ela amava o trabalho.29
Até aquele momento, ela e John haviam presenciado
muitas mudanças importantes na Igreja na Europa.
Cada vez mais, os portadores locais do Sacerdócio de

314
O evangelho do Mestre

Melquisedeque estavam servindo como presidentes de


ramo, o que dava mais tempo aos missionários para
compartilhar o evangelho com aqueles que nunca o
tinham ouvido. Os ramos também estavam encontrando
lugares melhores para se reunir. Em julho de 1929, os
membros da Igreja na cidade de Selbongen, no leste da
Alemanha, haviam terminado a construção da primeira
capela dos santos dos últimos dias no país. Os santos
de Liège e de Seraing, na Bélgica, assim como os santos
de Copenhague, na Dinamarca, também estavam cons-
truindo capelas. Naquela mesma época do ano, John
viajou para Praga, na Tchecoslováquia, onde havia um
pequeno grupo de santos, e dedicou aquele país ao
trabalho missionário.30
Ainda assim, por mais gratificante que fosse a vida
na missão, ela tinha seu custo. O trabalho era intenso, e
tanto Leah quanto John estavam perdendo peso. Preo-
cupada com a saúde de ambos, Leah tinha começado
a monitorar cuidadosamente a dieta deles, valendo-se
de sua formação universitária em nutrição para garantir
uma alimentação saudável. Ela se interessava também
pela saúde dos santos europeus.
Em seu primeiro ano na missão, percebeu que mui-
tas pessoas consumiam alimentos importados baratos
que forneciam poucos nutrientes para o organismo, o
que resultava em sérios problemas de saúde. Em janeiro
de 1929, ela começou a publicar uma série de lições
da Sociedade de Socorro sobre a Palavra de Sabedoria
no Millennial Star. Numa época em que o foco das

315
Com Coragem, Nobreza e Independência

discussões sobre a Palavra de Sabedoria eram as subs-


tâncias a evitar, as lições de Leah se baseavam em seu
conhecimento das escrituras e da ciência nutricional
para explicar que a ingestão de grãos integrais, frutas,
legumes e verduras, além de outros alimentos saudáveis
recomendados pela Palavra de Sabedoria, poderia nos
tornar mais fortes física, mental e espiritualmente.
Em sua primeira lição sobre a Palavra de Sabedoria,
Leah parafraseou Doutrina e Convênios 88:15 para lem-
brar aos leitores que a saúde espiritual e física eram indis-
sociáveis. “O espírito e o corpo são a alma do homem”,
relembrou ela às leitoras. “Sim, o verdadeiro evangelho
deve abranger a saúde e o vigor corporal, já que o corpo
é apenas o tabernáculo do espírito que habita dentro do
corpo e é descendente direto de nossos pais celestiais.”31
Ela e John também incentivavam os santos euro-
peus a fazer o trabalho genealógico. “Atualmente, não há
templos na Europa nos quais os santos possam realizar
as verdadeiras ordenanças do evangelho”, reconheceu
John em um artigo publicado em 19 de setembro de
1929, no Millennial Star. “Portanto”, escreveu ele, “a
principal atividade nestas terras deve ser a genealogia”.
Leah começou a escrever lições sobre genealogia
para os santos europeus, e John elaborou um programa
de intercâmbio para ajudá-los a participar do trabalho
do templo. Ele pediu a cada ramo que iniciasse uma
classe de genealogia para ajudar os santos a pesquisar
sua história familiar, preparar gráficos de linhagem e
identificar nomes para as ordenanças vicárias. Esses

316
O evangelho do Mestre

nomes seriam então enviados aos santos nos Estados


Unidos, que realizariam o trabalho do templo por eles.
Como forma de compensação por esse serviço, os san-
tos da Europa realizariam pesquisas genealógicas para
os santos americanos que não tivessem condições de
atravessar o Atlântico.32
Nessa época, Leah e John estavam tentando, com a
ajuda de Harold Shepstone, um jornalista inglês, encon-
trar uma editora para a biografia de Brigham Young
redigida pela mãe dela. Susa havia autorizado Leah e
John a fazer os cortes necessários a fim de preparar o
manuscrito para publicação. Ela disse a Leah: “O melhor
é usá-lo para a edificação do reino de Deus”.
Susa também insistiu para que Leah figurasse como
coautora. “Não vou ficar satisfeita se apenas meu nome
aparecer na biografia de meu pai”, comentou com Leah.
“Nem tenho palavras para descrever o quanto você me
ajudou, não só nesta obra, mas em tudo o que escrevi
nos últimos anos.”
Em dezembro, Harold anunciou a John e Leah
que uma grande editora britânica havia concordado
em publicar a biografia.33 A notícia era uma resposta às
orações da família e veio no final de um ano atarefado,
mas gratificante.
Leah estava muito satisfeita por poder trabalhar
como missionária ao lado de John. “Não temos a menor
pressa para voltar para casa, exceto para ver nossos
familiares e amigos”, escreveu ela em uma carta por
volta dessa época. “Sinto como se quisesse terminar

317
Com Coragem, Nobreza e Independência

meus dias em missão — buscando ativamente divulgar


as gloriosas verdades do evangelho do Mestre.”34

Na manhã do domingo, 6 de abril de 1930, o presi-


dente Heber J. Grant acordou às 5 horas da madrugada,
pronto para o dia histórico que o aguardava. As ruas ao
redor da Praça do Templo em Salt Lake City estavam
radiantes, com bandeiras e faixas coloridas para celebrar
o centésimo aniversário da organização da Igreja.35
No decorrer da semana anterior, dezenas de milha-
res de santos haviam chegado à cidade para participar
das festividades. Os hotéis estavam lotados, e muitos
moradores de Salt Lake City haviam aberto sua casa para
acomodar os visitantes. Com exceção da dedicação do
Templo de Salt Lake, nunca ocorrera algo tão grandioso
na cidade.36
Os principais jornais e revistas de todo o mundo já
estavam noticiando o centenário. Além disso, qualquer
pessoa que percorresse a rua South Temple poderia
ver em exposição na vitrine da Deseret Book, a livraria
da Igreja, a nova história dos primeiros cem anos da
Igreja — uma coleção de seis volumes escrita por B. H.
Roberts. Quando foi organizada no norte do estado de
Nova York, a Igreja quase não tinha chamado atenção.
Agora, o Deseret News estimava que a divulgação do
centenário havia chegado a cerca de 75 milhões de pes-
soas somente nos Estados Unidos. Naquela semana, o
retrato do presidente Grant apareceu na capa da revista

318
O evangelho do Mestre

Time, uma das revistas de notícias de maior circulação


dos Estados Unidos. O artigo correspondente era res-
peitoso — até mesmo elogioso — com o trabalho da
Igreja.37
A sessão de abertura da conferência geral, o prin-
cipal evento da celebração do centenário, começou às
10 horas. Como havia lugares limitados no tabernáculo,
os líderes da Igreja haviam emitido ingressos especiais
para a sessão, além de estender a conferência por mais
um dia, para que mais pessoas pudessem comparecer
presencialmente. Também organizaram reuniões adi-
cionais para quem não conseguisse ingressos, tanto no
Assembly Hall que ficava nas proximidades quanto em
vários outros edifícios por toda a cidade.
Para os santos que viviam mais longe, a rádio KSL
transmitiu a conferência para Utah e estados vizinhos,
permitindo que os santos a centenas de quilômetros
escutassem a conferência. Os santos das partes mais
distantes do mundo, que não podiam receber a transmis-
são, foram instruídos a se reunirem no mesmo horário
para comemorações menores do centenário, seguindo
o padrão da celebração em Salt Lake City.38
Quando abriu a conferência lendo um discurso
preparado pela Primeira Presidência, o coração do pre-
sidente Grant transbordou de gratidão. Semanas antes,
ele e seus conselheiros haviam enviado o discurso para
as estacas e missões na Igreja, instruindo-os a traduzi-lo
se necessário. “Neste momento”, anunciou ele, “em todo
o mundo, esta mensagem será lida por nosso povo”.

319
Com Coragem, Nobreza e Independência

No discurso, o presidente Grant e seus conselheiros


prestaram um vigoroso testemunho sobre a Restauração
do evangelho, o ministério mortal do Salvador e Seu
sacrifício redentor. Falaram da perseguição dos primei-
ros cristãos e dos séculos de confusão religiosa que
se seguiram a suas tribulações. Em seguida, prestaram
testemunho do Livro de Mórmon, da restauração do
sacerdócio, da organização da Igreja, da coligação de
Israel, do início do trabalho do templo para os vivos e
mortos, e da Segunda Vinda de Jesus Cristo.
“Exortamos nossos irmãos e nossas irmãs a colocar
seu lar em ordem a fim de que estejam preparados para
o que está por vir”, disseram eles. “Abstenham-se do mal;
façam o que é bom. Visitem os doentes, consolem os
que estão tristes, vistam os nus, alimentem os famintos,
cuidem das viúvas e dos órfãos.”39
Depois que os santos apoiaram as autoridades
gerais da Igreja, o presidente Grant acenou um lenço
branco no ar e dirigiu a congregação no Brado de
Hosana. Em suas próprias celebrações do centenário,
santos no mundo todo, às centenas de milhares, também
realizaram o rito sagrado, bradando louvores a Deus e
ao Cordeiro em sua língua materna.40
Multidões retornaram ao tabernáculo naquela noite
para a primeira apresentação de A Mensagem das Eras,
uma grandiosa apresentação que retratava a história
sagrada do mundo. A produção envolveu milhares de
atores que encenaram eventos das escrituras e da histó-
ria da Igreja, enquanto cantores e músicos interpretavam

320
O evangelho do Mestre

hinos e trechos de algumas das maiores composições


musicais de todos os tempos. Os trajes coloridos foram
confeccionados com esmero e rigor histórico. O ator
que interpretava Joseph Smith estava usando uma gola
que pertencera ao próprio profeta.41
Durante a celebração, enquanto o sol se punha,
cada um dos sete templos da Igreja foi iluminado por
novos e potentes holofotes. A grandiosidade dos edifí-
cios resplandeceu intensamente em meio à escuridão
da noite, manifestando sua beleza e solenidade por
quilômetros em todas as direções. E, em Salt Lake City,
a reluzente estátua do anjo Morôni, com sua trombeta
dourada erguendo-se acima da multidão, parecia con-
clamar os santos de todas as partes a se regozijar com
o magnífico centenário.42

321
PARTE 3

No calor da batalha
1930–1945

“Nas horas de calmaria, no calor da batalha e em


meio aos perigos do dia; nas horas de tentação, de
tristeza, de paz e de bênçãos, que oremos sempre
(…) pela força para perseverar até o fim.”

Heber J. Grant, dezembro de 1942


1930 –1945

• COPENHAGUE
• HAMBURGO
LONDRES
CHELTENHAM • • • • VARSÓVIA
BERLIM Limites, 1936

VIENA •
• • STANISLAV
PARIS •
BASILEIA

HAIFA •
• JERUSALÉM

Kauai

LAIE
Niihau Oahu •HONOLULU
Pearl Harbor •

Molokai Maui
Lanai
Kahoolawe

HILO •
Havaí
C APÍTULO 20

Tempos difíceis

Pouco depois de se formar na Faculdade Estadual


de Agricultura de Utah, Evelyn Hodges, de 22 anos,
recusou um emprego remunerado como professora
primária para se voluntariar como assistente social da
Divisão de Serviço Social da Sociedade de Socorro em
Salt Lake City.1
Seus pais não ficaram satisfeitos. Embora muito ativa
na Sociedade de Socorro, a mãe não achava que serviço
social fosse o tipo de coisa que sua filha deveria fazer.
E o pai simplesmente queria que ela permanecesse na
fazenda da família em Logan.
“Tenho uma filha viva e tenho que ser capaz de
sustentá-la”, disse ele. “Fique em casa. Faça um mestrado,
um doutorado — qualquer coisa que você quiser. Mas
fique em casa.”2

325
Com Coragem, Nobreza e Independência

Evelyn, por fim, fez um acordo com os pais. Ela


seria voluntária por nove semanas como assistente
social. Se a Sociedade de Socorro não lhe oferecesse
trabalho remunerado até então, ela voltaria para casa.
Em seu primeiro sábado em Salt Lake City, Evelyn
se apresentou na casa de Amy Brown Lyman, a pri-
meira conselheira na presidência geral da Sociedade
de Socorro e diretora do serviço social da Sociedade de
Socorro. Amy não foi recebê-la na porta. Em vez disso,
Evelyn a encontrou no segundo andar da casa, sentada
de pernas cruzadas sobre uma cama, absorta em um
projeto de costura. Estava usando um vestido amarrotado
e tinha material de costura espalhado por toda parte.
A aparência e a indiferença de Amy perturbaram
Evelyn. Ela se perguntou se havia tomado a decisão
certa de ir a Salt Lake City. Realmente queria trabalhar
para aquela mulher?3
Nas nove semanas seguintes, Evelyn descobriu que
sim. Seu trabalho como assistente social para cerca de
80 famílias a levou por toda a cidade, e ela conheceu
bem suas ruas e seus becos. No início, ela era tímida
em falar com estranhos, mas logo encontrou alegria e
satisfação em ajudar os necessitados. Quando os pais
foram buscá-la a fim de a levar para casa após o término
de suas nove semanas, ela se desesperou. A Sociedade
de Socorro ainda não havia lhe oferecido um emprego.
Evelyn estava de volta a Logan havia três dias
quando recebeu um telefonema de Amy. Uma assistente
social da Sociedade de Socorro acabara de aceitar um

326
Tempos difíceis

emprego em um hospital próximo, e Amy queria saber


se Evelyn poderia substituí-la.
“Oh sim”, disse Evelyn. Nem perguntou quanto
Amy lhe pagaria.
O pai de Evelyn não estava em casa na ocasião e
ficou desapontado quando descobriu que ela aceitara o
emprego durante sua ausência. Ela não queria aborre-
cê-lo, mas estava comprometida com sua nova carreira.4
De volta a Salt Lake City, Evelyn trabalhou direta-
mente com os bispos locais que encaminhavam viúvas,
deficientes físicos, famílias desempregadas e outras pes-
soas em situação desesperadora para a Sociedade de
Socorro.5 Sob a supervisão do bispo, ela ajudava a desen-
volver um plano de auxílio para cada situação. Também
coordenava com as alas e o governo local o fornecimento
de dinheiro aos necessitados por meio das ofertas de
jejum, de fundos da Sociedade de Socorro e das institui-
ções de caridade administradas pelo condado.
De acordo com as diretrizes da Igreja na época, as
pessoas eram incentivadas a obter ajuda do governo antes
de recorrer à Igreja, portanto muitas das famílias com
as quais Evelyn trabalhava recebiam ajuda de ambas as
fontes. Porém, a assistência geralmente era pequena, e
ela sempre perguntava às pessoas às quais atendia que
ajuda adicional os parentes, amigos ou vizinhos pode-
riam fornecer.6
Em outubro de 1929, alguns meses depois do retorno
de Evelyn a Salt Lake City, a bolsa de valores dos Estados
Unidos quebrou. No início, a queda dos preços das ações

327
Com Coragem, Nobreza e Independência

na longínqua cidade de Nova York não parecia afetar as


pessoas que Evelyn ajudava. Na primavera de 1930, de
fato, a economia parecia estar se recuperando do crash
da bolsa.7
Mas a recuperação durou pouco. Indivíduos
e empresas que tinham grandes dívidas não conse-
guiam quitá-las. As pessoas começaram a gastar menos
dinheiro, reduzindo a demanda por bens e serviços.8
O estado de Utah foi atingido de maneira especial-
mente severa. Sua economia, que dependia fortemente
da mineração e das exportações agrícolas, já estava
passando por dificuldades quando a bolsa de valores
quebrou. Quando o preço de todas as matérias-primas e
mercadorias básicas caiu, os produtores não conseguiam
ter lucro nem pagar os trabalhadores, e muitas pessoas
rapidamente perderam o emprego. Para piorar as coisas,
menos pessoas tinham dinheiro para doar a organiza-
ções de caridade a fim de ajudar os necessitados. O
dízimo e outras doações da Igreja também diminuíram.
Não muito tempo depois da celebração do cente-
nário da Igreja, Evelyn começou a ver mais famílias que
não conseguiam se sustentar. O medo estava criando
raízes no coração delas.9

Na noite de 19 de maio de 1930, William e Clara


Daniels deram as boas-vindas ao presidente da Missão
Sul-Africana, Don Dalton, em sua casa na Cidade do
Cabo. A família Daniels estava realizando uma “reunião

328
Tempos difíceis

domiciliar” para debater um capítulo de Jesus, o Cristo,


de James E. Talmage. A filha adulta de William e Clara,
Alice, também estava lá.10
A família Daniels realizava reuniões nas noites de
segunda-feira em sua casa desde 1921. As reuniões ofere-
ciam um refúgio contra a tensão racial que vivenciavam
ao seu redor. Na Cidade do Cabo, as igrejas e escolas
eram segregadas, de modo que os negros e os “de cor”,
ou mestiços, frequentavam um lugar, e os brancos, outro.
Mas a cor da pele não impedia os que queriam adorar de
frequentar as reuniões domiciliares da família Daniels.
William e Clara, que tinham ascendência negra e do
sudeste asiático, davam as boas-vindas a quem quisesse
comparecer. O presidente Dalton e os missionários que
frequentemente assistiam às reuniões eram brancos.11
William conheceu o evangelho restaurado por
intermédio de sua irmã Phyllis, que se filiou à Igreja
com o marido e se mudou para Utah no início do século
20. Alguns anos mais tarde, em 1915, William conheceu
um missionário da Igreja, cuja sinceridade e devoção
abnegada ao evangelho chamaram sua atenção.12
Pouco depois de se interessar pela Igreja, William
visitou Utah para aprender mais sobre os santos dos
últimos dias. O que ele viu o deixou impressionado.
Admirou a fé dos membros da Igreja e valorizou sua
devoção a Jesus Cristo e ao Novo Testamento. Também
se reuniu duas vezes com o presidente Joseph F. Smith,
que lhe disse que ainda não havia chegado o momento
de os homens afrodescendentes receberem o sacerdócio.

329
Com Coragem, Nobreza e Independência

As palavras do profeta perturbaram William. Embora


a igreja protestante que ele frequentava na África do Sul
fosse segregada, isso não o impedia de servir como élder
em sua congregação. Caso se filiasse aos santos dos
últimos dias, não poderia ocupar um cargo semelhante.
O presidente Smith, porém, deu a William uma bênção,
prometendo que ele seria portador do sacerdócio um
dia mesmo que fosse na vida futura. A bênção tocou
William e lhe deu esperança. Ele foi batizado em Utah
e logo voltou para sua casa na África do Sul.13
Desde aquela época, William frequentava o Ramo
Mowbray da Cidade do Cabo ao lado de membros bran-
cos. No ramo, ele prestava testemunho e fazia orações.
Também ajudou a arrecadar dinheiro para um novo órgão
para a capela.14 Ele e Clara, que se filiou à Igreja alguns
anos depois que ele foi batizado, também demonstravam
interesse especial pelos missionários. O casal costumava
oferecer refeições para dar as boas-vindas aos novos mis-
sionários, despedir-se dos élderes que partiam e celebrar
aniversários e feriados. Para ajudar os rapazes a se sen-
tirem bem-vindos em sua casa, William às vezes tocava
o hino nacional dos Estados Unidos em sua vitrola ou
organizava partidas de beisebol.15
Mas nem todos no ramo eram receptivos. William
tinha recentemente tomado conhecimento de que
alguns membros não aceitavam sua família em plena
comunhão. E o presidente Dalton soubera de visitantes
que pararam de mostrar interesse pela Igreja ao verem
uma congregação mesclada em Mowbray.16

330
Tempos difíceis

Certa vez, William disse a Clara que estava pen-


sando em deixar a Igreja. “Escute aqui”, respondeu ela,
“você foi para Salt Lake City e foi batizado. Por que
desistir agora?”17
As palavras de Clara, com as reuniões domiciliares
nas noites de segunda-feira, deram-lhe forças para man-
ter a fé apesar de suas preocupações. Naquela noite da
primavera de 1930, depois que a família Daniels e seus
convidados se revezaram na leitura de Jesus, o Cristo,
eles trocaram ideias sobre a ocasião em que o Salvador
acalmara o mar agitado pela tempestade.
A passagem os lembrou de se voltarem a Cristo nos
momentos de provação. O poder humano geralmente é
limitado. Mas Cristo pode salvar a todos com um simples
mandamento: “Cala-te, aquieta-te”.18

Pedras de granizo do tamanho de ovos de pombo


atingiram a casa da Missão Suíça-Alemanha em Basileia,
Suíça, na tarde de 24 de junho de 1930. Desde a semana
anterior, John e Leah Widtsoe estavam hospedados ali,
orientando os presidentes de missão e suas respectivas
esposas sobre as necessidades e responsabilidades dos
missionários. Todos os dias eram marcados por longas
reuniões e debates envolventes sobre a Igreja na Europa.
O forte barulho do granizo foi uma rara intrusão na
conferência.19
Leah nunca estivera tão ocupada em sua missão.
Estava encarregada de treinar as esposas dos presidentes

331
Com Coragem, Nobreza e Independência

de missão para que elas ajudassem os santos europeus


a organizar Sociedades de Socorro, Associações de
Melhoramentos Mútuos das Jovens Damas e Primárias
em seus distritos e ramos. Visto que os líderes da Igreja
estavam aconselhando os santos a permanecer em sua
terra natal para edificar Sião ao redor do mundo, Leah
acreditava que os santos locais precisavam assumir
um papel de liderança nessas organizações.20 Em
alguns ramos, os missionários estavam servindo como
presidentes de Associações de Melhoramento Mútuo
combinadas. Mas Leah pediu que cada ramo tivesse uma
AMMM com uma presidente local, duas conselheiras, uma
secretária e tantas ajudantes quantas fossem necessárias.
Além disso, não se esperava que a esposa do presi-
dente de missão supervisionasse todas as organizações
pessoalmente. Ela era apenas uma mulher e não conse-
guiria fazer todo o trabalho com eficácia. Na verdade,
se ela não delegasse responsabilidades às líderes locais,
estaria prejudicando muito as organizações. Leah queria
que os líderes da missão inspirassem e treinassem os
santos europeus para que eles mesmos fossem líderes.21
Em 27 de junho, Leah falou às mulheres sobre a
necessidade de AMMJDs mais fortes na Europa. A AMMJD
foi dividida em dois programas, as abelhinhas e as cei-
feiras. As abelhinhas era um programa de três anos para
todas as jovens de 14 anos ou mais. Depois de concluir
seu trabalho nas abelhinhas, uma jovem passava para
as ceifeiras, um programa menos estruturado projetado
a fim de prepará-la para a vida adulta. O programa das

332
Tempos difíceis

abelhinhas já contava com a participação de 2 mil meni-


nas na Europa, e Leah pediu às mulheres que promoves-
sem o programa em todas as missões.22
Ela também anunciou que a presidente geral da
AMMJD, Ruth May Fox, recentemente a autorizara a
criar uma edição europeia do manual das abelhinhas. O
manual vigente na época fora elaborado para fortalecer
as moças por meio de várias atividades em ambientes
fechados e ao ar livre. Ainda assim, parte do conteúdo
do livro fora elaborada muito especificamente para as
jovens dos Estados Unidos, tornando-o inadequado
para outras partes do mundo. Leah apresentou suas
ideias para o novo manual às esposas dos presidentes
de missão, e elas ofereceram conselhos sobre como
adaptar o manual para atender às necessidades das
moças da Europa.23
Após a conferência, Leah escreveu à Primeira
Presidência sobre seu trabalho. “Sinto que seria razoável
relatar que houve certo grau de sucesso”, observou ela.
“Em todas as missões, as mulheres estão sentindo cada
vez mais a necessidade de crescimento pessoal e a
responsabilidade de levar avante a parte que lhes cabe
nas atividades da Igreja.”
Ela sentia que ainda havia espaço para melhorias.
“As pessoas ainda não aprenderam a apoiar umas às
outras nos cargos”, escreveu ela. “Elas devem aprender
isso tanto aqui como em casa.” No ano seguinte, ela
planejava enfatizar a importância de apoiar os líderes
locais da Igreja.

333
Com Coragem, Nobreza e Independência

“Em todos os dias do ano passado, trabalhei o dia


inteiro com apenas uma hora de descanso”, acrescentou
ela. Mas ela nunca se sentira melhor. “Sinto-me bem mais
jovem e sou uma mulher bem mais feliz do que eu era
quando vim para cá”, escreveu ela. “Por isso, sou grata
ao Pai Celestial em primeiro lugar e depois a vocês,
nossos líderes e amigos.”24

Naquele outono, em Tilsit, Alemanha, Helga


Meiszus, de 10 anos, foi batizada no rio Memel. Estava
frio, mas o céu estava lindo, todo iluminado com estre-
las. Ao sair da água, Helga mal conseguia conter a ale-
gria que sentia por ser membro de A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias.25
Foi uma época agitada em sua vida. Ela havia deci-
dido estudar em uma nova escola e, a princípio, ficou
animada com a mudança. A escola ficava perto de sua
casa e muitas de suas amigas e vizinhas estariam lá. Mas
ela logo se arrependeu de sua decisão. Sua professora,
a senhorita Maul, parecia não gostar dela.
Um dia, foi solicitado a Helga que preenchesse
um formulário fornecendo à escola suas informações
pessoais. Quando leu o formulário, a senhoria Maul
escarneceu ao ver que Helga era membro da Igreja.
Embora houvesse mais membros da Igreja morando
na Alemanha do que em qualquer outro país fora dos
Estados Unidos, eles não eram muito conhecidos nem
bem vistos.

334
Tempos difíceis

“Isso não é uma religião”, disse a senhorita Maul a


Helga. “É uma seita, e maligna!”26
A palavra “seita” magoou Helga. Ela não estava acos-
tumada a ser maltratada por causa de sua religião, então
foi para casa e contou à mãe o que a senhorita Maul
dissera. A mãe simplesmente pegou uma folha de papel
e escreveu uma carta para a professora, lembrando-a de
que não era de sua conta que igreja Helga e sua família
frequentavam.
Pouco tempo depois, a senhorita Maul entrou na
sala de aula acompanhada da diretora. Todas as meni-
nas se levantaram, e a senhorita Maul se aproximou de
Helga, que estava perto da frente da classe.
“Aí está ela”, disse, apontando o dedo para Helga.
“Ela faz parte daquela seita terrível.”
A diretora ficou parada por um tempo, olhando para
Helga como se ela fosse um monstro. Helga manteve
a cabeça erguida. Ela amava sua religião e não tinha
vergonha dela.27
Depois disso, muitas amigas de Helga pararam de
brincar com ela. Quando ia para a escola ou voltava para
casa, os alunos às vezes jogavam pedras ou cuspiam nela.
Certa vez, ao voltar da aula para casa, Helga percebeu
que havia esquecido o casaco. Voltou correndo para a
escola e encontrou o casaco exatamente onde o havia
deixado. Mas, quando o pegou, viu que alguém tinha
assoado o nariz nele.28
Os colegas de Helga continuaram a intimidá-la,
mas, sempre que o faziam, ela cantava silenciosamente

335
Com Coragem, Nobreza e Independência

uma música que aprendera na igreja, e isso lhe dava


força. Em inglês, o título era “Sou um menino mórmon”,
mas na tradução alemã o texto se aplicava a todas as
crianças da Igreja:
Uma criança mórmon, uma criança mórmon,
Sou uma criança mórmon;
Posso ser invejado por um rei,
Pois sou uma criança mórmon.29

Em 30 de janeiro de 1931, Evelyn Hodges e outras


assistentes sociais da Sociedade de Socorro, em Salt
Lake City, estavam junto às janelas do segundo andar
do edifício do bispo presidente, onde o serviço social
da Sociedade de Socorro tinha seus escritórios. Na rua
abaixo, quase 1.500 manifestantes marchavam para o
norte em direção ao prédio do capitólio de Utah para
pedir à assembleia legislativa que ajudasse o crescente
número de desempregados no estado.30
Olhando para os manifestantes, Evelyn ficou sur-
presa por eles não parecerem irados nem serem mili-
tantes. Carregavam duas bandeiras americanas, além de
cartazes e faixas pedindo a outros trabalhadores que se
unissem a eles. Muitos dos manifestantes iam arrastando
os pés e de cabeça baixa em resignação. Na verdade,
pareciam tristes.31
Antes de começarem os tempos difíceis, Eve-
lyn havia trabalhado principalmente com pessoas

336
Tempos difíceis

desempregadas por problemas de saúde ou deficiências.


Agora, ela estava vendo cada vez mais trabalhadores dis-
postos a trabalhar e que simplesmente não conseguiam
encontrar emprego. Alguns deles eram trabalhadores
qualificados. Outros eram estudantes universitários ou
com pós-graduação. Muitos haviam perdido o senso de
autoestima e não queriam pedir ajuda.32
Um homem com quem ela falou havia sustentado
a esposa e os filhos por anos. A família morava em uma
casa confortável em um bom bairro. Mas, agora, ele não
conseguia encontrar um emprego e sua família estava
ficando desesperada. Chorando, ele admitiu para Evelyn
que a única comida que restava na casa era farinha e
sal. Claramente lhe doía pedir dinheiro para ajudar no
sustento de sua família, mas que escolha ele tinha?33
Evelyn lidava com casos como esse regularmente.
E, à medida que a economia piorava, a Sociedade de
Socorro não tinha condições de empregar mais do que
cinco assistentes sociais por vez, deixando Evelyn sobre-
carregada de trabalho. Muitas vezes, ela podia fazer
pouco mais do que avaliar rapidamente a situação de
uma pessoa antes de preencher um formulário para
fornecimento de alimentos básicos, assistência com o
aluguel de um mês ou um pouco de carvão no inverno.34
A presidente geral da Sociedade de Socorro, Louise
Y. Robison, e suas conselheiras se reuniam regularmente
com o Bispado Presidente para organizar o trabalho de
bem-estar entre os santos. Da mesma maneira, os bis-
pos e as líderes da Sociedade de Socorro trabalhavam

337
Com Coragem, Nobreza e Independência

juntos em suas alas para identificar as pessoas com


dificuldades e prover suas necessidades básicas. Os
governos locais e algumas empresas também buscavam
maneiras criativas de manter os trabalhadores alimen-
tados e empregados. Um armazém administrado pelo
condado distribuía comida de graça em Salt Lake City. A
prefeitura criou empregos temporários, como remover
neve ou cortar lenha, para dar trabalho a mais de 10
mil desempregados.
Mesmo assim, os líderes da Igreja e da comunidade
rapidamente perceberam que seus esforços e recursos
combinados não eram suficientes para lidar com a crise
econômica.35
Evelyn logo passou a trabalhar mais horas ainda
com Amy Brown Lyman e as outras assistentes sociais
da Sociedade de Socorro. Às vezes, os dias pareciam
nunca ter fim. Os dias da semana e os fins de semana
costumavam se misturar. Como os registros do serviço
social eram confidenciais, Evelyn procurava trabalhar
nos casos apenas no escritório. Mas, à medida que suas
responsabilidades aumentavam, ela passou a levar os
registros para casa em uma pasta a fim de que pudesse
trabalhar nas tardes de sábado ou aos domingos.
As demandas da carreira de Evelyn eram exaustivas
e afetaram sua saúde. Mas ela não conseguia esquecer
o rosto triste daqueles homens e mulheres desolados,
que marchavam em direção ao prédio do capitólio do
estado. A assembleia legislativa em grande parte igno-
rou os apelos da população e se recusou a oferecer

338
Tempos difíceis

benefícios aos desempregados. Agora, a imagem da


desesperança e o desespero deles estavam gravados
em sua mente. Ela sentia vontade de chorar sempre
que pensava nisso.36

339
C APÍTULO 21

Um entendimento
mais perfeito

Na primavera de 1931, John e Leah Widtsoe deixaram


a Europa por alguns meses para visitar a família, reunir-se
com os líderes da Igreja e assistir à conferência geral. A
filha deles, Ann, esperava-os na estação ferroviária de
Utah. Na ausência deles, ela havia se reconciliado por
enquanto com o marido e agora esperava o terceiro filho.
A mãe de Leah, Susa Gates, também estava lá, pronta para
recebê-los em casa, como prometera fazer quando eles
partiram três anos antes. Seu aniversário de 75 anos seria
dali a dois dias, e John e Leah chegaram bem a tempo
para uma celebração na casa da irmã de Leah, Emma
Lucy, e seu marido, Albert Bowen.1
Infelizmente, a tia de John, Petroline, falecera dois
anos antes, após uma longa doença. Ann e Rose, a

340
Um entendimento mais perfeito

viúva do irmão de John, Osborne, estiveram ao lado


dela quando ela faleceu.2
Durante a permanência de John em Utah, sua agenda
estava repleta de reuniões com os líderes da Igreja. A
Primeira Presidência e o Quórum dos Doze Apóstolos
estavam lidando com uma diferença de pontos de vista
entre o apóstolo Joseph Fielding Smith e B. H. Roberts,
que agora era o membro sênior do primeiro conselho
dos setenta. O élder Roberts tinha escrito “The Truth,
The Way, The Life” [A Verdade, o Caminho, a Vida], um
manuscrito de 800 páginas que descrevia detalhadamente
o plano de salvação. Ele queria que a Igreja o adotasse
como um curso de estudo para os quóruns do Sacerdócio
de Melquisedeque.3 Mas o élder Smith expressou sérias
preocupações sobre certas ideias do manuscrito.
No centro de sua inquietação estava o esforço do
élder Roberts em harmonizar o relato bíblico da Criação
com as teorias científicas sobre as origens da vida.4 O
élder Roberts acreditava que a evidência fóssil provava
que espécies semelhantes às humanas viveram e morre-
ram na Terra por milhões de anos antes de Deus colocar
Adão e Eva no Jardim do Éden.5 O élder Smith, porém,
argumentava que tais crenças eram incompatíveis com
as escrituras e a doutrina da Igreja. Ele acreditava que
essas espécies não poderiam ter existido antes da Queda
de Adão introduzir a morte no mundo.
Em um discurso para a Sociedade Genealógica de
Utah, o élder Smith denunciou vigorosamente as ideias

341
Com Coragem, Nobreza e Independência

do élder Roberts embora não o tenha mencionado pelo


nome. O élder Roberts, por sua vez, havia escrito para
a Primeira Presidência, procurando saber se o discurso
do élder Smith representava a posição oficial da Igreja
sobre o assunto ou se era simplesmente a opinião do
apóstolo.6
Os Doze convidaram os dois homens a apresentar
seus pontos de vista ao conselho. Os apóstolos, então,
enviaram um relatório à Primeira Presidência, que ana-
lisou cuidadosamente os dois lados da disputa e orou
para saber como resolvê-la.7
Tendo publicado recentemente seu próprio livro
sobre como reconciliar ciência e religião, John refletiu
profundamente sobre o assunto. Ele acreditava que os
líderes da Igreja precisavam ajudar os jovens santos a
desenvolver fé em Jesus Cristo em meio a ideias novas
e modernas. Muitas pessoas religiosas desconfiavam
da ciência, ponderava ele, porque confundiam fatos
com interpretações. Ele relutava em confiar apenas na
ciência para resolver a controvérsia, uma vez que a com-
preensão científica estava sujeita a mudanças e muitas
vezes deixava de fora conceitos religiosos como oração
e revelação. Mas ele era igualmente cauteloso em con-
fiar em qualquer interpretação das escrituras que não
levasse em consideração o modo como as revelações
e os escritos sagrados haviam surgido.
“Acho que nosso plano mais sábio é fazer o que
temos feito nesses muitos anos”, disse ele em particular
ao apóstolo Melvin J. Ballard. “Aceitar todos os fatos

342
Um entendimento mais perfeito

comprovados e autenticados e nos recusar a basear


nossa fé em teorias, sejam elas científicas ou teológicas.”8
Em 7 de abril, um dia após a conferência geral, a
Primeira Presidência reuniu os Doze e outras autorida-
des gerais para resolver a controvérsia. John ouviu a
presidência expressar sua opinião de que tanto o élder
Smith quanto o élder Roberts deveriam abandonar o
assunto. “Ambas as partes fazem das escrituras e das
declarações de homens que foram proeminentes nos
negócios da Igreja a base de sua contenda”, observaram.
“Nenhum dos dois produziu provas definitivas em apoio
às suas opiniões.”9
A Primeira Presidência lembrou aos quóruns o
ensinamento de Joseph Smith: “Declarem os primeiros
princípios e deixem de lado os mistérios para que não
sejam derrubados”.10 Alertaram que pregar opiniões pes-
soais como se fossem doutrinas da Igreja poderia causar
mal-entendidos, confusão e divisão entre os santos.
“Quando uma das autoridades gerais da Igreja faz uma
declaração definitiva em relação a qualquer doutrina”,
disseram eles, “quer expresse sua opinião ou não, isso
é considerado como se a Igreja estivesse expressando
essas coisas, e suas declarações são aceitas como dou-
trinas aprovadas da Igreja”.11
Eles exortaram os dois a pregar a doutrina central
do evangelho restaurado. “Ao magnificar nosso cha-
mado no âmbito da Igreja”, disseram eles, “deixamos
a geologia, a biologia, a arqueologia e a antropolo-
gia, nenhuma das quais tem a ver com a salvação das

343
Com Coragem, Nobreza e Independência

almas da humanidade, a cargo da pesquisa científica”.


No tocante às origens da vida, eles não tinham mais a
dizer do que a Primeira Presidência já afirmara em sua
declaração de 1909: “A Origem do Homem”.12
Na mente de John, as palavras da presidência
resolveram a questão. Ele e os outros líderes da Igreja
presentes, incluindo o élder Roberts e o élder Smith,
apoiaram a decisão e concordaram em não mais debater
em público a questão da vida humana antes de Adão.13
Ainda assim, o élder Roberts não quis remover o tópico
do livro “The Truth, The Way, The Life”. No final, ele
deixou o manuscrito de lado, não publicado.14

Mais tarde naquele ano, na Cidade do Cabo, África


do Sul, William e Clara Daniels e uma dúzia de outros
santos dos últimos dias cantaram um hino juntos, como
faziam todas as segundas-feiras quando se reuniam
para conversas sobre o evangelho na casa da família
Daniels. No entanto, aquela não era apenas mais uma
reunião domiciliar. O presidente da missão, Don Dalton,
reunira-os para uma conferência especial.
Depois que Clara fez a oração de abertura, William
contou a história de sua conversão e o início de suas
pequenas reuniões. “Estudamos primeiro o livro Book of
Mormon Ready References [Referências Prontas do Livro
de Mórmon] e agora estamos estudando Jesus, o Cristo”,
refletiu ele. “Recebi muito conhecimento e posso contar
muitas coisas sobre o evangelho a muitas pessoas.”15

344
Um entendimento mais perfeito

Clara também prestou testemunho, expressando


gratidão por ser membro da Igreja. “Espero que o Senhor
nos ajude a permanecer firmes”, disse ela.16
Vários outros prestaram testemunho e então o pre-
sidente Dalton se dirigiu ao grupo. “Tenho certeza de
que o Senhor está à frente desta obra”, disse ele, “e, se
vivermos os mandamentos, o Senhor nada reterá”. Falou
do irmão de Jarede no Livro de Mórmon, que vivia tão
próximo do Senhor que nada lhe foi escondido. “Será
da mesma maneira conosco”, testemunhou. “Sei que, se
for fiel, verei coisas maravilhosas.”17
O presidente Dalton ainda se preocupava com a
maneira pela qual alguns membros do Ramo Mowbray
tratavam os membros “de cor” como a família Daniels. Ao
lidar com esses casos, a Primeira Presidência o aconselhou
a levar em consideração os sentimentos de todos os san-
tos. A tensão racial é um problema que deve ser tratado
com muito cuidado para não ofender nem os membros
negros, nem os brancos da Igreja, escreveram eles.18
Conhecendo e admirando a fidelidade de William,
o presidente Dalton queria dar reconhecimento oficial
a seu trabalho. “Acho que um ramo deve ser formado
aqui”, anunciou ele na reunião domiciliar. “O irmão
Daniels deve ter o privilégio de realizar um trabalho
específico. Sei que por sua diligência a barreira será
derrubada e ele será um líder em Israel.”
William foi então chamado para servir como pre-
sidente do ramo, Clara como presidente da Sociedade
de Socorro, sua filha Alice como secretária do ramo e

345
Com Coragem, Nobreza e Independência

secretária da Sociedade de Socorro e sua amiga Emma


Beehre como conselheira de Clara. O presidente Dalton,
então, colocou as mãos na cabeça de William e o desig-
nou para seu novo chamado. Ele não ordenou William
ao sacerdócio, portanto, William não podia administrar
o sacramento nem designar membros do ramo em cha-
mados. Mas suas novas responsabilidades lhe dariam
maiores oportunidades de servir e crescer na Igreja.
“Tenho pensado em um nome para este ramo”,
disse o presidente Dalton. “Imagino que o nome deveria
ser Ramo de Love [Ramo do Amor].”19
Na reunião da segunda-feira seguinte, William pediu
a Clara e a outros líderes recém-chamados do ramo que
compartilhassem suas ideias sobre suas novas responsa-
bilidades. “Acho um pouco difícil”, confessou Clara, “e sei
que o Senhor me ajudará em meu trabalho, assim como
o mesmo Senhor ajudou a primeira irmã que iniciou a
Sociedade de Socorro”.20
Como líderes do ramo, William e Clara continuaram
a cuidar dos missionários, que compareciam às reuniões
do ramo com visitantes brancos do Ramo Mowbray.
William também se certificou de que Alice mantivesse atas
detalhadas para que as cópias fossem enviadas a Salt Lake
City. Ele não queria que o Ramo Love fosse esquecido.21

De volta aos Estados Unidos, Paul Bang, de 13 anos,


tornou-se o mais novo diácono do Ramo Cincinnati em
14 de fevereiro de 1932. Meninos de sua idade recebiam

346
Um entendimento mais perfeito

o Sacerdócio Aarônico desde o final do século 19,


quando os diáconos cortavam lenha para os pobres,
acendiam fogueiras para aquecer capelas e realizavam
outros atos de serviço em suas alas e seus ramos. No
entanto, só depois que o presidente Joseph F. Smith
introduziu as reformas do Sacerdócio Aarônico, no início
do século 20, a ordenação de rapazes aos ofícios do
sacerdócio se tornara rotineira. Depois disso, os jovens
diáconos começaram a desempenhar um papel mais
importante no ramo e em suas reuniões.22
Agora, além de cuidar da capela e do terreno, Paul
podia distribuir o sacramento, coletar as ofertas de jejum,
levar mensagens em nome do presidente do ramo e aju-
dar viúvas e outros santos necessitados.23 Como outros
diáconos da Igreja, ele também deveria compreender e
explicar cada uma das Regras de Fé, obedecer à Palavra
de Sabedoria, fazer as orações de abertura e encerra-
mento, pagar o dízimo e conhecer a história da restau-
ração do Sacerdócio Aarônico.24
Paul não teve a oportunidade de cumprir imedia-
tamente algumas dessas novas responsabilidades. Por
décadas, os homens adultos haviam distribuído o sacra-
mento, e muitas pessoas na Igreja inteira ainda estavam
resistentes em permitir que os meninos desempenhas-
sem esse papel. Em Cincinnati, o sacramento sempre
fora abençoado e distribuído por dois homens adultos,
às vezes os irmãos mais velhos de Paul, Chris e Henry.25
Ainda assim, se as novas responsabilidades que Paul
tinha no sacerdócio não o mantinham suficientemente

347
Com Coragem, Nobreza e Independência

ocupado, suas muitas tarefas na mercearia de seus pais


compensavam a diferença. Ele gostava de trabalhar na
loja. Ele a abria todas as manhãs às 6 horas e não fechava
até as 11 horas da noite. Cuidava do balcão, estocava e
arrumava as prateleiras e mantinha o piso de madeira var-
rido e encerado. Quando seu irmão Chris cortava carne,
Paul espalhava serragem no chão para absorver a sujeira.
Depois, ele limpava os blocos de corte com uma escova
de ferro assim que Chris terminava o trabalho dele. Depois
da escola, Paul carregava caixas e cestas com os pedidos
de mantimentos e fazia entregas pela vizinhança.26
Quando a depressão econômica atingiu Cincinnati,
a cidade estava em meio a uma rápida expansão no
setor de construção. As obras em um arranha-céu de
quase 200 metros de altura e em um novo e enorme
terminal ferroviário estavam apenas começando. Esses
projetos, com uma economia local diversificada, ajuda-
ram a cidade a enfrentar o pior da crise. No entanto, os
salários estavam caindo e o desemprego aumentando.27
A família Bang morava em um bairro pobre onde
imigrantes brancos como eles residiam, trabalhavam,
brincavam e estudavam lado a lado com afro-americanos,
judeus e outros grupos étnicos. Assim que a cidade
passou a enfrentar tempos difíceis, muitos dos clientes
costumeiros da família Bang já não podiam mais arcar com
as despesas da mercearia. Em vez de afastar os clientes,
o pai de Paul frequentemente distribuía mantimentos
ou deixava as pessoas comprarem a prazo. Mas sua
bondade e generosidade não conseguiram manter os

348
Um entendimento mais perfeito

negócios da família a salvo da Depressão e, em abril


de 1932, ele pediu falência. Mesmo assim, recusou-se a
fechar a loja ou parar de ajudar os vizinhos.28
Os santos de Cincinnati continuaram em frente em
meio à crise econômica. Na esperança de incentivar a
atividade entre os portadores do Sacerdócio Aarônico,
o Bispado Presidente pedira recentemente aos ramos e
às alas de toda a Igreja que começassem a comemorar
a restauração do Sacerdócio Aarônico a cada ano. Em
15 de maio de 1932, quatro sacerdotes recentemente
ordenados no Ramo Cincinnati, todos com 19 anos ou
mais, discursaram na reunião sacramental sobre a his-
tória e o crescimento do Sacerdócio Aarônico. Charles
Anderson, o presidente do ramo, também falou, como
costumava fazer no final da reunião sacramental.29
Paul não teve uma parte ativa no programa, mas
viriam outras oportunidades de servir. A frequência do
ramo raramente ultrapassava 50 pessoas, então havia
boa chance de que seus pais ou um de seus irmãos mais
velhos fizesse um discurso, cantasse no coro, fizesse
uma oração ou ajudasse de outro modo em cada reu-
nião.30 Seu irmão Henry, na verdade, havia recentemente
proferido a oração de encerramento em três reuniões
sacramentais ao longo de quatro semanas. E, no dia
em que ele não proferia a oração de encerramento, ele
fazia um discurso.31
Paul era membro da família Bang, então era ape-
nas uma questão de tempo até que o ramo o colocasse
para trabalhar.

349
Com Coragem, Nobreza e Independência

Enquanto isso, em Utah, a assistente social da


Sociedade de Socorro Evelyn Hodges tinha muito com que
se preocupar enquanto o mundo mergulhava cada vez
mais na Depressão. O pai, que antes havia implorado que
ela ficasse em casa para não ter de trabalhar, enfrentava
tempos difíceis por não mais conseguir vender o que era
produzido em sua fazenda em Logan. Evelyn sabia como
ajudá-lo a se inscrever para receber ajuda da Igreja e do
estado, mas ele não estava interessado.
“Posso conseguir um emprego”, disse-lhe ele no
início da Depressão. “Sei que posso conseguir um
emprego.”
Evelyn tinha suas dúvidas. Todos os dias, em Salt
Lake City, ela falava com pessoas que diziam a mesma
coisa. “Se eu simplesmente pudesse ir para Los Angeles”,
diziam-lhe eles, “conseguiria um emprego”. Em Utah,
um em cada três trabalhadores estava desempregado,
e ninguém estava contratando. Mas Evelyn sabia que
a situação não era muito melhor na Califórnia ou em
qualquer outro lugar dos Estados Unidos. Ela tentava
explicar que os empregos estavam escassos em todos os
lugares, mas algumas famílias com as quais trabalhava
não acreditavam nela.32
No verão de 1932, ela tinha bons motivos para
esperar que uma mudança estivesse prestes a acontecer.
Depois que o governo dos Estados Unidos criou um
programa para fornecer ajuda financeira aos estados
e às empresas, as autoridades de Utah rapidamente
convocaram o serviço social da Sociedade de Socorro

350
Um entendimento mais perfeito

para ajudar o estado a solicitar um empréstimo fede-


ral. Evelyn e Amy Brown Lyman passaram horas reu-
nindo estatísticas e arquivos de casos individuais para
documentar a pobreza no estado. Levaram, então, a
pesquisa para o prédio do capitólio do estado, e os
legisladores a usaram em sua solicitação bem-sucedida
de assistência federal para Utah.33
Evelyn aprendeu com Amy enquanto trabalhavam
juntas. Amy era direta e muitas vezes brusca ao falar
com as assistentes sociais. Embora Evelyn gostasse da
franqueza de Amy, ela tinha que admitir que, às vezes,
isso a irritava. Amy não hesitou em criticá-la quando
cometeu um erro. Mas Evelyn sabia que Amy não a
estava punindo. Amy simplesmente não achava que
tinha tempo para ser sutil ou diplomática. Esperava que
todos no escritório do serviço social, inclusive ela, des-
sem tudo de si para o trabalho. Por isso, Evelyn passou
a amá-la e admirá-la.34
Os fundos de ajuda federal chegaram a Utah em
agosto de 1932, trazendo esperança a muitos santos
desesperados. Mais uma vez, o estado pediu ajuda à
Sociedade de Socorro, e Amy e suas assistentes sociais
logo desempenharam um papel importante na distri-
buição da ajuda.
Com a maioria dos fundos de auxílio da Igreja local
e do governo se esgotando, muitos dos bispos com
quem Evelyn trabalhava estavam ansiosos para que os
membros necessitados de sua ala recebessem ajuda
do governo federal. Mesmo assim, havia membros da

351
Com Coragem, Nobreza e Independência

Igreja que se preocupavam com o fato de os santos se


tornarem dependentes da ajuda do governo. Algumas
pessoas deixavam de procurar ajuda na Igreja porque
não queriam que seus bispos, que muitas vezes eram
vizinhos e amigos, soubessem de sua situação. Outros
não queriam sentir o estigma da dependência quando
fossem à igreja.
No entanto, a dependência continuou a se espalhar.
Os líderes do governo dos Estados Unidos subestimaram
o colapso econômico e o financiamento que ofereceram
não proporcionou alívio permanente ao povo americano.
A economia continuou a cair, levando consigo as espe-
ranças. A cada dia, mais pessoas perdiam o emprego e,
em seguida, sua casa. Evelyn costumava ver duas ou três
famílias morando juntas em uma pequena casa.
E, ainda assim, sua própria família enfrentava difi-
culdades. Quando os esforços de seu pai para sustentar
a família fracassaram, ele tentou vender algumas proprie-
dades, mas ninguém estava comprando. Por fim, ele per-
mitiu que Evelyn lhe enviasse 30 dólares por mês tirados
de seus próprios ganhos. Ele ficou feliz com a ajuda.35
À medida que a Depressão piorava e Evelyn teste-
munhava cada vez mais sofrimento em Salt Lake City,
ela viu uma oportunidade para que houvesse mais com-
paixão e crescimento na comunidade. “Se sairmos dessa
batalha com um entendimento mais perfeito das neces-
sidades dos seres humanos”, acreditava ela, “a sociedade
ficará melhor por ter passado por esse sofrimento”.36

352
Um entendimento mais perfeito

Do outro lado da cidade, o presidente Harold B.


Lee, da Estaca Pioneer de Salt Lake City, sabia que
também precisava fazer algo para ajudar as pessoas
a superar a Depressão. Aos 33 anos, ele era um dos
presidentes de estaca mais jovens da Igreja, portanto
não tinha tanta experiência de vida quanto outros
homens na posição dele. Mas sabia que cerca de dois
terços dos 7.300 santos de sua estaca dependiam total
ou parcialmente de assistência financeira. E, quando
as pessoas estavam passando fome, havia pouca
oportunidade de alimentá-las espiritualmente.37
Harold reuniu seus conselheiros para debater
como ajudar os santos sob seus cuidados. Ao estudar
Doutrina e Convênios, eles souberam que o Senhor havia
ordenado aos primeiros santos que estabelecessem um
armazém “para administrar aos pobres e necessitados”.38
Por décadas, houve alas em toda a Igreja que
administravam pequenos “armazéns do bispo” para
coleta e redistribuição de ofertas de alimentos e outros
itens para os pobres. Embora a Igreja tivesse feito a
transição para o dízimo somente em dinheiro na
década de 1910, ainda existiam armazéns em algumas
alas e estacas.39 A presidência geral da Sociedade de
Socorro, que administrava armazéns e celeiros para
ajudar os santos em momentos de necessidade, também
administrava uma loja para fornecimento de roupas e
outros utensílios domésticos aos pobres.40 E se a Estaca
Pioneer fizesse algo semelhante?

353
Com Coragem, Nobreza e Independência

Um programa de auxílio logo tomou forma, o qual


também ajudaria os santos a ser mais autossustentáveis.
Com a ajuda dos bispos, a estaca de Harold estabeleceria
um armazém sustentado pelos dízimos e pelas doações.
Em vez de distribuir itens gratuitamente, o programa
permitiria que os santos desempregados da estaca tra-
balhassem no armazém ou em outros projetos de auxílio
em troca de alimentos, roupas, combustível ou outras
necessidades.41
Depois de consultar seus conselheiros, Harold
apresentou o plano à Primeira Presidência e recebeu
sua aprovação. Ele, então, apresentou-o aos bispos de
sua estaca em uma reunião especial e os convidou a
debatê-lo. De imediato, um bispo fez uma pergunta
que sem dúvida estava na mente de muitos membros
da Igreja: Se o Senhor prometeu prover para Seu povo,
por que tantos santos fiéis que pagam o dízimo estão
passando necessidades?
Harold fez o possível para responder, lembrando
aos bispos que o Senhor confiava neles para realizar
Sua obra. “As promessas do Senhor estão em suas mãos,
e a maneira e os meios de cumpri-las devem depen-
der de vocês”, disse ele. Ele então exortou os bispos a
fazer tudo o que pudessem para tornar o armazém um
sucesso, testificando que as bênçãos prometidas pelo
Senhor seriam cumpridas.42
Para ajudar a realizar o plano, Harold e seus
conselheiros recrutaram um dos bispos, Jesse Drury,
para administrar o armazém. Muitos santos da ala de

354
Um entendimento mais perfeito

Jesse foram duramente atingidos pela Depressão. O


próprio Jesse havia perdido o emprego, e ele e sua
família agora mal conseguiam sobreviver com ajuda
do governo.43
No início daquele ano, porém, Jesse e seus con-
selheiros decidiram fazer algo para fornecer comida
extra e trabalho para os membros de sua ala. Ao sul da
fronteira da ala havia um terreno fértil e não utilizado.
O bispado foi falar com os proprietários, e eles concor-
daram em permitir que a ala cultivasse a terra em troca
do pagamento dos impostos sobre a propriedade. Duas
alas vizinhas da Estaca Pioneer logo se juntaram ao
empreendimento e, juntas, encontraram fazendeiros e
líderes do condado dispostos a doar sementes e fornecer
água para irrigação. Também compraram plantas com
desconto e alguns equipamentos agrícolas e cavalos de
pessoas que apoiaram seu projeto.44
Então, sob a direção de Harold, Jesse liderou um
grupo de membros desempregados da Igreja a conver-
terem um antigo depósito em um armazém da estaca.
Instalaram uma fábrica de conservas e abriram um arma-
zém geral. Também havia armazenamento em diversos
níveis e espaço para manuseio de roupas doadas.45
No verão de 1932, o armazém estava pronto para
ser aberto. Harold, Jesse e o restante da Estaca Pioneer
observaram um dia especial de jejum para comemorar o
evento, trazendo suas ofertas de jejum para a cerimônia
de inauguração do edifício. Algumas mulheres e homens
da estaca foram colocados para trabalhar no armazém,

355
Com Coragem, Nobreza e Independência

enquanto outros percorriam o vale para trabalhar em


fazendas e pomares.46
Logo, surgiu uma grande quantidade de produtos
agrícolas. Havia centenas de cestos de pêssegos, milha-
res de sacos de batatas e cebolas, toneladas de cerejas
e muito mais. Em troca de seu trabalho, os membros
da estaca podiam desfrutar de uma parte da colheita.
Sobrava o suficiente para que a Sociedade de Socorro
enlatasse parte do excedente para o inverno seguinte.
As mulheres também trocavam trabalho por artigos
necessários não perecíveis remendando roupas velhas
e recolhendo sapatos usados.47
No final do ano, Harold pôde ver que o Senhor
estava abençoando os santos da Estaca Pioneer. Embora
muitos deles tivessem enfrentado adversidades no ano
anterior, permaneceram firmes na convicção de que
Deus os ajudaria em suas dificuldades. Além do mais,
estavam prontos e dispostos a trabalhar juntos para o
benefício dos necessitados apesar da devastação cau-
sada pela Depressão.48

356
C APÍTULO 22

Recompensa eterna

Na manhã de 17 de maio de 1933, ao acordarem, John


e Leah Widtsoe viram pela primeira vez a Terra Santa.
Da janela do trem, viram uma planície árida e rochosa
pontuada por campos cultivados e pomares. John, que
havia passado anos estudando a ciência da agricultura
nos desertos, ficou fascinado com a paisagem. “Inten-
samente interessante”, escreveu ele em seu diário.
Depois de retornar a Londres no outono de 1931,
o casal Widtsoe reassumiu suas responsabilidades na
Missão Europeia. Estavam agora a caminho de Haifa,
uma cidade na costa oriental do Mar Mediterrâneo, a fim
de designar um homem chamado Badwagan Piranian e
sua esposa, Bertha, para liderar a Missão Palestina-Síria
da Igreja.1 A missão, que em breve supervisionaria
quatro ramos na região, era uma das menores da Igreja.

357
Com Coragem, Nobreza e Independência

Badwagan era armênio, como a maioria dos santos do


Oriente Médio, e Bertha era suíça. Ambos haviam se
filiado à Igreja na década anterior.2
No início, Leah não tinha planejado ir à Palestina
com John. A depressão econômica se espalhara por todo
o mundo, devastando comunidades que ainda estavam
se recuperando da guerra mundial. Os recursos finan-
ceiros do casal Widtsoe eram escassos, e uma viagem
através do continente não seria barata. Mas John insistiu
que Leah fosse com ele.
“Fizemos tudo na vida juntos, e esta viagem não
deve ser exceção”, disse ele. “De alguma maneira, vamos
sair do ‘buraco financeiro’.”3
Depois de chegar a Haifa, o casal Widtsoe encontrou
o casal Piranian e a filha deles de 16 anos, Ausdrig. John
ficou impressionado com o novo presidente. Falando
fluentemente armênio e alemão, Badwagan também
tinha algum conhecimento de turco, russo e inglês. “O
irmão Piranian”, relatou John, “é um homem inteligente,
trabalhador e sincero”.4
Leah ficou igualmente impressionada com Bertha.
Ela tinha um firme testemunho do evangelho e estava
ansiosa para aprender como ajudar as mulheres da mis-
são a participar mais plenamente de suas Sociedades
de Socorro e AMMJDs. Leah acreditava que essas orga-
nizações eram essenciais para a edificação da Igreja
na área. “Se essas mulheres puderem se tornar ativas e
felizes por meio dos programas da Sociedade de Socorro
ou dos programas das abelhinhas e ceifeiras”, pensou

358
Recompensa eterna

ela, “elas se tornarão bem mais capazes no trabalho de


proselitismo em favor da verdade”.
Leah, às vezes, sentia que precisava mover mon-
tanhas para persuadir as esposas dos presidentes de
missão a permitir que as mulheres locais administrassem
suas próprias organizações. Mas, enquanto Bertha e
Leah trabalhavam juntas, o desejo que Bertha tinha de
fazer a coisa certa e de ser uma boa líder resplandeceu.
Quando John e Leah estavam prontos para deixar Haifa,
Leah sabia que Bertha faria um excelente trabalho.5
De Haifa, Leah e John viajaram para Tel Aviv e
depois para Jerusalém. Eles planejaram fazer um passeio
a pé pelo Muro das Lamentações, o último resquício do
antigo templo de Jerusalém. Depois de chegarem ao
alojamento, porém, John recebeu uma pilha de corres-
pondências e começou a ler dois telegramas em silêncio.
O conteúdo deles era profundamente angustiante, mas
Leah estava de bom humor, então ele deixou a corres-
pondência de lado e eles saíram do hotel.
O passeio os levou por ruas antigas e tortuosas e
por bazares coloridos lotados de gente. No Muro das
Lamentações, viram mulheres e homens judeus orando
e lamentando a destruição do templo ocorrida séculos
antes. Enquanto Leah observava, ela notou alguns visi-
tantes colocando orações escritas em pedaços de papel
entre as pedras da parede.
Naquela noite, viram o pôr do sol no Monte das
Oliveiras, não muito longe do jardim onde o Salvador
havia sofrido pelos pecados de toda a humanidade.

359
Com Coragem, Nobreza e Independência

John ainda estava preocupado com os telegramas e não


estava se divertindo, mas Leah estava emocionada por
estar na cidade sagrada.
Mais tarde, após retornar ao quarto, John final-
mente contou a Leah o que o estava incomodando. Os
telegramas que ele tinha recebido eram do presidente
Heber J. Grant, que havia escrito para contar-lhes que a
mãe de Leah morrera no dia 27 de maio, um dia depois
de eles terem deixado Haifa. John demorou a contar a
Leah porque ela estava tão alegre quando eles chegaram
a Jerusalém, e ele não queria abalar a felicidade dela.6
A notícia chocou Leah. Ela sabia que Susa não estava
se sentindo bem, mas não tinha ideia de que a doença
fosse tão grave. Sua mente se encheu repentinamente
de trevas e questionamentos. Por que tinha que estar tão
longe quando sua mãe morreu? Estivera ansiosa para
se encontrar com ela e lhe contar suas experiências na
missão. Agora tudo tinha mudado. Sua alegria se foi.7
Cheia de tristeza, ela se debateu em dúvidas durante
a noite e no dia seguinte. O único consolo que teve foi
pensar em sua mãe, que havia dedicado tanto tempo ao
trabalho do templo, reunindo-se com alegria com seus
entes queridos falecidos. Ela se lembrou de um poema
alegre que Susa havia escrito há algum tempo:

Quando eu partir desta vida mortal


E não voltar mais a caminhar por esta Terra
Não se lamente, não chore, não suspire,
não soluce
Posso ter conseguido um trabalho melhor.

360
Recompensa eterna

Em 5 de junho, Leah enviou uma carta ao pre-


sidente Grant, agradecendo-lhe a bondade que sem-
pre mostrara a Susa. “A vida de minha mãe foi longa e
repleta de realizações”, escreveu ela. “Oro para que os
filhos de mamãe, cada um de nós, amem a verdade e
vivam em prol dela como ela o fez.”8

Mais tarde naquele ano, na África do Sul, William


Daniels cumpria fielmente suas obrigações como pre-
sidente do Ramo Love na Cidade do Cabo. Embora não
pudesse realizar as ordenanças do sacerdócio, ele podia
presidir as reuniões de segunda à noite, dirigir os assun-
tos do ramo, aconselhar os santos sob seus cuidados e
assistir a conferências de liderança da missão com outros
presidentes de ramo da África do Sul.
Um dia, William ficou gravemente doente. Ele tinha
certeza de que a doença passaria rapidamente, por isso
não pediu imediatamente uma bênção aos missioná-
rios. Sua saúde, porém, piorou, e seus médicos ficaram
preocupados. Ele estava com quase 70 anos, e o coração
estava fraco.
Seis semanas se passaram antes que William final-
mente contatasse a casa da missão para solicitar uma
bênção. O presidente Dalton não estava lá, então outro
missionário veio ministrar a ele. Após a bênção, William
se sentiu melhor por um tempo, mas a doença acabou
voltando. Dessa vez, o presidente Dalton pôde vir e lhe
dar uma bênção.

361
Com Coragem, Nobreza e Independência

Preocupado com a vida de William, o presidente


Dalton trouxe a esposa, Geneve, e seus filhos para conso-
lar o amigo. Quando o presidente Dalton viu a condição
de William, ele chorou. A família se ajoelhou ao redor
da cama e George Dalton, de 5 anos, fez uma oração.
Então, o presidente Dalton ungiu a cabeça de William
com óleo e lhe deu uma bênção. Prometeu a William que
ele poderia voltar a adorar com os santos da Cidade do
Cabo novamente.
Poucas semanas depois, o presidente Dalton voltou
à cidade e encontrou William bem o suficiente para
viajar. Juntos, eles foram para a Escola Dominical do
Ramo Mowbray, onde os santos convidaram William
para discursar a eles. Com alguma ajuda, ele subiu ao
púlpito e prestou seu testemunho do poder curador
da fé. Após a reunião, todos na sala, jovens e idosos,
apertaram a mão dele. E logo ele foi capaz de retornar
totalmente às suas funções no Ramo Love.
William se alegrou com os missionários e as bênçãos
de cura que recebera deles. “Sinto-me mais abençoado
do que o rei com toda a sua riqueza”, disse ele certa vez
ao ramo. “Agradeço ao Senhor pelo privilégio de ter essas
pessoas boas em minha casa e pela fé que tenho nos
élderes para me ungir.”9
Depois que sua saúde melhorou, William escreveu
seu testemunho para o jornal da missão, o Cumorah’s
Southern Messenger. Ao refletir sobre suas experiências
na Igreja, relatou sua conversão, sua visita transformadora

362
Recompensa eterna

a Salt Lake City e sua recente experiência com o poder


do sacerdócio.
“Meu testemunho é que sei que Joseph Smith foi
um profeta de Deus nos últimos dias”, testificou ele, “e
que o evangelho restaurado não contém nada além dos
ensinamentos do próprio Cristo”.
“Sei que Deus vive, ouve e responde às orações”,
escreveu ele. “Jesus é o Redentor ressurreto e verdadeira-
mente o Filho de nosso Pai Celestial verdadeiro e vivo.”10

Pouco depois da morte de sua sogra, John Widtsoe


recebeu uma carta do presidente Grant. “Em relação a
seu retorno, gostaria que me escrevesse com franqueza
absoluta”, dizia. “Não hesite em me dizer se prefere vol-
tar para casa a fim de ficar aqui com seus entes queridos.
Você cumpriu uma missão honrosa.”
John não sabia o que responder. Por outro lado,
ele e Leah já haviam servido por seis anos — o dobro
do tempo de outros presidentes da Missão Europeia
recentes. John também sabia que sua família em Utah
sentia falta deles e precisava deles, principalmente agora
que Susa havia partido.11
Por outro lado, ele e Leah se sentiam em casa na
Europa e gostavam do serviço missionário. Leah cer-
tamente sentiria falta do trabalho. Sua influência na
Igreja na Europa podia ser vista em todos os lugares.
Ela havia fortalecido as organizações locais de mulheres,

363
Com Coragem, Nobreza e Independência

incentivado um cumprimento mais fiel da Palavra de


Sabedoria e tornado as aulas da Sociedade de Socorro
relevantes para o público europeu. Ela havia acabado de
concluir sua edição europeia do manual das abelhinhas,
que simplificou e adaptou significativamente o programa
da AMM para atender às necessidades das jovens de
todo o continente.12
A missão também enfrentava novos desafios. À
medida que a crise econômica se espalhava pelo mundo,
a receita do dízimo na Europa despencou, e alguns ramos
perderam suas salas de reunião por não conseguirem
pagar o aluguel. A Depressão reduziu drasticamente o
número de missionários que podiam pagar para servir,
e muitas famílias precisavam dos filhos em casa para
ajudar no sustento. Em 1932, apenas 399 homens tinham
sido capazes de aceitar o chamado para a missão, em
comparação com um máximo de 1.300 missionários por
ano na década de 1920. Com a força missionária tão
diminuída, seria melhor para a Igreja se John e Leah, que
tinham tanta experiência prática na Europa, continuassem
a liderar a Missão Europeia?
John disse ao presidente Grant que ele e Leah esta-
vam contentes em deixar o assunto nas mãos do profeta.
“Sempre achei o caminho do Senhor melhor do que o
meu”, escreveu ele.13
Em 18 de julho, John recebeu um telegrama infor-
mando que o apóstolo Joseph F. Merrill havia sido
chamado para substituí-lo como presidente da Missão
Europeia. Embora fosse difícil ir embora, John e Leah

364
Recompensa eterna

se sentiram bem com a decisão. Em setembro, eles esta-


vam ocupados se preparando para a partida, com Leah
administrando os assuntos da casa da missão em Lon-
dres, enquanto John fazia uma viagem ao continente
europeu para se inteirar da situação pela última vez.14
A última parada de John foi uma visita ao escritório
da missão em Berlim, Alemanha. Adolf Hitler havia sido
nomeado chanceler da Alemanha no início daquele ano,
e seu Partido Nazista estava assumindo um controle mais
rígido da nação. A Primeira Presidência, preocupada com
esses eventos, pediu a John que fizesse um relatório sobre
a situação do país e se os missionários que serviam na
Alemanha estavam bem.
O próprio John estava observando de perto a
ascensão de Hitler ao poder e seu efeito na Alemanha.
Muitos alemães ainda estavam irritados depois de perder a
guerra 15 anos antes, e eles se ressentiam profundamente
das duras sanções impostas a eles pelos vencedores.
“O povo alemão está com os nervos à flor da pele em
relação à política”, informou John à Primeira Presidência.
“Espero que, quando a tensão estiver prestes a estourar,
o mal possa ser dissipado em vez de se espalhar por
toda a estrutura social.”15
Depois de chegar a Berlim, John ficou impressio-
nado com o quanto tudo havia mudado nas décadas
desde que ele estudara lá. A cidade parecia um acam-
pamento militar, com símbolos de Hitler e do Partido
Nazista por toda parte, inclusive no escritório da mis-
são. “A bandeira nazista está pendurada na parede”,

365
Com Coragem, Nobreza e Independência

informou John à Primeira Presidência, “espero que não


em aceitação a tudo o que o atual governo está fazendo
na Alemanha, mas como uma evidência do fato de que
apoiamos o governo legal do país em que habitamos”.
Ao falar com os presidentes das duas missões da
Alemanha, John se sentiu seguro de que a Igreja não
corria perigo imediato no país. A Gestapo — a polícia
secreta nazista — examinara os registros do escritório da
missão em Berlim, bem como os livros de vários ramos,
mas até agora parecia satisfeita com o fato de a Igreja
não estar tentando denegrir seu governo.16
Ainda assim, John temia que Hitler estivesse con-
duzindo o povo alemão a outra guerra. Os santos locais
já estavam se preparando para assumir o comando dos
ramos e zelar pelos membros da Igreja caso surgissem
problemas. E John aconselhou os presidentes de missão
a fazer planos para tirar os missionários da Alemanha no
prazo de duas ou três horas se necessário. Ele também
achou que seria sábio a Primeira Presidência limitar o
número de missionários que iriam para a Alemanha no
futuro.
Após dois dias de reuniões, John deixou o escritório
de Berlim para viajar de volta a Londres. Seguiu por um
caminho conhecido ao longo da Unter den Linden, uma
rua que ficava no coração de Berlim e levava o nome das
tílias que adornavam as calçadas. Enquanto caminhava
para a estação ferroviária, uma grande tropa de soldados
surgiu à vista, marchando rigidamente pela cidade para
substituir os soldados que estavam então de guarda.

366
Recompensa eterna

Ao redor deles, milhares de apoiadores de Hitler


lotavam as ruas, loucos de entusiasmo.17

Na primavera de 1934, Len e Mary Hope, santos afro-


americanos que se filiaram à Igreja no Alabama, moravam
nos arredores de Cincinnati, Ohio. O casal se mudou
com a família para a região no verão de 1928 a fim de
procurar um novo trabalho, e Len rapidamente conseguiu
um emprego estável em uma fábrica. Tinham então cinco
filhos, com outro a caminho.18
Cincinnati era uma cidade do norte que fazia fron-
teira com um estado do sul, e a maioria das áreas da
cidade eram tão estritamente segregadas quanto qualquer
lugar do sul. Por serem negros, a família Hope não podia
morar em certos bairros nem se hospedar em certos
hotéis ou comer em certos restaurantes. Os teatros desig-
navam assentos separados para os frequentadores negros.
Algumas escolas, faculdades e universidades da cidade
barravam alunos negros ou limitavam muito suas opor-
tunidades educacionais. Várias denominações religiosas
tinham congregações brancas e congregações negras.19
Quando a família Hope chegou à cidade, eles assis-
tiram às reuniões com o Ramo Cincinnati. Visto que
não havia uma política de segregação racial em toda a
Igreja, as alas e os ramos às vezes criavam suas próprias
normas com base nas circunstâncias locais. No início,
parecia que o Ramo Cincinnati poderia dar as boas-vin-
das à família. Mas então um grupo de membros disse

367
Com Coragem, Nobreza e Independência

ao presidente do ramo, Charles Anderson, que pararia


de assistir às reuniões se a família Hope continuasse
frequentando.
Charles gostava de Len e Mary e sabia que seria
errado pedir-lhes que não frequentassem a igreja. Ele
havia se mudado de Salt Lake City para Cincinnati, onde
a pequena população de santos negros frequentava a
igreja lado a lado com seus vizinhos brancos. Mas ele
também sabia que o racismo era profundo na área de
Cincinnati e não achava que poderia mudar a maneira
como as pessoas se sentiam.20
Os limites do ramo tinham sido redefinidos recente-
mente, trazendo muitos santos do sul para a mordomia
de Charles. Mas não foram apenas os santos do sul que
se opuseram à frequência da família Hope na igreja.
Alguns membros antigos do ramo, que Charles conhe-
cia havia anos, também expressaram temor de que a
integração do ramo proporcionaria aos críticos locais
da Igreja um novo motivo para ridicularizar os santos.21
Com o coração pesado, Charles foi até a casa da
família Hope e lhes contou as objeções dos membros
do ramo. “Esta é a visita mais difícil que já fiz a alguém
em minha vida”, admitiu. Ele prometeu ajudar a família
a permanecer conectada à Igreja. “Faremos tudo o que
pudermos”, disse ele. “Faremos uma visita especial aqui
a cada mês para trazer o sacramento a vocês e realizar
um serviço religioso em sua casa.”
Com o coração partido com a decisão de Charles,
Len e Mary pararam de frequentar a igreja, exceto nas

368
Recompensa eterna

conferências distritais e outros eventos especiais. No


primeiro domingo de cada mês, eles realizavam uma
reunião de testemunho em sua casa para os missioná-
rios e qualquer outro membro do ramo que desejasse
ir adorar com eles. A família também recebia visitas
informais dos santos locais.22 A família Hope morava
em uma casa aconchegante de quatro cômodos com
uma grande varanda frontal e uma cerca de estacas
brancas. Ela estava localizada em um bairro predomi-
nantemente afro-americano, a uns 16 quilômetros ao
norte da capela do ramo, e um bonde de Cincinnati
podia levar os visitantes a um lugar que ficava a pouco
mais de um quilômetro de caminhada até a capela.23
Em suas reuniões dominicais mensais, a família
Hope participava do sacramento e prestava testemu-
nho, do mais velho ao mais novo. Às vezes, as talentosas
meninas Hope cantavam ou tocavam piano. Após cada
reunião, a família Hope servia uma refeição deliciosa
com peru assado, pão de milho, salada de batata e outros
pratos caseiros.24
Entre os santos que visitavam a família Hope estavam
Charles e seus conselheiros, Christian Bang e Alvin Gilliam.
Às vezes, Christine Anderson e Rosa Bang acompanha-
vam os maridos nas visitas. O secretário do ramo Vernon
Cahall, sua esposa, Edith, e os membros do ramo, Robert
Meier e Raymond Chapin, também compareciam, muitas
vezes com sua família.25 As missionárias, que davam aulas
da Primária na casa de vários membros do ramo, também
davam aulas da Primária para os filhos da família Hope.

369
Com Coragem, Nobreza e Independência

Elizabeth, a filha mais velha da família Bang, às vezes


ajudava. Ocasionalmente, a família Hope conversava com
as missionárias ou com os membros do ramo em outros
lugares, como o Zoológico de Cincinnati.26
Em 8 de abril de 1934, Mary Hope deu à luz um
menino. No passado, a família Hope sempre se certificara
que seus bebês fossem abençoados, e dessa vez não foi
diferente. Dois meses após o nascimento do pequeno
Vernon, Charles Anderson e o secretário do ramo foram
à casa da família Hope para outra reunião sacramental.
Depois, Charles deu uma bênção ao menino.27
Ao prestar testemunho, Len sempre relatava sua
conversão ao evangelho restaurado. Ele sabia que ele
e Mary haviam sido extraordinariamente abençoados
desde que chegaram a Cincinnati. Embora a Depressão
tenha deixado muitos de seus vizinhos desempregados,
ele não perdeu um dia de trabalho. Ele não ganhava
muito, mas sempre pagava um dízimo integral.
Também expressava fé no futuro. “Sei que não
posso ter o sacerdócio”, disse ele certa vez, “mas sinto
na justiça de Deus que um dia isso será concedido a
mim e terei permissão para prosseguir rumo à minha
recompensa eterna com os fiéis que a possuírem”.
Ele e Mary estavam dispostos a esperar esse dia. O
Senhor conhecia o coração deles.28

Enquanto isso, em Tilsit, Alemanha, Helga Meiszus,


de 14 anos, não pôde deixar de notar como as coisas

370
Recompensa eterna

haviam mudado em sua cidade desde que os nazistas


tomaram o poder. Ela costumava ter medo de voltar
para casa da igreja à noite porque muitas pessoas fica-
vam vadiando na rua. A economia estava ruim, e muitas
pessoas estavam desempregadas e não tinham nada
para fazer. Provavelmente, não eram pessoas perigo-
sas, mas Helga sempre teve medo de que tentassem
machucá-la.
Então veio Hitler, e a economia melhorou. Os
empregos não eram mais escassos e as ruas pareciam
seguras. Além do mais, as pessoas começaram a se sentir
orgulhosas de serem alemãs novamente. Hitler era um
orador enérgico, e suas palavras apaixonadas inspira-
vam muitos com a ideia de que a Alemanha poderia
emergir mais uma vez como uma nação poderosa que
duraria mil anos. Quando ele dizia mentiras, falava de
conspirações e culpava os judeus pelos problemas da
Alemanha, muitas pessoas acreditavam nele.
Como outros em seu país, os santos dos últimos
dias alemães tinham opiniões diversas sobre Hitler.
Alguns o apoiavam, ao passo que outros desconfiavam
de sua ascensão ao poder e de seu ódio aos judeus. A
família de Helga não era muito política e não se opôs
abertamente ao Partido Nazista. Mesmo assim, seus pais
achavam que Hitler era o líder errado para a Alemanha.
Seu pai, em particular, não gostou de ser forçado a usar
“Heil Hitler” como saudação. Insistia em usar o tradicio-
nal “bom dia” ou “boa tarde” em lugar disso — mesmo
que outros desaprovassem.

371
Com Coragem, Nobreza e Independência

Helga, no entanto, tinha medo de não dizer “Heil


Hitler” ou de levantar a mão na saudação nazista. E se
alguém a visse recusar? Ela poderia ter problemas. Tinha
tanto medo de se destacar, na verdade, que às vezes
tentava não pensar em Hitler, temendo que os nazistas
pudessem de alguma maneira ler sua mente e puni-la.
Ainda assim, ela gostava da ostentação do Partido
Nazista. Havia danças nazistas e tropas uniformizadas
desfilando na rua. Os nazistas queriam incutir nacio-
nalismo e lealdade na juventude do país, então eles
frequentemente usavam recreação, música estimulante
e outras formas de propaganda para atraí-los.29
Por volta dessa época, Helga se tornou uma abe-
lhinha no programa que a Igreja recentemente passara
a chamar de Associação de Melhoramentos Mútuos das
Moças. Sob a orientação de uma líder adulta, as moças
de sua classe estabeleciam metas e ganhavam selos
coloridos para colocar em sua edição em alemão do
manual das abelhinhas. Helga valorizava seu manual,
colorindo suas ilustrações em preto e branco e usando
uma caneta ou um lápis para marcar com um X seus
objetivos concluídos.
Helga marcou dezenas de metas enquanto traba-
lhava no manual. Ela mencionou as realizações de cinco
grandes músicos, ia para a cama cedo e se levantava
cedo, prestou seu testemunho em três reuniões de jejum
e testemunhos, e identificou as maneiras mais impor-
tantes pelas quais os ensinamentos da Igreja diferiam
de outros credos cristãos. Ela também escolheu um

372
Recompensa eterna

nome e um símbolo das abelhinhas para si mesma. O


nome que ela escolheu foi Edelmut, que em alemão
significa “nobreza”. Seu símbolo era a edelweiss, uma
flor pequena e rara que crescia no alto dos Alpes.30
Um dia, Helga voltou para casa animada. Represen-
tantes do movimento jovem do Partido Nazista para as
moças — a Bund Deutscher Mädel, ou Liga das Meninas
Alemãs — estavam recrutando na vizinhança, e muitas
das amigas de Helga estavam se filiando.
“Oh, Mutti”, disse Helga à mãe. “Eu gostaria de ir e
fazer parte do grupo.” A liga oferecia todo tipo de aulas
e atividades e publicava sua própria revista. Falava-se
até em viagens para esquiar, subsidiadas pelo governo.
As meninas usavam blusa branca de aparência elegante
e saia escura.
“Helgalein, você é uma abelhinha”, disse a mãe.
“Não precisa fazer parte desse grupo.”
Helga sabia que sua mãe estava certa. O fato de
não se juntar à Liga das Meninas Alemãs mais uma vez
a separaria de suas amigas. Mas o programa das abelhi-
nhas a estava ajudando a alcançar metas justas e a ser
um santo dos últimos dias melhor. Nem Hitler, nem sua
liga poderiam fazer isso.31

373
C APÍTULO 23

Tudo o que
é necessário

Em 6 de fevereiro de 1935, Connie Taylor, de 15 anos,


e outros membros do Ramo Cincinnati esperavam em
sua capela para receber uma bênção patriarcal de James
H. Wallis.
Durante grande parte do século anterior, as bênçãos
patriarcais eram concedidas apenas a santos adultos, que
geralmente recebiam bênçãos de mais de um patriarca
durante a vida. Naquela época, porém, os líderes da Igreja
começaram a incentivar adolescentes como Connie a
receber sua bênção como uma maneira de fortalecer a
fé e receber orientação para a vida. Os líderes da Igreja
também esclareceram que os santos deviam receber ape-
nas uma bênção patriarcal.1
O irmão Wallis, um converso da Grã-Bretanha, foi
chamado pela Primeira Presidência para dar bênçãos

374
Tudo o que é necessário

patriarcais aos santos em ramos distantes da Igreja.


Ele havia recentemente concluído uma missão de dois
anos na Europa, onde deu mais de 1.400 bênçãos, e
agora estava cumprindo a designação de abençoar
os santos do leste dos Estados Unidos e do Canadá.
Visto que o recebimento de uma bênção patriarcal era
uma oportunidade rara para alguém que morasse em
Cincinnati, ele vinha trabalhando muitas horas para
garantir que todos os membros elegíveis do ramo
tivessem essa oportunidade.2
Quando chegou a vez de Connie ser abençoada,
ela se sentou na sala da Sociedade de Socorro. O irmão
Wallis então colocou as mãos sobre a cabeça dela e a
chamou pelo nome completo. Ao proferir a bênção,
ele garantiu a ela que o Senhor a conhecia e cuidava
dela. Prometeu-lhe orientação ao longo da vida se ela
buscasse o Senhor em oração, evitasse o mal e obede-
cesse à Palavra de Sabedoria. Ele a incentivou a ter mais
interesse nas atividades da Igreja, usando seus talentos e
sua inteligência para se tornar uma trabalhadora volun-
tária no reino de Deus. Prometeu que um dia ela iria ao
templo e seria selada aos pais.
“Não duvide dessa promessa”, disse o patriarca.
“No devido tempo do Senhor, Seu Espírito Santo tocará
o coração de teu pai e, por meio de sua influência, ele
verá a luz da verdade e compartilhará de tuas bênçãos.”3
Por mais reconfortantes que fossem aquelas pala-
vras, elas exigiam grande fé. O pai de Connie, um
fabricante de charutos chamado George Taylor, era um

375
Com Coragem, Nobreza e Independência

homem amoroso e de bom coração, mas a família da


qual ele provinha odiava os santos dos últimos dias.
Quando a mãe de Connie, Adeline, manifestou interesse
pela Igreja pela primeira vez, ele se recusou a deixá-la
se filiar.
Mas, um dia, quando Connie tinha cerca de 6 anos,
um carro atropelou o pai quando ele estava atraves-
sando a rua. Enquanto ele estava no hospital, recupe-
rando-se de uma perna quebrada, Adeline mais uma
vez pediu que ele a deixasse se filiar à Igreja, e dessa
vez ele concordou. Os sentimentos do pai continuaram
a se amenizar e, recentemente, ele havia permitido que
Connie e seus irmãos fossem batizados. Mas ele próprio
não demonstrara interesse em se filiar à Igreja ou em
assistir às reuniões com a família.4
Pouco depois de sua bênção patriarcal, Connie
começou a participar regularmente dos esforços do
ramo em compartilhar o evangelho com seus vizinhos.5
Para compensar a diminuição do número de missioná-
rios durante a Depressão, os santos em todo o mundo
eram frequentemente chamados para um serviço missio-
nário de meio período perto de casa. Em 1932, o presi-
dente do Ramo Cincinnati, Charles Anderson, organizou
uma sociedade de contatos para manter o trabalho em
andamento na cidade.6 Como a Escola Dominical era
pela manhã e a reunião sacramental à noite, Connie e
outros jovens geralmente passavam uma hora ou mais à
tarde batendo em portas e conversando com as pessoas
sobre o evangelho restaurado.7

376
Tudo o que é necessário

Uma de suas companheiras na sociedade de conta-


tos era Judy Bang. Recentemente, Judy tinha começado
a sair com o irmão mais velho de Connie, Milton. Ele
e Judy não tinham muito em comum, além de serem
membros da Igreja, mas se divertiam juntos. A pró-
pria Connie havia saído recentemente em seu primeiro
encontro — com o irmão mais velho de Judy, Henry.
Mas ela não gostava de Henry tanto quanto gostava do
belo irmão mais novo dele, Paul, que tinha a mesma
idade dela.8
Em março, Judy disse a Connie que Paul queria
convidá-la para ir a uma festa de patinação da AMM.
Connie esperou toda aquela noite que Paul a convi-
dasse, mas ele não o fez. No dia seguinte, algumas horas
antes da festa, Henry pediu a Milton que perguntasse a
Connie se ela gostaria de ir patinar com Paul. Era uma
forma indireta de convidá-la para um encontro, mas
ela concordou.
Connie e Paul gostavam de patinar juntos. Depois
da festa, alguns dos jovens entraram no carro de Henry
e foram até um restaurante próximo para comer uma
tigela de chili ao estilo de Cincinnati. “Eu me diverti
muito com Paul”, escreveu Connie naquela noite em
seu diário. “Foi melhor do que eu esperava.”9
Mais tarde naquela primavera, Connie recebeu uma
cópia por escrito de sua bênção patriarcal, lembrando-a
mais uma vez das promessas que havia recebido. “Esta
bênção, querida irmã, será um guia para os teus pés”,
dizia. “Ela te mostrará o caminho a seguir para que não

377
Com Coragem, Nobreza e Independência

tropeces no escuro, mas possas fixar teus olhos na vida


eterna.”10
Com tantas coisas acontecendo em sua vida,
Connie precisava da direção do Senhor. Quando ela se
filiou à Igreja, decidiu sempre fazer o que era certo. Ela
acreditava que o evangelho era um escudo. Se ela se
voltasse a Deus e Lhe pedisse ajuda, Ele a abençoaria
e protegeria por toda a vida.11

Enquanto isso, em Salt Lake City, o presidente da


estaca, Harold B. Lee, estava sentado no escritório da
Primeira Presidência. Ele via a si mesmo como um garoto
de fazenda bastante inexperiente, proveniente de uma
pequena cidade de Idaho. Mesmo assim, lá estava ele,
cara a cara com Heber J. Grant, enquanto o profeta
perguntava sua opinião sobre como cuidar dos pobres.
“Quero dar uma olhada no livro da Estaca Pioneer”,
anunciou o presidente Grant.12
Ele e seus conselheiros, J. Reuben Clark e David
O. McKay, tinham observado o trabalho de Harold de
perto.13 Quase três anos se passaram desde o início do
ambicioso programa de ajuda da Estaca Pioneer. Durante
esse tempo, a estaca havia criado vários empregos para
os desempregados. Os santos tinham colhido ervilhas,
confeccionado e consertado roupas, enlatado frutas e
vegetais, e construído um novo ginásio da estaca.14 O
armazém da estaca servira como centro de atividades,
com Jesse Drury supervisionando a complexa operação.15

378
Tudo o que é necessário

Ao mesmo tempo, a Primeira Presidência estava


profundamente preocupada com o número de mem-
bros da Igreja que dependia de fundos públicos. Eles
não se opunham a que os santos aceitassem ajuda do
governo quando não tivessem dinheiro para comida
ou aluguel. Nem se opunham a que os membros da
Igreja recebessem ajuda por meio de projetos de obras
públicas federais.16 Mas, como Utah se tornara um dos
estados mais dependentes da ajuda governamental, a
presidência se preocupou com o fato de alguns mem-
bros da Igreja estarem aceitando fundos dos quais não
precisavam.17 Eles também questionaram por quanto
tempo o governo poderia continuar financiando seus
programas de ajuda.18
O presidente Clark exortou o presidente Grant a
fornecer aos santos uma alternativa à assistência fede-
ral. Acreditando que alguns programas de auxílio do
governo levavam à ociosidade e ao desânimo, ele pediu
aos membros da Igreja que assumissem a responsabi-
lidade pelo cuidado uns dos outros, conforme instruía
Doutrina e Convênios, e que, quando possível, traba-
lhassem para compensar a ajuda que recebessem.19
O presidente Grant tinha outras preocupações.
Desde o início da Depressão, ele havia recebido diver-
sas cartas de santos dos últimos dias bons e trabalhado-
res que haviam perdido seus empregos e suas fazendas.
Muitas vezes, ele se sentiu incapaz de ajudá-los. Tendo
crescido pobre, ele sabia o que era passar necessidade.
Também havia passado décadas de sua vida mergulhado

379
Com Coragem, Nobreza e Independência

em dívidas, por isso era solidário com as pessoas que


se viam em apuros semelhantes. Na verdade, ele agora
estava usando seu próprio dinheiro para ajudar viúvas,
parentes e pessoas desconhecidas a pagar suas hipotecas,
a permanecer em missão ou a cumprir outras obrigações.20
Mas ele sabia que seus esforços, assim como os
esforços de programas governamentais bem-intencio-
nados, não eram suficientes. Ele acreditava que a Igreja
tinha o dever de cuidar de seus pobres e desemprega-
dos, e queria que Harold aproveitasse sua experiência
com a Estaca Pioneer para elaborar um novo programa,
que permitiria aos santos trabalharem juntos para socor-
rer os necessitados.
“Não há nada mais importante para a Igreja do que
cuidar de seus necessitados”, disse o presidente Grant.21
Harold ficou surpreso. A ideia de organizar e desen-
volver um programa para toda a Igreja era avassaladora.
Após a reunião, ele dirigiu seu carro por um parque que
ficava em um desfiladeiro próximo; sua mente estava con-
fusa enquanto adentrava as colinas acima de Salt Lake City.
“Como posso fazer isso?”, pensava ele.
Quando a estrada terminou no limite do parque,
ele desligou o motor e caminhou por entre as árvores
até encontrar um local isolado. Ele se ajoelhou e orou
pedindo orientação. “Para segurança e bênção de Teu
povo”, disse ele ao Senhor, “devo ter Tua direção”.22
No silêncio, uma forte impressão veio a ele. “Não
há necessidade de nenhuma nova organização para
cuidar das necessidades deste povo”, percebeu Harold.

380
Tudo o que é necessário

“Tudo o que é necessário é colocar o sacerdócio de


Deus para funcionar.”23
Nos dias que se seguiram, Harold procurou o con-
selho de muitas pessoas experientes e bem informadas,
incluindo o apóstolo e ex-senador Reed Smoot. Ele,
então, passou várias semanas criando uma proposta
preliminar completa, com relatórios detalhados e gráfi-
cos que delineavam sua visão de um possível programa
de auxílio da Igreja.24
Quando Harold apresentou seu plano à Primeira
Presidência, o presidente McKay achou que era viável.
Mesmo assim, o presidente Grant hesitou, sem saber
se os santos estariam preparados para realizar um pro-
grama daquela magnitude. Após a reunião, ele buscou
a orientação do Senhor em oração, mas não recebeu
orientação.
“Não vou tomar uma ação”, disse ele à secretária,
“até ter certeza do que o Senhor deseja”.25

Enquanto o presidente Grant esperava a orienta-


ção do Senhor sobre um programa de auxílio, ele viajou
para o Havaí a fim de organizar uma estaca na ilha de
Oahu.26 Quinze anos se passaram desde que ele dedi-
cara o templo ali, e muitas coisas haviam mudado. O
terreno do templo já fora árido e inóspito. Agora, havia
jardins verdejantes com buganvílias em plena floração e
lagos artificiais em cascata emoldurados por palmeiras
cujas folhas ondulavam suavemente.27

381
Com Coragem, Nobreza e Independência

A Igreja no Havaí também estava florescendo. Nos


85 anos desde que os primeiros missionários santos dos
últimos dias atracaram em Honolulu, o número de mem-
bros da Igreja nas ilhas havia crescido para mais de 13 mil
santos, metade dos quais morava em Oahu. A frequência
às reuniões da Igreja nunca fora tão alta, e os santos esta-
vam ansiosos para fazer parte de uma estaca. A Estaca
Oahu seria a 113ª estaca da Igreja e a primeira organizada
fora da América do Norte. Pela primeira vez, os santos no
Havaí teriam bispos, líderes de estaca e um patriarca.28
Depois de conversar com os santos, Heber chamou
Ralph Woolley, o homem que supervisionara a constru-
ção do Templo do Havaí, como presidente da estaca.29
Arthur Kapewaokeao Waipa Parker, um membro nas-
cido no Havaí, serviria como um de seus conselhei-
ros.30 Também foram chamados homens e mulheres de
ascendência polinésia e asiática para o sumo conselho
da estaca, para a presidência da Sociedade de Socorro
e para outros cargos de liderança.31
A diversidade dos membros da Igreja do Havaí
impressionou o profeta.32 Os esforços missionários ante-
riores haviam se concentrado nos havaianos nativos, mas
a rede do evangelho estava se ampliando. Na década de
1930, os descendentes de japoneses constituíam mais de
um terço da população do Havaí. Muitas outras pessoas
que moravam no Havaí tinham ascendência samoana,
maori, filipina e chinesa.33
O profeta estabeleceu a nova estaca em 30 de junho
de 1935. Poucos dias depois, ele participou de um jantar

382
Tudo o que é necessário

com membros japoneses da Igreja. O pequeno grupo


se reunia semanalmente para estudar em uma classe da
Escola Dominical de língua japonesa.34 Durante o jantar,
Heber ouviu os santos tocarem música em instrumentos
tradicionais japoneses. Também ouviu o testemunho de
Tomizo Katsunuma, que se filiara à Igreja quando era
estudante na Faculdade Agrícola de Utah, e de Tsune
Nachie, de 79 anos, que fora batizada no Japão e mais
tarde emigrara para o Havaí na década de 1920 a fim de
que pudesse trabalhar no templo.35
A comida, a música e os testemunhos levaram
Heber de volta três décadas no passado, quando ele ser-
viu como primeiro presidente da Missão Japonesa. Ele
sempre ficara desapontado com seu trabalho no Japão.
Apesar de seus esforços sinceros, nunca teve sucesso em
aprender o idioma, e durante sua missão houve apenas
alguns conversos. Os presidentes de missão posteriores
também tiveram dificuldades, e Heber fechou a missão
alguns anos depois de se tornar presidente da Igreja,
ainda se perguntando o que mais poderia ter feito para
tornar a missão um sucesso.36
“Até o fim de minha vida”, ele observou certa vez,
“talvez sinta que não fiz o que o Senhor esperava de
mim e o que fui enviado para fazer”.37
Ao conhecer os santos japoneses e aprender mais
sobre a Escola Dominical deles, Heber percebeu que
o Havaí poderia ser a chave para o início de uma nova
missão no Japão. Enquanto esteve em Honolulu, ele teve
a oportunidade de confirmar dois membros japoneses

383
Com Coragem, Nobreza e Independência

recém-batizados. Um desses santos, Kichitaro Ikegami,


dera aulas na Escola Dominical por dois anos antes de
seu batismo. O impressionante jovem era um pai dedi-
cado e um empresário influente em Oahu.38
Heber se deu conta de que havia agora confirmado
mais santos japoneses no Havaí do que durante toda
a sua missão no Japão.39 Talvez, quando chegasse o
momento certo, aqueles santos pudessem ser chamados
para uma missão no Japão e para ajudar a Igreja a criar
raízes naquele país.40

A vida cotidiana continuou a mudar em torno de


Helga Meiszus. No início de 1935, Adolf Hitler anunciou
publicamente que a Alemanha estava fortalecendo seu
poderio militar, violando o tratado que havia assinado
no final da guerra mundial. As nações da Europa pouco
fizeram para restringir seu poder. Com a ajuda de seu
ministro de propaganda, Hitler estava curvando a
Alemanha à sua vontade. Enormes comícios que exibiam
a força nazista atraiam centenas de milhares de pessoas.
Programas de rádio pró-Hitler, música nacionalista e a
suástica nazista estavam por toda parte.41
Também estavam ocorrendo mudanças na Igreja.
Embora as abelhinhas continuassem a se reunir, o
governo dissolveu o programa de escoteiros da Igreja
na Alemanha para incentivar mais jovens a se filiarem
aos grupos de jovens do Partido Nazista. O ódio nazista
pelos judeus também levou o governo a proibir as igrejas

384
Tudo o que é necessário

de usar palavras associadas ao judaísmo. As Regras de Fé


foram proibidas por conter as palavras “Israel” e “Sião”.
Outras publicações da Igreja, inclusive um folheto inti-
tulado Autoridade Divina, foram proibidas por parecer
questionar o poder nazista.42
Os líderes da Igreja na Alemanha resistiram a algu-
mas dessas coisas, mas acabaram incentivando os santos
a se adaptarem ao novo governo e a se absterem de dizer
ou de fazer qualquer coisa que pudesse colocar a Igreja
e seus membros em risco.43 Com a Gestapo aparente-
mente em todos os lugares, os santos de Tilsit sabiam que
qualquer indício de rebelião ou resistência poderia ser
notificado à polícia secreta. A maioria dos santos alemães
ficou fora da política, mas sempre havia o medo de que
alguém do ramo estivesse associado aos nazistas.
A coisa mais segura a fazer, acreditavam muitos mem-
bros do ramo, era agir como alemães leais e obedientes.
Um único exemplo de deslealdade de um membro do
ramo podia colocar todos em risco de retaliação nazista.44
Helga encontrou consolo, segurança e amizade
entre os outros jovens da Igreja, incluindo seu irmão
Siegfried e o primo Kurt Brahtz. O ramo costumava
apresentar programas com teatro e música ou festas
animadas com mesas repletas de salada de batata, sal-
sichas alemãs e streuselkuchen, um saboroso bolo cro-
cante.45 Os jovens geralmente passavam o Dia do Senhor
inteiro juntos. Depois de assistir à Escola Dominical pela
manhã, eles iam para a casa de um membro da Igreja,
como a tia ou a avó de Helga. Se houvesse um piano,

385
Com Coragem, Nobreza e Independência

alguém se sentaria e tocaria enquanto todos cantavam


músicas do hinário alemão da Igreja.
Mais tarde, após a reunião sacramental, eles iam
até a casa de Heinz Schulzke, o filho adolescente do
presidente do ramo Otto Schulzke, para conversar, rir
e desfrutar da companhia uns dos outros. O presidente
Schulzke se tornou um segundo pai para Helga e os
outros jovens. Ele tinha grandes expectativas em relação
a eles, muitas vezes exortando-os a se arrepender e a
guardar os mandamentos. Mas ele também contava mui-
tas histórias e tinha um grande senso de humor. Sempre
que alguém chegava tarde à igreja e todos se viravam
para ver quem era, ele dizia: “Eu vou lhes dizer quando
um leão estiver entrando — não precisam se virar”.46
Helga também buscava consolo e orientação da
avó. Johanne Wachsmuth podia ser severa, como Otto
Schulzke, e não era rápida em mimar os netos. Era uma
mulher profundamente religiosa, que sabia falar com
seu Pai Celestial. Sempre que Helga ficava na casa dos
avós, Johanne esperava que a neta se ajoelhasse em
oração ao lado dela.
Uma noite, Helga estava brava com a avó e se
recusou a orar. Em vez de deixar Helga sozinha, Johanne
insistiu que orassem juntas.
Helga cedeu e, ao se ajoelhar no chão duro, sua
amargura se dissipou. A avó era sua amiga, aquela que a
ensinara a falar com Deus. Posteriormente, Helga ficou
grata pela experiência. Era bom saber que não tinha
deixado a raiva tomar conta de seu coração.47

386
Tudo o que é necessário

Em fevereiro de 1936, dez meses após sua reunião


inicial com a Primeira Presidência, Harold B. Lee mais
uma vez se viu no escritório deles. O presidente Grant
estava pronto para seguir em frente com um plano de
ajuda aos santos necessitados. Uma pesquisa recente
nas alas e estacas, realizada pelo Bispado Presidente,
revelou que aproximadamente um em cada cinco santos
estava recebendo algum tipo de ajuda financeira. Poucos
deles estavam procurando a Igreja em busca de ajuda,
em parte porque o governo federal havia aumentado
drasticamente o volume de ajuda concedida aos estados
nos últimos anos. O Bispado Presidente acreditava que
a Igreja poderia ajudar todos os membros necessitados
se cada santo dos últimos dias fizesse sua parte para
cuidar dos pobres.48
O presidente Grant e seus conselheiros pediram a
Harold que revisasse sua proposta anterior. Recrutaram
Campbell Brown Jr., o diretor do programa de bem-estar
de uma mina de cobre local, para ajudá-lo.49
Nas semanas seguintes, Harold trabalhou noite e
dia, analisando as estatísticas, aconselhando-se com
Campbell e revendo o plano anterior. Então, em 18 de
março, eles levaram a proposta revisada ao presidente
McKay e explicaram todos os detalhes.50 De acordo com
o novo plano, as estacas da Igreja seriam organizadas
em regiões geográficas, e cada região teria seu próprio
armazém central com alimentos e roupas. Esses artigos
seriam adquiridos com os fundos das ofertas de jejum
ou do dízimo, ou gerados por projetos de trabalho, ou

387
Com Coragem, Nobreza e Independência

recebidos por meio de doações de dízimo “em espécie”.


Se uma região tivesse um excedente de determinado
artigo, ela poderia trocar com outra região os artigos
de que precisasse.
Os conselhos regionais de presidentes de estaca
administrariam o programa, mas grande parte da res-
ponsabilidade de mantê-lo recairia sobre os bispados,
as presidências da Sociedade de Socorro da ala e os
recém-criados comitês de emprego de ala. Os mem-
bros do comitê de empregos manteriam um registro da
situação profissional de todos os membros da ala, que
seria atualizado semanalmente. Eles também organiza-
riam projetos de trabalho e ajudariam os membros com
outras formas de auxílio.51
O plano previa que os santos recebessem ajuda
em troca de mão de obra, assim como a Estaca Pioneer
havia feito. Os participantes dos projetos de trabalho
se reuniriam com o bispo para discutir a necessidade
de alimentos, roupas, combustível ou outros artigos
e, em seguida, uma representante da Sociedade de
Socorro visitaria a casa, avaliaria a situação da família e
preencheria um formulário de solicitação para ser apre-
sentado no armazém da estaca. Os santos receberiam
ajuda de acordo com suas circunstâncias individuais,
o que significa que duas pessoas poderiam trabalhar a
mesma quantidade de tempo em um dia, mas receber
uma quantidade diferente de alimentos ou suprimen-
tos, dependendo do tamanho da família ou de outros
fatores.52

388
Tudo o que é necessário

Quando Harold e Campbell terminaram sua expli-


cação, perceberam que o presidente McKay ficara
satisfeito.
“Irmãos, agora temos um programa para apresentar
à Igreja”, exclamou ele, batendo na mesa com a mão.
“O Senhor o inspirou em seu trabalho.”53

389
C APÍTULO 24

O objetivo da Igreja

O presidente Heber J. Grant e seus conselheiros agiram


rapidamente para implementar o programa de auxílio de
Harold B. Lee. Em 6 de abril de 1936, eles anunciaram
o plano em uma reunião especial para as presidências
de estaca e os bispados de ala. Vários dias depois, o
presidente Grant nomeou Harold para servir como dire-
tor administrativo do programa, instruindo-o a trabalhar
com o apóstolo Melvin J. Ballard e um comitê central de
supervisão.1
O objetivo principal da Igreja para os meses subse-
quentes seria garantir que, até 1º de outubro, todas as
famílias necessitadas das estacas tivessem comida, roupas
e combustível suficientes para o inverno. O presidente
Grant também queria colocar os santos desempregados

390
O objetivo da Igreja

de volta ao trabalho para elevar o bom ânimo, restaurar


a dignidade perdida e alcançar a estabilidade financeira.
Para cumprir essas metas, ele e seus conselheiros
pediram aos santos que pagassem o dízimo integral e
aumentassem suas ofertas de jejum. Também instruí-
ram os líderes locais da Sociedade de Socorro e do
sacerdócio a avaliar as necessidades e criar projetos de
trabalho para ajudar as pessoas de suas alas. E, tanto
quanto possível, a própria Igreja proporcionaria opor-
tunidades de trabalho, como reformar e fazer reparos
nas propriedades da Igreja.
“Não devemos poupar esforços para afastar todos
os sentimentos de timidez, embaraço ou vergonha por
parte dos que estão recebendo auxílio. A ala deve ser
uma grande família de pessoas iguais.”2
Durante a primeira semana de maio, o presidente
Grant viajou para a Califórnia a fim de criar uma nova
estaca e falar aos santos sobre o novo programa de
auxílio.3 Desde a organização da Estaca Los Angeles,
em 1923, milhares de santos se mudaram para a Califór-
nia em busca de um clima mais quente e um trabalho
melhor. Além disso, o estado tinha várias universidades
excelentes, e muitos santos dos últimos dias prospera-
ram nessas instituições. Em 1927, os líderes da Igreja
organizaram uma estaca em San Francisco, seguida por
outra na vizinha Oakland, alguns anos depois. Naquela
época, a Igreja tinha mais de 60 mil membros em nove
estacas em todo o estado.4

391
Com Coragem, Nobreza e Independência

O presidente Grant passou sua primeira noite em


Los Angeles falando com o presidente da nova estaca e se
reunindo com os santos locais para explicar o programa
de auxílio. Quando acordou na manhã seguinte, entre-
tanto, ele tinha os templos, e não o plano de alívio, em
sua mente. Ele e os líderes da Igreja há muito pensavam
em construir mais templos fora de Utah, em áreas com
grande número de santos. Recentemente, haviam deci-
dido construir um templo em Idaho Falls, uma pequena
cidade no sudeste de Idaho. Agora, ele sentia que a Igreja
precisava construir um templo em Los Angeles.5
A Depressão estava se tornando menos severa, e
a Igreja tinha recursos financeiros para construir dois
templos e, ao mesmo tempo, realizar o programa de
auxílio. Estava livre de dívidas e operando com base em
práticas financeiras sólidas. O investimento significativo
da Igreja em açúcar, iniciado no princípio da década de
1900, também estava rendendo dividendos. O presidente
Grant não pensava que os novos templos precisassem ser
tão elaborados e caros quanto o Templo de Salt Lake. Em
vez disso, ele vislumbrava templos de tamanho modesto
que atenderiam às necessidades dos santos locais.6
Por enquanto, porém, o estabelecimento do novo
plano de auxílio seria a principal prioridade da Igreja. Já
estavam surgindo objeções ao programa. Alguns santos
se irritaram com a nova e pesada carga de trabalho que
isso exigiria das alas e estacas. O pagamento fiel do
dízimo e das ofertas de jejum não era suficiente para
cuidar dos membros necessitados da Igreja? Também

392
O objetivo da Igreja

temiam que o pagamento do dízimo “em espécie” — ao


contribuírem com mercadorias para os armazéns locais
— gerasse custos adicionais de manuseio e armazena-
mento. Outros sentiram que, como cidadãos que paga-
vam impostos, eles tinham direito à ajuda do governo
caso se qualificassem mesmo que não precisassem
necessariamente dela.7
O presidente Grant sabia que o programa teria
seus críticos, mas aconselhou Harold a prosseguir com
o trabalho. Muito dependeria dos próximos seis meses.
Para o plano de auxílio ser bem-sucedido, os santos
teriam que trabalhar juntos.8

Enquanto isso, no México, Isaías Juárez, de 51 anos,


batalhava para impedir que a Igreja se dividisse em seu
país. Como presidente de distrito, ele liderava os santos
da região central do México desde 1926, quando uma
agitação política e religiosa levou o governo mexicano a
expulsar do país todos os clérigos nascidos no exterior,
inclusive os missionários santos dos últimos dias ameri-
canos. Seguindo o conselho de Rey L. Pratt, o presidente
exilado da missão e autoridade geral da Igreja, Isaías
e outros santos mexicanos ocuparam rapidamente os
cargos de liderança da Igreja vagos, evitando que os
ramos locais entrassem em colapso.9
Agora, dez anos depois, a Igreja no México enfren-
tava novos problemas. Após a morte inesperada do élder
Pratt em 1931, a Primeira Presidência chamou Antoine

393
Com Coragem, Nobreza e Independência

Ivins, do primeiro conselho dos setenta, para assumir seu


lugar como presidente da missão. Embora Antoine tivesse
crescido nas colônias dos santos dos últimos dias do
norte do México e estudado direito na Cidade do México,
ele não era um cidadão mexicano e não podia exercer
legalmente o ministério no país. Consequentemente, ele
trabalhava principalmente com mexicanos-americanos
que residiam no sudoeste dos Estados Unidos.10
Os santos da região central do México ficaram
preocupados com a ausência do presidente da missão,
especialmente quando as preocupações locais exigiam
atenção imediata. A Igreja, por exemplo, precisava cons-
truir mais capelas, já que a lei mexicana proibia as pes-
soas de realizar serviços religiosos em casas particulares
ou outros edifícios não religiosos. No entanto, os líderes
locais da Igreja não tinham autoridade ou recursos para
resolver esse problema sozinhos.11
Sentindo-se abandonados, Isaías e seus conselheiros,
Abel Páez e Bernabé Parra, reuniram-se com outros
santos preocupados em 1932 para debater o que fazer.
Nessas reuniões, que passaram a ser chamadas de
Primeira e Segunda Convenções, os santos resolveram
que seria melhor se um cidadão mexicano servisse como
presidente de missão. Durante a Revolução Mexicana,
muitos deles se aliaram a líderes que lutaram contra
potências estrangeiras pelos direitos dos indígenas
mexicanos e ficaram frustrados com líderes políticos
estrangeiros que governavam à distância e pareciam
ignorar suas necessidades.12

394
O objetivo da Igreja

Os participantes dessas convenções redigiram car-


tas com o intuito de obter apoio para essa mudança e
as enviaram à sede da Igreja. Em resposta, a Primeira
Presidência enviou Antoine Ivins e Melvin J. Ballard
à Cidade do México para falar com Isaías e os outros
peticionários. Os dois visitantes lhes garantiram que a
Primeira Presidência encontraria uma solução inspirada
para seu dilema de liderança. Mas Antoine também os
repreendeu por fazerem uma petição direta à Primeira
Presidência sem primeiro consultá-lo.13
Quando o chamado de Antoine como presidente de
missão terminou, a Primeira Presidência chamou Harold
Pratt, o irmão mais novo de Rey Pratt, para substituí-lo.
Nascido nas colônias mexicanas, Harold podia servir
livremente no país e logo mudou a sede da missão para
a Cidade do México. Mesmo assim, alguns membros
da Igreja se irritaram sob sua supervisão. Outros santos
ficaram profundamente desapontados por ele não ser
cultural e etnicamente mexicano. Eles queriam um presi-
dente de missão que pudesse entender a vida cotidiana
e as necessidades das pessoas a quem ele servia.14
No início de 1936, a Primeira Presidência decidiu
dividir a Missão Mexicana na fronteira nacional, remo-
vendo uma parte do sudoeste dos Estados Unidos dos
limites da missão. Essa notícia deu a alguns santos a
esperança de que um mexicano, de etnia mexicana,
serviria como novo presidente de missão. Mas, quando
Harold Pratt manteve seu cargo, um grupo de santos
desapontados decidiu realizar uma Terceira Convenção.

395
Com Coragem, Nobreza e Independência

À frente desse esforço estavam Abel Páez e seu tio,


Margarito Bautista. Margarito tinha muito orgulho de sua
herança mexicana — e da crença de que era descendente
dos povos do Livro de Mórmon. Ele achava que os santos
mexicanos podiam governar a si mesmos e se ressentia
da interferência dos líderes dos Estados Unidos.15
Isaías simpatizou com Abel e Margarito, mas os
instou a não realizar a convenção. “A organização da
Igreja”, lembrou ele a Abel, “não se baseia em petições da
maioria”. Quando os planos para a Terceira Convenção
foram adiante assim mesmo, Isaías enviou uma carta
para toda a missão, desencorajando os membros da
Igreja de comparecerem.
“A causa é nobre”, escreveu ele, “mas o procedimento
não é correto porque viola o princípio da autoridade”.16
Em 26 de abril de 1936, 120 santos se reuniram em
Tecalco, México, para a Terceira Convenção. Na reunião,
eles votaram por unanimidade a favor de apoiar a Primeira
Presidência. Acreditando que os líderes da Igreja de Salt
Lake City haviam entendido mal a carta anterior, decidiram
que precisariam enviar uma nova petição, solicitando
claramente um presidente de missão de sua própria “raza
y sangre” [raça e sangue]. Os participantes da convenção
votaram unanimemente a favor de apresentar Abel Páez
como sua escolha de alguém experiente e de origem local
para ser o presidente da Missão Mexicana.17
Depois da reunião, Isaías trabalhou com Harold
Pratt para se reconciliar com Abel e os participantes da
convenção, mas seus esforços fracassaram. Em junho,

396
O objetivo da Igreja

os membros redigiram uma petição de 18 páginas para


a Primeira Presidência. “Pedimos respeitosamente que
nos concedam duas coisas”, escreveram eles. “Primeiro,
que nossa Igreja nos conceda um presidente de missão
que seja mexicano e, segundo, que nossa Igreja aceite
e autorize o candidato que escolhemos.”
Isaías nada mais pôde fazer para impedir que os
membros da convenção apresentassem a petição. No
final do mês, eles a enviaram com 251 assinaturas para
Salt Lake City.18

Em 2 de outubro de 1936, o presidente Heber J.


Grant abriu a conferência geral com um relatório do
progresso do plano de auxílio, que ficou conhecido
como o Programa de Segurança da Igreja. No primeiro
dia do mês, lembrou ele aos santos, a Igreja queria que
todos os santos fiéis e necessitados de suas estacas
tivessem alimentos, combustível e roupas suficientes
para o inverno que se aproximava.
Embora apenas três quartos das estacas tivessem
cumprido a meta, ele ficou satisfeito com a presteza e
eficiência que os santos haviam demonstrado nos últi-
mos seis meses. “Mais de 15 mil pessoas trabalharam em
vários projetos de estaca e ala”, relatou ele. “Centenas
de milhares de horas de trabalho foram oferecidas pelas
pessoas para esse propósito necessário e louvável.”19
As pessoas haviam colhido cereais e outros produtos
agrícolas, coletado roupas e confeccionado colchas e

397
Com Coragem, Nobreza e Independência

cobertores em abundância. Os comitês de emprego


ajudaram quase 700 pessoas a encontrar emprego.
“O objetivo da Igreja é ajudar as pessoas a ajuda-
rem a si mesmas”, disse o presidente Grant aos santos
reunidos. “Não devemos pensar em cessar nossos esfor-
ços adicionais até que toda necessidade e sofrimento
desapareçam de nosso meio.”20
Dois meses após a conferência, uma equipe de
filmagem veio a Salt Lake City para fazer um pequeno
documentário sobre o programa de segurança para o The
March of Time, um noticiário muito popular exibido nos
cinemas dos Estados Unidos. Os cineastas filmaram os
marcos históricos de Salt Lake City e os santos dos últi-
mos dias trabalhando na terra e administrando armazéns
e oficinas da Igreja. Com a cooperação do presidente
Grant e de outros líderes da Igreja, a equipe também
filmou debates e reuniões sobre o plano de segurança.21
Agora que os santos estavam mais bem preparados
para enfrentar a estação fria, a atenção do profeta se
voltou novamente para os templos. Naquele inverno,
a Igreja recebeu a doação de um terreno para a cons-
trução de um templo ao lado do rio Snake, em Idaho
Falls, Idaho, onde residia uma forte comunidade de
santos devotos.22 O presidente Grant, então, voltou a
Los Angeles para visitar as estacas de lá e seguir sua
inspiração de construir um templo na cidade.
Na Califórnia, ele encontrou os membros da Igreja
trabalhando arduamente para implementar o programa
de segurança. Sendo um centro urbano, Los Angeles

398
O objetivo da Igreja

representava desafios para o plano, que dependia da


agricultura e de outras atividades rurais para fornecer
trabalho aos santos desempregados. Por esse motivo,
as estacas da Califórnia adaptaram o programa à sua
região. Enlatavam frutas provenientes dos abundantes
pomares do estado e, à medida que a Igreja continuava
a crescer na área, os santos que precisavam de ajuda
trabalhavam como operários de construção em novas
capelas.23
Mesmo assim, os santos da Califórnia se empe-
nhavam para cumprir a meta de aumentar suas ofertas
de jejum. Falando aos membros da Estaca Pasadena, a
nordeste de Los Angeles, o presidente Grant enfatizou
a importância desse sacrifício. “Não haverá necessidade
em meio a nossos membros da Igreja”, prometeu ele à
congregação, “se uma vez por mês todos os santos dos
últimos dias se abstiverem de consumir duas refeições
e doarem o valor economizado para as mãos do bispo
a fim de ser distribuído para os necessitados”.24
Quando não estava se reunindo com os santos, o
presidente Grant visitava possíveis locais para a cons-
trução do templo. Encontrou muitos lugares adequados,
mas, toda vez que mostrava interesse em comprar, os
proprietários pediam muito mais do que ele achava que
valia o terreno.25 O melhor local que encontrou foi um
belo terreno de quase dez hectares localizado ao longo
da avenida principal, entre Los Angeles e Hollywood.
Ele fez uma oferta pela propriedade, mas não obteve
resposta do proprietário antes de retornar a Salt Lake City.

399
Com Coragem, Nobreza e Independência

No dia seguinte, recebeu um telegrama de um


bispo de Los Angeles. O dono do lote aceitou a oferta
da Igreja. O profeta ficou muito feliz. “Temos o melhor
local de todo o país”, disse ele a J. Reuben Clark.26
A notícia chegou no momento em que The March
of Time estreava nos cinemas, chamando de modo posi-
tivo a atenção do país para os esforços dos santos em
ajudar os pobres.27 Algumas semanas antes da estreia do
filme, um cinema de Salt Lake City havia realizado uma
exibição privada para os líderes da Igreja e da cidade.
O presidente Grant ainda estava na Califórnia na época,
de modo que perdeu o evento. Mas David O. McKay
pôde comparecer e elogiou muito o filme.
“Foi um lindo filme”, exclamou. “O filme é tão exce-
lente e foi apresentado com tanta maestria que todo
homem, mulher e criança da Igreja devem ser gratos
por ele.”28

Nessa época, o cisma entre a Terceira Convenção do


México e a Igreja continuava a aumentar.29 Depois de
receber a petição dos membros da convenção, a Primeira
Presidência respondeu com uma longa carta, reiterando
a importância de seguir os procedimentos-padrão do
governo da Igreja em todas as partes do mundo.
“Se assim não fosse”, declarou a presidência, “logo
surgiriam na Igreja práticas diferentes, que levariam a
doutrinas diferentes e, no final, não haveria ordem na
Igreja”.30

400
O objetivo da Igreja

Exortaram aqueles membros a se arrependerem.


“Tempo virá em que um presidente de missão de sua
própria raça será chamado”, escreveram eles, “mas isso
só acontecerá quando o presidente da Igreja, agindo
sob a inspiração do Senhor, decidir fazê-lo”.31
Santiago Mora Gonzáles, um presidente de ramo
da região central do México, reuniu-se com outros par-
ticipantes da Terceira Convenção em novembro de 1936
para debater a melhor maneira de responder à carta da
Primeira Presidência. Alguns deles, incluindo Santiago,
ficaram decepcionados com a carta, mas queriam acatar
a decisão da Primeira Presidência. Outros não.
Margarito Bautista, que estava sentado perto de
Santiago na reunião, saltou da mesa. “Isso é uma injus-
tiça!”, exclamou. Ele queria que os participantes rejeitas-
sem a autoridade de Harold Pratt de uma vez por todas.
“Ele não é mais nosso presidente”, declarou Margarito.
“Nosso presidente é o querido Abel!”
Santiago ficou alarmado. No início daquele ano, ele
perguntou a Margarito o que aconteceria se os líderes da
Igreja não concordassem com a petição dos membros
da convenção. Margarito havia garantido a ele que, quer
obtivessem ou não a resposta que desejavam, eles con-
tinuariam a apoiar Harold como presidente de missão
e esperavam que ele levasse em consideração as ques-
tões levantadas. Agora, parecia que aqueles membros
clamavam por uma rebelião total.
“Não foi isso que combinamos”, disse Santiago ao
amigo.

401
Com Coragem, Nobreza e Independência

“Sim, mas isso é uma injustiça”, disse Margarito.


“Bem, então”, disse Santiago, “não estamos cum-
prindo nossa palavra”.
Naquela noite, Santiago voltou para casa e conver-
sou com sua esposa, Dolores. “O que devemos fazer?”,
perguntou. “Não quero ser um elemento de oposição
ao trabalho da Igreja.”
“Pense bem”, disse Dolores.32
Pouco tempo depois, Santiago se reuniu com
mais de 200 membros para decidir o caminho a seguir.
Muitos deles tinham ficado tão irados com a carta da
Primeira Presidência quanto Margarito. No entanto,
também estavam preocupados com os rumores de
que Margarito estava cortejando esposas plurais, uma
prática que vira quando era um jovem convertido nas
colônias mexicanas. Quando os membros descobriram
que esses rumores eram verdadeiros, concordaram que
seu comportamento era inaceitável e o expulsaram da
organização.33
Santiago ficou perturbado com o fato de Margarito,
um dos principais instigadores da Convenção, ter se
desviado do caminho certo. Depois de assistir a mais
algumas reuniões, Santiago começou a dizer à esposa
e a outros membros que não continuaria a fazer parte
do grupo. Ele e outros participantes da convenção desi-
ludidos logo se encontraram com Harold, falaram-lhe
de seu desejo de voltar ao corpo principal da Igreja e
perguntaram o que precisavam fazer para voltar.

402
O objetivo da Igreja

“Bem”, disse Harold, “não há condição para vocês,


irmãos. Vocês continuam sendo membros. Vocês são
membros da Igreja”.34
Santiago continuou a servir fielmente como pre-
sidente de seu ramo. A Terceira Convenção continuou
sendo um movimento relativamente pequeno entre os
santos do México, mas ainda atraiu centenas de membros
da Igreja. Depois de mais esforços de reconciliação terem
fracassado, os líderes da convenção enviaram outra carta
à Primeira Presidência, declarando suas intenções de
rejeitar totalmente a liderança do presidente da missão.
Os líderes da Igreja no México responderam pouco
tempo depois, excomungando Abel Páez, Margarito
Bautista e outros líderes da convenção em maio de 1937
por rebelião, insubordinação e apostasia.35

Naquela primavera, no leste dos Estados Unidos,


Paul Bang, de 18 anos, estava servindo ativamente no
Ramo Cincinnati. Além de ser sacerdote no Sacerdócio
Aarônico, ele era secretário do ramo, secretário da AMM
e missionário local.
Todos os domingos, ele e outros missionários locais
iam de porta em porta na cidade, compartilhando o
evangelho. Um de seus companheiros, Gus Mason,
tinha idade suficiente para ser seu pai e procurou ficar
de olho nele. Em seu primeiro dia de trabalho juntos,
Paul bateu sozinho em uma porta e foi convidado a

403
Com Coragem, Nobreza e Independência

deixar uma mensagem do evangelho. Gus, enquanto


isso, caminhava freneticamente para cima e para baixo
pelas ruas, procurando-o. Depois disso, eles passaram
a bater nas portas juntos.36
Paul gostava de conversar com as pessoas sobre a
Igreja. Ao contrário dos rapazes de Utah, ele estava cer-
cado por pessoas que não compartilhavam de suas cren-
ças. Gostava de estudar o evangelho restaurado e fazer
anotações sobre o que aprendera. Em seu tempo livre,
ele lia as escrituras e outros livros da Igreja, incluindo A
Young Folk’s History of the Church, de Nephi Anderson,
e Jesus, o Cristo e Regras de Fé, de James E. Talmage.
Geralmente estudava esses livros enquanto cuidava da
loja nas tardes de domingo, quando poucas pessoas
paravam para fazer compras.37
Paul e sua namorada, Connie Taylor, eram pratica-
mente inseparáveis nas reuniões da Igreja e nas ativi-
dades da AMM.38 Alvin Gilliam, que substituiu Charles
Anderson como presidente do ramo no início de 1936,
incentivava o relacionamento de Paul e Connie. Nos
últimos dez anos, o ramo mais do que dobrou de tama-
nho, em parte graças aos jovens santos que se casavam,
permaneciam no ramo e constituíam família.
A Depressão também fez com que muitas pessoas
abandonassem suas raízes, tanto física quanto espiritual-
mente, resultando em um certo crescimento decorrente
de conversos locais ou de santos que se mudaram para
Cincinnati provenientes de lugares economicamente
carentes como Utah ou o sul dos Estados Unidos. Outros

404
O objetivo da Igreja

vieram de ainda mais longe, incluindo uma família de


santos alemães de Buenos Aires, Argentina. Recente-
mente, a irmã de Paul, Judy, havia se casado com Stanley
Fish, um jovem do Arizona que retornara a Cincinnati
depois de servir missão ali.39
Em 6 de junho de 1937, Paul, Connie e outros mem-
bros do ramo viajaram quase 200 quilômetros para ouvir
o presidente David O. McKay falar em uma conferên-
cia missionária em um estado vizinho. Paul e Connie
prestaram muita atenção enquanto o presidente McKay
falava à congregação sobre a santidade do namoro e do
casamento. Naquela noite, antes de Paul deixar Connie
no apartamento da família dela, ela disse a ele pela
primeira vez que o amava.40
Pouco tempo depois, o presidente Gilliam pediu
a Paul que orasse a respeito de servir missão de tempo
integral. Naquela época, não se esperava que todo rapaz
digno servisse missão e, se Paul fosse, ele seria o pri-
meiro missionário de tempo integral do Ramo Cincinnati
a servir.41 Paul não tinha certeza se deveria ir. A Igreja
certamente precisava de sua ajuda, dada a escassez de
missionários durante a Depressão. Mas ele também tinha
que pensar em sua família e na loja. Seus irmãos mais
velhos já haviam se mudado de casa, e ele sabia que
seus pais dependiam dele.42
Por fim, Paul decidiu não servir missão de tempo
integral. Ele continuou como missionário de ramo e,
em 1º de agosto, dois dias depois de pregar em uma
reunião de rua, batizou seis pessoas em uma piscina. No

405
Com Coragem, Nobreza e Independência

outono, o presidente Gilliam e o presidente da Missão


dos Estados do Norte, Bryant Hinckley, chamaram
Connie para ser também missionária de ramo.43
Em pouco tempo, Paul e Connie estavam indo para
as ruas juntos, distribuindo publicações da Igreja e pre-
gando para quem quisesse ouvir. Para o décimo nono
aniversário de Connie em maio de 1938, Paul a surpreen-
deu com uma Bíblia e um exemplar de Jesus, o Cristo —
dois livros que ela poderia usar em seu novo chamado.
Por um tempo, ele também brincou sobre dar a ela
um anel de noivado. Mas eles ainda tinham um ano de
Ensino Médio pela frente — e nenhum dos dois estava
pronto para o casamento.44

406
C APÍTULO 25

Sem tempo a perder

Na noite de 11 de março de 1938, Hermine Cziep reu-


niu seus três filhos em torno do rádio em seu pequeno
apartamento de um cômodo nos arredores de Viena,
Áustria. Kurt Schuschnigg, o chanceler austríaco, estava
transmitindo um discurso à nação. As tropas alemãs
haviam se concentrado ao longo da fronteira entre os
dois países. A menos que o governo austríaco concor-
dasse em aceitar o Anschluss — a união da Alemanha e
da Áustria sob o domínio nazista —, o exército alemão
tomaria o país à força. O chanceler não teve escolha a
não ser renunciar e pedir à nação que se submetesse
à invasão alemã.
“E assim me despeço do povo austríaco”, declarou.
“Que Deus proteja a Áustria!”

407
Com Coragem, Nobreza e Independência

Hermine começou a chorar. “Não somos mais a


Áustria agora”, disse ela aos filhos. “Esta é a obra de
Satanás. A força gera força, e o que os nazistas estão
fazendo não é bom.”1
Nos dois dias seguintes, poucas pessoas resistiram
abertamente ao exército de Adolf Hitler enquanto os
alemães entraram no país e assumiram o controle da
força policial. Hitler nasceu na Áustria, e muitos aus-
tríacos apoiavam seu desejo de unir todos os povos de
língua alemã em um poderoso novo império chamado
“Terceiro Reich” mesmo que isso significasse abrir mão
da independência nacional.2
Assim como Hermine, seu marido, Alois, também
desconfiava dos nazistas. Ele era o presidente do Ramo
Viena havia mais de quatro anos, e Hermine servia com
ele como presidente da Sociedade de Socorro. O ramo
era pequeno, com cerca de 80 membros, e alguns deles
eram partidários ferrenhos de Hitler e do Anschluss.
Outros membros do ramo, especialmente aqueles com
herança judaica, viam a ascensão de Hitler ao poder
com medo e apreensão. Mas os santos de Viena ainda
eram uma família, e o casal Cziep não queria que os
nazistas os dividissem.3
Quando Hermine e Alois se filiaram à Igreja como
jovens adultos, isso criou uma cisão entre eles e seus
pais. O pai de Alois, um católico devoto, havia efetiva-
mente renegado seu filho, dizendo-lhe em uma carta
que ele deveria renunciar à sua associação com os san-
tos dos últimos dias. “Se você decidir não dar ouvidos

408
Sem tempo a perder

às minhas palavras”, escreveu o pai, “não vou mais falar


com você nesta vida, e o que você escrever para mim
acabará queimando no fogo”. Seu pai já havia morrido
e, embora Alois agora tivesse um bom relacionamento
com seus irmãos, ele conhecia a dor de uma família
fragmentada.4
Outros santos de Viena sofreram rejeição seme-
lhante, e muitos casais mais jovens do ramo considera-
vam o casal Cziep como seus pais. Visto que Hermine
normalmente não tinha dinheiro para andar de bonde,
ela caminhava pela cidade várias vezes por semana para
visitar as mulheres do ramo. Quando alguém do ramo
tinha um filho, Hermine levava comida para a família,
ajudava na limpeza e cuidava dos filhos mais velhos.
Alois, por sua vez, muitas vezes saía em sua bicicleta
para cuidar dos assuntos do ramo, depois de sair do
trabalho às 7 horas da noite.5
Três dias após o discurso do chanceler Schuschnigg,
faixas nazistas vermelhas e brancas, com suásticas
pretas, estavam alinhadas pelas ruas de Viena. Como
Alois trabalhava para uma grande empresa alemã, ele e
seus colegas de trabalho foram obrigados a deixar a loja
para formar uma “guarda de honra” enquanto Hitler e
suas tropas desfilavam pela cidade. Enquanto estava no
meio da multidão, Alois mal conseguiu ver o conversível
cinza de Hitler passando pela rua, cercado por carros de
polícia e soldados armados em uniformes impecáveis.
Ao redor de Alois, o povo aplaudia, erguendo o braço
direito na saudação nazista.

409
Com Coragem, Nobreza e Independência

No dia seguinte, Alois se juntou a milhares de


concidadãos que lotavam a Heldenplatz, ou “Praça do
Herói”, nos arredores do Palácio Hofburg de Viena.
Hitler caminhou até a sacada do palácio e declarou:
“Posso anunciar perante a história a entrada de minha
terra natal no Reich alemão”.6
À medida que a multidão aumentava, gritos de “Heil
Hitler!” enchiam a praça. Alois percebeu que estava
testemunhando um momento crucial na história. Ainda
não estava claro como esses eventos afetariam os santos
em Viena.7

Do outro lado do mundo, Chiye Terazawa, de 23


anos, estava desanimada. Há quase um mês, ela ser-
via como missionária de língua japonesa em Honolulu,
Havaí. Embora seus pais fossem do Japão, ela tinha nas-
cido e crescido nos Estados Unidos e não falava japonês.
Na verdade, ao estudar o idioma com outros missioná-
rios, muitas vezes ela se sentia frustrada por não apren-
der mais rapidamente. Quase todos os dias eram uma
luta, e ela implorava a Deus que soltasse sua língua.8
Quase três anos haviam se passado desde que o
presidente Heber J. Grant se sentira inspirado a abrir
uma missão entre a numerosa população japonesa no
Havaí. Enquanto ele e seus conselheiros estavam ansio-
sos para retomar o trabalho missionário entre as pes-
soas que falavam japonês, um ex-presidente de missão
no Japão desaconselhava a empreitada. Ele acreditava

410
Sem tempo a perder

que havia muitas barreiras culturais no caminho para


o sucesso.
Ainda assim, o presidente Grant seguiu adiante
com o plano, convencido de que uma missão de língua
japonesa no Havaí poderia estabelecer ramos fortes
de pessoas que falavam japonês, as quais poderiam
depois compartilhar o evangelho com amigos e familia-
res no Japão.9 Em novembro de 1936, ele chamou Hilton
Robertson, que também fora presidente de missão no
Japão, para abrir a missão. O presidente Robertson e sua
esposa, Hazel, mudaram-se para Honolulu, e logo três
élderes dos Estados Unidos se juntaram a eles.10 Chiye
chegou depois, no início de fevereiro de 1938.
Apesar de suas dificuldades com o idioma, Chiye
era uma missionária animada. Ela era a primeira mis-
sionária nipo-americana de tempo integral a servir na
Igreja, e o evangelho era uma parte preciosa de sua
vida. Seus pais não eram membros da Igreja, mas haviam
vivido por muitos anos entre os santos no sudeste de
Idaho. Antes de morrer em consequência da pandemia
de gripe de 1918, a mãe dela pedira ao marido que
deixasse Chiye e seus cinco irmãos frequentarem as
reuniões da Igreja.
“Você não pode criá-los sozinho”, disse a mãe de
Chiye a ele. “A Igreja será a mãe deles, assim você poderá
ser o pai.”11
E a Igreja desempenhou sua parte muito bem, tanto
em Idaho quanto na Califórnia, depois que a família se
mudou para lá. Antes de Chiye partir para a missão, os

411
Com Coragem, Nobreza e Independência

santos da estaca organizaram uma festa de despedida


com mensagens pelos líderes locais e apresentações de
sapateado, quarteto de cordas e um baile com orquestra
ao vivo.12
Como era a única missionária solteira na missão,
Chiye geralmente trabalhava com a síster Robertson.
Elas com frequência ensinavam pessoas que falavam
inglês, pois não falavam muito bem o japonês. O presi-
dente Robertson também chamou Chiye para organizar
a Associação de Melhoramentos Mútuos das Moças e
servir como presidente dessa organização. A designa-
ção era assustadora, mas ela recebeu alguns conselhos
sobre como organizar a AMM quando Helen Williams,
primeira conselheira na presidência geral da AMMJD,
visitou as ilhas.
Chiye escolheu suas conselheiras e decidiu quem
seriam as líderes das abelhinhas e das ceifeiras. Ela
também trabalhou com Marion Lee, o élder designado
para liderar os rapazes, ao planejarem a primeira reu-
nião da AMM da missão.13 Embora a organização fosse
voltada para os jovens da Igreja, as reuniões da AMM
eram abertas para pessoas de todas as idades. Seria
uma noite de canções tradicionais japonesas, danças e
histórias contadas pelos santos locais e amigos do ramo.
Marion falaria sobre o propósito e objetivo da AMM, e
Chiye falaria sobre a história do programa AMMJD.
A reunião ficou marcada para o dia 22 de março.
Chiye estava apreensiva, pois temia que ninguém apa-
recesse. Marion temia que o programa que eles haviam

412
Sem tempo a perder

planejado fosse muito curto. Seu companheiro disse que


não havia nada com que se preocupar. “O Senhor vai
prover”, prometera ele.
Quando chegou a hora de dar início à reunião,
algumas pessoas ainda não tinham chegado, mas Chiye
e Marion decidiram começar assim mesmo. Os missio-
nários iniciaram com um hino e uma oração. Então,
Kay Ikegami, o superintendente da Escola Dominical,
chegou com a família. Pouco depois, outra família che-
gou. No final da reunião, mais de 40 pessoas estavam
reunidas, inclusive todas as líderes que trabalhavam
com Chiye na AMM. Um homem cantou três canções,
preenchendo a programação e aliviando o temor de
que a reunião seria muito curta.
Chiye e Marion ficaram aliviados. A AMM da mis-
são teve um início promissor. “Deus abriu o caminho”,
escreveu Chiye em seu diário. “Só espero que possamos
fazer com que seja um sucesso.”14

Naquele verão, J. Reuben Clark, da Primeira


Presidência, preparou-se para falar em uma reunião
anual de professores dos seminários, institutos e
faculdades de religião da Igreja.
O presidente Clark, anteriormente advogado e diplo-
mata, era um forte apoiador da educação. Como muitos
religiosos de sua geração, ele se preocupava com as
tendências seculares que estavam substituindo as cren-
ças religiosas nas salas de aula. Estava especialmente

413
Com Coragem, Nobreza e Independência

incomodado com os estudiosos da Bíblia que se apega-


vam mais aos ensinamentos morais de Jesus do que a
Seus milagres, Sua Expiação e Sua Ressurreição. Ao longo
de sua vida adulta, ele viu amigos, colegas de trabalho
e até mesmo outros santos dos últimos dias ficarem tão
absorvidos nas ideias seculares que acabaram por aban-
donar a fé.15
O presidente Clark não queria que isso também
acontecesse com a nova geração de santos. As três
faculdades, os 13 institutos e os 98 seminários da Igreja
haviam sido fundados para “formar santos dos últimos
dias”. Ainda assim, ele se preocupava com o fato de
alguns professores dessas escolas perderem oportuni-
dades de nutrir a fé no evangelho restaurado de Jesus
Cristo quando se abstinham de prestar testemunho,
supondo que isso influenciaria a busca da verdade por
seus alunos. Ele acreditava que os jovens da Igreja preci-
savam de uma educação religiosa alicerçada nos eventos
fundamentais e na doutrina da Restauração.16
Na manhã de 8 de agosto de 1938, o presidente
Clark se reuniu com os professores em Aspen Grove,
um lindo local de reuniões em um desfiladeiro que fica
localizado nas montanhas perto de Provo, Utah. Ao se
levantar para falar, uma tempestade varreu a área, atin-
gindo o alojamento onde ele e os professores estavam
reunidos. Sem se abalar, ele disse ao público que pre-
tendia falar francamente em nome dos outros membros
da Primeira Presidência.

414
Sem tempo a perder

“Temos de dizer o que queremos claramente”, disse


ele, “porque o futuro de nossos jovens, aqui na Terra e
na vida futura, bem como o bem-estar de toda a Igreja
estão em jogo”.
Ele identificou a doutrina fundamental do evange-
lho restaurado. “Há para a Igreja, e para todos os seus
membros, duas coisas primordiais que não podem passar
desapercebidas, ser esquecidas, obscurecidas ou elimi-
nadas”, ele disse. “A primeira é que Jesus Cristo é o Filho
de Deus, o Unigênito do Pai na carne.”
“A segunda”, continuou, “é que o Pai e o Filho de
fato e verdadeiramente apareceram ao profeta Joseph
em uma visão no bosque.
Sem essas duas grandes crenças,” ele declarou, “a
Igreja deixaria de ser a Igreja”.17
Ele então falou sobre a importância de ensinar
esses princípios aos alunos. “Os jovens da Igreja estão
famintos pelas coisas do Espírito”, disse ele. “Eles que-
rem adquirir o testemunho de que essas coisas são
verdadeiras.”18
Ele acreditava que um testemunho pessoal do evan-
gelho deveria ser o primeiro requisito para ensinar o
evangelho. “Nem todo o aprendizado, o estudo e a
quantidade de diplomas alcançados podem substituir
esse testemunho”, ele disse. Além disso, ele declarou:
“Vocês não precisam chegar de mansinho nesses jovens
espiritualmente experientes e sussurrar religião aos seus
ouvidos. Podem ser diretos e falar com eles cara a cara.

415
Com Coragem, Nobreza e Independência

Não precisam disfarçar as verdades religiosas sob o


manto das coisas mundanas”.
Enquanto a chuva batia contra as janelas do aloja-
mento, o presidente Clark exortou os professores a ajudar
a Primeira Presidência a melhorar a educação religiosa
na Igreja.
“Vocês, professores, têm uma grande missão”, tes-
tificou. “Seu principal interesse, seu dever essencial e
quase que exclusivo é ensinar o evangelho do Senhor
Jesus Cristo como revelado na época atual.”19
Depois do discurso, alguns professores se opuse-
ram ao curso que a Primeira Presidência havia traçado
para a educação na Igreja, acreditando que isso restrin-
gia a liberdade deles de ensinar como achavam melhor.
Outros aceitaram de bom grado a ênfase em ensinar
verdades fundamentais e prestar testemunho pessoal.
“Estou ansioso para levar avante o trabalho”, disse o
comissário de educação da Igreja, Franklin West, ao
presidente Clark. “Prometo que você verá uma melhora
acentuada e rápida.”20
Poucos meses depois, o programa do seminário
apresentou uma nova classe para seus alunos: “As dou-
trinas da Igreja”.21

Em fevereiro de 1939, Chiye Terazawa soube que seu


presidente de missão estava planejando transferir duas
missionárias para outra área do Havaí. A notícia a deixou
assustada. Com a AMMJD indo tão bem em Honolulu,

416
Sem tempo a perder

ela não queria ir embora. Quem seria transferida, ela se


perguntou, e para onde elas iriam?22
A missão agora tinha quatro missionárias, todas
morando e trabalhando juntas em Honolulu. O presi-
dente Robertson, porém, tinha organizado recentemente
ramos de santos japoneses em Maui, Kauai e na Ilha
Grande do Havaí. As sísteres que ele selecionou para
a transferência seriam responsáveis por trabalhar com
os élderes para estabelecer um desses ramos desde os
estágios iniciais.23
Em 3 de março de 1939, o presidente Robertson
chamou Chiye e sua companheira, Inez Beckstead, ao
escritório. Ele disse que elas estavam sendo transferidas
para Hilo, uma cidade na Ilha Grande. Chiye sentiu
muitas emoções ao mesmo tempo e não conseguiu
conter as lágrimas. Ela estava feliz e aliviada porque
não precisava mais ficar preocupada se seria ou não
transferida. Mas sentiria falta de trabalhar tão próxima
ao casal Robertson e aos santos japoneses em Oahu.
Alguns dias depois, Chiye e Inez se despediram de
uma multidão de missionários e santos japoneses no porto
de Honolulu. Várias mulheres cobriram as duas compa-
nheiras com colares de flores. Kay Ikegami deu a elas um
pouco de dinheiro para a viagem. O pioneiro japonês
Tomizo Katsunuma as presenteou com selos postais.24
Uma pessoa que não estava nas docas era Tsune
Nachie, a tão amada oficiante do templo, que era do
Japão, e que morrera alguns meses antes. Aquela idosa
era conhecida amplamente como a “mãe da missão” e

417
Com Coragem, Nobreza e Independência

havia se tornado uma querida amiga e mentora de Chiye


no ano anterior. Na verdade, pouco após a morte da
irmã Nachie, o presidente e a síster Robertson pediram
a Chiye que os ajudasse a preparar o corpo dela para o
enterro. A irmã Nachie teria adorado saber que as duas
missionárias estavam indo para Hilo. Muitos anos antes,
ela mesma servira missão local naquele lugar.25
Chiye e Inez chegaram a Hilo na manhã de 8 de
março, um pouco enjoadas, mas prontas para o trabalho.
Hilo era muito menor do que Honolulu. Chiye e Inez
não encontraram hotéis nem restaurantes na cidade,
apenas um bar à beira-mar. O Ramo Hilo tinha cerca de
cinco meses, e aproximadamente 35 pessoas frequen-
tavam as reuniões de domingo, sendo que a maioria
estava conhecendo a Igreja. Os élderes já haviam organi-
zado a Escola Dominical e a AMM para os rapazes, mas
não havia ainda a AMM para as moças nem a Primária.
Chiye aceitou liderar as moças, e Inez serviria como
presidente da Primária.26
As duas missionárias se mudaram para o porão
de uma pensão para mulheres e encontraram muitas
oportunidades de melhorar seu japonês. Uma das pri-
meiras coisas que fizeram foi perguntar aos diretores
e professores de uma escola japonesa para crianças se
elas poderiam conversar com os alunos sobre a Primária.
Na época, as missionárias usavam a Primária como uma
maneira de apresentar a Igreja para as crianças e sua
família. Como as atividades eram divertidas e promo-
viam os simples valores cristãos, elas atraíam crianças

418
Sem tempo a perder

de muitas religiões. Chiye e Inez passaram uma boa


imagem para a escola e, pouco tempo depois, muitas
crianças estavam frequentando a Primária nas tardes
de quarta-feira.27
Naquela primavera, as missionárias decidiram pre-
parar uma apresentação das crianças chamada Corações
Felizes, um musical que a junta geral da Primária tinha
aprovado para os festivais da Primária em toda a Igreja.
Na peça, o rei e a rainha de um reino imaginário ensi-
navam às crianças por que coisas desagradáveis como a
chuva, comer vegetais e dormir cedo eram, na verdade,
boas para elas.28
Quando Chiye e Inez não estavam batendo portas,
estudando ou se reunindo com os pesquisadores, mui-
tas vezes podiam ser encontradas ensaiando as músi-
cas, costurando as fantasias, montando os adereços ou
pedindo aos pais que enviassem seus filhos para ensaiar
a peça. Os santos de Hilo e os élderes também ajuda-
vam, buscando as crianças que faltavam, produzindo
os cenários e ajudando nos ensaios.29
Nove dias antes da apresentação, o ensaio foi um
desastre. “Que bagunça”, escreveu Chiye no diário. “Mas
realmente acredito que vai dar certo. Pelo menos, tenho
esperança.”30
Os ensaios posteriores foram melhores e, à medida
que o dia da apresentação se aproximava, tudo come-
çou a se encaixar. As missionárias anunciaram o festival
no jornal e terminaram de costurar e consertar as fan-
tasias. Tamotsu Aoki, um empresário local que estava

419
Com Coragem, Nobreza e Independência

conhecendo a Igreja com a família, concordou em ser


o mestre de cerimônias.31
Na manhã da apresentação, Chiye acordou cedo e
ajudou a colher flores, samambaias e outras plantas para
decorar o palco da capela. Depois, enquanto os santos e
os élderes colocavam as cadeiras e arrumavam o cenário,
ela se apressou a fim de vestir e maquiar as crianças para
que ficassem prontas na hora certa.
Às 19 horas, cerca de 500 pessoas estavam reunidas
para assistir à apresentação. Para o alívio de Chiye, as
crianças se apresentaram muito bem. Ela e Inez ficaram
emocionadas com o fato de tantas pessoas terem ido
à capela para apoiar a Primária.32 No final do musical,
todos ouviram o jovem elenco cantando em uníssono:

Onde é o Reino dos Corações Felizes?


Aqui e em qualquer lugar!
Existem estradas largas e brilhantes a seguir,
Mas uma pequena trilha pode lhe levar
Aonde você quer chegar.33

No verão de 1939, Emmy Cziep, de 11 anos; e os


irmãos, Mimi, de 15 anos; e Josef, de 12 anos; estavam
passando as férias na Checoslováquia, um país ao norte
de seu lar em Viena, Áustria.
As crianças e seus pais, Alois e Hermine, visitavam
os familiares que lá moravam há muitos verões, desde a
morte do pai de Alois. Eles ficavam com dois dos irmãos

420
Sem tempo a perder

de Alois, Heinrich e Leopold, e sua família na Morávia,


uma região na parte central do país.34
Assim como a Áustria, a Checoslováquia era
um território ocupado pelos nazistas. Pouco depois
do Anschluss, o exército de Hitler havia tomado a
Sudetenland, uma região de fronteira da Checoslováquia,
lar de um grande número de alemães étnicos. Embora
muitos checoslovacos quisessem defender seu país, os
líderes da Itália, França e Grã-Bretanha esperavam evitar
outra guerra em grande escala na Europa e concordaram
com a anexação. Em troca, Hitler prometeu se abster de
quaisquer novas invasões. Em poucos meses, porém,
ele quebrou o acordo e tomou o resto do país.35
Para Emmy, o conflito parecia distante. Ela adorava
ficar com seus familiares próximos. Gostava de brincar
de polícia e ladrão com os primos e nadar com eles em
um riacho próximo. Quando os pais dela tiveram que
voltar para a Áustria no meio do verão, ela e os irmãos
ficaram mais algumas semanas na Checoslováquia.
Em 31 de agosto de 1939, as crianças da famí-
lia Cziep tinham acabado de se sentar para o almoço
quando o tio Heinrich entrou na sala com o rosto ver-
melho. “Vocês precisam ir agora!”, ele exclamou. “Sem
tempo a perder!”
Emmy ficou confusa e assustada. O tio disse-lhes
que Hitler parecia estar tramando algo. Ordens tinham
sido emitidas para fechar as fronteiras, e o trem que
passava às 13 horas por sua cidade poderia ser a última
chance deles de voltar a Viena. Pegar o trem parecia ser

421
Com Coragem, Nobreza e Independência

impossível, disse ele, mas as crianças tinham que tentar


se quisessem voltar para a casa dos pais.
Mais cedo naquela manhã, Emmy e os irmãos
tinham colocado todas as suas roupas para lavar em
um balde de água com sabão. A tia e o tio os ajudaram
a torcer as roupas antes de jogá-las, ainda molhadas,
em uma mala. Em seguida, correram para a estação de
trem a pé.
A estação estava lotada de pessoas frenéticas, todas
se acotovelando para sair do país. Emmy e seus irmãos
se amontoaram no trem e imediatamente se viram cer-
cados por uma grande quantidade de passageiros sua-
dos. Emmy quase não conseguia respirar. Quando o
trem parava nas aldeias ao longo do trajeto, as pessoas
se agarravam às janelas do trem, gritando e tentando
entrar, mas não havia espaço para elas.36
Já estava escuro quando o trem finalmente chegou
em Viena. Entre lágrimas, a família Cziep se regozijou
por estarem juntos novamente.
Em vez de voltarem para o minúsculo apartamento
onde Emmy havia passado toda a sua vida, eles foram
para um novo apartamento na Taborstrasse, uma bela
rua no centro da cidade. Durante anos, Alois e Hermine
queriam encontrar uma casa melhor para sua família em
crescimento, mas sua baixa renda, a falta de moradia e
o controle político sobre a distribuição de apartamentos
tornavam isso impossível. Mas, depois do Anschluss, a
economia melhorou e os negócios quintuplicaram na
empresa onde Alois trabalhava.

422
Sem tempo a perder

Com a ajuda de um membro da Igreja que tra-


balhava para um oficial nazista, Alois e Hermine se
inscreveram para um novo apartamento e receberam
um com três quartos, cozinha, banheiro e sala de estar.
Também ficava muito mais perto da capela do ramo —
uma caminhada de 45 minutos, em vez das duas horas
a que estavam acostumados.37
Infelizmente, a sorte veio às custas dos judeus, que
antes eram os principais ocupantes da Taborstrasse. Não
muito depois do Anschluss, os nazistas e seus seguidores
vandalizaram empresas judaicas, incendiaram sinagogas
e prenderam e deportaram milhares de cidadãos judeus.
Muitos judeus com dinheiro para fugir do país abando-
naram suas casas, deixando apartamentos abertos para
serem ocupados por famílias, como os Cziep.38 Outros
judeus permaneceram na cidade, incluindo alguns san-
tos com herança judaica do Ramo Viena. Mas eles esta-
vam ficando cada vez mais temerosos por sua vida.39
Em 1º de setembro, Emmy e sua família passa-
ram a primeira noite juntos em seu novo apartamento.
Enquanto dormiam, um milhão e meio de soldados
alemães invadiram a Polônia.40

423
C APÍTULO 26

Todas as coisas
ruins da guerra

E m 24 de agosto de 1939, oito dias antes da


invasão da Polônia, a Primeira Presidência ordenou
que 320 missionários norte-americanos nas Missões
Britânica, Francesa, Alemã Ocidental, Alemã Oriental e
Checoslovaca fossem encaminhados para Dinamarca,
Suécia, Noruega ou Holanda — qualquer país neutro
que estivesse mais próximo.1 O apóstolo Joseph Fielding
Smith, que visitara os santos na Europa naquele verão
com sua esposa, Jessie, ficou na Dinamarca para
coordenar a saída de Copenhague.2
Depois de receber a ordem para partir, Norman
Seibold, um missionário de 23 anos de Idaho que ser-
via na Missão da Alemanha Ocidental, providenciou
para que todos os missionários norte-americanos em
seu distrito deixassem o país imediatamente. Então, em

424
Todas as coisas ruins da guerra

vez de ir direto para a Holanda, ele foi para a casa da


missão em Frankfurt.
Quando chegou, Norman encontrou seu presidente
de missão, Douglas Wood, doente em decorrência de
sua preocupação. O presidente Wood enviara telegra-
mas instruindo todos os missionários a sair do país, mas
as linhas de comunicação em toda a Alemanha estavam
sobrecarregadas. Apenas Norman e alguns missioná-
rios confirmaram o recebimento da mensagem. E, para
piorar as coisas, funcionários do governo da Holanda
proibiam de entrar no país quaisquer pessoas que não
fossem cidadãos holandeses, a menos que estivessem
apenas de passagem. Agora, dezenas de missionários
provavelmente estavam parados no oeste da Alemanha
com passagens inúteis de trem para a Holanda e sem
dinheiro para comprar outras passagens.3
O presidente Wood e sua esposa, Evelyn, estavam
indo supervisionar a saída de um grupo de élderes
que já havia chegado à casa da missão e precisava de
alguém para ficar na Alemanha a fim de localizar os
missionários restantes.
“Será sua missão encontrá-los e fazer com que eles
escapem”, disse o presidente Wood a Norman. “Siga
totalmente a inspiração que receber. Não temos ideia
em que cidades esses 31 élderes estão.”4
Mais tarde naquela noite, Norman deixou Frankfurt
em um trem lotado, rumo ao norte, ao longo do rio
Reno. Ele tinha passagens para a Dinamarca e dinheiro
para ajudar qualquer missionário que encontrasse — se

425
Com Coragem, Nobreza e Independência

ao menos soubesse onde encontrá-los. E ele precisava


se apressar. O governo alemão acabara de anunciar que
os militares precisavam das ferrovias para transportar
soldados, de modo que os assentos logo seriam escassos
para qualquer civil viajando de trem.
Quando o trem parou na cidade de Colônia, Norman
sentiu que deveria sair e abriu caminho para fora do
vagão. A estação estava apinhada de gente, então ele
subiu em um carrinho de bagagem para ver por cima da
multidão. Porém, não reconheceu nenhum missionário.
Então, ele se lembrou do “assobio missionário” — a
melodia do hino “Faze o bem”, que era familiar a todos
na missão. Norman tinha pouco talento para a música,
mas apertou os lábios e assobiou o melhor que pôde
as primeiras notas.5
As pessoas imediatamente notaram, e logo Norman
viu um missionário e um membro alemão local vindo em
sua direção. Ele continuou a assobiar, e mais élderes e
um casal de missionários mais velhos também o encon-
traram. Ele mandou os missionários para um local seguro
e depois embarcou em um trem para outra cidade.
Poucas horas depois, na cidade de Emmerich,
Norman encontrou mais missionários. Enquanto lhes
entregava o dinheiro do presidente da missão, ele
atraiu a atenção de um policial, que parecia pen-
sar que os missionários estavam contrabandeando
dinheiro para fora da Alemanha. O policial exigiu que
entregassem o dinheiro e lhe contassem o que estavam
fazendo. Quando Norman se recusou a cooperar, o

426
Todas as coisas ruins da guerra

policial o agarrou e ameaçou levá-lo às autoridades


municipais.
Norman geralmente obedecia à polícia, mas não
queria ir com o policial para a cidade. “É melhor você
me soltar”, disse ele, “ou pode haver uma briga”.
A essa altura, uma multidão havia se formado, e o
policial olhou para as pessoas nervosamente. Ele soltou
Norman e o levou a um oficial militar na estação de trem
para lhe explicar quem era e o que estava fazendo. O
oficial ouviu a história de Norman, não viu motivo para
detê-lo e até escreveu uma carta de explicação para que
ele mostrasse a qualquer pessoa que pudesse impedi-lo
durante suas viagens.6
Norman continuou, parando para procurar missio-
nários sempre que o Espírito o orientava. Em uma cidade
remota, quase ninguém estava parado na plataforma da
ferrovia, e parecia bobagem procurar missionários ali.
Mas Norman sentiu que precisava descer do trem, então
decidiu ir para a cidade. Ele logo chegou a um pequeno
restaurante e encontrou dois élderes bebendo suco de
maçã comprado com as últimas moedas em seu bolso.7
Depois de dias de busca, Norman localizou 17 mis-
sionários. Para chegar à Dinamarca, ele e seus compa-
nheiros tiveram que pegar trens requisitados para o
transporte de tropas, enganando os condutores de trem
e evitando os policiais durante todo o trajeto. Quando
Norman chegou a Copenhague, um dia após a invasão
da Polônia, todos os missionários norte-americanos nas
missões alemãs estavam seguros.

427
Com Coragem, Nobreza e Independência

No dia seguinte, 3 de setembro, a França e a Grã-


Bretanha declararam guerra à Alemanha.8

“A guerra ameaçada e temida estourou”, anunciou


o presidente Heber J. Grant na Conferência Geral de
Outubro de 1939. Durante anos, ele assistira com alarme
e apreensão enquanto Hitler conduzia a Alemanha por
um caminho violento e perigoso, desencadeando misé-
ria e derramamento de sangue pelo mundo. Agora as
potências do Eixo, lideradas pela Alemanha nazista,
estavam travando combate com as nações dos Aliados,
sob a liderança do Reino Unido e da França.
“Deus Se entristece com a guerra”, disse o presi-
dente Grant aos santos. “Ele sujeitará às punições eternas
de Sua vontade aqueles que a praticarem injustamente.”
O profeta exortou os líderes do mundo, e todas as pes-
soas em todos os lugares, a buscar soluções pacíficas
para suas diferenças.
“Condenamos todas as coisas ruins da guerra —
avareza, ganância, miséria, carência, doença, crueldade,
ódio, desumanidade, selvageria, morte”, ele declarou. O
profeta se entristecia ao pensar nos milhões de pessoas
sofrendo e chorando por causa do conflito. Milhares
deles eram santos dos últimos dias, e alguns já esta-
vam em perigo. Ele disse: “Pedimos encarecidamente a
todos os membros da Igreja que amem seus irmãos e
suas irmãs. Conclamamos igualmente todos os povos,
onde quer que estejam, a banir o ódio de sua vida, a

428
Todas as coisas ruins da guerra

encher o coração de caridade, paciência, longanimidade


e perdão”.9
Nas semanas e nos meses após a conferência geral,
a guerra não saía da mente e dos pensamentos do pro-
feta. Em dezembro, ele escreveu à sua filha Rachel sobre
as perdas desnecessárias de vidas. “Meu coração se
enche de dor”, escreveu ele. “Penso que o Senhor deve-
ria eliminar da Terra as pessoas que criam e iniciam
guerras, como Hitler.”10
No inverno de 1940, o presidente Grant viajou para
Inglewood, um bairro em Los Angeles, onde os santos
ansiavam por ouvi-lo em sua conferência de estaca.
Ao chegar à capela, sentiu tontura e teve dificuldade
em falar. Quando saiu do carro, suas pernas estavam
bambas, e ele fez um grande esforço para caminhar
até a porta da capela. A tontura parecia ter passado
logo depois que se sentou ao púlpito. Ainda assim, ele
pediu desculpas por não se sentir bem para dar sua
mensagem.
Mais tarde, depois de uma soneca, ele se sentiu
forte o suficiente para falar na sessão da tarde da con-
ferência. De pé ao púlpito, ele se dirigiu aos santos por
quase 40 minutos. Mas, naquela noite, quando quis se
levantar várias vezes, quase caiu. Na manhã seguinte,
seu lado esquerdo estava dormente e ele não conse-
guia levantar o braço ou mover os dedos daquele lado.
Quando tentou se levantar, sua perna esquerda não
tinha forças. Sua língua parecia pesada, e as palavras
se misturavam quando ele falava.

429
Com Coragem, Nobreza e Independência

Com a ajuda de familiares e de amigos, o presidente


Grant foi levado a um hospital próximo, onde os médi-
cos descobriram que ele havia sofrido um derrame.11
Ele passou os meses seguintes na Califórnia, lentamente
recuperando sua força e seu movimento. Seu médico
o aconselhou a descansar mais, comer melhor e evi-
tar qualquer atividade extenuante. Em abril, o profeta
estava bem o suficiente para voltar a Salt Lake City.
“Tenho me sentido bem e preguiçoso ao seguir
as instruções do médico”, informou ele à filha Grace
logo após seu retorno. “Não sei por quanto tempo vou
aguentar.”12

Em 28 de junho de 1940, a guerra na Europa estava


longe da mente dos santos em Cincinnati, Ohio. Naquela
noite, Connie Taylor, de 21 anos, ouviu as primeiras notas
da “Marcha Nupcial”, de Wagner, sua deixa para começar
a andar pelo corredor da capela do Ramo Cincinnati.
A capela estava repleta de familiares e amigos, todos
reunidos para celebrar seu casamento com Paul Bang.13
Connie e Paul ficaram noivos há pouco mais de
um ano. Eles queriam ser selados, mas, como muitos
casais santos dos últimos dias que moravam longe de
um templo, eles decidiram primeiro se casar no civil na
capela da Igreja.14
Enquanto caminhava para a frente da capela,
Connie viu seu pai sentado entre os convidados. Nos
casamentos nos Estados Unidos, tradicionalmente o

430
Todas as coisas ruins da guerra

pai leva a filha até o altar. Mas, como seu pai tinha
dificuldade para andar, seu irmão Milton caminhou com
ela. Connie estava muito feliz por seu pai estar ali. Em
sua bênção patriarcal, havia uma promessa de que ele
um dia desfrutaria das bênçãos do evangelho com ela.
Esse dia ainda não havia chegado, mas certa vez ele
assistira a uma reunião sacramental num domingo de
Páscoa, e isso era um bom sinal.15
Depois que Connie se juntou a Paul na frente da
capela, o presidente do ramo, Alvin Gilliam, realizou a
cerimônia. Para muitas pessoas na sala, a noite marcava o
fim de uma era. Além das reuniões do próximo domingo,
o casamento seria a última vez que o Ramo Cincinnati
se reuniria na pequena capela comprada há 11 anos.
O antigo prédio estava desmoronando e fora vendido
recentemente pelo ramo, que comprara um terreno ao
norte da cidade para construir uma nova capela.16
Os recém-casados partiram na tarde do dia seguinte
para as Cataratas do Niágara, Nova York, no caminhão
do pai de Paul. Eles levaram três cestas de alimentos
do armazém da família, algumas roupas e cerca de 60
dólares em dinheiro.
No caminho, Connie e Paul visitaram o Templo
de Kirtland. O edifício agora era usado como capela
pela Igreja Reorganizada de Jesus Cristo dos Santos dos
Últimos Dias. A porta do templo estava trancada quando
eles chegaram, mas um homem com uma chave abriu o
prédio e os deixou passar uma hora visitando-o por conta
própria. Eles exploraram cada centímetro do templo,

431
Com Coragem, Nobreza e Independência

inclusive a torre, de onde avistaram a pequena vila onde


centenas de santos fiéis viveram há mais de um século.17
De Kirtland, eles seguiram para as Cataratas do
Niágara. A cidade turística era um destino popular para
lua de mel na fronteira dos Estados Unidos com o Canadá,
mas a guerra na Europa havia colocado todos em alerta.
Embora os Estados Unidos não tivessem entrado no
conflito, o Canadá fazia parte da Comunidade Britânica
e declarara guerra à Alemanha após a invasão da Polônia.
Antes que Connie e Paul pudessem cruzar para o Canadá,
eles foram revistados minuciosamente pelos inspetores
de fronteira para se certificarem de que não eram espiões.
Depois de fazer um tour pelas Cataratas do Niágara,
o casal dirigiu 160 quilômetros para o leste até Palmyra e
Manchester, em Nova York.18 Ao longo dos anos, a Igreja
adquirira vários locais históricos na área, inclusive o Monte
Cumora, o Bosque Sagrado e a casa de madeira de Lucy e
Joseph Smith Sr. Reconhecendo o potencial desses locais
para o trabalho missionário, a Igreja começou a abri-los
aos visitantes, anunciando seu significado histórico e espi-
ritual em placas de beira de estrada. No início da década
de 1920, sob a direção de B. H. Roberts, conferências
de missões foram realizadas no Monte Cumora e, desde
aquela época, todos os anos acontece uma apresentação
teatral ao ar livre aberta ao público.19
Enquanto estavam em Manchester, Connie e Paul
pagaram uma pequena taxa para passar a noite na casa
da família Smith. Eles subiram o Monte Cumora e pen-
saram nas placas de ouro que ficaram enterradas lá

432
Todas as coisas ruins da guerra

por tanto tempo. No topo da colina, havia um novo


monumento do anjo Morôni, e eles pararam para tirar
fotos dele e apreciar a vista magnífica da área ao redor.
Posteriormente, caminharam pelo Bosque Sagrado,
apreciando a santidade e a beleza do lugar. Antes de
sair, eles se ajoelharam para oferecer uma oração.20
Os recém-casados fizeram uma breve visita a
Washington, D.C., onde assistiram a uma reunião em
uma enorme capela de mármore que a Igreja havia dedi-
cado em 1933. A Igreja experimentou um crescimento
significativo na cidade desde 1920, quando o apóstolo
Reed Smoot e um pequeno grupo de santos organizaram
um ramo ali. Na verdade, pouco antes da visita de Paul
e Connie, o apóstolo Rudger Clawson organizara uma
estaca em Washington, chamando Ezra Taft Benson, de
40 anos, como presidente.21
Depois de alguns dias em Washington, Connie e
Paul voltaram para Cincinnati, onde se estabeleceram
em um apartamento bem arejado, não muito longe da
mercearia da família Bang. Eles gastaram na lua de mel
todo o dinheiro que possuíam, mas Paul ainda tinha
um emprego com o pai. Em alguns anos, depois de
economizar algum dinheiro, eles puderam fazer uma
viagem ainda mais longa — desta vez para Salt Lake
City e o templo.22

Em uma noite fria de dezembro de 1940, o zumbido


ameaçador dos aviões bombardeiros nazistas encheu

433
Com Coragem, Nobreza e Independência

o céu de Cheltenham, uma cidade no sudoeste da


Inglaterra. Por seis meses, a força aérea alemã, a Luftwaffe,
vinha bombardeando a Grã-Bretanha com incessantes
ataques aéreos. Os ataques se concentraram primeiro
em bases aéreas e portos, mas depois passaram a visar
áreas civis em Londres e seu entorno.23 Cheltenham era
um lugar tranquilo, com belos parques e jardins. Mas
agora era um alvo.
Nellie Middleton, um membro da Igreja com 55
anos, vivia na cidade, com sua filha Jennifer, de 6 anos.
A fim de preparar seu lar contra os ataques aéreos, ela
usou seu modesto salário de costureira para transformar
uma área de seu porão em um abrigo, com alimentos,
água, lamparinas e uma pequena cama de ferro para
Jennifer. Seguindo as instruções do governo, Nellie tam-
bém cobria suas janelas com telas para conter os esti-
lhaços de vidro em caso de um ataque.24
Agora, por toda a cidade, era possível ouvir o silvo
das bombas no ar e o barulho como de um trovão
quando atingiam o solo. O terrível barulho ficou mais
alto e mais próximo da casa de Nellie, até que uma
enorme explosão em uma rua próxima à sua sacudiu
as paredes da casa, quebrando as janelas e enchendo
as telas com estilhaços afiados de vidro.
De manhã, as ruas da cidade estavam repletas de
escombros. As bombas mataram 23 pessoas e deixaram
mais de 600 desabrigadas.25
Nellie e outros membros da Igreja de Cheltenham
deram seu melhor para seguir em frente após o ataque.

434
Todas as coisas ruins da guerra

Quando o presidente da Missão Britânica, Hugh B.


Brown, e outros missionários americanos deixaram o país
um ano antes, pequenos ramos como o de Cheltenham
tiveram dificuldades para preencher os chamados e dirigir
os programas da Igreja. Posteriormente, os homens da
cidade foram enviados para a guerra, e não restara qual-
quer portador do sacerdócio para abençoar o sacramento
ou administrar formalmente os assuntos do ramo. Não
muito tempo depois, o ramo foi forçado a se dissolver.
Um homem mais velho chamado Arthur Fletcher,
que portava o Sacerdócio de Melquisedeque, morava
a aproximadamente 32 quilômetros dali; ele usava sua
velha bicicleta para visitar os santos de Cheltenham
sempre que podia. Mas, na maior parte do tempo, foi
Nellie, a ex-presidente da Sociedade de Socorro do
Ramo Cheltenham, quem tomou sobre si a responsabi-
lidade pelo bem-estar temporal e espiritual dos mem-
bros em sua área. Com o ramo fechado, os membros
da Igreja não podiam mais se reunir no saguão alugado
que usavam aos domingos. Por isso, a sala de estar de
Nellie se tonou o lugar onde as mulheres da Sociedade
de Socorro oravam, cantavam e estudavam juntas Jesus,
o Cristo e Regras de Fé.26
Nellie também se assegurou de que sua filha
aprendesse o evangelho. Ela tinha quase 50 anos e era
solteira quando adotou Jennifer. Agora, a menina se
juntava às mulheres quando se reuniam para estudar, e
elas tomavam o cuidado de falar sobre o evangelho de
uma maneira que Jennifer pudesse entender. Nellie e

435
Com Coragem, Nobreza e Independência

outras irmãs da Sociedade de Socorro também levavam


Jennifer quando visitavam os enfermos ou idosos.
Ninguém no ramo tinha telefone ou carro, então elas
faziam as visitas a pé, levando um pote de geleia ou um
pedaço de bolo com uma mensagem.27
Mas todas as visitas cessavam quando anoitecia.
Para dificultar a visão de seus alvos aos pilotos de ataque
aéreo alemães, as vilas e as cidades em todo o Reino
Unido desligavam as luzes das ruas e dos letreiros. As
pessoas cobriam as janelas com um pano escuro e desa-
tarraxavam as lâmpadas das entradas das casas.
Em Cheltenham, os santos se refugiavam em suas
casas. Qualquer brilho de luz poderia colocar eles e
seus vizinhos em risco.28

No ano seguinte, o presidente do Ramo Viena, Alois


Cziep, estava achando cada vez mais difícil cumprir seu
chamado. A guerra havia cortado os canais usuais de
comunicação entre a sede da Igreja e os ramos nas áreas
ocupadas pelo Eixo. Der Stern, a revista em alemão
da missão, parou de ser publicada. O presidente inte-
rino da missão, um membro alemão chamado Christian
Heck, estava fazendo o possível para manter a Igreja
funcionando em meio ao caos. Alois fazia o mesmo
por seu ramo.
Embora a destruição física e a devastação da guerra
ainda não tivessem alcançado as fronteiras da Áustria,
Alois sabia que a Força Aérea Real Britânica havia atacado

436
Todas as coisas ruins da guerra

cidades alemãs. A União Soviética também estava em


guerra com o Terceiro Reich. Como a Grã-Bretanha do
outro lado do conflito, a Áustria também estava sob
ordens de blecaute noturno para se proteger contra aero-
naves inimigas que poderiam sobrevoar a área.29
A maioria dos homens do Ramo Viena havia sido
convocada para o exército alemão quando a guerra
começou. Como Alois havia perdido um olho devido
a uma doença alguns anos antes, ele estava isento do
serviço militar. E, apesar dos desafios crescentes, ele
tinha a sorte de contar com a ajuda de dois conselhei-
ros, vários jovens portadores do Sacerdócio Aarônico
e sua esposa, Hermine. Como presidente da Sociedade
de Socorro, Hermine carregava grande parte do fardo
emocional das mulheres do ramo, que muitas vezes se
sentiam oprimidas, solitárias e com medo — especial-
mente se recebiam notícias de que seus entes queridos
haviam sido feitos prisioneiros ou mortos em batalha.
Hermine as incentivava a confiar em Deus e seguir
em frente, e ela procurava fazer o mesmo.30
Mesmo quando o ramo ficou menor após o início
da guerra, as diferenças de opinião entre seus membros
continuaram apesar dos esforços de Alois para manter a
política longe das reuniões. Certa vez, no início de uma
reunião da Igreja, um visitante da Alemanha fez uma ora-
ção a favor de Adolf Hitler. “Irmão”, disse Alois depois que
o homem terminou, “neste lugar não oramos por Hitler”.
Com membros do Partido Nazista e simpatizantes
no ramo, Alois muitas vezes precisava ser cuidadoso

437
Com Coragem, Nobreza e Independência

com o que dizia. Informantes e espiões poderiam estar


em qualquer lugar, prontos para denunciá-lo e sua famí-
lia ao governo. Embora ele e Hermine acreditassem em
respeitar as leis do país, às vezes era doloroso.31
Dois membros do ramo, Olga Weiss e seu filho
adulto Egon, eram conversos judeus que serviam no
ramo todas as semanas com seus talentos musicais. Mas,
quando os nazistas invadiram a Áustria, a família Weiss
sabia que eles tinham que deixar o país ou se arrisca-
riam a ser vítimas do violento antissemitismo do regime.
Embora a família não praticasse mais o judaísmo, os
nazistas os consideravam “racialmente judeus” por causa
de sua ancestralidade.
Alguns meses depois da anexação da Áustria pela
Alemanha, a família Weiss escreveu cartas urgentes para
a Primeira Presidência e ex-missionários que conheciam,
na esperança de encontrar alguém que pudesse ajudá-
los e alguns de seus parentes a emigrar para os Estados
Unidos. “As condições aqui são terríveis para nós, judeus”,
escreveu Egon em sua carta. “Precisamos fugir daqui.”32
Como muitas pessoas em todo o mundo, o
presidente Grant havia recebido relatórios conflitantes
sobre a hostilidade de Hitler para com os judeus e a
extensão do perigo que eles enfrentavam na Alemanha.
O profeta havia denunciado tal antissemitismo
publicamente e em particular.33 Mesmo assim, os
líderes da Igreja não conseguiam ajudar a família Weiss
nem qualquer outro indivíduo europeu que desejava
emigrar. A lei dos Estados Unidos, eles observaram, não

438
Todas as coisas ruins da guerra

permitia mais que organizações religiosas patrocinassem


imigrantes, e por muitos anos a Igreja recusou todos os
pedidos para esse tipo de assistência.34 À medida que
a guerra na Europa aumentava, a Primeira Presidência
frequentemente expressava consternação porque o
governo americano não permitia que eles ajudassem
os refugiados migrantes. Quando o presidente Grant e
seus conselheiros recebiam cartas como a de Egon, o
que podiam fazer era responder com simpatia, às vezes
recomendando organizações que eles esperavam ser
capazes de ajudar. 35
Em setembro de 1941, Egon e Olga ainda esta-
vam em Viena. Naquela época, os nazistas exigiam que
todos os judeus austríacos se identificassem usando
uma estrela de Davi amarela em suas roupas. Quando
as autoridades nazistas descobriram que judeus fre-
quentavam às reuniões no Ramo Viena, ordenaram que
Alois os proibisse de comparecer. Se ele se recusasse,
os santos seriam despejados de seu local de reunião.
Alois decidiu que precisava atender à demanda. Em
conflito e cheio de pesar, ele se encontrou com a família
Weiss e disse-lhes que eles não podiam mais frequentar
as reuniões. Mas ele e outros membros do ramo continua-
ram a visitar a família fielmente — até que, um dia, Olga
e Egon não foram mais encontrados em lugar algum.36

439
C APÍTULO 27

Deus está ao leme

“Venha à minha casa hoje à noite. Quero que você


ouça algo”, sussurrou Helmuth Hübener, de 16 anos, a
seu amigo Karl-Heinz Schnibbe. Era um domingo à noite
no verão de 1941 e os rapazes estavam assistindo à reu-
nião sacramental de seu ramo em Hamburgo, Alemanha.
Karl-Heinz, de 17 anos, tinha muitos amigos no
ramo, mas ele gostava em especial de passar tempo com
Helmuth. Ele era esperto e confiante — tão inteligente
que Karl-Heinz o apelidara de “o professor”. Seu teste-
munho e compromisso com a Igreja eram fortes, e ele
conseguia responder às perguntas sobre o evangelho
com facilidade. Como sua mãe trabalhava por longas
horas, Helmuth morava com os avós, que também eram
membros do ramo. Seu padrasto era um nazista zeloso,
e Helmuth não gostava de ficar perto dele.1

440
Deus está ao leme

Naquela noite, Karl-Heinz entrou silenciosamente no


apartamento de Helmuth e encontrou seu amigo curvado
sobre um rádio. “É de ondas curtas”, disse Helmuth. A
maioria das famílias alemãs tinha rádios mais baratos for-
necidos pelo governo nazista, com menos canais e recep-
ção limitada. Mas o irmão mais velho de Helmuth, um
soldado do exército alemão, trouxera para casa aquele
rádio de alta qualidade da França depois que as forças
nazistas conquistaram o país no primeiro ano da guerra.2
“O que você consegue ouvir?”, perguntou Karl-
Heinz. “França?”
“Sim”, respondeu Helmuth, “e a Inglaterra também”.
“Você ficou maluco?”, disse Karl-Heinz. Ele sabia
que Helmuth estava interessado nos eventos atuais e na
política, mas ouvir as transmissões de rádio do inimigo
durante a guerra poderia fazer com que uma pessoa
fosse jogada na prisão ou mesmo executada.3
Helmuth entregou a Karl-Heinz um documento que
ele havia escrito, cheio de notícias sobre os sucessos
militares da Grã-Bretanha e da União Soviética.
“Onde você conseguiu isso?”, perguntou Karl-Heinz
depois de ler os papéis. “Não é possível. Isso é comple-
tamente o oposto das transmissões de nossos militares.”
Helmuth respondeu apagando a luz e ligando o
rádio, mantendo o volume baixo. O exército alemão
trabalhava constantemente para bloquear os sinais dos
Aliados, mas Helmuth havia instalado uma antena, per-
mitindo que os meninos ouvissem as transmissões proi-
bidas da Grã-Bretanha.

441
Com Coragem, Nobreza e Independência

Quando o relógio bateu 10 horas, uma voz estalou


no escuro: “A BBC de Londres apresenta as notícias em
alemão”.4 O programa debateu uma recente ofensiva
alemã na União Soviética. Os jornais nazistas relataram
a campanha como um triunfo, sem reconhecer as per-
das alemãs. Os britânicos falaram francamente sobre as
baixas tanto dos Aliados quanto do Eixo.
“Estou convencido de que eles estão dizendo a ver-
dade e estamos mentindo”, disse Helmuth. “Nossas repor-
tagens parecem muita ostentação — muita propaganda.”
Karl-Heinz ficou surpreso. Com frequência, Helmuth
dizia que os nazistas não eram confiáveis. Ele até se
envolvia em debates políticos sobre o assunto com
adultos na igreja. Mas para Karl-Heinz era mais difícil
acreditar em seu amigo adolescente do que nas palavras
de funcionários do governo.
Agora parecia que Helmuth estava certo.5

Em 7 de dezembro de 1941, Kay Ikegami e sua famí-


lia esperavam o início da Escola Dominical japonesa
em uma pequena capela na Rua King em Honolulu,
Havaí. A classe era pequena quando Kay começou a
frequentar as aulas com outros santos nipo-america-
nos. Mas, depois que a Missão Japonesa no Havaí fora
organizada quatro anos antes, o número de classes da
Escola Dominical em japonês aumentara para cinco
somente em Honolulu. Kay era o superintendente da
Escola Dominical que se reunia na Rua King.6

442
Deus está ao leme

Naquela manhã, a frequência estava menor do que


o habitual. Enquanto esperavam o início da reunião,
Jay C. Jensen, que substituíra Hilton Robertson como
presidente da Missão Japonesa, entrou apressado. “O
Japão está atacando Pearl Harbor”, ele disse.
O rosto de Kay ficou pálido. “Oh, não”, ele disse.
“Isso não pode ser verdade.”7
Embora tenha nascido no Japão, Kay vivia nos
Estados Unidos desde criança, e seus próprios filhos
tinham nascido lá. A ideia de que seu país natal estava
atacando a nação que ele e sua família chamavam de
lar era profundamente perturbadora.8
Às 8 horas daquela manhã, o presidente Jensen
estava participando da Escola Dominical japonesa que
se reunia perto de Pearl Harbor, uma grande base naval
dos Estados Unidos perto da cidade. Lá fora, os aviões
voavam em formação, indo e vindo, e alguns deles
lançavam bombas. Ele presumiu que os militares nor-
te-americanos estavam conduzindo manobras de trei-
namento, então não deu muita atenção ao tumulto.
Quando voltou para casa, porém, sua esposa, Eva, cor-
reu para fora e lhe disse que Pearl Harbor estava sob
ataque.
Em dúvida, ele ligou o rádio e descobriu que ela
estava certa. “Não fiquem nas ruas!”, um locutor de rádio
avisava. Os aviões japoneses ainda estavam sobrevoando
e lançando bombas. Mas ele e a irmã Jensen estavam
preocupados com Kay e sua Escola Dominical, então
correram para a Rua King.

443
Com Coragem, Nobreza e Independência

“Corram para casa e se protejam”, disse o presi-


dente Jensen a Kay. A aula terminou na mesma hora e
todos saíram apressadamente do edifício. Pouco tempo
depois, uma bomba caiu a apenas cem metros de dis-
tância, incendiando várias estruturas.9
Nos dias que se seguiram, os Estados Unidos decla-
raram guerra ao Japão e a seu aliado, a Alemanha, encer-
rando a neutralidade americana no conflito. O governo
colocou o Havaí sob estrita lei marcial, fechou as escolas
públicas, censurou os jornais e analisava toda a corres-
pondência enviada. Todos nas ilhas ficaram sujeitos a
um toque de recolher, mas os japoneses que não eram
cidadãos americanos eram obrigados a estar às 8 horas
da noite em casa, uma hora antes de todos os outros
residentes. O governo também proibiu o uso do idioma
japonês em público.10
Durante esse tempo, o filho de 15 anos de Kay,
David, ficou perturbado com a mudança repentina na
vida de sua família. “Todos os dias são mortos”, escreveu
ele em seu diário. “Eu queria ir para a escola novamente.”
Ele fez uma tentativa de chegar ao prédio da escola, na
esperança de pegar um livro da biblioteca guardado
em seu armário, mas os soldados estavam bloqueando
a estrada.
Preocupadas com futuros ataques do Japão, as pes-
soas na ilha começaram a construir pequenos abrigos
subterrâneos para proteção contra bombas inimigas. Kay
e sua esposa, Matsuye, pediram a David que os ajudasse
a construir um abrigo no quintal. Eles começaram a

444
Deus está ao leme

cavar uma trincheira para o abrigo poucos dias antes


do Natal. O trabalho era duro e lento, especialmente
quando tinham que remover pedras do chão. Depois
de contratar mais pessoas, a família conseguiu terminar
a construção do abrigo na manhã de Natal.
David ficou aliviado com o fim do trabalho árduo,
mas teve dificuldades para aproveitar o resto do feriado.
“Não dá para sentir o espírito do Natal por causa da
guerra”, lamentou.11
Já haviam se passado algumas semanas desde o
bombardeio, sem outros ataques. Mas era difícil não
olhar para o céu à procura de aviões com o emblema
japonês do sol nascente.12

Certa noite de domingo, na Alemanha, Karl-Heinz


Schnibbe e Rudi Wobbe esperavam a chegada de
Helmuth Hübener à reunião sacramental no Ramo
Hamburgo.13 Nos últimos meses, Karl-Heinz e Rudi,
de 15 anos, ajudavam Helmuth a distribuir panfletos
antinazistas pela cidade. Como secretário do ramo,
Helmuth tinha a máquina de datilografia da unidade
em sua casa para escrever cartas aos soldados santos
dos últimos dias e com frequência a usava para produzir
os panfletos, com manchetes corajosas como: “Eles não
estão dizendo tudo” ou “Hitler, o Assassino!”14
Distribuir panfletos era considerado alta traição,
um crime punível com a morte, mas os jovens até
então haviam escapado das autoridades. No entanto,

445
Com Coragem, Nobreza e Independência

a ausência de Helmuth na igreja era preocupante.


Karl-Heinz pensou que talvez seu amigo estivesse
doente. A reunião continuou como de costume até que
o presidente do ramo Arthur Zander, um membro do
Partido Nazista, pediu à congregação que permanecesse
em seus lugares após a oração de encerramento.
“Um membro de nosso ramo, Helmuth Hübener,
foi preso pela Gestapo”, disse o presidente Zander. “As
informações que tenho são muito vagas, mas sei que
foi por razões políticas. Isso é tudo.”15
Karl-Heinz fixou os olhos em Rudi. Os membros
ao redor deles estavam sussurrando espantados. Con-
cordando ou não com Hitler, muitos deles acreditavam
que era seu dever respeitar o governo e suas leis.16 E eles
sabiam que qualquer oposição aberta de um membro
do ramo aos nazistas, por mais heroica ou bem-inten-
cionada que fosse, poderia colocar a todos em perigo.
No caminho para casa, os pais de Karl-Heinz se
perguntavam em voz alta o que Helmuth poderia ter
feito. Karl-Heinz ficou calado. Ele, Rudi e Helmuth haviam
feito um pacto de que, se um deles fosse preso, essa
pessoa assumiria toda a culpa e não entregaria os outros.
Karl-Heinz confiava que Helmuth honraria o pacto, mas
estava com medo. A Gestapo tinha a reputação de torturar
prisioneiros para obter as informações que eles queriam.17
Dois dias depois, Karl-Heinz estava trabalhando
quando atendeu a uma batida na porta. Dois agentes
da Gestapo em longos sobretudos de couro mostraram
a ele seus distintivos.

446
Deus está ao leme

“Você é Karl-Heinz Schnibbe?”, perguntou um deles.


Karl-Heinz respondeu que sim.
“Venha conosco”, disseram, levando-o a uma
Mercedes preta. Karl-Heinz logo se viu espremido no
banco de trás entre dois agentes enquanto se dirigiam
para o apartamento dele. Ele tentou evitar se incriminar
enquanto o questionavam.
Quando finalmente chegaram em sua casa, Karl-Heinz
ficou grato por seu pai estar no trabalho e sua mãe no
dentista. Os agentes revistaram o apartamento por uma
hora, folheando livros e espiando embaixo das camas,
mas Karl-Heinz tivera o cuidado de não trazer evidências
para casa. Eles não acharam o que estavam procurando.
Mas não o liberaram. Ele foi levado de volta para
o carro. “Se mentir”, um dos agentes disse, “você vai
apanhar muito”.18
Naquela noite, Karl-Heinz chegou a uma prisão
nos arredores de Hamburgo. Depois que foi levado a
uma cela, um policial com um cassetete e uma pistola
abriu a porta.
“Por que você está aqui?”, perguntou o policial.
Karl-Heinz disse que não sabia.
O policial bateu no rosto dele com o molho de
chaves. “Você sabe agora?”, gritou.
“Não, senhor”, Karl-Heinz respondeu apavorado.
“Na verdade, sim, senhor.”
O policial o espancou novamente e, dessa vez,
Karl-Heinz cedeu à dor. “Confesso que ouvi uma trans-
missão do inimigo”, disse ele.19

447
Com Coragem, Nobreza e Independência

Naquela noite, Karl-Heinz esperava paz e sossego,


mas os oficiais repetidamente escancaravam a porta,
acendiam as luzes e o obrigavam a correr para a parede
e falar seu nome. Quando finalmente o deixaram na
escuridão, seus olhos ardiam de cansaço. Mas ele não
conseguia dormir. Pensou em seus pais e em como eles
deveriam estar preocupados. Será que faziam ideia de
que ele agora era um prisioneiro?
Cansado de corpo e alma, Karl-Heinz enterrou o
rosto no travesseiro e chorou.20

Em fevereiro de 1942, Amy Brown Lyman se sentou


diante de um microfone no Tabernáculo mal iluminado
de Salt Lake, preparando-se para gravar uma mensagem
especial para o centésimo aniversário da Sociedade de
Socorro. Apenas um punhado de pessoas estava lá para
testemunhar a gravação; em seus 30 anos como líder da
Sociedade de Socorro, ela tivera muitas oportunidades
para falar em público. Mas aquela era uma experiência
nova, e ela estava ansiosa.21
Amy fora designada presidente geral da Sociedade
de Socorro em 1º de janeiro de 1940, poucas semanas
antes de Heber J. Grant sofrer um derrame. A saúde do
presidente Grant continuava a melhorar.22 No entanto, a
segurança e o bem-estar das pessoas em todo o mundo
nunca estiveram tão precários. A guerra se espalhara
para praticamente todas as partes do globo enquanto
o Reino Unido, os Estados Unidos, a União Soviética,

448
Deus está ao leme

a China e seus aliados lutavam contra as forças da


Alemanha, da Itália, do Japão e de seus aliados.23
Enquanto os soldados americanos se preparavam
para lutar no exterior, o governo dos Estados Unidos
pedia a seus cidadãos em casa que se sacrificassem em
apoio aos esforços de guerra. Em janeiro, a Primeira
Presidência anunciou que as organizações da Igreja,
como a Sociedade de Socorro, deveriam cancelar todas
as convenções de estaca no Canadá, no México e nos
Estados Unidos a fim de reduzir despesas e economizar
combustível.24
Por isso, Amy estava gravando sua mensagem em
vez de compartilhá-la presencialmente. A princípio, ela
e outras líderes da Sociedade de Socorro esperavam
realizar em março de 1942 uma grande comemoração
do aniversário de 100 anos da primeira Sociedade de
Socorro em Nauvoo. A Sociedade de Socorro também
planejara realizar uma conferência de três dias em abril,
patrocinar nove apresentações teatrais ao ar livre de uma
peça chamada Século de Luz da Mulher e organizar um
concerto com 1.500 “mães cantoras” no tabernáculo.25
Depois que esses eventos foram cancelados, a junta
geral da Sociedade de Socorro incentivou as alas e os
ramos a realizar pequenas reuniões e a plantar uma
“árvore centenária” como uma maneira de comemorar
a ocasião.26
A junta também decidiu enviar um pequeno disco
de vinil com as palavras de Amy e uma breve mensagem
do presidente Grant para todas as Sociedades de Socorro

449
Com Coragem, Nobreza e Independência

nos Estados Unidos, no México e no Canadá. Embora


a guerra tenha dificultado o envio de gravações para
as mulheres em outras nações, a Sociedade de Socorro
planejou fazê-lo assim que as condições melhorassem.27
Quando chegou a hora de gravar sua mensagem,
Amy falou claramente no microfone. “Embora as som-
bras da guerra estejam pairando pesadamente sobre
muitas terras”, disse ela, “este centésimo aniversário não
foi esquecido”. Ela então falou sobre o tremendo traba-
lho da Sociedade de Socorro, sua história de serviço e
fé, e os desafios dos dias atuais.
“Em 1942, ao iniciarmos um novo século da Socie-
dade de Socorro”, disse ela, “o mundo se encontra tumul-
tuado e cheio de problemas. É evidente que as pessoas
em todos os lugares terão que fazer sacrifícios — sacrifí-
cios do tipo e do tamanho que muitos nunca sonharam.
Nestes tempos desafiadores, as coisas mais
importantes não faltarão às mulheres da Sociedade de
Socorro”, continuou ela, “e elas nunca duvidarão de que,
finalmente, o conhecimento e a paz triunfarão sobre a
ignorância e a guerra”.28
Depois de terminar seu discurso, Amy ficou grata
pela possibilidade de se comunicar com mulheres que
viviam a milhares de quilômetros de distância e que
não poderiam ter comparecido às conferências e apre-
sentações em Salt Lake City mesmo em tempos de paz.
Amy esperava que 1942 fosse um ano de alegria
em toda a Igreja por causa da Sociedade de Socorro.
Em vez disso, certamente seria um ano de sacrifícios,

450
Deus está ao leme

sofrimentos e aceitação de novas responsabilidades.


Ainda assim, ao transmitir sua mensagem às mulheres
da Sociedade de Socorro, ela as incentivou a confiar no
Senhor e trabalhar em Sua causa.
“Vamos hoje nos dedicar novamente ao nosso tra-
balho e à nossa missão especiais”, disse ela, “e ao avanço
do evangelho de nosso Senhor e Mestre, Jesus Cristo”.29

Enquanto isso, em Tilsit, Alemanha, Helga Meiszus,


de 21 anos, apoiava os esforços de guerra entregando
bolos com cobertura streusel aos soldados e visitando
homens feridos aos domingos entre as reuniões da
Igreja. Certo dia, ao visitar um hospital próximo, ela
conheceu um soldado santo dos últimos dias ferido cha-
mado Gerhard Birth. Algum tempo depois, ela passou
a receber muitas cartas dele.
Embora tenham se encontrado apenas uma vez,
Gerhard convidou Helga para passar o Natal na cidade
onde ele morava com a família. Inicialmente, ela achava
que não deveria aceitar o convite. Então, seu irmão
Siegfried, que trabalhava com ela em uma ótica local,
fez com que mudasse de ideia. “Eles são membros da
Igreja e convidaram você”, disse ele. “Por que não ir?”30
Assim, Helga foi e gostou de conhecer Gerhard e
sua grande família. O rapaz estava claramente apaixo-
nado, mas ela não achava que o relacionamento deles
pudesse se desenvolver.31 Tendo que enfrentar uma
guerra e um futuro incerto, os jovens muitas vezes se

451
Com Coragem, Nobreza e Independência

casavam às pressas. Se Helga fizesse o mesmo, ela e


Gerhard provavelmente teriam pouco tempo juntos até
que ele fosse enviado novamente à frente da batalha. E a
guerra não estava indo bem para a Alemanha. Em junho
de 1941, Hitler invadira a União Soviética, mas, algumas
semanas antes do Natal, o exército soviético e um rigo-
roso inverno russo repeliram os nazistas em Moscou.32
Logo depois de retornar a Tilsit, Helga recebeu uma
carta de Gerhard, desta vez pedindo sua mão em casa-
mento. Ela respondeu, achando graça em seu pedido.
Mas, na carta seguinte, ele a assegurou de que estava
sendo sincero. “Vamos ficar noivos”, escreveu ele.
No início Helga ficou relutante, mas depois aceitou
o pedido. Ela gostava de Gerhard e o admirava. Ele era
o mais velho de 11 filhos e era dedicado aos pais e à
Igreja. Ele também tinha uma boa formação educacional,
grande ambição e cantava muito bem. Ela conseguia
vê-los levando uma boa vida juntos.
Em um domingo, pouco tempo depois, Helga vol-
tava para casa depois de uma reunião da Igreja quando
encontrou um telegrama de Gerhard na caixa de correio.
Ele fora chamado de volta à frente de batalha e, entre
outros lugares, seu trem passaria por Tilsit, a caminho da
União Soviética. Gerhard queria encontrá-la na estação
de trem e se casar com ela na cidade.
A ideia de ir sozinha até a estação para encontrar
um soldado deixou Helga constrangida, então ela pediu
a sua amiga Waltraut que a acompanhasse. No dia mar-
cado, elas encontraram Gerhard na estação com um

452
Deus está ao leme

grupo de soldados. Ele parecia feliz em vê-la, mas ela o


cumprimentou com um simples aperto de mão. Helga,
então, virou-se para Waltraut, talvez esperando que ela
facilitasse aquele reencontro estranho, mas Waltraut
havia desaparecido, deixando-os sozinhos.
Gerhard recebeu permissão para permanecer em
Tilsit alguns dias, enquanto sua unidade seguia para o
front. Em 11 de fevereiro de 1942, ele e Helga foram ao
cartório para se casar. O dia estava frio, mas lindo ao ar
livre e, enquanto caminhavam, podiam ouvir o barulho
da neve sob seus pés. Parentes e amigos do ramo se
juntaram a eles no cartório para a cerimônia.
No domingo seguinte, Gerhard cantou um solo na
igreja. O Ramo Tilsit estava muito menor agora, depois
que muitos dos homens haviam sido convocados para
o serviço. O próprio pai de Helga fora convocado logo
após a invasão da Polônia, embora ele já tivesse voltado
para casa. Seu irmão Siegfried tinha idade suficiente para
lutar, e logo seu irmão Henry também teria.
Helga se emocionou enquanto ouvia Gerhard can-
tar. As palavras do hino lembravam o pequeno ramo:
“Os prazeres da vida logo passarão. Poucas são as suas
alegrias”.
Depois da reunião, Helga levou o marido à estação
de trem, e eles se despediram. Gerhard escreveu para
ela quase todos os dias por um mês e meio. Então,
algumas semanas depois que suas cartas pararam de
chegar, ela recebeu a notícia de que ele havia sido morto
em combate.33

453
Com Coragem, Nobreza e Independência

Em abril daquele ano, o presidente J. Reuben Clark


estava diante de uma pequena congregação para a
conferência geral no Assembly Hall da Praça do Templo.
Devido às restrições de viagens, apenas autoridades
gerais e presidências de estaca compareceram à
reunião pessoalmente. Os santos que moravam em
Utah e arredores podiam ouvir o rádio, enquanto os
que moravam mais distantes tinham que esperar que os
discursos fossem publicados e distribuídos no relatório
da conferência da Igreja. Enquanto isso, os santos que
viviam em algumas nações devastadas pela guerra não
teriam acesso às mensagens. Mesmo assim, o presidente
Clark sentia que sua mensagem, transmitida em nome da
Primeira Presidência, deveria falar diretamente a todos os
santos dos últimos dias, não importando onde vivessem.
“Na guerra atual, homens justos da Igreja em ambos
os lados morreram, alguns heroicamente, pelo bem de
seu próprio país”, declarou ele.34 Seu genro, Mervyn
Bennion, perdera a vida durante o ataque japonês a
Pearl Harbor, há apenas quatro meses. O presidente
Clark amava Mervyn como um de seus próprios filhos,
e sua morte o abalara profundamente. Mas, por mais
difícil que tenha sido a morte de Mervyn, o presidente
Clark foi consolado pelo Espírito em sua dor, e ele sabia
que não poderia sucumbir a sentimentos de raiva, mal-
dade ou vingança.35
“Ai daqueles que plantam o ódio no coração dos
jovens e dos povos”, disse ele. “O ódio nasce de Satanás;
o amor é fruto de Deus. Devemos expulsar o ódio de

454
Deus está ao leme

nosso coração, cada um de nós, e não permitir que


entre novamente.”
Ele, então, citou a seção 98 de Doutrina e Convênios:
“Portanto, renunciai à guerra e proclamai a paz”. Os con-
flitos entre as nações devem ser resolvidos pacificamente,
declarou ele. “A Igreja é e deve ser contra a guerra.”36
O conflito causou dor e sofrimento na vida dos
santos em todo o mundo e impediu o crescimento da
Igreja. Os santos da Europa e os missionários que servi-
ram entre eles passaram as duas décadas, desde a última
guerra, pregando o evangelho e edificando a Igreja.
Agora, muitos ramos lutavam para permanecer em pé.
Os santos nos Estados Unidos também enfrentavam
dificuldades, embora não no mesmo grau. O governo
estabelecera um racionamento de gasolina e borracha,
o que restringia a frequência com que os santos podiam
se reunir. Todos os homens com idade entre 18 e 64
anos tiveram que se alistar no serviço militar. Logo, o
número de jovens disponíveis para servir missão ficou
muito reduzido, e os líderes da Igreja limitaram o traba-
lho missionário de tempo integral à América do Norte
e do Sul e às ilhas havaianas.37
Por mais que a Primeira Presidência se opusesse à
guerra, eles também entendiam que os santos dos últimos
dias tinham o dever de defender o país onde viviam. E,
apesar da dolorosa perda de seu genro devido a um ata-
que repentino do inimigo, o presidente Clark enfatizou
que os santos de ambos os lados da guerra tinham justifi-
cativa ao atender ao chamado de suas respectivas nações.

455
Com Coragem, Nobreza e Independência

“Esta é uma Igreja mundial. Seus santos dedicados e


fiéis estão em ambos os lados dela”, disse ele. “De cada
lado, acreditam que estão lutando por seu lar, seu país
e sua liberdade. De cada lado, nossos irmãos oram para
o mesmo Deus, no mesmo nome, pedindo para saírem
vitoriosos. Talvez nenhum dos lados esteja totalmente
certo; talvez nenhum dos dois esteja isento de erros.
Deus resolverá em Seu próprio tempo e a Seu pró-
prio modo soberano a justiça e o direito do conflito”,
declarou ele. “Deus está ao leme.”38

456
C APÍTULO 28

Nossos esforços
unificados

Na primavera de 1942, as indústrias nos Estados


Unidos estavam apoiando os esforços de guerra. Em
Cincinnati, as fábricas forneciam peças de máquinas e
motores. Outras empresas na cidade produziam corti-
nas blackout, paraquedas e transmissores de rádio. Nas
mercearias, como a que a família Bang operava, os itens
eram cuidadosamente racionados à medida que mais
e mais mercadorias eram destinadas para alimentar e
equipar os soldados.1
Quando os materiais do dia a dia se tornaram
escassos, Paul e Connie Bang se perguntaram se o Ramo
Cincinnati seria capaz de construir a nova capela. Depois
de vender sua antiga capela, os santos passaram a se
reunir em uma sala alugada, nas instalações do YMCA, nas
proximidades. Paul e Connie eram membros do comitê

457
Com Coragem, Nobreza e Independência

de construção do ramo e estavam arrecadando dinheiro


para a nova capela desde antes da guerra. Mas agora, com
tantas carências, o comitê tinha poucas esperanças de
prosseguir com seus planos até que a guerra acabasse.2
Por volta dessa época, Paul e seu cunhado Milton
Taylor estavam pensando em levar a família ao tem-
plo. Em todos os lugares, a guerra estava separando
as famílias. Maridos e mulheres, filhos e filhas estavam
saindo de casa para servir ao país. Como jovens na casa
dos 20 anos, Paul e Milton haviam se alistado para o
serviço militar e podiam ser convocados para a guerra
a qualquer momento. Em meio a tantas incertezas, o
casamento eterno e os convênios no templo traziam
certezas a eles e a suas jovens famílias.3
Certo dia, Paul e Milton souberam que seu amigo
Vaughn Ball, de Salt Lake City, mas que atualmente era
membro do Ramo Cincinnati, queria fazer uma viagem
para Utah. Se fossem de carro para Utah com ele, as
famílias Bang e Taylor poderiam realizar o sonho de
receber a investidura e ser selados no templo. E, via-
jando juntos, eles poderiam economizar nas despesas.4
O único problema era encontrar uma maneira de
chegar lá. Quase dois anos se haviam passado desde que
Paul e Connie Bang se casaram, e agora eles tinham uma
filha de 10 meses, Sandra. Milton e sua esposa, Esther,
também tinham uma filha pequena, Janet, de 2 anos.5
Milton conhecia um homem que tinha um carro
confiável, com assentos suficientes para todos e que
concordou em alugá-lo para eles. Enquanto as gerações

458
Nossos esforços unificados

anteriores de santos tinham ido para o Oeste de car-


roção, carrinho de mão ou trem, as três famílias, Bang,
Taylor e Vaughn Ball, iriam dirigindo um DeSoto Touring
Sedan 1939.6
O grupo partiu para Utah na última semana de
abril. Como a gasolina não era tão escassa quanto a
borracha em meio ao racionamento da guerra, o grupo
poderia fazer a viagem pelo país com a consciência
limpa, contanto que dirigissem devagar para evitar o
desgaste muito rápido dos pneus.7
À medida que o DeSoto cruzava os Estados Unidos,
os viajantes aproveitavam as muitas estradas pavimen-
tadas e as estações de serviço que surgiram nos últimos
30 anos. À noite, ficavam em hotéis à beira da estrada,
onde sempre conseguiam persuadir os proprietários a
deixá-los ficar por alguns dólares a menos do que o
preço anunciado.
Além de Vaughn, ninguém no carro tinha ido tão
longe em direção ao Oeste antes, então a mudança da
paisagem era nova para eles. Eles apreciaram a paisa-
gem até que as Montanhas Rochosas apareceram e as
estradas se tornaram mais íngremes e perigosas. Vaughn
adorava subir e descer pelas belas passagens nas mon-
tanhas, mas todos os outros pareciam temerosos de que
as encostas íngremes cedessem e os enterrassem vivos.
Eles ficaram aliviados quando chegaram em segurança
ao Vale do Lago Salgado.8
Na cidade, Paul, Connie e Sandra ficaram hospeda-
dos na casa da mãe de Marion Hanks, uma missionária

459
Com Coragem, Nobreza e Independência

que servia em Cincinnati, e a família Taylor ficou na


casa da mãe de Vaughn Ball. Ambas as famílias visita-
ram a Praça do Templo várias vezes, tirando fotos dos
edifícios e monumentos do local. Eles também visitaram
Charles e Christine Anderson, que presidiram o Ramo
Cincinnati por mais de duas décadas. Charles e Christine
tinham um amor imenso pelos dois casais e há muito
esperavam vê-los selados.9
Em 1º de maio, Paul e Connie entraram no Templo
de Salt Lake com Milton e Esther. Depois de receberem
a investidura, os casais foram levados a uma das cinco
salas de selamento do templo. O apóstolo Charles A.
Callis, que servira como presidente de missão em Cin-
cinnati, fez o selamento de cada casal, tendo o presi-
dente Anderson como testemunha. Em seguida, Janet e
Sandra, em seus vestidos brancos, foram levadas para
a sala e seladas aos pais.10
Poucos dias após o selamento, Paul, Connie, Milton
e Esther voltaram para outra sessão de investidura.
Enquanto Paul e Connie caminhavam pelas muitas
salas e corredores do templo, eles se maravilhavam com
seu tamanho e sua beleza. Ficaram emocionados por
estarem ali, com a certeza de que eles e a filha estavam
selados para esta vida e toda a eternidade.11

Naquela primavera, perto de Haia, Holanda, Hanna


Vlam, de 37 anos, despediu-se do marido, Pieter, que se
dirigia à estação ferroviária. Há dois anos, a Alemanha

460
Nossos esforços unificados

nazista ocupava a Holanda. Como ex-oficial da marinha


holandesa, Pieter era obrigado a se apresentar aos oficiais
nazistas regularmente e, no momento, estava indo para
uma cidade perto da fronteira alemã a fim de fazê-lo.
“Vejo você de novo amanhã”, disse ele a Hanna
antes de partir.12
A invasão alemã pegou Hanna e Pieter de surpresa.
Hitler prometera não invadir a Holanda, uma nação neu-
tra, e Pieter acreditara nele. Então, uma noite em maio
de 1940, o som de aviões de guerra lançando bombas os
tirou da cama. Pieter rapidamente vestiu seu uniforme
e saiu para ajudar a defender seu país. Mas, depois de
cinco dias de luta, os militares holandeses se renderam
à esmagadora força alemã.13
Era difícil viver sob o domínio nazista. Pieter perdeu
seu soldo militar, mas conseguiu um emprego na área
civil para sustentar sua família. Os ocupantes alemães
permitiram que os santos holandeses continuassem se
reunindo, desde que as autoridades nazistas pudessem
ouvir o que eles falavam. E os santos tinham que se
reunir durante o dia para cumprir as restrições de bla-
ckout. Como segundo conselheiro na presidência da
Missão Holandesa, Pieter passava quase todos os finais de
semana viajando com o presidente Jacob Schipaanboord
e o primeiro conselheiro Arie Jongkees, ambos holande-
ses, para visitar os ramos em todo o país.14
Em março de 1941, a família Vlam passou por uma
trágica experiência, quando sua filha de 4 anos, Vera,
fora atingida por um trem e morrera. O único consolo

461
Com Coragem, Nobreza e Independência

que Hanna e Pieter tinham era saber que a filhinha


estava selada a eles por toda a eternidade. Quando Vera
era apenas um bebê, o casal Vlam e seus três filhos
foram selados no Templo de Salt Lake, enquanto volta-
vam para casa ao término de uma designação militar na
Indonésia. Esse conhecimento os ajudou a se apegarem
aos convênios que fizeram e a encontrarem consolo nos
dias sombrios que se seguiram.15
Na manhã em que Pieter saiu para se apresentar
às autoridades nazistas, Hanna não esperava que essa
separação durasse mais do que as viagens de fim de
semana com a presidência da missão. Porém, mais tarde
naquele dia, sua filha mais velha, Grace, de 11 anos,
irrompeu pela porta.
“É verdade?”, ela chorava. Corriam boatos de que
os nazistas haviam prendido os ex-militares que com-
pareceram para se apresentar, disse ela à mãe. Eles
tinham sido levados em carroções de gado e estavam a
caminho de um campo de prisioneiros.
Hanna ficou chocada demais para falar. No dia
seguinte, ela recebeu um aviso pelo correio confir-
mando que Pieter fora levado para a Alemanha. Ele
era agora um prisioneiro de guerra.16
Conforme as semanas passavam lentamente, Hanna
orava pedindo paz e força. Ela pedia ao Senhor que
zelasse por seu marido e o mantivesse seguro. Depois de
quase seis semanas esperando por notícias, ela finalmente
recebeu um pequeno cartão de Pieter; sua caligrafia
estava apertada para preencher cada espaço disponível.

462
Nossos esforços unificados

“Estou bem de corpo e alma”, escreveu Pieter. Os


nazistas o mantinham detido em uma prisão chamada
Langwasser na cidade alemã de Nuremberg e, embora ele
e seus companheiros de prisão fossem maltratados pelos
guardas, ele estava bem. “Meus pensamentos estão cons-
tantemente com todos vocês”, escreveu ele. “Em minha
mente, eu a abraço com força, minha querida Hanny.”
Ele pediu a Hanna que mandasse um pouco de
comida e suas escrituras. Hanna não tinha certeza se os
livros passariam pela censura nazista, mas decidiu que
pelo menos tentaria.
“Tenha coragem”, pediu Pieter. “Deus nos unirá
novamente.”17

Em 5 de julho de 1942, David Ikegami participou de


uma conferência da Missão Japonesa no Tabernáculo
da Estaca Oahu, no Havaí. Para David, aquela reunião
de domingo foi diferente das demais. Além de ser orde-
nado ao ofício de mestre no Sacerdócio Aarônico, ele
também fora convidado a falar na primeira sessão da
conferência. Com a presença de mais de 200 pessoas,
seria uma reunião muito maior do que as da Escola
Dominical que ele costumava frequentar.18
A mensagem de David se baseava em Doutrina e
Convênios 38:30: “Se estiverdes preparados, não teme-
reis”. Quase sete meses após o ataque a Pearl Harbor,
o medo e a incerteza ainda pairavam sobre o Havaí.
Os militares dos Estados Unidos ocuparam hotéis e

463
Com Coragem, Nobreza e Independência

cercaram as praias com arame farpado. Os soldados


aplicaram um toque de recolher estrito, e as pessoas que
o violavam corriam o risco de serem baleadas. As aulas
na escola de David haviam começado novamente, mas
ele tinha que carregar uma máscara de gás consigo e,
com frequência, os alunos realizavam simulações a fim
de se prepararem para ataques aéreos e ataques de gás.19
Como nipo-americanos, David e sua família tam-
bém tiveram que suportar as crescentes suspeitas de
seus vizinhos não japoneses. Algumas pessoas, inclusive
muitos oficiais do governo e militares, presumiam, sem
qualquer evidência, que os nipo-americanos procura-
riam minar o esforço de guerra americano por causa
de sua lealdade ancestral ao Japão. No início daquele
ano, o governo dos Estados Unidos até mesmo come-
çara a transferir mais de cem mil homens, mulheres e
crianças nipo-americanos de suas casas, na Califórnia
e em outros estados da Costa Oeste, para campos de
concentração em estados do interior como Utah.
O governo não realizou confinamentos tão genera-
lizados no Havaí, onde quase 40 por cento da população
era descendente de japoneses. Mas as autoridades deti-
veram cerca de 1.500 membros da comunidade japonesa
que ocupavam cargos de poder ou eram considerados
suspeitos. E a maioria dos detidos se tornou prisioneira
em campos nas ilhas.21
Para mostrar sua lealdade aos Estados Unidos e aju-
dar nos esforços de guerra, David se juntou a um grupo
de voluntários chamado Kiawe Corps, que construía trilhas

464
Nossos esforços unificados

e derrubava kiawes, árvores pontiagudas, para dar lugar


a acampamentos militares. Enquanto isso, seu pai havia
começado a trabalhar com seus assistentes na Escola
Dominical japonesa para organizar uma arrecadação de
fundos para os militares dos Estados Unidos, cujas fileiras
incluíam membros da Escola Dominical de David.22
Quando David subiu ao púlpito durante a confe-
rência da missão, ele compartilhou as palavras do mais
recente discurso do élder John A. Widtsoe na confe-
rência geral. “O medo é a principal arma de Satanás
para tornar a humanidade infeliz”, o apóstolo ensinou
aos santos, lembrando-lhes que aqueles que viviam em
retidão e união não precisavam temer. “Há segurança”,
declarou ele, “onde quer que o povo do Senhor viva
tão dignamente a ponto de reivindicar o sagrado título
de cidadãos da Sião de nosso Senhor”.23
Nas semanas seguintes à conferência da missão, o
pai de David continuou arrecadando dinheiro para os
soldados americanos. Chamada de “Estamos Unidos pela
Vitória”, a arrecadação de fundos forneceu meios para
que um comitê de 50 japoneses na ilha imprimisse milha-
res de convites e envelopes de doações para distribuir
entre seus amigos e vizinhos. Em poucos meses, eles
coletaram 11 mil dólares. Os líderes militares nas ilhas
agradeceram o dinheiro, que seria usado para comprar
livros, cursos de fonografia, dois projetores de cinema e
telas para ajudar a elevar o humor dos soldados.24
Os santos da Missão Japonesa estavam felizes
em ajudar. O patriotismo e a lealdade deles estavam

465
Com Coragem, Nobreza e Independência

claramente estampados nos convites distribuídos a toda


a comunidade. “Desejamos fazer tudo o que pudermos
para ajudar a garantir a liberdade que tanto amamos”,
escreveram. “Os militares ficarão felizes com nossos
esforços unificados.”25

Alguns meses mais tarde, em uma prisão em


Hamburgo, Alemanha, Karl-Heinz Schnibbe esperava
para ser julgado por traição. Pouco depois de ser preso,
ele viu seu amigo Helmuth Hübener em uma sala longa
e branca com dezenas de outros prisioneiros. Todos
os prisioneiros receberam ordens de manter o nariz
encostado na parede, mas, quando Karl-Heinz passou,
seu amigo inclinou a cabeça, sorriu e deu uma piscadela.
Helmuth, ao que parecia, não o incriminara. O rosto
machucado e inchado do jovem sugeria que ele havia
sido espancado severamente por resistir.26
Pouco depois disso, Karl-Heinz também viu seu
amigo Rudi Wobbe na sala de espera. Os três rapazes
do ramo estavam presos.
Durante os primeiros meses de sua prisão, Karl-Heinz
suportou interrogatórios, ameaças e espancamentos
nas mãos da Gestapo. Os interrogadores não podiam
imaginar que Helmuth Hübener, um garoto de 17 anos,
pudesse estar por trás de tal conspiração e exigiam saber
o nome dos adultos envolvidos. Claro, não havia nomes
de adultos para oferecer.27

466
Nossos esforços unificados

Na manhã de 11 de agosto de 1942, Karl-Heinz trocou


seu uniforme de prisioneiro por um terno e uma gravata
enviados de casa. O terno pendia em seu corpo magro
como se estivesse pendurado em um cabide no armário.
Em seguida, ele foi levado ao Tribunal do Povo, famoso
na Alemanha nazista por julgar prisioneiros políticos
e aplicar punições terríveis. Naquele dia, Karl-Heinz,
Helmuth e Rudi seriam julgados por conspiração, traição,
cumplicidade e por ajudar o inimigo.28
No tribunal, os réus se sentaram em uma plata-
forma elevada de frente para os juízes, que estavam
vestidos com túnicas vermelhas adornadas com uma
águia dourada. Por horas, Karl-Heinz ouvia enquanto
testemunhas e agentes da Gestapo detalhavam as evi-
dências da conspiração dos meninos. Os panfletos de
Helmuth, cheios de um linguajar que denunciava Hitler
e expunha as falsidades nazistas, foram lidos em voz
alta. Os juízes ficaram furiosos.29
No início, a corte se concentrou em Karl-Heinz,
Rudi e em outro rapaz que havia sido colega de traba-
lho de Helmuth. Em seguida, eles voltaram a atenção
para o próprio Helmuth, que não parecia intimidado
pelos juízes.
“Por que você fez o que fez?”, perguntou um juiz.
“Porque eu queria que as pessoas soubessem a
verdade”, Helmuth respondeu. Ele disse aos juízes que
não achava que a Alemanha pudesse vencer a guerra.
A sala do tribunal explodiu de raiva e descrença.30

467
Com Coragem, Nobreza e Independência

Quando chegou a hora de anunciar o veredito, Karl-


Heinz tremia enquanto os juízes voltavam ao banco. O
juiz principal os chamou de “traidores” e “escória”. Ele
disse: “Vermes como vocês devem ser exterminados”.
Em seguida, ele se voltou para Helmuth e o senten-
ciou à morte por alta traição e por ajudar e ser cúmplice
do inimigo. Houve um silêncio absoluto no local. “Oh,
não!”, sussurrou alguém presente no tribunal. “A pena
de morte para o rapaz?”31
O tribunal condenou Karl-Heinz a cinco anos de
prisão e Rudi a dez. Os meninos ficaram chocados. Os
juízes perguntaram se eles tinham algo a dizer.
“Vocês vão me matar sem motivo algum”, disse
Helmuth. “Não cometi nenhum crime. Tudo o que fiz
foi falar a verdade. Agora é minha vez, mas a vez de
vocês vai chegar.”
Naquela tarde, Karl-Heinz viu Helmuth pela
última vez. A princípio, eles apertaram as mãos, mas,
em seguida, Karl-Heinz abraçou seu amigo. Os olhos
grandes de Helmuth se encheram de lágrimas.
“Adeus”, disse ele.32

Um dia depois que os nazistas executaram Helmuth


Hübener, Marie Sommerfeld ficou sabendo do ocorrido
pelo jornal. Ela era membro do ramo de Helmuth. O
filho dela, Arthur, era amigo de Helmuth, que a consi-
derava uma segunda mãe. Ela não podia acreditar que
ele estivesse morto.33

468
Nossos esforços unificados

Ainda se lembrava dele pequeno, uma criança bri-


lhante e com grande potencial. “Você ainda vai ouvir
algo realmente grande sobre mim”, ele lhe disse certa
vez. Marie não achava que Helmuth estava se gabando
quando disse isso. Ele simplesmente queria usar sua
inteligência para fazer algo significativo no mundo.34
Oito meses antes, Marie ouvira falar da prisão de
Helmuth antes mesmo do anúncio do presidente do
ramo no púlpito. Foi em uma sexta-feira, o dia em que
ela normalmente ajudava Wilhelmina Sudrow, avó de
Helmuth, a limpar a igreja. Ao entrar na capela, Marie
viu Wilhelmina ajoelhada diante do púlpito, com os
braços estendidos, implorando a Deus.
“O que aconteceu?”, perguntou Marie.
“Algo terrível aconteceu”, respondeu Wilhelmina.
Ela então descreveu como os oficiais da Gestapo apare-
ceram em sua porta com Helmuth, revistaram o aparta-
mento e levaram alguns papéis, o rádio dele e a máquina
de escrever do ramo.35
Horrorizada com o que Wilhelmina estava lhe con-
tando, Marie pensou imediatamente em seu filho Arthur,
que fora recentemente convocado para o serviço nazista
em Berlim. Poderia ele ter se envolvido no plano de
Helmuth antes de partir?
Assim que pôde, Marie viajou a Berlim para pergun-
tar a Arthur se ele havia participado de alguma forma.
Ela ficou aliviada ao saber que, embora ocasionalmente
tivesse ouvido o rádio de Helmuth, ele não tinha ideia

469
Com Coragem, Nobreza e Independência

de que Helmuth e os outros meninos estivessem distri-


buindo materiais antinazistas.36
Alguns membros do ramo oraram por Helmuth
durante sua prisão. Outros ficaram zangados com os
rapazes por colocarem a eles e outros santos alemães
em perigo, e por colocarem em risco a autorização da
Igreja para realizar reuniões em Hamburgo. Até mesmo
membros da Igreja que não simpatizavam com os nazis-
tas temiam que Helmuth os tivesse colocado em risco
de prisão ou algo pior, especialmente porque a Gestapo
estava convencida de que Helmuth havia recebido ajuda
de adultos.37
O presidente do ramo, Arthur Zander, acreditava
que precisava agir rápido para proteger os membros
de seu ramo e provar que os santos dos últimos dias
não estavam conspirando contra o governo. Não muito
tempo depois da prisão dos meninos, ele e o presidente
interino da missão, Anthon Huck, excomungaram
Helmuth. O presidente do distrito e alguns membros
do ramo ficaram irritados com aquela ação. Os avós de
Helmuth ficaram arrasados.38
Poucos dias após a execução de Helmuth, Marie
recebeu uma carta que ele havia escrito para ela algumas
horas antes de sua morte. “Meu Pai Celestial sabe que
não fiz nada de errado”, disse ele. “Sei que Deus vive,
e Ele será o juiz adequado dessa questão.
Até nosso feliz reencontro naquele mundo melhor”,
escreveu ele, “continuo sendo seu amigo e irmão no
evangelho”.39

470
Nossos esforços unificados

Durante meses, Pieter Vlam se perguntou por que


o Senhor permitira que os nazistas o prendessem em
um campo de prisioneiros, longe de sua família.
Os barracões deteriorados do campo estavam
infestados de piolhos, pulgas e percevejos, e Pieter
e os outros prisioneiros, às vezes, aventuravam-se a
sair para descansar em um pequeno gramado. Um dia,
enquanto estavam deitados olhando para o céu, um
homem perguntou a Pieter se eles poderiam conversar
sobre assuntos espirituais. Ele sabia que Pieter era um
santo dos últimos dias e tinha perguntas sobre o mundo
além deste. Pieter começou a lhe ensinar o evangelho.40
Logo, outros prisioneiros buscavam a orientação
espiritual de Pieter. Os guardas não permitiam que os
homens conversassem em grandes grupos, então Pieter
pegava dois homens de cada vez, um de cada lado, e
eles caminhavam pelo acampamento. Nem todos os
homens acreditavam no que Pieter ensinava, mas apre-
ciavam sua fé e compreendiam melhor a Igreja.41
Depois de passar alguns meses no campo alemão,
Pieter e seus colegas oficiais holandeses foram transfe-
ridos para o Stalag 371, um campo de prisioneiros na
Ucrânia ocupada pelos nazistas. Seus novos aposentos
ficavam em um edifício de pedra fria, mas as condi-
ções lá eram um pouco melhores do que as que os
homens suportaram na Alemanha. Sentindo-se mais
forte de corpo e espírito, Pieter continuou a caminhar
com qualquer pessoa interessada no que ele estava ensi-
nando. Ele andou tanto que escreveu para sua esposa,

471
Com Coragem, Nobreza e Independência

Hanna, pedindo que mandasse alguns sapatos novos de


madeira para substituir seus sapatos surrados.42
Em pouco tempo, um grupo de cerca de dez homens
incentivou Pieter a organizar uma Escola Dominical,
e ele concordou. Como os nazistas proibiam essas
reuniões, eles se reuniam secretamente em um prédio
vazio, em um canto distante do campo. Eles cobriam a
janela com um cobertor velho e usavam uma caixa de
sabão como púlpito. Milagrosamente, as escrituras e o
hinário que Hanna mandara para Pieter depois da prisão
passaram pelos censores sem serem confiscados. Pieter
ensinava usando a Bíblia e o Livro de Mórmon, mas o
grupo não se atrevia a cantar. Em vez disso, Peter lia
os hinos em voz alta. No final das reuniões, os homens
saíam, um de cada vez, para não serem pegos.43
Um ministro protestante em Stalag 371 acabou
observando os homens caminhando e conversando com
Pieter. Ele chamou cada um deles de lado, mostrou-lhes
um livreto cheio de distorções sobre a Igreja e disse-lhes
que Pieter estava errado. No entanto, em vez de con-
vencê-los a abandonar Pieter e seus ensinamentos, os
esforços do ministro apenas fizeram com que os homens
ficassem mais curiosos sobre o evangelho restaurado.
Depois de ler o livreto, um homem chamado
senhor Callenbach decidiu se juntar ao grupo. “Não
quero ser convertido”, disse ele a Pieter. “Só vim para
ouvir a história que você conta.”44
Certo domingo, Pieter decidiu ensinar o princípio
do jejum. Ele disse aos homens que deveriam dar o

472
Nossos esforços unificados

copinho de feijão que receberam naquele dia a outra


pessoa.
“Se não conseguirem dormir à noite”, disse Pieter,
“orem a Deus e perguntem a Ele se as coisas que ouvi-
ram de mim são verdadeiras”.45
No domingo seguinte, os homens se levantaram
para compartilhar seu testemunho. O senhor Callenbach
foi o último a falar. Com lágrimas nos olhos, ele contou
sua experiência com o jejum.
“Naquela noite, senti muita fome”, ele disse. “Então
me lembrei o que o senhor Vlam falou sobre a oração.”
Contou que orou sinceramente para saber se as coisas
que Pieter ensinava estavam corretas. “Uma sensação
indescritível de paz tomou conta de mim”, disse ele, “e
eu soube que tinha ouvido a verdade”.46

473
C APÍTULO 29

Comigo vem morar

Em uma noite tranquila de novembro de 1943, Nellie


Middleton ouviu a campainha tocar. Estava escuro lá fora,
mas ela sabia que não deveria acender as luzes quando
abrisse a porta. Quase três anos se haviam passado desde
que as bombas alemãs caíram pela primeira vez perto
de sua casa, na Rua St. Paul em Cheltenham, Inglaterra,
e Nellie ainda cobria as janelas à noite para manter a si
mesma e sua filha, Jennifer, a salvo de ataques aéreos.
Com as luzes apagadas, Nellie abriu a porta. Um
jovem estava de pé, seu rosto encoberto pelas sombras.
Ele estendeu a mão e calmamente se apresentou como
o irmão Ray Hermansen. Seu sotaque era incontesta-
velmente americano.1
Nellie sentiu um nó na garganta. Depois que o
ramo se dissolveu, ela e outras mulheres de Cheltenham

474
Comigo vem morar

raramente tiveram a oportunidade de tomar o sacra-


mento.2 Os Estados Unidos haviam enviado recente-
mente tropas à Inglaterra em preparação para uma
ofensiva dos Aliados contra a Alemanha nazista.3 Uma
vez, Nellie havia se perguntado se alguns dos solda-
dos americanos posicionados em sua cidade seriam
membros da Igreja e poderiam abençoar o sacramento.
Ela pedira a sua meia-irmã, Margaret, que pintasse
um quadro do Templo de Salt Lake e o pendurasse
na cidade. Abaixo da pintura, havia uma mensagem:
“Se algum soldado ficar interessado na figura acima,
ele encontrará uma recepção calorosa na Rua St. Paul,
número 13”.4
Será que aquele americano tinha visto o cartaz? Será
que ele tinha a autoridade para abençoar o sacramento?
Nellie apertou a mão dele e o recebeu em sua casa.
Ray era um soldado de Utah, membro da Igreja,
com 21 anos de idade e sacerdote no Sacerdócio
Aarônico. Embora estivesse posicionado a 16
quilômetros de distância, ele ouvira falar sobre a
pintura do Templo de Salt Lake e obtivera permissão
para visitar o endereço. Ele caminhara até a casa de
Nellie e, por isso, havia chegado depois de escurecer.
Quando Nellie lhe falou sobre seu desejo de tomar o
sacramento, ele perguntou quando poderia administrar
o sacramento para ela.
Em 21 de novembro, Nellie, sua filha e outras três
irmãs receberam Ray em sua reunião de domingo. Nellie
iniciou a reunião com uma oração antes de o grupo

475
Com Coragem, Nobreza e Independência

cantar o hino “Da corte celestial”. Depois, Ray abençoou


e distribuiu o sacramento, e as quatro mulheres prestaram
testemunho do evangelho.5
Logo, outros soldados santos dos últimos dias ouvi-
ram falar sobre as reuniões da Rua St. Paul. Em alguns
domingos, a sala de estar de Nellie ficava tão cheia que
as pessoas precisavam se sentar nas escadas. Visto que
a comunicação entre as nações aliadas permanecera
aberta, os santos em Cheltenham não estavam desvin-
culados da sede da Igreja em Utah. E a Missão Britânica
continuou a publicar o Millennial Star durante a guerra,
fornecendo materiais de aula e artigos para que os san-
tos pudessem debater em suas reuniões.
Uma das notícias mais importantes do Millennial
Star nessa época foi o chamado de Spencer W. Kimball
e Ezra Taft Benson para o Quórum dos Doze Apóstolos.
Os dois homens tinham sido presidentes de estaca fora
de Utah quando o presidente Grant os chamou como
apóstolos, e ambos tinham ligações com a Missão
Britânica. Heber C. Kimball, avô do élder Kimball, abrira
a missão em 1837. O élder Benson, por sua vez, servira
naquela missão no início da década de 1920.6
Durante as reuniões com os soldados, Nellie per-
cebeu o quanto eles sentiam falta de sua família. Como
os militares censuravam a correspondência enviada, os
entes queridos, muitas vezes, não faziam ideia de onde
os soldados estavam estacionados. Nellie começou a
escrever cartas para as famílias dos soldados, descre-
vendo como era maravilhoso recebê-los na casa dela.

476
Comigo vem morar

Ela incluía seu endereço no envelope como uma pista


da localização dos soldados.7
Em uma carta para a esposa de um soldado, Nellie
escreveu: “Sei o quanto você deve sentir falta de seu
marido e anseia por receber notícias. Mas quero dizer
que você ficaria muito orgulhosa de ouvi-lo falar sobre
você e a Igreja”.
“Sinto que, enquanto fizermos nosso melhor”,
escreveu Nellie, “o Senhor continuará a nos abençoar.
Temos recebido tanto de Seu amoroso cuidado e pro-
teção; e, mesmo em meio a toda essa miséria e destrui-
ção, nós nos sentimos muito gratos por todas as nossas
bênçãos”.8

Por volta dessa época, Mary dos Santos, de 30 anos,


visitou a fazenda de sua tia Sally perto da cidade de
Santa Bárbara d’Oeste, no estado de São Paulo, Brasil.
Sally estava recebendo os missionários santos dos últi-
mos dias dos Estados Unidos e sugeriu que Mary fizesse
o mesmo. Mary não era muito religiosa e não estava
nem um pouco interessada em uma nova religião. Mas
concordou em permitir que os rapazes a visitassem e a
seu marido, Claudio, desde que prometessem não falar
de religião.
Posteriormente, quando os missionários visitaram
Mary em sua casa na cidade de São Paulo, ela e Claudio
os acharam interessantes e divertidos. A visita durou qua-
tro horas, e eles só falaram sobre a Igreja para mencionar

477
Com Coragem, Nobreza e Independência

as aulas de inglês que davam todas as quintas-feiras. O


avô de Mary nascera nos Estados Unidos e emigrara para
o Brasil após a Guerra Civil Americana, então Mary cres-
ceu falando inglês em casa. Mas Claudio, um brasileiro
que falava português e só sabia um pouco de inglês, inte-
ressou-se pelas aulas. Ele achava que poderia progredir
em sua carreira se aprendesse um pouco mais de inglês.
Antes de ir para a primeira aula, Mary o aconselhou
a tomar cuidado. “Vá para a aula de inglês, e nada mais”,
disse ela. “Não dê atenção ao que acontece antes nem
depois!”
Claudio não seguiu o conselho dela. Depois da
aula, ele ficou para uma atividade na qual os membros
locais da Igreja e seus amigos encenaram peças teatrais
e ouviram música. Claudio amava tudo o que se rela-
cionava à música, mas se sentiu especialmente atraído
pelo bom espírito do encontro e das pessoas.
Quando chegou em casa, Mary quis saber mais a
respeito da aula. “Como foi lá?”, perguntou ela.
“Maravilhoso!”, foi a resposta. Ele contou sobre a
atividade, e já estava ansioso para voltar.
Mary não gostou de ele ter ficado depois da aula,
mas o apoiou quando ele passou a ir todas as semanas.
Um dia, ele a convenceu a ir com ele, e ela também gos-
tou das atividades. Em pouco tempo, os dois começaram
a se interessar pelo evangelho restaurado de Jesus Cristo.9
Na época, a Igreja no Brasil estava bem em seu
início. Por recomendação do presidente da Missão
Sul-Americana, Reinhold Stoof, a Missão Brasileira fora

478
Comigo vem morar

criada como uma missão de língua alemã em 1935.


Três anos depois, no entanto, o presidente do Brasil
implementou leis para enfraquecer a influência de
governos estrangeiros e promover a unidade nacional.
Uma dessas leis proibia o uso de qualquer outro idioma
que não o português, idioma oficial do país, em reuniões
públicas, inclusive em cultos religiosos.10
Embora os santos tenham recebido permissão da
polícia para realizar algumas reuniões em alemão, os
missionários começaram a voltar sua atenção para os
brasileiros falantes de português, muitos dos quais pare-
ciam ansiosos para recebê-los. E, em 1940, a Igreja publi-
cou uma edição em português do Livro de Mórmon.11
As restrições de idioma, entretanto, continuaram
a frustrar os santos que falavam alemão no Brasil.
Essas frustrações se intensificaram no verão de 1942,
quando submarinos alemães atacaram navios brasileiros.
O Brasil declarou guerra à Alemanha, e o trabalho
missionário em alemão foi interrompido.12 Enquanto
alguns membros de língua alemã se voltaram contra a
Igreja e sua liderança predominantemente americana,
muitos mantiveram seu comprometimento como santos
dos últimos dias.13
No Ramo São Paulo, onde Mary e Claudio
participavam de reuniões e atividades, vários santos
brasileiros e alemães adoravam juntos.14 Porém, houve um
problema com a liderança. Os missionários geralmente
lideravam os ramos no Brasil, mas agora havia menos
missionários por causa da guerra. O governo brasileiro

479
Com Coragem, Nobreza e Independência

também proibira a entrada de novos missionários


estrangeiros no país. Quando o presidente da missão,
William Seegmiller, chegou em 1942, mais de 60 élderes
norte-americanos serviam no Brasil. Agora, no início de
1944, os últimos missionários que ainda restavam logo
voltariam para casa, deixando pouquíssimos portadores
do sacerdócio brasileiros para ocupar os chamados de
liderança em aberto.15
As aulas de inglês de Claudio pararam quando os
missionários voltaram para os Estados Unidos. Porém,
não muito depois do fim das aulas, ele e Mary receberam
a visita da esposa do presidente Seegmiller, Ada. Depois
de conversar um pouco, ela disse: “Sabe, os missionários
ficariam muito felizes se vocês fossem batizados”.
O casal não concordou em ser batizado naquela
noite, mas decidiu começar a assistir às reuniões de
domingo. O interesse deles pelo evangelho cresceu até
que, pouco depois do ano novo, eles decidiram se filiar
à Igreja. Em 16 de janeiro de 1944, Mary e Claudio foram
batizados pelo filho do casal Seegmiller, Wan, alguns
dias antes de ele deixar o país para servir nas Forças
Armadas dos Estados Unidos.16

Algumas semanas depois do início do ano, Helga


Meiszus Birth soube da morte de seu primo Kurt Brahtz,
um soldado do exército alemão que fora recentemente
ferido na União Soviética. Ela e Kurt cresceram juntos e
eram como irmãos; ela chorava sempre que pensava nele

480
Comigo vem morar

e em seu falecido marido, Gerhard, outra jovem vítima


da guerra. Por um tempo, ela ficou inconsolável. Então,
ela se forçou a parar. “Estou chorando por pena de mim
mesma”, disse ela.17
Pouco tempo depois, enquanto participava de
uma conferência do distrito perto de sua casa, Helga
se encontrou com Paul Langheinrich, o segundo con-
selheiro na presidência da missão. Enquanto conversa-
vam, Paul perguntou: “Irmã Birth, o que você acha de
servir missão?” Helga ponderou aquela pergunta. Com
a maioria dos rapazes na guerra, as missionárias eram
extremamente necessárias. No entanto, servir missão
durante a guerra não seria fácil, e ela teria de obter
uma permissão especial a fim de se mudar para Berlim.
Mesmo assim, ela queria ajudar na obra do Senhor,
então disse a Paul que estava disposta a servir.
Os meses se passaram, e o chamado chegou. Nesse
tempo, ela se preocupava cada vez mais com seu irmão
mais novo, Siegfried, que fora convocado para o exército.
Ela tinha certeza de que algo havia acontecido com ele.
Quando finalmente recebeu uma carta dele, soube que
ele estava em um hospital do exército na Romênia. Os
estilhaços de uma bomba atingiram seu corpo, mutilando
seu joelho e quadril. “Helga”, ele escreveu, “a guerra aca-
bou para mim”. Ele morreu alguns dias depois.18
No mês seguinte, o ramo realizou uma cerimônia
em homenagem a Siegfried. A tia de Helga, Nita, de
Hamburgo, veio a Tilsit para a reunião, juntando-se a
Helga, seus avós e sua tia Lusche. Ao saírem juntas da

481
Com Coragem, Nobreza e Independência

reunião, Lusche segurou o braço de Helga e disse: “Por


que você não vem e fica comigo?”
“Não posso”, disse Helga. Ela já havia prometido
a Nita e seus avós que ficaria com eles naquela noite.
“Venha para casa comigo”, Lusche implorou. “Fiz
sopa de ervilha!”
Helga sentiu que deveria ir com Lusche. “Está bem”,
concordou.
Naquela noite, depois de se deitar na cama na casa
de Lusche, Helga viu um flash de luz ofuscante. Ela
soube imediatamente que era um sinalizador de um
bombardeiro aliado, iluminando um alvo. Ela e Lusche
correram para o porão enquanto as sirenes de ataque
aéreo tocavam lá fora.19
Os ataques aéreos não eram novidade para Helga.
No ano anterior, estilhaços de uma bomba inimiga a
atingiram na cabeça e no estômago. Todo o seu corpo
ficou entorpecido, e ela achou que ia morrer. “Vou ver
Gerhard”, ela pensou.20
Agora, enquanto as paredes sacudiam com a força
de múltiplas explosões, Helga achava que não sairia viva
do porão. Abraçadas, ela e a tia cantavam um hino para
o qual ela se voltava quando ficava assustada.

Ó Salvador, vem ao meu lar!


Comigo vem morar.

Finalmente, a casa ficou em silêncio. Na manhã


seguinte, um homem que Helga conhecia do trabalho
bateu à porta. “Corram! Corram! Corram!”, ele urgia.21

482
Comigo vem morar

Helga seguiu o homem até a rua onde seus avós


moravam. O prédio fora completamente destruído pelas
bombas dos aliados. Horrorizada, Helga ficou olhando
enquanto os voluntários procuravam sobreviventes
entre os escombros. Ali perto estavam os corpos dos
mortos, cobertos por lençóis. Helga procurou entre eles,
mas os avós e a tia não estavam lá.
Os trabalhadores continuaram buscando entre os
destroços do edifício. Depois de algumas semanas, eles
encontraram os corpos desaparecidos.22
Helga não conseguia entender por que Deus per-
mitira que aquilo acontecesse. Sua avó fora um membro
fiel da Igreja, e o testemunho dela tinha sido uma âncora
para o próprio testemunho de Helga. “Eles realmente
tinham que morrer assim?”, ela se perguntava.
Então, certa noite, ela teve um sonho com os avós
e a tia. No sonho, ela entendeu que a morte deles tinha
sido rápida, sem sofrimento. Helga também sentiu con-
solo em saber que eles morreram juntos.
Pouco tempo depois, ela recebeu o chamado para
servir no escritório da missão em Berlim. Ela ficou feliz
por deixar Tilsit. Não lhe ocorreu que talvez ela nunca
mais voltasse a ver a cidade.23

Não muito tempo depois que Claudio e Mary dos


Santos foram batizados em São Paulo, Brasil, o presidente
da missão, William Seegmiller, perguntou a Claudio se
ele gostaria de ser um élder. Claudio ficou surpreso, mas

483
Com Coragem, Nobreza e Independência

respondeu: “Sim”. Tendo frequentado a Igreja por apenas


alguns meses, ele não sabia exatamente o que significava
ser um élder. Sabia que os missionários eram chamados
de “élder”, que eram jovens admiráveis e dedicavam
a vida a Deus. Se isso era ser um élder, era o que ele
desejava ser.24
Na manhã do domingo seguinte, um pouco
antes da Escola Dominical, o presidente Seegmiller
ordenou Claudio ao ofício de élder no Sacerdócio de
Melquisedeque. Quando terminou, ele disse: “Agora
vamos preparar o sacramento e nos organizarmos para
a Escola Dominical”.
Claudio ficou um pouco desnorteado. Tudo estava
acontecendo tão rápido, e ele não sabia muito bem o que
estava fazendo. Mas seguiu as instruções do presidente
e realizou sua primeira responsabilidade do sacerdócio.
Naquela noite, durante a reunião sacramental
do ramo, o presidente Seegmiller solicitou a ajuda de
Claudio novamente. Dessa vez, para que ele traduzisse
à medida que o presidente falasse aos membros em
inglês. Claudio ainda estava aprendendo inglês e nunca
havia interpretado antes, mas concordou em fazê-lo.25
No início da reunião, o presidente Seegmiller pediu
aos membros que apoiassem a ordenação de Claudio.
Para surpresa de Claudio, ele compreendeu o presi-
dente Seegmiller claramente e facilmente transmitiu as
palavras em português.
O presidente Seegmiller, então, falou para a congre-
gação sobre uma carta que ele escrevera para a Primeira

484
Comigo vem morar

Presidência no ano anterior. Ele expressara sua preo-


cupação de que a Igreja no Brasil não tinha suficien-
tes brasileiros dignos que pudessem ser ordenados ao
sacerdócio para dar apoio aos ramos. Ele agora se sentia
envergonhado de ter escrito a carta.
“Hoje, o irmão Claudio foi ordenado élder”, ele
disse. “Vocês o apoiam como o primeiro brasileiro pre-
sidente de ramo de São Paulo?”
Claudio ficou surpreso enquanto traduzia as
palavras. Ele pensou em sua inexperiência. “Que
conhecimento tenho?”, ele se perguntou. Ele conhecia
a história de Joseph Smith, mas nunca havia lido o Livro
de Mórmon. A única coisa que tinha a oferecer era seu
entusiasmo pela Restauração do evangelho. Talvez, isso
fosse tudo o que o Senhor precisava dele.
Ele olhou para a congregação e viu os santos levan-
tando a mão como sinal de apoio a seu chamado. Ele se
sentiu honrado. Talvez não soubesse muito, mas estava
disposto a trabalhar.26
As responsabilidades de Claudio começaram ime-
diatamente. Ele dirigia as reuniões dominicais e aben-
çoava o sacramento. Um missionário ensinou Claudio
a ler música, e ele logo sabia tocar um repertório de
aproximadamente 20 hinos no órgão para acompanhar
os membros de São Paulo. No início, ele tinha ape-
nas um conselheiro para ajudá-lo, mas os dois homens
fizeram seu melhor para conciliar as responsabilidades
profissionais e familiares enquanto ministravam aos
membros espalhados pela grande cidade.

485
Com Coragem, Nobreza e Independência

Apesar de sua inexperiência, Claudio acreditava


que Deus tinha um propósito ao chamá-lo para liderar
o ramo. “Se essa é a Igreja verdadeira, se há um Deus no
comando, Ele tinha que escolher alguém”, dizia Claudio
para si mesmo. “Ele tinha que escolher alguém com
entusiasmo, que pudesse receber a responsabilidade e
realizar o trabalho.”27

Do outro lado do Atlântico, Nellie Middleton e sua


filha, Jennifer, ainda realizavam reuniões sacramentais
com soldados e santos locais em Cheltenham, Inglaterra.
Há quase cinco anos, a guerra fazia parte da vida de
Jennifer — quase desde que ela conseguia se lembrar.
Agora, aos 10 anos, ela estava acostumada com o racio-
namento de comida, sirenes antiaéreas e sua máscara
de gás, que carregava para onde fosse em uma bolsa
especial que sua mãe fizera.28
Ela também estava acostumada com o fato de ser
a única criança nas reuniões da Igreja. Ela amava os
santos dos últimos dias adultos em Cheltenham e fizera
amizade com muitos dos soldados que vinham em sua
casa para adorar. Mas ela ansiava por estar plenamente
unida a eles — ser um membro batizado de A Igreja de
Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias.
Jennifer queria ser batizada assim que tivesse idade
suficiente, mas não havia fonte batismal em Cheltenham
e, com a guerra em andamento, ela e a mãe nunca tiveram
a oportunidade de viajar para outra cidade. No entanto,

486
Comigo vem morar

durante o verão de 1944, Hugh B. Brown, que presidiu


a Missão Britânica até que a guerra o forçou a partir, foi
chamado para voltar à Inglaterra a fim de supervisionar
os missionários locais, os membros e 78 ramos em todo
o país. Quando foi visitar as irmãs em Cheltenham, ele
recolheu seus dízimos, que Nellie guardava em uma lata.29
Jennifer ficou impressionada com a altura do pre-
sidente da missão, de pé em sua sala. Ele se abaixou e
a cumprimentou.
“Presidente”, disse Nellie, “não sei o que fazer com
essa menina. Ela quer ser batizada, mas não podemos
viajar”.30
O presidente Brown disse que poderia providenciar
para que elas pegassem um trem militar para a cidade
de Birmingham, cerca de 80 quilômetros ao norte. Lá,
elas teriam acesso a uma pia batismal.
Jennifer pediu a Arthur Fletcher, um homem idoso
que morava em um ramo próximo, que realizasse o
batismo e a Harold Watkins, um soldado americano
que ela conhecia, que a confirmasse.31 O batismo foi
marcado para 11 de agosto de 1944. Eles viajariam a
Birmingham juntos.
Quando o dia chegou, Jennifer estava na plataforma
do trem vestindo um novo traje de viagem verde-esmeralda
que sua mãe fizera para a ocasião. Como a Igreja começara
recentemente a pedir às pessoas que usassem branco para
o batismo, Nellie também havia costurado outro vestido
para a ordenança, feito de um belo tecido de algodão
branco bordado.32

487
Com Coragem, Nobreza e Independência

O trem expeliu nuvens de vapor ao chegar na pla-


taforma. O chefe da estação deu a ordem de embarcar,
mas Harold Watkins ainda não havia chegado. Jennifer
se espremeu no trem lotado de soldados, o tempo todo
olhando a multidão em busca de seu amigo. Ela não
queria partir sem ele.
De repente, um soldado em uma bicicleta enfer-
rujada chegou à plataforma. Ele tinha o quepe enfiado
em um bolso e a gravata no outro. Era Harold! Ele
jogou a bicicleta no chão e saltou no trem assim
que começou a se mover. Jennifer o cumprimentou
alegremente.
Sem fôlego, Harold contou-lhes o que havia acon-
tecido. Naquela manhã, o oficial comandante do campo
havia ordenado que todos os homens ficassem confi-
nados em seus alojamentos. Mas Harold havia prome-
tido confirmar Jennifer, e ele sabia que tinha que sair
— não importava o risco. No último minuto, ele saiu
furtivamente do quartel, encontrou uma velha bicicleta
encostada na parede e percorreu dez quilômetros até a
estação de trem o mais rápido que pôde.
Jennifer e o restante do grupo chegaram em segu-
rança a Birmingham. Duas jovens da região comparece-
ram à reunião batismal para apoiar Jennifer. Uma delas
comparou uma pessoa sendo batizada a um navio que
finalmente inicia a viagem da vida. Grata pela opor-
tunidade de finalmente ser chamada de membro da
Igreja, Jennifer estava pronta para começar sua própria
jornada.33

488
Comigo vem morar

Naquele verão em Salt Lake City, Neal Maxwell, de


17 anos, entrou em um escritório de recrutamento do
exército e se ofereceu para ir à guerra. Ele estava espe-
rando por sua vez de se juntar ao serviço militar desde
o início da guerra. Embora não tivesse idade suficiente
para se alistar, ele não queria esperar mais.34
Tanta coisa estava acontecendo. Em 6 de junho de
1944, mais de 160 mil soldados aliados invadiram as
praias no norte da França no que veio a ser chamado de
“Dia D”. Depois daquela batalha feroz contra as defesas
nazistas, os Aliados garantiram uma posição firme na
Europa continental e começaram a abrir caminho até
a Alemanha. Neal esperava que a invasão significasse
que os Aliados estavam ganhando vantagem. Ele queria
fazer parte do fim da guerra o mais rápido possível.35
Neal se apresentou ao serviço em setembro. Seus
pais, Clarence e Emma, tinham dificuldades de entender
por que ele queria partir para a guerra. A ansiedade
deles aumentou quando souberam que ele faria parte da
infantaria do exército.36 Sua designação provavelmente
o colocaria em combate na linha de frente.
Neal chegou para o treinamento básico com um
livro chamado Princípios do Evangelho embalado em
seu equipamento. O livro, que os líderes da Igreja
haviam preparado especialmente para os militares
santos dos últimos dias, continha informações sobre a
doutrina da Igreja, instruções para administrar as orde-
nanças do sacerdócio, uma seleção de hinos e conselhos
gerais para o serviço militar. “Oramos para que o Senhor

489
Com Coragem, Nobreza e Independência

lhes dê coragem e firmeza para cumprir plenamente


seu dever”, escreveu a Primeira Presidência na intro-
dução, “e para que se portem com honra onde quer
que estejam”.37
Assim que o treinamento começou, Neal percebeu
que tinha muito a aprender. Outros recrutas pareciam
mais velhos e experientes do que ele. Enquanto crescia,
ele frequentemente se sentia constrangido com sua apa-
rência. Ele era baixo demais para jogar no time de bas-
quete do colégio, então começou a criar porcos no clube
agrícola. A acne severa havia deixado cicatrizes em seu
rosto, aumentando sua insegurança. Ele ganhou alguma
confiança, entretanto, como coeditor do jornal da escola.38
Durante o treinamento, Neal costumava escrever car-
tas para casa, cheias de bravatas juvenis. Desde o ataque
a Pearl Harbor, os cineastas em Hollywood apoiaram os
militares dos Estados Unidos, produzindo filmes cheios
de ação que idealizavam a guerra e os homens america-
nos que nela lutavam. Neal acreditava que o exército o
estava moldando para ser um lutador forte e resistente.
Ele escrevia para casa contando sobre atirar com rifles e
caminhar 30 quilômetros de uma vez. “Nossos sargentos
são veteranos que lutaram no estrangeiro e são realmente
durões”, informou aos pais. Quando o treinamento aca-
bou, ele lhes disse: “Serei um homem de verdade”.39
Às vezes, porém, ele ficava chocado com o com-
portamento de alguns dos soldados ao seu redor e
expressava novo apreço por ter crescido em uma casa
humilde e centrada no evangelho. “Nossa casa era o

490
Comigo vem morar

céu”, escreveu Neal à mãe. “Agora percebo como você


e papai têm sido maravilhosos e magníficos.”40
O treinamento de Neal terminou em janeiro de
1945, e ele foi designado para lutar contra os japoneses
na violenta Frente do Pacífico. Poucos dias antes de sua
partida, ele falou com a mãe ao telefone. Ela disse que
conhecia um oficial que poderia ajudá-lo a cumprir seu
dever militar sem ter que lutar.
“Talvez”, disse ela, “você não precise viajar para o
exterior”.
“Mãe”, respondeu Neal. “Quero ir.” Ele sabia que
era difícil para ela se despedir, mas tinha um dever a
cumprir.41

491
C APÍTULO 30

Tanta tristeza

O inverno de 1944 a 1945 foi insuportavelmente frio na


Europa. As forças aliadas avançavam sobre a Alemanha,
lutando batalha após batalha na neve gelada. Hitler ten-
tou lançar uma ofensiva final contra as forças americanas
e britânicas na frente ocidental, mas o ataque apenas
exauriu seu exército que já estava cansado. Enquanto
isso, as tropas soviéticas dominavam a frente oriental à
medida que avançavam cada vez mais no território de
domínio nazista.1
Em Berlim, Helga Birth lutava para se manter aque-
cida no escritório da Missão Alemanha Oriental. O escri-
tório original pegou fogo durante um bombardeio um
ano antes, então a missão estava sediada no aparta-
mento do segundo conselheiro, Paul Langheinrich, e
de sua esposa, Elsa. As bombas haviam destruído as

492
Tanta tristeza

janelas do apartamento, então Helga e os outros mis-


sionários cobriram as molduras vazias com cobertores
para se protegerem do frio. Não havia aquecedor nem
água morna. A comida era escassa e era difícil dormir
quando as sirenes de ataques aéreos soavam à noite.
Com a cidade praticamente sitiada, os missionários
não podiam sair e pregar em segurança. Mas a presidên-
cia em exercício da Missão Alemanha Oriental, formada
por membros locais da Igreja, era responsável por todos
os santos da missão. O presidente da missão, Herbert
Klopfer, e a maioria dos funcionários do escritório esta-
vam fora em designações militares, então Helga e outras
mulheres ajudaram a manter os registros da missão e
mantiveram contato com milhares de santos alemães
cuja vida havia sido afetada pela guerra.2
A maioria dos familiares e amigos de Helga já havia
partido de Tilsit quando as forças armadas soviéticas
avançaram pelas cidades do leste da Alemanha. Seu
pai e seu irmão mais novo, Henry, tinham sido convo-
cados para o exército, e sua mãe encontrou refúgio na
fazenda de um primo. Enquanto isso, outros santos de
Tilsit continuaram a se reunir o máximo que puderam,
compartilhando uns com os outros os poucos alimentos
e as roupas que tinham. O presidente do ramo, Otto
Schulzke, e sua família perderam sua casa em um bom-
bardeio, escapando apenas com a própria vida. Quando
o ramo se reuniu pela última vez, eles compartilharam
uma refeição e ouviram o presidente Schulzke mais
uma vez.3

493
Com Coragem, Nobreza e Independência

Devido a suas muitas perdas, Helga se sentia grata


por ter encontrado um lugar entre os santos em Berlim.
Mas, em meados de abril de 1945, as forças armadas
soviéticas avançaram e ocuparam o leste da Alemanha e
cercaram a cidade. Em uma manhã chuvosa de domingo,
Helga se reuniu para adorar com um pequeno grupo de
santos. Bombas e conflitos de rua assustaram as pessoas
da cidade durante a noite, e poucos membros da Igreja
foram à reunião. Paul Langheinrich falou sobre fé. Helga
estava cansada, mas o Espírito a fortaleceu. Ela pensou
nas palavras do Salvador no livro de Mateus: “Porque
onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí
estou eu no meio deles”.4
Depois da reunião, Paul convidou Helga para se
juntar a ele e ao presidente do ramo, Bertold Patermann,
em uma visita a outro ramo da cidade. Paul queria se
certificar de que os membros estavam seguros depois
dos ataques da noite anterior.
Helga, Paul e Bertold levaram uma hora para cami-
nhar até a capela do ramo. Ao se aproximarem do edi-
fício, viram sangue nas ruas e uma batalha aérea estava
acontecendo. Eles prosseguiram, caminhando para a
proteção do edifício da Igreja. De repente, as rajadas
de projéteis de artilharia explodiram atrás deles. Eles
permaneceram calmos, continuaram descendo a rua e
encontraram o edifício da Igreja vazio. Uma das paredes
tinha sido atingida, reduzindo a lateral da capela a escom-
bros. Parecia que alguém havia começado a varrer os
escombros, mas não tinha conseguido concluir a tarefa.

494
Tanta tristeza

Helga e seus dois companheiros visitaram alguns


membros da Igreja que moravam nas proximidades e
depois decidiram voltar para a casa da missão. Quando
voltaram para as ruas, sentiram-se totalmente expos-
tos. A batalha aérea ainda continuava, e os projéteis
continuavam a explodir perto deles. Os aviões de caça
voavam baixo pelas ruas, e tiros destruíam belos edi-
fícios antigos e pontes, lançando pedaços de pedra e
tijolos no ar.
Helga, Paul e Bertold entraram em edifícios e casas,
buscando qualquer proteção que pudessem encontrar.
Uma vez, a única proteção que conseguiram encontrar
foi debaixo de uma árvore sem folhas, com galhos mar-
rons e finos. Por fim, chegaram a uma ponte destruída
com apenas uma pequena parte intacta. Helga não tinha
certeza se conseguiria atravessá-la.
“Irmã Birth, não tenha medo”, disseram seus com-
panheiros. Ela sabia que eles estavam a serviço de Deus,
e isso lhe deu confiança. Confiando neles, agarrou-se a
um corrimão e atravessou a ponte; sua alma se encheu
de uma segurança serena enquanto voltavam para casa.5

Nos dias que se seguiram, Helga e os outros mis-


sionários que moravam no apartamento da família
Langheinrich raramente saíam de casa. Espalharam-se
histórias de que os soldados soviéticos já haviam cap-
turado partes da cidade, e Bertold advertiu os missio-
nários sobre as coisas terríveis que aconteciam lá fora.

495
Com Coragem, Nobreza e Independência

Eles precisavam fazer tudo o que fosse possível para


permanecer seguros.
À medida que o caos tomou conta das ruas, alguns
santos buscaram refúgio na casa da missão. Uma mulher
chegou em estado de choque depois que seu marido foi
baleado no estômago e morreu. Com a ajuda de Paul,
Helga e os outros prepararam os cômodos abandonados
para qualquer pessoa que viesse pedir ajuda.
No sábado, 28 de abril, o pequeno grupo de santos
se reuniu em jejum e oração. Ao se ajoelharem e orarem
pedindo força e proteção, Helga se encheu de gratidão
por estar cercada por santos fiéis em meio a tanto terror.
Quando o jejum terminou, os soldados soviéticos
estavam por toda parte nas ruas ao redor do escritório
da missão. Os combates ainda continuavam em Berlim,
mas as forças armadas soviéticas já estavam trabalhando
para restaurar a ordem e os serviços essenciais nas par-
tes ocupadas da cidade. Muitos soldados não incomoda-
vam os civis alemães, mas alguns soldados saqueavam
edifícios e atacavam mulheres alemãs. Helga e os outros
missionários temiam por sua segurança, e os homens
do escritório da missão se revezavam para manter uma
vigilância cuidadosa.6
Então, em 2 de maio, Helga acordou com um estra-
nho tipo de silêncio. Não houve bombardeio algum
naquela noite, e ela dormira direto até de manhã. Adolf
Hitler havia se suicidado dois dias antes, e o exército
soviético havia hasteado uma bandeira de martelo e
foice na cidade. Com Berlim em mãos soviéticas e outras

496
Tanta tristeza

forças aliadas tomando mais território alemão a cada dia,


a guerra na Europa estava chegando ao fim.7
Helga tentou escrever seus pensamentos em seu
diário missionário. “PAZ! É isso que todos estão dizendo”,
escreveu ela. “Não tenho sentimentos específicos em
meu coração. Imaginamos algo bem diferente em rela-
ção à palavra ‘paz’ — como alegria e celebração —, mas
não é isso que temos sentido.”
“Aqui estou, longe de meus parentes”, continuou
ela, “sem saber o que aconteceu com todos os outros”.
Muitos de seus entes queridos — Gerhard, seu irmão
Siegfried, seu primo Kurt, seus avós e a tia Nita — esta-
vam mortos. Ela não tinha ideia de como entrar em
contato com sua mãe e seu pai, e havia passado tanto
tempo desde que alguém tinha ouvido falar de seu outro
irmão, Henry, que ela só conseguia imaginar o pior.8
Naquele domingo, os santos se reuniram nova-
mente para uma reunião de oração. A companheira
missionária de Helga, Renate Berger, compartilhou um
versículo de Doutrina e Convênios. Era sobre gratidão
diante das tribulações mortais:

E aquele que receber todas as coisas com


gratidão será glorificado; e as coisas desta
Terra ser-lhe-ão acrescentadas, mesmo
centuplicadas, sim, mais.9

Os Aliados comemoraram o “Dia da Vitória na


Europa” em 8 de maio de 1945. Neal Maxwell aplaudiu

497
Com Coragem, Nobreza e Independência

quando ouviu a notícia, assim como outros soldados


americanos que lutavam para capturar a ilha japonesa de
Okinawa. Mas as comemorações deles foram subjugadas
pela realidade de sua própria situação. Com os pilotos
kamikazes atacando o porto de Okinawa e o fogo de
artilharia ardendo nas colinas da ilha, as tropas ameri-
canas sabiam que sua parte na luta estava longe do fim.
“Esta guerra é real”, pensou Neal. A frente de bata-
lha era, na realidade, bem menos glamorosa do que os
jornais e filmes o levaram a acreditar. Isso o deixou com
um sentimento incômodo e desagradável.10
A Batalha de Okinawa estava rapidamente se tor-
nando uma das batalhas mais violentas do Pacífico. Os
comandantes japoneses acreditavam que a ilha era sua
última defesa contra uma invasão americana do conti-
nente japonês, por isso decidiram usar todo o seu poder
militar para defender Okinawa.11
Neal e os soldados que estavam com ele foram
designados para uma divisão como substitutos. Em 13
de maio, ele escreveu uma carta para sua família em
Utah. Ele não tinha permissão para contar aos pais os
detalhes de sua designação, mas lhes assegurou de seu
bem-estar. “Estou sozinho no que diz respeito a com-
panheiros espirituais, com exceção de Um”, escreveu
ele. “Sei que Ele está sempre comigo.”12
Neal estava em um esquadrão de morteiros desig-
nado para disparar projéteis explosivos em posições
inimigas escondidas. Enquanto ele e os outros solda-
dos marchavam em fila única em direção a um monte

498
Tanta tristeza

chamado Flat Top, os japoneses começaram a atirar em


sua direção. Todos os homens se atiraram ao chão e fica-
ram imóveis até sentirem que era seguro. Depois, todos
se levantaram — exceto um homem grande chamado
Partridge, que estava marchando bem na frente de Neal.
“Vamos, levante-se”, disse Neal a ele. “Vamos conti-
nuar.” Quando o homem não se mexeu, Neal percebeu
que ele havia sido morto por um estilhaço.13
Chocado e horrorizado, Neal ficou em estado de
choque por horas. Quanto mais se aproximava do
campo de batalha, mais a paisagem marcada pela guerra
parecia sem vida e estéril. Os cadáveres dos soldados
japoneses jaziam espalhados pelo chão. Neal tinha sido
avisado de que a área poderia estar repleta de minas
terrestres. Mesmo que o solo sob seus pés não explo-
disse, o som agudo do tiroteio podia ser ouvido.
Neal se posicionou em uma trincheira e, depois
de dias de batalhas, as fortes chuvas transformaram a
paisagem chamuscada em um pântano. A trincheira de
Neal se encheu de lama, tornando o descanso quase
impossível ao tentar dormir em pé. As escassas rações
militares pouco ajudaram a matar a fome, e a água que
ele recebia subia ao monte em tanques de 19 litros e
sempre tinha gosto de óleo. Muitos homens bebiam café
para mascarar a sujeira da água, mas Neal queria ser
obediente à Palavra de Sabedoria e recusava. Ele fazia
o possível para coletar água da chuva e, aos domingos,
usava a água que economizara e um biscoito de suas
rações para o sacramento.14

499
Com Coragem, Nobreza e Independência

Certa noite, no final de maio, três projéteis inimigos


explodiram perto da posição do morteiro de Neal. Até
então, os japoneses não tinham conseguido encontrar a
localização de seu esquadrão. Mas, então, parecia que os
artilheiros tinham identificado sua posição e estavam se
aproximando. Quando outro projétil explodiu a poucos
metros de distância, Neal temeu que o próximo atingisse
o alvo.
Saltando da trincheira, ele se escondeu em uma
moita. Percebendo que ainda estava em perigo, correu
de volta para o buraco a fim de aguardar o que acon-
teceria em seguida.
Na lama e na escuridão, Neal se ajoelhou e começou
a orar. Ele sabia que não merecia favor especial algum
de Deus e que muitos homens justos haviam morrido
depois de orar fervorosamente durante a batalha. Ainda
assim, ele rogou ao Senhor que poupasse sua vida, pro-
metendo se dedicar ao serviço de Deus se sobrevivesse.
Ele tinha uma cópia manchada de sua bênção patriarcal
no bolso e pensou em uma promessa que ela continha.
“Eu o selo contra o poder do destruidor para que
sua vida não seja abreviada”, dizia a bênção, “e para que
você não seja privado de cumprir todas as designações
que lhe foram dadas no mundo pré-mortal”.
Neal terminou sua oração e olhou para o céu
noturno. As explosões devastadoras haviam cessado,
e tudo estava quieto. Quando o bombardeio não reco-
meçou, ele sentiu em sua alma que o Senhor havia
preservado sua vida.15

500
Tanta tristeza

Pouco tempo depois, Neal escreveu algumas car-


tas para sua família. “Sinto-me muito solitário; às vezes
sinto vontade de chorar”, disse ele. “Tudo o que tenho
a fazer é ser digno de minha bênção patriarcal, de suas
orações e de minha religião. Mas o tempo e tanta ação
pesam muito na alma de um homem.”
“Posso dizer que somente Deus impediu minha
morte algumas vezes”, escreveu ele. “Tenho um teste-
munho que ninguém pode destruir.”16

De volta à Europa, a guerra havia terminado para


Hanna Vlam e outros santos holandeses. No dia em
que a Alemanha se rendeu, ela e seus filhos se uniram
a seus amigos e vizinhos na praça da cidade para cantar
e dançar. Eles fizeram uma enorme fogueira do material
do blecaute que haviam pendurado em suas janelas,
observando alegremente os lembretes de dias sombrios
sendo queimados no fogo.
“Obrigada, obrigada, ó Senhor”, pensou Hanna.
“Foste bom para nós.”
Agora que os combates tinham terminado, muitas
pessoas em campos de concentração e prisões foram
libertadas. Hanna havia se correspondido com o marido
durante o tempo em que ele estava preso, e tinha moti-
vos para acreditar que ele tinha permanecido em segu-
rança. Ainda assim, ela sabia que não poderia realmente
comemorar o fim da guerra até que Pieter estivesse em
casa, onde era o lugar dele.

501
Com Coragem, Nobreza e Independência

Em uma noite de domingo, no início de junho,


Hanna olhou pela janela e viu um caminhão militar
parar em frente à sua casa. Uma porta do caminhão se
abriu e Pieter saiu. Os vizinhos de Hanna deviam estar
observando também, porque vieram correndo para sua
porta da frente. Ela não queria abri-la para uma mul-
tidão, por isso esperou que Pieter entrasse sozinho. E,
quando ele entrou pela porta, ela o recebeu com alegria.
Logo, os vizinhos da família Vlam colocaram ban-
deiras por toda a rua para comemorar o retorno seguro
de Pieter. Heber, o filho de 12 anos de Hanna e Pieter,
viu as bandeiras e correu para casa. “Meu pai está em
casa!”, exclamou ele.
Quando escureceu, Hannah acendeu uma vela que
havia guardado para a noite do retorno de Pieter. A
família Vlam se sentou à luz cintilando, ouvindo Pieter
lhes contar sobre sua libertação.17
Meses antes, quando as forças soviéticas haviam
expulsado os alemães da Ucrânia, Pieter e os outros pri-
sioneiros do campo de concentração 371 foram transfe-
ridos para uma nova prisão, ao norte de Berlim. Era suja,
fria e infestada de insetos e ratos. O zumbido de aviões
dos Aliados enchia o ar, e o céu ficava vermelho cor de
sangue dos incêndios que queimavam por toda a cidade.
Certo dia, em abril, um prisioneiro gritou para
alguns soldados soviéticos enquanto passavam pela
prisão em um tanque gigante. Os soldados pararam,
viraram o tanque e quebraram a cerca de arame farpado,
libertando Pieter e seus companheiros de prisão. Antes

502
Tanta tristeza

de se separarem, Pieter deu uma bênção do sacerdócio


a todos os que desejaram. Alguns dos prisioneiros que
estudaram o evangelho com ele voltaram para casa e
se filiaram à Igreja.18
Agora, com sua família, Pieter sentiu que tinha em
seu lar um pedacinho do céu. Era como se ele estivesse
se reunindo com entes queridos do outro lado do véu
e se regozijou com os laços sagrados que os uniam por
toda a eternidade.19

Na primeira semana de agosto de 1945, Neal Maxwell


estava nas Filipinas, treinando para uma invasão
do Japão continental mais tarde naquele outono.
Os Estados Unidos haviam capturado Okinawa em
junho e, embora mais de 7 mil soldados americanos
tivessem morrido, os japoneses haviam sofrido perdas
verdadeiramente espantosas. Mais de 100 mil de seus
soldados e dezenas de milhares de civis haviam perdido
a vida na batalha.20
Neal escreveu uma carta com muita sinceridade
para sua família; ele já não mais se sentia como ante-
riormente. O que ele mais queria era que aquela guerra
terminasse. “Tenho um forte desejo de destruir tudo
isso que causa tanta tristeza”, disse ele sobre a guerra.
Ele acreditava que a mensagem de Jesus Cristo poderia
trazer paz duradoura e ansiava por compartilhá-la com
outras pessoas. “É o que mais desejo no momento”,
escreveu ele.21

503
Com Coragem, Nobreza e Independência

Depois de sair da linha de frente, Neal começou a


participar de reuniões de militares santos dos últimos
dias de várias unidades. Enquanto ainda estava em
Okinawa, ele ficou animado com a ideia de finalmente
adorar novamente com outros membros da Igreja. Mas,
quando finalmente teve a oportunidade de participar de
uma reunião, percebeu que os homens que ele esperava
ver não estavam lá. O capelão, um santo dos últimos dias
chamado Lyman Berrett, fez um discurso consolador, mas
Neal ficou de olho na porta o tempo todo, esperando
que seus amigos chegassem. Alguns nunca chegaram.22
Nessa época, Neal ficou sabendo que o presidente
Heber J. Grant havia falecido. Nos cinco anos desde seu
derrame, o presidente Grant tinha se reunido regular-
mente com seus conselheiros e falado várias vezes na
conferência geral.23 Ele nunca se recuperou comple-
tamente e, em 14 de maio de 1945, sucumbiu a uma
insuficiência cardíaca aos 88 anos de idade. George
Albert Smith se tornou então o presidente da Igreja.24
No início de agosto, Neal e o restante dos soldados
nas Filipinas ficaram sabendo que um avião americano,
sob ordens diretas do presidente dos Estados Unidos,
havia lançado uma bomba atômica na cidade japonesa
de Hiroshima. Três dias depois, outro avião lançou uma
bomba semelhante na cidade de Nagasaki.
Quando Neal soube dos bombardeios, encheu-se
de esperança de que ele e seus companheiros solda-
dos não precisariam invadir o continente japonês. Mais
tarde, ele percebeu como sua reação tinha sido egoísta.

504
Tanta tristeza

Mais de 100 mil pessoas, a maioria delas civis japoneses,


morreram nas explosões nucleares.25
Depois que o Japão se rendeu em 2 de setem-
bro de 1945, a guerra mundial terminou oficialmente.
Neal ainda teria que ir ao Japão, mas como membro da
ocupação aliada. Nesse ínterim, seus superiores nota-
ram seus talentos de escrita e lhe deram a designação
especial de escrever cartas de consolo e condolências
às famílias dos soldados mortos.
“A lembrança de dias desafiadores é muito difícil”,
escreveu Neal à sua família, “principalmente quando pre-
ciso escrever cartas de condolências para os familiares e
entes queridos em luto de meus amigos”. Embora estivesse
honrado com a responsabilidade, ele não a apreciava.26
Neal e quase um milhão de santos dos últimos
dias ao redor do mundo agora enfrentavam um novo
futuro enquanto lutavam para começar de novo, depois
de terem passado por tanta tristeza, privação e perdas
avassaladoras. No último discurso público do presidente
Grant, lido em voz alta por seu secretário na Conferência
Geral de Abril de 1945, ele proferiu palavras de consolo
e perspectiva aos santos.
“A tristeza está presente em muitos de nossos lares”,
disse ele. “Que sejamos fortalecidos com o entendimento
de que ser abençoados não significa que seremos sempre
poupados de todas as decepções e dificuldades da vida.”
“O Senhor ouvirá nossas orações e responderá
a elas, dando-nos as coisas que pedirmos caso sejam
para nosso bem”, declarou ele. “Ele nunca abandonou

505
Com Coragem, Nobreza e Independência

aqueles que O servem com real intenção e nunca o fará;


mas sempre estejam preparados para dizer: ‘Pai, faça-se
a tua vontade’.”27

506
PARTE 4

Coroados de glória
1945–1955

“Nossa missão no mundo é a de salvar almas,


de abençoá-las e de colocá-las em condições
de voltar à presença de nosso Pai, coroados de
glória, imortalidade e vida eterna. Que a bondade,
a alegria e a paz caracterizem nossos esforços,
sendo uma bênção para os filhos de nosso Pai,
aonde quer que tenhamos o privilégio de ir.”

George Albert Smith, julho de 1945


1945–1955

NEUBRANDENBURG •
• ZEŁWĄGI
AMSTERDÃ BERLIM
LONDRES
• •
• • LÍPSIA
• PRAGA
PARIS
• BRNO •

• BERNA Limites, 1948


VALENÇA

TELA

•QUETZALTENANGO

CIDADE DA GUATEMALA

• SEUL
NAGOYA • • TÓQUIO
C APÍTULO 31

No caminho certo

O Tabernáculo de Salt Lake estava quieto e tranquilo


na tarde de 7 de outubro de 1945, quando George Albert
Smith se levantou para falar aos santos na conferência
geral. Ele havia falado muitas vezes no tabernáculo
durante suas quatro décadas como apóstolo, mas seria
a primeira que falaria na conferência para toda a Igreja
como profeta do Senhor.
Ele acabara de voltar da dedicação do Templo de
Idaho Falls, no sudeste de Idaho, um lembrete de que
o trabalho dos últimos dias estava progredindo. Mas ele
sabia que os santos do mundo inteiro estavam sofrendo
após anos de privação e guerra. E buscavam orientação
e segurança do profeta.
“Este mundo poderia estar livre de suas aflições há
muito tempo”, disse o presidente Smith a seu público,

509
Com Coragem, Nobreza e Independência

“se os filhos dos homens tivessem aceitado o conselho


Daquele que deu tudo de Si”. Ele lembrou aos santos do
convite do Salvador de amar ao próximo e perdoar seus
inimigos. “Esse é o espírito do Redentor”, declarou ele,
“e esse é o espírito que todos os santos dos últimos dias
devem buscar possuir se desejam um dia estar em Sua
presença e receber gloriosas boas-vindas de Suas mãos”.1
Entre os membros da Igreja, o presidente Smith era
conhecido como um líder bondoso que amava a paz.
Quando era mais jovem, ele criou um plano de metas e
objetivos para guiar sua vida. “Não procurarei forçar as
pessoas a viver segundo meus ideais, mas as incentivarei
com amor a fazer o que é certo”, escreveu ele. “Não feri-
rei deliberadamente os sentimentos de qualquer pessoa,
nem daquele que me fez mal, mas procurarei lhe fazer
o bem e torná-lo meu amigo.”2
Então, ao olhar para o futuro, o presidente Smith
estava particularmente preocupado em ajudar os santos
cuja vida havia sido prejudicada pela guerra. No início
daquele ano, ele havia pedido ao Comitê de Bem-Estar
da Igreja que criasse um plano para enviar alimentos e
roupas para a Europa. Pouco depois da conferência de
outubro, ele se reuniu com vários apóstolos a fim de
conversar sobre o envio das mercadorias para o exterior
o mais rápido possível.3
Enviar ajuda para a Europa não era uma tarefa
simples. A Igreja precisava da ajuda do governo dos
Estados Unidos para coordenar os esforços de auxílio
com muitos países. Para acertar os detalhes, o presidente

510
No caminho certo

Smith viajou para Washington, D.C., com um pequeno


grupo de líderes da Igreja.4
Eles chegaram à capital do país em uma manhã
nublada no início de novembro. Entre suas muitas
reuniões com líderes governamentais e embaixadores
europeus, houve um encontro com Harry S. Truman, o
presidente dos Estados Unidos. O presidente Truman
deu boas-vindas aos líderes da Igreja com bondade, mas
os advertiu de que não fazia sentido financeiramente
enviar alimentos e roupas para a Europa em uma época
em que a economia estava ruim e a moeda instável.
“O dinheiro deles não serve para nada”, disse ele ao
presidente Smith.5
O profeta explicou que a Igreja não esperava ser
paga. “Nosso povo de lá precisa de alimentos e suprimen-
tos”, disse ele. “Queremos ajudá-los antes de o inverno
começar.”6
“Quanto tempo vai demorar para que tudo fique
pronto?”, perguntou o presidente Truman.
“Estamos prontos agora”, disse o profeta. Ele des-
creveu os estoques de alimentos e suprimentos que
os santos haviam reunido, com mais de 2 mil colchas
costuradas pela Sociedade de Socorro durante a guerra.
A Igreja apenas precisava de ajuda para transportar
aqueles artigos para a Europa.
“Vocês estão no caminho certo”, disse o presidente
Truman, impressionado com a preparação dos san-
tos. “Ficaremos felizes em ajudá-los de todas as formas
possíveis.”7

511
Com Coragem, Nobreza e Independência

Antes de partir, o presidente Smith disse ao


presidente Truman que os santos dos últimos dias
estavam orando por ele. O profeta lhe deu uma cópia
em capa de couro de A Voice of Warning [Uma Voz
de Advertência], um livreto missionário escrito pelo
apóstolo Parley P. Pratt, em 1837.
O presidente Smith ficou impressionado porque,
durante a vida do élder Pratt, os santos mal estavam
sobrevivendo. Eles nunca poderiam ter enviado auxílio
pelo oceano a milhares de pessoas que passavam difi-
culdades. No século passado, porém, o Senhor havia
ensinado aos santos como estar preparados para épocas
difíceis, e o presidente Smith ficou feliz por poderem
agir rapidamente.8

Enquanto a Igreja se preparava a fim de enviar auxí-


lio para a Europa, Helga Birth continuava seu serviço
como missionária em Berlim. A Alemanha ainda estava
em desordem meses após a guerra. Tanto a cidade de
Berlim quanto todo o país tinham sido divididos em
quatro zonas, cada uma controlada por uma nação
ocupante diferente. Visto que a guerra deixara a maioria
dos santos alemães desabrigados, eles frequentemente
buscavam a ajuda de Helga e de outros missionários na
casa da missão. Herbert Klopfer, o presidente em exer-
cício da missão no leste da Alemanha, havia morrido
em um campo de prisioneiros soviético, por isso seus

512
No caminho certo

conselheiros, Paul Langheinrich e Richard Ranglack,


lideraram os esforços para ministrar aos refugiados.
Como precisavam de mais espaço para abrigar os
santos, os dois homens receberam permissão dos líde-
res militares a fim de mudar a casa da missão para uma
mansão abandonada na zona controlada pelos Estados
Unidos, no oeste de Berlim. A cidade natal de Helga,
Tilsit, ficava em uma parte da Alemanha sob controle
soviético, e ela não tinha ideia de como encontrar seu pai
e sua mãe ou seu irmão Henry, que havia desaparecido
em ação. Tampouco poderia descobrir com facilidade
o paradeiro de amigos e antigos membros do ramo.9
No outono de 1945, Helga recebeu uma carta de sua
tia Lusche. Mais de um ano havia se passado desde que
tinham sobrevivido ao ataque aéreo que matou os avós
e a tia Nita de Helga. Helga ficou sabendo que o exército
soviético estava mantendo Lusche e outros refugiados
alemães em um castelo deserto perto da fronteira entre
a Alemanha e a Polônia. As autoridades soviéticas deci-
diram libertá-los, mas somente se tivessem parentes que
os pudessem acolher. Helga rapidamente escreveu de
volta, convidando sua tia para morar na casa da missão.
Lusche chegou a Berlim pouco tempo depois com
uma mulher chamada Eva, uma parente distante que
fora presa com ela. As duas mulheres tinham uma apa-
rência sofrida e magra. Helga havia passado muita fome
e sofrimento durante a guerra, mas as histórias de tortura
e privação de sua tia abalaram sua alma. A filhinha de

513
Com Coragem, Nobreza e Independência

Eva havia morrido de frio e fome, e Lusche tinha pen-


sado em tirar a própria vida.10
Outros refugiados santos dos últimos dias também
buscaram abrigo na casa da missão, e Paul Langheinrich
preparou um lugar para ficarem. Pouco depois, mais de
cem pessoas estavam abrigadas e sendo alimentadas sob
o mesmo teto. No entanto, o pai, a mãe e o irmão de
Helga não tinham sido encontrados.
Soldados americanos que haviam sido missioná-
rios na Alemanha visitavam a casa da missão com fre-
quência. Um soldado compartilhou sanduíches com
eles, feitos com pão branco macio dos Estados Unidos.
Helga devorou avidamente um sanduíche, mas isso mal
aliviou a fome implacável que a assolava e também a
seus colegas de casa. Às vezes, ficavam dias sem comer.
Quando Helga conseguia comprar ou encontrar uma
refeição, as batatas velhas e o leite aguado forneciam
pouca nutrição. Ela estava tão fraca que, em alguns dias,
não conseguia sair da cama.11
Ela teve boas notícias em janeiro de 1946, quando
recebeu uma carta de seu pai, Martin Meiszus. Ele havia
perdido o olho esquerdo durante um ataque aéreo
próximo ao fim da guerra e passou algum tempo em
um campo de refugiados na Dinamarca. Agora ele
estava de volta à Alemanha, morando na cidade de
Schwerin, a cerca de 210 quilômetros de Berlim.12 Paul
e outros líderes da missão viajaram pela Alemanha
por vários meses, procurando santos desabrigados
e ajudando-os a se unirem para sobreviver. Como já

514
No caminho certo

estavam planejando visitar Schwerin, convidaram Helga


para se juntar a eles.13
No trem lotado, Helga se esforçou para se manter
aquecida enquanto o ar gelado do inverno soprava pelas
janelas quebradas. Ela carregava uma pequena caixa com
alguns pedaços de chocolate americano. O doce era
escasso, por isso ela decidiu guardar para seu pai. Ainda
assim, às vezes ela segurava o chocolate perto do nariz
para inalar seu delicioso aroma.
Em Schwerin, Helga ficou muito feliz ao ver seu
pai novamente. Ele ficou surpreso quando ela lhe deu o
chocolate e tentou compartilhá-lo com ela. “Kindchen”,
disse ele. Amada filha.
“Não, pai”, respondeu Helga. “Já comi muito.” E era
verdade — ela não sentia mais fome. Ela estava cheia
de felicidade.14

Do outro lado do mundo, a divisão de Neal Maxwell


no Exército dos Estados Unidos fazia parte da força de
ocupação no Japão continental. Durante a guerra, o país
havia sido devastado por milhares de ataques aéreos e
bombas atômicas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki.
Neal esperava que os japoneses o recebessem como
um herói conquistador. Mas mais de 300 mil japoneses
civis tinham sido mortos, e sua alma ficou angustiada
ao ver o que a guerra custara ao povo.15
Neal estava servindo como primeiro sargento
em um grupo de soldados de cerca de 300 homens

515
Com Coragem, Nobreza e Independência

indisciplinados e desmoralizados, muitos dos quais


apenas queriam voltar para casa. Embora Neal tivesse
apenas 19 anos de idade, seus superiores decidiram que
ele era o homem certo para colocar ordem no grupo.
Neal não tinha tanta certeza.16
“Faço muitas coisas aqui que exigem um julga-
mento tão maduro que estremeço quando penso na res-
ponsabilidade”, escreveu ele em uma carta a seus pais.
“Na realidade, sou apenas um menino, muito jovem,
com saudades de casa e que não sabe o que fazer.”17
Ainda assim, ele encontrou maneiras de ter sucesso
como líder e conquistar o respeito de alguns dos homens.
Muitas vezes se voltou para o Pai Celestial em busca de
ajuda. Muitas noites, ele vagava sozinho do lado de fora
para orar, encontrando uma comunhão mais próxima
com Deus sob o céu estrelado.18
Ele também encontrou forças entre outros soldados
santos dos últimos dias. Durante a guerra, os líderes da
Igreja incentivaram os santos nas Forças Armadas a se
reunirem, tomarem o sacramento e oferecerem apoio
espiritual uns aos outros. No Japão pós-guerra, assim
como em Guam, nas Filipinas e em outros lugares em
todo o mundo, centenas de militares santos dos últimos
dias se reuniam.
Esses grupos muitas vezes tinham experiências mis-
sionárias inesperadas. Logo após o fim da guerra, os
militares santos dos últimos dias na Itália tiveram uma
audiência com o Papa Pio XII na sede da Igreja Católica.
Eles contaram ao papa sobre a visita do Salvador ao

516
No caminho certo

hemisfério ocidental e o presentearam com um exem-


plar do Livro de Mórmon.19
No Japão, na mesma época, santos locais que não
frequentavam a Igreja há anos procuravam os grupos de
militares e participavam de suas reuniões. Sob o novo
governo de ocupação, os japoneses eram livres para
explorar suas crenças espirituais, e alguns soldados san-
tos dos últimos dias convidaram seus amigos japoneses
para aprender sobre a Igreja. Logo, soldados americanos
como Neal se sentaram lado a lado com seus antigos
inimigos, tomando o sacramento e aprendendo juntos
sobre o evangelho de Jesus Cristo.20
Neal tinha ainda que completar muitos meses de
serviço militar antes de voltar para casa. Mas suas expe-
riências em Okinawa e agora no continente japonês
solidificaram seu desejo de servir missão o mais rápido
possível.21
“Há muitos homens prontos para o evangelho
que são tão cristãos quanto nós mesmos”, escreveu ele
para sua família, “e precisam muito do evangelho para
guiá-los”.22

De volta à Alemanha, Paul Langheinrich entrou em


contato com o chefe das forças soviéticas em Berlim.
Milhares de refugiados santos dos últimos dias esta-
vam morando em áreas ocupadas pelos soviéticos, e
Paul estava preocupado com seu bem-estar. “Devido
às ações insondáveis de Hitler”, escreveu ele, “muitos

517
Com Coragem, Nobreza e Independência

de nossos membros estão agora nas ruas, sem casa ou


pátria, banidos e expulsos”.
Paul pediu permissão ao comandante para comprar
alimentos e transportá-los para esses santos. Como antigo
pesquisador genealógico do governo alemão, ele tam-
bém se sentiu inspirado a perguntar se poderia procurar
arquivos de registros importantes, que os nazistas haviam
escondido em áreas remotas do país para protegê-los de
danos ou roubos. Como os santos alemães precisariam
desses registros para fazer o trabalho do templo por seus
antepassados um dia, Paul queria preservá-los.
“Esses registros não têm valor algum para vocês”,
escreveu ele ao comandante. “Para nós, eles são
inestimáveis.”23
Uma semana depois, Paul recebeu permissão para
comprar qualquer alimento que os membros da Igreja
precisassem. E, no que diz respeito aos registros genea-
lógicos, se os santos os encontrassem, eles poderiam
guardá-los.24
Paul, por fim, ficou sabendo de uma coleção de
documentos no castelo de Rothenburg, a sudoeste de
Berlim. Em um dia frio de fevereiro de 1946, ele e 16
missionários locais caminharam por uma estrada gelada
até o antigo castelo, que ficava no alto de uma colina
íngreme. Quando entraram, os homens encontraram
pilhas de registros paroquiais, microfilmes e livros con-
tendo genealogias alemãs.25
Vários registros tinham séculos de idade e conti-
nham milhares de nomes e datas, alguns escritos em

518
No caminho certo

uma bela caligrafia alemã. Longos pergaminhos repre-


sentavam árvores familiares ilustradas em cores vivas.
Grande parte dos arquivos estava em boas condições,
mas alguns dos registros estavam cobertos de gelo e
neve, e parecia que não seria possível recuperá-los.26
Depois que Paul e os missionários encontraram os
registros, tudo o que precisavam fazer era levá-los colina
abaixo. Paul havia alugado uma caminhonete com um
trailer para recolher os registros e levá-los a um vagão
de trem que ia para Berlim. Mas o tempo passou, e a
caminhonete não chegava.27
Um missionário finalmente apareceu, subindo a
colina com dificuldade. A caminhonete estava parcial-
mente encalhada, e seus pneus derrapavam pela estrada
gelada.28
Paul decidiu que estava na hora de orar. Ele pediu
a três missionários que o acompanhassem até a floresta,
e eles suplicaram a ajuda do Senhor. Quando disseram
“amém”, ouviram o som de um motor e viram a cami-
nhonete fazendo a curva.
O motorista disse a Paul que havia retirado o
trailer para conseguir chegar ao castelo. Ele preten-
dia virar a caminhonete e ir embora, mas Paul o per-
suadiu a ficar e ajudá-los a transportar o máximo de
registros possível pela estrada escorregadia. Sem o
trailer, porém, a caminhonete não era grande o sufi-
ciente para transportar todos os registros. Se quises-
sem tirar tudo a tempo de pegar o vagão de carga
no dia seguinte, o gelo na estrada teria que derreter.

519
Com Coragem, Nobreza e Independência

Mais uma vez, Paul e os missionários se voltaram para


Deus em oração.29
Uma chuva morna caiu naquela noite. Quando Paul
acordou pela manhã, as estradas estavam sem gelo. Ele
também ficou sabendo que o vagão de carga estava atra-
sado alguns dias, dando aos missionários o tempo que
precisavam para carregar todos os itens recuperáveis.
Paul não podia negar o papel de Deus na maravilhosa
manifestação e estava grato por ser um instrumento em
Suas mãos.
Assim que a última carga chegou à estação ferroviá-
ria, Paul e os homens fizeram uma última oração. “Fizemos
nossa parte”, oraram. “Agora, querido Deus, precisamos
de Ti para levar esse vagão de carga para Berlim.”30

Em 22 de maio de 1946, Arwell Pierce, presidente da


Missão Mexicana, estava com o presidente George Albert
Smith no topo da Pirâmide do Sol, um local histórico
popular a nordeste da Cidade do México. A pirâmide de
pedra, que já havia sido o centro de uma antiga cidade
que passou a ser conhecida como Teotihuacán, erguia-se a
mais de 60 metros de altura e oferecia vistas espetaculares
da paisagem circunvizinha. Embora o presidente Smith
estivesse com quase 80 anos, ele havia subido as muitas
escadas da pirâmide com relativa facilidade, brincando
com Arwell e os missionários que estavam com eles.31
Arwell estava feliz que o profeta tivesse vindo ao
México. Foi a primeira vez que um presidente da Igreja

520
No caminho certo

tinha visitado a missão, e a visita significou muito para


os santos locais. Na última década, a Igreja no México
havia sido dividida entre o grupo principal de santos
e as 1.200 pessoas que haviam se filiado à Terceira
Convenção. A visita do presidente Smith ofereceu uma
chance real de reconciliação — algo que Arwell havia
buscado diligentemente nos últimos quatro anos.32
Quando Arwell se tornou presidente da Missão
Mexicana em 1942, a divisão entre os membros da convenção
e os outros santos do México era muito forte. Quando Arwell
foi designado pela Primeira Presidência, J. Reuben Clark o
encarregou de tentar resolver aquela situação.33
A princípio, os membros da convenção suspeitaram
do novo presidente de missão. Assim como seus ante-
cessores, Arwell era cidadão americano, e os membros
da convenção não o receberam bem. Em vez de tentar
forçá-los a ver os erros deles, Arwell decidiu conquistar
sua confiança e amizade.
Ele começou a frequentar as reuniões da Terceira
Convenção e fez amizade com Abel Páez, o líder da
organização, bem como com outros membros da con-
venção. Quanto mais tempo ele passava com eles, mais
sentia que a reunificação era possível. Os membros da
convenção ainda mantinham sua fé na doutrina central
do evangelho restaurado. Continuavam a administrar os
programas da Igreja e acreditavam no Livro de Mórmon.
Se ele pudesse ajudá-los a ver tudo o que estavam per-
dendo estando separados de outros santos, ele acredi-
tava que voltariam. Mas ele teria que agir com cuidado.

521
Com Coragem, Nobreza e Independência

“Os métodos severos usados no passado não fun-


cionaram”, informou ele à Primeira Presidência. “Vamos
esperar que a bondade e a razão sã e paciente possam
fazer algum bem.”34
Sob a direção da Primeira Presidência, Arwell lide-
rou os trabalhos para construir ou reformar várias capelas
no México, abordando uma escassez que tinha incomo-
dado os membros da convenção quando romperam com
a Igreja pela primeira vez. Ele também se encontrava
com frequência com Abel para incentivá-lo a buscar uma
reconciliação. “O que vocês aqui no México realmente
precisam é de uma organização de estaca”, disse ele a
Abel e aos membros da convenção. “Não podemos ter
uma estaca no México até que estejamos mais unidos.”35
Ele lembrou a Abel que os membros da convenção
estavam renunciando às bênçãos do templo. Em 1945,
as primeiras investiduras em espanhol foram realizadas
no Templo de Mesa Arizona. Embora muitos dos santos
mexicanos não pudessem pagar uma viagem a Mesa,
Arwell disse que acreditava que um dia haveria templos
no México nos quais Abel e muitos outros da convenção
poderiam entrar.36
Certo dia, Arwell recebeu um telefonema de Abel.
Ele e alguns outros líderes da Terceira Convenção que-
riam se reunir com ele para conversar sobre uma recon-
ciliação. Os homens conversaram por quase seis horas.
Por fim, depois de reconhecerem as maneiras pelas
quais haviam errado, Abel e os outros decidiram apelar
à Primeira Presidência para que fossem readmitidos

522
No caminho certo

como membros da Igreja. O presidente Smith e seus


conselheiros analisaram o pedido e decidiram que, se
os membros da convenção estivessem dispostos a rom-
per seu relacionamento com o grupo e apoiar o presi-
dente da Missão Mexicana, eles poderiam novamente
ser membros da Igreja de Jesus Cristo.37
Então, quando Arwell visitou a missão com o presi-
dente Smith, eles falaram com os membros da convenção
que desejavam voltar. “Não houve rebelião aqui”, obser-
vou o presidente Smith, “apenas um mal-entendido”.38
Em 25 de maio de 1946, Arwell levou o presidente
Smith ao Ramo Ermita na Cidade do México. Mais de mil
pessoas, muitas delas membros da Terceira Convenção,
lotaram a pequena capela e um pavilhão adicional para
ouvir o profeta falar. Alguns membros da convenção
temiam que o presidente Smith os condenasse; mas, em
vez disso, ele falou sobre harmonia e reunião. Depois
disso, a maioria dos membros da convenção se compro-
meteu a voltar plenamente à Igreja.39
Alguns dias depois, em uma reunião de quase 500
santos na cidade de Tecalco, Abel agradeceu ao presidente
Smith por ter vindo ao México. “É nosso propósito seguir
a liderança e as instruções das autoridades gerais de nossa
Igreja e do presidente da Missão Mexicana”, disse ele à
congregação. “Estamos seguindo um profeta do Senhor.”40

523
C APÍTULO 32

Irmãos e irmãs

Numa noite fria de domingo, em agosto de 1946, Ezra


Taft Benson e dois companheiros de viagem dirigiam
um jipe militar pelas ruas estranhamente tranquilas de
Zełwągi, Polônia. Estradas acidentadas e chuvas pesadas
haviam causado problemas para o élder Benson e seus
companheiros o dia todo, mas o tempo ruim finalmente
melhorou à medida que os homens se aproximavam de
seu destino.
Zełwągi já havia feito parte da Alemanha e era
conhecida como Selbongen. No entanto, as fronteiras
nacionais mudaram depois da guerra, e grande parte
da Europa Central e Oriental ficou sob o comando da
União Soviética. Em 1929, o próspero Ramo Selbongen
construiu a primeira capela da Igreja na Alemanha. Mas,

524
Irmãos e irmãs

depois de seis anos de guerra, os santos da vila mal


estavam sobrevivendo.1
O élder Benson tinha vindo dos Estados Unidos no
início daquele ano para supervisionar a distribuição de
ajuda humanitária da Igreja em toda a Missão Europeia.
Ele era membro do Quórum dos Doze Apóstolos havia
menos de três anos, mas tinha vasta experiência na
liderança da Igreja e no governo. Aos 47 anos, ele estava
jovem e saudável o suficiente para lidar com uma can-
sativa agenda de viagens por vários países europeus.2
Mas nenhuma experiência o havia preparado para
os horrores que agora o cercavam. Desde que chegara
à Europa, ele havia testemunhado as ruínas da guerra
de Londres a Frankfurt, e de Viena a Estocolmo.3 Ao
mesmo tempo, ele viu os santos europeus se reunindo
para ajudar uns aos outros e reconstruir a Igreja em
seus países. Em uma visita à casa da missão em Berlim,
ele ficou impressionado com as montanhas de registros
genealógicos que Paul Langheinrich e outros haviam
recuperado mesmo enquanto trabalhavam para fornecer
alimentos, roupas, combustível e abrigo para mais de
mil santos sob seus cuidados.4
Ele também viu como a ajuda da Igreja estava
fazendo a diferença em toda a Europa Ocidental. Sob
a direção de Belle Spafford, a recém-chamada presi-
dente geral da Sociedade de Socorro, as mulheres das
alas e estacas dos Estados Unidos, do Canadá e do
México coordenaram grandes esforços para coletar

525
Com Coragem, Nobreza e Independência

roupas, roupas de cama e sabão para os santos euro-


peus.5 Uma Sociedade de Socorro de Hamilton, Ontário,
doou pacotes com suéteres, casacos e roupas íntimas
infantis tricotados com material reciclável de uma fábrica
de roupas. Uma Sociedade de Socorro de Los Angeles
contribuiu também, fazendo mais de 1.200 artigos de
roupas e oferecendo quase quatro mil horas de trabalho
voluntário para a Cruz Vermelha.6
Mas, em grande parte da Alemanha e em nações
do leste europeu, como a Polônia, onde governos de
influência soviética não aceitaram o auxílio ocidental,
os santos não passavam por necessidades.7 O fato de o
élder Benson estar na Polônia parecia um milagre. Sem
linhas telefônicas funcionando, ele e seus companhei-
ros tiveram dificuldades para entrar em contato com
as autoridades que poderiam ajudá-los a conseguir a
documentação para entrar no país. Somente depois de
muita oração e repetidos contatos com o governo polo-
nês, o apóstolo conseguiu obter os vistos necessários.8
Quando o jipe se aproximou da antiga capela em
Zełwągi, a maioria das pessoas nas ruas se dispersou
e se escondeu. O élder Benson e seus companheiros
pararam o veículo em frente ao edifício e desceram. Eles
se apresentaram a uma mulher que estava perto dali e
perguntaram se tinham encontrado a capela da Igreja. Os
olhos da mulher se encheram de lágrimas de alívio. “As
autoridades gerais estão aqui!”, exclamou ela em alemão.
Imediatamente as pessoas saíram de trás das portas
fechadas, chorando e rindo de alegria. Os santos de

526
Irmãos e irmãs

Zełwągi não tinham contato com os líderes gerais da


Igreja havia três anos, e naquela manhã muitos deles
estavam jejuando e orando por uma visita de um mis-
sionário ou líder da Igreja.9 Em poucas horas, cerca de
cem santos se reuniram para ouvir o apóstolo falar.
Muitos dos homens do ramo haviam sido mortos
ou deportados como prisioneiros de guerra, e os san-
tos que permaneceram estavam desanimados. Desde
o fim da guerra, alguns soldados alemães e poloneses
aterrorizaram a cidade, saqueando casas e agredindo
moradores. Os alimentos eram racionados, e as pessoas
geralmente pagavam preços exorbitantes por qualquer
alimento extra que conseguissem no mercado negro.10
Naquela noite, enquanto o élder Benson falava aos
santos, dois soldados poloneses armados entraram na
capela. A congregação ficou tensa de medo, mas o após-
tolo fez um gesto para que os soldados se sentassem
perto da frente da sala. Em seu discurso, ele enfatizou a
importância da liberdade e da autonomia. Os soldados
ouviram atentamente, permaneceram sentados para o
hino de encerramento e partiram sem incidentes. Depois
disso, o élder Benson se reuniu com o presidente do
ramo e deixou comida e dinheiro para os santos, garan-
tindo que mais auxílio estava a caminho.11
Em seguida, o élder Benson escreveu à Primeira
Presidência. Ele ficou animado por ver a ajuda da
Igreja chegar aos membros da Igreja na Europa, mas
se preocupava com as dificuldades que os santos ainda
enfrentavam.

527
Com Coragem, Nobreza e Independência

“Talvez os muitos benefícios do grande programa


de bem-estar da Igreja para esses e nossos outros san-
tos da Europa nunca sejam conhecidos”, escreveu ele,
“mas muitas vidas sem dúvida foram poupadas, e a fé
e a coragem de muitos de nossos membros devotados
foram grandemente fortalecidas”.12

Nessa mesma época na Áustria, Emmy Cziep, de 18


anos, acordou às 5 horas e 30 minutos da madrugada,
comeu um único pedaço de pão no desjejum e começou
sua caminhada de uma hora até o Hospital Geral de Viena.
Já haviam se passado sete anos desde sua angustiante
viagem de trem para fora da Tchecoslováquia, e agora ela
estava estudando para se tornar técnica de raios X. Como
Viena, assim como Berlim, era uma cidade ocupada,
Emmy costumava passar por soldados soviéticos no
caminho para o hospital. Mas os profissionais da saúde
eram respeitados, e ela acreditava que sua faixa de braço
da Cruz Vermelha lhe oferecia alguma proteção contra
perseguições.13
Viena havia sido um local de violência e terror
durante a guerra, mas os pais de Emmy, Alois e Hermine,
continuaram a realizar as reuniões do ramo e da
Sociedade de Socorro. Alois servia como presidente
de distrito dos cinco ramos da Igreja na Áustria, e ele e
Hermine trabalhavam arduamente para ajudar os outros
santos. A maioria das pessoas em Viena, inclusive Emmy,
saiu da guerra traumatizada e quase morrendo de fome.

528
Irmãos e irmãs

Josef, irmão de Emmy, havia servido por um tempo no


exército alemão, sobrevivendo à captura e tortura dos
soldados soviéticos após a guerra.14
O treinamento de Emmy no hospital era uma das
poucas coisas em sua vida que lhe dava esperança. Outra
tinha sido uma visita recente do élder Benson a Viena,
que havia trazido o ânimo tão necessário aos santos na
Áustria. A família de Emmy se sentiu honrada por ele ter
ficado em sua casa. À noite, o apóstolo pediu a Emmy que
tocasse hinos para ele no piano, e ela se sentiu edificada
com sua presença.15
Alguns meses depois da visita do élder Benson, os
carregamentos de auxílio da Igreja chegaram à Áustria e,
em 1947, Alois supervisionou a distribuição de centenas
de caixas de roupas, trigo moído, feijão, ervilha, açúcar,
óleo, vitaminas e outros produtos essenciais. A própria
Emmy recebeu muitos itens maravilhosos, inclusive
belos vestidos com bilhetes das doadoras presos a eles.16
Os santos dos últimos dias em outras partes da
Europa também estavam auxiliando uns aos outros. A
nação nórdica da Finlândia, que o élder Benson havia
dedicado recentemente para o trabalho missionário,
tinha três ramos de santos. Quando os membros da
Igreja na vizinha Suécia descobriram que esses ramos
estavam passando necessidade, enviaram caixas de ali-
mentos, roupas e roupas de cama.17
Em Viena, alguns dias antes dos exames finais de
Emmy no hospital, seu pai pediu sua ajuda. Muitas
crianças da Áustria estavam desnutridas e precisavam

529
Com Coragem, Nobreza e Independência

de cuidados médicos que não conseguiam receber


em Viena. Como a Suíça tinha permanecido neutra
na guerra, os membros da Igreja de lá tinham mais
recursos e se ofereceram para receber em sua casa
crianças da Igreja da Áustria por três meses para cuidar
da saúde delas.
Alois tinha um grupo de 21 crianças que precisava
de cuidados e queria que Emmy o ajudasse a levá-las
para a Suíça. Emmy concordou em ir, sabendo que vol-
taria para Viena faltando apenas alguns dias para fazer
seus exames finais.
Durante a viagem para a Suíça, o trem estava tão
lotado que algumas crianças tiveram que se sentar no
chão ou no bagageiro acima dos assentos. Quando
começou a chover, o papelão que cobria as janelas
pouco ajudou a impedir que a água entrasse. Muitas
crianças estavam desconfortáveis e sentiam falta dos
pais, então Emmy fez o possível para acalmá-las.
Depois de uma longa noite quase sem dormir, Emmy,
seu pai e as crianças chegaram à Basileia, Suíça. Eles foram
recebidos pelo presidente da missão e sua esposa, Scott e
Nida Taggart, com os membros da Sociedade de Socorro
local, que presentearam os meninos e as meninas com
laranjas e bananas.
No dia seguinte, as famílias suíças levaram as crian-
ças para suas casas, e Emmy se despediu delas.18 Antes
de voltar para Viena, porém, o presidente Taggart a
convidou a permanecer em Basileia para servir como
missionária. “O Senhor precisa de você”, disse ele.

530
Irmãos e irmãs

Emmy ficou muito surpresa. Ela nunca tinha pen-


sado em servir missão antes. E os exames dela no insti-
tuto de raios X? Se ela ficasse, não conseguiria terminar
seu treinamento nem teria a chance de se despedir de
seus entes queridos em casa. Na Suíça, ela estaria cercada
por estranhos que não haviam passado por bombardeios,
fome, sofrimento e morte. Será que eles conseguiriam
entendê-la?
Apesar dessas preocupações, Emmy sentiu que
havia recebido uma inspiração para responder à per-
gunta do presidente Taggart. “Se o Senhor quer que eu
fique”, disse ela, “ficarei”.
Naquela noite, cerca de um mês antes de seu aniver-
sário de 19 anos, Emmy Cziep foi designada para servir
na Missão Suíça-Austríaca.19

Na primavera de 1947, um ano e meio depois de se


reunir com o pai, Helga Birth não era mais uma missio-
nária em Berlim. Ela também não era mais conhecida
como Helga Birth. Agora ela era Helga Meyer, casada
com um santo dos últimos dias alemão chamado Kurt
Meyer. Eles moravam em Cammin, uma cidade rural a
cerca de 130 quilômetros ao norte de Berlim, e tinham
um menino, Siegfried, em homenagem ao irmão de
Helga que havia morrido na guerra.
Helga viu Kurt pela primeira vez quando ele visitou
a casa da Missão Alemanha Oriental no início de 1946.
Ele era um soldado do exército alemão e, ao voltar para

531
Com Coragem, Nobreza e Independência

casa no final da guerra, descobriu que, quando o exército


soviético invadiu sua cidade natal, seus pais decidiram se
afogar para não serem aprisionados ou mortos.20
Na época em que Kurt chegou à casa da missão,
ele não era um santo dos últimos dias ativo, mas estava
interessado em voltar para a Igreja. Pouco depois de
conhecer Helga, ele a pediu em casamento.
Helga não sabia o que responder. Desde a morte
de seu primeiro marido, Gerhard, as pessoas a incenti-
vavam a se casar novamente. No entanto, ela não estava
com pressa de se casar novamente. Ela não estava apai-
xonada por Kurt e não queria se mudar para a cidade
natal dele, Cammin, onde era necessário pegar um trem
para chegar ao ramo mais próximo. Parte dela queria
emigrar para Utah.
Mas ela ainda não estava pronta para partir da Alemanha
— pelo menos não até que ela e o pai encontrassem sua
mãe. Casar-se com Kurt permitiria que Helga permanecesse
na Alemanha e tivesse certa estabilidade na vida. Kurt já
tinha uma casa em Cammin, não muito longe de um lago
cheio de peixes. Se ela se casasse com ele, nem ela, nem
seu pai ficariam sem abrigo ou comida.21
Com poucas opções disponíveis, Helga decidiu
aceitar o pedido de casamento de Kurt e a segurança
que isso lhe proporcionaria. Casaram-se em abril de
1946 e, quase um ano depois, seu filho nasceu.
Então, no final da primavera de 1947, Helga e seu
pai receberam a notícia de que sua mãe estava viva.
Depois de ser expulsa de Tilsit, Bertha Meiszus escapou

532
Irmãos e irmãs

da captura das forças soviéticas que avançavam e cami-


nhou por vários dias, um pouco congelada, até chegar
a um barco que a levou a um campo de refugiados
na Dinamarca. Ela finalmente entrou em contato com
a família depois de dois anos que estava lá. Logo ela
também foi morar com eles em Cammin.22
Certo dia, nessa época, algumas tropas soviéticas
chegaram à porta de Helga. Porque havia um lago
próximo, os soldados paravam em sua casa uma ou
duas vezes por semana para exigir peixes dela. As
tropas tinham fama de brutalidade, e Helga tinha ouvido
que cometiam estupros e outros atos de violência em
Cammin. O som do carro dos soldados se aproximando
de sua casa sempre a assustava.23
Helga deixou as tropas entrarem, como de costume.
Eles tomaram vodka, e o comandante estava obviamente
bêbado. Ele se sentou à mesa dela e disse: “Frau, venha
se sentar”. Os soldados ordenaram que Kurt se juntasse a
eles, mas depois o ignoraram quase que completamente.
Helga se sentou ao lado do comandante, e ele
pediu que ela bebesse.
“Não bebo”, disse Helga.
“Dê a ela, dê a ela”, disse o motorista dos soldados,
um alemão de aparência cruel.
Helga ficou com medo. Homens embriagados
podem ser imprevisíveis. Mas ela disse: “Não, não
beberei”.
“Se você não beber”, disse o comandante com fir-
meza, “atirarei em você!”

533
Com Coragem, Nobreza e Independência

“Bem, então”, disse Helga, levantando seus braços,


“você vai ter que atirar”.
Poucos momentos se passaram. “Você pertence a
alguma religião?”, perguntou o comandante.
“Sou mórmon”, disse Helga.
O comandante e seus soldados pararam de
ameaçá-la depois disso. Na próxima vez que ele foi à casa
dela, o comandante lhe deu um tapinha no ombro e a
chamou de “boa Frau”, mas não pediu que ela se sentasse
com ele. Ele parecia admirar sua força e respeitá-la por
defender suas crenças.
Em pouco tempo, ela e os soldados ficaram amigos.24

Poucos meses depois, em julho de 1947, os santos


de toda a Áustria se reuniram em Haag am Hausruck,
uma cidade a cerca de 225 quilômetros a oeste de Viena.
Visto que julho marcou o centenário da chegada dos
pioneiros ao Vale do Lago Salgado, o presidente do
distrito, Alois Cziep, queria que os santos austríacos se
reunissem para uma celebração, como muitos membros
da Igreja estavam fazendo em todo o mundo. Haag
am Hausruck ficava perto de onde o primeiro ramo da
Igreja na Áustria havia sido organizado em 1902, e era
o local ideal.
Mais de 180 santos compareceram ao evento — tan-
tos que não havia lugar para acomodar todos na capela
do ramo local —, por isso os líderes da Igreja alugaram
um grande salão em um hotel próximo e construíram

534
Irmãos e irmãs

um palco temporário. A celebração de três dias con-


tou com discursos, apresentações musicais e uma peça
representando cenas do início da história da Igreja e a
entrada dos pioneiros no Vale do Lago Salgado.
No domingo, os santos se reuniram em uma
pedreira, onde montaram uma plataforma para os ora-
dores e transportaram um órgão para acompanhar a
música. Uma réplica do Templo de Salt Lake de 2,30
metros de altura foi colocada atrás da plataforma sob
uma borda rochosa. Kurt Hirschmann, membro do
Ramo Frankenburg, havia passado vários meses pre-
parando a complexa réplica com caixas de papelão
que antes continham suprimentos de bem-estar de
Salt Lake City.
Nem Alois, nem a maioria dos santos presentes na
celebração tinham estado no templo. Com a Europa
em desordem e o templo mais próximo a milhares de
quilômetros de distância, tudo o que podiam fazer era
imaginar como seria a experiência de receber a inves-
tidura e ser selado à sua família. Mas isso não impediu
Alois de reconhecer a importância dos convênios do
templo ou de sentir o Espírito enquanto os santos fala-
vam, cantavam e prestavam testemunho.25
Ao escurecer, o grupo acendeu uma fogueira que
reluziu intensamente nas torres do templo de papelão.
Alois encerrou a reunião falando da fé dos primeiros
missionários na Áustria, comparando-os aos pioneiros de
1847. “Devemos ser muito gratos pelo evangelho, pelo
sacerdócio e por todas as esplêndidas oportunidades

535
Com Coragem, Nobreza e Independência

que nos são dadas nesta Igreja de operar nossa salvação


e até mesmo nossa exaltação”, disse ele.
Ao final da reunião, a luz da fogueira havia dimi-
nuído, então um soldado santo dos últimos dias dos
Estados Unidos saltou em seu jipe, acendeu os faróis e
novamente iluminou o templo sob o céu noturno.
Os santos austríacos cantaram juntos as palavras
do hino pioneiro “Vinde, ó santos”, ecoando em direção
ao céu:

Mas não deveis desanimar


Se tendes Deus para vos amar;
Podeis agora proclamar:
Tudo bem! Tudo bem!

Cercado por seus irmãos e suas irmãs no evange-


lho, Alois tinha certeza de que o hino nunca tinha sido
cantado com tanta convicção.26

Enquanto os santos em todo o mundo comemoravam


o centenário dos pioneiros, Pieter Vlam, ex-prisioneiro
de guerra, servia como missionário de tempo integral
na Missão Holanda. Como parte de seu novo chamado,
Pieter se mudara para cerca de 50 quilômetros de sua
casa a fim de liderar o ramo da Igreja em Amsterdã. Sua
esposa, Hanna, e seus três filhos permaneceram em casa.
O Ramo Amsterdã havia sofrido terrivelmente com
a ocupação nazista. As pessoas da cidade estavam quase
morrendo de fome antes de sua libertação. Se não fosse

536
Irmãos e irmãs

por Ruurd Hut, antecessor de Pieter, muitos membros do


ramo teriam morrido de fome. Ruurd havia prometido
fazer tudo a seu alcance para evitar que os santos sob
seus cuidados morressem de fome. Ele havia coletado
dinheiro dos membros do ramo e comprado alimentos,
que a Sociedade de Socorro cozinhava e distribuía entre
os santos famintos.27
Ainda assim, os Países Baixos estavam em um
estado deplorável após cinco anos de ocupação. Mais
de 200 mil holandeses haviam morrido durante a guerra,
e centenas de milhares de casas haviam sido danificadas
ou destruídas. Muitos santos de Amsterdã e de outras
cidades dos Países Baixos estavam amargurados com os
alemães — e com outros santos que haviam cooperado
com os ocupantes.28
Para ajudar a unir os santos, o presidente da missão,
Cornelius Zappey, incentivou os ramos a complementar
seus suprimentos alimentares, iniciando projetos de cul-
tivo de batatas-semente do governo holandês.29 Pieter
e seu ramo logo alugaram um terreno em Amsterdã, e
homens, mulheres e crianças trabalharam juntos para
plantar batatas e outros legumes. Outros ramos nos Países
Baixos também começaram a cultivar batatas onde quer
que pudessem encontrar um lugar, no quintal, em jardins
de flores, terrenos baldios e canteiros de estradas.30
Perto da época da colheita, Cornelius realizou uma
conferência de missão na cidade de Roterdã. Depois de
se encontrar com Walter Stover, o presidente da Missão
Alemanha Oriental, Cornelius ficou ciente de que muitos

537
Com Coragem, Nobreza e Independência

santos da Alemanha sofriam com a grave escassez de


alimentos. Ele queria fazer algo para ajudar, por isso
perguntou aos líderes locais se estariam dispostos a dar
parte de sua colheita de batatas aos santos da Alemanha.
“Alguns dos piores inimigos que vocês encontraram
como resultado dessa guerra são o povo alemão”, reco-
nheceu ele. “Mas essas pessoas agora estão muito piores
do que vocês.”
A princípio, alguns santos holandeses resistiram ao
plano. Por que eles deveriam compartilhar suas batatas
com os alemães? Eles sentiam que Cornelius não enten-
dia o quanto os alemães tinham sido terríveis para eles
na guerra. Embora tivesse nascido nos Países Baixos,
o presidente da missão havia passado a maior parte de
sua vida nos Estados Unidos. Ele não sabia como era
perder sua casa devido a bombas alemãs ou ver seus
entes queridos morrerem de fome porque os ocupantes
alemães haviam tomado a comida deles.31
Cornelius ainda acreditava que o Senhor queria que
os santos holandeses ajudassem os alemães, por isso
pediu a Pieter que visitasse os ramos nos Países Baixos
e os incentivasse a apoiar o plano. Pieter era um líder
experiente da Igreja cuja prisão injusta em um acampa-
mento alemão era bem conhecida. Se havia alguém que
os santos holandeses amavam e em quem confiavam
na missão, essa pessoa era Pieter Vlam.
Pieter concordou em ajudar o presidente da mis-
são e, ao se reunir com os ramos, ele se referiu a suas
dificuldades na prisão. “Já passei por isso”, disse ele.

538
Irmãos e irmãs

“Vocês sabem disso.” Ele os exortou a perdoar o povo


alemão. “Sei como é difícil amá-los”, disse ele. “Se eles
são nossos irmãos e nossas irmãs, devemos tratá-los
como nossos irmãos e nossas irmãs.”
Suas palavras e as palavras de outros presidentes de
ramo tocaram os santos, e a raiva de muitos se dissipou ao
colherem batatas para os santos alemães. As divergências
dentro dos ramos não desapareceram, mas pelo menos os
santos sabiam que poderiam trabalhar juntos no futuro.32
Enquanto isso, Cornelius se esforçava para conse-
guir permissão a fim de transportar as batatas para a
Alemanha. A princípio, o governo holandês não queria
exportar alimento algum do país. Cornelius, porém,
continuou a lhes pedir até que cederam. Quando alguns
oficiais tentaram impedir os planos de envio, Cornelius
lhes disse: “Essas batatas pertencem ao Senhor e, se for
a vontade Dele, o Senhor providenciará um meio para
que cheguem na Alemanha”.
Por fim, em novembro de 1947, santos e missionários
holandeses se reuniram em The Hague para carregar dez
caminhões com mais de 70 toneladas de batatas. Pouco
tempo depois, as batatas chegaram à Alemanha para
serem distribuídas aos santos. O presidente da Missão
Alemanha Oriental, Walter Stover, também comprou
caminhões de batatas para adicionar aos suprimentos.33
A notícia do projeto das batatas logo chegou à
Primeira Presidência. Surpreso, o segundo conselheiro
David O. McKay disse: “Esse é um dos maiores atos de
verdadeira conduta cristã que já vi”.34

539
C APÍTULO 33

A mão de nosso Pai

Quando Martha Toronto, de 36 anos, ia à cidade


fazer compras para sua família e para os seis ou
mais missionários que moravam na casa da Missão
Tchecoslováquia, às vezes tinha a sensação de que
estava sendo vigiada. Na primavera de 1948, ela estava
morando em Praga com o marido, o presidente de
missão Wallace Toronto, havia cerca de um ano. Durante
seus primeiros seis meses na cidade, Martha trabalhou
arduamente para ajudar os santos tchecoslovacos a
reconstruir a Igreja em um país que ainda estava se
recuperando dos sete anos de ocupação nazista. Então,
em fevereiro de 1948, os comunistas apoiados pelos
soviéticos no governo aplicaram um golpe, forçando
todos os líderes não comunistas a sair do poder.

540
A mão de nosso Pai

O golpe fazia parte de uma “guerra fria” emergente


entre a União Soviética e seus antigos aliados. O governo
comunista da Tchecoslováquia geralmente suspeitava
de grupos religiosos, e a Igreja estava sob investigação
especial por causa de seus laços com os Estados Unidos.
Espiões do governo e cidadãos informantes passaram a
monitorar os membros e os missionários da Igreja, e mui-
tos tchecoslovacos desconfiavam da família Toronto e de
outros americanos. Martha ocasionalmente via uma cor-
tina em uma casa próxima se abrir quando ela passava. E,
certa vez, um homem havia seguido sua filha de 13 anos,
Marion, da escola para casa. Quando ela se virou a fim
de olhar para ele, ele se escondeu atrás de uma árvore.1
Martha tinha experiência em viver sob um regime
desconfiado e controlador. Ela e Wallace já haviam lide-
rado a Missão Tchecoslováquia em 1936, alguns anos
depois de se casarem. A princípio, a família Toronto
tinha certa liberdade para pregar o evangelho. Mas, no
início de 1939, o regime nazista assumiu o controle do
país e começou a hostilizar os membros da Igreja e a
prender alguns missionários. Quando a guerra começou
pouco tempo depois, Martha, Wallace e os missionários
norte-americanos foram forçados a sair do país, dei-
xando para trás mais de cem santos tchecoslovacos.2
Wallace deixou a missão sob a responsabilidade de
Josef Roubíček, de 21 anos, que havia se filiado à Igreja
há apenas três anos. Como presidente em exercício da
missão, Josef realizou reuniões e conferências, enviou

541
Com Coragem, Nobreza e Independência

cartas frequentes aos santos da missão e fez o que pôde


para fortalecer a resiliência e fé deles. De tempos em
tempos, ele relatava a Wallace a situação da missão.3
Pouco depois do fim da guerra, a Primeira Presidência
chamou Wallace e Martha para retomar suas funções na
Tchecoslováquia. Diante dos desafios de viver na Europa
devastada pela guerra, Wallace partiu para Praga em
junho de 1946, prometendo mandar buscar a família
assim que as coisas estivessem mais estáveis. Às vezes,
Martha se perguntava se seria melhor para seus filhos
se ela permanecesse com eles em Utah, mas não queria
que passassem anos sem ver o pai. Depois de um ano
de separação, a família Toronto finalmente se reuniu.4
Como líder da missão, Martha dirigia o trabalho da
Sociedade de Socorro, cuidava dos missionários e gostava
de ver os recém-conversos se reunirem na casa da mis-
são para as atividades da Associação de Melhoramentos
Mútuos todas as semanas. Mas, com o governo comunista
vigiando sua família e a Igreja, ela tinha todos os motivos
para acreditar que a vida na Tchecoslováquia se tornaria
mais difícil.
Antes de Martha partir dos Estados Unidos, o pre-
sidente J. Reuben Clark, da Primeira Presidência, desig-
nou-a para a missão. “Os problemas que você terá”, disse
ele, “serão numerosos e incomuns”. Ele prometeu que ela
teria forças para superá-los e a abençoou com paciência,
caridade e longanimidade.5
Martha se apegou às palavras dele enquanto ela e
sua família faziam a obra do Senhor.

542
A mão de nosso Pai

Enquanto isso, longe dos tumultos da Europa,


John O’Donnal, de 31 anos, ajoelhou-se ao lado de
uma árvore, em um canto isolado de um jardim botâ-
nico, perto de Tela, Honduras. Nos últimos seis anos,
John havia trabalhado em uma estação de borracha no
país vizinho, Guatemala, e apreciava sempre que seu
trabalho o levava ao belo jardim. Para alguém que havia
crescido nas colônias de santos dos últimos dias nas
terras desérticas do norte do México, o lugar tranquilo,
com sua extraordinária variedade de flora e fauna, era
um paraíso tropical.6
No entanto, a mente de John estava conturbada.
Ele e a esposa, Carmen, apaixonaram-se logo depois
que ele começou a trabalhar na América Central. Como
Carmen era católica, eles foram casados por um padre
de sua igreja. Na época, porém, John teve um forte
sentimento de que um dia ela compartilharia sua fé no
evangelho restaurado. Ele ansiava ser selado a ela no
templo e sempre conversava com ela sobre a Igreja, que
não tinha presença oficial na Guatemala. No entanto,
Carmen não parecia interessada em mudar de religião,
e John se esforçou muito para não a pressionar.
“Não quero que você se filie à minha igreja só
porque quer me agradar”, disse-lhe ele. “Você precisa
lutar para adquirir seu testemunho.”
Carmen gostou muito do que John lhe ensinou
sobre a Igreja, mas queria ter certeza de que o evangelho
restaurado era o certo para ela. Ela não teve permissão
para ler a Bíblia quando era criança e, a princípio, não

543
Com Coragem, Nobreza e Independência

entendeu a importância do Livro de Mórmon. “Por que


tenho que ler esse livro?”, perguntou ela a John. “Não
significa nada para mim.”7
John não desistiu. Em uma viagem aos Estados
Unidos, ele conversou com ela sobre o casamento eterno
ao visitarem Mesa, Arizona, onde ficava o templo mais
próximo. Por mais que ele compartilhasse o evangelho
restaurado com ela, parecia que ela não conseguia
receber um testemunho.
John sabia que parte do problema era a oposição
da família e dos amigos dela, alguns dos quais falavam
mal da Igreja. Carmen não era uma católica devota, mas
ainda valorizava as tradições com as quais havia crescido.
E John se lamentava porque ele mesmo às vezes não
vivia sua religião plenamente, principalmente quando
estava perto de amigos e colegas que não eram mem-
bros da Igreja. Às vezes, era difícil estar tão distante de
qualquer ramo organizado de santos. Ele era grato por
seus primeiros anos no norte do México, onde estava
cercado pelos bons exemplos de seus pais e de outros
membros da Igreja.8
No final de 1946, John visitou o presidente George
Albert Smith em Salt Lake City e pediu a ele que
enviasse missionários para a Guatemala. O presidente
Smith ouviu com interesse enquanto John falou sobre
como o país estava pronto para o evangelho. Ele e seus
conselheiros já estavam conversando com Frederick S.
Williams, ex-presidente da Missão Argentina, sobre a
expansão do trabalho missionário na América Latina.

544
A mão de nosso Pai

Pouco depois da reunião, a Primeira Presidência


anunciou sua decisão de enviar missionários para a
Guatemala. “Não temos certeza de quando isso poderá
ser feito”, disseram a John, “mas acreditamos que em
um futuro razoavelmente próximo”.9
Quatro missionários chegaram à casa da família
O’Donnal na Cidade da Guatemala vários meses depois,
logo depois que as fronteiras da Missão Mexicana
foram ampliadas para incluir Guatemala, Costa Rica,
El Salvador, Honduras, Nicarágua e Panamá. Dois dos
élderes se mudaram para a Costa Rica, mas os outros
dois começaram a realizar reuniões com John, Carmen
e suas duas filhas pequenas.
Os missionários também criaram uma Escola
Dominical e uma Primária — e até recrutaram a irmã
de Carmen, Teresa, como professora da Primária.
Embora Carmen frequentasse as reuniões da Igreja
com John, ela ainda estava relutante em ser batizada.
Na verdade, quando John se ajoelhou no jardim botâ-
nico, os missionários já estavam na Guatemala há
quase um ano e, até então, ninguém no país havia se
filiado à Igreja.
Ao orar, John abriu sua alma, suplicando ao Pai
Celestial que perdoasse seus pecados e suas falhas.
Ele então orou por Carmen em sua luta para obter um
testemunho. Parecia que o adversário tinha feito tudo
o que podia nos últimos cinco anos para mantê-la
fora da Igreja. Quando ela receberia sua resposta do
Senhor?10

545
Com Coragem, Nobreza e Independência

Enquanto John O’Donnal orava em Honduras,


Emmy Cziep trabalhava arduamente como missionária
na Suíça. Além dos deveres missionários regulares, ela
ajudava o presidente da missão Scott Taggart com sua
correspondência em alemão e traduzia os materiais das
lições do inglês para o alemão. Embora não soubesse
inglês antes de sua missão, ela havia desenvolvido habi-
lidades no idioma lendo revistas antigas da Improvement
Era com frequência e levava um dicionário para onde
quer que fosse.11
No verão de 1948, um funcionário do governo
informou a Emmy que ela não poderia mais renovar seu
visto e teria que retornar a Viena em três meses. Emmy
sentia falta de sua família, mas tinha pouco desejo de
morar na Áustria sob a influência da União Soviética,
que ainda ocupava partes de sua cidade e de seu país.
Havia uma chance de conseguir um emprego temporá-
rio como empregada doméstica na Grã-Bretanha, mas
não era uma certeza. Ela sempre pensava no provérbio:
“Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estri-
bes no teu próprio entendimento”.12
Certo dia, Emmy conheceu duas missionárias da
Missão Britânica que estavam visitando a Suíça antes
de voltar para casa. As duas mulheres eram do Canadá
e não falavam alemão, então Emmy interpretou para
elas. Enquanto conversavam, Emmy lhes contou sobre
sua relutância em retornar a Viena. Uma das missio-
nárias, Marion Allen, perguntou a Emmy se ela estaria
disposta a emigrar para o Canadá em vez de ir para

546
A mão de nosso Pai

a Grã-Bretanha. Embora a maioria dos membros da


Igreja no Canadá morasse perto do Templo de Cardston
Alberta, os ramos dos santos podiam ser encontrados
em todo o vasto país, desde a Nova Escócia, no Leste,
até a Colúmbia Britânica, no Oeste.
Emmy achava que tinha poucas chances de emigrar
para a América do Norte. A Áustria ainda não havia assi-
nado um tratado de neutralidade, e seus cidadãos eram
considerados inimigos estrangeiros das nações aliadas.
Emmy também não tinha familiares ou amigos no Canadá
ou nos Estados Unidos que pudessem patrociná-la ou
garantir um emprego para ela.13
Algumas semanas depois, porém, o presidente
Taggart recebeu um telegrama do pai de Marion, Heber
Allen, perguntando se Emmy estaria interessada em
se mudar para o Canadá. Marion havia contado a ele
sobre a situação de Emmy, e Heber havia entrado em
contato com um conhecido do governo canadense que
poderia ajudá-la a obter aprovação para a imigração.
Heber estava disposto a oferecer a Emmy um emprego
e um lugar para ficar em sua casa em Raymond, uma
pequena cidade perto de Cardston.
Emmy concordou imediatamente. Enquanto se
preparava para partir, seus pais, Alois e Hermine, con-
seguiram um passe de um dia até a fronteira da Suíça
para se despedirem. Emmy sabia que foi preciso fé para
seus pais permitirem que sua filha de 20 anos vivesse
entre estranhos em uma terra desconhecida, sem saber
se eles se veriam novamente.

547
Com Coragem, Nobreza e Independência

“Onde quer que você vá, nunca estará sozinha”,


disseram-lhe os pais. “O Pai Celestial vai cuidar de você.”
Eles a exortaram a ser uma boa cidadã e a ficar próxima
da Igreja.14
Mais tarde, durante sua viagem pelo Oceano Atlân-
tico, Emmy se sentiu muito triste ao pensar em sua famí-
lia que era muito unida, nos membros do Ramo Viena e
em sua amada Áustria. Ela começou a chorar, pensando
que, se tivesse o poder de fazer o navio voltar, ela o faria.
Dois élderes que estavam retornando da Missão
Tchecoslováquia estavam navegando com Emmy e fize-
ram com que a difícil viagem ficasse mais suportável.
Entre as crises de enjoo, cada um dos rapazes pediu
Emmy em casamento, mas ela recusou ambos os pedidos.
“Vocês ficaram dois anos longe das moças”, disse-lhes ela.
“Assim que chegarem em casa, encontrarão uma pessoa
muito boa e começarão uma família.”15
Quando o navio chegou à Nova Escócia, os dois
élderes tiveram permissão para entrar imediatamente
no país, mas Emmy foi conduzida a uma área cercada
com muitos outros emigrantes. Emmy ficou sabendo
que alguns deles eram crianças órfãs dos campos de
concentração alemães.
Os nazistas tinham começado a usar esses acam-
pamentos na década de 1930 para prender dissidentes
políticos e qualquer pessoa que considerassem inferior
ou perigosa a seu regime. Depois que a guerra come-
çou, os nazistas continuaram a prender essas pessoas,
matando centenas de milhares delas. O antissemitismo

548
A mão de nosso Pai

nazista também se tornou genocida quando o regime


sistematicamente prendeu e assassinou milhões de
judeus em campos de concentração. Dois terços dos
judeus europeus morreram no Holocausto, incluindo
Olga e Egon Weiss, a mãe e o filho judeus que haviam
se filiado à Igreja e adoravam com a família de Emmy
no Ramo de Viena.16
No Canadá, Emmy esperou um dia inteiro enquanto
as autoridades governamentais a colocaram e também
outros emigrantes em grupos de idiomas e os ques-
tionaram um a um. Sabendo que alguns emigrantes
foram enviados de volta para a Europa porque seus
papéis não estavam em ordem, ou porque não tinham
dinheiro suficiente, ou simplesmente porque estavam
doentes, Emmy orou para que ela pudesse passar na
inspeção. Quando o funcionário pegou seu passaporte
e o carimbou, seu coração quase saltou do peito de
alegria.
“Estou livre, em um país livre”, pensou ela.17

Nessa mesma época, na Cidade da Guatemala, Carmen


O’Donnal tinha muito o que pensar. Ela tinha acabado
de receber uma carta de seu marido, John, que estava
em Honduras a negócios. Enquanto ele estava fora, ele
queria que ela perguntasse a Deus se A Igreja de Jesus
Cristo dos Santos dos Últimos Dias era verdadeira, se
Joseph Smith era um profeta e se o Livro de Mórmon
era a palavra de Deus. “Ore sobre isso”, suplicou ele.

549
Com Coragem, Nobreza e Independência

“Quero que minha esposa seja selada a mim para a


eternidade e meus filhos também.”
Carmen já havia orado sobre essas coisas muitas
vezes anteriormente. E orar era particularmente difícil
— até mesmo perturbador — quando John estava longe
de casa. Um espírito terrível a cercava, e ela vivenciava
demonstrações assustadoras do poder de Satanás. A ideia
de fazer outra tentativa sem ele por perto a amedrontava.
Ainda assim, certa noite, ela decidiu tentar nova-
mente. Colocou as duas filhas para dormir e depois se
ajoelhou para orar em seu quarto. Imediatamente os
poderes das trevas retornaram. Ela sentiu como se o
quarto estivesse cheio de milhares de rostos zombando
dela e que queriam destruí-la. Ela correu do quarto e
subiu as escadas até o segundo andar, onde os missio-
nários moravam. Ela contou aos élderes o que havia
acontecido, e eles lhe deram uma bênção.
Quando Carmen abriu os olhos, sentiu-se mais
calma. “Por alguma razão, Satanás está tentando me
destruir”, disse ela. O adversário claramente não queria
que ela adquirisse um testemunho do evangelho res-
taurado. Por que outro motivo ele se esforçaria tanto
para interromper suas orações? De repente, ela soube
que precisava ser batizada.18
Os meses seguintes foram bem corridos para a famí-
lia O’Donnal. Depois que John voltou de Honduras, ele e
Carmen sempre oravam juntos. Ela continuou a frequen-
tar as reuniões sacramentais e outras reuniões da Igreja,
adquirindo maior entendimento do evangelho. Em uma

550
A mão de nosso Pai

reunião de testemunho com Arwell Pierce, o presidente da


Missão Mexicana, ela se levantou e disse algumas palavras.
Outros, por sua vez, prestaram testemunho e choraram
juntos, e o Espírito Santo os tocou e os inspirou.19
Em 13 de novembro de 1948, os missionários realiza-
ram uma reunião batismal para Carmen, sua irmã Teresa
e duas outras pessoas, Manuela Cáceres e Luis Gonzalez
Batres. Como o salão alugado onde aconteciam as reu-
niões da Igreja não possuía pia batismal, alguns amigos
concordaram em deixar John e os missionários realizarem
os batismos em uma pequena piscina ao sul da cidade.20
Uma semana depois, Mary White e Arlene Bean,
duas missionárias da Missão Mexicana, chegaram para
organizar a Sociedade de Socorro na Cidade da Guatemala.
Carmen foi chamada para ser a presidente da Sociedade
de Socorro, e ela e as missionárias realizavam reuniões
nas tardes de quinta-feira. A maioria das mulheres que
comparecia não era membro da Igreja. Uma delas, uma
professora universitária de meia-idade, ficou incomodada
a princípio por alguém tão jovem quanto Carmen liderar
a sociedade.
“Não sei por que chamaram essa jovem para ser
presidente”, disse ela às missionárias.
Carmen se sentiu mal. Ela não pôde deixar de concor-
dar com a mulher. Por que a professora ou outra mulher
mais velha não tinha sido chamada como presidente?
“Bem, você não precisa se sentir assim, porque não
pediu esse cargo”, disseram-lhe as missionárias. “Você
foi chamada para esse cargo.”

551
Com Coragem, Nobreza e Independência

Como a Sociedade de Socorro não tinha manuais,


Carmen improvisava lições e atividades. Em fevereiro de
1949, duas mulheres, Antonia Morales e Alicia Cáceres,
filiaram-se à Igreja. Poucas semanas depois, Carmen as
chamou e também a Gracie de Urquizú, uma mulher
interessada na Igreja, como membros de sua presidência.
As mulheres foram apresentadas em uma reunião com
21 irmãs — sua reunião de maior participação até aquele
momento.
Todas estavam felizes e prontas para aprender.21

Na primavera de 1949, o presidente George Albert


Smith frequentemente acordava com o som de grunhi-
dos das focas e da agitação rítmica do Oceano Pacífico.
O profeta tinha ido para a Califórnia em janeiro a fim de
inspecionar o local do Templo de Los Angeles. A guerra
e os esforços de auxílio na Europa haviam atrasado o
projeto, e os líderes da Igreja agora queriam prosseguir
com a construção. Depois de alguns dias atarefados de
reuniões, o presidente Smith começou a se sentir mal.
Seu estado de saúde piorou, e os médicos diagnostica-
ram um coágulo sanguíneo em sua têmpora direita.22
A condição não era fatal, mas o presidente Smith
teve dificuldades para recuperar suas forças. Quando
os médicos finalmente lhe deram alta do hospital, ele
permaneceu na Califórnia para se recuperar à beira-mar.
Com a Conferência Geral de Abril de 1949 se apro-
ximando, ele esperava retornar a Salt Lake City. Mas,

552
A mão de nosso Pai

sempre que se sentava na cama, sentia uma terrível


tontura e parecia que o quarto estava girando, tendo
que se deitar novamente.23
Além do coágulo, os médicos não conseguiam
encontrar motivos claros para a fadiga do profeta. “Meu
maior problema”, concluiu ele na mesma época em seu
diário, “são os nervos cansados e o excesso de trabalho”.24
Durante grande parte de sua vida adulta, o presi-
dente Smith teve problemas de saúde, como visão defi-
ciente, problemas digestivos e fadiga terrível. Quando foi
chamado como apóstolo aos 33 anos de idade, ele sabia,
por experiência própria, o que poderia acontecer se ele
forçasse demais seu corpo. Mas, às vezes, seu senso de
dever e seu desejo de trabalhar o impediam de diminuir
o ritmo.
Em 1909, seis anos após seu chamado ao apos-
tolado, ele estava ansioso e deprimido. Ele não tinha
energia e, durante muitos meses, ficou confinado à sua
cama, incapaz de fazer qualquer coisa. Sua visão defi-
ciente o impediu de ler por muito tempo. Ele se sentia
inútil e sem esperança, e houve ocasiões em que dese-
jou a morte. Por três anos, ele teve que se afastar de seus
deveres regulares no Quórum dos Doze Apóstolos.25
O presidente Smith descobriu que a oração, o ar
fresco, uma dieta nutritiva e exercícios regulares o ajuda-
vam a recuperar a energia. Embora ainda não estivesse
completamente curado de seus problemas de saúde,
aqueles difíceis primeiros anos como apóstolo o con-
venceram de que o Senhor tinha um plano para sua

553
Com Coragem, Nobreza e Independência

vida. Ele encontrou consolo em uma carta de seu pai, o


apóstolo John Henry Smith. “A amarga experiência pela
qual você está passando”, dizia, “tem como objetivo sua
purificação, edificação e qualificação para um trabalho
de longa duração”.26
Desde aquela época, o presidente Smith usava
sua energia para aliviar o sofrimento, a injustiça e as
adversidades. Ele providenciou a primeira impressão
do Livro de Mórmon em braille e organizou o primeiro
ramo da Igreja para surdos. Depois de saber que Helmuth
Hübener, o jovem santo alemão executado pelos nazistas,
havia sido excomungado injustamente da Igreja, ele e seus
conselheiros reverteram a ação e instruíram as autoridades
locais a registrar esse fato no registro de membro de
Helmuth. Como presidente da Igreja, ele deu nova atenção
aos nativos americanos nos Estados Unidos, buscando
melhorar as condições de vida e a educação entre eles.27
No entanto, o coração solidário do profeta muitas
vezes aumentava seu fardo emocional. “Quando as coi-
sas estão normais, meus nervos não ficam muito fortes”,
disse certa vez a um amigo. “E, quando vejo outras
pessoas tristes e deprimidas, sou facilmente afetado.”28
Os médicos na época não entendiam bem as doen-
ças físicas e emocionais de longo prazo, muitas vezes
usando termos como “exaustão nervosa” para descrever
condições como fadiga crônica ou depressão. Mesmo
assim, o presidente Smith fez o possível para cuidar de
sua saúde, aproveitando os períodos de maior energia
e vigor, e descansando quando necessário. Embora ele

554
A mão de nosso Pai

nunca tivesse sofrido novamente o tipo de colapso que


havia vivenciado décadas antes, a velhice e as imensas
responsabilidades o estavam sobrecarregando.29
Em 20 de março, o profeta enviou uma carta por
via aérea a seus conselheiros, recomendando que eles
realizassem a conferência geral sem ele. O presidente J.
Reuben Clark ligou no dia seguinte, esperançoso de que
o presidente Smith ainda se recuperasse a tempo para
a conferência. “Vamos esperar até o próximo domingo
e ver como você estará se sentindo”, disse ele.
Na semana seguinte, o profeta sofreu crises de ton-
tura, mas aos poucos começou a ganhar forças. Em 27
de março, seus médicos concordaram que ele estava
saudável o suficiente para viajar, por isso logo embarcou
em um trem rumo a Salt Lake City. Ele descansou bem
durante a viagem e, quando chegou o fim de semana
da conferência, ele soube que o Senhor o havia aben-
çoado com força.
No segundo dia da conferência, o presidente Smith
estava diante dos santos, com o coração cheio de amor
e gratidão. “Muitas vezes, quando aparentemente estava
pronto a ir para o outro lado”, disse ele, “fui poupado
para que algum outro trabalho fosse feito”.
Em seguida, ele disse palavras que não havia pla-
nejado dizer até aquele momento. “Tive muita felicidade
na vida”, disse ele. “Oro para que todos nos ajuste-
mos ao passarmos pelas experiências da vida para que
estendamos a mão e sintamos que seguramos a mão
de nosso Pai.”30

555
Com Coragem, Nobreza e Independência

Em Praga, o presidente de missão Wallace Toronto


esperava para saber se sete novos missionários ameri-
canos chamados para servir na Missão Tchecoslováquia
receberiam permissão para entrar no país. Durante o ano
anterior, o número de missionários na Tchecoslováquia
havia crescido para 39 — o segundo maior grupo de cida-
dãos americanos do país, superado apenas pela equipe da
embaixada americana. No entanto, dez dos missionários
estavam escalados para voltar para casa, e eles precisavam
ser substituídos para a missão manter seu ritmo.31
O grupo de novos missionários chegou à Europa em
fevereiro de 1949. Como o governo tchecoslovaco não
lhes deu o visto imediatamente, os élderes esperaram na
casa da Missão Suíça-Austríaca, em Basileia, enquanto
Wallace solicitava a um alto funcionário do governo que
deixasse os missionários entrarem no país. Após semanas
esperando uma decisão, Wallace ficou sabendo que seus
pedidos haviam sido rejeitados.
“Por enquanto”, dizia a resposta oficial, “nenhum
cidadão americano será admitido na Tchecoslováquia
com o propósito de estabelecer residência permanente”.
Os missionários logo foram redesignados para a
Missão Suíça-Austríaca, deixando Wallace sem missio-
nários suficientes, exatamente quando o governo comu-
nista estava se intrometendo cada vez mais nos negócios
da Igreja. O regime exigia que todas as lições ou os
sermões públicos fossem aprovados com seis semanas
de antecedência, e os líderes comunistas com frequência
iam às reuniões da Igreja para monitorar se os santos

556
A mão de nosso Pai

usavam discursos não aprovados. O governo também


revogou a permissão para imprimir a revista da missão,
Novy Hlas, e ameaçou reduzir as rações dos santos ou
fazer com que fossem demitidos de seus empregos se
continuassem frequentando a Igreja. Alguns se senti-
ram pressionados a espionar seus colegas membros
da Igreja.
Membros da Igreja aflitos procuraram Wallace em
busca de conselhos, e ele lhes disse que nunca deve-
riam se sentir obrigados a se arriscar. Se os agentes do
governo os pressionassem a relatar alguma reunião da
Igreja, eles deveriam oferecer apenas informações sufi-
cientes para satisfazer os interrogadores.32
Apesar de todos esses problemas, alguns
tchecoslovacos ainda estavam ansiosos para ouvir a
mensagem do evangelho. Em vez de limitar as reuniões
públicas, Wallace expandiu o alcance da missão,
realizando dezenas de palestras em cidades de todo o
país. As reuniões se tornaram muito populares, resultando
frequentemente na venda de muitos exemplares do
Livro de Mórmon. Certa noite, na cidade de Plzeň, quase
900 pessoas compareceram para ouvir.
Esse sucesso, porém, resultou em mais controle do
governo. Em algumas áreas, incluindo Praga, os oficiais
negaram pedidos para realizar palestras. Pouco depois
da reunião em Plzeň, o governo se recusou a renovar a
permissão de residência para quatro missionários ame-
ricanos no país, alegando que eram “uma ameaça à paz,
ordem e segurança públicas do estado”.

557
Com Coragem, Nobreza e Independência

Wallace voltou a fazer uma petição aos líderes do


governo, insistindo que os missionários nada haviam
feito para colocar o público em perigo. Ele produziu
vários artigos positivos sobre a Tchecoslováquia no
Deseret News para provar que os santos não eram inimi-
gos do governo. Ele também mencionou a distribuição
de alimentos e roupas pela Igreja em todo o país após
a guerra e destacou que os missionários estavam con-
tribuindo para a economia tcheca.33
Nada disso fez diferença alguma. O governo orde-
nou que os quatro missionários deixassem o país até
15 de maio de 1949. Wallace escreveu em seu relatório
missionário que temia que todos os movimentos reli-
giosos na Tchecoslováquia logo ficassem sob estrito
controle do estado.
Mas ele se recusou a desistir. “É nossa esperança
e oração que o Senhor continue a abençoar Sua obra
nesta terra”, escreveu ele, “independentemente do que
as marés políticas possam trazer”.34

558
C APÍTULO 34

Vá e veja

Emmy Cziep não estava acostumada com a vida da


cidade pequena. Tendo crescido em uma cidade euro-
peia movimentada, a princípio ela não ficou impressio-
nada com sua nova casa em Raymond, Alberta, Canadá.
A cidade tinha algumas lojas, uma fábrica de açúcar,
estradas de terra e nenhuma calçada. Enquanto anali-
sava a cidade, pensou: “Abandonei tudo de que eu mais
gostava por isso?”
Seus anfitriões, Heber e Valeria Allen, fizeram tudo
o que podiam para que ela se sentisse bem-vinda. Ela
tinha seu próprio quarto no andar superior da espaçosa
casa deles, e Heber lhe deu um emprego em sua loja,
a Raymond Mercantile. Emmy sabia que ele não pre-
cisava da ajuda dela, mas o emprego permitiu que ela
devolvesse o dinheiro que ele e Valeria tinham gastado

559
Com Coragem, Nobreza e Independência

com sua emigração. A família Allen era apenas uma das


muitas famílias de santos dos últimos dias no Canadá
que estavam ajudando os membros da Igreja na Europa.
Há algum tempo, a estaca da família Allen enviara 15
mil sacos de trigo moído para os santos alemães.1
Várias semanas depois de se estabelecer em
Raymond, Emmy recebeu uma carta de Glenn Collette, um
ex-missionário da Missão Suíça-Austríaca. Ela conheceu
Glenn enquanto eles eram missionários na Suíça, e
rapidamente sentiram afinidade um pelo outro. Na época,
porém, eles permaneceram concentrados em sua missão.
Glenn agora morava em Idaho Falls, nos Estados Unidos,
a mais de 800 quilômetros ao sul de Raymond, mas queria
saber se poderia visitar Emmy na época do Natal.
A família Allen não gostou muito da ideia de o
rapaz ir até lá visitar Emmy, mas concordou, e ele pas-
sou as festas com a família. Emmy gostou de ver Glenn
novamente e, depois que ele voltou para Idaho, eles
se escreviam quase todos os dias e conversavam ao
telefone todos os sábados à noite.2
No Dia dos Namorados, Glenn pediu Emmy em
casamento por telefone, e ela aceitou. Poucos dias
depois, ela começou a ficar preocupada e a pensar
que precisavam de mais tempo para se conhecerem.
Ela sabia que ele era um bom homem que tinha sido
um missionário trabalhador. Ele também tinha muitos
amigos e parecia gostar de crianças. Mas era sensato se
casar com um homem com quem ela namorava princi-
palmente por telefone?

560
Vá e veja

As cartas de Glenn eram reconfortantes e a ajudaram


a conhecê-lo melhor. “Amo você com todo o meu ser”,
disse ele em uma carta. “Seja o que for que aconteça no
futuro, se você estiver comigo, sempre terei felicidade e
alegria.”3
Em 24 de maio de 1949, seis meses após a chegada
de Emmy ao Canadá, ela e Glenn fizeram uma oração
antes de viajarem juntos para o Templo de Cardston.
Glenn estava nervoso e acabou esquecendo a certidão
de casamento, atrasando-os um pouco. E Emmy, por sua
vez, sentia falta de seus pais que estavam na Áustria.
No entanto, ela sabia que eles estavam pensando nela
e que entendiam a importância dos convênios que ela
estava fazendo naquele dia.4
Mais tarde, quando ela e Glenn se ajoelharam no
altar da sala de selamento, Emmy encheu-se de gratidão.
Mudar-se para o oeste do Canadá lhe deu a oportuni-
dade de estar perto de um templo e frequentá-lo com
alguém que ela amava. Sem o evangelho restaurado e
seu compromisso com seus ensinamentos, ela e Glenn
nunca teriam se encontrado.
Depois de uma lua de mel em um parque nacional
próximo, Glenn voltou para Idaho Falls enquanto Emmy
permaneceu em Raymond para esperar a aprovação
a fim de emigrar para os Estados Unidos. Certa noite,
cerca de um mês após seu casamento, ela teve a oportu-
nidade de ir ao templo com um grupo de missionários.
“Quando eu for ao templo esta noite, pensarei em
você o tempo todo”, disse ela a Glenn em uma carta. Ela

561
Com Coragem, Nobreza e Independência

ansiava pelo dia em que retornariam juntos à casa do


Senhor. “Até lá”, escreveu ela, “saiba que lhe agradeço,
que o amo”.5

Por volta dessa época, em Nagoya, Japão, Toshiko


Yanagida, de 29 anos, temia por sua vida. Ela havia
sofrido um aborto espontâneo e, depois disso, o médico
encontrou um tumor, e ela precisava ser operada. Como
os equipamentos médicos ainda eram escassos no Japão
após a Segunda Guerra Mundial, o procedimento era
perigoso. Sem saber se sobreviveria, Toshiko se preo-
cupava com seus filhos, Takao, de 3 anos, e Masashi, de
5 anos. Ela queria que eles tivessem fé em Deus, mas ela
e seu marido, Tokichi, nunca os tinham ensinado sobre
coisas espirituais.6
Embora Toshiko não fosse muito religiosa, ela acre-
ditava que um poder divino cuidava dela. Quando era
criança, ela frequentou uma escola protestante e estudou o
xintoísmo e o budismo, as duas religiões mais comuns no
Japão. Ela também se lembrou de ter participado de uma
reunião de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos
Dias certa vez com seu pai, Tomigoro Takagi, que havia
se filiado à Igreja em 1915. Porém, o pai dela não falava
sobre sua fé com frequência, porque os avós de Toshiko,
que moravam com a família na época, não aprovavam a
Igreja. E, depois que a Missão Japonesa foi encerrada em
1924, quando Toshiko tinha 5 anos de idade, Tomigoro
raramente teve a chance de se reunir com outros santos.7

562
Vá e veja

A cirurgia de Toshiko foi um sucesso e, quando


estava forte o suficiente para viajar, ela foi para a casa
de seus pais, perto de Tóquio, e conversou com o pai
sobre religião. “Quero frequentar alguma igreja”, disse-
lhe ela.8
Tomigoro a incentivou a participar de uma reunião
dos santos dos últimos dias. Ele mesmo havia começado
a frequentar as reuniões da Igreja novamente. Depois da
guerra, os líderes da Igreja em Salt Lake City ajudaram
os santos japoneses, enviando-lhes carregamentos de
alimentos e roupas de que precisavam muito. Os gru-
pos de militares também continuaram a proporcionar
oportunidades para que os membros japoneses da Igreja
se reunissem com os soldados americanos santos dos
últimos dias. Em 1948, o sucesso dessas reuniões levou
a Primeira Presidência a enviar novamente missionários
ao continente japonês.
Na realidade, Tomigoro conhecia um missionário
chamado Ted Price que estava servindo em Narumi, a
duas horas da casa de Toshiko. “Vá e veja”, disse ele.
“Se você disser ao élder Price que é filha de Tomigoro
Takagi, ele ficará muito feliz.”9
Toshiko estava um pouco cética em relação à igreja
de seu pai. Ela não sabia coisa alguma sobre seus ensi-
namentos e não gostava do nome “mórmon”. Mas, certo
domingo, alguns meses após sua cirurgia, ela viajou
para um pequeno salão de reuniões que ficava perto
de uma colina em Narumi. Quando ela chegou, um
pouco atrasada, encontrou o élder Price ensinando um

563
Com Coragem, Nobreza e Independência

grande grupo de pessoas sobre o Livro de Mórmon. Ao


ouvir o debate, ela começou a pensar de modo diferente
sobre a Igreja. Ela acreditou no que ouviu, e isso lhe
deu esperança.10
Quando a reunião terminou, ela conheceu o élder
Price e seu companheiro, Danny Nelson. Ela gostou dos
dois rapazes e ansiava por ouvi-los falar novamente. No
entanto, ir à igreja em Narumi seria difícil, já que demo-
rava muito para ir e voltar da reunião. E seu marido pro-
vavelmente não iria com ela. Domingo era seu único dia
de folga do trabalho, e ele se recusava a participar de
qualquer religião.
Mas o que ela ouviu naquele dia despertou sua fé
no evangelho restaurado. “Se eu quiser que meus filhos
se sintam como eu, meu marido precisa mudar”, disse ela
a si mesma. “Então, como posso fazer isso?”11

Enquanto Toshiko Yanagida refletia sobre o


futuro de sua família, a presidente geral da Primária,
Adele Cannon Howells, procurava uma maneira de aju-
dar as crianças a aprender sobre o Livro de Mórmon.
Por muitos anos, os discursos da conferência geral e os
materiais de aula da Igreja se referiram ao livro apenas
ocasionalmente. As lições da Primária geralmente tam-
bém enfatizavam as histórias da Bíblia e os valores que
os santos compartilhavam com outras religiões cristãs.
Nos últimos tempos, porém, os líderes e os professores
da Igreja começaram a usar o Livro de Mórmon cada

564
Vá e veja

vez mais, e alguns membros queriam que a Primária


revisasse suas lições para fazer melhor uso do Livro
de Mórmon e de outros ensinamentos exclusivos dos
santos dos últimos dias.
Sabendo que as gravuras podiam ser uma ferra-
menta poderosa para ensinar o evangelho, Adele tam-
bém escreveu ao apóstolo Spencer W. Kimball e a várias
organizações da Igreja sobre a produção de um livro de
histórias ilustradas do Livro de Mórmon para crianças.12
“Sua proposta é muito interessante”, respondeu
o élder Kimball. Mas ele temia que o projeto ficasse
muito caro.13
Porém, Adele ainda não desistiria dessa ideia.
Desde seu chamado como presidente geral da Primária,
em 1943, ela tinha realizado vários projetos ambiciosos,
incluindo dois programas inovadores para crianças. O
primeiro, Children’s Friend of the Air, era um programa
de rádio de 15 minutos com base em histórias da revista
oficial da Primária. O segundo foi Junior Council, um
programa semanal de televisão que estreou em 1948, no
mesmo ano em que a Igreja fez a transmissão da confe-
rência geral pela primeira vez. Junior Council contava
com um painel de crianças que respondia a uma série
de perguntas enviadas por leitores do Children’s Friend
e por um público presente no estúdio.14
Por muitos anos, Adele fez planos para a construção
de um novo hospital para crianças em Salt Lake City. A
Primária vinha utilizando um hospital na cidade desde
1922, mas a instituição agora precisava de instalações

565
Com Coragem, Nobreza e Independência

maiores e atualizadas. Os líderes da Igreja fizeram a


abertura de terra para o novo hospital em abril de 1949,
em uma colina com vista para o Vale do Lago Salgado.
Para levantar os fundos necessários e ajudar as crian-
ças da Primária a se sentirem envolvidas na construção
do edifício, Adele desenvolveu um programa chamado
“compre um tijolo”. A cada dez centavos que uma criança
doasse, ela ou ele poderia reivindicar um tijolo nas pare-
des do hospital.15
Ao pensar mais em ilustrar o Livro de Mórmon, Adele
cogitou a possibilidade de encomendar uma série de belas
pinturas para o aniversário de 50 anos da revista Children’s
Friend. Como o aniversário era em 1952, em apenas três
anos, ela precisava encontrar rapidamente o artista certo
para que as pinturas fossem concluídas a tempo.16
Vários artistas santos dos últimos dias já haviam
ilustrado cenas do Livro de Mórmon antes. Décadas antes,
George Reynolds, secretário da Primeira Presidência,
publicou um livro de histórias do Livro de Mórmon com
ilustrações de alta qualidade de artistas locais. Pouco
tempo depois, ele publicou vários artigos sobre a vida
de Néfi, ilustrados pelo artista dinamarquês C. C. A.
Christensen.
Mais recentemente, o ilustrador Phil Dalby havia
começado a desenhar uma série de histórias em
quadrinhos dramáticas do Livro de Mórmon para a
Deseret News. E Minerva Teichert, que havia estudado
em algumas das melhores escolas de arte dos Estados
Unidos, havia começado uma ambiciosa série de

566
Vá e veja

pinturas do Livro de Mórmon pouco depois de concluir


os murais de uma sala de ordenanças no Templo de
Manti. Minerva queria que suas pinturas dessem vida ao
Livro de Mórmon, e muitas delas apresentavam cenas
coloridas brilhantes de mulheres cujos nomes muitas
vezes não eram mencionados nas escrituras.17
Enquanto procurava por um artista, Adele ficou
sabendo da obra de Arnold Friberg, um ilustrador santo
dos últimos dias de 36 anos que havia se mudado recen-
temente para Utah. Uma de suas pinturas religiosas a
impressionou. Ela retratava Richard Ballantyne, o fun-
dador da Escola Dominical, sentado em frente a uma
lareira crepitante, inclinado para frente, ensinando um
grupo de crianças extremamente atentas. Os detalhes da
pintura eram meticulosos, desde as cinzas de madeira no
piso até a luz do fogo brilhante no rosto das crianças.18
Depois de mais buscas, Adele decidiu que Arnold
seria a escolha perfeita. Ele era, sem dúvida, talentoso e
claramente apaixonado pela criação de pinturas religio-
sas. Embora seu trabalho fosse caro, Adele tinha seus pró-
prios meios de ajudar a pagar as pinturas se necessário.19
Convencida de que o projeto seria de grande valor,
ela descreveu os esforços da junta da Primária em seu
diário, esperando que seu sonho se tornasse realidade.
“Que o Senhor nos ajude”, escreveu ela.20

De volta ao Japão, Toshiko Yanagida participava de


todas as reuniões da Igreja que podia. Nas manhãs de

567
Com Coragem, Nobreza e Independência

domingo, ela viajava para Narumi a fim de participar


da Escola Dominical. A classe era ensinada por Tatsui
Sato, um ex-protestante que havia sido batizado com sua
esposa, Chiyo, cerca de um ano após o fim da guerra.
Toshiko, então, participava da reunião sacramental à
noite em outra parte da cidade. O ramo realizava reu-
niões da AMM às segundas-feiras para quem quisesse
estudar as escrituras e participar de jogos, e logo Toshiko
começou a participar também. Depois de sua operação,
Toshiko se sentiu física, emocional e financeiramente
esgotada. Estar com os santos a deixava mais feliz e
animada, e lhe deu um novo propósito na vida.
Seu marido, Tokichi, não estava feliz com suas lon-
gas ausências. Quando ela começou a sair de casa com
mais frequência, às vezes avisando em cima da hora,
ele exigiu que ela escolhesse entre seu lar e sua fé. “Se
você quer tanto ir à igreja, vamos dividir as crianças
entre nós”, disse ele. “Fico com nosso filho mais velho
e você fica com o mais novo — e você pode ir embora
desta casa.”21
Toshiko tinha começado a frequentar a igreja por
causa de seus filhos, por isso não estava disposta a dei-
xar isso separar sua família. Mas ela também não queria
voltar à sua antiga vida. Em vez disso, ela decidiu se
esforçar mais em casa para mostrar a Tokichi que podia
se dedicar à Igreja sem prejudicar sua família. “Por favor,
deixe-me continuar fazendo isso um pouco mais”, ela
implorou a ele. Ela orava dia e noite para que ele tam-
bém começasse a ir à igreja e compartilhasse de sua fé.22

568
Vá e veja

Certo dia, Toshiko convidou o élder Price e o élder


Nelson para a festa de aniversário de seu filho Takao. Os
missionários ficaram felizes por terem sido convidados,
apesar da distância, e levaram doces de presente para
Takao.23
Na festa, o élder Nelson se sentou ao lado de
Tokichi e conversou com ele sobre a Igreja e o trabalho
missionário. Ele explicou que ele e o élder Price pagaram
por suas próprias missões e não receberam dinheiro
algum da Igreja. Os élderes também testificaram do
evangelho restaurado e o que ele poderia significar para
a família. Depois da refeição, todos brincaram com jogos
juntos, e os missionários oraram com a família Yanagida
antes de voltarem para Narumi.24
“Esses missionários são diferentes”, Tokichi disse a
Toshiko mais tarde. Ele não gostava de líderes religiosos
que eram pagos por seus serviços, por isso ficou impres-
sionado com o desejo dos missionários de se sacrificarem
tanto para servir a Deus. “Eles são homens maravilhosos”,
disse ele.25
Dois meses depois, em agosto de 1949, Toshiko deci-
diu ser batizada. Ela viajou oito horas para Tóquio a fim de
que seu pai pudesse estar presente. O élder Price realizou
o batismo e o presidente da missão, Edward Clissold,
confirmou-a. Toshiko ficou muito feliz por finalmente
ser membro da Igreja e percebeu que seu pai também
estava feliz.26
Pouco tempo depois do batismo, Tokichi teve que
ir a Tóquio a trabalho, então Toshiko sugeriu que ele

569
Com Coragem, Nobreza e Independência

fosse ao escritório da missão para visitar o élder Nelson,


que havia sido transferido para lá recentemente. “Se eu
tiver tempo”, foi tudo o que Tokichi disse.27
Sem telefone em casa, Toshiko teve que esperar três
dias para que o marido voltasse com notícias sobre sua
viagem. Ela quis saber de imediato se ele tinha ido à casa
da missão. “Você viu o élder Nelson?”, perguntou ela.
“Sim”, Tokichi respondeu. “Fui batizado por ele, e
uma pessoa chamada élder Goya impôs as mãos sobre
minha cabeça.” Toshiko não conhecia Koojin Goya,
que era um dos vários missionários nipo-americanos
do Havaí que tinham sido chamados para servir no
Japão.28
Toshiko ficou muito surpresa. Tokichi nunca tinha
ido à igreja com ela em Narumi, mas, de alguma forma,
o Senhor o conduziu a ser batizado.
“Banzai!”, pensou ela. Sim!29
Depois que Tokichi foi batizado, ele e Toshiko
decidiram ir à igreja com a família Sato em um grupo
de militares americanos, em uma base militar perto
de sua casa em Nagoya. Toshiko ficou feliz por sua
família poder ir à igreja juntos, mas as reuniões eram
em inglês. Embora Tatsui soubesse bem o inglês e
pudesse traduzir para eles, Toshiko desejava que sua
família pudesse aprender sobre o evangelho em seu
próprio idioma.
Logo depois, ela escreveu uma carta ao novo pre-
sidente de missão, Vinal Mauss, perguntando se as reu-
niões japonesas poderiam ser realizadas em Nagoya.30

570
Vá e veja

Em 6 de novembro de 1949, Paul Bang batizou sua


filha de 8 anos, Sandra. Já se haviam passado 22 anos
desde o batismo de Paul no rio Ohio. Nesse tempo, ele
observou o Ramo Cincinnati se tornar uma das mais
fortes congregações de santos dos últimos dias naquela
região dos Estados Unidos. Agora, ele e a esposa, Connie,
estavam passando para Sandra e seus irmãos mais novos
o legado de fé que herdaram.31
Cerca de cem santos se reuniam todas as semanas
em Cincinnati para a reunião sacramental. Quando a
construção de uma nova capela durante a guerra se tor-
nou impossível, o ramo comprou uma antiga sinagoga
judaica e, com a ajuda da empresa de construção do
presidente do ramo, Alvin Gilliam, eles a reformaram
por dentro e por fora. Os santos também contrataram
um aluno de artes para pintar um mural do Salvador na
parede atrás do púlpito.32
A nova capela deu ao ramo muito espaço para
crescer. Depois da guerra, muitos jovens membros do
ramo — principalmente aqueles que tinham fortes laços
familiares com a região — decidiram ficar em Cincinnati,
constituir família e servir na Igreja.33 Por algum tempo,
Paul tinha sido conselheiro na presidência do ramo e
agora fazia parte do sumo conselho do distrito com seu
pai, Christian Bang. Connie, enquanto isso, liderava as
ceifeiras na AMMM do ramo.34
O tamanho do Ramo Cincinnati, bem como a expe-
riência de seus membros, permitiu-lhe apoiar ramos
menores na área. Todos os domingos, as famílias de

571
Com Coragem, Nobreza e Independência

Cincinnati iam de carro para Georgetown, um vilarejo a


65 quilômetros ao leste, para apoiar um pequeno grupo
de santos de lá.35
Por mais forte que o Ramo Cincinnati fosse, seus
membros permaneceram divididos quanto à segregação
racial. Len e Mary Hope, o único casal afro-americano
do ramo, continuaram a realizar reuniões mensais em
sua casa porque alguns membros do ramo ainda não
queriam que eles frequentassem as reuniões regulares
da Igreja. Cerca de 30 pessoas participavam das reuniões,
incluindo a família Bang e seus parentes. Mary nunca
sabia quantas pessoas viriam, mas, de alguma forma,
sempre preparava comida suficiente para todos. Len
dirigia as reuniões e escolhia os hinos. Um de seus hinos
favoritos era “Graças damos, ó Deus, por um profeta”.36
Às vezes, os amigos de Len o criticavam por perten-
cer a uma igreja em que ele não podia ter o sacerdócio
ou frequentar as reuniões, mas ele e Mary permaneceram
fiéis à sua fé. Seus amigos do ramo zelavam por eles,
dando bênçãos do sacerdócio para os membros da famí-
lia e ajudando com reparos e melhorias no lar.37 Quando
uma das amigas afro-americanas da família Hope, Mary
Louise Cates, aceitou o evangelho, Paul a batizou. Alguns
anos depois, um membro do ramo deu um nome e uma
bênção à neta recém-nascida dos Hope.38
Depois de quase um quarto de século de fé inaba-
lável, Len e Mary fizeram uma viagem a Utah em 1947.
Eles ficaram na casa do ex-missionário de Cincinnati,
Marion Hanks, que lhes mostrou a cidade de Salt Lake

572
Vá e veja

e os levou para a conferência geral. Também foram


recebidos na casa de Abner e Martha Howell, outro
casal negro da Igreja. Eles ficaram encantados com o
tratamento gentil que receberam. Dois anos depois, a
saúde de Len estava piorando, e ele queria se mudar
para Utah e ser enterrado lá um dia.39
Pouco depois do batismo de Sandra Bang, a presi-
dência do distrito chamou Paul para servir como presi-
dente de um pequeno ramo em Hamilton, uma cidade
ao norte de Cincinnati. Pouco tempo depois, Connie foi
chamada para ser secretária da Sociedade de Socorro
do Ramo Cincinnati. Sua bênção patriarcal a incentivava
a ser uma participante solícita no reino de Deus, e ela
e Paul se esforçavam para ser exatamente isso. Reco-
nheciam as bênçãos do Senhor por toda a sua vida.40
Por meio do patriarca, o Senhor também havia pro-
metido a Connie que seu pai, George Taylor, comparti-
lharia a alegria do evangelho. Por muitos anos, Connie
não tinha razão para pensar que seu pai aceitaria a
Igreja. Então, depois da guerra, o câncer atacou seu
corpo já debilitado. Ele começou a frequentar a igreja
com a mãe de Connie, Adeline, adorando com os santos
até sua morte, em 1947.
Depois de morrer, George apareceu a Adeline em
um sonho. Ele parecia doente e desanimado, e ainda
andava mancando como antes. O sonho confundiu
Adeline, e ela perguntou a um líder da Igreja o que
isso significava. Ele disse a ela que George queria que
suas ordenanças do templo fossem realizadas.

573
Com Coragem, Nobreza e Independência

Então, Adeline viajou para Utah a fim de receber


as bênçãos do templo e providenciar para que George
recebesse as dele. Ela foi selada a ele vicariamente em
28 de setembro de 1949, no Templo de Salt Lake. Algum
tempo depois, George voltou a ela em um sonho. Dessa
vez, ele estava feliz e saudável, livre das enfermidades
que o haviam prejudicado em sua vida.
Ele a tomou nos braços, e eles dançaram.41

574
C APÍTULO 35

Não há como falhar

Com a chegada do ano de 1950, a Guerra Fria entre


os Estados Unidos e a União Soviética estava se inten-
sificando. Sob a fluência soviética, os novos gover-
nos comunistas da Europa central e oriental estavam
fechando fronteiras e alterando hábitos sociais e eco-
nômicos. Ao mesmo tempo, vários países da Europa
ocidental estavam se alinhando com os Estados Unidos
e o Canadá a fim de se defenderem contra possíveis
ataques de países comunistas. Além disso, uma cor-
rida armamentista havia começado depois que a União
Soviética realizou com sucesso seu primeiro teste de
armas nucleares, surpreendendo o mundo com a deto-
nação de uma bomba como aquelas que os Estados
Unidos haviam usado contra o Japão durante a guerra.1

575
Com Coragem, Nobreza e Independência

Na Tchecoslováquia, Wallace e Martha Toronto, os


líderes da missão, estavam se preparando para uma pos-
sível evacuação. O governo comunista do país, que con-
tinuamente vigiava de perto a eles e seus missionários,
aprovara recentemente uma lei que restringia a liberdade
religiosa e proibia os estrangeiros de servirem como líde-
res religiosos na nação. O número de missionários santos
dos últimos dias forçados a sair do país já chegava a 12,
e era apenas uma questão de tempo até que o regime
expulsasse os demais.
Wallace escreveu à Primeira Presidência contando
sobre a crise, e eles o aconselharam a enviar sua
família e a maioria dos demais missionários para fora
da Tchecoslováquia. No entanto, o presidente George
Albert Smith e seus conselheiros ainda esperavam que
Wallace e um ou dois élderes, que estavam servindo
como assistentes, pudessem obter permissão para ficar.
“Você tem sido leal e destemido”, afirmou a Primeira
Presidência. “Para sua orientação divina, continuaremos
a suplicar ao Senhor e a confiar em Seu poder supremo
para proteger e fazer prosperar Sua Igreja naquela terra
escolhida.”2
Na segunda-feira, 30 de janeiro, os membros do
Ramo Prostějov informaram a Wallace que Stanley
Abbott e Aldon Johnson, dois missionários que ser-
viam naquela cidade, não haviam comparecido à Escola
Dominical no dia anterior. A princípio, os santos presu-
miram que os missionários tinham perdido o trem ou se
atrasado por causa da forte neve. Porém, os membros

576
Não há como falhar

do ramo acabaram descobrindo que o apartamento dos


élderes havia sido revistado e que a polícia secreta havia
interrogado um membro da Igreja da cidade. Agora,
todos temiam o pior.
Wallace entrou em contato com a embaixada ame-
ricana e partiu imediatamente para Prostějov. Por canais
diplomáticos, ele soube que os élderes haviam sido
presos por tentarem visitar um membro da Igreja em
um campo de trabalho forçado.
Com o passar dos dias e das semanas, o governo
tchecoslovaco se recusou a entrar em contato direta-
mente com Wallace. A polícia de Prostějov proibiu os
santos de realizarem reuniões na cidade, e alguns mem-
bros do ramo foram interrogados e hostilizados. Em 20
de fevereiro, Wallace havia supervisionado a retirada
de mais 11 missionários, mas ninguém da missão havia
sido autorizado a visitar ou a falar com o élder Abbott
e o élder Johnson.
Os missionários presos foram mantidos separados
um do outro, e o élder Abbott estava confinado na
solitária. A alimentação dos missionários na prisão se
resumia a um pedaço de pão preto pela manhã e uma
tigela de sopa à noite. Eles não podiam tomar banho
ou trocar de roupa. Durante os interrogatórios, a polícia
secreta ameaçava espancá-los com barras de ferro e
mantê-los encarcerados por anos se não confessassem
ser espiões.3
Em 24 de fevereiro, Martha recebeu um telefonema
do embaixador americano. O governo tchecoslovaco

577
Com Coragem, Nobreza e Independência

havia realocado os missionários presos para Praga e


estava disposto a libertá-los se prometessem deixar o
país dentro de duas horas. Rapidamente, Martha reservou
duas passagens em um voo com destino à Suíça. Ela então
contatou Wallace, e eles combinaram de se encontrar no
aeroporto, onde os missionários seriam entregues.
No aeroporto, Wallace só teve tempo de dar aos
missionários as passagens e algumas instruções. Martha,
por sua vez, só pôde observar um pouco afastada.
Quando viu a polícia escoltar os dois jovens até o avião,
ela acenou para eles. Os élderes estavam magros e
desgrenhados, e ela gritou perguntando se eles esta-
vam bem.
“Sim”, responderam eles enquanto acenavam. Eles
então embarcaram na aeronave, e Martha observou o
avião desaparecer sobre as nuvens sombrias que pai-
ravam acima da cidade.4
Nos dias seguintes, Martha se ocupou em preparar a
retirada de sua família. Ela planejava viajar sozinha com
os seis filhos, inclusive um bebê, ao passo que Wallace
permaneceria na Tchecoslováquia enquanto o governo
permitisse.
Um dia antes da partida, a família estava almoçando
quando homens trajando jaquetas de couro chegaram
à casa da missão e exigiram falar com Wallace. Martha
não demorou para perceber que eles eram da polícia
secreta. Ela já estava doente e emocionalmente exausta,
e a presença deles só piorou as coisas. Depois do que
aconteceu com os missionários, e com muitos cidadãos

578
Não há como falhar

tchecoslovacos, ela não tinha ideia do que a polícia


poderia fazer com seu marido.
“Martha, tenho que ir com estes homens”, disse
Wallace. Ele estava certo de que queriam interrogá-lo a
respeito dos missionários que haviam sido recentemente
retirados. “Caso eu não volte”, disse ele, “leve as crianças
para casa amanhã de manhã, como planejado”.
As horas se arrastaram sem nenhuma notícia de
Wallace, e tudo indicava que Martha teria que partir
sem saber o que havia acontecido com seu marido.
Então, sete horas após a polícia tê-lo levado embora,
Wallace voltou para casa a tempo de levar sua família
até a estação de trem.
Na estação, uma multidão de membros da Igreja
estava reunida, carregando pacotes cheios de frutas,
bolos e sanduíches para Martha e as crianças. Quando
o trem começou a se afastar, alguns santos entregaram
a comida pela janela. Outros corriam ao longo da pla-
taforma e jogavam beijos. Martha os observava, com os
olhos marejados de lágrimas, até que o trem fez uma
curva e os perdeu de vista.5

“O presidente Mauss está vindo para Nagoya. Você


pode recepcioná-lo?”
Foi a pergunta feita pelos missionários, que pegou
Toshiko Yanagida de surpresa. Ela estava esperando
notícias do novo presidente da Missão Japonesa, pois
havia escrito para ele pedindo que fosse aberto um ramo

579
Com Coragem, Nobreza e Independência

em japonês em sua cidade natal, Nagoya. O presidente


Mauss não havia respondido a carta, então ela receava
que ele não houvesse recebido a correspondência.6
Toshiko concordou em ir e, pouco depois, ela e os
missionários se encontraram com o presidente Mauss na
estação de trem. Assim que ele desembarcou, ela pergun-
tou se ele havia recebido a carta. “Sim”, respondeu ele. “É
por isso que vim até aqui.” Ele queria a ajuda dela para
encontrar um lugar onde as reuniões da Igreja pudessem
ser realizadas na cidade. Toshiko ficou animada.7
Eles começaram a procura imediatamente. Não
havia muitos santos em Nagoya — apenas os missio-
nários, a família de Toshiko e uma mulher chamada
Yoshie Adachi —, uma cidade com 600 mil habitan-
tes, de maneira que eles não precisavam de um local
muito grande para as reuniões. Ainda assim, o presi-
dente Mauss decidiu alugar o auditório de uma grande
escola da cidade.
Os santos de Nagoya realizaram sua primeira reu-
nião da Escola Dominical em janeiro de 1950. Para atrair
mais pessoas, Toshiko e os missionários colocaram pan-
fletos em um jornal local. No domingo seguinte, 150
pessoas compareceram ao auditório. As reuniões dos
santos dos últimos dias no Japão pós-guerra muitas
vezes atraíam multidões, pois muitas pessoas buscavam
esperança e significado após o trauma que haviam viven-
ciado.8 Mas, para a maioria, o interesse pela Igreja era
temporário, em particular depois que o país se tornou
mais estável economicamente. Como menos pessoas

580
Não há como falhar

sentiam a necessidade de recorrer à fé, a participação


nas reuniões diminuiu.9
Por sua vez, Toshiko e seu marido, Tokichi, deba-
tiam-se com alguns aspectos da vida como santos dos
últimos dias — especialmente o pagamento do dízimo.
Tokichi não ganhava muito dinheiro e, às vezes, eles se
perguntavam se teriam o suficiente para pagar o almoço
do filho na escola. Eles também esperavam comprar
uma casa.
Após uma reunião da Igreja, Toshiko perguntou a
um missionário sobre o dízimo. “O povo japonês é muito
pobre agora após a guerra”, alegou ela. “Pagar o dízimo
é muito difícil para nós. Temos mesmo que pagar?”10
O élder respondeu que Deus ordenara que todos
pagassem o dízimo e falou das bênçãos pela obediência
àquele princípio. Toshiko estava cética — e ficou um
tanto com raiva. “Isso é coisa de americanos”, dizia ela
a si mesma.
Outros missionários a incentivaram a ter fé. Uma
missionária prometeu a Toshiko que o pagamento do
dízimo poderia ajudar sua família a alcançar o objetivo
de adquirir a casa própria. Querendo obedecer, Toshiko
e Tokichi decidiram pagar o dízimo e confiar que as
bênçãos viriam.11
Nessa época, as missionárias começaram a rea-
lizar reuniões informais da Sociedade de Socorro em
seu apartamento, com Toshiko e outras mulheres da
região. Elas compartilhavam mensagens do evangelho,
debatiam formas práticas de cuidar do lar e aprendiam

581
Com Coragem, Nobreza e Independência

a cozinhar alimentos baratos. Assim como as Sociedades


de Socorro em outras partes do mundo, elas realizavam
bazares em que vendiam chocolate e outros produtos
a fim de arrecadar dinheiro para suas atividades. Cerca
de um ano após o início das reuniões dos santos de
Nagoya, uma Sociedade de Socorro foi formalmente
organizada, com Toshiko como presidente.12
Ela e Tokichi também começaram a ver as bênçãos
advindas do pagamento do dízimo. Eles compraram
um terreno acessível na cidade e elaboraram o projeto
para construir uma casa. Em seguida, eles solicitaram
um empréstimo habitacional por meio de um novo pro-
grama do governo e, assim que receberam a aprovação
para construir, começaram a trabalhar no alicerce.
O processo transcorreu sem problemas até que um
inspetor de obras notou que o terreno era inacessível
aos bombeiros. “Esse terreno não é apropriado para
a construção de uma casa”, disse-lhes ele. “Vocês não
podem prosseguir com a construção.”
Sem saber o que fazer, Toshiko e Tokichi conversa-
ram com os missionários. “Nós seis vamos jejuar e orar
por vocês”, respondeu um élder. “Vocês também devem
jejuar.”
Durante os dois dias seguintes, a família Yanagida
jejuou e orou com os missionários. Então, outro inspe-
tor foi reavaliar o terreno. Ele tinha a reputação de ser
rigoroso, e a princípio deu pouca esperança à família
Yanagida de passar na inspeção. Porém, enquanto exa-
minava o terreno, ele encontrou uma solução. Em uma

582
Não há como falhar

emergência, para que os bombeiros chegassem até a


propriedade, bastava remover uma cerca. Por fim, a
família Yanagida pôde construir sua casa.
“Acho que vocês dois devem ter feito algo excep-
cionalmente bom no passado”, disse-lhes o inspetor.
“Em toda a minha carreira, nunca fui tão flexível.”
Toshiko e Tokichi ficaram muito contentes. Eles
haviam jejuado, orado e pagado o dízimo. E, assim como
a missionária lhes havia prometido, eles teriam uma casa
própria.13

No início de 1951, David O. McKay estava enfren-


tando desafios com o programa missionário da Igreja.
Nos últimos seis meses, ele havia observado à distância
a eclosão de outro conflito mundial, desta vez na Ásia
oriental. Com o apoio da China e da União Soviética,
a Coreia do Norte comunista estava em guerra com a
Coreia do Sul. Temendo a disseminação do comunismo,
os Estados Unidos e outros aliados haviam enviado
tropas para apoiar a Coreia do Sul.14
Na época, a Igreja tinha cerca de 5 mil missionários
de tempo integral, quase todos vindos dos Estados
Unidos, e centenas de novos missionários eram
chamados a cada mês.15 Mas a guerra na Coreia havia
criado uma nova demanda por soldados, e o governo
dos EUA estava mais uma vez convocando jovens
de 19 a 26 anos de idade — a mesma faixa etária da
maioria dos missionários chamados pela Igreja. Após

583
Com Coragem, Nobreza e Independência

cuidadosa consideração, a Primeira Presidência reduziu


temporariamente a idade missionária de 20 para 19 anos,
dando aos jovens uma chance de servir missão antes
de enfrentarem as tentações encontradas na vida militar
caso fossem convocados.16
Como conselheiro na Primeira Presidência respon-
sável pela supervisão do trabalho missionário, o pre-
sidente McKay enfrentava a pressão de muitos lados.
Ele às vezes recebia cartas de membros que acusavam
os líderes de demonstrar favoritismo ao recomendarem
certos jovens para a missão, permitindo-lhes assim adiar
o serviço militar, enquanto deixavam de recomendar
outros para que fossem convocados para a guerra. Por
outro lado, havia cidadãos e conselhos de administra-
ção que acusavam a Igreja de negligenciar seu dever
patriótico por continuar chamando os jovens como
missionários.17
Os líderes da Igreja não viam as coisas dessa maneira.
Há muito tempo, eles incentivavam os santos a atenderem
ao chamado de seu país sempre que ocorresse.18 Ainda
assim, após consultar a junta militar de Utah, a Primeira
Presidência fez outras mudanças na política existente.
Eles decidiram que, enquanto perdurasse a guerra, rapa-
zes elegíveis para o serviço militar não seriam mais cha-
mados para a missão de tempo integral. Os chamados
seriam limitados a mulheres solteiras e homens mais
velhos, casais casados, veteranos e rapazes inelegíveis
para o serviço militar. A Igreja também chamou mais
casais seniores para servir missão.19

584
Não há como falhar

Naquele inverno, enquanto o presidente McKay


negociava com a junta militar, a saúde do presidente
George Albert Smith começou a piorar. O presidente
McKay visitou o profeta em seu aniversário, dia 4 de
abril, e o encontrou à beira da morte, junto de sua famí-
lia. Cheio de emoção, o presidente McKay abençoou o
profeta poucas horas antes de ele falecer.20
Dois dias depois, o presidente McKay abriu a pri-
meira sessão da Conferência Geral de Abril de 1951. De
pé ao púlpito do tabernáculo, ele falou da vida exemplar
do presidente Smith. “Sua alma era nobre”, disse ele à
congregação, “ele era mais feliz quando podia fazer os
outros felizes”.
Mais tarde, na mesma conferência, os santos apoia-
ram David O. McKay como presidente da Igreja, com
Stephen L. Richards e J. Reuben Clark como conselhei-
ros. “Ninguém pode presidir esta Igreja sem antes estar
em sintonia com o cabeça da Igreja, nosso Senhor e
Salvador, Jesus Cristo”, disse o presidente McKay aos
santos ao encerrar a conferência. “Sem a orientação e a
constante inspiração Dele, não teremos sucesso. Com
a direção e a inspiração Dele, não há como falhar.”21
Enquanto contemplava o futuro, o novo profeta
tinha décadas de experiência para guiá-lo. Muitas pes-
soas acreditavam que seu porte alto e digno, seus olhos
penetrantes e seus cabelos brancos lhe conferiam a
aparência de um profeta. Seu senso de humor, seu amor
às pessoas e sua proximidade com o Espírito também
encantavam homens e mulheres dentro e fora da Igreja.

585
Com Coragem, Nobreza e Independência

Sua experiência como professor e diretor de escola ainda


eram evidentes em sua personalidade. Ele era calmo
e decidido sob pressão e um orador envolvente, que
muitas vezes citava poesias em seus sermões. Quando
não estava ocupado com tarefas da Igreja, geralmente
trabalhava em sua fazenda familiar em Huntsville, Utah.
Muitos assuntos pesavam na mente do presidente
McKay quando sua presidência começou. Durante seu
ministério apostólico, ele havia falado frequentemente
sobre a santidade do casamento, da família e da edu-
cação, e sua atenção constante a essas prioridades o
ajudou a guiar a Igreja pelo caminho certo. O fim da
Segunda Guerra Mundial havia provocado uma explo-
são na taxa de natalidade nos Estados Unidos, quando
os soldados voltaram para casa, casaram e se estabe-
leceram na vida doméstica. Com a ajuda do governo,
muitos daqueles homens tinham se matriculado em
universidades a fim de se formarem e receberem treina-
mento, algo vital para sua carreira. O presidente McKay
estava ávido para lhes oferecer apoio.22
Ele também estava preocupado com os horrores da
Guerra da Coreia e com a propagação do comunismo
em certas partes do mundo. Naquela época, muitos líde-
res governamentais e religiosos estavam se manifestando
contra o comunismo. Assim como eles, o presidente
McKay acreditava que os regimes comunistas reprimiam
a religião e reduziam a liberdade.
“A Igreja de Cristo defende a influência do amor”,
afirmou ele pouco após a conferência geral, “que, no fim

586
Não há como falhar

das contas, é o único poder que trará paz e redenção


à humanidade”.23

Naquela primavera, em Salt Lake City, a presidente


geral Primária, Adele Cannon Howells, sabia que sua
saúde estava debilitada. Ela tinha apenas 65 anos de
idade, mas um episódio de febre reumática na infância
havia danificado seu coração. Apesar de sua condição,
ela se recusava a parar de trabalhar.24
Seu plano de encomendar uma série de pinturas
do Livro de Mórmon para o cinquentenário da revista
Children’s Friend estava finalmente avançando. Embora
nem todos pensassem que a contratação de um artista
profissional, como Arnold Frieberg, fosse a melhor
forma de gastar tempo ou dinheiro, Adele acreditava
que os quadros despertariam o interesse das crianças
pelo Livro de Mórmon, o que pagaria o investimento.25
Nos últimos dois anos, ela havia ganhado o apoio
da Escola Dominical e convencido os membros do
Quórum dos Doze Apóstolos de que as pinturas valeriam
a pena. Adele e os líderes da Escola Dominical formaram
um comitê para supervisionar o projeto e enviaram
alguns esboços de Arnold ao presidente McKay e seus
conselheiros.26
Em janeiro de 1951, Adele e um representante da
Escola Dominical se reuniram com a Primeira Presidência
para debater sobre a proposta.27 Tanto ela quanto Arnold
queriam retratar histórias do Livro de Mórmon cheias de

587
Com Coragem, Nobreza e Independência

poder espiritual e ação convincente, tais como os guer-


reiros de Helamã marchando para a batalha e Samuel, o
Lamanita, profetizando o nascimento do Salvador. Arnold
não queria que as pinturas fossem feitas em estilo infantil.
Ele acreditava que as crianças precisavam contemplar o
poder e a majestade da palavra de Deus. Ele queria que
os heróis do Livro de Mórmon tivessem uma aparência
fisicamente poderosa, quase maior do que a vida. “A mus-
culosidade em minhas pinturas é apenas uma expressão
do espírito interior”, ele posteriormente explicou.28
A Primeira Presidência concordou com Adele que
Arnold era o artista certo para o trabalho.29 A Escola
Dominical e a Deseret Book Company, de proprie-
dade da Igreja, comprometeram-se a pagar dois terços
do custo inicial, e Adele cobriu o resto dos curtos de
seu próprio bolso.30 Nos meses que se seguiram, ela e
Arnold fizeram planos para as pinturas, pois a saúde
dela continuava a deteriorar. Pouco depois, ela estava
confinada à cama.31
Na noite de 13 de abril, Adele conseguiu vender
alguns de seus bens para pagar as pinturas.32 Ela tam-
bém chamou Marion G. Romney, assistente do Quórum
dos Doze Apóstolos, para falar sobre o Livro de Mórmon
e as crianças da Igreja. Ela falou sobre as pinturas e
seu desejo de que fossem terminadas no ano seguinte.
Ela disse que esperava que todas as crianças da Igreja
começassem a ler o Livro de Mórmon cedo na vida.
Na tarde do dia seguinte, Adele faleceu. Em seu
funeral, o élder Romney prestou homenagem à mulher

588
Não há como falhar

criativa e enérgica que havia doado tanto à organização


da Primária. “Ela amava muito o trabalho da Primária”,
afirmou ele. “Cada pessoa que ela tocava sentia a pro-
fundidade de seu amor por eles individualmente.”33
Pouco tempo depois, Arnold Friberg começou sua
primeira pintura do Livro de Mórmon: O Irmão de Jarede
Vê o Dedo do Senhor.34

Perto da cidade de Valence, no sudeste da França,


Jeanne Charrier foi dar um passeio com sua prima. Ani-
nhada às margens do rio Rhône, Valence era um lugar
bonito, com uma catedral católica romana centenária.
Embora muitos moradores da cidade fossem católicos,
os membros da família de Jeanne estavam entre os
poucos protestantes. Apenas algumas gerações antes
dela, seus ancestrais haviam arriscado a reputação e até
mesmo a vida por causa de suas crenças.35
Jeanne fora criada como uma cristã dedicada, mas
recentemente, durante seus estudos universitários em
matemática e filosofia, ela se deparou com ideias que a
levaram a duvidar de sua fé. Ela ponderou as famosas
palavras do filósofo francês René Descartes — “Penso,
logo existo”. A ponderação só trouxe mais perguntas.
Ela pensava: “Onde estou? Como? E por quê?”
Algum tempo antes da caminhada de Jeanne pela
encosta, suas perguntas a haviam levado a se ajoelhar
e buscar o Senhor. “Deus”, suplicou ela, “se Tu existes,
estou esperando uma resposta”.36

589
Com Coragem, Nobreza e Independência

Jeanne e sua prima não haviam trazido nada para


beber durante a caminhada e logo ficaram com sede.
Eles viram um pequeno grupo de pessoas e decidiram
pedir um pouco de água. Um homem e uma mulher
mais velhos ficaram felizes em ajudá-las e se apresenta-
ram como Léon e Claire Fargier. Eles eram membros de
A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, e os
dois jovens que os acompanhavam eram missionários. O
grupo ofereceu a Jeanne e sua prima um panfleto sobre
a Igreja, e Léon as convidou para a próxima conferência
missionária e um concerto de quarteto de cordas da
Universidade Brigham Young.37
Jeanne ficou curiosa e decidiu comparecer. Durante
a conferência, alguém lhe deu um Livro de Mórmon.
Quando voltou para casa e começou a lê-lo, ela não
conseguia parar. “Isto é algo importante”, pensou ela.38
Depois disso, Jeanne começou a passar mais tempo
com o casal Fargier. Léon e Claire estavam casados há
13 anos quando foram batizados na Igreja, em 1932.
Antes da Segunda Guerra Mundial, Léon havia servido
como missionário e liderado reuniões dominicais para
o minúsculo grupo de santos de Valence e Grenoble,
uma cidade a mais de 60 quilômetros.39 Assim que a
guerra começou e os missionários americanos foram
retirados, Léon passou a supervisionar uma área muito
maior. Ele viajou por toda a França, abençoando os
doentes e administrando o sacramento. Às vezes, ele
conseguia pegar um trem de uma cidade a outra, mas,

590
Não há como falhar

na maioria das vezes, ele caminhava ou pedalava, às


vezes por horas a fio.40
Quando conheceram Jeanne, Léon e Claire eram
missionários locais no Ramo Valence. Lutando para se
reestruturar após a devastação da guerra, a pequena
congregação se reunia em uma pensão. Apesar das
circunstâncias humildes, Jeanne foi atraída para as reu-
niões e estava ansiosa para aprender mais sobre o evan-
gelho. Ela pediu mais livros e recebeu um exemplar
de Doutrina e Convênios. Enquanto lia, ela não podia
negar o poder de suas palavras.
“É verdadeiro”, foi a conclusão a que ela chegou.
“Não há como não ser.”41
Pouco depois, Jeanne quis ser batizada, mas tinha
receios quanto à reação de sua família. Eles se opunham
ferrenhamente à Igreja, e ela sabia que nunca apoiariam
sua escolha. Por um tempo, ela se sentiu dividida entre a
fé e a família, adiando o compromisso com o batismo. Por
fim, ela se lembrou do que Pedro e os outros apóstolos do
Novo Testamento haviam falado no dia de Pentecostes:
“Mais importa obedecer a Deus do que aos homens”.
Suas palavras ressoaram na mente dela, e ela soube
o que tinha que fazer. Em um belo dia de maio de 1951,
ela entrou em uma fonte de águas termais nas monta-
nhas de Cévennes, onde foi batizada por Léon Fargier.
Ela queria que seus pais estivessem ao seu lado, mas a
hostilidade deles ao evangelho restaurado era muito forte,
de modo que ela decidiu manter o batismo em segredo.42

591
Com Coragem, Nobreza e Independência

Porém, a família logo descobriu e decidiu cortar


relações com ela. A rejeição deles foi um duro golpe para
Jeanne. Ela tinha apenas 25 anos de idade e se perguntava
se não seria melhor se mudar para os Estados Unidos e se
juntar aos santos de lá.43 Porém, o casal Fargier implorou
que ela ficasse. Havia apenas 900 santos em toda a França,
Bélgica e Suíça francesa, e eles precisavam da ajuda dela
para edificar a Igreja em Valence.44

A mais de 1.300 quilômetros de distância, em Brno,


Tchecoslováquia, Terezie Vojkůvková abriu uma caixa
deixada por sua amiga Martha Toronto, que tinha che-
gado em segurança aos Estados Unidos. Dentro dela,
Terezie encontrou roupas para sua família, o que a dei-
xou imensamente grata. Sua família estava passando
por muitas dificuldades desde que seu marido, Otakar
Vojkůvka, havia perdido seu negócio de encadernação
dois anos antes. Autoridades comunistas tinham tomado
a empresa e prenderam Otakar, que era um empresário
de sucesso e presidente do Ramo Brno. Depois de passar
seis meses em um campo de trabalho forçado, ele agora
ganhava um salário miserável como operário de fábrica.
Terezie escreveu a Martha agradecendo pelo pacote.
“O aluguel é caro, assim como a manutenção de nosso
lar”, contou ela à amiga. “Doenças também reduziram
nossa renda e, portanto, pouco sobrou para vestir a
família.”45

592
Não há como falhar

Na mesma carta, Terezie mencionou as novas res-


trições que ela e outros santos da Tchecoslováquia esta-
vam enfrentando sob o governo comunista. Algumas
semanas após Martha ter fugido do país, seu marido,
Wallace, foi forçado a fazer o mesmo. Logo depois disso,
o governo comunista ordenou ao presidente interino
da missão, um santo tchecoslovaco chamado Rudolf
Kubiska, que dissolvesse a missão. Também foi orde-
nado aos santos de todo o país que parassem de realizar
reuniões públicas.
Sem saber como reagir diante das ações do governo,
alguns santos se perguntavam se deveriam permitir que
o governo nomeasse líderes da Igreja para que pudes-
sem continuar realizando reuniões, como estava acon-
tecendo em outras denominações. A presidência da
missão, no entanto, sentiu que tal solução estava fora
de questão.
Terezie sentia falta das reuniões semanais da Igreja.
“Os domingos são enfadonhos e sem espírito quando
não podemos compartilhar nossos sentimentos e teste-
munhos uns com os outros”, escreveu ela para Martha.
Mesmo assim, ela não se sentia abandonada. Como
membro do Partido Comunista, o presidente Kubiska
tinha conexões políticas, o que protegia os santos
tchecoslovacos do extremo assédio e perseguição que
alguns outros grupos religiosos sofriam. Seguindo algu-
mas instruções recebidas do presidente Toronto, ele e
seus conselheiros também tinham elaborado sem alarde

593
Com Coragem, Nobreza e Independência

um plano simples para que as reuniões continuassem


acontecendo.46
Eles instruíram os santos a respeito de como adorar
em casa. Cada indivíduo e família devia orar, estudar as
escrituras, separar o dízimo e as ofertas, e aprender o
evangelho com qualquer material da Igreja que tivesse
disponível, incluindo as edições recentes da revista
Improvement Era que a família Toronto tinha cuidado-
samente editado a fim de remover qualquer crítica ao
comunismo. Uma vez por mês, pequenos grupos de
santos podiam se reunir na casa de alguém para tomar
o sacramento. Quando possível, os quóruns do sacer-
dócio deveriam se reunir em particular, e os líderes dos
ramos e da missão tentariam visitar os santos.
Por precaução, a presidência da missão não deixou
essas instruções por escrito, mas as divulgou de boca em
boca. A falta das reuniões públicas ajudou muitos san-
tos tchecoslovacos a perceber o quão preciosa era sua
participação na Igreja. Eles cresceram espiritualmente
e, apesar do risco, alguns continuaram a compartilhar o
evangelho com seus amigos. Algumas pessoas até foram
batizadas, mesmo em meio à opressão.47
Com a ajuda de santos nos Estados Unidos, Terezie
providenciou para que o trabalho do templo fosse feito
em favor de seus pais. Seu desejo era que ela própria e
sua família pudessem ir ao templo para serem selados.
“Os membros da Igreja em Sião, ouso dizer, não apre-
ciam o grande privilégio que têm de viver tão perto do
templo do Senhor”, escreveu ela a Martha.

594
Não há como falhar

“Será que algum dia haverá a tão sonhada paz entre


os homens na face da Terra?”, indagou ela na carta. “Se
tão somente pudéssemos amar uns aos outros — todos
nós — e se tão somente a guerra e o ódio pudessem
cessar!”48

595
C APÍTULO 36

Com atenção e em
espírito de oração

Clemencia Pivaral olhou para o relógio enquanto o


trem em que estava saía da Estação Central da Cidade
da Guatemala. Eram 8 horas da manhã de 10 de outu-
bro de 1951. Ao longe, nuvens cinzas escureciam o céu,
ameaçando chuva. Mas, acima da estação, o céu estava
limpo e ensolarado. Era um belo dia, pensou Clemencia.
Ela e seu filho de 12 anos, Rodrigo, estavam começando
uma jornada de mais de 3 mil quilômetros, com outros
dois santos guatemaltecos. Seu destino era uma grande
conferência de santos que falavam espanhol no Templo
de Mesa Arizona.1
Nos últimos sete anos, centenas de santos do México,
da América Central e do oeste dos Estados Unidos vinham
se reunindo anualmente em Mesa para participar de uma
conferência e realizar o trabalho do templo. A maioria dos

596
Com atenção e em espírito de oração

santos que vinha ao evento havia economizado durante


anos a fim de ter dinheiro suficiente para a viagem. Três
estacas do Arizona os recebiam quando chegavam, com
membros locais fornecendo alojamentos para os visitan-
tes e preparando refeições a fim de que pudessem passar
mais tempo no templo. Para compensar os custos da
conferência, os santos que falavam espanhol cobravam
ingressos para duas apresentações de show de talentos
e para uma peça sobre genealogia intitulada The Time
Is Come, escrita por Ivie Jones, esposa de um presidente
de missão hispano-americano.2
Aquela era a primeira vez que Clemencia partici-
pava da conferência. Ela havia conhecido os missio-
nários no início de 1950, logo após John O’Donnal,
presidente do distrito, ter enviado uma dupla de élderes
para sua cidade natal, Quetzaltenango, a segunda maior
cidade da Guatemala. Clemencia era uma viúva de 29
anos, e os élderes e as sísteres que a ensinaram ficaram
felizes por ela rapidamente ter aceitado as lições sobre
batismos em favor dos mortos, templos e outros princí-
pios do evangelho. Alguns meses depois, ela conseguiu
um trabalho na Cidade da Guatemala, atuando como
professora de alunos cegos, surdos e que usavam comu-
nicação não verbal; por conta disso, ela e seu filho se
mudaram para aquela cidade e começaram a frequentar
a igreja com a família O’Donnal e outros membros do
Ramo da Cidade da Guatemala.3
Um dia, enquanto Clemencia estudava Doutrina e
Convênios na capela do ramo, o presidente da Missão

597
Com Coragem, Nobreza e Independência

Mexicana, Lucian Mecham, perguntou se ela era mem-


bro da Igreja. “Não”, respondeu ela. “Os missionários
ainda não me perguntaram se quero ser batizada.”
O presidente Mecham a entrevistou imediatamente,
perguntando se ela acreditava em tudo o que os mis-
sionários lhe haviam ensinado. Ela respondeu que sim.
“Se você está pronta para ser batizada”, disse ele,
“que tal amanhã?”
“Sim!”, exclamou ela.4
Agora, mais de um ano depois, ela estava a cami-
nho do templo para receber a investidura. A Igreja na
Guatemala ainda era pequena, com menos de 70 mem-
bros. Poucos guatemaltecos haviam recebido as bênçãos
do templo, como Carmen O’Donnal, que havia recebido
a investidura e sido selada no Templo de Salt Lake, um
ano após o batismo.5 Clemencia ficou feliz por estar
iniciando aquela viagem. O calor escaldante do trem a
deixou sonolenta, mas, à medida que ela observava pela
janela as paisagens exuberantes da costa da Guatemala,
nada poderia esmorecer seu espírito.
Ela e os outros santos no trem passaram o tempo
lendo as escrituras e conversando sobre o evangelho.
Clemencia também conheceu uma mulher que estava
ansiosa para falar sobre religião. Depois que elas com-
partilharam suas crenças uma com a outra, Clemencia
lhe entregou um exemplar de La verdad restaurada [A
verdade restaurada], um panfleto missionário escrito pelo
apóstolo John A. Widtsoe. Ela a convidou para ir à igreja
na próxima vez que estivesse na Cidade da Guatemala.6

598
Com atenção e em espírito de oração

Depois de chegar à Cidade do México, no cami-


nho para a conferência, Clemencia e os outros santos
guatemaltecos se juntaram a um grupo de membros
mexicanos da Igreja. Eles viajaram para o norte por três
dias em uma van, cantando ao longo do caminho, até
que chegaram em Mesa em 20 de outubro. Lá, os san-
tos guatemaltecos se encontraram com John e Carmen
O’Donnal, que haviam viajado de férias para os Estados
Unidos no início do mês.7
Os primeiros dias da conferência foram repletos
de reuniões e de preparação para o templo. O traba-
lho com as ordenanças começou em 23 de outubro,
o terceiro dia da conferência. Uma enorme multidão
compareceu para a primeira sessão de investidura
do dia, e a ordenança levou seis horas para ser con-
cluída. Clemencia recebeu a investidura própria e, no
dia seguinte, recebeu a mesma ordenança em favor de
sua avó materna, que havia morrido quando Clemencia
era uma garotinha. Posteriormente naquele mesmo dia,
Clemencia e Ralph Brown, o missionário que a havia
batizado, atuaram como procuradores no selamento
dos avós dela.8
Após a conferência, Clemencia e seu filho viaja-
ram para Salt Lake City com a família O’Donnal. Eles
visitaram a Praça do Templo, e Clemencia participou
de mais sessões de investidura com a família O’Donnal.
John também se reuniu com líderes da Igreja para tratar
da construção de uma capela e uma casa da missão na
Cidade da Guatemala.9

599
Com Coragem, Nobreza e Independência

O trabalho do Senhor estava se expandindo na


América Central, e logo a Guatemala e os países vizinhos
teriam uma missão própria.

Em 15 de janeiro de 1952, John Widtsoe apresentou


um relatório à Primeira Presidência sobre a emigração
de santos dos últimos dias europeus. Milhares de santos
haviam fugido de sua pátria desde o fim da guerra, e a
presidência havia pedido a John que monitorasse a movi-
mentação e o bem-estar dos emigrantes. Alguns daqueles
santos haviam se mudado para a América do Sul, África
ou Austrália, mas a maioria se estabelecera nos Estados
Unidos ou no Canadá, muitas vezes com o incentivo e a
ajuda de missionários e outros santos.
Embora fosse uma boa notícia que os emigrantes
membros da Igreja tivessem encontrado novos lares,
John e outros líderes estavam preocupados com os
efeitos que a falta daqueles santos teria sobre os ramos
em dificuldades da Europa. Para que a Igreja crescesse
naquele continente, era preciso que os santos permane-
cessem em seu próprio país. Mas o que poderia persua-
di-los a permanecer — especialmente quando estavam
cercados por tantos desafios?
Dezoito meses antes, John havia levantado essa
questão em uma conferência com os líderes de missões
europeias em Copenhague, Dinamarca. Durante a reu-
nião, vários presidentes de missão declararam que os
santos europeus estavam emigrando porque estavam

600
Com atenção e em espírito de oração

aterrorizados com a possibilidade de eclosão de outra


guerra e ansiavam pela estabilidade e pelo apoio que
poderiam encontrar na Igreja na América do Norte.
“Perdemos 28 membros somente durante os ata-
ques aéreos a Hamburgo, e o povo se lembra disso”,
explicou um presidente de missão a John. “Não sei como
podemos impedir que as pessoas desejem ir para a
América.”
“É impossível”, alegou outro presidente de mis-
são. “Essas pessoas atravessariam o oceano a nado se
pudessem.”
John ficou surpreso que houvesse santos deixando
até mesmo a Dinamarca, que havia experimentado
menos dificuldades do que muitos outros países euro-
peus durante a guerra. Ele perguntou aos presidentes
o que poderia ser feito.
“Acho que, se tivéssemos um templo na Europa”,
sugeriu um presidente de missão, “poderíamos minimi-
zar a imigração”.
Aquela ideia era inspirada. Com o aval de John, os
presidentes de missão recomendaram que a Primeira
Presidência aprovasse os planos para um templo na
Europa. “Uma coisa é certa”, disse-lhes John. “Não pode-
mos converter o mundo inteiro e trazê-los para a Amé-
rica.” Porém, a Igreja poderia levar templos ao mundo.10
Na época em que John apresentou seu relatório
sobre a emigração, a Primeira Presidência não havia
feito nenhum anúncio sobre a construção de um tem-
plo na Europa. No entanto, já havia autorizado John a

601
Com Coragem, Nobreza e Independência

supervisionar um comitê para a tradução da investidura


do templo para vários idiomas europeus. Como a orde-
nança estava disponível apenas em inglês e espanhol,
os santos que falavam outros idiomas participaram sem
compreender plenamente as palavras da cerimônia.
O comitê havia recrutado vários santos europeus,
incluindo o holandês Pieter Vlam, para fazer as tradu-
ções, que seriam utilizadas em sessões especiais nos
templos existentes. Mas, se a Igreja construísse um tem-
plo na Europa, seria possível oferecer as ordenanças em
vários idiomas aos santos de muitas nações.11
Alguns meses após receber o relatório de John, o
presidente McKay falou ao Quórum dos Doze Apóstolos
sobre a emigração. Depois de reconhecer a necessidade
de fortalecer os ramos europeus, o profeta mencionou
que o presidente da Missão Britânica o havia instado
recentemente a construir um templo na Grã-Bretanha.
“Os irmãos da Primeira Presidência consideraram
esse assunto com atenção e em espírito de oração”, disse
o presidente McKay aos Doze, “e chegamos à conclusão
de que, se construirmos um templo na Grã-Bretanha,
também devemos construir um templo na Suíça”. Durante
as duas guerras mundiais, a Suíça havia permanecido
neutra, o que lhe conferia estabilidade política. Além
disso, o país também ficava na região central da Europa
Ocidental.
Depois que o presidente McKay terminou de falar,
John disse: “O povo da Grã-Bretanha e das missões de
língua estrangeira está sonhando com o dia em que um

602
Com atenção e em espírito de oração

templo será erguido na Europa”. Ele expressou total


apoio ao plano da Primeira Presidência, e todos na
sala concordaram que a Igreja deveria prosseguir com
a construção dos templos.12

Enquanto isso, do outro lado do Atlântico, a cidade


de Berlim estava no epicentro da Guerra Fria. Em 1949,
a Alemanha havia se dividido em duas nações. A região
oriental, ocupada pelos soviéticos, havia se tornado
um novo estado comunista, a República Democrática
Alemã (RDA) ou Alemanha Oriental. O restante do país
havia se tornado a República Federal da Alemanha, ou
Alemanha Ocidental. Embora Berlim ficasse na RDA,
quando o país se separou, o lado oeste da cidade estava
sob o controle da França, da Grã-Bretanha e dos Estados
Unidos. Agora a cidade também estava dividida entre os
poderes comunista (no leste) e democrático (no oeste).13
Transitar entre Berlim Leste e Oeste normalmente
não apresentava problemas. Mas, naquela primavera, os
funcionários da fronteira abordaram Henry Burkhardt,
de 21 anos, que estava a caminho da sede da Missão da
Alemanha Oriental, que ficava na Zona Aliada. Henry
era missionário da RDA e servia como presidente de
distrito em Turíngia, um estado a sudoeste de Berlim.
Ele havia entrado em Berlim Ocidental muitas vezes
antes, mas daquela vez os funcionários descobriram
que ele trazia consigo os relatórios anuais de seu dis-
trito, incluindo listas de dízimos. Eles ficaram alarmados

603
Com Coragem, Nobreza e Independência

quando viram os registros financeiros. A economia da


Alemanha Oriental era lenta, e os líderes do país haviam
proibido seus cidadãos de enviar ou levar dinheiro para
a Alemanha Ocidental.
Como líder da missão na RDA, Henry sabia que
tinha que seguir cuidadosamente as novas restrições,
por isso sempre depositava o dízimo em um banco da
Alemanha Oriental. Mas seu esforço a fim de levar os
relatórios para fora do país foi suficiente para levantar as
suspeitas dos oficiais, que o detiveram imediatamente.
Henry permaneceu sob custódia por três dias antes
que os oficiais determinassem que ele não tinha feito nada
de errado. Eles o liberaram, mas não antes de proibi-lo
de entregar os relatórios ao escritório da missão.14
Cerca de um mês depois, Henry retornou a Berlim
Ocidental para participar de uma conferência da Igreja.
Embora os cidadãos da Alemanha Oriental fossem
tecnicamente livres para adorar como quisessem, o
governo estava atento às influências externas sobre seu
povo, incluindo as religiões estrangeiras. Como a RDA
havia expulsado de suas fronteiras líderes religiosos não
alemães, os missionários norte-americanos da Missão
da Alemanha Oriental estavam confinados a Berlim
Ocidental. Todo o trabalho missionário no país recaiu
sobre alemães orientais, como Henry.
Após o término da conferência, o presidente da
missão, Arthur Glaus, pediu a Henry que fosse o regis-
trador oficial da Igreja na RDA e que servisse de elo
entre a sede da missão e os ramos da Alemanha Oriental.

604
Com atenção e em espírito de oração

Henry entendeu que seria desobrigado como presidente


de distrito na Turíngia logo após a conferência para que
pudesse se dedicar àquelas novas obrigações. Mas ele
também soube pelo escritório da missão que poderia
ser chamado como presidente de distrito em Berlim
ou talvez como conselheiro na presidência da missão.
“Bem”, pensou ele, “o que quer que aconteça, é a
vontade do Senhor”.15
Dois meses depois, Henry ainda estava servindo
como presidente de distrito na Turíngia, quando o pre-
sidente David O. McKay veio à Europa em sua primeira
viagem internacional desde que se tornara presidente
da Igreja. O profeta e sua esposa, Emma Ray McKay,
iriam passar seis semanas viajando pela Grã-Bretanha,
Holanda, Dinamarca, Suécia, Noruega, Finlândia, Suíça,
França e Alemanha. Embora tivesse sido aconselhado
por um ex-presidente de missão a não vir a Berlim, pois
seria perigoso viajar pela RDA, ele fora até lá mesmo
assim. A cidade era um lugar onde os santos de ambos
os lados da Alemanha dividida podiam se reunir.16
O presidente McKay chegou a Berlim em 27 de junho
de 1952 e, durante sua visita, ele e o presidente Glaus pedi-
ram para se encontrar com Henry. O presidente McKay
iniciou a entrevista querendo saber como ele estava. Em
seguida, o profeta perguntou: “Você está disposto a servir
como conselheiro na presidência da missão?”17
Embora Henry estivesse esperando novas respon-
sabilidades, o pedido o atingiu como um raio. Ele seria
o único alemão oriental a servir como conselheiro na

605
Com Coragem, Nobreza e Independência

presidência da missão, não apenas um elo de ligação


entre o presidente da missão e os santos da RDA.
Com a recusa do governo em reconhecer a legitimi-
dade dos líderes religiosos estrangeiros, ele seria, na
prática, a autoridade presidente da Igreja sobre mais
de 60 ramos no país. Se as autoridades da Alemanha
Oriental tivessem algum problema com a Igreja, iriam
procurá-lo.
Henry ficou ansioso por causa do chamado. Ele
era membro da Igreja desde que nascera, mas ainda era
jovem e inexperiente. Ele também era tímido ao lidar
com outras pessoas. Apesar disso, ele não expressou
sua preocupação. O profeta do Senhor tinha acabado
de fazer o chamado, então ele aceitou.
Menos de duas semanas depois, Henry se mudou
para a cidade de Leipzig a fim de abrir um pequeno
escritório da missão. O trabalho o manteve ocupado, e
ele se esforçou para construir relações com o governo
local e os líderes do sacerdócio. Mas as novas responsa-
bilidades eram uma fonte de tensão, e ele logo começou
a perder o sono.
“Por que fui chamado para fazer este trabalho?”,
perguntou ele a si mesmo.18

Depois de passar uma semana com os santos e missio-


nários na Alemanha, o presidente e a irmã McKay viaja-
ram pela segunda vez à Suíça durante sua viagem. Sem

606
Com atenção e em espírito de oração

que a maioria dos santos soubesse, o profeta tinha vindo


à Europa a fim de selecionar locais para os templos bri-
tânico e suíço. Na Inglaterra, ele havia selecionado um
local em Newchapel, Surrey, logo ao sul de Londres. Ele
então fora a Berna, a capital da Suíça, onde escolhera
um local para um templo. No entanto, depois de visitar
a Holanda, ele ficou sabendo que o local escolhido para
o templo suíço havia sido comprado por outra pessoa.
Agora, eles tinham que recomeçar a busca.19
Em 3 de julho, Samuel e Lenora Bringhurst, os líde-
res da Missão Suíça-Austríaca, encontraram-se com o
casal McKay no aeroporto de Zurique. De lá, foram de
carro até Berna, onde visitaram várias propriedades à
venda. Eles pararam em uma estação de trem na peri-
feria da cidade, em uma vila chamada Zollikofen. O
presidente McKay olhou para a esquerda e apontou para
a crista de uma colina, perto de uma floresta. “Será que
aquela propriedade poderia ser comprada?”, perguntou
ele. Samuel respondeu que ela não estava à venda.20
Na manhã seguinte, o presidente McKay continuou
a busca. Ele encontrou um grande terreno não muito
longe da sede do Ramo Berna. Era um bom local para
um templo, de modo que ele autorizou Samuel a com-
prar a propriedade na mesma hora. Tendo concluído
o trabalho, o profeta deixou Berna no dia seguinte,
começando a última etapa de sua viagem. Ele discursou
para grandes multidões em Basileia e em Paris, antes de
voltar para Salt Lake City no final de julho.21

607
Com Coragem, Nobreza e Independência

Logo após o retorno do presidente McKay, a Primeira


Presidência anunciou os planos para a construção de um
templo na Suíça. Os santos franceses e suíços ficaram
em êxtase. “É uma prova tangível e convincente”, dizia
um artigo na L’Étoile, a revista da Igreja em francês, “de
que a Igreja deseja permanecer na Europa e desenvolver
continuamente os ramos das missões europeias”.22
Porém, houve problemas em Berna. Samuel não
conseguiu finalizar a compra do local do templo. O
imóvel fazia parte de um patrimônio controlado por 30
herdeiros, alguns dos quais se opunham à venda. Em
meados de novembro, Samuel escreveu ao presidente
McKay para dizer que a propriedade não estava mais
disponível.
O profeta telefonou para Samuel no dia seguinte.
“Presidente Bringhurst”, disse ele, “há uma força sinistra
se opondo a nós?”
Samuel não sabia o que dizer. “Eles simplesmente
nos disseram que mudaram de ideia”, respondeu ele.
Samuel descreveu duas outras propriedades. Uma
delas era a propriedade próxima a Zollikofen que o pre-
sidente McKay havia apontado durante a visita. Samuel
disse que era um local ideal, longe do barulho e do trân-
sito, ainda que a apenas quatro minutos a pé da estação
de trem. E tinha sido colocada recentemente à venda.
Durante a conversa, Samuel não mencionou as
impressões espirituais que tivera. Ele e Lenora tinham
orado a respeito de qual das duas propriedades deveriam
recomendar ao presidente McKay. No início daquela

608
Com atenção e em espírito de oração

semana, eles haviam visitado a propriedade perto de


Zollikofen mais uma vez. Ao caminharem pelo terreno,
tiveram a sensação pacífica de que o Senhor queria um
templo naquele local.
“Com certeza, este é o lugar”, disse Samuel a Lenora.
“Sinto a mesma coisa”, concordou ela.23
Após falar com Samuel, o presidente McKay con-
sultou seus conselheiros, que recomendaram a compra
da propriedade. Ele então telefonou para Samuel e auto-
rizou a compra.
Uma semana depois, após a conclusão da tran-
sação, o presidente McKay escreveu ao presidente da
missão, agradecendo por seus esforços.
“Após cinco meses de negociação para a com-
pra do antigo local, todos os esforços falharam, mas,
quando esta propriedade foi posta à venda, o negócio
foi fechado dentro de uma semana!”, disse o profeta
maravilhado. “Certamente, esse negócio teve direta-
mente a mão do Senhor.”24

Mais ou menos na mesma época, John Widtsoe publi-


cou In a Sunlit Land, um livro de recordações que abran-
gia desde seu nascimento na Noruega até seu recente
serviço no Quórum dos Doze Apóstolos. Ele havia escrito
o livro para sua família, mas, a pedido de seus amigos,
havia concordado relutantemente em publicá-lo para
um público mais amplo. Ele dedicou o livro à sua pos-
teridade e à “corajosa juventude” da Igreja.25

609
Com Coragem, Nobreza e Independência

John, então com 80 anos de idade, começava a


sentir o peso da idade. Alguns anos antes, uma pequena
hemorragia ocular havia danificado sua visão, forçando-o
a ler com uma lupa. Ele continuou a manter uma agenda
ocupada até que começou a ter fortes dores lombares.
Ele passou a se consultar regularmente com o médico,
que o diagnosticou com câncer.
Por causa de sua idade, os médicos não queriam
operá-lo. John sabia que estava morrendo, mas não parou
de trabalhar. Ele começou a depender cada vez mais de
sua esposa, Leah. “Desfrutei de uma vida rica”, disse ele a
G. Homer Durham, o marido de sua filha Eudora, “e estou
disposto a viver e servir enquanto o Senhor permitir”.26
John já tinha dez anos a mais que sua mãe, Anna,
quando ela falecera. Se ele havia conseguido alguma
distinção em sua longa vida, foi por causa das escolhas
que sua mãe fizera de entrar para a Igreja na Noruega,
de incentivá-lo a obter educação e de alimentar a fé
dele. Anna também não havia diminuído muito seu
ritmo. Nos anos que antecederam sua morte, ela fre-
quentemente aconselhava outros imigrantes que se
estabeleciam em Sião.
John ainda se lembrava de um converso
recém-chegado que procurara Anna para reclamar
amargamente sobre a Igreja e os santos em Utah. “Viemos
aqui para construir Sião”, replicou Anna prontamente,
“não para a destruir”. O converso guardara as palavras de
Anna no coração, e elas mudaram o curso da vida dele.

610
Com atenção e em espírito de oração

O próprio John passara grande parte da vida cons-


truindo a Igreja, com Leah a seu lado. Seus esforços para
fortalecer a Igreja na Europa e treinar os líderes haviam
ajudado os santos europeus a atravessar a Segunda
Guerra Mundial e a enfrentar o tumultuoso pós-guerra.
Agora, a fé e a diligência daqueles santos seriam recom-
pensadas com a construção de dois templos.27
Os novos templos iriam servir como âncora para
a Igreja na Europa e fazer avançar outra obra que John
amava: a genealogia. Após a guerra, a Igreja havia
iniciado um ambicioso programa que consistia em
fotografar registros de nascimento e óbito guardados
em arquivos e paróquias europeias, disponibilizando
milhões de novos nomes para o trabalho do templo.28
Desde que retornaram da missão, John e Leah
também tinham edificado a Igreja por meio da escrita.
Juntos, eles publicaram The Word of Wisdom: A
Modern Interpretation [A Palavra de Sabedoria: Uma
Interpretação Moderna], em que falavam sobre sua fé
naquela revelação e sobre a compreensão científica
que possuíam a respeito da nutrição, a fim de pro-
mover a melhora da saúde entre os leitores. A partir
de 1935, John se tornou editor da Improvement Era e
escreveu uma coluna regular chamada “Evidências e
reconciliações”, em que respondia a perguntas sobre
o evangelho enviadas pelos leitores. Ele acabou reu-
nindo as colunas e publicando-as em vários livros
populares.29

611
Com Coragem, Nobreza e Independência

A saúde de John piorou à medida que o ano avan-


çava. Leah suportou a doença dele com dignidade, embora
fosse difícil para ela acreditar que o marido com quem
estivera casada há mais de 50 anos logo iria embora. Ela
e John eram companheiros amáveis e melhores amigos.
Ao ver a saúde dele desvanecer, ela encontrou força no
testemunho do evangelho restaurado, assim como acon-
tecera quando seu filho Marsel morrera.
“Não sei o que fazem as pessoas que não têm a com-
preensão que temos da vida futura, com a continuação das
relações e alegrias familiares”, escreveu ela a uma amiga.
Em 19 de novembro, John teve a oportunidade de
segurar nos braços seu primeiro bisneto, Kari Widtsoe
Koplin, que havia nascido há poucos dias. Na ocasião,
ele já estava confinado à cama, mas sentiu gratidão por
ver uma nova geração da família Widtsoe entrar no
mundo. Poucos dias depois, o médico informou que
os rins dele estavam falhando.
“Então é assim que vai ser”, disse John. Lá fora
estava um lindo dia de outono, iluminado e ensolarado.
Ele faleceu em casa, em 29 de novembro de 1952,
com o médico e os familiares a seu lado. No funeral, o
presidente McKay comentou: “O homem que faz a maior
contribuição à humanidade é aquele que ama e segue a
verdade a todo custo”. Ele então citou as últimas palavras
de John no livro In a Sunlit Land: “Espero que se diga
sobre mim que tentei viver sem egoísmo, servir a Deus,
ajudar meus semelhantes e usar meu tempo e meus
talentos com afinco para o progresso do bem humano”.

612
Com atenção e em espírito de oração

Mais tarde, enquanto Leah ia até o cemitério para


o enterro de John, ela viu flocos de neve pela janela. A
visão a deixou animada. “John nasceu durante uma severa
tempestade”, pensou ela, “e agora o enterro de seu corpo
recebe a bênção de uma bela manta branca de neve”.30

613
C APÍTULO 37

Com real intenção

Em março de 1953, Inge Lehmann, de 21 anos de idade,


atravessou a porta de sua casa e se deparou com o clima
frio de Bernburg, RDA. Ela sabia que seus pais não apro-
vavam o que ela iria fazer. Como se já não bastasse se
filiar a uma nova igreja, ela ainda iria entrar nas águas
congelantes do rio Saale? Inge ainda estava se recupe-
rando de um surto de tuberculose, e os pais dela temiam
por sua saúde.
Porém, não conseguiram dissuadi-la. Há anos ela
vinha se reunindo com os santos dos últimos dias do
Ramo Bernburg. Enfim, chegara a hora de ser batizada.
Já estava anoitecendo quando Inge se encontrou
com o pequeno grupo que preparava a reunião batis-
mal. Ela reconheceu um deles — Henry Burkhardt, um
missionário que havia servido no Ramo Bernburg alguns

614
Com real intenção

anos antes. Quase todos que o conheciam ficavam


impressionados, mas Inge ainda não o havia conhecido.1
Desde que recebera um novo chamado na presi-
dência da missão, Henry havia se tornado uma pessoa
suspeita para a Stasi, a polícia secreta da RDA. Embora
o governo da Alemanha Oriental tivesse reconhecido
oficialmente a Igreja, as autoridades insistiam que Henry
parasse de usar o nome “Missão Alemanha Oriental”
e cessasse todas as atividades de proselitismo. Henry
acatou as exigências, mas, como viajava frequentemente
entre a Alemanha Oriental e Ocidental para se comuni-
car com os líderes da Igreja, o governo ainda o vigiava
de perto. A Stasi já suspeitava que ele fosse um espião
e o havia rotulado de “inimigo do estado”.2
Uma das amigas de Inge, uma moça chamada
Erika Just, também seria batizada naquela noite. Inge e
Erika eram vizinhas. Nos difíceis anos após a Segunda
Guerra Mundial, várias pessoas na vizinhança delas
haviam demonstrado interesse pela Igreja. Entretanto,
à medida que o tempo passava e as pessoas não preci-
savam mais dos alimentos e suprimentos que a Igreja
fornecia, muitas delas deixaram de comparecer. Inge e
Erika estavam entre um pequeno grupo de jovens que
permaneceram e fortaleceram os laços de amizade por
meio das atividades da AMM durante a semana e das
reuniões sacramentais nas noites de domingo.
O sol já se havia posto quando o grupo chegou às
margens do Saale. A luz estava encoberta por nuvens, e era
possível ver pedaços de gelo flutuando sobre a superfície

615
Com Coragem, Nobreza e Independência

escura do rio. Um missionário alemão, Wolfgang Süss,


entrou na água. Quando a primeira das cinco pessoas
que seriam batizadas entrou na água, a lua emergiu de
trás das nuvens. Seu reflexo cintilava sobre a superfície
do rio como se fosse um sinal da aprovação de Deus.
Na margem do rio, algumas pessoas esperavam, prontas
para cobrir os novos membros com um cobertor quando
saíssem da água.3
Não demorou para que Inge entrasse no rio. Quando
o élder Süss a emergiu da água, ela era uma nova pessoa.
Após os batismos, o pequeno grupo retornou à
sede do ramo, uma loja de chapéus que havia sido
remodelada para a realização de reuniões sacramentais
e aulas da Escola Dominical. Quando chegou a vez de
Inge ser confirmada como membro da Igreja e receber o
Espírito Santo, Henry Burkhardt colocou as mãos sobre
a cabeça dela e pronunciou uma bênção.
Henry não havia notado Inge durante o tempo em
que servira no ramo dela. Mas, alguns dias depois do
batismo, ele fez uma anotação sobre ela em seu diário.
Ele relatou que cinco pessoas haviam feito con-
vênios com o Pai Celestial naquela noite. “Até certo
ponto, conhecia todas elas devido a meu trabalho em
Bernburg”, escreveu ele. “Tenho particular confiança
em Inge Lehmann.”4

Mais tarde naquele ano, no outono de 1953, Nan


Hunter, de 36 anos, começava todos os dias da semana

616
Com real intenção

da mesma maneira. Às 6 horas da manhã, ela já estava na


capela de sua ala em San Diego, Califórnia, dando aulas
do seminário para cerca de 25 adolescentes. Por fora,
Nan era muito comunicativa e segura de si. No entanto,
por dentro ela estava insegura. Ela estava ministrando
um curso sobre o Livro de Mórmon, mas não tinha cer-
teza se o livro era verdadeiro.5
Nan, cujos filhos frequentavam a escola secundária,
ficou emocionada quando o programa do seminário
matutino foi lançado. A Igreja no oeste dos Estados
Unidos estava florescendo desde o fim da guerra.
O conflito havia trazido aos americanos uma nova
perspectiva sobre o valor da família e da fé, e os santos da
Califórnia, muitos dos quais vieram de Utah, queriam que
seus filhos se beneficiassem de todos os programas da
Igreja. Em abril de 1950, dez estacas no sul da Califórnia
haviam solicitado à Junta de Educação da Igreja que os
ajudasse a iniciar um programa de seminário para alunos
do Ensino Médio em sua área. Ray Jones, um professor
do seminário em Logan, Utah, aceitou se mudar para
Los Angeles e dar início ao programa.
Os alunos de Ray em Utah frequentavam o semi-
nário matutino em um prédio próximo à escola. Na
Califórnia, onde havia menos santos vivendo perto uns
dos outros, tal preparativo era impraticável. Depois de
sondar os pais e os líderes da Igreja, Ray descobriu
que o único horário em que o seminário poderia ser
realizado era antes da escola. Os santos locais teriam
que dar a maioria das aulas, pois a Igreja não poderia

617
Com Coragem, Nobreza e Independência

empregar muitos professores de seminário em tempo


integral na Califórnia.
Alguns pais alegaram que aquilo nunca daria certo,
pois seus filhos não acordariam antes do nascer do
sol para assistir a uma aula de religião no edifício da
igreja. Porém, o seminário matutino prosperou no sul da
Califórnia. Após apenas três anos, mais de 1.500 alunos
estavam matriculados em 57 turmas.6
Por mais entusiasmada que Nan estivesse com o pro-
grama do seminário matutino, ela não ficou feliz quando
David Milne, conselheiro do bispado, convidou-a para
ser a professora.
“Não vou dar conta”, respondeu ela. Ela gostava de
frequentar o seminário na juventude, quando vivia no
centro de Utah, mas não tinha treinamento formal nem
diploma universitário.7
David pediu a ela que conversasse com Ray Jones,
que recomendou que ela conversasse com William
Berrett, vice-presidente do Departamento de Educação
da Igreja. William garantiu que ela era dedicada
e qualificada — a pessoa certa que eles estavam
procurando para ensinar sobre o Livro de Mórmon.
“Aquele livro chato?”, respondeu Nan com surpresa.
“Sem chance de eu ensinar sobre esse livro. Nunca con-
segui terminar de lê-lo, pois sempre travo em Isaías.”
William a fitou nos olhos. “Irmã Hunter, quero lhe
fazer uma promessa. Se você ler esse livro com real
intenção e orar a respeito dele, garanto que vai receber
um testemunho.” Ele garantiu que o livro se tornaria

618
Com real intenção

sua escritura favorita para ensinar, e Nan finalmente


concordou em tentar.8
Nan dava as aulas na sala da Sociedade de Socorro,
na qual tinha acesso a um piano e um quadro negro.
Não demorou muito para que os jovens começassem
a trazer seus amigos que não eram membros da Igreja.
Ela adorava o entusiasmo e o testemunho de seus
alunos, mas sentia o peso de não saber ao certo se o
Livro de Mórmon era uma escritura. Como ela poderia
prestar testemunho de verdades que ela mesma não
conhecia?
Todas as noites, ela orava a respeito do livro, assim
como William Berrett havia sugerido, mas não recebia
nenhuma resposta. Então, certa noite, ela chegou à con-
clusão de que não poderia continuar como estava. Ela
precisava saber. Ela pulou para 3 Néfi e, depois de ler,
ajoelhou-se ao lado da cama. “Pai, este livro é mesmo
verdadeiro?”, perguntou ela. “Tu realmente queres que
eu ensine esses jovens?”
Um sentimento glorioso e celestial a envolveu,
como se alguém a estivesse abraçando. “Sim, é verda-
deiro”, sussurrou uma voz mansa e delicada.
Depois dessa experiência, Nan se tornou uma pes-
soa diferente. No início do ano letivo, ela havia feito um
teste sobre o Livro de Mórmon e obtivera apenas 25
por cento de aproveitamento. No final do ano, ela fez
outro teste e obteve 98 por cento. Até então, seis não
membros que haviam participado de sua classe haviam
se filiado à Igreja.9

619
Com Coragem, Nobreza e Independência

Enquanto isso, em Salt Lake City, Gordon B.


Hinckley, de 43 anos de idade, raramente desfrutava
de um momento de descanso. Ele havia passado a maior
parte de sua vida profissional como funcionário da Igreja,
tendo iniciado sua carreira como secretário executivo do
Comitê de Rádio, Publicidade e Literatura Missionária da
Igreja. Durante os últimos dois anos, ele havia servido
como secretário executivo do Comitê Missionário da
Igreja. Agora, ele estava envolvido em quase todos os
esforços da Igreja para divulgar o evangelho, desde o
treinamento missionário até as relações públicas — e ele
tinha dificuldades para não trazer trabalho para casa.10
A esposa de Gordon, Marjorie, estava esperando o
quinto filho, mas, quando Gordon chegava em casa, ele
mal tinha tempo de vê-los antes que o telefone come-
çasse a tocar. Às vezes, a ligação era sobre um missio-
nário com saudades de casa no outro lado do mundo.
Outras vezes, era alguém chateado com as normas da
Igreja sobre os chamados missionários e a convocação
para o serviço militar.11
Apesar de um armistício recente ter interrompido
a guerra entre a Coreia do Norte e a Coreia do Sul, os
Estados Unidos continuavam convocando rapazes em
idade de missão para o serviço militar. A Igreja adap-
tou sua política para tempos de guerra com o objetivo
de que a convocação de alguns jovens para o serviço
militar pudesse ser adiada a fim de que eles conseguis-
sem servir missão. No entanto, a possibilidade não era
uma garantia, o que gerava decepção e mágoas. Ainda

620
Com real intenção

assim, os jovens que eram convocados muitas vezes


tinham oportunidades de compartilhar o evangelho nas
nações onde estavam destacados. Por exemplo, em Seul,
na Coreia do Sul, os soldados santos dos últimos dias
se reuniam regularmente com um pequeno grupo de
santos coreanos, muitos deles refugiados que haviam
aprendido sobre o evangelho restaurado com os mili-
tares americanos após a guerra.12
Em outubro de 1953, o presidente David O. McKay
marcou uma conversa com Gordon para que ele assu-
misse outra responsabilidade. “Como você sabe, vamos
construir um templo na Suíça”, disse ele. “Gostaria que
você encontrasse um meio de apresentar as instru-
ções nas várias línguas da Europa, fazendo uso de um
número mínimo de oficiantes.”13
Os templos na Europa seriam diferentes de quais-
quer outros. Em cada um dos oito templos em fun-
cionamento da Igreja, vários oficiantes de ordenanças
treinados guiavam os frequentadores através de uma
série de salas decoradas com murais representando as
etapas do plano de salvação. Porém, seria difícil encon-
trar oficiantes de ordenanças entre os santos europeus
espalhados por todo o continente; por isso a Primeira
Presidência quis usar tecnologias modernas com o obje-
tivo de reduzir o número de oficiantes de ordenanças
e o espaço necessário para a investidura.14
“Você tem uma vasta experiência na preparação
de filmes e materiais desse tipo”, disse o presidente
McKay a Gordon. “Estou colocando em seus ombros a

621
Com Coragem, Nobreza e Independência

responsabilidade de encontrar uma maneira de fazer isso.”


E Gordon tinha que começar a trabalhar imediatamente.
O templo suíço seria concluído em menos de dois anos.
“Bem, presidente”, disse Gordon, “vamos fazer o
que pudermos”.15

No início do próximo ano, o presidente McKay dei-


xou novamente os Estados Unidos com Emma Ray para
visitar os santos na Europa, África do Sul e América
do Sul. Sua primeira visita às missões internacionais da
Igreja, realizada em 1920 e 1921 com Hugh Cannon, tinha
aberto seus olhos para as necessidades e preocupações
dos santos em todo o mundo. Agora, ao iniciar aquela
nova viagem, ele estava especialmente preocupado com
a Missão Sul-Africana. Embora a Igreja estivesse no país
há mais de cem anos, estava tendo dificuldades com a
falta de liderança devido à restrição que impedia que
as pessoas de ascendência negra africana portassem o
sacerdócio ou recebessem as ordenanças do templo.
As restrições sempre apresentaram desafios, parti-
cularmente na África do Sul, onde os missionários mui-
tas vezes encontravam homens que não tinham certeza
se sua ascendência era uma mistura africana e euro-
peia, o que levantava dúvidas sobre sua elegibilidade
para a ordenação ao sacerdócio. No fim das contas, a
Primeira Presidência solicitou que todos os candida-
tos a portadores do sacerdócio no país confirmassem
sua elegibilidade, provando que seus antepassados

622
Com real intenção

sul-africanos não eram originários da África, mas que


haviam migrado para lá.16
Esse processo era demorado e muitas vezes frus-
trante. Alguns potenciais líderes de ramo ou distrito
vinham de famílias que estavam na África do Sul desde
antes que bons registros genealógicos fossem mantidos.
Outros gastavam verdadeiras fortunas pesquisando suas
linhagens familiares, apenas para ficarem presos em sua
busca. Como resultado, o presidente da missão Leroy
Duncan tinha decidido chamar missionários para lide-
rar congregações em que homens dignos não podiam
provar sua ancestralidade.
“Houve apenas cinco homens ordenados ao
Sacerdócio de Melquisedeque nos últimos cinco anos”,
informou LeRoy à Primeira Presidência. “O trabalho
progredirá mais rapidamente se mais de nossos bons e
fiéis irmãos puderem portar o sacerdócio.”17
O presidente McKay esperava abordar o problema
diretamente quando chegasse à África do Sul. Porém,
ele também estava atento às tensas divisões raciais do
país. A África do Sul era governada pela população
minoritária branca, que recentemente havia começado
a aprovar leis opressivas destinadas a tratar os negros
e as pessoas “de cor” (ou mestiças) como cidadãos de
segunda classe, totalmente separados dos brancos.
Esse sistema de leis, conhecido como apartheid,
havia colocado a estrita segregação racial no centro
da sociedade sul-africana. À medida que o presidente
McKay ponderou sobre o problema, ele teve que levar em

623
Com Coragem, Nobreza e Independência

consideração a prática da Igreja de operar dentro das leis


existentes de uma nação. Ele também chegou à conclusão
de que mesmo uma mudança inspirada nas restrições do
templo e do sacerdócio poderia atrair a ira dos brancos
membros da Igreja e de outras pessoas fora da fé.18
O casal McKay chegou à África do Sul em janeiro de
1954 e passou os próximos dias reunido com santos em
todo o país. O presidente McKay reservou tempo para
visitar o maior número possível de pessoas, especial-
mente aquelas que pareciam tímidas ou que se encon-
travam à margem da multidão.19 Na Cidade do Cabo,
ele apertou a mão de Clara Daniels e sua filha, Alice,
que estavam entre os primeiros membros do Ramo Love
em anos anteriores. William Daniels, o marido de Clara,
havia falecido em 1936, enquanto servia como presi-
dente do ramo. Desde essa época, Clara e Alice tinham
permanecido fieis, como alguns dos poucos santos de
raça mista da África do Sul.20
Durante as viagens, o presidente McKay orou since-
ramente para saber como abordar a restrição ao sacer-
dócio no país. Ele observou os santos cuidadosamente
e ponderou sobre as dificuldades que eles enfrentavam.
Ele chegou à conclusão de que, se a Igreja continuasse a
exigir que os candidatos a portadores do sacerdócio na
África do Sul traçassem sua ancestralidade para fora do
continente, então os ramos talvez não tivessem líderes
locais suficientes para continuar o trabalho da Igreja.21
No domingo, 17 de janeiro, ele falou sobre o
sacerdócio e as restrições do templo em uma reunião

624
Com real intenção

missionária na Cidade do Cabo. Embora não tenha feito


nenhuma declaração definitiva sobre a origem da prá-
tica, ele reconheceu que vários negros haviam exercido
o sacerdócio durante a presidência de Joseph Smith e a
de Brigham Young. Ele também falou das dificuldades
que tivera ao defender as restrições durante sua turnê
mundial em 1921, inclusive relatando a ocasião em que
rogou ao presidente Grant a favor de um santo negro
no Havaí, que desejava receber o sacerdócio.
“Sentei-me para conversar com aquele irmão”, disse
o presidente McKay aos missionários, “e lhe garanti que
um dia ele receberia todas as bênçãos a que tem direito,
pois o Senhor é justo e não faz acepção de pessoas”.
O presidente McKay não sabia quando chegaria
esse dia, mas afirmou que a restrição permaneceria até
que o Senhor revelasse o contrário. No entanto, ele sentia
que algo precisava mudar.
“Há homens dignos na Missão Sul-Africana que
estão sendo privados do sacerdócio simplesmente por-
que não conseguem rastrear sua genealogia para fora
deste país”, declarou ele. “Sinto que uma injustiça está
sendo cometida contra eles.” A partir daquele momento,
declarou ele, os santos que tivessem dúvidas quanto à
sua ascendência não teriam mais que provar sua linha-
gem para receber o sacerdócio.22
Antes de deixar a África do Sul, o presidente McKay
reiterou que chegaria o dia em que as pessoas de ascen-
dência negra africana receberiam todas as bênçãos do
sacerdócio. Pessoas negras de outros países já estavam

625
Com Coragem, Nobreza e Independência

demonstrando maior interesse pelo evangelho restau-


rado. Alguns anos antes, vários residentes da Nigéria, uma
nação da África Ocidental, haviam escrito para a sede
da Igreja pedindo informações. Logo, seriam recebidos
outros pedidos semelhantes.23
Ao mesmo tempo, muitos negros em todo o mundo
estavam buscando a igualdade, muitas vezes desafiando
a legalidade da segregação. À medida que tais movimen-
tos se multiplicavam na sociedade, mais e mais pessoas
faziam perguntas sinceras aos líderes da Igreja sobre as
restrições.24

Mais tarde naquele ano, na República Democrática


Alemã, um pequeno navio subia lentamente o rio Elba,
soltando um filete branco de vapor pela única chaminé
da embarcação. A lateral do navio trazia escrita apenas
uma palavra: Einheit. União.
A bordo do navio, Henry Burkhardt saudou os
santos de toda a RDA que se haviam reunido para uma
conferência das Associações de Melhoramento Mútuo.
Embora Henry tivesse aproximadamente a mesma idade
que muitos dos jovens adultos da congregação, como
líder da Igreja na RDA, ele estava supervisionando o
evento em vez de simplesmente desfrutá-lo.25
O passeio de barco era apenas uma das muitas
atividades planejadas para os cerca de 500 jovens adul-
tos na conferência. Desde a década de 1930, missões
em todo o mundo realizavam conferências da AMM

626
Com real intenção

para ajudar a fortalecer a fé e fomentar o namoro e o


casamento dentro da Igreja. Ultimamente, no entanto, a
polícia da Alemanha Oriental havia começado a proibir
atividades recreativas realizadas por grupos religiosos,
como jogos de bola ou caminhadas. Tais restrições difi-
cultavam a vida dos membros da Igreja na RDA, de tal
forma que muitos santos de lá haviam fugido para a
Alemanha Ocidental ou para os Estados Unidos. Henry
conhecia muitos jovens que sonhavam emigrar, mas
ele esperava que atividades como aquela encorajassem
alguns deles a permanecer, assegurando a presença
contínua da Igreja na nação.26
O navio a vapor continuou deslizando rio acima,
passando por colinas cobertas de árvores e altas colu-
nas de arenito cinza. Entre a multidão, Henry notou
Inge Lehmann, a moça que ele havia confirmado em
Bernburg no ano anterior. Ele tinha visto Inge algumas
vezes desde esse dia, e eles tinham conversado um com
o outro em uma atividade AMM na Páscoa.
Henry muitas vezes não sabia o que dizer e se sen-
tia constrangido ao interagir com moças. Quando ele
era um missionário de 19 anos, esperava-se que ele se
concentrasse em seu trabalho. Agora que ele havia se
estabelecido em suas novas responsabilidades na Igreja,
alguns santos da missão já se perguntavam quando, e
com quem, ele poderia se casar.
Enquanto Henry conversava com Inge, ele sentia
algo bem diferente do constrangimento que costumava
sentir. Ele decidiu que queria vê-la novamente.27

627
Com Coragem, Nobreza e Independência

Durante os meses seguintes, Henry fez o que pôde


para visitar Inge. Ele viajava de carro por toda a mis-
são em um antigo Opel Olympia e, como os carros
eram uma raridade na RDA, os santos dos últimos dias
notavam sempre que ele passava pelo bairro dela. Os
deveres de Henry na missão o mantinham ocupado, de
modo que ele tinha poucas oportunidades de ver Inge.
Mesmo assim, não demorou muito para que o relacio-
namento entre eles florescesse.
Quando chegou o inverno, Henry e Inge decidiram
se casar. Durante o feriado de Natal, os pais de Inge con-
vidaram Henry e os pais dele para irem a sua casa em
Bernburg, onde o noivado seria anunciado. Embora a
família Lehmann não estivesse feliz por sua filha ter deci-
dido entrar para a Igreja, a atitude deles havia começado
a amenizar. Eles tinham até se tornado amigos de Henry.28
No entanto, enquanto Henry e Inge celebravam
o noivado, seu futuro parecia incerto. O serviço de
Henry na Igreja dificultava sua capacidade de ganhar
seu sustento, e ele se perguntava como poderia manter
uma família. Havia também a questão do casamento no
templo — algo que Henry e Inge queriam.
A menos de um ano da conclusão do templo suíço,
o sonho deles não parecia totalmente fora de alcance. No
entanto, não seria tão fácil quanto simplesmente economi-
zar dinheiro para a viagem. As políticas que definiam quem
podia viajar para fora da RDA estavam se tornando mais
rígidas. Henry e Inge sabiam que havia poucas chances
de o governo permitir que eles saíssem do país juntos.29

628
C APÍTULO 38

Mais poder, mais luz

Um dia, em meados de 1954, Jeanne Charrier percor-


reu a estrada que leva ao vilarejo de Privas, França, na
encosta das montanhas. Desde que se batizara três anos
antes, Jeanne viajava frequentemente à casa de Eugenie
Vivier. Viúva, cujos filhos já haviam se mudado há muito
tempo, Madame Vivier estudava sobre a Igreja há quase
uma década sem se comprometer com o batismo, mas
Jeanne não se importava em visitá-la. O tempo que pas-
sava com a viúva era um prazer, não um dever.
Quando Jeanne chegava à casa de Madame Vivier, o
rosto da mulher se abria em um sorriso de boas-vindas.
Ela abria a porta para Jeanne e colocava uma cadeira ao
lado de uma janela aberta.1
Como de costume, Jeanne vinha para apresentar
uma lição. Sua mente erudita e seu amor por ideias a

629
Com Coragem, Nobreza e Independência

levaram a estudar profundamente o evangelho.2 Alguns


meses antes, ela havia escrito um artigo para a L’Étoile
sobre o tema da AMM daquele ano, Doutrina e Convênios
88:86: “Permanecei na liberdade que vos faz livres; não
vos embaraceis no pecado, mas que se conservem limpas
as vossas mãos até que venha o Senhor”.3
“Ao obedecer às leis”, Jeanne escrevera, “ganhamos
mais poder, mais luz”. Ela citou o Novo Testamento e
vários pensadores antigos e modernos para embasar
seu ponto de vista. “Ser livre é abandonar o pecado, a
ignorância e o erro”, continuou ela, “e permanecer na
liberdade do evangelho de Jesus Cristo”.4
Além de servir como presidente da AMM em seu
pequeno ramo em Valence, Jeanne dava aulas na Escola
Dominical e na Sociedade de Socorro. Ela levava a sério
suas responsabilidades como professora. Ela tinha um
testemunho ardente do evangelho restaurado e ansiava
por compartilhá-lo.5
Infelizmente, poucos dos amigos de Jeanne e
nenhum de seus familiares desejaram saber mais sobre
a Igreja. Jeanne ainda vivia com os pais, mas seu relacio-
namento familiar havia piorado desde o batismo. Seus
pais raramente falavam com ela e, quando o faziam,
era para expressar desaprovação ou acusá-la de trair o
legado protestante da família.6
Além disso, a maioria de seus amigos e professores
na universidade desprezava todas as religiões. Se ela
tentava falar sobre Joseph Smith, eles zombaram da ideia
de que qualquer pessoa poderia ter visões.7

630
Mais poder, mais luz

Por outro lado, Jeanne havia encontrado em


Madame Vivier um espírito de amizade. Uma das razões
pelas quais a idosa adiara o batismo por tanto tempo
foi porque sua família se opunha. Mas ela, assim como
Jeanne, gostava de estudar as escrituras. Madame Vivier
também era um exemplo de pessoa que levava uma
vida simples e contente. Além de sua pequena casa,
algumas árvores frutíferas e umas poucas galinhas, ela
não tinha muitas riquezas materiais; porém, toda vez
que Jeanne a visitava, Madame Vivier tirava ovos fres-
cos dos bolsos de seu avental e insistia que Jeanne os
aceitasse.8
Jeanne sabia que, assim como Madame Vivier, ela
talvez tivesse que aprender a se contentar com uma vida
solitária. Havia poucos jovens santos dos últimos dias
na França, e Jeanne havia decidido que não se casaria
fora da Igreja. Ela também não estava disposta a se casar
com um membro da Igreja que ela não amasse, ou que
não a amasse. Mesmo que ficasse solteira, ela decidiu
que o evangelho restaurado valia a pena. As verdades
que ela estava aprendendo — o plano de salvação, a
restauração do sacerdócio e a realidade de um profeta
vivo — enchiam sua alma de alegria.9
Depois de terminar sua lição do evangelho e
convidar Madame Vivier a ler o Livro de Mórmon,
Jeanne encerrou a visita trazendo à tona o batismo —
um assunto recorrente entre ela e a amiga. Daquela
vez, porém, Madame Vivier não se incomodou com o
assunto, mas concordou em ser batizada.

631
Com Coragem, Nobreza e Independência

Uma onda de felicidade encheu o coração de


Jeanne. Após quase dez anos de estudo, aquela mulher
fiel estava pronta para se filiar à Igreja.10

Pouco depois de receber a tarefa de ajudar a modificar


a apresentação da investidura, Gordon B. Hinckley reuniu
uma equipe de profissionais a fim de produzir um filme
para os templos europeus. Mas, na primavera de 1955, o
filme ainda estava longe de ser terminado, e a dedicação
do templo suíço estava a apenas alguns meses.11
Ciente da natureza sagrada da investidura, o pre-
sidente McKay autorizou Gordon a fazer as filmagens
no grande salão de reuniões do Templo de Salt Lake
— o mesmo salão onde, mais de 60 anos antes, Wilford
Woodruff havia dedicado o edifício.12
Embora os oficiantes do templo normalmente rea-
lizassem a cerimônia usando roupas brancas, Gordon
recebeu permissão para filmar a cerimônia com atores
usando figurinos. Um enorme fundo cinza foi pendu-
rado no salão de reuniões, e luzes foram posicionadas
para iluminar o cenário, onde rochas artificiais salpica-
vam o chão em meio a grandes árvores que haviam sido
içadas através das janelas do templo com roldanas. Para
ajudar a retratar a criação do mundo, Gordon recebeu
permissão da Walt Disney Company para inserir um
pequeno clipe do filme Fantasia na produção.13
Todos os envolvidos no filme do templo, desde
os atores e a equipe, até o editor e o próprio Gordon,

632
Mais poder, mais luz

trabalharam nele após o expediente em seu emprego


regular, abrindo mão de noites de sono e fins de semana.
No final de maio de 1955, Gordon e a equipe de produ-
ção tinham feito um corte inicial do filme, mas Gordon
não estava satisfeito com o resultado. O filme não fluía
bem, mas parecia apressado e com cortes abruptos; além
disso, algumas atuações e alguns figurinos precisavam
ser trabalhados.14
Ele procurou Winnifred Bowers, a figurinista que
estava trabalhando no filme, para entender como pode-
ria melhorar a produção. Ela sugeriu maneiras de sua-
vizar as transições e recomendou pequenas mudanças
nos trajes. E ela estava certa de que o diretor, Harold
Hansen, poderia ajudar os atores a melhorar seu desem-
penho depois que ele visse o primeiro corte do filme.
“Mas, apesar de tudo isso, irmão Hinckley”, Winnifred
observou, “acho que você já sabe o que precisa ser feito
para melhorar”.15
Gordon e sua equipe trabalharam por mais algu-
mas semanas para refinar o filme. Em 23 de junho, eles
exibiram o filme às autoridades gerais, e o presidente
McKay ficou satisfeito com o trabalho. “Você fez um
bom trabalho”, disse ele a Gordon e sua equipe. “Acho
que é assim que as coisas devem ser.”16
Mas o trabalho não estava finalizado. Como a Igreja
não tinha o equipamento necessário para dublar filmes
em outros idiomas, Gordon e sua equipe decidiram refa-
zer o filme em alemão, francês, dinamarquês, holandês,
norueguês e sueco. Felizmente, as traduções já haviam

633
Com Coragem, Nobreza e Independência

sido feitas, mas o trabalho de rodar mais seis versões do


filme levaria meses, mesmo para um diretor experiente.17
Gordon não dispunha de muito tempo. O presi-
dente McKay e todos os santos que esperavam receber
as bênçãos do templo na Suíça dependiam dele. Ele não
podia descansar até que todos os filmes fossem finali-
zados e tivessem chegado com segurança à Europa.18

Enquanto isso, na RDA, Helga Meyer tocava hinos


em um pequeno órgão em sua sala de estar, como um
prelúdio para os familiares e amigos que vinham para as
aulas da Escola Dominical. Nove anos haviam se passado
desde que ela havia deixado Berlim para morar com
seu marido, Kurt, na pequena vila de Cammin. Apesar
dos desafios de se viver na RDA, a família Meyer tinha
estabelecido um lar confortável para seus três filhos
pequenos. A porta estava sempre aberta para qualquer
pessoa que os visitasse.19
Muitos dos vizinhos de Helga haviam assistido com
entusiasmo às reuniões da Escola Dominical. Após o hino
de abertura e uma oração, Kurt ensinava uma lição para
os adultos, enquanto Helga cantava hinos e comparti-
lhava histórias da Bíblia com dezenas de crianças ávidas.20
Porém, aquelas grandes reuniões haviam diminuído
recentemente. Quando um pastor luterano ouviu falar
da Escola Dominical da família Meyer, ele proibiu que
seus paroquianos a frequentassem. Agora, apenas um
punhado de santos dos últimos dias que viviam em

634
Mais poder, mais luz

Cammin e nos arredores vinha nas manhãs de domingo


— uma classe muito menor do que a que Helga fre-
quentara quando era menina, na Escola Dominical do
Ramo Tilsit. Ainda assim, Helga sempre podia contar
com Elise Kuhn, uma viúva de uma aldeia próxima que
fazia a longa caminhada até a casa da família Meyer
mesmo com chuva ou neve. A família de Edith Tietz,
uma grande amiga de Helga que havia se unido à Igreja
alguns anos antes, também assistia fielmente.21
Na aula, Helga e Kurt geralmente ensinavam usando
as escrituras, já que tinham poucos outros materiais para
preparação de lições.22 Para as regiões de língua inglesa
do mundo, a Instructor, a revista da Igreja para as Escolas
Dominicais, fornecia muitos recursos para os profes-
sores, desde artigos sobre o uso eficaz de flanelógrafo
até mapas, gráficos e ilustrações. Uma edição recente
incluía reproduções coloridas de algumas das ilustrações
do Livro de Mórmon feitas por Arnold Friberg: Abinádi
Diante do Rei Noé e Alma Batiza nas Águas de Mórmon.23
Em contraste, após a guerra, os materiais para
preparação de aulas em alemão eram escassos, e a
censura rigorosa na RDA tornava quase impossível
adquiri-los.24 Para os santos da Alemanha Oriental,
a sede da Igreja parecia agora mais distante do que
nunca.25 Helga ainda desejava emigrar para os Estados
Unidos, como sua tia Lusche e outros entes queridos
haviam feito desde o fim da guerra. Mas ela sabia que
seria perigoso tentar levar toda a família para fora da
RDA. E, além do perigo, ela nunca iria sem seus pais.

635
Com Coragem, Nobreza e Independência

A saúde de sua mãe, que sempre fora ruim, só piorou


após anos de espera em vão pelo retorno do irmão de
Helga, Henry, da guerra.26
Em tempos difíceis ao longo da vida, Helga e sua
família haviam encontrado força e conforto na Igreja.
Depois da Escola Dominical, eles e um punhado de
santos em Cammin pegavam o trem e iam para a reunião
sacramental com o Ramo de Neubrandenburg, a pouco
mais de 15 quilômetros de distância. Às vezes, estranhos
apareciam na reunião, e Helga temia que fossem espiões
que tinham vindo para ouvir os discursos e testemunhos.
Os santos de Neubrandenburg faziam o possível para
ignorar tais ameaças e continuavam ensinando uns aos
outros a partir das escrituras e cantando os hinos de Sião.27

No início de setembro de 1955, cerca de uma semana


antes da dedicação do templo suíço, Gordon B. Hinckley
entregou cuidadosamente duas malas aos cuidados de
funcionários de uma companhia aérea no aeroporto de
Salt Lake City. As malas continham o filme completo do
templo em sete idiomas. Ele não gostava da ideia de deixar
os mais de 9 mil metros de filme fora de sua vista, mas as
malas eram muito volumosas para serem levadas na cabine
do avião em que ele e sua esposa, Marjorie, viajariam na
primeira etapa de sua jornada à Suíça. Pelo menos as faixas
de áudio que acompanhavam o filme, armazenadas sepa-
radamente em duas latas compactas, eram suficientemente
pequenas para que ele pudesse carregá-las consigo.28

636
Mais poder, mais luz

Gordon estava preocupado com a proteção do


conteúdo sagrado do filme desde o momento em que
o enviara para um laboratório na Califórnia onde seria
feito o processamento final. Ele havia pedido a um amigo
que trabalhava em Hollywood que levasse o filme para
o laboratório e ficasse lá a fim de garantir a privacidade
do material durante o processamento. Gordon agora
precisava levar o filme com segurança através dos aero-
portos de Nova Iorque e Londres, antes de entregá-lo
pessoalmente ao templo suíço.29
William Perschon, o novo presidente da Missão
Suíço-Austríaca, recebeu o casal Hinckley quando eles
saíram do avião em Basileia. Eles reouveram o filme, e
Gordon preencheu um formulário de declaração alfan-
degária, declarando os materiais do filme entre seus
pertences. Um funcionário da alfândega examinou o
formulário e disse: “Não posso permitir a entrada desse
material. Não é permitida a entrada de filmes na Suíça
sem autorização do conselho federal de cinema”.
“Tenho que conseguir essa autorização de alguma
forma”, disse Gordon. “Vocês permitem a entrada de
filmes na Suíça, não permitem?”
“Com a devida autorização, sim”, respondeu o fun-
cionário. Ele então explicou que o conselho de cinema
suíço precisava revisar e aprovar o filme antes de devol-
vê-lo aos cuidados de Gordon. Enquanto isso, o funcio-
nário enviaria os filmes para a alfândega em Berna. Como
era sábado, Gordon não conseguiria reaver o filme antes
que a alfândega abrisse na segunda-feira de manhã.30

637
Com Coragem, Nobreza e Independência

Gordon pensou em tentar convencer o funcionário


a simplesmente deixar que ele mesmo levasse o filme
para Berna, mas receou que a proposta pudesse piorar
a situação. Então, ele e Marjorie partiram com o presi-
dente Perschon para a casa da missão, profundamente
preocupados com a segurança do filme do templo. No
dia seguinte, eles jejuaram e oraram para que o filme não
caísse nas mãos erradas.31
Na segunda-feira de manhã, Gordon e o presidente
Perschon pegaram os rolos na alfândega e os levaram
diretamente para o conselho de cinema. Lá, um homem
conduziu Gordon até uma sala reservada. “Qual é o
título deste filme?”, indagou ele.
“Não tem um título”, respondeu Gordon. “São ape-
nas músicas e instruções para serem usadas no templo.”
Ele sugeriu que o homem ouvisse a faixa de áudio. Por
precaução, ele havia colocado uma longa gravação de
música instrumental ao órgão no início do filme para
impedir que qualquer pessoa não autorizada acessasse
o conteúdo sagrado.32
O homem escutou a música por um tempo. “Bem”,
disse ele por fim, “para que serve isso?”
“É só para instruções na Igreja”, repetiu Gordon. “É
só música sacra, música monótona ao órgão.”
O homem o fitou com um olhar amistoso e com-
preensivo. “Tudo bem”, disse ele. Sem pedir para ouvir
ou ver mais nada, ele colocou o selo de aprovação sobre
o filme.33

638
C APÍTULO 39

Uma nova era

Na terça-feira, 6 de setembro de 1955, Helga Meyer


embarcou em um trem para Berlim Ocidental. Ela e
outros membros do Ramo Neubrandenburg haviam
ficado sabendo que o Coro do Tabernáculo estava vindo
à cidade para realizar um concerto. O coro estava em
turnê pela Europa desde meados de agosto, apresentan-
do-se em cidades desde Glasgow a Copenhague, antes
da dedicação do Templo da Suíça. Era o projeto mais
importante do coro desde sua apresentação na Feira
Mundial de Chicago, seis décadas antes. Para muitos
que assistiram aos concertos, ouvir o coro cantar foi
uma experiência de vida única.1
Por muito tempo, parecia impraticável levar mais de
350 membros do coro até o outro lado do oceano, mas
o presidente David O. McKay acreditava que era a hora

639
Com Coragem, Nobreza e Independência

de o coro se aventurar além da América do Norte. “Não


há força mais poderosa para o trabalho missionário do
que o Coro do Tabernáculo”, afirmou ele ao anunciar
os planos.2
A turnê inteira foi produto de muito trabalho, pre-
paração e oração, mas a presença do coro em Berlim
Ocidental foi particularmente notável. Foram realizadas
negociações de alto escalão entre os Estados Unidos e a
União Soviética para permitir que um grupo tão grande
de americanos cruzasse a República Democrática Alemã
e chegasse ao setor ocidental da cidade.3
Quando Helga e outros santos da Alemanha Oriental
souberam da visita do coro, solicitaram e receberam
permissão para viajar a Berlim Ocidental. À noite, o coro
se apresentava para o público pagante e, de dia, fazia
um “ensaio aberto” gratuito para os residentes da RDA
e refugiados da Alemanha Oriental que agora viviam na
Alemanha Ocidental. A família Meyer não tinha muito
dinheiro, de maneira que o negócio de pesca de Kurt
e o trabalho de Helga como professora de jardim de
infância renderam apenas o suficiente para que ela
viajasse sozinha para Berlim Ocidental e comprasse um
ingresso para o concerto noturno.4
Quando Helga chegou de trem em Berlim
Ocidental, ela saiu da estação e seguiu para a espaçosa
arena esportiva Schöneberg, onde assistiu ao ensaio
aberto gratuito. O auditório estava quase lotado, mas
ela conseguiu encontrar um lugar perto do palco.

640
Uma nova era

Helga, Kurt e seus filhos haviam passado muitas


noites em volta do rádio, ouvindo as transmissões do
Coro do Tabernáculo. Como o programa era transmitido
dos Estados Unidos, a família deixava o volume baixo
para que ninguém na rua ouvisse a música e fizesse
uma denúncia. Mas, naquele dia, ela podia ouvir sem
medo, deixando a letra e a música fluírem ao seu redor.5
O coro começou com músicas de famosos composi-
tores alemães, como Bach, Handel e Beethoven. Depois,
ensaiaram os amados hinos dos santos dos últimos dias,
“Ó meu Pai” e “Vinde, ó santos”. Helga não entendia a
letra em inglês dos hinos, mas, como as vozes dos mem-
bros do coro enchiam o espaço com um som alegre, seu
coração disparou.
Aquele era seu povo, Helga percebeu, vindo de
longe.6
Poucas horas depois, ela voltou ao auditório para
o concerto noturno do coro. Desta vez, a maioria dos
assentos no salão lotado estava ocupada por santos da
Alemanha Ocidental, militares americanos e funcioná-
rios do governo. O show estava sendo gravado para
que a Radio Free Europe, uma estação na Alemanha
Ocidental patrocinada pelos Estados Unidos, pudesse
transmiti-lo para as pessoas que viviam na RDA, na
Tchecoslováquia, na Polônia e em outros países comu-
nistas da Europa Central e Oriental.7
Mais uma vez, Helga ficou encantada quando ouviu
a música. O Espírito do Senhor a envolveu, e ela e

641
Com Coragem, Nobreza e Independência

aqueles ao seu redor não conseguiram segurar as lágri-


mas. Parecia o céu na Terra.
Após o concerto, o coro saiu do auditório e embar-
cou de volta nos ônibus. Helga e um grupo de santos
alemães o seguiram cantando “Deus vos guarde”. Eles
acenaram com lenços até que o último ônibus estivesse
fora de vista.8

Alguns dias depois, no domingo, 11 de setembro de


1955, o presidente McKay parou o carro em um estacio-
namento lotado na periferia de Berna, Suíça. Nos últimos
anos, ele acompanhara de longe o progresso dos dois
templos europeus. Recentemente, ele havia realizado a
abertura de terra para o templo em Londres. E, naquele
dia, ele iria dedicar o recém-concluído Templo da Suíça.9
Foi um momento triunfante para o presidente McKay.
Por gerações, a Europa tinha sido uma fonte de força para
a Igreja. Os pais do profeta haviam nascido em solo euro-
peu. A família de seu pai se unira à Igreja na Escócia, e a
família de sua mãe estava entre os primeiros conversos no
País de Gales. Agora, os santos europeus não precisariam
mais atravessar o oceano para desfrutar as bênçãos do
templo, como seus pais e avós tinham feito.10
Durante dias, havia chovido em Berna. Mas, naquela
manhã, o presidente McKay foi recebido pelo céu azul e
ensolarado. O exterior simples e moderno do templo se
erguia contra um fundo de árvores perenes. O prédio era
de cor creme, com fileiras de pilastras brancas e janelas

642
Uma nova era

altas nas laterais. Uma única espiral dourada, sustentada


por uma base branca brilhante, erguia-se bem acima das
portas frontais de bronze. E, à distância, claramente visí-
veis a partir do terreno do templo, erguiam-se as monta-
nhas do Jura e os majestosos Alpes Suíços.11
Quando o presidente McKay entrou no templo,
ele passou por um grande letreiro acima da porta. Das
Haus des Herrn, dizia o texto em alemão. A casa do
Senhor. Pela primeira vez, aquelas palavras apareciam
em um templo santo dos últimos dias em um idioma
diferente do inglês.12
Poucos minutos depois, às 10 horas em ponto, o
profeta estava ao púlpito na sala de reuniões do terceiro
andar. Cerca de 600 pessoas estavam presentes, mais
da metade sendo membros do Coro do Tabernáculo.
Outras 900 pessoas ocupavam outras salas do templo,
enquanto ouviam os procedimentos por alto-falantes.13
Após o coro cantar e ter sido oferecida uma oração,
o presidente McKay deu as boas-vindas a todos e obser-
vou que os ex-presidentes da Igreja estavam presentes
em espírito. Entre eles, disse o presidente McKay, estava
Joseph F. Smith, que 50 anos antes havia profetizado
em Berna que os templos um dia seriam construídos
em países de todo o mundo.14
Em seguida, falou Samuel Bringhurst, que havia
sido chamado recentemente como presidente do Templo
da Suíça. Ele relatou a dificuldade que tiveram para
encontrar o terreno e então testificou sobre a orientação
do Senhor para que encontrassem aquele local.15

643
Com Coragem, Nobreza e Independência

Depois, quem falou foi o apóstolo Ezra Taft Benson.


Ele contou à congregação a respeito de sua avó paterna,
Louisa Ballif, cujos pais haviam se unido à Igreja na Suíça
nos anos 1850 e emigrado para Utah. Como um jovem
que cresceu em Idaho, Ezra tinha ouvido sua avó relatar
a conversão de sua família e o afeto que tinha por sua
pátria-mãe.
“Garanto a vocês”, afirmou o apóstolo, “que eu já
amava a Suíça muito antes de visitá-la”.
O élder Benson então refletiu sobre sua missão com
os santos europeus após a Segunda Guerra Mundial. Ele
mencionou sua passagem por Viena e Zełwągi. E ele
recordou carinhosamente a bondade dos funcionários
do governo suíço que auxiliaram a Igreja a distribuir a
ajuda humanitária.16
Depois que o élder Benson terminou, o presidente
McKay voltou ao púlpito para dedicar a casa do Senhor.
“Ó Deus, nosso Eterno Pai”, rogou ele. “Nesta ocasião
sagrada, da conclusão e dedicação do primeiro templo
construído pela Igreja na Europa, entregamos nosso
coração e elevamos nossa voz a Ti em louvor e gratidão.”
Ele agradeceu ao Senhor pelo evangelho restaurado,
pela revelação moderna e pelo povo suíço, que durante
séculos honrou o direito de adorar segundo os ditames
da consciência.
Durante sua oração, o profeta parecia sobrecarre-
gado pela descrença das pessoas em terras onde o evan-
gelho de Jesus Cristo não podia ser pregado naquele
momento. “Abençoe os líderes das nações”, suplicou

644
Uma nova era

ele, “para que seu coração seja liberto do preconceito,


da desconfiança e da avareza, e seja preenchido com
um desejo de paz e retidão”.
O presidente McKay encerrou a sessão dedicató-
ria da manhã conduzindo a congregação no Brado de
Hosana.17 Durante a reunião, ele pediu a Ewan Harbrecht,
uma jovem soprano do Coro do Tabernáculo — cuja avó
nascera na Alemanha e fora um dos primeiros membros
do Ramo Cincinnati —, que ficasse de pé e cantasse.
Em todos os lugares onde se apresentaram na
Europa, Ewan e o coro eram recebidos com aplausos
estrondosos. Porém, em das Haus des Herrn, uma pací-
fica reverência, apropriada à ocasião, repousou sobre a
sala. “Abençoe esta casa”, cantou ela.

Abençoe os que a adentram


Conserve-os limpos e sem pecado
Abençoe-nos todos para que
Possamos contigo habitar.18

Na quinta-feira seguinte, Jeanne Charrier entrou


no Templo da Suíça para participar da última das nove
sessões dedicatórias. Cercada por amigos santos da
Missão Francesa, incluindo Léon e Claire Fargier, Jeanne
se sentiu honrada por estar na casa do Senhor e por estar
entre os europeus que logo fariam convênios eternos.19
O presidente McKay falou, como havia feito em
cada uma das sessões anteriores. Jeanne sentia uma

645
Com Coragem, Nobreza e Independência

conexão especial com o profeta, que ela havia conhe-


cido em uma conferência em Paris, durante a viagem
que ele fizera pela Europa em 1952. Na época, ela era
membro da Igreja há apenas um ano, e a dor de ser
rejeitada por seus pais ainda era recente. O presidente
McKay havia perguntado sobre o batismo dela e como
estava sua vida desde essa época. Em vez de apenas
apertar a mão dela, ele a havia abraçado calorosamente,
ajudando a dissipar a agitação interna dela.20
Quando o presidente McKay deu as boas-vindas aos
santos da Missão Francesa ao templo, suas palavras foram
traduzidas por Robert Simond, um membro suíço de longa
data que servia na presidência da missão. “Esta dedicação
é um marco na história da Igreja”, disse o profeta aos
santos. “Em diversos sentidos, inicia-se uma nova era.”21
Em seguida, ele falou àqueles que em breve rece-
beriam as ordenanças iniciatórias e a investidura. Ele
queria prepará-los para compreender os grandes prin-
cípios de vida contidos na experiência do templo.
“Ver ou visualizar a glória do trabalho do templo
é como obter um testemunho da divindade da obra de
Cristo”, disse ele. “Para alguns, a glória da verdade do
evangelho restaurado vem imediatamente. Para outros,
ela vem mais lentamente, mas com segurança.”22
As primeiras sessões de investidura no templo suíço
foram programadas para começar na semana seguinte.
Porém, quando ficou sabendo que muitos santos pre-
cisariam retornar ao seu país de origem antes disso,
o presidente McKay perguntou a Gordon B. Hinckley

646
Uma nova era

se sua equipe poderia trabalhar durante a noite com


o objetivo de preparar o templo para a realização de
investiduras na sexta-feira de manhã.23
Na sexta-feira à tarde, Jeanne voltou ao templo com
outros santos franceses. As duas primeiras sessões do
dia haviam sido realizadas em alemão e, como a inves-
tidura era uma experiência nova para a maioria dos par-
ticipantes, tudo levou mais tempo do que o esperado.
Quando a sessão em francês começou, o sol já havia
se posto, e havia sessões em outros idiomas a seguir.24
Após ouvir o apóstolo Spencer W. Kimball falar em
uma reunião especial na capela do templo, Jeanne e
outros santos franceses participaram das ordenanças ini-
ciatórias e da investidura. Juntos em uma sala, eles assis-
tiram ao novo filme do templo em francês e aprenderam
mais sobre a Criação da Terra, a Queda de Adão e Eva, e
a Expiação de Jesus Cristo. Eles fizeram convênios com
Deus e receberam a promessa de grandes bênçãos nesta
vida e na vida futura.25
Quando a sessão de Jeanne terminou, já era tarde da
noite. Santos da Suécia, Finlândia, Holanda, Dinamarca
e Noruega receberam a investidura ininterruptamente,
até o final da noite de sábado.26
Tendo participado das ordenanças do templo,
Jeanne entendeu que aquele era um lugar de fé e espe-
rança que a prepararia para um dia entrar na presença de
Deus. E, embora sua família terrena ainda não estivesse
pronta para ouvir a mensagem do evangelho, ela estava
ansiosa para trabalhar em favor de seus antepassados

647
Com Coragem, Nobreza e Independência

falecidos que estavam esperando para receber as bên-


çãos do templo.
“Nenhum será esquecido”, pensou ela.27

Aquele fora um fim de semana agitado para Gordon


B. Hinckley. Depois que o filme da investidura foi libe-
rado, ele supervisionou a instalação do equipamento
de projeção e som do templo, sincronizou o som e o
filme em cada idioma para assegurar que estavam fun-
cionando corretamente e treinou o novo engenheiro do
templo, Hans Lutscher, que assumiria a responsabilidade
em tempo integral depois que recebesse a investidura.28
Gordon e sua equipe desfrutaram de uma breve
pausa em sua agitada agenda durante os cinco dias da
dedicação, mas, assim que o presidente McKay anun-
ciou o desejo de iniciar imediatamente a realização das
ordenanças no templo, eles voltaram ao trabalho.
Desde o início da manhã de sexta-feira, Gordon
havia passado quase dois dias operando o projetor e o
sistema de som. Não havia muito tempo para dormir. E o
clima de outono úmido de Berna havia agravado a gripe
que Gordon havia contraído. Seus olhos e seu nariz não
paravam de escorrer, sua cabeça estava pesada e seu
corpo doía.29
Ainda assim, à medida que as sessões iam acon-
tecendo, hora após hora, Gordon ficou maravilhado
com o bom funcionamento do filme da investidura. Os
oficiantes do templo tiveram poucos problemas com o

648
Uma nova era

novo processo apesar do desafio de se receber pessoas


de tantos países diferentes. Ao assistir à realização da
ordenança, Gordon se deu conta de como teria sido difí-
cil apresentá-la em sete idiomas da maneira tradicional.30
No final do sábado, quando a última sessão de inves-
tidura chegou ao final, Gordon estava exausto. Mas, a des-
peito dos olhos vermelhos e da garganta inflamada, ele
sentiu algo muito mais significativo. Desde que chegara
a Berna, ele havia visto centenas de santos das nações
europeias entrarem no templo. Muitos deles tinham feito
grandes sacrifícios para vir à dedicação. Alguns deles,
era possível perceber, eram bem pobres. Outros haviam
sofrido a perda de familiares e de outros entes queri-
dos durante as duas guerras mundiais. Eles derramaram
lágrimas ao receberem a investidura e testemunharam o
selamento de sua família por toda a eternidade.
Mais do que nunca, Gordon soube com certeza que
o Senhor havia inspirado o presidente McKay a trazer
as bênçãos do templo para as mulheres e os homens da
Europa. A alegria deles fez valer a pena todas as noites
em claro e os dias estressantes que Gordon vivera nos
últimos dois anos.31

Como a maioria dos santos que viviam na RDA,


Henry Burkhardt não pôde ir a Berna para a dedicação
do templo ou para as primeiras sessões de investidura.
Em vez disso, ele estava preparando um quarto no sótão
da casa de seus pais, onde ele e Inge viveriam após o

649
Com Coragem, Nobreza e Independência

casamento que logo ocorreria. Ele havia solicitado um


apartamento próprio ao governo, mas não tinha ideia
se ou quando o pedido seria atendido. Ele concluiu que
poderiam se virar naquele pequeno cômodo não aque-
cido, que ele esperava que Inge achasse um pouco mais
animador depois de colocar um novo papel de parede.
Henry e Inge haviam se visto apenas algumas vezes
nos nove meses desde o noivado, geralmente quando
Henry estava perto de Bernburg para uma conferência
de distrito. Eles planejavam realizar um casamento civil
em 29 de outubro e estavam determinados a serem
selados no templo o mais rápido possível depois disso.32
Embora o governo da Alemanha Oriental permitisse
que seus cidadãos viajassem para a Alemanha Ocidental,
Henry e Inge não podiam contar a ninguém que estavam
viajando juntos para fora do país, já que as autoridades
poderiam supor que estavam saindo permanentemente.
Eles conseguiram o visto para a Alemanha Ocidental
em cidades diferentes e trabalharam com o escritório
da missão em Berlim Ocidental para obter o visto para
a Suíça. De acordo com o plano, os vistos suíços seriam
enviados para o escritório da Missão Alemanha Ocidental,
em Frankfurt. Se os documentos não chegassem, o casal
teria que voltar à RDA sem ser selado.33
No dia seguinte ao seu casamento em Bernburg,
Henry e Inge viajaram sem incidentes para a Alemanha
Ocidental, onde encontraram os vistos para a Suíça
esperando por eles. Eles então compraram passagens
de ida e volta para Berna e passaram algum tempo com

650
Uma nova era

amigos na Alemanha Ocidental. Aonde quer que fossem,


as pessoas eram educadas e amigáveis com eles. Eles
ficaram maravilhados com a sensação indescritível de
circular livremente sem nenhuma restrição.34
Henry e Inge chegaram em Berna na noite de 4
de novembro e gastaram suas últimas economias para
alugar um pequeno quarto perto da estação de trem. Na
manhã seguinte, o casal subiu os degraus que levavam
até as portas do templo e entrou na casa do Senhor.
Pouco depois, eles se sentaram na sala de investiduras
do templo e receberam a ordenança enquanto o filme
em língua alemã era exibido em uma tela na frente deles.
Após a ordenança, eles entraram em uma sala de
selamento e se ajoelharam um de frente para o outro
sobre o altar. Eles aprenderam sobre as gloriosas promes-
sas dadas àqueles que entram no convênio do selamento.
Então, eles foram unidos para sempre.35
“Como é belo saber que agora pertencemos um ao
outro para a eternidade”, pensou Henry. “Que grande
responsabilidade e que grandes bênçãos nos foram
dadas.”36
Na noite seguinte, Henry e Inge caminharam até
a estação de trem para viajarem de volta ao seu quarto
no sótão na RDA. Eles sabiam que não precisavam
voltar para lá se não quisessem. Eles tinham amigos
que poderiam ajudá-los a permanecer na Alemanha
Ocidental. Eles poderiam até mesmo tentar emigrar para
os Estados Unidos, como tantos outros santos europeus
haviam feito.

651
Com Coragem, Nobreza e Independência

Porém, o casal não queria deixar sua terra natal.


A vida na RDA nem sempre era fácil, mas sua família
estava lá, e Deus tinha trabalho para eles.37
O trem não demorou a chegar, e eles subiram a
bordo. Ao saírem da Suíça, Henry e Inge não tinham
ideia de quando, ou se, poderiam voltar ao templo.
No entanto, eles confiaram em Deus para guiar seu
futuro. Unidos pelo tempo e pela eternidade, estavam
mais comprometidos do que nunca em servi-Lo. E eles
sabiam que Ele nunca os deixaria.38

652
N O TAS S OBRE AS FON TES

Este livro é uma narrativa não fictícia com base em centenas de fontes históricas.
Extremo cuidado foi tomado para garantir sua exatidão. Os leitores não devem
presumir, no entanto, que a narrativa aqui apresentada seja perfeita ou completa. Os
registros do passado, e nossa capacidade de interpretá-­los no presente, são limitados.
Todas as fontes de conhecimento histórico contêm lacunas, ambiguidades e
opiniões preconcebidas. Elas geralmente expressam o ponto de vista daqueles
que as criaram, e pessoas que testemunharam os mesmos eventos os vivenciaram,
recordaram, interpretaram e registraram de modo diferente. O desafio do histo-
riador é coletar os pontos de vista conhecidos e reuni-­los de modo a gerar um
entendimento preciso do passado.
Santos é um relato verdadeiro da história de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos
dos Últimos Dias, com base no que conhecemos e entendemos no presente a
partir de registros históricos existentes. Não é uma história completa, tampouco
é a única maneira possível de contar a sagrada história da Igreja. No entanto, os
estudiosos que pesquisaram, redigiram e revisaram este livro conhecem muito bem
as fontes históricas, usaram-­nas de modo cuidadoso e as documentaram nas notas
finais e na lista de fontes citadas. Os leitores são incentivados a avaliar as fontes
por si mesmos. Muitas dessas fontes foram digitalizadas e o link para acesso a elas
se encontra nas notas finais. É provável que a descoberta de mais fontes ou novas
leituras das já existentes com o tempo suscitem outros significados, interpretações
e possíveis pontos de vista.
A narrativa de Santos se baseia em dois tipos de fontes históricas: primárias
e secundárias. As fontes primárias contêm informações sobre acontecimentos
testemunhados em primeira mão pelos autores. Algumas fontes primárias, como
cartas, diários e anotações ou gravações de discursos, foram produzidas na época
dos acontecimentos nelas descritos. Essas fontes contemporâneas expressam o
que as pessoas pensaram, sentiram e fizeram naquele momento, revelando como
o passado foi interpretado na época em que aconteceu. Outras fontes primárias,
como as autobiografias e as entrevistas de história oral, foram escritas após os
fatos. Essas fontes reminiscentes revelam o que o passado veio a significar para
o autor ao longo do tempo, com frequência tornando-­as melhores do que as
fontes contemporâneas no reconhecimento da importância dos acontecimentos
passados. Como elas dependem de lembranças, porém, as fontes reminiscentes
podem incluir imprecisões e ser influenciadas pelo entendimento e pelas crenças
posteriores do autor.
As fontes históricas secundárias contêm informações provenientes de pessoas
que não testemunharam em primeira mão os acontecimentos nelas descritos. Essas
fontes incluem histórias de família e obras acadêmicas posteriores. Este livro tem
uma grande dívida para com muitas dessas fontes, que se provaram muito valiosas
devido ao contexto mais amplo e ao trabalho interpretativo que proporcionaram.
Todas as fontes de Santos foram avaliadas no tocante à credibilidade, e cada
frase foi repetidamente verificada para garantir coerência com as fontes. As linhas
de diálogo e outras citações provêm diretamente de fontes históricas. A ortografia,

653
Com Coragem, Nobreza e Independência

a utilização de maiúsculas e a pontuação nas citações diretas foram discretamente


modernizadas para clareza. Em alguns casos, foram feitas modificações mais sig-
nificativas nas citações, como a mudança da conjugação dos verbos do pretérito
para o presente ou a padronização da gramática, de modo a torná-­las mais fáceis
de ler. A escolha das fontes a serem usadas e do modo de usá-­las foi feita por
uma equipe de historiadores, escritores e revisores que basearam suas decisões na
integridade histórica e na qualidade literária das fontes.
À medida que a história da Igreja se torna mais mundial, Santos passa cada
vez mais a se basear em fontes criadas em outros idiomas, que não o inglês. Às
vezes, os autores deste livro se basearam em traduções automáticas ou feitas por
voluntários para redigir a narrativa. Todas as citações de fontes traduzidas provêm
de tradutores profissionais.
Algumas fontes antagonistas foram usadas para redigir este livro e estão citadas
nas notas. Essas fontes foram usadas essencialmente para caracterizar a oposição
à Igreja durante o final do século 19 e início do século 20. Embora hostis à Igreja,
esses documentos contêm detalhes que não foram registrados em nenhum outro
lugar. Alguns desses detalhes foram utilizados quando outros registros confirmaram
de modo geral sua exatidão. Os fatos contidos nesses registros antagonistas foram
usados sem que se adotasse sua interpretação hostil, e a citação de uma fonte nas
notas finais não implica endosso por parte da Igreja.
Como narrativa escrita para um público geral, este livro apresenta a história
da Igreja em formato coerente e acessível. Embora utilize técnicas populares de
narração de histórias, restringe-­se a informações encontradas nas fontes históricas.
Quando o texto inclui até detalhes mínimos, como expressões faciais ou condições
climáticas, é porque esses detalhes se encontram no registro histórico ou podem
ser razoavelmente deduzidos a partir dele.
Para manter a facilidade de leitura, o livro raramente aborda problemas do
registro histórico no texto propriamente dito. Em vez disso, esses debates com
base nas fontes se encontram nos artigos sobre tópicos específicos, disponíveis em
santos.ChurchofJesusChrist.org e citados nas notas finais sob o cabeçalho em negrito
“Tópico”. Os leitores são incentivados a consultar esses artigos ao lerem Santos.

654
NOTAS

Algumas fontes estão indicadas com uma citação abreviada. A seção “Fontes citadas” fornece
informações completas sobre a citação de todas as fontes. Muitas fontes estão disponíveis
digitalmente, e o link para elas se encontra na versão eletrônica do livro, disponível em santos
.ChurchofJesusChrist.org e na Biblioteca do Evangelho. A sigla CHL se refere à Biblioteca de
História da Igreja, A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, Salt Lake City.

O texto em negrito nas notas indica os tópicos com artigos e outras


informações on-­line, disponíveis em santos.ChurchofJesusChrist.org e
na Biblioteca do Evangelho, na seção “Tópicos da História da Igreja”.

Capítulo 1: Um dia melhor e mais brilhante

1. Evan Stephens, “The World’s Fair Gold Medal”, Children’s Friend, setembro de 1920,
vol. 19, p. 374; “The Tabernacle Choir”, Deseret Weekly, 1º de setembro de 1894,
pp. 340–341; Handy, Official Directory of the World’s Columbian Exposition, pp. 42,
191–192, 194, 197; Emmeline B. Wells, “World’s Congress and World’s Fair”, Deseret
Evening News, 17 de junho de 1893, p. 7. Tópico: Exposição Universal de 1893. 3

2. Evan Stephens, “The World’s Fair Gold Medal”, Children’s Friend, setembro de 1920,
vol. 19, pp. 372–374; George Q. Cannon, “The Tabernacle Choir at the World’s Fair”,
Juvenile Instructor, 15 de setembro de 1893, vol. 28, pp. 566–567; “The Tabernacle
Choir”, Deseret Weekly, 1º de setembro de 1894, pp. 340–341; Neilson, Exhibiting
Mormonism, pp. 109–114. Tópicos: Coro do Tabernáculo; País de Gales.
3. Santos, vol. 2, capítulos 1, 10, 26–27, 29, 32–35, 37 e 39–41; Neilson, Exhibiting
Mormonism, pp. 46–48. Tópicos: Manifesto; Casamento plural após o Manifesto.
4. Evan Stephens, “The World’s Fair Gold Medal”, Children’s Friend, setembro de 1920,
vol. 19, pp. 372–374; “The Tabernacle Choir”, Deseret Weekly, 1º de setembro de 1894,
pp. 340–341.
5. Evan Stephens, “The World’s Fair Gold Medal”, Children’s Friend, setembro de 1920,
vol. 19, pp. 372–374; outubro de 1920, vol. 19, p. 420; “To the World’s Fair”, Standard
(Ogden, UT), 7 de junho de 1893, p. 1. Tópico: George Q. Cannon.
6. Neilson, Exhibiting Mormonism, pp. 92–102, 144–149; Wells, Diário, vol. 16, 10 e 12 de
maio de 1893; “World’s Fair Exodus”, Salt Lake Herald, 11 de maio de 1893, p. 2; Evan
Stephens, “The World’s Fair Gold Medal”, Children’s Friend, setembro de 1920, vol. 19,
p. 374; outubro de 1920, vol. 19, pp. 420–421; George Q. Cannon, “The Tabernacle
Choir at the World’s Fair”, Juvenile Instructor, 15 de setembro de 1893, vol. 28, p. 566.
7. “A Groundless Apprehension”, Deseret Evening News, 14 de julho de 1888, p. [2];
“Taking of Testimony”, Deseret Evening News, 20 de outubro de 1891, p. 5;
George Q. Cannon, Diário, 5 de abril de 1895; Walker, “Crisis in Zion”, pp. 115–117;
Arrington, Great Basin Kingdom, pp. 386–393, 401; Santos, vol. 2, capítulos 35 e 37.
Tópicos: Legislação antipoligamia; Templo de Salt Lake.
8. Joseph F. Smith para Heber J. Grant, 12 de julho de 1893, Heber J. Grant Collection,
Biblioteca de História da Igreja; Talmage, Diário, 23 de agosto de 1893; Dean, Diário, 1, 3
e 5 de julho de 1893; 2, 3 e 5 de agosto de 1893; “Another Bank Gone”, Deseret Evening
News, 30 de junho de 1893, p. 5; “Prices of Farm Products”, Standard (Ogden, UT), 31 de
dezembro de 1893, p. 6; Walker, “Crisis in Zion”, p. 129. Tópico: Finanças da Igreja.
9. George Q. Cannon, Diário, 10 de maio de 1893; Grant, Diário, 10 de maio de 1893.
Tópico: Heber J. Grant.
10. George Q. Cannon, Diário, 10 de maio de 1893; Francis Marion Lyman, Diário, 10
de maio de 1893; Joseph F. Smith para Heber J. Grant, 12 de julho de 1893, Heber J.
Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja; Grant, Diário (cópia impressa), 31
de maio de 1893. 7

655
Notas das páginas 7–12

11. Grant, Diário (cópia impressa), 19 de maio de 1893; Walker, “Crisis in Zion”, pp.
123–125. 7

12. Grant, Diário, 31 de maio a 30 de junho de 1893.


13. Wells, Diário, vol. 16, 19 de maio de 1893; Emmeline B. Wells, “Utah Women in
Chicago”, Deseret Evening News, 24 de junho de 1893, p. 7; Sewall, World’s Congress
of Representative Women, vol. 1, pp. 81–82. Tópico: Emmeline B. Wells.
14. “Editor’s Department”, Young Woman’s Journal, abril de 1893, vol. 4, p. 326; Deseret
News, 1989–1990 Church Almanac, p. 204; Plewe, Mapping Mormonism, pp. 96–97,
206–207; “Remarks”, Deseret Evening News, 19 de agosto de 1893, p. [9]; “Sunday
Services”, Deseret Evening News, 31 de julho de 1893, p. 9; Abraham H. Cannon,
Diário, 13 de janeiro de 1892; Neilson, Exhibiting Mormonism, pp. 17–18, 81–83,
90–91; Givens, Viper on the Hearth, pp. 105–164; Shipps, Sojourner in the Promised
Land, pp. 62–66.
15. Emmeline B. Wells, “Utah Women in Chicago”, Deseret Evening News, 24 de junho de
1893, p. 7.
16. [Rosetta Luce Gilchrist], Apples of Sodom: A Story of Mormon Life (Cleveland:
William W. Williams, 1883); Etta L. Gilchrist, “The Ballot as a Measure of Reform”,
Woman’s Exponent, 15 de novembro de 1891, vol. 20, pp. 75, 78–79; ver também
Wells, Diário, vol. 14, 20 de abril de 1891; 3 de maio de 1891; 16 e 19 de junho de
1891. Tópico: Sufrágio feminino.
17. Emmeline B. Wells, “Utah Women in Chicago”, Deseret Evening News, 24 de junho de
1893, p. 7; Etta L. Gilchrist, “The World’s Fair”, Woman’s Exponent, 15 de junho de 1893,
vol. 21, pp. 177–178; “Tell of Their Western Life”, Chicago Tribune, 20 de maio de 1893,
p. [2]; Committees on the Grain Movement, Atas, 17 de novembro de 1876, em Derr e
outros, First Fifty Years of Relief Society, pp. 399–404. Tópico: Sociedade de Socorro.
18. Etta L. Gilchrist, “The World’s Fair”, Woman’s Exponent, 15 de junho de 1893, vol. 21,
pp. 177–178.
19. Leah Dunford para Susa Young Gates, 2 de julho de 1893, Correspondência da família,
Susa Young Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja; Susa Young Gates para Leah
Dunford, 30 de junho de 1893; 1º de julho de 1893; 6 de julho de 1893; 12 de julho de
1893; 22 de julho de 1893, Widtsoe Family Papers, Biblioteca de História da Igreja;
Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 38–39; Handlin, “Making Men of the Boys”, p. 62.
20. Widtsoe, Oral History Interview, p. 4; Susa Young Gates para Leah Dunford, 10 de
julho de 1892; 30 de junho de 1893; 1º de julho de 1893; 12 de julho de 1893, Widtsoe
Family Papers, Biblioteca de História da Igreja; Simpson, American Universities and
the Birth of Modern Mormonism, pp. 28–53; Santos, vol. 2, capítulo 42.
21. Leah Dunford para Susa Young Gates, 2 de julho de 1893, Correspondência da
família, Susa Young Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja; “The Editor’s
Department”, Young Woman’s Journal, março de 1891, vol. 2, pp. 283–284; Mary
Howe, “Professional and Business Opportunities for Women”, Young Woman’s
Journal, outubro de 1891, vol. 3, pp. 24–25.
22. Mintz, Huck’s Raft, p. 197; Mary Howe, “Professional and Business Opportunities for
Women”, Young Woman’s Journal, outubro de 1891–abril de 1892, vol. 3, pp. 24–25,
77–78, 132–133, 228–229, 259–260; “Y. L. Conference”, Young Woman’s Journal,
abril de 1891, vol. 2, p. 331; “Be Ye Not Unequally Yoked Together”, Young Woman’s
Journal, fevereiro de 1891, vol. 2, pp. 236–239; Susa Young Gates para Leah Dunford,
12 de julho de 1893, Widtsoe Family Papers, Biblioteca de História da Igreja.
23. Widtsoe, Oral History Interview, p. 17; John A. Widtsoe para Leah Dunford, 10 de
janeiro de 1893; Susa Young Gates para Leah Dunford, 15 de julho de 1893, Widtsoe
Family Papers, Biblioteca de História da Igreja; Leah Dunford para Susa Young Gates,
22 de julho de 1893, Correspondência da família, Susa Young Gates Papers, Biblioteca
de História da Igreja; Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 228–229; ver também Santos,
vol. 2, capítulo 30.
24. Widtsoe, Oral History Interview, pp. 31–32; Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 38–39,
228–229. 12

656
Notas das páginas 12–18

25. Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 229–230; Leah Dunford para Susa Young Gates, 18 de
julho de 1893, Correspondência da família, Susa Young Gates Papers, Biblioteca de
História da Igreja. Tópico: John e Leah Widtsoe. 12

26. Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 229, 231–232; John A. Widtsoe para Anna Gaarden
Widtsoe, 24 de julho de 1893, Widtsoe Family Papers, Biblioteca de História da Igreja;
ver também Parrish, John A. Widtsoe, pp. 95–103.
27. Widtsoe, Diário, 30 de setembro e 15 de outubro de 1891; Anna Gaarden Widtsoe para
John A. Widtsoe, 11 de maio de 1893; John A. Widtsoe para Anna Gaarden Widtsoe, 21
de junho de 1893, Widtsoe Family Papers, Biblioteca de História da Igreja.
28. John A. Widtsoe para Anna Gaarden Widtsoe, 21 de maio de 1893, Widtsoe Family
Papers, Biblioteca de História da Igreja; ver também John A. Widtsoe para Anna Gaarden
Widtsoe, 21 de junho de 1893, Widtsoe Family Papers, Biblioteca de História da Igreja; e
Simpson, American Universities and the Birth of Modern Mormonism, pp. 50–51.
29. John A. Widtsoe para Anna Gaarden Widtsoe, 24 de julho de 1893, Widtsoe Family
Papers, Biblioteca de História da Igreja.
30. Leah Dunford para Susa Young Gates, 22 de julho de 1893, Correspondência da
família, Susa Young Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja.
31. Heber J. Grant para Joseph F. Smith, 11 de maio de 1905, Heber J. Grant Collection,
Biblioteca de História da Igreja; Grant, Diário, 2 de setembro e 3 de outubro de
1893; Heber J. Grant para Rachel Ivins Grant, 9 de setembro de 1893; Heber J. Grant
para Heber M. Wells, 9 de setembro de 1893, Letterpress Copybook, vol. 17, pp. 375,
377, 402–403, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja; George Q.
Cannon, Diário, 10 de maio de 1893.
32. Heber J. Grant para Joseph F. Smith, 11 de maio de 1905, Heber J. Grant Collection,
Biblioteca de História da Igreja; Grant, Diário, 3 de outubro de 1893 e 29 de
janeiro de 1942; Abraham H. Cannon, Diário, 14 de fevereiro de 1895.
33. Heber J. Grant para Joseph F. Smith, 11 de maio de 1905, Heber J. Grant Collection,
Biblioteca de História da Igreja; Grant, Diário, 3 de outubro de 1893; 8 de janeiro de
1916; 29 de janeiro de 1942; Woodruff, Diário, 4 de setembro de 1893; Walker, “Crisis
in Zion”, pp. 133–134.
34. Grant, Diário, 3 de outubro de 1893; Heber J. Grant para Heber M. Wells, 9
de setembro de 1893, Letterpress Copybook, vol. 17, p. 402, Heber J. Grant
Collection, Biblioteca de História da Igreja. Tópico: Finanças da Igreja.
35. Grant, Diário (cópia impressa), 4 de setembro de 1893, p. 623; Heber J. Grant para
Heber M. Wells, 7 de setembro de 1893, Letterpress Copybook, vol. 17, p. 370,
Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja; George Q. Cannon, Diário,
4 de setembro de 1893.
36. “The Tabernacle Choir”, Deseret Weekly, 1º de setembro de 1894, pp. 340–341; Evan
Stephens, “The World’s Fair Gold Medal”, Children’s Friend, outubro de 1920, vol. 19,
pp. 420–421.
37. Evan Stephens, “The World’s Fair Gold Medal”, Children’s Friend, outubro de 1920,
vol. 19, p. 421; George Q. Cannon, Diário, 3 de setembro de 1893; George Q. Cannon,
“The Tabernacle Choir at the World’s Fair”, Juvenile Instructor, 15 de setembro de
1893, vol. 28, p. 567; Pugsley, Autobiografia, p. 5.
38. George Q. Cannon, Diário, 28–29 de agosto de 1893; “Choir Arrangement”, Deseret
Evening News, 7 de junho de 1893, p. 1; “The Choir Goes”, Deseret Evening News, 18
de agosto de 1893, p. 1; Neilson, Exhibiting Mormonism, pp. 121–124.
39. Evan Stephens, “The World’s Fair Gold Medal”, Children’s Friend, outubro de 1920,
vol. 19, p. 421; “The Tabernacle Choir”, Deseret Weekly, 1º de setembro de 1894,
p. 340; Handy, Official Directory of the World’s Columbian Exposition, p. 104.
40. Evan Stephens, “The World’s Fair Gold Medal”, Children’s Friend, outubro de 1920,
vol. 19, pp. 421–422. 18

41. George Q. Cannon, Diário, 8 de setembro de 1893; Evan Stephens, “The World’s Fair
Gold Medal”, Children’s Friend, outubro de 1920, vol. 19, p. 422; “The Tabernacle

657
Notas das páginas 19–24

Choir”, Deseret Weekly, 1º de setembro de 1894, p. 340; Woodruff, Diário, 8 de


setembro de 1893; Apocalipse 5:12; W. S. B. M., “The Welsh Eisteddfod”, Music,
setembro de 1893, vol. 4, p. 545; “Close of the Eisteddfod”, Dixon (IL) Evening
Telegraph, 9 de setembro de 1893, p. 2. 19

42. “The Tabernacle Choir”, Deseret Weekly, 1º de setembro de 1894, p. 341; Woodruff,
Diário, 8 de setembro de 1893; George Q. Cannon, Diário, 8 de setembro de 1893;
“Hail to the Choir!”, Deseret Evening News, 9 de setembro de 1893, p. 4; ver também
Neilson, Exhibiting Mormonism, pp. 135–137; e George Q. Cannon, “The Tabernacle
Choir at the World’s Fair”, Juvenile Instructor, 15 de setembro de 1893, vol. 28, p. 566.
43. “Utah’s Singing Children”, Salt Lake Tribune, 14 de setembro de 1893, p. 8; Evan
Stephens, “The World’s Fair Gold Medal”, Children’s Friend, outubro de 1920, vol. 19,
pp. 422–423; “Attractions”, Los Angeles Times, 9 de setembro de 1893, p. 2; “Welsh
Singing Competition”, Edinburgh Evening News, 9 de setembro de 1893, p. [2];
“Choral Contest at Chicago”, Manchester Evening News, 9 de setembro de 1893, p. [3];
“Great Choral Contest”, Queensland (Australia) Times, 7 de dezembro de 1893, p. 6;
“World’s Fair Eisteddfod”, Western Mail (Cardiff, Wales), 11 de setembro de 1893, p. 5.
44. “Utah at the Fair”, Diário (Logan, UT), 13 de setembro de 1893, p. 1; “Utah Day at
the Fair”, Salt Lake Herald, 10 de setembro de 1893, p. 1; Woodruff, Diário, 9 de
setembro de 1893; George Q. Cannon, Diário, 9 de setembro de 1893.
45. “Cache Conference”, Diário (Logan, UT), 1º de novembro de 1893, p. 1; “Religious”,
Deseret Weekly, 30 de setembro de 1893, p. 469; Woodruff, Diário, 16–19 de setembro
de 1893; Neilson, “B. H. Roberts”, pp. 53–84. Tópicos: Exposição Universal de
1893; B. H. Roberts.
46. “Discourse”, Deseret Evening News, 28 de outubro de 1893, p. [9]; “General
Conference”, Deseret Evening News, 6 de outubro de 1893, p. 5; 7 de
outubro de 1893, p. 5.
47. George Q. Cannon, Diário, 5 de outubro de 1893.

Capítulo 2: Se provarmos que estamos prontos

1. James, Diário, pp. 18–28; Howard, “William Jarman”, pp. 61–66, 70–79.
2. Howard, “William Jarman”, pp. 70–79; James, Diário, p. 28; “From Various Missionary
Fields”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 18 de setembro de 1893, vol. 55, p. 609.
3. “From Various Missionary Fields”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 11 de setembro
de 1893, vol. 55, p. 603. Tópico: Inglaterra.
4. Anthon Lund para Sarah Ann Peterson Lund, 16 de agosto de 1893, Epistolários, vol. 1,
pp. 40–41, Anthon H. Lund Papers, Biblioteca de História da Igreja; Anthon Lund
para Wilford Woodruff, 20 de março de 1895, First Presidency Mission Administration
Correspondence, Biblioteca de História da Igreja; Howard, “William Jarman”, pp. 84–85;
Rasmussen, Mormonism and the Making of a British Zion, pp. 117–119; ver também
“Abstract of Correspondence”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 17 de julho de 1893,
vol. 55, p. 471; 7 de agosto de 1893, vol. 55, p. 520.
5. J. M. Sjodahl, “Apostle Anthon H. Lund”, em Lives of Our Leaders, pp. 202–210;
“Why We Gather”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 13 de março de 1893, vol.
55, pp. 180–182; “Statistical Report of the European Mission”, Latter-­day Saints’
Millennial Star, 9 de abril de 1894, vol. 56, pp. 230–231; Rasmussen, Mormonism
and the Making of a British Zion, pp. 101–102, 117–119; Santos, vol. 2, capítulo 39.
6. Anthon Lund para Sarah Ann Peterson Lund, 16 de agosto de 1893; 25 de agosto
de 1893, Epistolários, vol. 1, pp. 40–41, 53, Anthon H. Lund Papers, Biblioteca de
História da Igreja; Anthon Lund para a Primeira Presidência, 10 de novembro de
1893, First Presidency Mission Administration Correspondence, Biblioteca de História
da Igreja; James, Diário, p. 21. 24

658
Notas das páginas 24–30

7. Anthon Lund para a Primeira Presidência, 10 de novembro de 1893, First Presidency


Mission Administration Correspondence, Biblioteca de História da Igreja; “The
Mission in Denmark”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 13 de novembro de 1893,
vol. 55, pp. 740–742; “The Mission in Sweden and Norway”, Latter-­day Saints’
Millennial Star, 20 de novembro de 1893, vol. 55, pp. 756–759; “The Netherlands
Mission”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 27 de novembro de 1893, vol. 55,
pp. 773–774; “Resumo da história da Igreja nos Países Baixos”, Histórias do Mundo,
ChurchofJesusChrist.org/study/history/global-­histories; Mulder, Homeward to Zion,
p. 96; ver também Lund, Diário, 24 de setembro–25 de outubro de 1893. 24

8. “Why We Gather”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 13 de março de 1893, vol.


55, pp. 180–182; Firmage and Mangrum, Zion in the Courts, pp. 241–242; Anthon
Lund para a Primeira Presidência, 10 de novembro de 1893; Anthon Lund para
Wilford Woodruff, 12 de setembro de 1893, First Presidency Mission Administration
Correspondence, Biblioteca de História da Igreja; Anthon Lund para Sarah Ann
Peterson Lund, 25 de agosto de 1893, Epistolários, vol. 1, p. 53, Anthon H. Lund
Papers, Biblioteca de História da Igreja; Lund, Diário, 23 de julho de 1893; 3 de
janeiro de 1894; 2 de julho de 1894.
9. Anthon Lund para Wilford Woodruff, 12 de setembro de 1893, First Presidency
Mission Administration Correspondence, Biblioteca de História da Igreja; Strong,
Our Country, pp. 111–118; Primeira Presidência para Brigham Young Jr., 11 de
fevereiro de 1892; Primeira Presidência para Anthon Lund, 29 de maio de 1894,
First Presidency Letterpress Copybooks, vol. 28.
10. Lund, Diário, 30 de novembro de 1893. Tópico: Emigração.
11. Leah Dunford para John A. Widtsoe, 26 de setembro de 1893, Widtsoe Family Papers,
Biblioteca de História da Igreja; ver também Leah Dunford para John A. Widtsoe,
21 de agosto de 1893; 10 de setembro de 1893; 18 de setembro de 1893; 3–4 de
novembro de 1893, Widtsoe Family Papers, Biblioteca de História da Igreja.
12. Leah Dunford para John A. Widtsoe, 10 de setembro de 1893; 18 de setembro de
1893; 26 de setembro de 1893; 3 de novembro de 1893; John A. Widtsoe para Leah
Dunford, 10 de novembro de 1893, Widtsoe Family Papers, Biblioteca de História da
Igreja. Tópico: Academias da Igreja.
13. Leah Dunford para John A. Widtsoe, 20 de dezembro de 1893, Widtsoe Family
Papers, Biblioteca de História da Igreja; Gates, History of the Young Ladies’ Mutual
Improvement Association, pp. 101–102, 124–125, 181–183, 301; L.D.S. Young Men’s
Mutual Improvement Association Manual; Guide for the First Year’s Course of Study
in the Young Ladies’ Mutual Improvement Association. Tópicos: Organizações dos
Rapazes; Organizações das Moças; Periódicos da Igreja.
14. Leah Dunford para John A. Widtsoe, 3 de novembro de 1893; 4 de janeiro de 1894,
Widtsoe Family Papers, Biblioteca de História da Igreja; Leah Dunford para Susa
Young Gates, 26 de março de 1893; 12 de março de 1896, Correspondência da
família, Susa Young Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja.
15. George Q. Cannon, Diário, 1º de janeiro de 1894. Tópico: George Q. Cannon.
16. Woodruff, Diário, 13 e 31 de dezembro de 1893; Lyman, Political Deliverance, p. 7;
Santos, vol. 2, capítulos 10, 21, 36 e 37; George Q. Cannon, Diário, 14 de dezembro
de 1893. Tópico: Utah.
17. Woodruff, Diário, 9 e 13 de janeiro de 1894; George Q. Cannon, Diário, 12 e 15 de
janeiro de 1894; 4 de fevereiro de 1896; 6 de janeiro de 1898; Abraham H. Cannon,
Diário, 10 e 12 de janeiro de 1894. Tópico: Legislação antipoligamia.
18. Alexander, Things in Heaven and Earth, pp. 308–309; Alexander, Mormonism in
Transition, p. 3; Joseph F. Smith, “True Economy”, Deseret Evening News, 16 de
dezembro de 1893, p. 9; Arrington, Great Basin Kingdom, pp. 380–412; Quinn,
Wealth and Corporate Power, pp. 109–111. Tópico: Finanças da Igreja.
19. George Q. Cannon, Diário, 15 de março de 1894. 30

659
Notas das páginas 30–38

20. Stapley, “Adoptive Sealing Ritual”, pp. 56–104; Irving, “Law of Adoption”, pp. 303–310;
ver também Anthon Lund para Heber J. Grant, 19 de junho de 1894, Epistolários,
vol. 1, p. 323, Anthon H. Lund Papers, Biblioteca de História da Igreja; e Heber J.
Grant para Anthon Lund, 14 de julho de 1894, Letterpress Copybook, vol. 18, p. 281,
Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja. Tópico: Selamento. 30

21. George Q. Cannon, Diário, 15 de março de 1894; Nauvoo Sealing Record A, Sealings
and Adoptions of the Living, 1846–1857, microfilme 183.374, Special Collections,
Biblioteca de História da Família; George Q. Cannon, Diário, 15 de outubro de 1890;
Abraham H. Cannon, Diário, 15 de outubro de 1890; Stapley, “Adoptive Sealing
Ritual”, pp. 104–105.
22. George Q. Cannon, Diário, 15 de março de 1894; Abraham H. Cannon, Diário, 18 de
dezembro de 1890; ver também Stapley, “Adoptive Sealing Ritual”, pp. 104–108.
23. George Q. Cannon, Diário, 15 de março de 1894.
24. “Jarman and Jarman”, Deseret Evening News, 24 de março de 1894, p. 5; Howard,
“William Jarman”, p. 84.
25. Albert Jarman para Maria Bidgood Barnes, antes de 19 de fevereiro de 1894,
Jarman Family Papers, Huntington Library, San Marino, CA; Anthon Lund para
Wilford Woodruff, 20 de março de 1895, First Presidency Mission Administration
Correspondence, Biblioteca de História da Igreja.
26. Albert Jarman para Maria Bidgood Barnes, antes de 19 de fevereiro de 1894; 9 de
março de 1894, Jarman Family Papers, Huntington Library, San Marino, CA; “Jarman
and Jarman”, Deseret Evening News, 24 de março de 1894, p. 5.
27. Albert Jarman para Maria Bidgood Barnes, 19 de fevereiro de 1894; 23 de fevereiro de
1894; 27 de abril de 1894, Jarman Family Papers, Huntington Library, San Marino, CA;
“Jarman and Jarman”, Deseret Evening News, 24 de março de 1894, p. 5.
28. George Q. Cannon, Diário, 5 de abril de 1894; Abraham H. Cannon, Diário, 5 de abril
de 1894. Tópico: Wilford Woodruff.
29. “The Law of Adoption”, Deseret Evening News, 14 de abril de 1894, p. 9; Doutrina e
Convênios 128:18; Bennett, Temples Rising, pp. 298–301.
30. “The Law of Adoption”, Deseret Evening News, 14 de abril de 1894, p. 9; Doutrina e
Convênios 137:7; Bennett, Temples Rising, pp. 299–300; Stapley, Power of Godliness,
pp. 42–44. Tópicos: Ajustes no trabalho do templo; História da família e
genealogia; Construção de templos.

Capítulo 3: O caminho certo

1. Anthon H. Lund para Heber J. Grant, 19 de junho de 1894, Epistolários, vol. 1,


pp. 323, 326, Anthon H. Lund Papers, Biblioteca de História da Igreja.
2. Allen, Embry e Mehr, Hearts Turned to the Fathers, pp. 17–24, 33–41; Santos, vol. 1,
capítulos 35 e 39; ver também, por exemplo, James, Diário, p. 1; e Albert Jarman para
Maria Bidgood Barnes, antes de 19 de fevereiro de 1894; 19 de fevereiro de 1894; 23
de fevereiro de 1894, Jarman Family Papers, Huntington Library, San Marino, CA.
3. Allen, Embry e Mehr, Hearts Turned to the Fathers, pp. 33–34, 42–47.
Tópico: História da família e genealogia.
4. Anthon H. Lund para Sarah Peterson Lund, 25 de agosto de 1893, Epistolários, vol. 1,
p. 53; James E. Talmage para Anthon H. Lund, 16 de agosto de 1894, Anthon H. Lund
Papers, Biblioteca de História da Igreja; Primeira Presidência para Anthon H. Lund, 5
de julho de 1894, First Presidency Letterpress Copybooks, vol. 28; George Q. Cannon,
Diário, 28 de setembro de 1893.
5. Primeira Presidência para Anthon H. Lund, 5 de julho de 1894, First Presidency
Letterpress Copybooks, vol. 28. Tópico: Emigração.
6. Santos, vol. 2, capítulos 10–14; ver também Thirteenth General Epistle, outubro de
1855, em Neilson e Waite, Settling the Valley, pp. 242–244, 248–249.38

660
Notas das páginas 38–42

7. Primeira Presidência para Anthon H. Lund, 5 de julho de 1894, First Presidency


Letterpress Copybooks, vol. 28. Tópico: Coligação de Israel. 38

8. Anthon H. Lund para a Primeira Presidência, 4 de agosto de 1894, First Presidency


Mission Administration Correspondence, Biblioteca de História da Igreja; Lund,
Diário, 30 de julho de 1894.
9. An Act to Enable the People of Utah to Form a Constitution and State Government,
and to Be Admitted into the Union [16 de julho de 1894], Statutes at Large [1895],
53rd Cong., 2nd Sess., capítulo 138, pp. 107–112; George Q. Cannon, Diário, 17 de
julho de 1894; “Utah’s Bill Is Law”, Deseret Evening News, 17 de julho de 1894, p. 1.
Tópico: Utah.
10. Santos, vol. 2, capítulos 10, 17 e 26. Tópico: Instituições políticas e jurídicas
americanas.
11. “Steps Leading to Statehood”, Deseret Evening News, 30 de julho de 1894, p. 4;
“Convention e Woman Suffrage”, Woman’s Exponent, 1º de abril de 1895, vol. 23,
pp. 241–242; Santos, vol. 2, capítulos 25, 30 e 35. Tópico: Sufrágio feminino.
12. Santos, vol. 2, capítulos 37 e 41; Emmeline B. Wells, “A Glimpse of Washington”, 1º de
março de 1891, em Derr e outros, First Fifty Years of Relief Society, pp. 579–581.
13. Emmeline B. Wells, “Letter to the Sisters at Home”, Woman’s Exponent, 1º de abril de
1886, vol. 14, p. 164; [Emmeline B. Wells], “Editorial Thoughts”, Woman’s Exponent, 1º
de maio de 1888, vol. 16, p. 180; Doutrina e Convênios 26:2; 28:13.
14. George Q. Cannon, Diário, 4, 7 e 11 de abril de 1895; “President B. H. Roberts”,
Juvenile Instructor, 15 de junho de 1901, vol. 36, p. 354; “Ex. Governor Thomas”,
Woman’s Exponent, 1º de maio de 1895, vol. 23, p. 261; “Is Still the Theme”, Deseret
Evening News, 5 de abril de 1895, p. 1.
15. Harrison, Separate Spheres, p. 80; Roberts, “Life Story of B. H. Roberts”, pp. 369–370.
16. George Q. Cannon, Diário, 4, 7 e 11 de abril de 1895; “President B. H. Roberts”,
Juvenile Instructor, 15 de junho de 1901, vol. 36, p. 354; “Ex. Governor Thomas”,
Woman’s Exponent, 1º de maio de 1895, vol. 23, p. 261; “Is Still the Theme”, Deseret
Evening News, 5 de abril de 1895, p. 1.
17. An Act to Enable the People of Utah to Form a Constitution and State Government,
and to Be Admitted into the Union [16 de julho de 1894], Statutes at Large, 1895,
53rd Cong., 2nd Sess., capítulo 138, pp. 107–112; “Convention and Woman Suffrage”,
Woman’s Exponent, 1º de abril de 1895, vol. 23, p. 241; [Emmeline B. Wells], “Utah
and Statehood”, Woman’s Exponent, 1º e 15 de agosto de 1894, vol. 23, p. 172; Wells,
Diário, vol. 19, 25 de março de 1895; Official Report of the Proceedings and Debates,
14–15 de março de 1895, pp. 142, 163; 18–19 de março de 1895, pp. 197, 216.
18. Roberts, “Life Story of B. H. Roberts”, pp. 369–371; Official Report of the Proceedings
and Debates, 28 de março de 1895, p. 424. Tópico: B. H. Roberts.
19. Whitney, Through Memory’s Halls, pp. 105, 239; Official Report of the Proceedings
and Debates, 30 de março de 1895, p. 508.
20. “Woman Suffrage”, Woman’s Exponent, 1º de abril de 1895, vol. 23, p. 244.
Tópico: Emmeline B. Wells.
21. Junta Geral da Sociedade de Socorro, Atas, vol. 1, 4 de abril de 1895, pp. 94–96;
Wells, Diário, vol. 19, 4 de abril de 1895.
22. Albert Jarman para Maria Bidgood Barnes, antes de 19 de fevereiro de 1894; 27 de
abril de 1894, Jarman Family Papers, Huntington Library, San Marino, CA; “Jarman
and Jarman”, Deseret Evening News, 24 de março de 1894, p. 5.
23. Albert Jarman para Maria Bidgood Barnes, 16 de novembro de 1894; 16 de fevereiro
de 1895, Jarman Family Papers, Huntington Library, San Marino, CA; Eleventh Ward,
General Minutes, 30 de junho de 1895, pp. 219–220; “Albert Edward Jarman Meets
with His Father, William Jarman”, fotografia, disponível em familysearch.org; Howard,
“William Jarman”, pp. 66, 69; “Albert Jarman Interviewed”, Deseret Evening News, 22
de julho de 1899, p. 3.42

661
Notas das páginas 42–47

24. “Albert Jarman Interviewed”, Deseret Evening News, 22 de julho de 1899, p. 3;


“Jarman’s Lurid Murder Tales”, Deseret Evening News, 22 de julho de 1899, p. 3;
Anthon H. Lund para Wilford Woodruff, 20 de março de 1895, First Presidency
Mission Administration Correspondence, Biblioteca de História da Igreja. 42

25. Eleventh Ward, General Minutes, 30 de junho de 1895, pp. 219–220; Albert Jarman
para Maria Bidgood Barnes, 8 de dezembro de 1894, Jarman Family Papers,
Huntington Library, San Marino, CA.
26. Anthon H. Lund para Wilford Woodruff, 20 de março de 1895, First Presidency
Mission Administration Correspondence, Biblioteca de História da Igreja; “Albert
Jarman Interviewed”, Deseret Evening News, 22 de julho de 1899, p. 3.
27. Albert Jarman para Maria Bidgood Barnes, 8 de dezembro de 1894; 21 de dezembro
de 1894; 5 de janeiro de 1895; 12 de fevereiro de 1895; 16 de fevereiro de 1895,
Jarman Family Papers, Huntington Library, San Marino, CA.
28. Albert Jarman para Maria Bidgood Barnes, 12 de março de 1895, Jarman Family
Papers, Huntington Library, San Marino, CA; Anthon H. Lund para Wilford
Woodruff, 20 de março de 1895, First Presidency Mission Administration
Correspondence, Biblioteca de História da Igreja.
29. William Jarman para Albert Jarman, 1º de março de 1895, cópia em Anthon H. Lund
para Wilford Woodruff, 20 de março de 1895, First Presidency Mission Administration
Correspondence, Biblioteca de História da Igreja.
30. Albert Jarman para Maria Bidgood Barnes, 16 de fevereiro de 1895; 5 de março de
1895, Jarman Family Papers, Huntington Library, San Marino, CA; “Albert Edward
Jarman and William Jarman”, fotografia, disponível em familysearch.org; “Albert
Edward Jarman Meets with His Father, William Jarman”, fotografia, disponível em
familysearch.org; “Mormonism Exposed by Mr. William Jarman”, East Anglian Daily
Times (Ipswitch, England), 27 de maio de 1909, p. 4.
31. Statehood Constitutional Convention [1895] State Constitution, artigo 4, seção 1, pp. 7,
60; Wells, Diário, vol. 19, 18 de abril de 1895; Emmeline B. Wells, “Equal Suffrage in
the Constitution”, Woman’s Exponent, 1º de maio de 1895, vol. 23, p. 260.
32. Roberts, “Life Story of B. H. Roberts”, p. 392; Proceedings before the Committee, vol. 1,
p. 927; “Rawlins, Thatcher and Roberts”, Salt Lake Herald, 6 de setembro de 1895,
p. 3; “Roberts’ Tour of Triumph”, Salt Lake Herald, 8 de outubro de 1895, p. 1.
33. Santos, vol. 2, capítulos 10 e 27; Lyman, Political Deliverance, pp. 150–181; Woodruff,
Diário, 4 de outubro de 1892; “Declaration”, Deseret Evening News, 17 de março de
1892, p. 4. Tópico: Neutralidade política.
34. Franklin D. Richards, Diário, 14 de setembro de 1894; “Roberts’ Strong Position”, Salt
Lake Herald, 14 de outubro de 1895, p. 1; “Talk with Thatcher”, Salt Lake Tribune,
11 de novembro de 1896, p. 8; Lyman, Political Deliverance, p. 259.
35. Abraham H. Cannon, Diário, 7 de outubro de 1895; Grant, Diário, 7 de outubro de
1895; Francis Marion Lyman, Diário, 7 de outubro de 1895. Tópico: Joseph F. Smith.
36. Francis Marion Lyman, Diário, 7 e 10 de outubro de 1895; “The Crisis in Utah”, Salt
Lake Herald, 18 de outubro de 1895, p. 4; “Roberts’ Strong Position”, Salt Lake Herald,
14 de outubro de 1895, p. 1; Roberts, “Life Story of B. H. Roberts”, pp. 393–394.
37. “Roberts’ Strong Position”, Salt Lake Herald, 14 de outubro de 1895, p. 1; “Masterful
Roberts”, Salt Lake Herald, 2 de novembro de 1895, p. 5; Roberts, “Life Story of B. H.
Roberts”, pp. 395–396.
38. “Not a Democratic Year”, Salt Lake Tribune, 6 de novembro de 1895, p. 7;
“Democratic Leaders Talk”, Salt Lake Herald, 8 de novembro de 1895, p. 1; Francis
Marion Lyman, Diário, 7 de novembro de 1895; Roberts, “Life Story of B. H. Roberts”,
p. 399; ver também White, Republic for Which It Stands, pp. 849–851.
39. “Utah a State”, Deseret Evening News, 4 de janeiro de 1896, p. 1; Woodruff, Diário, 4
de janeiro de 1896; Wells, Diário, vol. 20, 4 de janeiro de 1896; Salt Lake Tabernacle
Decorated for Utah Statehood Celebration, fotografia, Biblioteca de História da Igreja.
Tópico: Utah.
40. Grant, Diário, 8 de janeiro de 1896; George Q. Cannon, Diário, 5 e 19 de março de 1896. 47

662
Notas das páginas 48–54

41. Grant, Diário, 13 de fevereiro de 1896; Francis Marion Lyman, Diário, 13 de fevereiro
de 1896; Brigham Young Jr., Diário, 13 de fevereiro de 1896; George Q. Cannon,
Diário, 13 de fevereiro de 1896. 48

42. Woodruff, Diário, 5 de março de 1896; George Q. Cannon, Diário, 5 de março de


1896; Francis Marion Lyman, Diário, 5 de março de 1896; Grant, Diário, 5 de março
de 1896. Tópicos: Ações disciplinares da Igreja; Quóruns dos setenta.
43. Grant, Diário, 12 de março de 1896; Francis Marion Lyman, Diário, 12 de março de 1896.
44. B. H. Roberts para Francis Marion Lyman e Heber J. Grant, 13 de março de 1896, em
Francis Marion Lyman, Diário, 13 de março de 1896; Grant, Diário, 13 de março de 1896.
45. George Q. Cannon, Diário, 26 de março de 1896.
46. George Q. Cannon, Diário, 5 e 6 de abril de 1896.
47. “To the Saints”, Deseret Weekly, 11 de abril de 1896, pp. 532–534; ver também
“To the Saints”, em Clark, Messages of the First Presidency, vol. 3, pp. 271–277.
Tópico: Neutralidade política.
48. “Sixty-­Sixth Annual Conference”, Deseret Weekly, 11 de abril de 1896, p. 531.
Tópico: B. H. Roberts.

Capítulo 4: Muitas coisas boas

1. “Mutual Improvement”, Salt Lake Herald, 1º de junho de 1896, p. 6; Gates, History


of the Young Ladies’ Mutual Improvement Association, pp. 132, 221–222; [Thomas
Hull], “Should the Mutual Improvement Associations Unite?”, Young Woman’s Journal,
agosto de 1896, vol. 7, pp. 503–505; ver também Thomas Hull, Carta para o editor,
Contributor, outubro de 1896, vol. 17, p. 741.
2. [Thomas Hull], “Should the Mutual Improvement Associations Unite?”, Young
Woman’s Journal, agosto de 1896, vol. 7, p. 504; Gates, History of the Young Ladies’
Mutual Improvement Association, pp. 128, 138–139, 221; Junta Geral das Moças, Atas,
8 de abril de 1896, pp. 68–70. Tópicos: Organizações dos Rapazes; Organizações
das Moças.
3. “Mutual Improvement”, Salt Lake Herald, 1º de junho de 1896, p. 6; “General Conference
of the Young Men’s and Young Ladies’ Mutual Improvement Associations”, A. Elmina
Shepard Taylor Collection, Biblioteca de História da Igreja; Hartley, My Fellow Servants,
pp. 349, 421; Walker, “‘Going to Meeting’ in Salt Lake City’s Thirteenth Ward”, p. 142.
Tópico: Reuniões sacramentais.
4. “The Old B. Y. Academy”, Young Woman’s Journal, maio de 1892, vol. 3, p. 337;
Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 39, 42, 49, 232; Susa Young Gates para Leah Dunford,
22 de junho de 1896; John A. Widtsoe para Leah Dunford, 14 de fevereiro de 1894;
28 de abril de 1894; Leah Dunford para John A. Widtsoe, 25 de março de 1894; 4 de
abril de 1896, Widtsoe Family Papers, Biblioteca de História da Igreja; Leah Dunford,
“A Visit to Pratt Institute”, Young Woman’s Journal, março de 1897, vol. 8, pp. 249–259.
5. John A. Widtsoe para Leah Dunford, abril de 1896, Widtsoe Family Papers, Biblioteca
de História da Igreja.
6. Leah Dunford para John A. Widtsoe, 20 de abril de 1896, Widtsoe Family
Papers, Biblioteca de História da Igreja.
7. Leah Dunford para Susa Young Gates, 22 de junho de 1896; 7 de julho de 1896; 11
de julho de 1896; [21 e 22 de setembro de 1896], Correspondência da família, Susa
Young Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja; Annual of the University of Utah,
pp. 7, 96; Susa Young Gates para Leah Dunford, 14 de setembro de 1896, Widtsoe
Family Papers, Biblioteca de História da Igreja; Kesler, Reminiscences, pp. 34–36, 161.
8. Embry, “Women’s Life Cycles”, pp. 396–397, 410; Arrington, “Pioneer Midwives”, pp.
57–61; Mulvay, “Zion’s Schoolmarms”, pp. 67–72; Buchanan, “Education among the
Mormons”, pp. 439–440, 445–446. Tópico: Mulheres pioneiras e medicina. 54

663
Notas das páginas 55–59

9. Leah Dunford para Susa Young Gates, [21 e 22 de setembro de 1896], Correspondência
da família, Susa Young Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja; Kesler,
Reminiscences, p. 36. 55

10. Leah Dunford para Susa Young Gates, 18 de outubro de 1896, Correspondência da
família, Susa Young Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja.
11. “Institute Records of June, 1897”, Pratt Institute Monthly, outubro de 1897, vol. 6,
p. 26; Leah Dunford para Susa Young Gates, 25 de outubro de 1896, Correspondência
da família, Susa Young Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja; Donnette Smith
para Julina Lambson Smith, 18 de outubro de 1896, Correspondência da família,
Joseph F. Smith Papers, Biblioteca de História da Igreja.
12. Salt Lake Temple, Baptisms for the Dead, 1896–1897, vol. H, pp. 153–154, microfilme
183.417; Endowments for the Dead, 1896–1897, vol. E, pp. 108, 112–113, 116, microfilme
184.088; Sealings of Couples, Deceased, 27 de maio de 1896–24 de março de 1898,
vol. C, 80, microfilme 1.239.575, U.S. and Canada Record Collection, Biblioteca de
História da Família; Ezra Stevenson, “Zion’s Maori Association”, Deseret Evening News,
8 de abril de 1896, p. 1; 8 de outubro de 1896, p. 2; Newton, Tiki and Temple, p. 84.
13. “Temple List”, disponível em ChurchofJesusChrist.org/temples; George Reynolds para
Ezra F. Richards, 27 de fevereiro de 1897, First Presidency Letterpress Copybooks,
vol. 31; Whaanga, “From the Diary of Mere Whaanga”, 7 de março de [1902].
14. Whaanga, “From the Diary of Mere Whaanga”, 8 de fevereiro de 1902 e 7 de
março de [1902]; “Hirini Whaanga Is Here”, Salt Lake Tribune, 20 de julho de 1894,
p. 8. Tópico: Nova Zelândia.
15. Douglas, “Latter-­day Saints Missions and Missionaries in Polynesia”, pp. 92–94;
Primeira Presidência para William T. Stewart, 14 de outubro de 1893, William T.
Stewart Papers, Biblioteca de História da Igreja; Primeira Presidência para Anthon H.
Lund, 5 de julho de 1894, First Presidency Letterpress Copybooks, vol. 28; William T.
Stewart para a Primeira Presidência, 12 de agosto de 1893, First Presidency Mission
Administration Correspondence, Biblioteca de História da Igreja; Newton, Tiki and
Temple, pp. 78–79. Tópico: Emigração.
16. “Hirini Whaanga Is Here”, Salt Lake Tribune, 20 de julho de 1894, p. 8; Whaanga,
“From the Diary of Mere Whaanga”, 8 de fevereiro de 1902; 30 de abril de 1902;
15 de março de 1903; Newton, Tiki and Temple, p. 81.
17. Whaanga, “From the Diary of Mere Whaanga”, 15 de março de 1903; George F.
Gibbs para William Paxman, 23 de setembro de 1895; George F. Gibbs para James L.
Bunting, 11 de outubro de 1895, First Presidency Letterpress Copybooks, vol. 29;
Benjamin Goddard para William Paxman, 17 de janeiro de 1895, em Gardner, Diário,
2 de abril de 1895.
18. “To the Maori Saints”, Deseret Evening News, 20 de fevereiro de 1897, p. 11; “Zion’s
Maori Association”, Deseret Evening News, 8 de outubro de 1896, p. 2; Primeira
Presidência para William T. Stewart, 14 de outubro de 1893; Primeira Presidência para
Ezra F. Richards, 27 de fevereiro de 1897, First Presidency Letterpress Copybooks,
vols. 27 e 31.
19. Whaanga, “From the Diary of Mere Whaanga”, 8 de fevereiro de 1902; “To the Maori
Saints”, Deseret Evening News, 20 de fevereiro de 1897, p. 11; Newton, Tiki and
Temple, pp. 42–76, 84–86; “The Australasian Mission”, Deseret Evening News, 4 de
março de 1896, p. 8; “From Australasia”, Deseret Evening News, 9 de outubro de
1896, p. 8.
20. Benjamin Goddard para William Paxman, 17 de janeiro de 1895, em Gardner, Diário,
2 de abril de 1895.
21. Susa Young Gates, “Biographical Sketches”, Young Woman’s Journal, agosto de 1898,
vol. 9, pp. 340–341; McBride, “I Could Have Gone into Every House”, site de História
da Igreja, history.ChurchofJesusChrist.org.
22. Susa Young Gates, “Biographical Sketches”, Young Woman’s Journal, agosto de 1898,
vol. 9, pp. 339, 341.
59

664
Notas das páginas 60–65

23. Susa Young Gates, “Biographical Sketches”, Young Woman’s Journal, agosto de 1898,
vol. 9, pp. 339–343; “From Various Missionary Fields”, Latter-­day Saints’ Millennial
Star, 9 de julho de 1896, vol. 58, pp. 441–442; 27 de agosto de 1896, vol. 58, p. 555;
Nottingham Conference, Manuscript History and Historical Reports, 25 de agosto de
1896, Biblioteca de História da Igreja.
60

24. Susa Young Gates, “Biographical Sketches”, Young Woman’s Journal, agosto de 1898,
vol. 9, pp. 340–341.
25. Susa Young Gates, “Biographical Sketches”, Young Woman’s Journal, agosto de 1898,
vol. 9, p. 342; “London Conference”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 28 de outubro
de 1896, vol. 59, pp. 684–685.
26. Susa Young Gates, “Biographical Sketches”, Young Woman’s Journal, agosto de 1898,
vol. 9, p. 342.
27. “London Conference”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 28 de outubro de 1896,
vol. 59, p. 684.
28. Susa Young Gates, “Biographical Sketches”, Young Woman’s Journal, agosto de 1898,
vol. 9, p. 342; ver também McBride, “I Could Have Gone into Every House”, site de
História da Igreja, history.ChurchofJesusChrist.org.
29. Susa Young Gates, “Biographical Sketches”, Young Woman’s Journal, agosto de 1898,
vol. 9, p. 343. Tópico: Crescimento da obra missionária.
30. Leah Dunford para Lillian Hamlin, 25 de setembro de 1897, Correspondência da
família, Susa Young Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja; John A. Widtsoe
para Leah Dunford, 14 de agosto de 1897, Widtsoe Family Papers, Biblioteca de
História da Igreja; Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 49–50, 232.
31. John A. Widtsoe para Leah Dunford, 4 de outubro de 1897, Widtsoe Family Papers,
Biblioteca de História da Igreja; Widtsoe, In a Sunlit Land, p. 232; Jacob Gates para
Susa Young Gates, 15 de setembro de 1897, Correspondência da família, Susa Young
Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja; “Alonzo Pratt Kesler”, Missionary
Database, history.ChurchofJesusChrist.org/missionary; ver também Correspondência
de Dunford e Widtsoe, 1º de setembro de 1896–25 de julho de 1897, Widtsoe Family
Papers, Biblioteca de História da Igreja.
32. Leah Dunford para Susa Young Gates, 12 de setembro de 1897, Correspondência da
família, Susa Young Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja.
33. Leah Dunford para Susa Young Gates, 12 de setembro de 1897; Leah Dunford para
Lillian Hamlin, 25 de setembro de 1897, Correspondência da família, Susa Young
Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja. Tópico: John e Leah Widtsoe.
34. Presidência da AMMJD para “As irmãs que visitam as estacas”, [agosto] de 1897, Young
Woman’s Journal Files, Susa Young Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja;
Susa Young Gates para Leah Dunford, 16 de setembro de 1897; John A. Widtsoe para
Leah Dunford, 13 de setembro de 1897, Widtsoe Family Papers, Biblioteca de História
da Igreja.
35. Susa Young Gates para Leah Dunford, 16 de setembro de 1897, Widtsoe Family
Papers, Biblioteca de História da Igreja.
36. John A. Widtsoe para Leah Dunford, 14 de novembro de 1897, Widtsoe Family
Papers, Biblioteca de História da Igreja; Susa Young Gates para John A. Widtsoe,
22 de novembro de 1897, Widtsoe Family Papers, Biblioteca de História da Igreja.
Tópico: Susa Young Gates.
37. John A. Widtsoe para Leah Dunford, 18 de outubro de 1897; 14 de novembro de
1897, Widtsoe Family Papers, Biblioteca de História da Igreja; Widtsoe, In a Sunlit
Land, pp. 37, 51–52.
38. Woodruff, Diário, 14 de maio de 1843; Pratt, Autobiografia, pp. 86–87;
John A. Widtsoe para Leah Dunford, 29 de novembro de 1897, Widtsoe Family
Papers, Biblioteca de História da Igreja.
39. John A. Widtsoe para Leah Dunford, 29 de novembro de 1897, Widtsoe Family
Papers, Biblioteca de História da Igreja. 65

665
Notas das páginas 65–70

40. Leah Dunford para John A. Widtsoe, 7 de novembro de 1897; John A. Widtsoe para
Leah Dunford, 29 de novembro de 1897; Susa Young Gates para John A. Widtsoe, 22
de novembro de 1897, Widtsoe Family Papers, Biblioteca de História da Igreja. 65

41. Susa Young Gates para John A. Widtsoe, 20 de janeiro de 1898, Widtsoe Family
Papers, Biblioteca de História da Igreja.

Capítulo 5: Uma preparação essencial

1. Allen, Diário, p. 12; “Our First Lady Missionaries”, Latter-­day Saints’ Millennial Star,
28 de julho de 1898, vol. 60, p. 472; Maki, “They Can Bear Testimony, They Can
Teach”, site de História da Igreja, history.ChurchofJesusChrist.org.
2. “Our First Lady Missionaries”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 28 de julho de 1898,
vol. 60, p. 472; Historical Department, Journal History of the Church, 11 de março
de 1898, p. 2; Susa Young Gates, “Biographical Sketches”, Young Woman’s Journal,
agosto de 1898, vol. 9, p. 342; McBride, “I Could Have Gone into Every House”, site
de História da Igreja, history.ChurchofJesusChrist.org.
3. George Q. Cannon, em Sixty-­Eighth Annual Conference, pp. 6–8; Santos, vol. 2,
capítulos 25 e 29; Santos, vol. 3, capítulo 1.
4. Watt e Godfrey, “Old 42”, pp. 87–99; Allen, Diário, pp. 13–14.
5. Allen, Diário, pp. 16–18.
6. Allen, Diário, pp. 18–23; “A Letter from Bristol”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 28
de julho de 1898, vol. 60, pp. 476–477.
7. “Editorial Notes”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 23 de junho de 1898, vol. 60,
p. 393; 14 de julho de 1898, vol. 60, p. 443; “Programme of Dr. Talmage’s Lecture
Tour”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 21 de julho de 1898, vol. 60, p. 460; “The
Stereopticon versus Prejudice” e “Lime-­Light Views”, Latter-­day Saints’ Millennial Star,
11 de agosto de 1898, vol. 60, pp. 504–505, 507–511.
8. “A Letter from Bristol”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 28 de julho de 1898, vol. 60,
p. 477. Tópico: Crescimento da obra missionária.
9. New Zealand Auckland Mission, Manuscript History, vol. 3, parte 2, 11 de abril de
1898; Hirini Whaanga para Wilford Woodruff, 8 de janeiro de 1898, First Presidency
Missionary Calls and Recommendations, Biblioteca de História da Igreja.
10. Historical Department, Journal History of the Church, 17 de dezembro de 1897, p. 2;
New Zealand Auckland Mission, Manuscript History, vol. 3, parte 2, 3 de abril de
1898; “In New Zealand”, Lehi (UT) Banner, 2 de agosto de 1898, p. [7]; Edward H.
Anderson, “Lesson of the Life of Hirini Whaanga”, Improvement Era, janeiro de 1906,
vol. 9, p. 260; Newton, Tiki and Temple, pp. 37, 60, 87–88; Ezra Stevenson para
George Reynolds, 11 de janeiro de 1899, First Presidency Mission Administration
Correspondence, Biblioteca de História da Igreja.
11. Ezra Stevenson para Wilford Woodruff, 9 de junho de 1898, First Presidency Mission
Administration Correspondence, Biblioteca de História da Igreja; Gardner, Diário,
2 de abril de 1895; “New Zealand Mission”, Deseret Evening News, 14 de janeiro
de 1899, p. 17; Ezra Stevenson para George Reynolds, 11 de janeiro de 1899, First
Presidency Mission Administration Correspondence, Biblioteca de História da Igreja;
Newton, Tiki and Temple, pp. 87–88.
12. “Dramatic and Lyric”, Salt Lake Herald, 20 de fevereiro de 1898, p. 11; “A Fine
Entertainment”, Salt Lake Herald, 26 de fevereiro de 1898, p. 8; “Society”, Salt Lake
Herald, 27 de fevereiro de 1898, p. 13; George Q. Cannon, Diário, 25 de fevereiro de
1898; Dean, Diário, 26 de fevereiro de 1898; Newton, Tiki and Temple, pp. 87–88.
13. “Utahn in New Zealand”, Deseret Weekly, 14 de maio de 1898, p. 692; “An Enjoyable
Affair”, Deseret Evening News, 9 de abril de 1898, p. 5; Stevenson, Diário, 26 de julho
de 1898; “Ezra Thompson DuFresne Stevenson”, Missionary Database, history
.ChurchofJesusChrist.org/missionary; Ezra Richards, Diário, 4 de abril de 1898. 70

666
Notas das páginas 71–76

14. Ezra Richards para Wilford Woodruff, 25 de março de 1898, First Presidency Mission
Administration Correspondence, Biblioteca de História da Igreja; Ezra Richards,
Diário, 25 de março e 4 de abril de 1898; New Zealand Auckland Mission, Manuscript
History, vol. 3, parte 2, 11 de abril de 1898.
71

15. Ezra Richards, Diário, 5 de abril de 1898.


16. New Zealand Auckland Mission, Manuscript History, vol. 3, parte 2, 11 de abril de
1898; Newton, Tiki and Temple, p. 88. Tópico: Nova Zelândia.
17. Ver, por exemplo, “It Was Spanish Work”, Boston Evening Journal, 31 de março de
1898, p. 6; e “War May Be Declared within the Next Ten Days”, San Francisco Call,
26 de março de 1898, p. 1; ver também Musicant, Empire by Default, pp. 143–145,
151–152; e Miller, From Liberation to Conquest, pp. 55–60, 69, 116–117, 140–146.
18. Wells, Diário, vol. 22, 10 de maio de 1898; George Q. Cannon, Diário, 24 de abril
de 1898; Brigham Young Jr., Diário, 22 de fevereiro e 25–27 de abril de 1898;
Lydia D. Alder, “Hispania”, Woman’s Exponent, 1º de maio de 1898, vol. 26, p. 275;
“The War with Spain” e “Utah Patriotism”, Woman’s Exponent, 1º de maio de 1898,
vol. 26, p. 276; “Mrs. Henrotin’s Letter”, Woman’s Exponent, 1º de maio de 1898,
vol. 26, pp. 277–278; “Women’s Council on War” e “Anna Garlin Spencer on the
War”, Woman’s Exponent, 15 de maio de 1898, vol. 26, p. 283. Tópicos: Batalhão
Mórmon; Guerra Mexicano-­Americana.
19. Brigham Young Jr., Diário, 22 de fevereiro e 24 de abril de 1898; Wells, Diário, vol. 22,
24 de abril de 1898; “Services at the Tabernacle”, Deseret Evening News, 25 de abril de
1898, p. 8; George Q. Cannon, Diário, 26 de abril de 1898.
20. “Apostle Young Repudiated”, Salt Lake Tribune, 26 de abril de 1898, p. 4; Woodruff,
Diário, 25 de abril de 1898; George Q. Cannon, Diário, 26 de abril de 1898; ver
também Brigham Young Jr., Diário, 25–27 de abril de 1898.
21. “No Disloyalty Here”, Deseret Evening News, 25 de abril de 1898, p. 4; Reeves, “Utah
and the Spanish-­American War”, pp. 97–107. Tópico: Guerra Hispano-­Americana.
22. Woodruff, Diário, 9 de junho e 9–28 de agosto de 1898; Alexander, Things in Heaven
and Earth, p. 329; “His Death Came Suddenly”, Deseret Evening News, 2 de setembro
de 1898, p. 1; George Q. Cannon, Diário, 24–31 de agosto de 1898.
23. George Q. Cannon, Diário, 29 de agosto e 2 de setembro de 1898; Santos, vol. 1,
capítulos 27 e 34.
24. Woodruff, Diário, 1º–2 de setembro de 1898; Joseph F. Smith, Diário, 2 de setembro
de 1898; “President Woodruff Is Dead”, Deseret Evening News, 2 de setembro de
1898, p. 1; ver também Bitton, George Q. Cannon, pp. 422–423. Tópico: Wilford
Woodruff.
25. LeRoi C. Snow, “An Experience of My Father’s”, Improvement Era, setembro de 1933,
vol. 36, p. 677; Lorenzo Snow, “An Account of a Private Interview with President
Woodruff”.
26. LeRoi C. Snow, “An Experience of My Father’s”, Improvement Era, setembro de 1933,
vol. 36, p. 677; George Q. Cannon, Diário, 6 de janeiro de 1898; John Henry Smith,
Diário, 6 de setembro de 1898; Clawson, Diário, 1º de dezembro de 1898 e 21 de
abril de 1899; ver também Walker, “Crisis in Zion”, pp. 115–142. Tópico: Finanças
da Igreja.
27. Joseph F. Smith, Diário, 6 e 9 de setembro de 1898; Historical Department, Journal
History of the Church, 9 de setembro de 1898, p. 2; 13 de setembro de 1898, p. 2.
Tópico: Quórum dos Doze.
28. Historical Department, Journal History of the Church, 13 de setembro de 1898, p. 5;
Joseph F. Smith, Diário, 13 de setembro de 1898; George Q. Cannon, Diário, 13 de
setembro de 1898; comparar com LeRoi C. Snow, “An Experience of My Father’s”,
Improvement Era, setembro de 1933, vol. 36, p. 677. Tópicos: Lorenzo Snow;
Sucessão na liderança da Igreja; Templo de Salt Lake. 76

29. Historical Department, Journal History of the Church, 13 de setembro de 1898,


pp. 2–5; George Q. Cannon, Diário, 13 de setembro de 1898; Joseph F. Smith, Diário,

667
Notas das páginas 77–81

13 de setembro de 1898; Francis Marion Lyman, Diário, 13 de setembro de 1898;


Cowley, Diário, 13 de setembro de 1898. 77

30. “The Conference”, Deseret Evening News, 10 de outubro de 1898, p. 5; Winter, Diário,
9 de outubro de 1898; “Conference Talks to Big Crowds”, Salt Lake Herald, 8 de abril
de 1901, p. 5. Tópicos: Primeira Presidência; Comum acordo.
31. John Henry Smith, Diário, 29 de julho de 1898; Francis Marion Lyman, Diário, 12 de
julho e 1º de dezembro de 1898; Clawson, Diário, 10 de novembro de 1898; 1º de
dezembro de 1898; 9 de março de 1899; Historical Department, Journal History of
the Church, 1º de dezembro de 1898, p. 2; 5 de janeiro de 1899, pp. 4–6; Clawson,
“Reorganization of Financial System”, pp. 1–6; Clawson, “Memoirs of the Life of
Rudger Clawson”, pp. 372–374; Franklin D. Richards, Diário, 7, 10 e 14 de novembro
de 1898; ver também Horne, Latter Leaves in the Life of Lorenzo Snow, pp. 308–312;
e Bell, “Windows of Heaven Revisited”, p. 56.
32. Bell, “Windows of Heaven Revisited”, pp. 55–57; Franklin D. Richards, Brigham
Young Jr., George Q. Cannon, Joseph F. Smith, em Sixty-­Ninth Annual Conference,
pp. 46–47, 48–50, 65–66, 67–70; Historical Department, Journal History of the
Church, 8 de abril de 1899, pp. 2–3; Joseph F. Smith, Diário, 8 de abril de 1899.
33. Historical Department, Journal History of the Church, 10 de abril de 1899, p. 2.
34. LeRoi C. Snow, “From Despair para Freedom through Tithing”, Deseret News, seção da
Igreja, 29 de março de 1941, p. 6; ver também Bell, “Windows of Heaven Revisited”,
pp. 57–58; e Horne, Latter Leaves in the Life of Lorenzo Snow, pp. 314–315.
35. LeRoi C. Snow, “The Lord’s Way Out of Bondage”, Improvement Era, julho de 1938,
vol. 41, p. 401; Bell, “Windows of Heaven Revisited”, p. 58.
36. Winter, Diário, 15 e 16 de maio de 1899; “Tour of President Snow”, Salt Lake Herald,
21 de maio de 1899, p. 1; Bell, “Windows of Heaven Revisited”, pp. 59–60; LeRoi C.
Snow, “The Lord’s Way Out of Bondage”, Improvement Era, julho de 1938, vol. 41,
p. 401; McArthur, Oral History Interview, [00:15:16].
37. LeRoi C. Snow, “From Despair para Freedom through Tithing”, Deseret News, seção da
Igreja, 29 de março de 1941, p. 6; LeRoi C. Snow, “The Lord’s Way Out of Bondage”,
Improvement Era, julho de 1938, vol. 41, p. 439; Brooks, Uncle Will Tells His Story,
p. 64; ver também Bell, “Windows of Heaven Revisited”, pp. 60–63.
38. St. George Utah Stake, General Minutes, 17 de maio de 1899; “Pres. Snow in Sunny
St. George”, Deseret Evening News, 17 de maio de 1899, p. 2.
39. LeRoi C. Snow, “The Lord’s Way Out of Bondage”, Improvement Era, julho de 1938,
vol. 41, p. 439.
40. St. George Utah Stake, General Minutes, 17 de maio de 1899; Clawson, Diário, 2 de
julho de 1899; Bell, “Windows of Heaven Revisited”, p. 63; ver também Horne, Latter
Leaves in the Life of Lorenzo Snow, p. 319.
41. “Discourse by President Lorenzo Snow”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 24 de
agosto de 1899, vol. 61, p. 533; St. George Utah Stake, General Minutes, 18 de maio
de 1899; Bell, “Windows of Heaven Revisited”, pp. 71–72; ver também Historical
Department, Journal History of the Church, 18 de maio de 1899, p. 6; e Horton,
“Wherein Shall We Return?”, pp. 32–35. Tópico: Dízimo.
42. Francis Marion Lyman, Diário, 22–27 de maio de 1899; Winter, Diário, 22 e 26 de
maio de 1899; ver também “The Party Enroute”, Deseret Evening News, 17 de maio de
1899, p. 2; “Good Prospects Down at Beaver”, Deseret Evening News, 25 de maio de
1899, p. 5; Horne, Latter Leaves in the Life of Lorenzo Snow, pp. 328–336; Doutrina
e Convênios 119 (Revelação, 8 de julho de 1838–C, em josephsmithpapers.org); e
Horton, “Wherein Shall We Return?”, pp. 37–39.
43. Bell, “Windows of Heaven Revisited”, p. 70; “From Proceedings of Solemn Assembly”,
vol. 5, pp. 180–182, Church Manuscripts, BYU.
44. Clawson, Diário, 2 de julho de 1899; Cowley, Autobiografia, 2 de julho de 1899;
LeRoi C. Snow, “The Lord’s Way Out of Bondage”, Improvement Era, julho de 1938,
vol. 41, pp. 400–401, 439–442. Tópicos: Dízimo; Consagração e mordomia. 81

668
Notas das páginas 82–88

Capítulo 6: Nosso desejo e nossa missão

1. George T. Judd, “New Zealand Mission”, Deseret Evening News, 14 de janeiro de


1899, p. 15.82

2. George T. Judd, “New Zealand Mission”, Deseret Evening News, 14 de janeiro de 1899,
p. 15; “Mission Fields”, Deseret Evening News, 7 de janeiro de 1899, p. 15; Stevenson,
Diário, 29 e 30 de outubro de 1898.
3. Stevenson, Diário, 10 de novembro de 1898; George T. Judd, “New Zealand Mission”,
Deseret Evening News, 14 de janeiro de 1899, p. 15.
4. George T. Judd, “New Zealand Mission”, Deseret Evening News, 14 de janeiro de
1899, p. 15; Stevenson, Diário, 25 de novembro de 1898.
5. “Maori Chief Returns Home”, Deseret Evening News, 13 de maio de 1899, p. [17];
Ezra T. Stevenson para Wilford Woodruff, 9 de junho de 1898, Correspondência
administrativa missionária da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
Stevenson, Diário, 5 e 26 de março de 1899.
6. “Maori Chief Returns Home”, Deseret Evening News, 13 de maio de 1899, p. [17];
Stevenson, Diário, 17 de abril de 1899. Tópico: Nova Zelândia.
7. Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 53–58; “A Union of Art and Science”, Young Woman’s
Journal, julho de 1898, vol. 9, p. 332; “In the European Mission”, Deseret Weekly, 17
de setembro de 1898, p. 437; Kertz-­Welzel, “The Singing Muse?”, p. 8; Coray, “Emma
Lucy Gates (Bowen)”, pp. 4, 12–13; John A. Widtsoe para Anna Gaarden Widtsoe,
2 de abril de 1899; Leah Dunford Widtsoe para Anna Gaarden Widtsoe, 21 de abril
de 1899, Documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.
8. Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 53–55, 63–64, 67; “A Union of Art and Science”, Young
Woman’s Journal, julho de 1898, vol. 9, p. 332. Tópico: John e Leah Widtsoe.
9. “Statistical Report of the European Mission”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 15
de fevereiro de 1900, vol. 62, p. 103; Arnold H. Schulthess para os presidentes de
conferência e élderes presidentes, 21 de junho de 1899, Documentos de Arnold H.
Schulthess, Biblioteca de História da Igreja; Der Stern, 1º de janeiro de 1898, p. 1;
Scharffs, Mormonism in Germany, pp. 46–51.
10. Missão Suíço-­Alemã, Diário do escritório, 14 de abril de 1899, p. 4; Peter Loutensock
para George Reynolds, 4 de março de 1898; Peter Loutensock para Wilford Woodruff,
24 de abril de 1898, Correspondência administrativa missionária da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 67–68;
Scharffs, Mormonism in Germany, pp. 46–51. Tópico: Alemanha.
11. Coray, “Emma Lucy Gates (Bowen)”, pp. 12–13; Leah Dunford Widtsoe para Anna
Gaarden Widtsoe, julho de 1899; John A. Widtsoe para Leah Dunford Widtsoe, 24
de agosto de 1899; Leah Dunford Widtsoe para John A. Widtsoe, 5–9 de setembro
de 1899, Documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; Leah
Dunford Widtsoe para Susa Young Gates, 10 de setembro–19 de outubro de 1899,
Correspondência da família, Documentos de Susa Young Gates, Biblioteca de
História da Igreja.
12. John A. Widtsoe para Leah Dunford Widtsoe, 16 de setembro de 1899, Documentos
da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.
13. John A. Widtsoe para Leah Dunford Widtsoe, 20 de novembro de 1899; Leah Dunford
Widtsoe para John A. Widtsoe, [21 de novembro de 1899], Documentos da família
Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; Widtsoe, In a Sunlit Land, p. 57.
14. Widtsoe, In a Sunlit Land, p. 57; John A. Widtsoe para Leah Dunford Widtsoe,
telegrama, 20 de novembro de 1899; Leah Dunford Widtsoe para John A. Widtsoe,
[21 de novembro de 1899], Documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História da
Igreja. Citação editada para facilitar o entendimento; a fonte original é “magda pela
graça de deus”.
15. “Objections Made to Mr. Roberts”, Deseret Evening News, 4 de dezembro de 1899,
p. 1; Roberts, “Life Story of B. H. Roberts”, p. 418; Brackenridge, “William R.
Campbell”, p. 140. 88

669
Notas das páginas 88–92

16. “Roberts and Baskin Sweep Everything”, Salt Lake Herald, 9 de novembro de 1898,
p. 1; Francis Marion Lyman, Diário, 4 de agosto e 14 de setembro de 1898; Bitton,
Ritualization of Mormon History, pp. 157–159. 88

17. “What the Nation Thinks on the Roberts Case”, Salt Lake Tribune, 4 de dezembro de
1898, p. 17; “Opposition to Roberts Because He Is a Mormon”, Salt Lake Herald, 13 de
dezembro de 1898, p. 1; Roberts, “Life Story of B. H. Roberts”, p. 418; Brackenridge,
“William R. Campbell”, pp. 106–115. Tópico: B. H. Roberts.
18. Brackenridge, “William R. Campbell”, pp. 113–119, 137–140; ver também, por
exemplo, “Roberts’s Election to Congress”, New York Journal and Advertiser, 2 de
janeiro de 1899, p. 4; “Mormon Apostle Reveals the Truth”, New York Journal and
Advertiser, 5 de janeiro de 1899, p. 6; e “Crush the Harem”, New York Journal and
Advertiser, 27 de janeiro de 1899, p. 7.
19. “Objections Made to Mr. Roberts”, Deseret Evening News, 4 de dezembro de 1899,
p. 1; Congressional Record [1900], vol. 33, pp. 3–5.
20. Congressional Record [1900], vol. 33, pp. 47–49.
21. “Before the Committee”, Evening Times (Washington, D.C.), 9 de dezembro de
1899, p. 2; “Roberts Excluded”, Evening Times, 26 de janeiro de 1900, p. 1; “The
Roberts Case”, National Tribune (Washington, D.C.), 28 de dezembro de 1899, p. 2;
“O Manifesto e o fim do casamento plural”, Textos sobre os Tópicos do Evangelho,
ChurchofJesusChrist.org/study/manual/gospel-­topics-­essays; Congressional Record
[1900], vol. 33, pp. 1075, 1215–1216. Tópico: Instituições jurídicas e políticas
americanas.
22. Joseph F. Smith, Diário, 24 de janeiro de 1900; George Q. Cannon, Diário, 6 de
fevereiro de 1900; Lund, Diário, 28 de dezembro de 1899; Wells, Diário, vol. 24,
19 de novembro de 1899; ver também, por exemplo, “Roberts Excluded”, Evening
Star (Washington, D.C.), 26 de janeiro de 1900, p. 1; “Exclude”, Wichita (KS) Daily
Eagle, 26 de janeiro de 1900, p. 1; e “Roberts Excluded from the House”, Seattle (WA)
Post-­Intelligencer, 26 de janeiro de 1900, p. 1.
23. “O Manifesto e o fim do casamento plural”, Textos sobre os Tópicos do Evangelho,
ChurchofJesusChrist.org/study/manual/gospel-­topics-­essays; Hardy, Solemn
Covenant, p. 285.
24. Cannon, “Beyond the Manifesto”, pp. 30–36; Hardy, Solemn Covenant, pp.
182–188, 206–227, apêndice 2; “O Manifesto e o fim do casamento plural”, nota 36,
Textos sobre os Tópicos do Evangelho, ChurchofJesusChrist.org/study/manual/
gospel-­topics-­essays. Os quatro apóstolos eram John W. Taylor, Abraham H. Cannon,
George Teasdale e Matthias F. Cowley. Quatro outros apóstolos tiveram casamentos
plurais entre 1900 e 1904: Brigham Young Jr., Marriner W. Merrill, Abraham O.
Woodruff e Rudger Clawson. Tópico: Casamento plural após o Manifesto.
25. “O Manifesto e o fim do casamento plural”, Textos sobre os Tópicos do Evangelho,
ChurchofJesusChrist.org/study/manual/gospel-­topics-­essays; Cannon, “Beyond the
Manifesto”, pp. 30–36; Hardy, Solemn Covenant, pp. 206–232; ver também Alexander,
Things in Heaven and Earth, pp. 326–328.
26. Lund, Diário, 28 de dezembro de 1899; Wells, Diário, vol. 24, 19 de novembro de
1899; Francis Marion Lyman, Diário, 26 de janeiro de 1900. Tópico: Neutralidade
política.
27. Zina Young Card para Susa Young Gates, 22 de abril de 1900, Correspondência geral,
Documentos de Susa Young Gates, Biblioteca de História da Igreja; “Logan”, Deseret
Evening News, 31 de março de 1900, p. 7; “Oneida Stake Conference”, Woman’s
Exponent, 15 de maio de 1900, vol. 28, pp. 135–136. Tópico: Zina D. H. Jacobs
Young.
28. Santos, vol. 2, capítulo 36; Doig e Stone, “The Alberta Settlement”, pp. 58–61, 69–71,
79–85, 99; Sherlock, “Mormon Migration and Settlement after 1875”, pp. 64–65.
Tópico: Canadá.
29. Ala Cardston, Registros e Atas da Sociedade de Socorro, 5 de julho de 1900, p. 73; 4
de outubro de 1900, p. 87; 3 de janeiro de 1901, p. 95.
92

670
Notas das páginas 92–99

30. Daynes, More Wives Than One, pp. 92–94; Daynes, “Single Men in a Polygamous
Society”, pp. 90–93.92

31. Ala Cardston, Registros e atas da Associação de Melhoramentos Mútuos das Jovens
Damas, 6 de maio de 1900, p. 372.
32. Ala Cardston, Registros e atas da Associação de Melhoramentos Mútuos das Jovens
Damas, 6 de maio–26 de setembro de 1900, pp. 371–385.
33. “Ethics for Young Girls”, Young Woman’s Journal, janeiro–dezembro de 1900.
Tópico: Periódicos da Igreja.
34. Ala Cardston, Registros e atas da Associação de Melhoramentos Mútuos das Jovens
Damas, 6 de maio de 1900, p. 372; 6 de junho de 1900, pp. 377–378. Citação editada
para facilitar o entendimento; a frase original “assumir que somos mórmon” foi
alterada para “assumir que somos mórmons”.
35. “Oneida Stake Conference”, Woman’s Exponent, 15 de maio de 1900, vol. 28, p. 136;
Ala Cardston, Registros e atas da Sociedade de Socorro, 5 de julho de 1900, p. 73.
36. George Q. Cannon, Diário, 22 de novembro e 10 de dezembro de 1900; Santos,
vol. 2, capítulos 9–11. Tópico: Havaí.
37. George Q. Cannon, Diários, 10 e 11 de dezembro de 1900; 5 de janeiro de 1901;
Walker, “Abraham Kaleimahoe Fernandez”, p. [2]; “Pres. Cannon and Party Return”,
Deseret Evening News, 16 de janeiro de 1901, p. 8.
38. Santos, vol. 2, capítulos 9–11, 39 e 44; George Q. Cannon, Diário, 22 de novembro
e 12 de dezembro de 1900; George Q. Cannon para Lorenzo Snow e Joseph F.
Smith, 14 de dezembro de 1900, Correspondência da Primeira Presidência com as
autoridades gerais, Biblioteca de História da Igreja.
39. George Q. Cannon, Diário, 12 de dezembro de 1900; Angell, Theaters of Hawai‘i,
pp. 16–17; “President Cannon Celebrates Semi-­centennial in Hawaii”, Salt Lake
Herald, 25 de dezembro de 1900, p. 6; “Pres. Cannon and Party Return”, Deseret
Evening News, 16 de janeiro de 1901, p. 8.
40. George Q. Cannon para Lorenzo Snow e Joseph F. Smith, 14 de dezembro de 1900,
Correspondência da Primeira Presidência com as autoridades gerais, Biblioteca de
História da Igreja; “President Cannon Celebrates Semi-­centennial in Hawaii”, Salt Lake
Herald, 25 de dezembro de 1900, p. 6.
41. George Q. Cannon, Diário, 12 de dezembro de 1900; George Q. Cannon para
Lorenzo Snow e Joseph F. Smith, 14 de dezembro de 1900, Correspondência da
Primeira Presidência com as autoridades gerais, Biblioteca de História da Igreja;
“Pres. Cannon and Party Return”, Deseret Evening News, 16 de janeiro de 1901, p. 8.
Tópico: Dom de línguas.
42. “President Cannon Celebrates Semi-­centennial in Hawaii”, Salt Lake Herald, 25
de dezembro de 1900, p. 6; George Q. Cannon, Diário, 13 de dezembro de 1900.
43. George Q. Cannon, Diário, 28 de dezembro de 1900; “Napela, Jonathan (Ionatana)
Hawaii” e “Napela, Kitty Richardson”, Artigos biográficos, site: Journal of
George Q. Cannon, churchhistorianspress.org; Santos, vol. 2, capítulos 10–11 e 31.
Tópico: Jonathan Napela.
44. Takagi, Trek East, pp. 19–20; George Q. Cannon, Diário, 30 de dezembro de 1900 e 4
de janeiro de 1901.
45. George Q. Cannon, Diário, 5 de janeiro de 1901; “Pres. Cannon and Party Return”,
Deseret Evening News, 16 de janeiro de 1901, p. 8. Tópico: George Q. Cannon.
46. Snow, Greeting to the World by President Lorenzo Snow, p. [1]; “Special New Century
Services”, Deseret Evening News, 1º de janeiro de 1901, p. 5.
47. “Special New Century Services”, Deseret Evening News, 1º de janeiro de 1901, p. 5.
48. “Special New Century Services” e “Greeting to the World”, Deseret Evening News,
1º de janeiro de 1901, p. 5; Snow, Greeting to the World by President Lorenzo Snow,
pp. [1]–[3].
99

671
Notas das páginas 100–106

Capítulo 7: Sob julgamento

1. Joseph F. Smith, Diário, 18 de fevereiro de 1901; George Q. Cannon, Diário, 13 de


março–7 de abril de 1901; Bitton, George Q. Cannon, p. 447; Joseph F. Smith para
George Q. Cannon, 7 de abril de 1901, Letterpress Copybooks, p. 503, Documentos
de Joseph F. Smith, Biblioteca de História da Igreja.
100

2. Joseph F. Smith, Diário, 12 de abril de 1901; ver também, por exemplo, “Mr. Cannon
Improving”, Salt Lake Herald, 4 de abril de 1901, p. 2; “Mr. Cannon Better”, Salt Lake
Herald, 5 de abril de 1901, p. 7; e “President Cannon Worse”, Salt Lake Herald, 9 de
abril de 1901, p. 3. Tópico: George Q. Cannon.
3. Horne, “Joseph F. Smith’s Succession to the Presidency”, pp. 270–273; “Life Sketch of
Joseph F. Smith”, Deseret Evening News, 17 de outubro de 1901, p. 1.
4. “Opening of a Mission in Japan”, Deseret Evening News, 6 de abril de 1901, parte 2,
p. 9; “Personal Mention”, Salt Lake Herald, 24 de abril de 1901, p. 8; “Mexico
Welcomes the Mormons”, Deseret Evening News, 24 de junho de 1901, p. 1; Lund,
Diário, 1º–2 de outubro de 1901; Clawson, Diário, 1º–3 de outubro de 1901.
Tópico: Crescimento do trabalho missionário.
5. “Passed into the Repose of Death”, Deseret Evening News, 28 de agosto de 1901, p. 8;
“‘Aunt’ Zina Laid to Rest”, Deseret Evening News, 2 de setembro de 1901, p. 8.
6. Atas da Sociedade de Socorro da Ala Cardston, 15 de agosto de 1901, p. 132.
Tópico: Zina D. H. Jacobs Young.
7. Clawson, Diário, 10 de outubro de 1901; “President Snow Dead”, Salt Lake Tribune,
11 de outubro de 1901, p. 1; “In the Tabernacle”, Deseret Evening News, 14 de outubro
de 1901, p. 5. Tópico: Lorenzo Snow.
8. Lund, Diário, 17 de outubro de 1901; Clawson, Diário, 17 de outubro de
1901; Historical Department, Journal History of the Church, 17 de outubro de
1901, p. 2; “The General Authorities”, Seventy-­First Annual Conference, p. 45.
Tópicos: Joseph F. Smith; Primeira Presidência; Sucessão na liderança
da Igreja; Bispo.
9. “Reorganization of the First Presidency”, Deseret Evening News, 16 de novembro de
1901, p. 23; Santos, vol. 1, capítulo 32.
10. “Authorities of the Church Sustained”, Deseret Evening News, 11 de novembro de
1901, p. 23; Wells, Diário, vol. 27, 10 de novembro de 1901; Junta geral da Sociedade
de Socorro, Atas, 10 de novembro de 1901, p. 31. Tópico: Comum acordo.
11. “Bathsheba Wilson Bigler Smith”, Artigo biográfico, site: First Fifty Years of Relief
Society, churchhistorianspress.org; Livro de Atas da Sociedade de Socorro, 17 de
março de 1842, em Derr e outros, First Fifty Years of Relief Society, p. 30; General
Officers, General Relief Society, pp. 32–52; ver também Swinton, “Bathsheba Wilson
Bigler Smith”, pp. 349–365.
12. General Officers, General Relief Society, pp. 27–28.
13. General Officers, General Relief Society, pp. 20, 52–59, 91–92, 96. Tópico: Sede da
Igreja.
14. Junta geral da Sociedade de Socorro, Atas, 20 de junho de 1902, p. 51; General
Officers, General Relief Society, pp. 59–60; Derr, Cannon, e Beecher, Women of
Covenant, pp. 161–163. Tópico: Sociedade de Socorro.
15. Derr, Cannon e Beecher, Women of Covenant, pp. 154–161; General Officers, General
Relief Society, pp. 86–87; ver também, por exemplo, “Timely Suggestions”, Woman’s
Exponent, 1º e 15 de dezembro de 1902, vol. 31, p. 51; “Lectures for Mothers”,
Woman’s Exponent, 1º de março de 1903, vol. 31, p. 75; e “Mother’s Work”, Woman’s
Exponent, 1º de outubro de 1903, vol. 32, p. 35. Tópico: Periódicos da Igreja.
16. Sociedade de Socorro da Estaca Cardston Alberta, Atas, 24 de agosto de 1903,
pp. 25–28; Derr, Cannon e Beecher, Women of Covenant, pp. 157–159.
17. “Smoot Chosen Senator by Majority of Thirty”, Salt Lake Herald, 21 de janeiro
de 1903, p. 1; John Henry Smith, Diário, 24 de janeiro de 1902; Clawson, Diário,
13 de novembro de 1902; Lund, Diário, 14 de novembro de 1902. 106

672
Notas das páginas 106–113

18. Allie Smoot para Reed Smoot, 24 de fevereiro de 1904, Documentos de Reed
Smoot, BYU. 106

19. Ver, por exemplo, “Smoot Question Considered”, Deseret Evening News, 2 de fevereiro
de 1903, p. 8; “Reed Smoot’s Case”, Evening Star (Washington, D.C.), 2 de março de
1904, p. 1; e Proceedings before the Committee, vol. 1, pp. 26–30; ver também Heath,
“First Modern Mormon”, vol. 1, pp. 95–99.
20. Edward H. Anderson, “The Bureau of Information”, Improvement Era, dezembro
de 1921, vol. 25, pp. 131–139; Lund, “Joseph F. Smith and the Origins of the Church
Historic Sites Program”, pp. 346–347. Tópico: Relações públicas.
21. “Nineteen Citizens of Utah Sign Protest”, Salt Lake Herald, 10 de fevereiro de 1903;
Proceedings before the Committee, vol. 1, pp. 26–30. Tópico: Primeira Presidência.
22. Flake, Politics of American Religious Identity, pp. 34–35, 38; Clawson, Diário, 5
de março de 1903; Primeira Presidência para Reed Smoot, 9 de março de 1903,
Documentos de Reed Smoot, BYU.
23. Charles W. Nibley, “Reminiscences of President Joseph F. Smith”, Improvement Era,
janeiro de 1919, vol. 22, p. 195; Joseph F. Smith para Reed Smoot, 8 de janeiro de
1904, First Presidency Letterpress Copybooks, vol. 39.
24. Reed Smoot para Joseph F. Smith, 5 de fevereiro de 1904, Documentos de Reed
Smoot, BYU; Proceedings before the Committee, vol. 1, pp. 26–30; Riess, “Heathen in
Our Fair Land”, p. 298; Reed Smoot para Joseph F. Smith, 16 de dezembro de 1903; 8
de janeiro de 1904; 9 de janeiro de 1904, Documentos de Reed Smoot, BYU.
25. “Reed Smoot’s Fate Is Sealed in the Senate”, Salt Lake Tribune, 18 de novembro de
1903, p. 1; “Senator Smoot Files His Reply”, Salt Lake Herald, 5 de janeiro de 1904,
p. 1; Reed Smoot para Joseph F. Smith, 9 de janeiro de 1904; 18 de janeiro de 1904,
Documentos de Reed Smoot, BYU. Tópico: Audiências do caso Reed Smoot.
26. Lund, Diário, 25 de fevereiro de 1904; Francis Marion Lyman, Diário, 24–27 de
fevereiro de 1904; Reed Smoot para a Primeira Presidência, 18 de janeiro de 1904,
Documentos de Reed Smoot, BYU; Joseph F. Smith para Reed Smoot, 8 de janeiro de
1904, First Presidency Letterpress Copybooks, vol. 39.
27. “Smith Expounds the Tenets of Mormon Church”, Washington (D.C.) Times, 2 de
março de 1904, p. 1; Proceedings before the Committee, vol. 1, p. 476; Bray, “Joseph F.
Smith’s Beard”, p. 462. Tópico: Hyrum Smith.
28. Flake, Politics of American Religious Identity, p. 61; Proceedings before the Committee,
vol. 1, pp. 80–96. Citação editada para melhorar a clareza; o original “o primeiro
presidente da igreja” foi alterado para “o presidente da Igreja”.
29. Proceedings before the Committee, vol. 1, pp. 96–98. Tópico: Comum acordo.
30. Proceedings before the Committee, vol. 1, pp. 98, 483–484. Tópico: Casamento
plural em Utah.
31. Proceedings before the Committee, vol. 1, pp. 99, 483–484; Salt Lake Stake, Minutes of
the Quarterly Conference, vol. 9, 19 de março de 1905, pp. 40–41; Flake, Politics of
American Religious Identity, pp. 95–96.
32. Proceedings before the Committee, vol. 1, pp. 100–128; Flake, Politics of American
Religious Identity, pp. 75–79.
33. Proceedings before the Committee, vol. 1, pp. 129–131; Lorenzo Snow, “Polygamy
and Unlawful Cohabitation”, Deseret Evening News, 8 de janeiro de 1900, p. 4; “O
Manifesto e o fim do casamento plural”, Textos sobre os Tópicos do Evangelho,
ChurchofJesusChrist.org/study/manual/gospel-­topics-­essays.
34. Proceedings before the Committee, vol. 1, pp. 129–130; “A Frank, Honest Declaration”,
Deseret Evening News, 3 de março de 1904, p. 1.
35. Proceedings before the Committee, vol. 1, pp. 129–131; ver também Philip Loring
Allen, “The Mormon Church on Trial”, Harper’s Weekly, 26 de março de 1904, p. 469.
Tópico: Leis antipoligamia. 113

36. Proceedings before the Committee, vol. 1, pp. 138–143, 150, 158, 173–174, 177–178;
“O Manifesto e o fim do casamento plural”, Textos sobre os Tópicos do Evangelho,
ChurchofJesusChrist.org/study/manual/gospel-­topics-­essays. Tópicos: Joseph F.

673
Notas das páginas 114–118

Smith; Audiências do caso Reed Smoot; Casamento plural após o Manifesto;


Ações disciplinares na Igreja. 114

37. Proceedings before the Committee, vol. 1, pp. 79–350; Paulos, “Under the Gun at
the Smoot Hearings”, pp. 205–207; Joseph F. Smith para Franklin S. Bramwell,
21 de março de 1904, Letterpress Copybooks, p. 461, Documentos de Joseph F.
Smith, Biblioteca de História da Igreja.
38. Carlos A. Badger para Edward E. Jenkins, 16 de março de 1904, Carlos A. Badger
Letterbooks, vol. 1, p. 454, Biblioteca de História da Igreja; Reed Smoot para Joseph F.
Smith, 23 de março de 1904, Documentos de Reed Smoot, BYU; ver também, por
exemplo, “Utah Plague Spot”, National Tribune (Washington, D.C.), 10 de março de
1904, p. 8; “Gives History of Mormonism”, San Francisco Call, 12 de março de 1904,
p. 2; e “Mormons at W.C.T.U. Session”, New York Times, 15 de março de 1904, p. 5.
39. George F. Gibbs para Harry J. Boswell, 22 de março de 1904, First Presidency
Letterpress Copybooks, vol. 39; ver também Merrill, Apostle in Politics, pp. 50–51.
Tópico: Relações públicas.
40. Proceedings before the Committee, vol. 1, p. 178; Reed Smoot para Joseph F. Smith,
23 de março de 1904, Documentos de Reed Smoot, BYU; Flake, Politics of American
Religious Identity, pp. 91–92.
41. Hardy, Solemn Covenant, apêndice 2, p. [426]; Joseph F. Smith, in Seventy-­Fourth
Annual Conference, p. 75; “O Manifesto e o fim do casamento plural”, Textos
sobre os Tópicos do Evangelho, ChurchofJesusChrist.org/study/manual/
gospel-­topics-­essays.
42. Joseph F. Smith, em Seventy-­Fourth Annual Conference, pp. 75–76; “President Lyman
Very Emphatic”, Deseret Evening News, 31 de outubro de 1910, p. 1; Flake, Politics of
American Religious Identity, pp. 91–92.
43. Joseph F. Smith, em Seventy-­Fourth Annual Conference, p. 76.

Capítulo 8: A rocha da revelação

1. “George R. Francis” [ Joseph M. Tanner] para John A. Widtsoe, 28 de abril de 1904,


Documentos de John A. Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; ver também Clarence
Snow para John A. Widtsoe, 29 de março de 1904, Documentos de John A. Widtsoe,
Biblioteca de História da Igreja; John A. Widtsoe para Anna Gaarden Widtsoe, 20
de abril de 1904, Documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja;
Flake, Politics of American Religious Identity, p. 51; e Ward, Joseph Marion Tanner,
pp. 39–41, 49–50.
2. John A. Widtsoe para Anna Gaarden Widtsoe, 20 de abril de 1904, Documentos da
família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.
3. Widtsoe, In a Sunlit Land, p. 235; “Local Points”, Diário (Logan, UT), 11 de fevereiro
de 1902, p. [8]; “Anna Karine Pedersdatter” e “Petroline Jorgine Pedersdatter Gaarden”,
Missionary Database, history.ChurchofJesusChrist.org/missionary; Anna Gaarden
Widtsoe para Leah D. Widtsoe, 8 de fevereiro de 1904, Documentos da família
Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.
4. “Osborne John Peter Widtsoe”, Missionary Database, history.ChurchofJesusChrist.org/
missionary; Osborne Widtsoe para John A. Widtsoe, 10–11 de outubro de 1903; 12 de
outubro de 1903; 21 de outubro de 1903, Documentos da família Widtsoe, Biblioteca
de História da Igreja; Harvard University Catalogue, 1903–1904, p. 121.
5. Ala Logan Fifth, Registros e atas da Associação de Melhoramentos Mútuos das Jovens
Damas, 25 de março de 1903; 2 de setembro de 1903; 28 de setembro de 1904; ver
também, por exemplo, Leah Dunford Widtsoe, “Lessons in Cookery”, Young Woman’s
Journal, janeiro de 1901, vol. 12, pp. 33–36; Leah Dunford Widtsoe, “Furnishing
the Home”, Young Woman’s Journal, janeiro de 1902, vol. 13, pp. 25–29; e Leah D.
Widtsoe, “The Cook’s Corner” e “Accidents and Sudden Illness”, Young Woman’s
Journal, janeiro de 1903, vol. 14, pp. 32–36. 118

674
Notas das páginas 119–124

6. Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 42, 66–67; Saints, vol. 2, capítulo 44.
119

7. John A. Widtsoe, “Geological Time”, Improvement Era, julho de 1904, vol. 7,


pp. 699–705; John A. Widtsoe, “The Law of Evolution”, Improvement Era, abril de
1904, vol. 7, pp. 401–409. Tópicos: Evolução orgânica; Periódicos da Igreja.
8. John A. Widtsoe para Anna Gaarden Widtsoe, 24 de novembro de 1903, Documentos
da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; Joseph F. Smith para John A.
Widtsoe, 24 de setembro 1903, Documentos de John A. Widtsoe, Biblioteca de
História da Igreja.
9. Francis Marion Lyman, Diário, 10 e 26 de março de 1904; 10 de abril de 1906; Reed
Smoot para Joseph F. Smith, 23 de março de 1904, Documentos de Reed Smoot,
BYU; Flake, Politics of American Religious Identity, pp. 91–92; Miller, Apostle of
Principle, pp. 411–414, 431, 442–443, 463, 502; Tanner, A Mormon Mother, pp. 173,
268, 314; Hardy, Solemn Covenant, pp. 206–207. Tópico: Casamento plural após
o Manifesto; Matthias F. Cowley.
10. Francis Marion Lyman, Diário, 31 de março de 1904; 6 de abril de 1904; 3 de maio
de 1904; 9, 16 e 21 de julho de 1904; ver também 3 Néfi 11:28.
11. Francis Marion Lyman, Diário, 18 de agosto e 29 de setembro de 1904; Clawson,
Diário, 29 de setembro e 4 de outubro de 1904; John Henry Smith, Diário, 21 e 29 de
setembro de 1904; Miller, Apostle of Principle, pp. 432–433; Alexander, Mormonism
in Transition, pp. 67–68; “O Manifesto e o fim do casamento plural”, Textos sobre os
Tópicos do Evangelho, ChurchofJesusChrist.org/study/manual/gospel-­topics-­essays.
Tópico: Selamento.
12. Francis Marion Lyman, Diário, 29 de dezembro de 1904 e 4–5 de janeiro de 1905;
Lund, Diário, 30 de dezembro de 1904; Mouritsen, “George Franklin Richards”,
pp. 274–276; Miller, Apostle of Principle, pp. 454–457, 503–504. John Henry Smith
recebeu uma missão semelhante para falar com Matthias Cowley no México. Matthias
se recusou a testemunhar. John Henry Smith, Diário, 8 de janeiro de 1905; Cowley,
Diário, 7 e 20 de janeiro de 1905; Cowley, Autobiografia, 20 de janeiro de 1905.
13. Francis Marion Lyman, Diário, 12 de janeiro de 1905; Mouritsen, “George Franklin
Richards”, p. 274; Registro de reuniões, outubro de 1905, Documentos de Francis M.
Lyman, Biblioteca de História da Igreja; Flake, Politics of American Religious Identity,
pp. 102–105.
14. Francis M. Lyman para George Teasdale, 8 de julho de 1904, em Francis Marion
Lyman, Diário, 9 de julho de 1904; Reed Smoot para Joseph F. Smith, 8 de dezembro
de 1905; Reed Smoot para George Gibbs, Telegrama, 8 de dezembro de 1905,
Documentos de Reed Smoot, BYU; Jorgensen e Hardy, “The Taylor-­Cowley Affair”,
pp. 4–36.
15. John W. Taylor para o Conselho dos Doze Apóstolos, 28 de outubro de 1905;
Matthias F. Cowley para o Conselho dos Doze Apóstolos, 29 de outubro de
1905, Documentos de Reed Smoot, BYU; Mouritsen, “George Franklin Richards”,
pp. 274–276.
16. Mouritsen, “George Franklin Richards”, pp. 275–276; Francis Marion Lyman, Diário, 28
de outubro de 1905; Miller, Apostle of Principle, pp. 464–467. Tópicos: Matthias F.
Cowley; Quórum dos Doze.
17. “The Centennial Memorial Company”, em [Smith], Proceedings at the Dedication,
p. 7; Susa Young Gates, “Memorial Monument Dedication”, Improvement Era,
fevereiro de 1906, vol. 9, pp. 313–314; março de 1906, vol. 9, p. 388; Susa Young
Gates, “Watchman, What of the Hour?”, Young Woman’s Journal, fevereiro de 1906,
vol. 17, p. 51; “Ceremonies at the Unveiling”, Deseret Evening News, 23 de dezembro
de 1905, p. 2; Erekson, “American Prophet, New England Town”, pp. 314–315.
Tópicos: Lugares históricos; Joseph Smith Jr.. 124

18. Susa Young Gates, “Memorial Monument Dedication”, Improvement Era, fevereiro
de 1906, vol. 9, pp. 313–314; março de 1906, vol. 9, p. 388; Susa Young Gates,
“Watchman, What of the Hour?”, Young Woman’s Journal, fevereiro de 1906, vol.
17, p. 51; Flake, Politics of American Religious Identity, pp. 95–98, 109–111; “Why

675
Notas das páginas 124–130

Sustain Him?”, Salt Lake Tribune, 9 de março de 1905, p. 4; “People Talk about
Joseph F.’s Shame”, Salt Lake Tribune, 21 de março de 1905, p. 1; “Joseph F. Does Not
Understand”, Salt Lake Tribune, 22 de março de 1905, p. 4; “The Church Disavows
Itself”, Salt Lake Tribune, 30 de março de 1905, p. 4.
124

19. Flake, Politics of American Religious Identity, pp. 94–102.


20. “Introduction”, “The Centennial Memorial Company” e “Dedication Exercises”,
em [Smith], Proceedings at the Dedication, pp. [1], [5], 7, 9–17; Susa Young Gates,
“Watchman, What of the Hour?”, Young Woman’s Journal, fevereiro de 1906, vol. 17,
p. 51.
21. “The Centennial Memorial Company” e “Description of the Monument” em [Smith],
Proceedings at the Dedication, pp. 7, 26–27; Wells, “Report on Joseph Smith’s
Birthplace”, pp. 23–25; Susa Young Gates, “Watchman, What of the Hour?”, Young
Woman’s Journal, fevereiro de 1906, vol. 17, p. 52.
22. “Dedication Exercises”, em [Smith], Proceedings at the Dedication, pp. 9–17; Susa
Young Gates, “Memorial Monument Dedication”, Improvement Era, fevereiro de 1906,
vol. 9, p. 310; Susa Young Gates, “Watchman, What of the Hour?”, Young Woman’s
Journal, fevereiro de 1906, vol. 17, p. 55; ver também Joseph Smith Centennial
Photograph Album, Biblioteca de História da Igreja.
23. [Smith], Proceedings at the Dedication, pp. 30–31; Francis Marion Lyman, Diário,
23 de dezembro de 1905; “Full Text of President Smith’s Prayer in Dedication of
Memorial”, Deseret Evening News, 30 de dezembro de 1905, p. 5; ver também Efésios
2:20 e Mateus 16:18.
24. Lund, Diário, 26 de dezembro de 1905; Lund, “Joseph F. Smith and the Origins of the
Church Historic Sites Program”, pp. 342–355. Tópico: Locais históricos.
25. Harper, First Vision, pp. 71–73, 93–99, 131–134; Allen, “Emergence of a Fundamental”,
pp. 44–58; ver também, por exemplo, Pratt, An Interesting Account, pp. 4–5, em JSP,
vol. H1, p. 523; e Hyde, Ein Ruf aus der Wüste, pp. 14–16.
26. Susa Young Gates, “Memorial Monument Dedication”, Improvement Era, março de
1906, vol. 9, pp. 381–383, 388; Susa Young Gates, “Watchman, What of the Hour?”,
Young Woman’s Journal, fevereiro de 1906, vol. 17, pp. 56–61. Citação editada para
facilitar o entendimento; o original “Aqui, o menino tinha se ajoelhado” foi alterado
para “Aqui, o menino se ajoelhou”. Tópico: O bosque sagrado e a fazenda da
família Smith.
27. Francis Marion Lyman, Diário, 30 de dezembro de 1905; Susa Young Gates, “Memorial
Monument Dedication”, Improvement Era, março de 1906, vol. 9, pp. 383, 388.
28. Widtsoe, In the Gospel Net, pp. 101–102. Tópico: Noruega.
29. Widtsoe, In the Gospel Net, pp. 104–105, 113–114; Anthon Skanchy para a Primeira
Presidência, 4 de fevereiro de 1904, Correspondência administrativa missionária da
Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Santos, vol. 2, capítulos 32–33.
30. Widtsoe, In the Gospel Net, pp. 113–114.
31. Anna Gaarden Widtsoe para John A. Widtsoe, 2 de novembro de 1903, Documentos
da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.
32. Widtsoe, In the Gospel Net, p. 115; Anna Gaarden Widtsoe para John A. Widtsoe, 19
de abril de 1904, Documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.
33. Anna Gaarden Widtsoe para John A. Widtsoe, 6 de junho de 1904, Documentos
da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; John A. Widtsoe para Anna
Gaarden Widtsoe, 18 de agosto de 1905, Documentos da família Widtsoe, Biblioteca
de História da Igreja; Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 83–87; Woodworth, “Financial
Crisis at Brigham Young Academy”, pp. 73, 105–106; “Widtsoe, Osborne John
Peder”, em Jenson, Latter-­day Saint Biographical Encyclopedia, vol. 2, pp. 403–404.
Tópico: Academias da Igreja.
34. Anna Gaarden Widtsoe para John A. Widtsoe, 9 de dezembro de 1904, Documentos
da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.
35. Widtsoe, In the Gospel Net, pp. 105, 115.
130

676
Notas das páginas 131–136

36. LeGrand Richards, “President Joseph F. Smith in Europe”, Latter-­day Saints’ Millennial
Star, 23 de agosto de 1906, vol. 68, pp. 532–533; Roothoff, Life History, p. 4. 131

37. Osborne J. P. Widtsoe, “The Little Blind Boy of Holland”, Juvenile Instructor, 15 de
novembro de 1907, vol. 42, pp. 679–681.
38. Osborne J. P. Widtsoe, “The Little Blind Boy of Holland”, Juvenile Instructor, 15 de
novembro de 1907, vol. 42, pp. 679–681; LeGrand Richards, “President Joseph F.
Smith in Europe”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 23 de agosto de 1906, vol. 68,
p. 533.
39. LeGrand Richards, “Discourse by President Joseph F. Smith”, Latter-­day Saints’
Millennial Star, 30 de agosto de 1906, vol. 68, p. 546.
40. Osborne J. P. Widtsoe, “The Little Blind Boy of Holland”, Juvenile Instructor, 15 de
novembro de 1907, vol. 42, pp. 679–681; Roothoff, Life History, p. 4. Tópicos: Cura;
Holanda.
41. “Saints Gather at Conference”, Deseret Evening News, 5 de outubro de 1906, pp.
1–2; Mitchell, “Mormons in Wilhelmine Germany”, p. 152; Scharffs, Mormonism
in Germany, pp. 51–53; Missão Suíço-­Alemã, Diário do escritório, 22 de abril de
1900, pp. 4–5; 1º de agosto de 1900, pp. 4–5; 9 de abril de 1909, pp. 92–94; Hugh J.
Cannon para George Reynolds, 11 de agosto de 1904; 13 de setembro de 1904,
Correspondência administrativa missionária da Primeira Presidência, Biblioteca
de História da Igreja; Thomas McKay para Reed Smoot, 17 de março de 1909,
Correspondência administrativa missionária da Primeira Presidência, Biblioteca de
História da Igreja. Tópico: Alemanha.
42. “Saints Gather at Conference”, Deseret Evening News, 5 de outubro de 1906, pp. 1–2;
Ballif, Diário, 16–17 de agosto de 1906; Ashby D. Boyle, “Prest. Smith in Switzerland”,
Deseret Evening News, 29 de setembro de 1906, p. 30; “The Gospel of Doing”, Der
Stern, 15 de outubro de 1906, vol. 38, pp. 305–308.
43. “The Gospel of Doing”, Der Stern, 1º de novembro de 1906, vol. 38, pp. 331–332; ver
também Isaías 11:9. Citação editada para facilitar o entendimento; o original “quando
os templos de Deus, que são dedicados às santas ordenanças do evangelho, e não
à adoração de ídolos, serão estabelecidos” foi alterado para “quando os templos de
Deus, que são dedicados às santas ordenanças do evangelho, serão estabelecidos”.
Tópicos: Construção de templos; Suíça.

Capítulo 9: Lutar e combater

1. “Joseph F. Smith Is Now in Zion”, Salt Lake Tribune, 30 de setembro de 1906, p. 1;


Francis Marion Lyman, Diário, 8 de abril de 1906; “J. M. Tanner Dropped from Two
Boards”, Salt Lake Telegram, 10 de abril de 1906, p. 6; Junta educacional da Igreja,
Atas, 25 de abril de 1906, p. 51. Foi pedido a Joseph Tanner que concluísse sua
obrigação contratual para com a Igreja até o final do ano letivo.
2. John Henry Smith, Diário, 8 de abril de 1906; Francis Marion Lyman e George Albert
Smith, em Seventy-­Sixth Annual Conference, pp. 79–80, 93–94. Tópico: Quórum
dos Doze Apóstolos.
3. Reed Smoot para Charles Penrose, 30 de abril de 1906, Documentos de Reed
Smoot, BYU.
4. “Senator Smoot’s Case”, Evening Star (Washington, D.C.), 11 de junho de 1906, p. 6.
5. Flake, Politics of American Religious Identity, p. 5; Paulos, Mormon Church on Trial,
pp. xxiv–xxxiii; Heath, “First Modern Mormon”, vol. 1, pp. 179, 184–187; Winder,
“Theodore Roosevelt and the Mormons”, pp. 12–13; “Smoot Keeps His Seat”, Evening
Star (Washington, D.C.), 21 de fevereiro de 1907, p. 9; “Senator Smoot Seated”,
Washington (D.C.) Times, 21 de fevereiro de 1907, p. 10. Tópicos: Audiências
do caso Reed Smoot; Instituições jurídicas e políticas americanas. 136

677
Notas das páginas 136–141

6. Joseph F. Smith para Reed Smoot, 23 de fevereiro de 1907, Documentos de Reed


Smoot, BYU. 136

7. Joseph F. Smith, em Seventy-­Seventh Annual Conference, p. 7. Tópicos: Dízimo;


Finanças da Igreja.
8. “Address to the World” e “An Address”, em Seventy-­Seventh Annual Conference,
pp. 8–9, 3–16 (segunda numeração).
9. “Address to the World”, em Seventy-­Seventh Annual Conference, p. 9.
10. “Death of Jane Manning James”, Deseret Evening News, 16 de abril de 1908, p. 1;
“First Negroes to Join Mormon Church”, Salt Lake Herald, 2 de outubro de 1899, p. 5;
Santos, vol. 2, capítulos 5 e 6; “James, Jane Elizabeth”, Pioneer Database, history
.ChurchofJesusChrist.org/overlandtravel; ver também “James, Jane Elizabeth
Manning”, Artigo biográfico, site: Century of Black Mormons, exhibits.lib.utah.edu.
Tópico: Jane Elizabeth Manning James.
11. “Death of Jane Manning James”, Deseret Evening News, 16 de abril de 1908, p. 1;
James, Autobiografia, p. [8]; Newell, Your Sister in the Gospel, p. 128; ver também,
por exemplo, “Old Folks’ Day at the Lagoon”, Salt Lake Herald, 27 de junho de 1902,
p. 5; e “Salt Lake Observes Day of the Pioneers”, Salt Lake Tribune, 26 de julho de
1904, p. 1.
12. “‘Aunt Jane’ Laid to Rest”, Deseret Evening News, 21 de abril de 1908, p. 2; “James,
Jane Elizabeth Manning”, Artigo biográfico, site: Century of Black Mormons, exhibits
.lib.utah.edu; James, Autobiografia, pp. [1], [6]. Tópicos: A família de Joseph e
Emma Hale Smith; Escravidão e abolição.
13. James, Autobiografia, p. [8]; Newell, Your Sister in the Gospel, pp. 72–73; “James, Jane
Elizabeth Manning”, Artigo biográfico, site: Century of Black Mormons, exhibits.lib
.utah.edu.
14. “‘Aunt Jane’ Laid to Rest”, Deseret Evening News, 21 de abril de 1908, p. 2; Jane James
to Joseph F. Smith, 7 de fevereiro de 1890, Documentos de Joseph F. Smith, Biblioteca
de História da Igreja; Jane James para Joseph F. Smith, 31 de agosto de 1903, Arquivo
de ordenanças do templo da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
Quórum dos Doze Apóstolos, Atas, 2 de janeiro de 1902, Documentos da família de
George Albert Smith, Biblioteca J. Willard Marriott, Universidade de Utah, Salt Lake City.
15. “As etnias e o sacerdócio”, Textos sobre os Tópicos do Evangelho,
ChurchofJesusChrist.org/study/manual/gospel-­topics-­essays; Santos, vol. 2,
capítulos 12 e 28.
16. Newell, Your Sister in the Gospel, pp. 97–100, 106–108, 114, 119; Santos, vol. 2,
capítulo 39; “James, Jane Elizabeth Manning”, Artigo biográfico, site: Century of Black
Mormons, exhibits.lib.utah.edu; Reiter, “Black Saviors on Mount Zion”, pp. 105–113.
Tópicos: A restrição ao sacerdócio e ao templo; Batismo pelos mortos.
17. Zina D. Young para Joseph F. Smith, 15 de junho de 1894, Arquivo de ordenanças do
templo da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Templo de Salt Lake,
Selamentos pelos mortos, Casais, 1893–1942, vol. A, 18 de maio de 1894, microfilme
184.587, Coleção de registros dos EUA e Canadá, Biblioteca de História da Família;
Newell, Your Sister in the Gospel, pp. 114–115.
18. Quórum dos Doze Apóstolos, Atas, 2 de janeiro de 1902, Documentos da família de
George Albert Smith, Biblioteca J. Willard Marriott, Universidade de Utah, Salt Lake
City; James, Autobiografia, p. [8].
19. Clawson, Diário, 13 de novembro de 1902; Jane James para Joseph F. Smith, 31 de
agosto de 1903, Arquivo de ordenanças do templo da Primeira Presidência, Biblioteca
de História da Igreja. As ordenanças do templo foram realizadas vicariamente por
Jane Manning James em 1979.
20. “‘Aunt Jane’ Laid to Rest”, Deseret Evening News, 21 de abril de 1908, p. 2; “Death of
Jane Manning James”, Deseret Evening News, 16 de abril de 1908, p. 1. 141

21. “But One of Many Cases”, Salt Lake Tribune, 28 de julho de 1909, p. 4; “Some New
Polygamists”, Salt Lake Tribune, 13 de novembro de 1909, p. 6; George F. Richards,
Diário, 14 de julho de 1909; Francis Marion Lyman, Diário, 14 e 21–22 de julho de

678
Notas das páginas 142–145

1909; John Henry Smith, Diário, 14 de julho de 1909. Tópico: Casamento plural
após o Manifesto. 142

22. Francis Marion Lyman, Diário, 7 de janeiro de 1910; 9–10 de fevereiro de 1910; 28 de
setembro de 1910; 3 de outubro de 1910; George F. Richards, Diário, 21–22 de julho
de 1909; 22 de setembro de 1909; “Excommunication”, Deseret Evening News, 28 de
setembro de 1910, p. 1; “Excommunication”, Deseret Evening News, 3 de outubro de
1910, p. 1; Primeira Presidência para presidentes e conselheiros, 5 de outubro de
1910, em Clark, Messages of the First Presidency, vol. 4, pp. 216–218; Hales, Modern
Polygamy and Mormon Fundamentalism, pp. 95–105.
23. Richard Barry, “The Political Menace of the Mormon Church”, Pearson’s, setembro de
1910, vol. 24, pp. 319–330; “The Mormon Evasion of Anti-­polygamy Laws”, Pearson’s,
outubro de 1910, vol. 24, pp. 443–451; “The Mormon Method in Business”, Pearson’s,
novembro de 1910, vol. 24, pp. 571–578; Cannon, “Magazine Crusade against the
Mormon Church”, pp. 4, 6–8; Smoot, Diário, 18 de outubro de 1910, Documentos de
Reed Smoot, BYU.
24. Cannon, “Cannon’s National Campaign”, pp. 65, 105; Cannon, “Wives and Other
Women”, p. 83.
25. Joseph F. Smith e Anthon H. Lund para John O’Hara Cosgrave, 20 de outubro de
1910, Correspondência cumulativa da Primeira Presidência, Biblioteca de História
da Igreja; Tichi, Exposés and Excess, pp. 65–72, 76–83; Frank J. Cannon e Harvey J.
O’Higgins, “Under the Prophet in Utah”, Everybody’s Magazine, dezembro de 1910,
vol. 23, pp. 22–37, 99–104 [segunda numeração]; janeiro de 1911, vol. 24, pp. 29–35;
fevereiro de 1911, vol. 24, pp. 189–205; março de 1911, vol. 24, pp. 383–399; abril
de 1911, vol. 24, pp. 513–528; maio de 1911, vol. 24, pp. 652–664; junho de 1911,
vol. 24, pp. 825–835; Frank J. Cannon e Harvey J. O’Higgins, “The New Polygamy”,
Everybody’s Magazine, julho de 1911, vol. 25, pp. 94–107; Frank J. Cannon e
Harvey J. O’Higgins, “The Prophet and Big Business”, Everybody’s Magazine, agosto
de 1911, vol. 25, pp. 209–222; Cannon, “Cannon’s National Campaign”, pp. 65–74.
26. Santos, vol. 1, capítulos 13 e 39; Santos, vol. 2, capítulos 25 e 27; Howard, “William
Jarman”, p. 61.
27. Lucy Gates aos “Entes queridos”, 6 de abril de 1909, Documentos de Emma Lucy
Gates Bowen, BYU; Horace G. Whitney para os Burtons e outros, 18 de abril de
1909, Documentos de Susa Young Gates, Biblioteca de História da Igreja; Horace G.
Whitney, “Emma Lucy Gates Scores a Big Hit”, Deseret Evening News, 26 de abril
de 1909, p. 1; “Emma Lucy Gates Sings in the Berlin Royal Opera House”, Deseret
Evening News, 8 de maio de 1909, p. 26.
28. Horace G. Whitney, “Emma Lucy Gates Sings in the Berlin Royal Opera House”,
Deseret Evening News, 8 de maio de 1909, p. 26; Horace G. Whitney, “Emma Lucy
Gates Scores a Big Hit”, Deseret Evening News, 26 de abril de 1909, p. 1; Horace G.
Whitney para os Burtons e outros, 18 de abril de 1909, Documentos de Susa Young
Gates, Biblioteca de História da Igreja.
29. Lucy Gates aos “Entes queridos”, 6 de abril de 1909, Documentos de Emma Lucy
Gates Bowen, BYU; Horace G. Whitney, “Emma Lucy Gates Sings in the Berlin
Royal Opera House”, Deseret Evening News, 8 de maio de 1909, p. 26; Alexander,
Mormonism in Transition, pp. 227–230; Mitchell, “Mormons in Wilhelmine Germany”,
pp. 152–156, 163–170; Allen, Danish but Not Lutheran, pp. 161–176.
30. Lucy Gates aos “Entes queridos”, 6 de abril de 1909, Documentos de Emma Lucy
Gates Bowen, BYU; Horace G. Whitney para os Burtons e outros, 18 de abril de 1909,
Documentos de Susa Young Gates, Biblioteca de História da Igreja; Arthur M. Abell,
“Enrico Caruso”, Musical Courier, 18 de novembro de 1908, vol. 57, p. 6.
31. Susa Young Gates para Lucy Gates, 12 de abril de 1910; Jacob Gates para Lucy Gates,
13 de abril de 1910, Documentos de Susa Young Gates, Biblioteca de História da
Igreja. Citação editada para facilitar o entendimento; o original “vergonha” foi alterado
para “envergonhar-­se”. 145

679
Notas das páginas 145–150

32. Thomas McKay, “Concerning the Banishment from Berlin”, Latter-­day Saints’
Millennial Star, 11 de agosto de 1910, vol. 72, pp. 508–509; Missão Suíço-­Alemã,
Diário do escritório, 21–23 de julho de 1910, p. 111; Lucy Gates aos “Entes queridos”,
27 de setembro e 2 de outubro de 1910, Documentos de Emma Lucy Gates Bowen,
BYU; “Salt Lake Boy in Berlin Jail”, Deseret Evening News, 8 de agosto de 1910, p. 5.145

33. Lucy Gates aos “Entes queridos”, 27 de setembro de 2 de outubro de 1910,


Documentos de Emma Lucy Gates Bowen, BYU, grifo no original.
34. Burton Hendrick, “The Mormon Revival of Polygamy”, McClure’s Magazine, janeiro
de 1911, vol. 36, pp. 245–261; fevereiro de 1911, vol. 36, pp. 449–464; Cannon,
“Magazine Crusade against the Mormon Church”, pp. 2–4; Wilson, McClure’s
Magazine and the Muckrakers, pp. 56, 190–200; Miraldi, Muckraking and
Objectivity, pp. 57–60.
35. Burton Hendrick, “The Mormon Revival of Polygamy”, McClure’s Magazine, fevereiro
de 1911, vol. 36, p. 458; Hardy, Solemn Covenant, p. 183.
36. Cannon, “Mormon Muckraker”, pp. 47–52; Cannon, “Magazine Crusade against the
Mormon Church”, p. 27, nota 100; “Benjamin Erastus Rich”, Missionary Database,
history.ChurchofJesusChrist.org/missionary; Isaac Russell para D. B. Turney, 28 de
abril de 1911, Coleção B. H. Roberts, Biblioteca de História da Igreja.
37. Burton Hendrick, “The Mormon Revival of Polygamy”, McClure’s Magazine, fevereiro
de 1911, vol. 36, p. 457; Isaac Russell, “Mr. Roosevelt to the Mormons”, Collier’s, 15
de abril de 1911, vol. 47, p. 28; “Authorities Sustained”, em Eighty-­First Semi-­annual
Conference, p. 114; “O Manifesto e o fim do casamento plural”, Textos sobre os
Tópicos do Evangelho, ChurchofJesusChrist.org/study/manual/gospel-­topics-­essays;
Deseret News Church Almanac [1974], pp. 133–134.
38. Isaac Russell para B. H. Roberts, 16 de janeiro de 1911; 8 de fevereiro de 1911,
Coleção B. H. Roberts, Biblioteca de História da Igreja; Burton Hendrick, “The
Mormon Revival of Polygamy”, McClure’s Magazine, fevereiro de 1911, vol. 36,
p. 457; Cannon, “Mormon Muckraker”, pp. 57–59; 57, nota 31.
39. Isaac Russell para Joseph F. Smith, 11 de fevereiro de 1913; Isaac Russell para Theodore
Roosevelt, 2 de fevereiro de 1911, Correspondência administrativa missionária da
Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Richard Barry, “The Political
Menace of the Mormon Church”, Pearson’s, setembro de 1910, vol. 24, p. 327.
40. 24 Parliamentary Debate, House of Commons, 5ª série, 20 de abril de 1911,
pp. 1044–1045; Arthur L. Beeley, “Government Investigation of the ‘Mormon’
Question”, Improvement Era, novembro de 1914, vol. 18, p. 57; Bennett e Jensen,
“Nearer, My God to Thee”, pp. 118–120; Thorp, “Crusade against the Saints in
Britain”, pp. 79–81.
41. Rasmussen, Mormonism and the Making of a British Zion, pp. 117–119; “Mormonism
Exposed by Mr. William Jarman”, East Anglian Daily Times (Ipswich, Inglaterra), 27
de maio de 1909, p. 4; “Jarman”, Nuneaton (Inglaterra) Observer, 12 de julho de 1912,
p. 3; Thorp, “Crusade against the Saints in Britain”, pp. 74–77.
42. Rudger Clawson para Winston Churchill, 12 janeiro de 1911, cópia, Correspondência
administrativa missionária da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; 22
Parliamentary Debate, House of Commons, 5ª série, 6 de março de 1911, pp. 811, 989.
43. “Anti-­Mormon Crusade”, Evening Express (Liverpool), 3 de abril de 1911, p. 7; “The
Mormons”, Evening Express, 19 de abril de 1911, p. 5; “Anti-­Mormon Riots”, Evening
Express, 21 de abril de 1911, p. 4; “Anti-­Mormon Riots at Birkenhead”, Liverpool Daily
Post and Liverpool Mercury, 4 de maio de 1911, p. 5; Rudger Clawson para a Primeira
Presidência, 25 de abril de 1911, Correspondência administrativa missionária da
Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja. Citação editada para facilitar o
entendimento; o original “ele não daria atenção a isso” foi alterado para “Não vou dar
atenção a isso”.
44. “The Mormons”, Evening Express (Liverpool), 19 de abril de 1911, p. 5; “Anti-­Mormon
Campaign”, Manchester Guardian, 24 de abril de 1911, p. 12; Rudger Clawson para a
Primeira Presidência, 25 de abril de 1911, Correspondência administrativa missionária
da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
150

680
Notas das páginas 150–153

45. Rudger Clawson para a Primeira Presidência, 25 de abril de 1911, Correspondência


administrativa missionária da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
“Anti-­Mormonism”, Evening Express (Liverpool), 24 de abril de 1911, p. 4; “Anti-­Mormon
Campaign”, Manchester Guardian, 24 de abril de 1911, p. 12; ver também “Anti-­Mormon
Riots”, Evening Express, 21 de abril de 1911, p. 4.
150

46. Rudger Clawson para a Primeira Presidência, 7 de abril de 1911, Correspondência


administrativa missionária da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
Beeley, Summary Statement, p. 13; Thorp, “British Government and the Mormon
Question”, pp. 308–311.
47. Theodore Roosevelt para Isaac Russell, 4 de fevereiro de 1911, Correspondência
administrativa missionária da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
48. Smoot, Diário, 14, 16 e 22 de março de 1911; 2 de abril de 1911, Documentos de
Reed Smoot, BYU; Cannon, “Magazine Crusade against the Mormon Church”, p. 27;
Reed Smoot para a Primeira Presidência, 1º de abril de 1911, Correspondência
administrativa missionária da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
49. Smoot, Diário, 7 de abril de 1911, Documentos de Reed Smoot, BYU; Isaac Russell,
“Mr. Roosevelt to the Mormons”, Collier’s, 15 de abril de 1911, vol. 47, p. 28; Theodore
Roosevelt Refutes Anti-­Mormon Falsehoods, 1911; Isaac Russell, “Mr. Roosevelt to the
‘Mormons’”, Improvement Era, junho de 1911, vol. 14, pp. 713–718; Joseph F. Smith
para Isaac Russell, 25 de abril de 1911; B. H. Roberts para Isaac Russell, 15 de maio
de 1911, Documentos de Isaac Russell, Coleções especiais, Biblioteca Cecil H. Green,
Universidade de Stanford, Stanford, CA.
50. Alfred Henry Lewis, “Viper on the Hearth”, Cosmopolitan, março de 1911, vol. 50,
pp. 439–450; “The Trail of the Viper”, Cosmopolitan, abril de 1911, vol. 50,
pp. 693–703; “The Viper’s Trail of Gold”, Cosmopolitan, maio de 1911, vol. 50,
pp. 823–833; ver também Givens, Viper on the Hearth, pp. 97–120.
51. Francis Marion Lyman, Diário, 5 de janeiro de 1911; 15 e 22 de fevereiro de 1911; 28
de março de 1911; Cowley, Diário, 2 de maio de 1911; Miller, Apostle of Principle,
pp. 540–551; Hardy, Solemn Covenant, apêndice 2, p. [422].
52. Francis Marion Lyman, Diário, 10–11 de maio de 1911; George F. Richards, Diário,
11 de maio de 1911; Cowley, Diário, 10–12 de maio de 1911; Joseph F. Smith para
Isaac Russell, 15 de junho de 1911, Letterpress Copybooks, p. 505, Documentos de
Joseph F. Smith, Biblioteca de História da Igreja; “Excommunication”, Deseret Evening
News, 2 de maio de 1911, p. 2; “Official Action”, Deseret Evening News, 12 de maio de
1911, p. 1. Tópicos: Ações disciplinares na Igreja; Matthias F. Cowley.
53. “No Polygamy Now”, Washington (D.C.) Post, 30 de junho de 1911, pp. 1–2. Citação
editada para facilitar o entendimento; o original “como temos provas” foi alterado
para “que prova temos”.
54. Theodore H. Tiller, “Mormon Head Says Work and Thrift Are First Teachings of His
Religion”, Washington (D.C.) Times, 29 de junho de 1911, p. 8; “Gives Mormon
View”, Evening Star (Washington, D.C.), 30 de junho de 1911, p. 10; Reed Smoot
para Joseph F. Smith, 2 de julho de 1911, Correspondência da Primeira Presidência
com as autoridades gerais, Biblioteca de História da Igreja.
55. Joseph F. Smith para Isaac Russell, 13 de julho de 1911, Letterpress Copybooks,
pp. 540–541, Documentos de Joseph F. Smith, Biblioteca de História da Igreja.
Tópico: Relações públicas. 153

Capítulo 10: Dá-­me forças

1. Alma Richards, Declaração, 14 de outubro de 1954, Alma Richards Papers, BYU;


Alma Richards, “Alma W. Richards, Olympic Champion”, Salt Lake Herald-­Republican,
25 de agosto de 1912, seção esportiva, p. [1]; Eugene L. Roberts, “Something about

681
Notas das páginas 157–164

Utah’s Great Athlete”, Salt Lake Evening Telegram, 13 de julho de 1912, p. 16.
Tópico: Suécia. 157

2. Alma Richards, Declaração, 14 de outubro de 1954, Alma Richards Papers, BYU; Alma
Richards, “Alma W. Richards, Olympic Champion”, Salt Lake Herald-­Republican, 25 de
agosto de 1912, seção esportiva, p. [1]; Eugene L. Roberts, “Something about Utah’s
Great Athlete”, Salt Lake Evening Telegram, 13 de julho de 1912, p. 16; Gerlach, Alma
Richards, pp. 32–38.
3. Szymanski, “Theory of the Evolution of Modern Sport”, pp. 1–32; Associação de
Melhoramentos Mútuos dos Rapazes, Atas da junta, 30 de janeiro de 1907; 20 de
fevereiro de 1907; 20 de março de 1907; 17 e 24 de abril de 1907; 1º de maio de 1907.
4. Mead, “Denominationalism”, p. 305; Associação de Melhoramentos Mútuos dos
Rapazes, Atas da junta, 18 de dezembro de 1907; 26 de fevereiro de 1908; 10 e 30
de março de 1910; 7 e 21 de setembro de 1910; Kimball, Sports in Zion, pp. 58–63,
66–68, 101. Posteriormente, o Ginásio Deseret foi transferido para o quarteirão ao
norte da Praça do Templo.
5. Associação de Melhoramentos Mútuos dos Rapazes, Atas da junta, 30 de janeiro de
1907; 29 de julho de 1907; 2 de dezembro de 1908. Tópicos: Organizações dos
Rapazes; Organizações das Moças; Correlação.
6. Eugene L. Roberts, “The Boy Pioneers of Utah”, Improvement Era, outubro de 1911,
vol. 14, pp. 1084–1092; Lears, No Place of Grace, pp. 66–83; Putney, Muscular
Christianity, pp. 1–10.
7. Associação de Melhoramentos Mútuos dos Rapazes, Atas da junta, 29 de novembro
de 1911; Eugene L. Roberts, “The Boy Pioneers of Utah”, Improvement Era, outubro
de 1911, vol. 14, pp. 1090–1092; Lyman R. Martineau, “Athletics”, Improvement Era,
setembro de 1911, vol. 14, pp. 1014–1016; Lyman R. Martineau, “M. I. A. Scouts”,
Improvement Era, março de 1912, vol. 15, pp. 354–361; ver também Kimball, Sports
in Zion, pp. 125–145.
8. Alexander, Mormonism in Transition, pp. 273–276; “Alma Richards—His Record e
Testimony”, Improvement Era, novembro de 1942, vol. 45, p. 731; “‘Mormon Giant’
Writes to E. L. Roberts”, Provo (UT) Herald, 26 de julho de 1912, p. 1; Doutrina e
Convênios 89:18–21; Kimball, Sports in Zion, pp. 115–116. Tópico: Palavra de
Sabedoria.
9. Alma Richards, Declaração, 14 de outubro de 1954, Alma Richards Papers, BYU;
Eugene L. Roberts, “Something about Utah’s Great Athlete”, Salt Lake Evening
Telegram, 13 de julho de 1912, p. 16.
10. “B.Y.U. Athlete Member of American Team”, Provo (UT) Herald, 12 de junho de
1912, p. 1; “Beaver Boy on American Team”, Salt Lake Tribune, 11 de junho de 1912,
p. 9; “Utah Boy on Olympic Team”, Evening Standard (Ogden, UT), 11 de junho de
1912, p. 6.
11. Tullis, Mormons in Mexico, pp. 87–91; Garner, Porfirio Díaz, pp. 218–220; Gonzales,
Mexican Revolution, pp. 73–111.
12. Primeira Presidência para Reed Smoot, 27 de fevereiro de 1912; Primeira Presidência
para Junius Romney, 13 de março de 1912, Cadernos de cartas impressas da Primeira
Presidência, vol. 49; Junius Romney para a Primeira Presidência, 6 de fevereiro de
1912, Primeira Presidência, Correspondência da estaca de Joseph F. Smith, Biblioteca
de História da Igreja; Hardy e Seymour, “Importation of Arms and the 1912 Mormon
‘Exodus’ from Mexico”, pp. 297, 299–300.
13. Hardy e Seymour, “Importation of Arms and the 1912 Mormon ‘Exodus’ from Mexico”,
pp. 298–306; Romney, “Junius Romney and the 1912 Mormon Exodus”, pp. 231–242;
Stover, “Exodus of 1912”, pp. 45–69; Primeira Presidência para Junius Romney, 13 de
março de 1912, Cadernos de cartas impressas da Primeira Presidência, vol. 49.
14. Romney, Declaração juramentada, pp. 28–29.
15. Romney, Declaração juramentada, pp. 28–31; Romney, Special Tributes, pp. 12–14.
Tópicos: México; Colônias no México. 164

682
Notas das páginas 164–173

16. Junius Romney para Joseph F. Smith, Telegrama, 7 de agosto de 1912, Primeira
Presidência, Correspondência da estaca de Joseph F. Smith, Biblioteca de História da
Igreja; Kimball, Entrevista histórica oral, p. 22; Kimball, Autobiografia, p. 10; Miner
e Kimball, Camilla, pp. 1, 28, 30; Mexico Northwestern Railway Company, Road to
Wealth, p. [2].
164

17. Miner e Kimball, Camilla, pp. 1–3, 15–17, 21, 25, 28; Hatch, Colonia Juárez, pp. 44–45,
159–160, 243–251; Romney, Mormon Colonies in Mexico, pp. 93–94, 142–143.
18. Kimball, Entrevista histórica oral, p. 22; Kimball, Autobiografia, p. 10; Miner e
Kimball, Camilla, pp. 6, 12–13, 28; Eyring, Autobiografia, p. 23.
19. Kimball, Autobiografia, p. 10; Kimball, Entrevista histórica oral, p. 22; Miner e
Kimball, Camilla, pp. 28–30; Brown, “1910 Mexican Revolution”, pp. 28–29.
20. Kimball, Autobiografia, pp. 10–11; Kimball, Entrevista histórica oral, pp. 22–23; Miner
e Kimball, Camilla, pp. 30–31; Kimball, Writings of Camilla Eyring Kimball, p. 38;
“Collection of Stories and Events in the Life of Anson Bowen Call”, p. 13.
21. “‘Mormon Giant’ Writes to E. L. Roberts”, Provo (UT) Herald, 26 de julho de 1912,
p. 1; Alma Richards, Declaração, 14 de outubro de 1954, Alma Richards Papers, BYU;
“Memories of the Last Olympic Games”, Literary Digest, 3 de julho de 1920, vol. 66,
p. 98; “Horine Can’t Jump”, Salt Lake Evening Telegram, 19 de agosto de 1912, p. 10;
Bergvall, Fifth Olympiad, pp. 178–187, 392–393; Gerlach, Alma Richards, pp. 56, 140.
22. “‘Mormon Giant’ Writes to E. L. Roberts”, Provo (UT) Herald, 26 de julho de 1912,
p. 1; Alma Richards, Declaração, 14 de outubro de 1954, Alma Richards Papers, BYU;
“Memories of the Last Olympic Games”, Literary Digest, 3 de julho de 1920, vol. 66,
p. 98; Sullivan, “What Happened at Stockholm”, p. 30; “Horine Can’t Jump”, Salt Lake
Evening Telegram, 19 de agosto de 1912, p. 10; Paul Ray, “Utah’s Big Athlete Talks of
Olympiad”, Salt Lake Tribune, 20 de agosto de 1912, p. 9; Bergvall, Fifth Olympiad,
pp. 392–394.
23. Alma Richards, Declaração, 14 de outubro de 1954, Alma Richards Papers, BYU;
“Memories of the Last Olympic Games”, Literary Digest, 3 de julho de 1920, vol. 66,
p. 98.
24. Alma Richards, Declaração, 14 de outubro de 1954, Alma Richards Papers, BYU;
“Memories of the Last Olympic Games”, Literary Digest, 3 de julho de 1920, vol. 66,
p. 98; Sullivan, “What Happened at Stockholm”, p. 30; Bergvall, Fifth Olympiad, p. 394.
25. Bergvall, Fifth Olympiad, p. 393; Alma Richards, Declaração, 14 de outubro de 1954,
Alma Richards Papers, BYU; “‘Mormon Giant’ Writes to E. L. Roberts”, Provo (UT)
Herald, 26 de julho de 1912, p. 1; Paul Ray, “Utah’s Big Athlete Talks of Olympiad”,
Salt Lake Tribune, 20 de agosto de 1912, p. 9.
26. “Puny Lad Becomes World’s Best Jumper”, Pittsburgh Press, 12 de julho de 1912,
p. 23; “Puny Lad Becomes World’s Best Jumper”, Wichita (KS) Beacon, 12 de julho
de 1912, p. 4; “Something about the Unknown Who Won the Olympic High Jump”,
Sacramento Star, 13 de julho de 1912, p. 9.
27. Paul Ray, “Utah’s Big Athlete Talks of Olympiad”, Salt Lake Tribune, 20 de agosto de
1912, p. 9; “‘Mormon Giant’ Writes to E. L. Roberts”, Provo (UT) Herald, 26 de julho de
1912, p. 1; “Memories of the Last Olympic Games”, Literary Digest, 3 de julho de 1920,
vol. 66, p. 98.
28. Monroy, History of the San Marcos Branch, pp. 7–[7b]; Tullis, Martyrs in Mexico, p. 91;
Tullis, “Reopening the Mexican Mission in 1901”, pp. 441–453.
29. Monroy, History of the San Marcos Branch, pp. 7–[7b]; Villalobos, Entrevista histórica
oral, p. 2; Tullis, Martyrs in Mexico, pp. 20–21.
30. Monroy, History of the San Marcos Branch, pp. 8–[9b]; Villalobos, Entrevista histórica
oral, pp. 2–3; Tullis, Martyrs in Mexico, pp. 22–25; Walter Young, Diário, 30 de março
de 1913.
31. Monroy, History of the San Marcos Branch, pp. [9b]–[10b]; Villalobos, Entrevista
histórica oral, p. 3; Tullis, Martyrs in Mexico, pp. 25–32; Walter Young, Diário, 24 de
maio de 1913 e 10–11 de junho de 1913; Diário de W. Ernest Young, pp. 98–99. 173

683
Notas das páginas 174–179

Capítulo 11: Pesado demais

1. Herwig, The Marne, 1914, p. 110; Junius F. Wells e Arthur Horbach, “The Liege Branch
during the Great War”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 6 de novembro de 1919,
vol. 81, p. 712; Chas. Arthur Horbach entry, Liege Branch, Belgian Conference, French
Mission, nº 44, em Belgium (Country), part 1, Record of Members Collection, Biblioteca
de História da Igreja. Tópico: Bélgica.174

2. Sheffield, Short History of the First World War, pp. 12–27; Clark, Sleepwalkers,
pp. 367–403, 469–470, 526–527. Tópico: Primeira Guerra Mundial.
3. Herwig, The Marne, 1914, pp. 108–117; Zuber, Ten Days in August, pp. 13, 155,
188–198; Junius F. Wells e Arthur Horbach, “The Liege Branch during the Great War”,
Latter-­day Saints’ Millennial Star, 6 de novembro de 1919, vol. 81, p. 712.
4. Anne Matilde Horbach entry, Liege Branch, Belgian Conference, French Mission,
nº 43, em Belgium (Country), part 1, Record of Members Collection, Biblioteca de
História da Igreja; Junius F. Wells e Arthur Horbach, “The Liege Branch during the
Great War”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 6 de novembro de 1919, vol. 81, p. 712;
Willey, Memórias, pp. 19, 27; J. Moyle Gray para Heber J. Grant, 15 de agosto de
1919, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja.
5. Junius F. Wells e Arthur Horbach, “The Liege Branch during the Great War”, Latter-­day
Saints’ Millennial Star, 6 de novembro de 1919, vol. 81, pp. 712–713; J. Moyle Gray
para Heber J. Grant, 15 de agosto de 1919, Heber J. Grant Collection, Biblioteca
de História da Igreja; Tonia V. Deguée entry, Liege Branch, Belgian Conference,
French Mission, nº 8, em Belgium (Country), part 1, Record of Members Collection,
Biblioteca de História da Igreja; Kahne, History of the Liège District, pp. 14–15.
6. Willey, Memórias, pp. 31, 33, 35; Hall, Autobiografia, p. [6]; Junius F. Wells e Arthur
Horbach, “The Liege Branch during the Great War”, Latter-­day Saints’ Millennial Star,
6 de novembro de 1919, vol. 81, pp. 712–713; J. Moyle Gray para Heber J. Grant, 15
de agosto de 1919, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja.
7. “Missionary Journal of Myrl Lewis”, 3 de setembro de 1914; “List of Names of
Missionaries Transferred from European Mission to British Mission”, 1914; Hyrum
Smith para a Primeira Presidência, 29 de agosto de 1914, First Presidency Mission
Administration Correspondence, Biblioteca de História da Igreja.
8. Junius F. Wells e Arthur Horbach, “The Liege Branch during the Great War”, Latter-­day
Saints’ Millennial Star, 6 de novembro de 1919, vol. 81, pp. 712–713; J. Moyle Gray
para Heber J. Grant, 15 de agosto de 1919, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de
História da Igreja; Chas. Arthur Horbach, Anne Matilde Horbach, and Charles Jean
Devignez entries, Liege Branch, Belgian Conference, French Mission, nºs. 43, 44, 77,
em Belgium (Country), part 1, Record of Members Collection, Biblioteca de História
da Igreja.
9. Junius F. Wells e Arthur Horbach, “The Liege Branch during the Great War”, Latter-­day
Saints’ Millennial Star, 6 de novembro de 1919, vol. 81, pp. 712–713; J. Moyle Gray
para Heber J. Grant, 15 de agosto de 1919, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de
História da Igreja. Tópico: Reuniões sacramentais.
10. Hyrum M. Smith, Diário, 2 de outubro de 1914; “Hyrum Mack Smith”, Missionary
Database, history.ChurchofJesusChrist.org/missionary; Smith, Salt Lake Tabernacle
Address, p. 1.
11. Smith, Salt Lake Tabernacle Address, pp. 1–2; “‘Mormon’ Women in Great Britain”,
Deseret Evening News, 13 de outubro de 1914, p. 5; McGreal, Liverpool in the Great
War, pp. 28–29.
12. Smith, Salt Lake Tabernacle Address, p. 2.
13. Smith, Salt Lake Tabernacle Address, pp. 2–3; “‘Mormon’ Women in Great Britain”,
Deseret Evening News, 13 de outubro de 1914, p. 5.
14. Smith, Salt Lake Tabernacle Address, p. 3; “‘Mormon’ Women in Great Britain”, Deseret
Evening News, 13 de outubro de 1914, p. 5.
15. Smith, Salt Lake Tabernacle Address, pp. 3–4. 179

684
Notas das páginas 179–183

16. Smith, Salt Lake Tabernacle Address, pp. 4–6; Amy Brown Lyman, “Notes from the
Field”, Relief Society Magazine, novembro de 1915, vol. 2, pp. 504–506; “Daughters of
Zion”, Relief Society Magazine, outubro de 1916, vol. 3, p. 543; “‘Mormon’ Women in
Great Britain”, Deseret Evening News, 13 de outubro de 1914, p. 5. 179

17. Smith, Salt Lake Tabernacle Address, p. 5; “Daughters of Zion”, Relief Society
Magazine, outubro de 1916, vol. 3, p. 543; Nottingham Branch Relief Society
Minutes, outubro de 1915, p. 151; Hyrum M. Smith, Diário, 9–10 de março de
1915. Tópicos: Inglaterra; Sociedade de Socorro.
18. Joseph F. Smith para Hyrum M. Smith, 7 de novembro de 1914, Cadernos de cartas
impressas, p. 6, Joseph F. Smith Papers, Biblioteca de História da Igreja; Sheffield,
Short History of the First World War, pp. 34–37; Audoin-­Rouzeau, “1915: Stalemate”,
pp. 66–69.
19. Audoin-­Rouzeau, “1915: Stalemate”, pp. 70–71; Hiery, Neglected War, pp. 22–30;
Doutrina e Convênios 87:3, 6.
20. “To Presidents of Stakes and Bishops of Wards”, Deseret Evening News, 13 de janeiro
de 1915, p. 4; “Donations for Church Members in Europe”, Deseret Evening News, 22
de janeiro de 1915, p. 3.
21. “Donation to War Sufferers”, Improvement Era, março de 1915, vol. 18, p. 455;
Charles W. Nibley, Orrin P. Miller e David A. Smith para a Primeira Presidência, 11 de
outubro de 1915, First Presidency General Administration Files, Biblioteca de História
da Igreja; Hyrum M. Smith para presidentes de missão, 23 de março de 1915, First
Presidency Mission Files, Biblioteca de História da Igreja.
22. “Church Leader Returns Home”, Salt Lake Herald-­Republican, 17 de junho de 1915,
p. 12; Santos, vol. 2, capítulos 13 e 27; Joseph F. Smith, Diário, 22 de maio de 1915;
“From Far Away Hawaii”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 8 de julho de 1915, vol.
77, pp. 417–418. Tópico: Havaí.
23. Joseph F. Smith, Diário, 21 e 22 de maio de 1915; Heath, Diaries of Reed Smoot, p.
xxxiv; Smoot, Diário, 11 e 13 de março de 1915, Reed Smoot Collection, BYU; “Leave
for Islands Trip”, Salt Lake Herald-­Republican, 25 de abril de 1915, [p. 32]; Walker,
“Abraham Kaleimahoe Fernandez”, [p. 2].
24. Joseph F. Smith, Diário, 23–26 de maio de 1915; “From Far Away Hawaii”, Latter-­day
Saints’ Millennial Star, 8 de julho de 1915, vol. 77, p. 418; Britsch, Moramona, pp.
227–231.
25. Britsch, Unto the Islands of the Sea, pp. 31–32, 43, 278–280, 384. Tópico: Polinésia
Francesa.
26. Moffat, Woods e Anderson, Saints of Tonga, pp. 54–57; Britsch, Unto the Islands
of the Sea, pp. 289–294; Newton, Southern Cross Saints, pp. 179–182; Historical
Department, Diário History of the Church, junho de 1913, p. 20; Newton, Tiki and
Temple, pp. 66–69, 95–96, 121–128. Tópicos: Austrália; Nova Zelândia; Samoa;
Tonga; Academias da Igreja.
27. Smoot, Diário, 1º–2 de junho de 1915, Reed Smoot Collection, BYU; Dowse, “The
Laie Hawaii Temple”, pp. 68–69; I Hemolele, Fotografia, Biblioteca Joseph F. Smith,
Universidade Brigham Young–Havaí, Laie; detalhe da tabuleta com a inscrição Santidade
ao Senhor, Escritório do arquiteto, Salt Lake Temple Architectural Drawings, Biblioteca
de História da Igreja; ver também Êxodo 28:36; 39:30 e Salmos 93:5.
28. Smoot, Diário, 1º de junho de 1915, Reed Smoot Collection, BYU.
29. Smoot, Diário, 27 de maio e 1º de junho de 1915, Reed Smoot Collection, BYU;
“President Smith and Party Return”, Liahona, the Elders’ Journal, 6 de julho de
1915, vol. 13, p. 24; “Dedication of the Temple Site at Cardston, Canada”, Liahona,
the Elders’ Journal, 16 de setembro de 1913, vol. 11, p. 206; “Cardston Temple
Site Dedicated by Church Leaders”, Salt Lake Herald-­Republican, 28 de julho de
1913, p. 1. Tópicos: Construção de templos; Canadá.
30. Smoot, Diário, 1º de junho de 1915, Reed Smoot Collection, BYU; Joseph F. Smith,
Diário, 1º de junho de 1915; Reed Smoot, em Ninety-­First Semi-­annual Conference,
p. 137. Tópico: Havaí. 183

685
Notas das páginas 183–190

31. Romney, Mormon Colonies, p. 235; Kimball, Autobiografia, pp. 14–18. 183

32. Rey L. Pratt, “A Latter-­day Martyr”, Improvement Era, junho de 1918, vol. 21,
pp. 720–721; Grover, “Execution in Mexico”, p. 9; Monroy, History of the San
Marcos Branch, pp. [12b], [15b], 19, [22b], 25, [31b]–32; Tullis, Martyrs in Mexico,
pp. 7, 34–35.
33. Monroy, History of the San Marcos Branch, p. [31b]; Jesus M. de Monroy para Rey L.
Pratt, 27 de agosto de 1915, Biblioteca de História da Igreja; Grover, “Execution in
Mexico”, pp. 13–15; Tullis, Mormons in Mexico, p. 103. Tópico: México.
34. Monroy, History of the San Marcos Branch, pp. 7, [10b]–11, 19; Diary of W. Ernest
Young, pp. 98–99, 106–107; “Rey Lucero Pratt”, Missionary Database, history
.ChurchofJesusChrist.org/missionary; Tullis, Martyrs in Mexico, pp. 23, 28, 32–41,
92–96.
35. Monroy, History of the San Marcos Branch, pp. 23, 25, [31b]; Tullis, Martyrs in Mexico,
pp. 9, 32–33.
36. Monroy, History of the San Marcos Branch, [31b]–32; Jesus M. de Monroy para Rey L.
Pratt, 27 de agosto de 1915, Biblioteca de História da Igreja; Rey L. Pratt, “A Latter-­day
Martyr”, Improvement Era, junho de 1918, vol. 21, p. 723; Tullis, Martyrs in Mexico,
pp. 10–12.
37. Monroy, History of the San Marcos Branch, p. 32.
38. Monroy, History of the San Marcos Branch, pp. 32–33; Jesus M. de Monroy para
Rey L. Pratt, 27 de agosto de 1915, Biblioteca de História da Igreja; Rey L. Pratt,
“A Latter-­day Martyr”, Improvement Era, junho de 1918, vol. 21, pp. 723–724.
39. Monroy, History of the San Marcos Branch, [32b]–[33b]; Villalobos, Entrevista histórica
oral, p. 4.
40. Hyrum M. Smith para a Primeira Presidência, 29 de agosto de 1914; “List of Names
of Missionaries Transferred from European Mission to British Mission”, 1914, First
Presidency Mission Administration Correspondence, Biblioteca de História da Igreja;
Primeira Presidência para Hyrum M. Smith, 9 de setembro de 1914, Cadernos de
cartas impressas da Primeira Presidência, vol. 53.
41. Hyrum M. Smith, Diário, 25 e 26 de setembro; 29 de novembro de 1914; Hyrum M.
Smith para a Primeira Presidência, 30 de setembro de 1914, First Presidency Mission
Administration Correspondence, Biblioteca de História da Igreja.
42. Hyrum M. Smith para a Primeira Presidência, 12 de maio de 1915; 25 de maio de
1915; 20 de agosto de 1915, First Presidency Mission Files, Biblioteca de História da
Igreja; Hyrum M. Smith, Diário, 18–21 de agosto de 1915.
43. Hyrum M. Smith para a Primeira Presidência, 20 de agosto de 1915; 15 de outubro
de 1915; Primeira Presidência para Hyrum M. Smith, 11 de setembro de 1915, First
Presidency Mission Files, Biblioteca de História da Igreja; “Releases and Departures”,
Latter-­day Saints’ Millennial Star, 23 de setembro de 1915, vol. 77, p. 608.
44. Primeira Presidência para Hyrum M. Smith, 11 de setembro de 1915, First Presidency
Mission Files, Biblioteca de História da Igreja.
45. Hyrum M. Smith, Diário, 10 de setembro de 1915, grifo no original; Hyrum M.
Smith para a Primeira Presidência, 15 de outubro de 1915, First Presidency Mission
Files, Biblioteca de História da Igreja.
46. “Releases and Departures”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 23 de setembro de 1915,
vol. 77, p. 608; Hyrum M. Smith para a Primeira Presidência, 15 de outubro de 1915,
First Presidency Mission Files, Biblioteca de História da Igreja.190

Capítulo 12: Nesta guerra terrível

1. “Steamship Movements”, Gazette (Montreal, Quebec), 27 de setembro de 1915, p.


11; Scandinavian manifest, em “Passenger Lists, 1865–1922”; Hyrum M. Smith, Diário,
15 de março de 1916; Hyrum M. Smith para Joseph F. Smith e conselheiros, 15 de

686
Notas das páginas 191–196

outubro de 1915; 10 de dezembro de 1915, First Presidency Mission Files, Biblioteca


de História da Igreja; “Emigration Book, 1914–1924”, 22 de outubro de 1915; 26 de
novembro de 1915; 31 de dezembro de 1915; Halpern, Naval History of World War I,
pp. 302–304. 191

2. J. Moyle Gray para Heber J. Grant, 15 de agosto de 1919, Heber J. Grant Collection,
Biblioteca de História da Igreja; Junius F. Wells e Arthur Horbach, “The Liege Branch
during the Great War”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 6 de novembro de 1919, vol.
81, p. 713; “He Did All He Could”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 3 de dezembro
de 1931, vol. 93, pp. 792–793; Kahne, History of the Liège District, p. 10; Schaepdrijver,
Bastion, pp. 35–36; Veranneman, Belgium in the Great War, pp. 37–42.
3. J. Moyle Gray para Heber J. Grant, 15 de agosto de 1919, Heber J. Grant Collection,
Biblioteca de História da Igreja; Junius F. Wells e Arthur Horbach, “The Liege Branch
during the Great War”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 6 de novembro de 1919, vol.
81, pp. 713–714; Kahne, History of the Liège District, pp. 14–17; Hyrum M. Smith, Diário,
8 de março de 1915; Hyrum M. Smith, carta enviada para os presidentes de missão, 23
de março de 1915, First Presidency Mission Files, Biblioteca de História da Igreja.
4. Junius F. Wells e Arthur Horbach, “The Liege Branch during the Great War”, Latter-­day
Saints’ Millennial Star, 6 de novembro de 1919, vol. 81, p. 714. Tópico: Primeira
Guerra Mundial.
5. Charles W. Penrose, em Eighty-­Sixth Annual Conference, pp. 15–16; Joseph F. Smith
para Hyrum M. Smith, 1º de julho de 1916, Cadernos de cartas impressas, p. 322,
Joseph F. Smith Papers, Biblioteca de História da Igreja; Joseph F. Smith para Edward
Bunker, 27 de fevereiro de 1902, Cadernos de cartas impressas, pp. 26–27, Joseph F.
Smith Papers, Biblioteca de História da Igreja; Joseph F. Smith para Lillie Golsan,
16 de julho de 1902, Cadernos de cartas impressas, p. 93, Joseph F. Smith Papers,
Biblioteca de História da Igreja; Lund, Diário, 8 de abril de 1912.
6. Historical Department, Office Journal, 14 de março de 1852; Brigham Young, 9
de abril de 1852, em Journal of Discourses, vol. 1, pp. 50–51; Woodruff, Diário, 9
de abril de 1852; 11 de dezembro de 1869; Clayton, Diário, 3 de outubro de 1852;
Brigham Young, “Adam, Our Father and God”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 26 de
novembro de 1853, vol. 15, pp. 769–770; George Q. Cannon, Diário, 18 de novembro
de 1882; Abraham H. Cannon, Diário, 10 de março de 1889; Francis Marion Lyman,
Diário, 20 de fevereiro de 1894 e 13 de julho de 1898; Joseph F. Smith, Anthon H. Lund
e Charles W. Penrose para Samuel O. Bennion, 20 de fevereiro de 1912, Cadernos de
cartas impressas da Primeira Presidência, vol. 49; George F. Richards, Diário, 6 de abril
de 1915.
7. Lund, Diário, 16 de setembro de 1902; “What Is Mormonism?”, Missionary Review
of the World, novembro de 1905, vol. 28, p. 854; Burton J. Hendrick, “The Mormon
Revival of Polygamy”, McClure’s Magazine, janeiro de 1911, vol. 36, p. 246.
8. Joseph F. Smith, John R. Winder e Anthon H. Lund, “The Origin of Man”, Improvement
Era, novembro de 1909, vol. 13, pp. 75–81; Whitney, Diário, 27 e 30 de setembro de
1909; Grant, Diário, 18 de junho de 1925.
9. “Priesthood Quorums’ Table”, Improvement Era, fevereiro de 1915, vol. 18, p. 366;
janeiro de 1916, vol. 19, p. 274; “Theological Department”, Juvenile Instructor, março
de 1916, vol. 51, p. 181; Widtsoe, Rational Theology, pp. 46–56, 62–64; Talmage,
Jesus, o Cristo, pp. 18–23, 32–41; Parrish, John A. Widtsoe, p. 205; Talmage, Talmage
Story, pp. 181–182; Alexander, Mormonism in Transition, pp. 295–297.
10. Charles W. Penrose, em Eighty-­Sixth Annual Conference, pp. 15–23.
11. Talmage, Diário, 1º de julho de 1916; Lund, Diário, 29 de junho de 1916; Francis
Marion Lyman, Diário, 29 de junho de 1916; George F. Richards, Diário, 29 de junho
de 1916. Tópico: Primeira Presidência.
12. “The Father and the Son”, Deseret Evening News, 1º de julho de 1916, p. 4; “The
Father and the Son”, Improvement Era, agosto de 1916, vol. 19, pp. 934–942. 196

13. Joseph F. Smith para Hyrum M. Smith, 1º de julho de 1916, Cadernos de cartas
impressas, p. 322, Joseph F. Smith Papers, Biblioteca de História da Igreja; “The

687
Notas das páginas 196–204

Father and the Son”, Deseret Evening News, 1º de julho de 1916, p. 4; “The Father and
the Son”, Improvement Era, agosto de 1916, vol. 19, pp. 934–942; ver também “The
Father and the Son”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 3 de agosto de 1916, vol. 78,
pp. 481–485; 10 de agosto de 1916, vol. 78, pp. 497–500. 196

14. Prior, “1916: Impasse”, pp. 89–98; Sheffield, Short History of the First World War,
pp. 64–66.
15. Schwartz, Autobiografia, pp. 8–9. Em 1929, houve a fusão de Barmen e quatro
municípios vizinhos para formar um novo município chamado Wuppertal.
16. Prior, “1916: Impasse”, pp. 93–98; Sheffield, Short History of the First World War,
pp. 64–66.
17. Schwartz, Autobiografia, pp. 9–10.
18. “Ehre ihrem Andenken”, Der Stern, 15 de junho de 1915, vol. 47, p. 192.
19. Schwarz, Autobiografia, pp. 3, 8–10; “Frei vom Irrtum”, Der Stern, 1º de setembro de
1916, vol. 48, p. 269.
20. Ver, por exemplo, Anton Ernst para Hyrum W. Valentine, 24 de abril de 1916, em
“Feldpostbriefe”, Der Stern, 1º de junho de 1916, vol. 48, pp. 172–173; George Sadler,
Letter to the Editor, 14 de julho de 1916, em “A Letter from the Front”, Latter-­day
Saints’ Millennial Star, 17 de agosto de 1916, vol. 78, pp. 527–528; John Henry
Moore, Letter to the Editor, em “A Testimony from the Front”, Latter-­day Saints’
Millennial Star, 2 de novembro de 1916, vol. 78, pp. 702–703; e Anderson, “Brothers
across Enemy Lines”, pp. 127–139.
21. Monroy, History of the San Marcos Branch, pp. 33–35; Jesus M. de Monroy para
Rey L. Pratt, 27 de agosto de 1915, Biblioteca de História da Igreja; Grover, “Execution
in Mexico”, pp. 16–18.
22. Jesus M. de Monroy para Rey L. Pratt, 27 de agosto de 1915, Biblioteca de História
da Igreja.
23. Rey L. Pratt para Jesus M. de Monroy, 21 de outubro de 1915, cópia em Monroy,
History of the San Marcos Branch, pp. 40–[42b]; Jesus M. de Monroy para Rey L. Pratt,
27 de agosto de 1915, Biblioteca de História da Igreja.
24. Tullis, Mormons in Mexico, pp. 88–89.
25. Monroy, History of the San Marcos Branch, pp. 44–[44b].
26. Monroy, History of the San Marcos Branch, pp. 38, [44b]; Tullis, Martyrs in Mexico, p. 77.
27. Monroy, History of the San Marcos Branch, p. [44b].
28. Diary of W. Ernest Young, p. 121; Tullis, Martyrs in Mexico, pp. 78, 80.
Tópico: México.
29. George F. Richards, Diário, 25 de agosto de 1916; Joseph F. Smith para Hyrum M.
Smith, 1º de julho de 1916, Cadernos de cartas impressas, p. [320b], Joseph F. Smith
Papers, Biblioteca de História da Igreja.
30. Ida B. Smith, “A Word of Farewell to the Sisters”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 24
de agosto de 1916, vol. 78, pp. 540–542; Smith, Salt Lake Tabernacle Address, pp. 5–9.
Tópico: Sociedade de Socorro.
31. George F. Richards, Diário, 22 e 27 de outubro de 1916; 4 e 29 de novembro de
1916; George F. Richards para Joseph F. Smith e conselheiros, 26 de outubro de 1916,
First Presidency Mission Files, Biblioteca de História da Igreja. Tópico: Reuniões
sacramentais.
32. Amy Brown Lyman, “Notes from the Field”, Relief Society Magazine, março de 1916,
vol. 3, p. 160; Isabella Blake, “Interesting Items from Glasgow”, Latter-­day Saints’
Millennial Star, 16 de novembro de 1916, vol. 78, p. 727; “Lady Missionaries”,
Latter-­day Saints’ Millennial Star, 25 de janeiro de 1917, vol. 79, p. 60.
Tópico: Escócia.
33. Isabella Blake, “Interesting Items from Glasgow”, Latter-­day Saints’ Millennial Star,
16 de novembro de 1916, vol. 78, p. 727; Blake family entries, Glasgow Branch,
nºs. 257, 258, 284, 325, 358, 375, 459, 505, em Scotland, part 3, Record of Members
Collection, Biblioteca de História da Igreja.
204

688
Notas das páginas 205–210

34. Isabella Blake, “Home”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 1º de julho de 1915, vol. 77,
p. 403; Isabella Blake, “Interesting Items from Glasgow”, Latter-­day Saints’ Millennial
Star, 16 de novembro de 1916, vol. 78, p. 727; Amy Brown Lyman, “Notes from the
Field”, Relief Society Magazine, março de 1916, vol. 3, p. 160; Isabella Thomson Blake,
anotação, Twentieth Ward, Ensign Stake, em Twentieth Ward (old), part 3, segment 1,
Record of Members Collection, Biblioteca de História da Igreja. 205

35. Isabella Blake, “Interesting Items from Glasgow”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 16
de novembro de 1916, vol. 78, p. 727. Tópico: Crescimento da obra missionária.

Capítulo 13: Herdeiros da salvação

1. Susa Young Gates, Diário, 10–11, 14, 17 e 19 de janeiro de 1917; Susa Young Gates
para Jacob Gates, 20 de janeiro de 1917, Susa Young Gates Papers, Biblioteca de
História da Igreja; “Susa Young Gates”, Utah Genealogical and Historical Magazine,
julho de 1933, vol. 24, pp. 98–100.
2. “Susa Young Gates”, Utah Genealogical and Historical Magazine, julho de 1933,
vol. 24, pp. 99–100; Susa Young Gates, “Genealogy in the Relief Society”, Utah
Genealogical and Historical Magazine, janeiro de 1916, vol. 7, pp. 41–42; Susa
Young Gates, “The history of the work”, pp. 1–4; Susa Young Gates, “One of the
most interesting phases”, pp. 1–4, Relief Society, Susa Young Gates Files, Biblioteca
de História da Igreja; Allen, Embry e Mehr, Hearts Turned to the Fathers, pp. 41–47,
60–70; Derr, Cannon e Beecher, Women of Covenant, pp. 189–193; Susa Young
Gates, “Genealogy in the Relief Society”, Utah Genealogical and Historical Magazine,
janeiro de 1916, vol. 7, pp. 41–45; ver também, por exemplo, “Genealogy and Art”,
Relief Society Magazine, abril de 1916, vol. 3, pp. 230–231.
3. Susa Young Gates, Diário, 19 e 25 de janeiro de 1917; Susa Young Gates para Jacob F.
Gates, 20 de janeiro de 1917, Susa Young Gates, Papers, Biblioteca de História da
Igreja.
4. Susa Young Gates, Diário, 27 de janeiro–4 de fevereiro de 1917, Susa Young Gates
Papers, Biblioteca de História da Igreja, grifo no original. Tópicos: História da
família e genealogia; Susa Young Gates.
5. Joseph F. Smith, em Eighty-­Seventh Annual Conference, pp. 2–12; Salt Lake Telegram,
5–6 de abril de 1917; Salt Lake Tribune, 5–6 de abril de 1917; Ogden (UT) Standard,
5–6 de abril de 1917; Provo (UT) Herald, 5 de abril de 1917.
6. O’Toole, The Moralist, pp. 233–261; DiNunzio, Woodrow Wilson, pp. 397–403.
7. Joseph F. Smith, em Eighty-­Seventh Annual Conference, pp. 3–8.
8. Alford, “Joseph F. Smith and the First World War”, pp. 438–440; Roberts, “Utah
National Guard in the Great War”, pp. 313–314. Tópico: B. H. Roberts.
9. “War Is upon Us”, Relief Society Magazine, maio de 1917, vol. 4, pp. 284–285; “Red
Cross Work in the Relief Society”, Relief Society Magazine, agosto de 1917, vol.
4, p. 430; Janette A. Hyde, “Home Science Department”, Relief Society Magazine,
outubro de 1917, vol. 4, pp. 572–575; “Liberty Bonds”, Relief Society Magazine,
novembro de 1917, vol. 4, pp. 643–644; “A Utah Girl in France”, Relief Society
Magazine, dezembro de 1917, vol. 4, pp. 690–691; “Will Serve Nation on French
Front”, Salt Lake Tribune, 14 de julho de 1917, p. 16; Sillito, “Drawing the Sword of
War against War”, pp. 100–115; ver também Murphy, “Utah Women in World War I”,
pp. 335–337.
10. Joseph F. Smith, Diário, 14 de maio de 1917; “President Smith Back from Hawaii”,
Ogden (UT) Standard, 25 de maio de 1917, p. 9; Christensen, Stories of the Temple
in La‘ie, pp. 20–25; Anderson, “Jewel in the Gardens of Paradise”, pp. 170–176.
Tópico: Construção de templos.
11. Joseph F. Smith, em Eighty-­Eighth Semi-­annual Conference, pp. 6–7.
12. Joseph F. Smith, Diário, 1º–23 de janeiro de 1918. 210

689
Notas das páginas 211–219

13. Woodruff, Diário, 27 de janeiro de 1918. 211

14. Joseph F. Smith, Diário, 20, 21 e 23 de janeiro de 1918. O élder M. Russell Ballard,
neto materno de Hyrum Mack Smith, discursou posteriormente a respeito do funeral
do avô; ver M. Russell Ballard, “A visão da redenção dos mortos”, Liahona, novembro
de 2018, p. 71.
15. Joseph Fielding Smith, Diário, 24 de janeiro de 1918; Whitaker, Diário, 27 de janeiro
de 1918.
16. Joseph F. Smith, Diário, 24 de janeiro de 1918; Joseph Fielding Smith, Diário, 24 de
janeiro de 1918; “May Not Live in Beehive”, Salt Lake Tribune, 1º de novembro de
1901, p. 8; “The Bee-­Hive House”, Salt Lake Tribune, 10 de agosto de 1902, p. 2;
“Joseph F. Smith’s Birthday”, Salt Lake Tribune, 15 de novembro de 1905, p. 12.
17. Jenson, “Hyrum M. Smith”; Whitaker, Diário, 27 de janeiro de 1918; “Report of Funeral
Services in Honor of Ida B. Smith”, p. 9; “Apostle H. M. Smith”, Ogden (UT) Standard,
24 de janeiro de 1918, p. 1; Smith, “Remember Who You Are”, p. 331.
18. “Report of Funeral Services in Honor of Ida B. Smith”, pp. 15–17; “Sometime”, em
Smith, Sometime and Other Poems, pp. 11–14.
19. Smith, “Remember Who You Are”, pp. 302, 331.
20. Heber J. Grant para Richard W. Young, 1º de outubro de 1918, Heber J. Grant
Collection, Biblioteca de História da Igreja.
21. Jenson, “Hyrum M. Smith”.
22. “Report of Funeral Services in Honor of Ida B. Smith”, p. 9.
23. Smith, “Remember Who You Are”, p. 331; Heber J. Grant para Richard W. Young, 1º
de outubro de 1918, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja; Death
Certificate for Ida Elizabeth Smith, 24 de setembro de 1918, Utah Department of
Health, Office of Vital Records and Statistics, Utah State Archives and Records Service,
Salt Lake City.
24. Whitney, Diário, 3 de outubro de 1918; Heber J. Grant para Reed Smoot, 25 de
setembro de 1918; Heber J. Grant para George F. Richards, 27 de setembro de
1918; Heber J. Grant para Richard W. Young, 1º de outubro de 1918, Heber J. Grant
Collection, Biblioteca de História da Igreja.
25. Tate, “Great World of the Spirits of the Dead”, pp. 5–40; Alford, “Calvin S. Smith”,
pp. 254–269; Madsen, Defender of the Faith, pp. 301–314; Dehner, Influenza,
pp. 42–50; Brown, Influenza, pp. 43–58; “Preparing Here for Spanish Influenza”,
Salt Lake Tribune, 4 de outubro de 1918, p. 20; “State Board of Health Issues Drastic
Order”, Salt Lake Telegram, 9 de outubro de 1918, p. 1. Tópico: Pandemia de gripe
de 1918.
26. 1 Pedro 3:18–20; 4:6; Doutrina e Convênios 138:1–24; Bennett, “Joseph F. Smith,
World War I, and His Visions of the Dead”, p. 126.
27. Doutrina e Convênios 138:25–28.
28. Doutrina e Convênios 138:29–48; ver também Doutrina e Convênios 110:13–15
e≈Malaquias 4:5–6.
29. Doutrina e Convênios 138:49–59; ver também Abraão 3:22. Tópicos: Joseph F.
Smith; Visão da redenção dos mortos.
30. “Prest. Joseph F. Smith Greets Thousands at Semi-­annual Conference”, Deseret
Evening News, 4 de outubro de 1918, p. 1; Joseph F. Smith, em Eighty-­Ninth
Semi-­annual Conference, p. 2; Wells, Diário, vol. 44, 4 de outubro de 1918.
31. Joseph F. Smith, em Eighty-­Ninth Semi-­annual Conference, p. 2; Susa Young
Gates para Elizabeth Claridge McCune, 14 de novembro de 1918, Susa Young
Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja.
32. Susa Young Gates, Diário, 5 de novembro de 1918; Susa Young Gates para Elizabeth
Claridge McCune, 14 de novembro de 1918, Susa Young Gates Papers, Biblioteca de
História da Igreja; Tait, “Susa Young Gates and the Vision of the Redemption of the
Dead”, pp. 315–322. 219

33. Tait, “Susa Young Gates and the Vision of the Redemption of the Dead”, pp. 315–322;
Susa Young Gates, “Genealogy in the Relief Society”, Utah Genealogical and Historical

690
Notas das páginas 219–225

Magazine, janeiro de 1916, vol. 7, p. 42; “Donations to the Society”, Utah Genealogical
and Historical Magazine, julho de 1917, vol. 8, p. 143. Tópico: Genealogia e
história da família. 219

34. Susa Young Gates para Elizabeth Claridge McCune, 14 de novembro de 1918, Susa
Young Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja.
35. Susa Young Gates, Diário, 5 de novembro de 1918; Susa Young Gates para Elizabeth
Claridge McCune, 14 de novembro de 1918, Susa Young Gates Papers, Biblioteca de
História da Igreja; Joseph Fielding Smith, Diário, 31 de outubro de 1918; Tait, “Susa
Young Gates and the Vision of the Redemption of the Dead”, p. 319. Tópico: Visão
da redenção dos mortos.
36. Tópicos: Primeira Guerra Mundial; Pandemia de gripe de 1918.
37. David A. Smith, Declaração, 19 de novembro de 1918, Caderno de cartas impressas,
vol. 54, p. 6, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja.
38. David A. Smith, Anotações, p. 22, Heber J. Grant Collection, caixa 177,
pasta 14, Biblioteca de História da Igreja.
39. Lund, Diário, 18 de novembro de 1918; Heber J. Grant para “A família do presidente
Joseph F. Smith”, 20 de novembro de 1918, Joseph F. and Alice K. Smith Family
Correspondence, Biblioteca de História da Igreja. Tópico: Joseph F. Smith.

Capítulo 14: Fontes de luz e esperança

1. Heber J. Grant para “A família do presidente Joseph F. Smith”, 20 de novembro de


1918, Joseph F. and Alice K. Smith Family Correspondence, Biblioteca de História
da Igreja; Frank W. Otterstrom, “Tributes of Honor”, Deseret Evening News, 30 de
novembro de 1918, seção 4, p. vii; Heber J. Grant, Remarks at YMMIA Board Meeting,
29 de janeiro de 1919, Caderno de cartas impressas, vol. 54, pp. 585–587, Heber J.
Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja; Atestado de óbito de Joseph
Fielding Smith, 19 de novembro de 1918, Utah Department of Health, Office of
Vital Records e Statistics, Utah State Archives e Records Service, Salt Lake City; ver
também Heber J. Grant, Remarks, 29 de janeiro de 1919, Caderno de cartas impressas,
vol. 54, p. 586; Heber J. Grant para Homer Durham e Eudora Widtsoe Durham, 30 de
dezembro de 1941, Caderno de cartas impressas, vol. 80, p. 706; Heber J. Grant para
Reed Smoot, 28 de agosto de 1918, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História
da Igreja; e Heber J. Grant, em One Hundredth Annual Conference, p. 22.
2. Lund, Diário, 19–22 de novembro de 1918; “Prest. Joseph F. Smith Followed to Grave
by Magnificent Cortege”, Deseret Evening News, 22 de novembro de 1918, seção 2,
p. [1]; “State Board of Health Issues Drastic Order”, Salt Lake Telegram, 9 de outubro
de 1918, p. 1.
3. “Prest. Joseph F. Smith Followed to Grave by Magnificent Cortege”, Deseret Evening
News, 22 de novembro de 1918, seção 2, p. [1]; Frank W. Otterstrom, “Tributes of
Honor”, Deseret Evening News, 30 de novembro de 1918, seção 4, p. vii; “Thousands
Pay Last Honor to Church Leader”, Salt Lake Herald, 23 de novembro de 1918, p. 3.
4. Lund, Diário, 23 de novembro de 1918; Talmage, Diário, 23 de novembro de 1918.
Tópico: Heber J. Grant.
5. Heber M. Wells para Heber J. Grant, 27 de novembro de 1918; John A. Widtsoe
para Heber J. Grant, 23 de novembro de 1918; Heber J. Grant para Charles A. Callis,
14 de janeiro de 1919, Caderno de cartas impressas, vol. 54, p. 84; Heber J. Grant
para Isaac A. Russell, 12 de janeiro de 1922, Caderno de cartas impressas, vol. 58,
p. 806; Heber J. Grant para Edward H. Felt, 4 de março de 1919, Caderno de cartas
impressas, vol. 54, p. 245; Heber J. Grant para Samuel Woolley, 24 de abril de 1919,
Caderno de cartas impressas, vol. 54, p. 726, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de
História da Igreja.
6. Tópico: Ajustes na organização do sacerdócio. 225

691
Notas das páginas 226–230

7. Deseret News 1989–1990 Church Almanac, p. 204; Alexander, Mormonism in


Transition, pp. 114–119; Lund, “Joseph F. Smith and the Origins of the Church
Historic Sites Program”, pp. 342–358; First Presidency, To the Presidents of Stakes,
Bishops and Parents in Zion. Tópico: Reunião familiar. 226

8. Heber J. Grant para George Romney, 24 de novembro de 1918; Heber J. Grant


para James Lawry, 21 de junho de 1919, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de
História da Igreja; “Many Offices Were Held by Joseph Smith”, Salt Lake Herald, 20
de novembro de 1918, p. 6; Junta Educacional da Igreja, Atas, 27 de novembro de
1918; Lund, Diário, 27 de novembro de 1918. Tópico: David O. McKay.
9. “Grant Is Bank President”, Salt Lake Tribune, 6 de dezembro de 1918, p. 16; “New
Head of the Utah-­Idaho Sugar”, Ogden (UT) Standard, 12 de dezembro de 1918, 4;
Zion’s Cooperative Mercantile Institution, Atas, 19 de dezembro de 1918, pp. 236–237.
Tópico: Finanças da Igreja.
10. Frank W. Otterstrom, “Tributes of Honor”, Deseret Evening News, 30 de novembro de
1918, seção 4, p. vii; Charles W. Penrose para Heber J. Grant, 5 de dezembro de 1918;
Heber J. Grant para Joshua F. Grant, 14 de dezembro de 1918; Heber J. Grant para
Junius F. Wells, 12 de dezembro de 1918; Heber J. Grant para S. A. Whitney, 24 de
dezembro de 1918, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja.
11. “Spring Session of Conference Is Called Off”, Salt Lake Herald, 21 de março de 1919,
p. [16]; “Conference Is to Be Held in Salt Lake”, Ogden (UT) Standard, 19 de abril de
1919, p. 2; Heber J. Grant para Augusta Winters Grant, 20 de março de 1919, Heber J.
Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja; “Spirit of the Lord Attends Elders of
Church”, Deseret Evening News, 15 de março de 1919, seção 4, p. vii; Heber J. Grant,
em Eighty-­Ninth Annual Conference, p. 74; Bray, “The Lord’s Supper during the
Progressive Era”, pp. 88–104. Tópico: Reuniões sacramentais.
12. Heber J. Grant para “Minhas queridas e amadas filhas”, 1º de dezembro de 1919,
Caderno de cartas impressas, vol. 55, p. 259, Heber J. Grant Collection, Biblioteca
de História da Igreja. Tópico: Pandemia de gripe de 1918.
13. Christensen, Stories of the Temple in La‘ie, p. 33; Heber J. Grant para “Minhas queridas
e amadas filhas”, 1º de dezembro de 1919, Caderno de cartas impressas, vol. 55,
p. 259; Heber J. Grant para Augusta Winters Grant, 29 de novembro de 1919, Heber J.
Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja; Santos, vol. 1, capítulo 21; vol. 2,
capítulo 44; Britsch, Moramona, pp. 241–244.
14. Heber J. Grant, “The Dedicatory Prayer in the Hawaii Temple”, Improvement Era,
fevereiro de 1920, vol. 23, pp. 281–288; Christensen, Stories of the Temple in La‘ie,
pp. 35–38.
15. Heber J. Grant para “Minhas queridas e amadas filhas”, 1º de dezembro de 1919,
Caderno de cartas impressas, vol. 55, p. 259, Heber J. Grant Collection, Biblioteca
de História da Igreja. Tópicos: Havaí; Dedicações e orações dedicatórias de
templos.
16. Junta Geral da Sociedade de Socorro, Atas, 20 de novembro de 1919, p. 292; Lyman,
“Social Service Work in the Relief Society”, pp. 3–8; Hall, Faded Legacy, pp. 79–82;
McDannell, Sister Saints, pp. 46–47. Tópico: Amy Brown Lyman.
17. McGerr, Fierce Discontent, pp. xiii–xvi, 79–80, 256–259; Flanagan, America Reformed,
pp. 283–286; Lyman, In Retrospect, p. 30; Hall, Faded Legacy, pp. 48–50.
18. Lyman, “Social Service Work in the Relief Society”, pp. 1–2, 6; Alexander, “Latter-­day
Saint Social Advisory Committee”, pp. 19–39. Tópicos: Sociedade de Socorro;
Programas de bem-­estar.
19. Junta Geral da Sociedade de Socorro, Atas, 23 de outubro de 1919, pp. 267–271;
Susa Young Gates, “Address to the Relief Society Board”, pp. 3–7, Relief Society Files,
Susa Young Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja; Derr, Cannon e Beecher,
Women of Covenant, p. 222.
20. Cannon e Derr, “Resolving Differences/Achieving Unity”, pp. 130–131; Derr, Cannon e
Beecher, Women of Covenant, pp. 241–242. Tópicos: Jejum; Bispo. 230

692
Notas das páginas 231–239

21. Lyman, “Social Service Work in the Relief Society”, pp. 8–11; Amy Brown Lyman,
“Class in Charities and Relief Work”, Relief Society Magazine, agosto de 1920, vol. 7,
pp. 437–440; Amy Brown Lyman, “In Retrospect”, Relief Society Magazine, julho de
1942, vol. 29, p. 464; Derr, “History of Social Services”, pp. 30–31; ver também, por
exemplo, “Guide Lessons”, Relief Society Magazine, janeiro de 1920, vol. 7, pp. 59–62;
fevereiro de 1920, vol. 7, pp. 118–124.231

22. “Two Church Workers Will Tour Missions of Pacific Islands”, Deseret News,
15 de outubro de 1920, p. 5; Hugh J. Cannon, Diário, 4 de dezembro de 1920.
Tópico: David O. McKay.
23. Hugh J. Cannon, Diário, 4 de dezembro de 1920–7 de fevereiro de 1921; McKay,
Diário, 9 de janeiro de 1921 e 7 de fevereiro de 1921; Neilson, To the Peripheries of
Mormondom, pp. xix–xxxii; Neilson e Teuscher, Pacific Apostle, pp. xxvi–xxx, xl, 78;
Britsch, From the East, pp. 60–61; Plewe, Mapping Mormonism, p. 141.
24. McKay, Diário, 7 de fevereiro de 1921, em Neilson e Teuscher, Pacific Apostle,
pp. 77–80.
25. Junta Educacional da Igreja, Atas, 24 de fevereiro de 1920; 3 de março de 1920; 18 de
março de 1926; By Study and Also by Faith, pp. 33, 36–38, 597–599; Taylor, “Report
of Sermons of Elder David O. McKay”, p. 12; Hatch, Colonia Juarez, pp. 229–238.
Tópicos: Academias da Igreja; Seminários e Institutos.
26. McKay, Diário, 21–22 de abril de 1921, em Neilson e Teuscher, Pacific Apostle,
pp. 103–111, 113, 118; Newton, Tiki and Temple, p. 162; David O. McKay, “Hui Tau”,
Improvement Era, julho de 1921, vol. 24, pp. 769–777.
27. Newton, Tiki and Temple, p. 164; McKay, Diário, 23 de abril de 1921, em Neilson
e Teuscher, Pacific Apostle, p. 123.
28. McKay, Diário, 23 de abril de 1921, em Neilson e Teuscher, Pacific Apostle, p. 123;
Taylor, “Report of Sermons of Elder David O. McKay”, pp. 1–3; Young, Entrevista
histórica oral, pp. 9–10; Cowan, “An Apostle in Oceania”, pp. 193–195. Tópico: Dom
de línguas.
29. Taylor, “Report of Sermons of Elder David O. McKay”, p. 12. Tópico: Nova Zelândia.
30. Widtsoe, In the Gospel Net, p. 127; Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 85–87, 97–98,
124–127, 156.
31. Widtsoe, In the Gospel Net, pp. 127–130; Widtsoe, Diário, 28 de maio de 1919; 12 de
junho–11 de julho de 1919.
32. Widtsoe, Diário, 13–17 de março de 1920.
33. Widtsoe, In a Sunlit Land, p. 156.
34. Tópico: Sede da Igreja.
35. John A. Widtsoe para James E. Addicott, 3 de outubro de 1921, John A. Widtsoe
Papers, Biblioteca de História da Igreja; Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 156–157.
36. Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 156–157; Grant, Diário, 17 de março de 1921.
37. Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 157, 161–162; Joseph F. Smith, em Seventy-­Seventh
Annual Conference, pp. 7–8. Tópico: Finanças da Igreja.
38. Leah D. Widtsoe para Heber J. Grant, 30 de junho de 1921, Coleção Heber J.
Grant, Biblioteca de História da Igreja. Tópicos: John e Leah Widtsoe;
Quórum dos Doze.
39. Grant, Diário, 17 de março de 1921; Susa Young Gates para John A. Widtsoe, 31 de
março de 1921, Susa Young Gates Papers, Biblioteca de História da Igreja.
40. Heber J. Grant para Isaac Russell, 17 de fevereiro de 1922, Isaac Russell Papers,
Special Collections, Biblioteca Green, Universidade Stanford, Stanford, CA; Heber J.
Grant para Annie Wells Cannon, 25 de abril de 1921; Heber J. Grant para Frances
Grant, 18 de maio de 1921, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja;
Susa Young Gates para Elizabeth Claridge McCune, 10 de fevereiro de 1921; 6 de
maio de 1921, Relief Society, Susa Young Gates Files, Biblioteca de História da Igreja;
Madsen, Emmeline B. Wells, pp. 480–481, 484–486, 488–490. 239

693
Notas das páginas 239–244

41. Heber J. Grant para Isaac Russell, 17 de fevereiro de 1922, Isaac Russell Papers, Special
Collections, Biblioteca Cecil H. Green, Universidade Stanford, Stanford, CA; Annie
Wells Cannon, Diário, 2 de abril de 1921; Madsen, Emmeline B. Wells, pp. 490–491. 239

42. Junta Geral da Sociedade de Socorro, Atas, 2 de abril de 1921, pp. 42–43; “Is
Chosen by Head Church Official”, Salt Lake Telegram, 2 de abril de 1921, p. 2.
Tópico: Sociedade de Socorro.
43. Junta Geral da Sociedade de Socorro, Atas, 14 de abril de 1921, p. 51; Susa Young
Gates para Elizabeth Claridge McCune, 20 de abril de 1921; 6 de maio de 1921, Relief
Society, Susa Young Gates Files, Biblioteca de História da Igreja; Susa Young Gates,
Diário, 1921–1922, anotação sem data após 3 de fevereiro de 1932. Tópico: Amy
Brown Lyman.
44. Annie Wells Cannon, Diário, 2–20 de abril de 1921.
45. Annie Wells Cannon, Diário, 24–25 de abril de 1921; Susa Young Gates, “President
Emmeline B. Wells”, Improvement Era, junho de 1921, vol. 24, pp. 718–721.
Tópico: Emmeline B. Wells.

Capítulo 15: Não peço recompensa maior

1. Neilson, To the Peripheries of Mormondom, pp. xxix–xxx; David O. McKay e Hugh J.


Cannon, “Summary and Report”, pp. 2–3, Correspondência mista da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
2. David O. McKay, Diário, 8–10 de novembro de 1921, Documentos de David O. McKay,
Coleções Especiais, Biblioteca J. Willard Marriott, Universidade de Utah, Salt Lake
City; David O. McKay e Hugh J. Cannon, “Summary and Report”, pp. 6–7; Primeira
Presidência para Joseph W. Booth, 23 de setembro de 1919, Correspondência Mista da
Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Goldberg, “Armenian Exodus”, site
da História da Igreja, history.ChurchofJesusChrist.org. Tópicos: Missão Turca; Jejum.
3. Booth, Diário, 30 de novembro–18 de dezembro de 1921; Goldberg, “Armenian
Exodus”, site da História da Igreja, history.ChurchofJesusChrist.org.
4. David O. McKay e Hugh J. Cannon, “Summary and Report”, pp. 4–5, 7; David O.
McKay e Hugh J. Cannon para “A Primeira Presidência e os membros dos Doze”, 11
de junho de 1921, p. 3, Correspondência mista da Primeira Presidência, Biblioteca de
História da Igreja.
5. Alexander, Mormonism in Transition, pp. 305–306; Diário do escritório do Bispado
Presidente, 2 de agosto de 1921; Johnson e Johnson, “Twentieth-­Century Mormon
Outmigration”, pp. 43–47; Shipps, “Scattering of the Gathered”, pp. 72–76; Beecher,
“Post-­Gathering Expansion of Zion”, pp. 103–106. Tópico: Emigração.
6. Heber J. Grant, em Ninety-­Second Annual Conference, pp. 9–10; Orton, Los Angeles
Stake Story, pp. 40–62; Cowan e Homer, California Saints, pp. 264–272. Tópico: Alas
e estacas.
7. Grant, Diário, 7 de fevereiro de 1917 e 9 de abril de 1924; Heber J. Grant, em
Ninety-­Second Annual Conference, p. 165; Heber J. Grant para Stephen L. Richards, 5
de maio de 1920, Cópias encadernadas de correspondências da Primeira Presidência,
vol. 59; ver também Santos, vol. 2, capítulo 28.
8. Heber J. Grant, “Significant Counsel to the Young People”, Improvement Era, agosto
de 1921, vol. 24, pp. 865–879; ver também, por exemplo, Heber J. Grant, em Ninetieth
Semi-­annual Conference, p. 10; e “Conference of Cache Stake Well Attended”, Logan
(UT) Republican, 20 de setembro de 1921, p. 1.
9. Heber J. Grant, “Significant Counsel to the Young People”, Improvement Era, agosto
de 1921, vol. 24, p. 867. Tópicos: Organizações da Moças; Organizações dos
Rapazes. 244

694
Notas das páginas 245–251

10. “Address by Prest. Grant First Sent”, Deseret News, 8 de maio de 1922, seção 2, p. [1];
“The Vacuum Tube Amplifier”, Improvement Era, março de 1922, vol. 25, p. 457;
Wolsey, “History of Radio Station KSL”, pp. 51–67. Tópico: Mídia de difusão. 245

11. Susa Young Gates, Diário, 1921–1922, maio de 1922, imagem 13, Documentos de Susa
Young Gates, Biblioteca de História da Igreja; [Susa Young Gates], “Editorial”, Relief
Society Magazine, janeiro de 1915, vol. 2, pp. 37–38; Mann, “History of the Relief
Society Magazine”, p. 30. A Relief Society Magazine teve início em 1914 com o nome
de Relief Society Bulletin. O nome foi alterado um ano depois. Tópico: Periódicos
da Igreja.
12. Susa Young Gates para Clarissa Williams, junho de 1922, cópia, Documentos de
John A. Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; Susa Young Gates para Elizabeth
McCune, 6 de maio de 1921, Notas de pesquisa, Arquivos de Susa Young Gates,
Biblioteca de História da Igreja; Susa Young Gates, Diário, 1921–1922, maio de 1922,
imagem 13, Documentos de Susa Young Gates, Biblioteca de História da Igreja; Hall,
Faded Legacy, pp. 82–83.
13. Susa Young Gates, Diário, 1921–1922, maio de 1922, imagem 13, Documentos de
Susa Young Gates, Biblioteca de História da Igreja; Presidência geral da Sociedade
de Socorro para a Primeira Presidência, 21 de dezembro de 1921, Arquivos da
Administração Geral da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
Blumell, “Welfare before Welfare”, pp. 98–99. Tópico: Amy Brown Lyman.
14. Hall, Faded Legacy, pp. 87–103; Derr, Cannon e Beecher, Women of Covenant,
pp. 227–232. Tópicos: Sociedade de Socorro; Programas de bem-­estar.
15. Junta Geral da Sociedade de Socorro, Minutas, 28 de junho de 1922, pp. 66–67; Susa
Young Gates para a Primeira Presidência, 6 de junho de 1922; Susa Young Gates para
Clarissa Williams, junho de 1922, cópia, Documentos de John A. Widtsoe, Biblioteca
de História da Igreja; Susa Young Gates para Elizabeth McCune, 6 de maio de 1921,
Notas de pesquisa, Arquivos de Susa Young Gates, Biblioteca de História da Igreja.
Tópico: Susa Young Gates.
16. Susa Young Gates, Diário, 1921–1922, 13 de fevereiro de 1922, p. 4, Documentos de
Susa Young Gates, Biblioteca de História da Igreja; Gates, History of the Young Ladies’
Mutual Improvement Association.
17. Susa Young Gates, Diário, 1915–1925, 30 de outubro de 1922, imagem 124; Susa
Young Gates, Diário, 1921–1922, 28 de dezembro de 1922, p. 3, Documentos de Susa
Young Gates, Biblioteca de História da Igreja.
18. Lee, Autobiografia, pp. 1–8, 12; William O. Lee Life Sketch, pp. [1]–[2].
19. Lee, Autobiografia, pp. 7–8.
20. Cardston Alberta Stake Young Women’s Mutual Improvement Association, Minutas
e registros, 17 de novembro de 1912, pp. 1–3; Lee, Autobiografia, pp. 10–11.
21. Emily H. Higgs, May W. Cannon e Sadie G. Pack, “Liberty Glen Camp”, Young
Woman’s Journal, janeiro de 1913, vol. 24, pp. 31–34; Josephson, History of the
YWMIA, pp. 44–47, 135–137; “Summer Work”, Young Woman’s Journal, julho de
1914, vol. 25, pp. 449–450. Tópico: Organizações das Moças.
22. Junta Geral das Moças, Minutas, 8 de outubro de 1914, p. 84; 28 de janeiro de 1915, p.
121; 18 de fevereiro de 1915, pp. 126–128; Josephson, History of the YWMIA, pp. 48–55;
“Mormon Girls Organize ‘Bee Hive’”, Salt Lake Telegram, 18 de abril de 1915, p. 6; Hand
Book for the Bee-­Hive Girls of the Y. L. M. I. A., pp. 4–14; Elen Wallace, “The Bee-­Hive
Symbolism”, Young Woman’s Journal, julho de 1916, vol. 27, pp. 390–395.
23. Hand Book for the Bee-­Hive Girls of the Y. L. M. I. A., pp. 4–5; Cardston Alberta Stake
Young Women’s Mutual Improvement Association, Minutas e registros, 4 de julho de
1915, p. 91; 1º de abril de 1916, p. 107; 6 de novembro de 1916, p. 118.
24. Wood, Alberta Temple, pp. 35–67; Prete e Prete, Canadian Mormons, pp. 95–98.
Tópico: Canadá.
25. John A. Widtsoe para Leah D. Widtsoe, 12 de julho de 1923, Documentos da família
Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja. 251

695
Notas das páginas 251–259

26. Thomas, “Apostolic Diplomacy”, pp. 130–139; Widtsoe, In a Sunlit Land,


p. 186; Parrish, John A. Widtsoe, pp. 327–330; Merrill, Apostle in Politics, p. 154.
Tópicos: Dinamarca; Suécia; Noruega. 251

27. John A. Widtsoe para Leah D. Widtsoe, 12 de julho de 1923, Documentos da família
Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.
28. “Karl Marsel Widtsoe”, Banco de dados missionário, history.ChurchofJesusChrist.org/
missionary; John A. Widtsoe para Leah D. Widtsoe, 12 de julho de 1923, Documentos
da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; Widtsoe, In a Sunlit Land, p. 236.
29. Thomas, “Apostolic Diplomacy”, pp. 137, 148–157.
30. Reed Smoot e John A. Widtsoe para a Primeira Presidência, 8 de agosto
de 1923, Documentos de John A. Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.
Tópico: Crescimento do trabalho missionário.
31. John A. Widtsoe para Leah D. Widtsoe, 24 de julho de 1923, Documentos da família
Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 157–163.
32. Wood, Diário, 26 de agosto de 1923; Grant, Diário, 25 de agosto de 1923; George F.
Richards, Diário, 25 de agosto de 1923; Wood, Alberta Temple, p. 74; Prete e Prete,
Canadian Mormons, p. 99. Tópico: Canadá.
33. Lee, Autobiografia, pp. 8–9, 14; Wood, Alberta Temple, p. 116; Mouritsen, “George
Franklin Richards”, p. 210.
34. Lee, Autobiografia, p. 14; Alberta Temple Dedication Services, 26 de agosto de 1923,
pp. 1, 12; “Great Mormon Temple at Cardston Dedicated”, Lethbridge (AB) Daily
Herald, 27 de agosto de 1923, p. [1]. Tópico: Dedicações e orações dedicatórias
de templos.
35. George F. Richards, Diário, 1º de junho de 1921; 8 de fevereiro de 1922; 29 de maio
de 1922; 12–13 de janeiro de 1923; 6 de abril de 1923; Lund, Diário, 27 de abril
de 1916 e 22 de julho de 1920; Stapley e Wright, “History of Baptism for Health”,
pp. 108–109; Alexander, Mormonism in Transition, pp. 316–317; Mouritsen,
“George Franklin Richards”, pp. 199–206. Tópico: Cura.
36. Primeira Presidência para presidentes de estacas e presidentes de templos, 12 de
junho de 1923, Cópias encadernadas de correspondências da Primeira Presidência,
vol. 65; Mouritsen, “George Franklin Richards”, pp. 211–212; Alexander, Mormonism
in Transition, pp. 316–317. Tópicos: Ajustes no trabalho do templo; Investidura
do templo.
37. Lee, Autobiografia, p. 14; “New Year’s Greetings from Some of Our Stake Presidents”,
Young Woman’s Journal, janeiro de 1924, vol. 35, p. 41.
38. “New Year’s Greetings from Some of Our Stake Presidents”, Young Woman’s Journal,
janeiro de 1924, vol. 35, p. 41. Tópico: Organizações das Moças.

Capítulo 16: Escrito no céu

1. Kullick, “Life of Herta”; Anna Kullick, Hamburg Passenger List, 20 de abril de 1922,
p. 499; Ernst Biebersdorf, Hamburg Passenger List, 27 de março de 1923, p. 689,
disponível em ancestry.com. Tópico: Argentina.
2. Wilhelm Friedrichs para Charles W. Nibley, 15 de dezembro de 1924; 15 de abril de
1925, Correspondência da Missão Argentina, Biblioteca de História da Igreja.
3. Palmer e Grover, “Parley P. Pratt’s 1851 Mission to Chile”, p. 115; Williams e Williams,
From Acorn to Oak, pp. 13–15, 17–20; Newton, German Buenos Aires, pp. 75–85.
Tópico: Chile.
4. Wilhelm Friedrichs para Charles Nibley, 2 de março de 1924; 5 de março de 1924;
2 de maio de 1924; 15 de dezembro de 1924; 15 de abril de 1925; Wilhelm Friedrichs
para Sylvester Q. Cannon, 29 de junho de 1925, Correspondência da Missão
Argentina, Biblioteca de História da Igreja. 259

696
Notas das páginas 259–264

5. Wilhelm Friedrichs para Charles W. Nibley, 15 de dezembro de 1924; 15 de abril


de 1925; Wilhelm Friedrichs para Sylvester Q. Cannon, 29 de junho de 1925,
Correspondência da Missão Argentina, Biblioteca de História da Igreja. 259

6. Sylvester Q. Cannon para Wilhelm Friedrichs, 24 de junho de 1925, Correspondência


da Missão Argentina, Biblioteca de História da Igreja.
7. Wilhelm Friedrichs para Sylvester Q. Cannon, 29 de junho de 1925, Correspondência
da Missão Argentina, Biblioteca de História da Igreja.
8. Schrag, Not Fit for Our Society, pp. 70, 123, 144–145; Pegram, “Ku Klux Klan, Labor,
and the White Working Class during the 1920s”, pp. 373–396; Smith, Managing
White Supremacy, pp. 73–75; Jackson, Ku Klux Klan in the City, pp. 5–23; Higham,
Strangers in the Land, pp. 285–299.
9. Grant, Diário, 6 de fevereiro de 1923; Seferovich, “History of the LDS Southern States
Mission”, pp. 122–124; Mason, Mormon Menace, pp. 145–147, 159–160; Charles A.
Callis para a Primeira Presidência, 31 de janeiro de 1924; Primeira Presidência
para Charles A. Callis, 5 de fevereiro de 1924, Arquivos Missionários da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja; ver também Helamã 2:12–13; 6:16–32.
10. Gerlach, Blazing Crosses in Zion, pp. 1–16; Bornstein, Colors of Zion, pp. 34–39;
Thomas, Plessy v. Ferguson, pp. 3–4, 29–31; Jackson, “Race and History in Early
American Film”, pp. 27–51; Primeira Presidência para Joseph W. McMurrin, 23 de
novembro de 1920, Arquivos Missionários da Primeira Presidência, Biblioteca de
História da Igreja. Tópico: Segregação racial.
11. Marie Graves para Heber J. Grant, 10 de novembro de 1920, Arquivos Missionários da
Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
12. Doutrina e Convênios 58:64; Marcos 16:15; Santos, vol. 1, capítulo 46; vol. 2,
capítulos 13, 31 e 32; Primeira Presidência para Joseph W. McMurrin, 23 de novembro
de 1920, Arquivos Missionários da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
13. David O. McKay para Stephen L. Richards e J. Reuben Clark Jr., 19 de janeiro de 1954,
Álbum de Recortes de David O. McKay, Biblioteca de História da Igreja.
14. Bush, “Mormonism’s Negro Doctrine”, pp. 37–38; “Ritchie, Nelson Holder”, Entrada
biográfica, site Century of Black Mormons, exhibits.lib.utah.edu; Registros do Templo
de Salt Lake, Selamentos de Pessoas Vivas Previamente Casadas, Livro A, 1893–1902,
microfilme 186.213; Registros do Templo de Salt Lake, Selamentos de Pessoas Vivas,
Livro A, 1893–1905, microfilme 186.206, Coleções Especiais, Biblioteca de História da
Família; Nelson H. Ritchie e Annie C. Ritchie, Ala Sugar House, Estaca Granite, nºs 483
e 484, em Ala Sugar House, Parte 1, Coleção de registros de membros, Biblioteca de
História da Igreja; Whitaker, Diário, 10 de dezembro de 1909. Tópico: O sacerdócio
e a restrição ao templo.
15. Gerlach, Blazing Crosses in Zion, pp. 23–53, 55–101, 104–105; Grant, Diário, 6 de
março de 1924.
16. Grant, Diário, 4 de abril de 1925.
17. “Passing Events”, Improvement Era, agosto de 1925, vol. 28, p. 1013; “William
Jennings Bryan”, Improvement Era, setembro de 1925, vol. 28, pp. 1092–1093.
18. Larson, Summer for the Gods, pp. 31–59, 112, 116–121, 155, 168, 263; Marsden,
Fundamentalism and American Culture, pp. 175–177, 184–185; Numbers,
Creationists, pp. 51–68. Tópico: Evolução orgânica.
19. Grant, Diário, 11 de abril de 1924; Heber J. Grant para Charles W. Lovett, 25 de agosto
de 1919, Cópias encadernadas de correspondências, vol. 54, p. 994; Heber J. Grant
para Henry W. Beyers, 28 de junho de 1933, Coleção Heber J. Grant, Biblioteca de
História da Igreja; Heber J. Grant para Fred W. Shibley, 21 de janeiro de 1930, Cópias
encadernadas de correspondências, vol. 67, p. 646, coleção Heber J. Grant, Biblioteca
de História da Igreja.264

20. Grant, Diário, 11 de abril de 1924; 3 Néfi 9:1; Heber J. Grant para George T. Odell,
17 de março de 1925, Cópias encadernadas de correspondências, vol. 63, p. 8;
Heber J. Grant para Eva G. Moss, 26 de novembro de 1925, Cópias encadernadas de
correspondências, vol. 63, p. 612, Coleção Heber J. Grant, Biblioteca de História da

697
Notas das páginas 265–271

Igreja; Heber J. Grant para Earl Foote, 27 de novembro de 1925, Cópias encadernadas
de correspondências da Primeira Presidência, vol. 65.265

21. Grant, Diário, 18 de junho de 1925.


22. “The Origin of Man”, Improvement Era, novembro de 1909, vol. 13, pp. 75–81;
“‘Mormon’ View of Evolution”, Deseret News, 18 de julho de 1925, seções 3, 5.
23. Larson, Summer for the Gods, pp. 191–192.
24. Heber J. Grant para Tenney McFate, 5 de agosto de 1925, Cópias encadernadas
de correspondências da Primeira Presidência, vol. 65; Heber J. Grant para Martha
Geddes, 23 de setembro de 1925, Correspondência mista da Primeira Presidência,
Biblioteca de História da Igreja; Heber J. Grant para Arne Arnesen, 15 de agosto de
1925, Cópias encadernadas de correspondências da Primeira Presidência, vol. 65;
ver também Mateus 7:16–20. Tópico: Evolução orgânica.
25. Testemunho de Len R. Hope e Mary Hope, pp. 1–[2]; “Hope, Len”, Entrada biográfica,
site Century of Black Mormons, exhibits.lib.utah.edu.
26. Testemunho de Len R. Hope e Mary Hope, pp. 1–[2]; “Hope, Len”, Entrada biográfica,
site Century of Black Mormons, exhibits.lib.utah.edu; artigo sobre Len Hope, Registro
genealógico, Conferência do Alabama, Missão dos Estados do Sul, p. 70, em Alabama
(Estado), parte 1, segmento 1, Coleção de registros de membros, Biblioteca de História
da Igreja; artigo sobre John Matthew Tolbert, Registro genealógico, Conferência
do Alabama, Missão dos Estados do Sul, p. 149, em Alabama (Estado), parte 1,
segmento 1, Coleção de registros de membros, Biblioteca de História da Igreja.
27. Testemunho de Len R. Hope e Mary Hope, p. [2]; DuRocher, “Violent Masculinity”,
pp. 49–60.
28. Testemunho de Len R. Hope e Mary Hope, p. [2]; Stephenson, “Short Biography
of Len, Sr. and Mary Hope”, p. [9]; Flynt, Alabama in the Twentieth Century,
pp. 227–228, 317–331, 446–449; Feldman, Sense of Place, pp. 12–15, 26–28, 73–76.
Tópico: Segregação racial.
29. Testemunho de Len R. Hope e Mary Hope, pp. 1–[2]; “Hope, Len”, Entrada biográfica,
site Century of Black Mormons, exhibits.lib.utah.edu.
30. Testemunho de Len R. Hope e Mary Hope, pp. 1–[2]; “Hope, Len”, Entrada biográfica,
site Century of Black Mormons, exhibits.lib.utah.edu; Joseph Hancock para Gloria
Gunn, 31 de dezembro de 1949, Cartas missionárias e autobiografia de Joseph P.
Hancock, Biblioteca de História da Igreja.
31. Joseph Hancock para Gloria Gunn, 31 de dezembro de 1949, Cartas missionárias e
autobiografia de Joseph P. Hancock, Biblioteca de História da Igreja; Testemunho de
Len R. Hope e Mary Hope, pp. [2], [3]; “Hope, Len” e “Hope, Mary Lee Pugh”, Entradas
Biográficas, site Century of Black Mormons, exhibits.lib.utah.edu; Stephenson, “Short
Biography of Len, Sr. and Mary Hope”, p. [9].
32. Testemunho de Len R. Hope e Mary Hope, p. [3].
33. Rey L. Pratt, Diário, 6 de dezembro de 1925; Melvin J. Ballard para a Primeira
Presidência, 26 de janeiro de 1926, Arquivos missionários da Primeira Presidência,
Biblioteca de História da Igreja; Melvin J. Ballard, em Ninety-­Seventh Semi-­annual
Conference, p. 35; Wilhelm Friedrichs para Sylvester Q. Cannon, 29 de junho de 1925,
Correspondência da Missão Argentina, Biblioteca de História da Igreja.
34. Melvin J. Ballard para a Primeira Presidência, 26 de janeiro de 1926, Arquivos
missionários da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Melvin J.
Ballard, em Ninety-­Seventh Semi-­annual Conference, p. 35.
35. Melvin J. Ballard para a Primeira Presidência, 15 de dezembro de 1925, Arquivos
missionários da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Rey L. Pratt,
Diário, 10 de dezembro de 1925; Índice da Missão Sul-­Americana, em Missão
Sul-­Americana, História Manuscrita, pp. [1]–7; Missão Sul-­Americana, História
Manuscrita, 13 de dezembro de 1925, p. [17].271

36. “Dedicatorial Prayer, Dedicating the Lands of South America to the Preaching of
the Gospel”, Arquivos missionários da Primeira Presidência, Biblioteca de História

698
Notas das páginas 271–278

da Igreja; Melvin J. Ballard, “Prayer Dedicating the Lands of South America to the
Preaching of the Gospel”, Improvement Era, abril de 1926, vol. 29, pp. 575–577. 271

37. Melvin J. Ballard para a Primeira Presidência, 15 de dezembro de 1925; 15 de março


de 1926, Arquivos missionários da Primeira Presidência, Biblioteca de História da
Igreja; Melvin J. Ballard, em Ninety-­Seventh Semi-­annual Conference, pp. 35–36; “The
Missions: The Sunday School in South America”, Instructor, dezembro de 1939, vol.
74, p. 539; “Elder Ballard Dedicated South American Nations”, Missão Sul-­Americana,
História Manuscrita, p. [19].
38. Melvin J. Ballard, em Ninety-­Seventh Semi-­annual Conference, pp. 34–36; Rey L.
Pratt, Diário, 1º–2, 3 e 14 de janeiro de 1926; Rey L. Pratt para a família, 8 de fevereiro
de 1926, Documentos de Rey L. Pratt, Biblioteca de História da Igreja.
39. Rey L. Pratt para a família, 14 de fevereiro de 1926, Documentos de Rey L. Pratt,
Biblioteca de História da Igreja; “The Missions: The Sunday School in South America”,
Instructor, dezembro de 1939, vol. 74, p. 539; Melvin J. Ballard para a Primeira
Presidência, 22 de março de 1926, Arquivos missionários da Primeira Presidência,
Biblioteca de História da Igreja.
40. Melvin J. Ballard, em Ninety-­Seventh Semi-­annual Conference, p. 36; Melvin J. Ballard
para a Primeira Presidência, 1º de março de 1926, Arquivos missionários da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
41. Primeira Presidência para Melvin J. Ballard, 23 de março de 1926; Melvin J. Ballard
para a Primeira Presidência, 22 de março de 1926; 16 de junho de 1926, Arquivos
missionários da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Curbelo,
History of the Mormons in Argentina, pp. 38–39; Williams e Williams, From Acorn to
Oak Tree, p. 29; Melvin J. Ballard, em Ninety-­Seventh Semi-­annual Conference, p. 37.
42. Sharp, Entrevista de história oral, p. 10; ver também Sharp, Autobiografia,
p. 48; e Sharp, Diário, 4 de julho de 1926, e cartão de índice inserido no diário.
Tópico: Argentina.

Capítulo 17: Preservados um para o outro

1. Secretário da Junta Geral de Educação da Igreja para Joseph F. Smith, 30 de


novembro de 1901, Centennial History Project Records, BYU; Junta de Educação
da Igreja, Minutas, 3 de fevereiro de 1926; 3 e 10 de março de 1926.
2. Junta de Educação da Igreja, Minutas, 3 de fevereiro de 1926.
3. Junta de Educação da Igreja, Minutas, 3 de março de 1926. Tópico: Academias da
Igreja.
4. Greene, Entrevista; Greene, A Life Remembered, p. 33; Wright, “Beginnings of the First
LDS Institute of Religion at Moscow, Idaho”, pp. 68–70.
5. Greene, A Life Remembered, p. 33; By Study and Also by Faith, p. 64; Wright,
“Beginnings of the First LDS Institute of Religion at Moscow, Idaho”, pp. 70–72.
6. Junta de Educação da Igreja, Minutas, 23 de março de 1926; 25 de junho de 1926;
1º de setembro de 1926; 12 de outubro de 1926; Grant, Diário, 24 de março de 1926;
By Study and Also by Faith, pp. 64–65. Tópico: Seminários e Institutos.
7. Grant, Diário, 13 de setembro de 1926; Heber J. Grant para Marriner W. Eccles e
Henry H. Rolapp, 13 de setembro de 1926, Correspondência mista da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Sessions, Entrevista de história oral
[1972], p. 4; Griffiths, “First Institute Teacher”, pp. 175–182; Tomlinson, “History of
the Founding of the Institutes of Religion”, pp. 151–159.
8. Widtsoe, Diário, 1º de janeiro de 1927.
9. Widtsoe, Diário, 21 de novembro e 14 de dezembro de 1926; Widtsoe, In a Sunlit
Land, p. 236; Thomas Hull para John A. Widtsoe e Leah D. Widtsoe, 15 de junho de
1927, Documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja. 278

699
Notas das páginas 278–284

10. Widtsoe, Diário, 7 e 9 de outubro de 1926; 8 e 14 de dezembro de 1926; 1º de janeiro


de 1927; “Anne Widtsoe and Lewis Wallace Married”, Ogden (UT) Standard-­Examiner,
10 de outubro de 1926, seção 2, p. [1]; Leah D. Widtsoe para John A. Widtsoe, 20 de
fevereiro de 1927, Documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja. 278

11. Ver Widtsoe, Diário, janeiro e fevereiro de 1927; Leah D. Widtsoe para John A.
Widtsoe, 20 de fevereiro de 1927, Documentos da família Widtsoe, Biblioteca de
História da Igreja.
12. Leah D. Widtsoe, “I Remember Brigham Young”, Improvement Era, junho de 1961,
vol. 64, p. 385; Widtsoe, Entrevista de história oral, pp. 11–12; Susa Young Gates para
Heber J. Grant e conselheiros, 5 de dezembro de 1922; Susa Young Gates para James
Kirkham e Albert Hooper, 12 de novembro de 1929, Documentos de Susa Young
Gates, Biblioteca de História da Igreja.
13. Widtsoe, Entrevista de história oral, pp. 11–12; Leah D. Widtsoe para John A. Widtsoe,
20 de fevereiro de 1927; Susa Young Gates para Leah D. Widtsoe, 28 de julho de
1928; Lucy G. Bowen para Leah D. Widtsoe e John A. Widtsoe, 25 de novembro de
1930, Documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; “Mrs. Susa
Young Gates”, Deseret News, 27 de maio de 1933, p. 4. Tópico: Brigham Young.
14. J. E. Fisher para John A. Widtsoe e Leah D. Widtsoe, 22 de maio de 1927, Documentos
da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; Widtsoe, Diário, 23 de maio de
1927; Susa Young Gates, rascunho do obituário de Marsel Widtsoe, Documentos
da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; “Karl M. Widtsoe Dies of
Pneumonia”, Deseret News, 30 de maio de 1927, seção 2, p. [1].
15. Widtsoe, Diário, 23–28 de maio de 1927; Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 29, 236.
16. Leah D. Widtsoe para a Primeira Presidência, 16 de setembro de 1933, Arquivos
missionários da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Widtsoe,
Entrevista de história oral, p. 33; Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 235–237.
17. Fish, “My Life Story”, pp. [1]–[2]; Paul Bang, “My Life Story”, pp. 1, 7–8;
U.S. Department of Commerce, Bureau of the Census, Fifteenth Census of the United
States: 1930, vol. 1, p. 836.
18. Christian Bang Sr., “My Story”, pp. [1]–[3]; Fish, “My Life Story”, p. [1]; Fish, Kramer e
Wallis, History of the Mormon Church in Cincinnati, pp. 52–54.
19. Fish, Kramer e Wallis, History of the Mormon Church in Cincinnati, pp. 21–42,
45–50; “Mormons Baptize Child in the Ohio”, Commercial Tribune (Cincinnati), 16 de
setembro de 1912, p. 12.
20. Christian Bang Sr., “My Story”, p. [3]; Alexander, Mormonism in Transition,
pp. 105–106.
21. Anderson, “My Journey through Life”, vol. 4, pp. 117–118; Christian Bang Sr., “My
Story”, p. [5]; Anderson, Twenty-­Three Years in Cincinnati, pp. 2–3, 13, 45; Johnson
e Johnson, “Twentieth-­Century Mormon Outmigration”, pp. 43–47; Plewe, Mapping
Mormonism, pp. 144–147. Tópico: Emigração.
22. “World-­Wide Attack on Mormonism Now Planned”, Commercial Tribune (Cincinnati),
30 de junho de 1912, p. [16]; “Fight on Mormonism to Start in Cincinnati”, Commercial
Tribune, 26 de janeiro de 1915, p. 3; “Cannon Makes Severe Attack on Mormonism”,
Commercial Tribune, 3 de fevereiro de 1915, p. 10.
23. Fish, “My Life Story”, pp. [3], [6]; Christian Bang Sr., “My Story”, p. [5]; Paul Bang, “My
Life Story”, pp. 6, 8.
24. Entradas da família Bang, Distrito Ohio Sul, Missão dos Estados do Norte, nº 27–33,
324, 334, em Ohio (Estado), parte 2, Coleção de registros de membros, Biblioteca de
História da Igreja.
25. “News from the Missions”, Liahona, the Elders’ Journal, 12 de julho de 1927, vol.
25, p. 42; Entrada sobre Paul Bang, Distrito Ohio Sul, Missão dos Estados do Norte,
nº 334, em Ohio (Estado), parte 2, Coleção de registros de membros, Biblioteca de
História da Igreja; Paul Bang, “My Life Story”, p. 7; Picturesque Cincinnati, p. 77. O
nome dele foi publicado errado na Liahona: “Paul Bancy”. 284

700
Notas das páginas 284–289

26. Sessions, Entrevista de história oral, [1972], pp. 4–5; Sessions e Sessions, Entrevista de
história oral [1965], p. 12; Wright, “Beginnings of the First LDS Institute of Religion at
Moscow, Idaho”, pp. 66–68; Tomlinson, “History of the Founding of the Institutes of
Religion”, pp. 159–161. 284

27. J. Wyley Sessions para Heber J. Grant, 13 de novembro de 1926, Correspondência


mista da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Sessions e Sessions,
Entrevista de história oral [1965], p. 10; Tomlinson, “History of the Founding of the
Institutes of Religion”, pp. 154–155.
28. Sessions e Sessions, Entrevista de história oral [1965], pp. 10–11; Tomlinson, “History
of the Founding of Institutes of Religion”, pp. 161, 183–186.
29. Sessions, Entrevista de história oral [1972], p. 5; Tomlinson, “History of the Founding
of Institutes of Religion”, pp. 161–162; Griffiths, “First Institute Teacher”, p. 182.
30. Sessions e Sessions, Entrevista de história oral [1965], pp. 11–13; Sessions, Entrevista
de história oral [1972], pp. 8–9; Tomlinson, “History of the Founding of Institutes of
Religion”, pp. 159–168; Griffiths, “First Institute Teacher”, pp. 182–185.
31. Sessions e Sessions, Entrevista de história oral [1965], pp. 11–12; Tomlinson, “History
of the Founding of Institutes of Religion”, pp. 168–173. Tópico: Seminários e
Institutos.
32. Leah D. Widtsoe para John A. Widtsoe, 20 de setembro de 1927, Documentos da
família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; John A. Widtsoe para Heber J. Grant,
17 de outubro de 1927, Arquivos da administração geral da Primeira Presidência,
Biblioteca de História da Igreja; Leah D. Widtsoe para a Primeira Presidência, 16
de setembro de 1933, Arquivos missionários da Primeira Presidência, Biblioteca de
História da Igreja.
33. Widtsoe, Diário, 31 de maio–7 de junho de 1927; Widtsoe, In a Sunlit Land,
pp. 236–237.
34. Leah D. Widtsoe para John A. Widtsoe, Telegrama, 31 de agosto de 1927; Leah D.
Widtsoe para John A. Widtsoe, 20 de setembro de 1927, Documentos da família
Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; Widtsoe, Diário, 21 de junho–21 de
setembro de 1927.
35. Widtsoe, Diário, 8 de agosto de 1927.
36. Widtsoe, Entrevista de história oral, pp. 12–13; Widtsoe, Diário, 16 e 24 de setembro
de 1927; Harold Shepstone para Susa Young Gates, 25 de outubro de 1927; 2 de
dezembro de 1927, Documentos de Susa Young Gates, Biblioteca de História da
Igreja.
37. Hal e Bichette Gates para Susa Young Gates, Telegrama, 24 de setembro de 1927,
Correspondência da família, Documentos de Susa Young Gates, Biblioteca de
História da Igreja; Leah D. Widtsoe para John A. Widtsoe, 20 de setembro de 1927,
Documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.
38. Widtsoe, Diário, 29–30 de setembro de 1927; Widtsoe, In a Sunlit Land, p. 189;
John A. Widtsoe para James E. Talmage e Merry B. Talmage, 1º de novembro de
1927, Documentos de John A. Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; Van Orden,
Building Zion, pp. 93–94; “Mission Presidents in Convention”, Latter-­day Saints’
Millennial Star, 20 de setembro de 1928, vol. 38, pp. 600–602.
39. Leah D. Widtsoe para a Primeira Presidência, 16 de setembro de 1933, Arquivos
missionários da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Leah D.
Widtsoe para John A. Widtsoe, 12 de julho de 1927; Leah D. Widtsoe para Louisa Hill,
11 de maio de 1928, Documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja;
Widtsoe, In a Sunlit Land, p. 189; John A. Widtsoe para James E. Talmage e Merry B.
Talmage, 1º de novembro de 1927, Documentos de John A. Widtsoe, Biblioteca de
História da Igreja.
40. Ver Widtsoe, Diário, outubro–novembro de 1927.
41. Widtsoe, Entrevista de história oral, p. 13; Susa Young Gates para Harold J.
Shepstone, 5 de outubro de 1927, Documentos de Susa Young Gates, Biblioteca
de História da Igreja.289

701
Notas das páginas 290–296

42. Widtsoe, Diário, 21 de novembro de 1927; Widtsoe, In the Gospel Net, pp. 102–105,
133, 135; Susa Young Gates para Leah D. Widtsoe e John A. Widtsoe, 21 de novembro
de 1927, Documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja. 290

Capítulo 18: Em qualquer lugar da Terra

1. Reinhold Stoof para a Primeira Presidência, 2 de novembro de 1927; 13 de dezembro


de 1927, Arquivos missionários da Primeira Presidência, Biblioteca de História da
Igreja; Grover, “Sprechen Sie Portugiesisch?”, pp. 116–117; Sharp, Entrevista de
história oral, pp. 7–8, 10.
2. Melvin J. Ballard para a Primeira Presidência, 16 de junho de 1926; Reinhold Stoof
para a Primeira Presidência, 2 de novembro de 1927; 16 de novembro de 1927,
Arquivos missionários da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
Grover, “Sprechen Sie Portugiesisch?”, pp. 118–119, 125–127.
3. Reinhold Stoof para a Primeira Presidência, 2 de novembro de 1927; 24 de janeiro de
1928, Arquivos missionários da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
Grover, “Sprechen Sie Portugiesisch?”, p. 120.
4. Missão Sul-­Americana, História manuscrita, vol. 1, 29 de fevereiro de 1928; Reinhold
Stoof para a Primeira Presidência, 24 de janeiro de 1928, Arquivos missionários da
Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Stoddard, Entrevista de história
oral, pp. 19–20; Grover, “Sprechen Sie Portugiesisch?”, p. 120. Tópicos: Argentina;
Brasil.
5. Widtsoe, Diário, 23 de dezembro de 1927–14 de janeiro de 1928; John A. Widtsoe
para Heber J. Grant, 18 de janeiro de 1928, Arquivos missionários da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Leah Dunford Widtsoe para [Louisa]
Hill, 11 de maio de 1928; Leah Dunford Widtsoe para Mary Booth Talmage, 30 de
outubro de 1929; Leah Dunford Widtsoe para Libby Ivins, 1º de novembro de 1929,
Documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.
6. Bispado Presidente, Relatórios financeiros, estatísticos e históricos para estacas e
missões, vol. 10, p. 1927; John A. Widtsoe para a Primeira Presidência, 1º de maio de
1928, Arquivos missionários da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
Alexander, Mormonism in Transition, p. 243.
7. John A. Widtsoe para a Primeira Presidência, 28 de fevereiro de 1928; 2 de julho de
1928, Arquivos missionários da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
Tópico: Emigração.
8. Departamento missionário, Registros missionários, 1860–1925; John A. Widtsoe para a
Primeira Presidência, 28 de fevereiro de 1928; 16 de outubro de 1928; 16 de outubro
de 1929; 24 de agosto de 1932, Arquivos missionários da Primeira Presidência,
Biblioteca de História da Igreja.
9. Leah Dunford Widtsoe, “Greeting to the Sisters”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 5
de janeiro de 1928, vol. 90, pp. 10–11; “Book of Mormon Studies”, Latter-­day Saints’
Millennial Star, 12 de janeiro de 1928, vol. 90, pp. 22–23; Leah Dunford Widtsoe para
o irmão Morton, 26 de junho de 1928, Documentos da família Widtsoe, Biblioteca de
História da Igreja; Doutrina e Convênios 97:21. Tópico: Sião/Nova Jerusalém.
10. Widtsoe, Diário, 28–29 de janeiro de 1928; John A. Widtsoe para Heber J. Grant,
17 de outubro de 1927, Arquivos da administração geral da Primeira Presidência,
Biblioteca de História da Igreja; Leah Dunford Widtsoe para [Louisa] Hill, 11 de maio
de 1928, Documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.
11. John A. Widtsoe para Heber J. Grant, 17 de outubro de 1927, Arquivos da
administração geral da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Leah
Dunford Widtsoe para [Louisa] Hill, 11 de maio de 1928, Documentos da família
Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja. Tópico: John e Leah Widtsoe. 296

702
Notas das páginas 296–304

12. Sell, Transcrição, p. 1; Missão Brasileira, História do trabalho missionário, p. [9b]; Sell,
Entrevista de história oral, p. 1.296

13. Sell, Transcrição, p. 1; Sell, Entrevista de história oral, p. 1.


14. Sell, Transcrição, p. 1; Missão Brasileira, História do trabalho missionário, pp. 2–[9b];
Sell, Entrevista de história oral, pp. 1–2.
15. Sell, Entrevista de história oral, p. 2; Missão Brasileira, História do trabalho
missionário, p. [9b].
16. Sell, Entrevista de história oral, pp. 2–4; Sell, Transcrição, p. 1; Missão Brasileira,
História do trabalho missionário, pp. [9b], 21. Tópico: Brasil.
17. Ramo Cincinnati, Minutas, 29 de março de 1929, p. 2; Fish, Kramer e Wallis, History
of the Mormon Church in Cincinnati, p. 55; One Hundred Years of Presbyterianism,
p. 182; “Joseph Smith’s Prophecy of Mormon Church in Cincinnati”, Commercial
Tribune (Cincinnati), 16 de setembro de 1929, p. [1].
18. Ramo Cincinnati, Minutas, 29 de março de 1929, pp. 1–2; Anderson, “My Journey
through Life”, vol. 4, pp. 118, 124; Jackson, Places of Worship, pp. 175, 189, 205; ver
também Fish, “My Life Story”, p. [2].
19. Anderson, “My Journey through Life”, vol. 4, pp. 122–123, 126–130, 133; Entradas
sobre os membros do Ramo Cincinnati, Distrito Ohio Sul, Missão dos Estados do
Norte, em Ohio (Estado), parte 2, Coleção de registros de membros, Biblioteca de
História da Igreja; Williams’ Cincinnati Directory [1927–1928]; Fish, “My Life Story”,
p. [6]; Paul Bang, “My Life Story”, pp. 7, 10.
20. Ramo Cincinnati, Minutas, abril de 1929, p. 3; Noah S. Pond para Heber J. Grant, 16
de abril de 1929; Heber J. Grant para Noah S. Pond, 16 de abril de 1929; Charles V.
Anderson para Heber J. Grant, 16 de abril de 1929; Heber J. Grant para Charles V.
Anderson, 17 de abril de 1929, Arquivos missionários da Primeira Presidência,
Biblioteca de História da Igreja.
21. Ramo Cincinnati, Minutas, abril–junho de 1929, p. 3; Anderson, “My Journey
through Life”, vol. 4, p. 134; ver também, por exemplo, “Changes in Law of the
Land”, Cincinnati Enquirer, 3 de fevereiro de 1915, p. 10; “To Talk on Mormonism”,
Commercial Tribune (Cincinnati), 10 de março de 1916, p. 10; e “Antimormon
Meeting”, Commercial Tribune, 4 de maio de 1916, p. 10.
22. “News from the Missions”, Liahona, the Elders’ Journal, 14 de maio de 1929, vol. 26,
p. 574.
23. Missão Austro-­Alemã, História manuscrita e relatórios históricos, vol. 1, 31 de maio de
1929; Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, p. 58; Naujoks e Eldredge, Shades of Gray,
p. 35; Clayson, Entrevista de história oral, p. 4. A cidade de Tilsit, Alemanha, hoje se
chama Sovetsk, Rússia. Tópico: Rússia.
24. Missão Austro-­Alemã, História manuscrita e relatórios históricos, vol. 1, 31 de maio de
1929; Melvin O. Allen, Diário, 10 de março e 17 de abril de 1929; Worlton, Diário, 17
de abril de 1929.
25. Obituary for Friedrich W. Schulzke, Der Stern, 15 de fevereiro de 1937, vol. 69,
pp. 60–61; Schulzke, “Story of Friedrich Schulzke”, pp. 13–14; Entradas sobre a
família Schulzke, Ramo Tilsit, Conferência Königsberg, Missão Suíço-­Germânica, em
Alemanha (País), parte 30, Coleção de registros de membros, Biblioteca de História
da Igreja.
26. Obituary for Friedrich W. Schulzke, Der Stern, 15 de fevereiro de 1937, vol. 69,
pp. 60–61; Schulzke, “Story of Friedrich Schulzke”, pp. 15–16; ver também Parshall,
“Friedrich Schulzke”, p. [2].
27. Missão Austro-­Alemã, Histórias dos ramos, pp. 137–138; Ramo Tilsit, História
manuscrita e relatórios históricos, pp. 1914–1920.
28. Ramo Tilsit, História manuscrita e relatórios históricos, pp. 1921–1923; ver também,
por exemplo, Missão Austro-­Germânica, História manuscrita e relatórios históricos,
vol. 1, 31 de maio de 1929; 31 de julho de 1929; 31 de dezembro de 1929. 304

29. Naujoks e Eldredge, Shades of Gray, pp. 29, 35; Missão Austro-­Alemã, Histórias dos
ramos, p. 138; Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, p. 58; George H. Neuenschwander

703
Notas das páginas 304–309

para Genevieve Bramwell, 16 de setembro de 1931, Correspondência de George H.


Neuenschwander, Biblioteca de História da Igreja; Clayson, Entrevista de história oral,
p. 4. Tópico: Alemanha. 304

Capítulo 19: O evangelho do Mestre

1. “Fire in Church”, Cincinnati Enquirer, 10 de setembro de 1929, p. 13; Horace Karr,


“Joseph Smith’s Prophecy of Mormon Church in Cincinnati”, Commercial Tribune
(Cincinnati), 16 de setembro de 1929, pp. 1–2; Ramo de Cincinnati, Minutas, 16 de
janeiro de 1932, pp. 3–4; Orson F. Whitney para “O Conselho da Primeira Presidência
e dos Doze”, 2 de outubro de 1929, em Whitney, Diário, p. 88; Brown, Diário, 11 de
setembro de 1929.
2. Anderson, “My Journey through Life”, vol. 4, p. 134; “First Mormon Church Is to Be
Dedicated Here”, Commercial Tribune (Cincinnati), 13 de setembro de 1929, p.
12; Williams’ Cincinnati Directory [1929–1930], pp. 220, 2020. Tópico: Relações
públicas.
3. “First Mormon Church Is to Be Dedicated Here”, Commercial Tribune (Cincinnati),
13 de setembro de 1929, p. 12. Tópico: Finanças da Igreja.
4. Horace Karr, “Joseph Smith’s Prophecy of Mormon Church in Cincinnati”, Commercial
Tribune (Cincinnati), 16 de setembro de 1929, pp. 1–2; Missão dos Estados do Norte,
Atas gerais, 14–15 de setembro de 1929, pp. 571–572; Missão dos Estados do Norte,
História manuscrita e relatórios históricos, vol. 6, 15 de setembro de 1929; Orson F.
Whitney para “O Conselho da Primeira Presidência e dos Doze”, 2 de outubro de
1929, em Whitney, Diário, p. 88; “Chapel Fulfills Prophecy of 1831”, Deseret News, 25
de setembro de 1929, p. 7.
5. Ramo de Cincinnati, Minutas, 16 de janeiro de 1932, pp. 1–4; Anderson, Twenty-­Three
Years in Cincinnati, p. 45; Horace Karr, “Joseph Smith’s Prophecy of Mormon Church
in Cincinnati”, Commercial Tribune (Cincinnati), 16 de setembro de 1929, pp. 1–2.
6. Missão dos Estados do Norte, Atas gerais, 14–15 de setembro de 1929, pp. 571–572;
Horace Karr, “Joseph Smith’s Prophecy of Mormon Church in Cincinnati”, Commercial
Tribune (Cincinnati), 16 de setembro de 1929, p. 1; Cincinnati Branch, Minutas, 16 de
janeiro de 1932, p. 4.
7. Grant, Diário, 1º de novembro de 1929; George Atkin, “By Telegraph”, Deseret
Evening News, 5 de novembro de 1880, p. [4]; Heber J. Grant para Richard R. Lyman,
6 de dezembro de 1930, Cópias encadernadas de correspondências, vol. 68, p. 187,
Coleção Heber J. Grant, Biblioteca de História da Igreja; “Tooele Stake Conference”,
Deseret News, 10 de novembro de 1880, p. 652.
8. Heber J. Grant para June e Isaac Stewart, 2 de dezembro de 1929, Cópias
encadernadas de correspondências, vol. 67, p. 432, Coleção Heber J. Grant, Biblioteca
de História da Igreja; Grant, Diário, 22 de novembro de 1928 e 31 de outubro de
1929; “Daughter L. D. S. Leader Dies at Local Hospital”, Salt Lake Tribune, 1º de
agosto de 1929, p. 26.
9. Santos, vol. 2, capítulo 31; Plewe, Mapping Mormonism, pp. 127, 132; “President
Udall of Mormon Temple Is Back from Utah”, Arizona Republican (Phoenix), 16 de
outubro de 1927, p. 4; “President Grant Invokes Divine Blessings on All”, Deseret
News, 29 de outubro de 1927, seção 3, p. ix; ver também Templo do Arizona, Serviços
dedicatórios, 23–24 de outubro de 1927, pp. 21–22, 84–88. 309

10. Heber J. Grant, Rudger Clawson, em One Hundredth Annual Conference, pp. 3–13,
33; Pusey, Builders of the Kingdom, pp. 281–282; Rudger Clawson para a Primeira
Presidência, 21 de setembro de 1928, cópia; Minutas, 17 de janeiro de 1929, Conselho
dos Doze Apóstolos, Arquivo geral, Biblioteca de História da Igreja; ver também
“Members of Church Everywhere Join in Fete”, Deseret News, 5 de abril de 1930,
[seção 5], p. 3; “Pageant Takes Gospel History through Ages”, Deseret News, 5 de abril

704
Notas das páginas 309–312

de 1930, [seção 3], p. 9; e “The Centennial Pageant”, Improvement Era, maio de 1930,
vol. 33, pp. 460–461, 503–504. 309

11. Grant, Diário, 15–25 de novembro de 1929; Heber J. Grant para W. C. Orem, 30
de dezembro de 1918, Coleção Heber J. Grant, Biblioteca de História da Igreja;
Heber J. Grant para David O. McKay, 6 de fevereiro de 1919, Cópias encadernadas
de correspondências, vol. 54, p. 1450, Coleção Heber J. Grant, Biblioteca de História
da Igreja.
12. George F. Richards, Diário, 7 de outubro de 1923; 21 de dezembro de 1924; 1º de
fevereiro de 1925; 9 de janeiro de 1927; 10 de fevereiro de 1929; Heber J. Grant para
Grace Grant Evans, 10 de outubro de 1924, Coleção Heber J. Grant, Biblioteca de
História da Igreja; Baker e Mott, “From Radio to the Internet”, pp. 342–343; Grant,
Diário, 14 de fevereiro de 1929; Discursos de domingo à noite no rádio, 1924–1929.
13. “Entire U.S. Will Hear Them”, Deseret News, 11 de julho de 1929, seção 2, p. 1;
Newell, “Seventy-­Five Years of the Mormon Tabernacle Choir’s Music and the Spoken
Word”, pp. 128–129; Hicks, Mormon Tabernacle Choir, pp. 71–74. Tópicos: Coro do
Tabernáculo; Mídia de difusão.
14. Walker, “‘Going to Meeting’ in Salt Lake City’s Thirteenth Ward”, pp. 138–161; Shipps,
May e May, “Sugar House Ward”, pp. 310, 329–333; Hartley, “Church Activity during
the Brigham Young Era”, pp. 249–267; George F. Richards, Diário, 15 de março de
1925; “Ogden Tabernacle Too Small”, Ogden (UT) Standard-­Examiner, 19 de abril de
1920, p. 6. Tópicos: Alas e estacas; Reuniões sacramentais.
15. “Boise Stake Plans Special Missionary Work in Its District”, Deseret News, 8 de janeiro
de 1921, p. 11; “Nebo Stake Organizes Home Missionaries”, Deseret News, 23 de
janeiro de 1922, seção 2, p. 1.
16. George F. Richards, Diário, 31 de outubro de 1921; 14 de novembro de 1921;
8 de maio de 1922; “Junior Excursions”, Deseret News, 13 de maio de 1922, seção 4,
p. viii; “Boxelder Junior Excursion”, Deseret News, 20 de maio de 1922, seção 4, p. viii.
Tópico: Batismo pelos mortos.
17. Heber J. Grant para J. L. Cotter, 23 de novembro de 1922, Correspondência mista
da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Heber J. Grant para John
Baxter, 8 de dezembro de 1925, Cópias encadernadas de correspondências da
Primeira Presidência, vol. 71; Peterson, “Historical Analysis of the Word of Wisdom”,
pp. 90–94; Heber J. Grant, em Ninety-­Second Semi-­annual Conference, pp. 6–7;
“M. I. A. and Primary Conferences Close in Joint Sessions”, Deseret News, 12 de junho
de 1922, seção 2, p. 6. Tópicos: Palavra de Sabedoria; Proibição; Dízimo.
18. “Young Folks of Uintah”, Deseret Weekly, 5 de junho de 1897, p. 799; Grant, Diário,
4 de fevereiro de 1900; 16 de novembro de 1907; 28 de novembro de 1909; 4 de
fevereiro de 1912; 18 de janeiro de 1914; 11 de fevereiro de 1917; 22 de novembro de
1929; Heber J. Grant para Mary Wikoff, 31 de janeiro de 1930, Cópias encadernadas
de correspondências, vol. 67, p. 665, Coleção Heber J. Grant, Biblioteca de História
da Igreja.
19. Grant, Diário, 21 de novembro de 1929; David O. McKay para Augusta Winters
Grant, 28 de novembro de 1929, em Grant, Diário, 22 de novembro de 1929.
Tópico: Heber J. Grant.
20. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, p. 58; Entrada sobre Helga Meischus,
Conferência de Königsberg, Missão Suíço-­Germânica, Nascimentos e bênçãos,
1921, pp. 854–855, em Alemanha (País), parte 32; Distrito Königsberg, Missão
Austro-­Germânica, Ordenações ao sacerdócio, 1929, p. 1580, em Alemanha (País),
parte 34, segmento 1, Coleção de registros de membros, Biblioteca de História da
Igreja; ver também Ramo Tilsit, Minutas e registros da Escola Dominical, 2 de janeiro
de 1927–15 de dezembro de 1929. O sobrenome de Helga aparece com a grafia
Meizsus ou Meischus em alguns registros. 312

21. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 3–5, 12, 25–27; Distrito Königsberg, Missão
Austro-­Germânica, Registros de emigração, 1928, p. 67, em Alemanha (País), parte 34,
segmento 1, Coleção de registros de membros, Biblioteca de História da Igreja; ver

705
Notas das páginas 313–317

também Ramo Tilsit, Minutas e registros da Escola Dominical, 1º de maio de 1927–5


de agosto de 1928.313

22. Circular of the First Presidency, p. 5; ver também Ramo Tilsit, Minutas e registros da
Escola Dominical, 30 de dezembro de 1928; 6 de janeiro de 1929; 24 de fevereiro de
1929; 9 de junho de 1929.
23. Ver Ramo Tilsit, Minutas e registros da Escola Dominical, 2 de janeiro de 1927–29 de
dezembro de 1929. Tópicos: Escola Dominical; Hinos.
24. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 16, 25–27; ver também Ramo Tilsit, Minutas e
registros da Escola Dominical, 2 de janeiro de 1927–29 de dezembro de 1929.
25. Naujoks e Eldredge, Shades of Gray, p. 29; Allen, Diário, 10 de março de 1929; ver
também Ramo Tilsit, Minutas e registros da Escola Dominical, 6 de janeiro–29 de
dezembro de 1929.
26. Ramo Tilsit, Minutas e registros da Escola Dominical, 2 de junho de 1929; 24 de
novembro de 1929; 1º, 8, 15 e 22 de dezembro de 1929; Meyer e Galli, Under a
Leafless Tree, p. 32.
27. Ver Ramo Tilsit, Minutas e registros da Escola Dominical, 2 de janeiro de 1927–29 de
dezembro de 1929.
28. Leah Dunford Widtsoe para Louise Stanley, 21 de dezembro de 1929, Documentos da
Família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.
29. Ver Leah Dunford Widtsoe para Libby Snow Ivins, 1º de novembro de 1929; e Leah
Dunford Widtsoe para Ethel Johnson, 5 de fevereiro de 1929, Documentos da Família
Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.
30. Missão Dinamarquesa, Missão Francesa, Missão Austro-­Alemã, Missão Holandesa,
Relatório do presidente da missão, 1929, vol. 11, Relatórios financeiros, estatísticos
e históricos do Bispado Presidente, Biblioteca de História da Igreja; Missão
Austro-­Alemã, História manuscrita e relatórios históricos, vol. 1, 27 de abril–14 de
julho de 1929; “Story of Only Church Owned Chapel in Germany”, Deseret News, 24
de dezembro de 1938, Seção da Igreja, p. 4; Phillip Jensen, “President Widtsoe and
Party in Denmark”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 25 de julho de 1929, vol. 91,
p. 476; Mehr, “Czechoslovakia and the LDS Church”, pp. 112–117; ver também John A.
Widtsoe para a Primeira Presidência, 24 de janeiro de 1930, Arquivos missionários
da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja. A cidade de Selbongen,
Alemanha, hoje se chama Zełwagi, Polônia. Tópicos: Alemanha; Bélgica;
Dinamarca; República Tcheca; Polônia.
31. Leah Dunford Widtsoe para Cornelia Groesbeck Snow, 30 de novembro de 1928;
Leah Dunford Widtsoe para a sra. Haeberle, 23 de dezembro de 1929; Leah Dunford
Widtsoe para Louise Stanley, 21 de dezembro de 1929, Documentos da Família
Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; Leah Dunford Widtsoe, “Relief Society
Course of Study for 1929” e “Word of Wisdom Lessons (Nº 1)”, Latter-­day Saints’
Millennial Star, 17 de janeiro de 1929, vol. 91, pp. 35–39; Heber J. Grant, “Addresses
by Members of First Presidency”, Deseret News, 23 de junho de 1928, seção 3, p. v;
Wendell Johnson, “Why I Believe I Should Obey the Word of Wisdom”, Juvenile
Instructor, março de 1929, vol. 64, pp. 148–149; “Special Lesson”, Juvenile Instructor,
junho de 1929, vol. 64, p. 335; ver também Leah Dunford Widtsoe, “Word of Wisdom
Lessons (Nº 9)”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 15 de agosto de 1929, vol. 91,
pp. 518–519, 521–523; e Leah Dunford Widtsoe, “Word of Wisdom Lessons (Nº 12)”,
Latter-­day Saints’ Millennial Star, 21 de novembro de 1929, vol. 91, pp. 741–743,
745–746. Tópico: Palavra de Sabedoria.
32. John A. Widtsoe, “A European Program for Genealogical Study, Research and
Exchange”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 19 de setembro de 1929, vol. 91,
pp. 596–597; Susa Young Gates para Leah Dunford Widtsoe, 2 de fevereiro de 1929,
Documentos da Família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja. Tópico: História
da família e genealogia. 317

33. Susa Young Gates para Leah Dunford Widtsoe, 16 de setembro de 1929; 3 de outubro
de 1929; Susa Young Gates para John A. Widtsoe, Telegrama, 15 de setembro de

706
Notas das páginas 317–325

1929, Documentos da Família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; Widtsoe,


Diário, 6 de dezembro de 1929; Harold Shepstone para Susa Young Gates, 11 de
dezembro de 1929, Documentos de Susa Young Gates, Biblioteca de História da
Igreja; ver também Susa Young Gates para Leah Dunford Widtsoe, 7 de outubro
de 1930, Documentos da Família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; e Susa
Young Gates e Leah Dunford Widtsoe, The Life Story of Brigham Young, Nova York:
Macmillan, 1930. 317

34. Widtsoe, Diário, 31 de dezembro de 1929; Leah Dunford Widtsoe para Ethel
Johnson, 5 de fevereiro de 1929; Leah Dunford Widtsoe para Libby Snow Ivins, 1º
de novembro de 1929, Documentos da Família Widtsoe, The Life Story of Brigham
Young. Tópico: John e Leah Widtsoe.
35. Grant, Diário, 6 de abril de 1930; “City Dresses Up Leading Streets for Centennial”,
Deseret News, 3 de abril de 1930, p. 1; “S. L. Appears in Gala Attire for Celebration of
Centennial”, Deseret News, 5 de abril de 1930, [seção 3], p. 5.
36. “Centennial Crowd Begins to Pour In as Opening Nears”, Deseret News, 4 de abril de
1930, p. 1; “Church Centennial Arrives”, Deseret News, 5 de abril de 1930, [seção 5],
pp. 1, 3; “Rails, Airlines, Autos Bring Crowds to S. L.”, Deseret News, 5 de abril de 1930,
[seção 4], p. 3; “Church Had Only Seven Elders at First Conference”, Deseret News, 5
de abril de 1930, [seção 4], p. 4.
37. “News of Centennial Reaches 75,000,000 Persons in America”, Deseret News, 5 de abril
de 1930, [seção 4], p. 4; “A Comprehensive History of the Church”, Deseret News, 5
de abril de 1930, [seção 3], p. 11; “Mormon Centenary”, Time, 7 de abril de 1930, pp.
26–28, 30; ver também Santos, vol. 1, capítulos 8 e 9; e Álbum de recortes do comitê
de divulgação, 1930.
38. Grant, Diário, 6 de abril de 1930; “First Day, Morning Meeting”, One Hundredth
Annual Conference, p. 2; “White Ticket Must Be Used on Sunday”, Deseret News,
4 de abril de 1930, p. 1; “Centennial Crowd Begins to Pour In as Opening Nears”,
Deseret News, 4 de abril de 1930, p. 1; “Saints All Over World Join in Centenary Fete”
e “800,000 to Hear Centennial over Radio Hook-­Ups”, Deseret News, 5 de abril de
1930, [seção 3], pp. 2–3; “News of Centennial Reaches 75,000,000 Persons in America”,
Deseret News, 5 de abril de 1930, [seção 4], p. 4. Tópico: Mídia de difusão.
39. Heber J. Grant, em One Hundredth Annual Conference, pp. 3–13; Primeira
Presidência para presidentes de estaca e missão, 3 de março de 1930, em Mensagens
da Primeira Presidência, vol. 5, p. 273.
40. “First Day, Morning Meeting” e Heber J. Grant, em One Hundredth Annual
Conference, pp. 2, 21–22; ver também “Hosanna Shouts Mark Mormons’ Centennial
Here”, Milwaukee (MN) Journal, 7 de abril de 1930, p. 4; e William Callister,
“Members of L. D. S. Church in Europe Celebrate Centennial”, Deseret News, 10 de
maio de 1930, seção 3, p. vi.
41. The Message of the Ages: A Sacred Pageant…, Salt Lake City: The Church of Jesus
Christ of Latter-­day Saints, 1930; “God and Man’s Story Retold in Allegory”, Salt Lake
Tribune, 7 de abril de 1930, pp. 1, 8–9; “Pageant Takes Gospel History through Ages”,
“Greatest Music of World Woven into Big Pageant” e “History and Relics Studied
to Make Costumes Perfect”, Deseret News, 5 de abril de 1930, [seção 3], p. 9; “The
Centennial Pageant”, Improvement Era, maio de 1930, vol. 33, pp. 460–461, 503–504.
42. “New Floodlights Illuminate All 7 Temples of Church”, Deseret News, 5 de abril de
1930, [seção 3], p. 5; William Callister, “Centennial Celebrations in Salt Lake”, Latter-­day
Saints’ Millennial Star, 15 de maio de 1930, vol. 92, p. 372. Tópico: Anjo Morôni.

Capítulo 20: Tempos difíceis

1. “Large Class of Graduates at U.S.A.C.”, diário (Logan, UT), 25 de maio de 1929, p. 8;


Lewis, entrevista de história oral, pp. 1–2. 325

707
Notas das páginas 325–331

2. Lewis, entrevista de história oral, pp. 1–2, 25. Tópico: Sociedade de Socorro. 325

3. Lewis, entrevista de história oral, p. 2. Tópico: Amy Brown Lyman.


4. Lewis, entrevista de história oral, pp. 2–3.
5. Lewis, entrevista de história oral, p. 3; ver também, por exemplo, “Relief Society
Social Service Department Report for January 1930”, pp. 1–4, Arquivos gerais do
Bispado Presidente, 1872–1948, Biblioteca de História da Igreja.
6. Ward Charity, pp. 3–6; Derr, “History of Social Services”, pp. 40–41; Lewis, entrevista
de história oral, p. 3; anotação sobre a família Bell, Orçamento do Departamento de
Bem-­Estar da Sociedade de Socorro, 24 de novembro de 1928, Arquivos gerais do
Bispado Presidente, 1872–1948, Biblioteca de História da Igreja. Tópicos: Bispo;
Programas de bem-­estar.
7. Lewis, entrevista de história oral, p. 6; Payne, Crash!, pp. 5, 83–84; Shlaes, Forgotten
Man, pp. 85–93, 101; Kennedy, Freedom from Fear, pp. 56–58. Tópico: A Grande
Depressão.
8. Payne, Crash!, pp. 84–85; Shlaes, Forgotten Man, pp. 95–104; Kennedy, Freedom from
Fear, pp. 58–69.
9. Bluth e Hinton, “Great Depression”, pp. 481–485; Alexander, Utah, the Right
Place, pp. 310–311; Orval W. Adams para John A. Widtsoe, 26 de maio de 1930,
documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; Lewis, entrevista de
história oral, p. 6; Heber J. Grant para Reed Smoot, 14 de janeiro de 1932, diversas
correspondências da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
10. Ramo Love, atas diversas, 19 de maio de 1930. Tópico: África do Sul.
11. Ramo Mowbray, atas de reuniões domiciliares, 25 de abril–12 de dezembro de 1921;
Stevenson, Global History of Blacks and Mormonism, pp. 49–50; Bickford-­Smith,
Ethnic Pride and Racial Prejudice in Victorian Cape Town, pp. 210–211; Chidester,
Religions of South Africa, pp. 81–83; Adhikari, Not White Enough, Not Black Enough,
pp. 2–5. Tópico: Segregação racial.
12. Wright, History of the South African Mission, vol. 2, pp. 252–254; Philles Jacoba
Elizabeth February Sampson entry, Cape Town Conference, South African Mission,
nº 153, na África do Sul (País), parte 1, coletânea de registros de membros, Biblioteca
de História da Igreja; ver também William P. Daniels, “My Testimony”, Cumorah’s
Southern Messenger, 20 de fevereiro de 1935, vol. 9, p. 28. A grafia do nome “Phyllis
Sampson” varia nos registros.
13. Wright, History of the South African Mission, vol. 2, pp. 252–255; Ramo Love, atas
diversas, 14 de dezembro de 1931; Okkers, entrevista de história oral, pp. 3–4.
Tópicos: Joseph F. Smith; O sacerdócio e a restrição ao templo.
14. Stevenson, Global History of Blacks and Mormonism, p. 50; Ramo Mowbray, atas
gerais, 24 de julho de 1921–1º de janeiro de 1928; Nicholas G. Smith, diário, 5 de
novembro de 1920.
15. Wright, History of the South African Mission, vol. 2, pp. 253, 256; South Africa Mission,
Manuscript History and Historical Reports, 4 de janeiro de 1923; Martin, autobiografia, 1º
de janeiro de 1927; ver também, por exemplo, Ramo Love, atas diversas, 20 de fevereiro
de 1929–28 de abril de 1930; e Ramo Mowbray, atas de reuniões domiciliares, 29 de
agosto de 1921.
16. Stevenson, Global History of Blacks and Mormonism, pp. 49–50; Don M. Dalton
para a Primeira Presidência, 11 de abril de 1930, Arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
17. Okkers, entrevista de história oral, p. 4.
18. Ramo Love, atas diversas, 19 de maio de 1930; Talmage, Jesus, o Cristo, pp. 308–309.
19. Widtsoe, diário, 18–24 de junho de 1930; “Conference on Womans Activity in
European Missions”, 18–24 de junho de 1930, pp. 1–2, documentos de Susa Young
Gates, Biblioteca de História da Igreja; European Mission Presidents Conference,
18–24 de junho de 1930. 331

20. Leah D. Widtsoe para Anna W. Wallace e Eudora Widtsoe, 8 de abril de 1930,
documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; “Conference

708
Notas das páginas 332–340

on Womans Activity in European Missions”, 25–28 de junho de 1930, pp. 2–7,


documentos de Susa Young Gates, Biblioteca de História da Igreja; Bispado
Presidente, diário do escritório, 3 de setembro de 1929, p. 244. Tópico: Coligação
de Israel.332

21. “Conference on Womans Activity in European Missions”, 28 de junho de 1930,


pp. 8–11, documentos de Susa Young Gates, Biblioteca de História da Igreja; ver
também, por exemplo, Missão Alemanha-­Áustria, atas gerais, maio de 1930, p. 130.
22. “Conference on Womans Activity in European Missions”, 27 de junho de 1930, pp. 3,
13, documentos de Susa Young Gates, Biblioteca de História da Igreja; European
Mission Relief Society Presidents’ Conference, atas, 21 de agosto de 1929, pp. 28–29;
Eudora Widtsoe, “The Bee-­Hive Girl”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 3 de abril de
1930, vol. 92, p. 273. Tópico: Organizações das Moças.
23. “Conference on Womans Activity in European Missions”, 27 de junho de 1930, pp. 3,
12–13, documentos de Susa Young Gates, Biblioteca de História da Igreja; Hand Book
for the Bee-­Hive Girls of the Y. L. M. I. A., 10ª ed., p. 9; Handbook for the Bee-­Hive
Girls of the Young Ladies’ Mutual Improvement Association, p. 5; Leah D. Widtsoe
para a Primeira Presidência, 16 de setembro de 1933, Arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
24. Leah D. Widtsoe para a Primeira Presidência, 8 de outubro de 1930, Arquivos da
missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
25. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, p. 36; Missão Alemanha-­Áustria, atas gerais,
setembro de 1930, p. 143.
26. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 32, 34; Scharffs, Mormonism in Germany,
p. xiv, tabela 1; Naujoks e Eldredge, Shades of Gray, p. 30. Tópico: Alemanha.
27. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, p. 34.
28. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 34–36.
29. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, p. 34; ver também Evan Stephens, “The ‘Mormon’
Boy”, Deseret Sunday School Songs, nº 269.
30. Lewis, entrevista de história oral, p. 8; “Unemployed Plan para Ask State Aid”, Salt
Lake Tribune, 29 de janeiro de 1931, p. 9; “Idle Workers March upon Utah Capitol”,
Salt Lake Tribune, 31 de janeiro de 1931, p. 7. Tópico: Sede da Igreja.
31. Lewis, entrevista de história oral, p. 8; “Unemployed March on Utah Capitol”, Salt
Lake Telegram, 30 de janeiro de 1931, p. 8B; Alexander, Utah, the Right Place, p. 312.
32. Derr, “History of Social Services”, p. 42; Lewis, entrevista de história oral, pp. 7, 15.
33. Lewis, entrevista de história oral, p. 16.
34. Derr, “History of Social Services”, p. 39; Lewis, entrevista de história oral, pp. 6–8,
15–16; Bispado Presidente para Louise Y. Robison, 4 de fevereiro de 1930; Amy
Brown Lyman para Bispado Presidente, 5 de março de 1930; Bispado Presidente
para Amy Brown Lyman, março de 1930, Arquivos gerais do Bispado Presidente,
1872–1948, Biblioteca de História da Igreja; Hall, Faded Legacy, pp. 112–113.
35. Sociedade de Socorro, atas de reuniões com o Bispado Presidente, jan.–dez. de 1930;
24 de maio de 1932; 2 de novembro de 1932; Derr, Cannon e Beecher, Women of
Covenant, p. 251; Hall, Faded Legacy, p. 113; Bluth e Hinton, “Great Depression”,
pp. 484–485. Tópicos: A Grande Depressão; Programas de bem-­estar.
36. Lewis, entrevista de história oral, pp. 8–9; Bluth e Hinton, “Great Depression”, p. 484.

Capítulo 21: Um entendimento mais perfeito

1. Widtsoe, diário, 16–18 de março de 1931; “Mission Head Sees Europe Going ‘Dry’”,
Salt Lake Tribune, 17 de março de 1931, p. 22; “U.S. Immigration Laws Force Church
to Open Permanent Europe Branches”, Deseret News, 17 de março de 1931, seção 2,
p. 1; Parrish, John A. Widtsoe, pp. 475–476. 340

709
Notas das páginas 341–346

2. Lucy Gates Bowen para Leah D. Widtsoe e John A. Widtsoe, 11 de abril de 1929;
John A. Widtsoe para Anna Widtsoe Wallace, 4 de maio de 1929; Lucy Gates Bowen
para John, Leah e Eudora Widtsoe, 10 de junho de 1929, documentos da família
Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.341

3. Allen, “Story of The Truth, The Way, The Life”, pp. 704–707; John W. Welch,
“Introduction”, em Roberts, The Truth, The Way, The Life, pp. xi–xii. Tópico: B. H.
Roberts.
4. Joseph Fielding Smith, “Faith Leads to a Fulness of Truth and Righteousness”, Utah
Genealogical and Historical Magazine, outubro de 1930, vol. 21, pp. 145–158.
5. Roberts, The Truth, The Way, The Life, pp. 297–306.
6. Joseph Fielding Smith, “Faith Leads to a Fulness of Truth and Righteousness”, Utah
Genealogical and Historical Magazine, outubro de 1930, vol. 21, pp. 147–148;
“Pre-­Adam Race Denied by Member of Twelve”, Deseret News, 5 de abril de 1930,
p. 8; B. H. Roberts para a Primeira Presidência, 15 de dezembro de 1930, B. H.
Roberts Collection, Biblioteca de História da Igreja.
7. Allen, “Story of The Truth, The Way, The Life”, pp. 720–724.
8. Widtsoe, In Search of Truth, pp. 70–80, 109–111, 114–120; John A. Widtsoe para
Melvin J. Ballard, 27 de janeiro de 1931, documentos de John A. Widtsoe, Biblioteca
de História da Igreja.
9. Widtsoe, diário, 7 de abril de 1931; Primeira Presidência para Conselho dos Doze,
primeiro conselho dos setenta e Bispado Presidente, 7 de abril de 1931, diversas
correspondências da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Grant,
diário, 25 de janeiro de 1931.
10. Joseph Smith, discurso, 8 de abril de 1843, em Documentos de Joseph Smith,
Documento 12, p. 192.
11. Primeira Presidência para Conselho dos Doze, primeiro conselho dos setenta e
Bispado Presidente, 7 de abril de 1931, diversas correspondências da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
12. Primeira Presidência para Conselho dos Doze, primeiro conselho dos setenta e
Bispado Presidente, 7 de abril de 1931, diversas correspondências da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Talmage, diário, 7 de abril de
1931; Joseph F. Smith, John R. Winder e Anthon H. Lund, “The Origin of Man”,
Improvement Era, novembro de 1909, vol. 13, p. 80. Tópico: Evolução orgânica.
13. John A. Widtsoe para Joseph Fielding Smith, 15 de setembro de 1931; John A.
Widtsoe para Rudger Clawson e Conselho dos Doze, 9 de setembro de 1931,
documentos de John A. Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; Widtsoe, diário, 7
de abril de 1931; George F. Richards, diário, 7 de abril de 1931; Talmage, diário, 7 de
abril de 1931; Smoot, diário, 7 de abril de 1931, documentos de Reed Smoot, BYU;
George Albert Smith, diário, 7 de abril de 1931, documentos da família de George
Albert Smith, Biblioteca J. Willard Marriott, Universidade de Utah, Salt Lake City.
14. Allen, “Story of The Truth, The Way, The Life”, pp. 726–731. O manuscrito foi
publicado em 1994, com o título The Truth, The Way, The Life: An Elementary
Treatise on Theology, Provo, UT: BYU Studies, 1994.
15. Ramo Love, atas diversas, 14 de dezembro de 1931; Stevenson, Global History of
Blacks and Mormonism, p. 50.
16. Ramo Love, atas diversas, 14 de dezembro de 1931.
17. Ramo Love, atas diversas, 14 de dezembro de 1931.
18. Don Dalton para a Primeira Presidência, 11 de abril de 1930; Primeira Presidência
para Don Dalton, 15 de maio de 1930, Arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
19. Ramo Love, atas diversas, 14 de dezembro de 1931.
20. Ramo Love, atas diversas, 22 de fevereiro de 1932.
21. Ramo Love, atas diversas, 29 de fevereiro de 1932 e 21 de agosto de 1933.
Tópico: África do Sul. 346

710
Notas das páginas 347–356

22. Ramo Cincinnati, atas, 14 de fevereiro de 1932; Paul Bang, “My Life Story”, p. 7;
Circular of the First Presidency, p. 4; Hartley, “From Men to Boys”, pp. 109–110,
112–118. Tópico: Ajustes na organização do sacerdócio. 347

23. “Practical Duties for Members of the Lesser Priesthood”, Improvement Era, julho de
1916, vol. 19, p. 847; Hartley, “From Men to Boys”, p. 118.
24. Bispado Presidente, atas da convenção do Sacerdócio Aarônico, 8 de abril de 1932,
p. 5; Critérios para avanço no Sacerdócio Aarônico, 17 de maio de 1928, Arquivos
gerais do Bispado Presidente, 1889–1956, Biblioteca de História da Igreja.
25. Hartley, “From Men to Boys”, p. 121; Ramo Cincinnati, atas, 10 de janeiro–15 de maio
de 1932. Tópico: Reuniões sacramentais.
26. Fish, “My Life Story”, p. 4; Paul Bang, “My Life Story”, pp. 3–6.
27. Feck, Yesterday’s Cincinnati, pp. 101–102; Stradling, Cincinnati, pp. 103–110.
28. Paul Bang, “My Life Story”, pp. 1, 5, 28; “Seek Relief in Bankruptcy”, Cincinnati
Enquirer, 23 de abril de 1932, p. 10. Tópico: A Grande Depressão.
29. “Aaronic Priesthood Day”, Deseret News, 27 de abril de 1927, p. 4; Sylvester Q.
Cannon, David A. Smith e John Wells, “Aaronic Priesthood Day”, Bispado Presidente,
boletim nº 126, aproximadamente março de 1927; Ramo Cincinnati, atas, 15 de maio
de 1932; Henry Bang, Thomas Harry Large, Julius Conrad Blackwelder e William Carl
Schnarrenberg, em Ramo Cincinnati, Registros de membros e crianças, nº 18, nº 202,
nº 204 e nº 210; Bispado Presidente, Boletim nº 186, aproximadamente abril de 1932.
Tópico: Restauração do Sacerdócio Aarônico.
30. Por exemplo, ver Ramo Cincinnati, atas, 1931–1932.
31. Ramo Cincinnati, atas, 10, 17, 24 e 31 de janeiro de 1932.
32. Lewis, entrevista de história oral, pp. 7, 25; Hall, Faded Legacy, pp. 111–113;
McCormick, “Great Depression”, p. 136. Tópico: A Grande Depressão.
33. Lewis, entrevista de história oral, p. 6; Hall, Faded Legacy, p. 115; Derr, “Changing
Relief Society Charity”, p. 251. Tópico: Programas de bem-­estar.
34. Lewis, entrevista de história oral, pp. 2, 11. Tópico: Amy Brown Lyman.
35. Lewis, entrevista de história oral, pp. 4, 13–15, 18–19, 25–26; Hall, Faded Legacy,
pp. 115–116; Derr, “Changing Relief Society Charity”, pp. 251–253; Darowski, “Utah’s
Plight”, p. 12.
36. Evelyn Hodges, “Emotional Reactions to Unemployment and Relief”, Relief Society
Magazine, julho de 1934, vol. 21, p. 391.
37. Goates, Harold B. Lee, pp. 90, 94; Lee, “Remarks of Elder Harold B. Lee”, p. 3.
38. Drury, “For These My Brethren”, p. 5; Doutrina e Convênios 42:34.
39. Rudd, Pure Religion, p. 4.
40. Santos, vol. 2, capítulo 30; Derr e outros, First Fifty Years of Relief Society, pp. xxxv,
399; Alexander, Mormonism in Transition, p. 132. Tópicos: Bispo; Consagração
e mordomia.
41. Drury, “For These My Brethren”, pp. 5–7, 15, 17–19; Goates, Harold B. Lee, p. 94;
“Pioneer Stake Launches Barter Employment Plan”, Salt Lake Telegram, 25 de julho
de 1932, p. 12.
42. Drury, “For These My Brethren”, pp. 5–6; Bispado Presidente, diário do escritório,
20 de junho de 1932; Grant, diário, 20 de junho de 1932.
43. Drury, “For These My Brethren”, pp. 2, 7, 19; Rudd, Pure Religion, p. 9.
44. Drury, “For These My Brethren”, pp. 2–4; Rudd, entrevista de história oral, pp.
38–40; “100 Needy Families to Get Vegetables”, Salt Lake Telegram, 5 de dezembro
de 1932, p. 7.
45. Drury, “For These My Brethren”, p. 8; “Pioneer Stake Launches Barter Employment
Plan”, Salt Lake Telegram, 25 de julho de 1932, p. 12; “Exchange Idea Assures Many
Jobs for Idle”, Salt Lake Tribune, 25 de julho de 1932, p. 14.
46. Rudd, Pure Religion, p. 13; Drury, “For These My Brethren”, pp. 8–9; Lee, “Remarks of
Elder Harold B. Lee”, p. 2; Goates, Harold B. Lee, pp. 94, 96. 356

47. Harold B. Lee para John D. Pearmain, 30 de junho de 1933, diversas correspondências
da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; “Pioneer Stake Launches

711
Notas das páginas 356–362

Barter Employment Plan”, Salt Lake Telegram, 25 de julho de 1932, p. 12; Drury,
“For These My Brethren”, p. 16; Finck, “Early Days of the Welfare Plan”, p. 3; relatório
estatístico, 31 de dezembro de 1932, em Ala 32, atas e registros da Sociedade de
Socorro, p. 123; “Model Community Routs Unemployment”, Salt Lake Tribune, 6 de
agosto de 1933, seção Magazine, p. 4. 356

48. Estaca Salt Lake Pioneer, atas confidenciais, 24 de outubro de 1932 e 8 de janeiro
de 1933.

Capítulo 22: Recompensa eterna

1. Widtsoe, diário, 23 de maio–4 de junho de 1931, e 17 de maio de 1933; Widtsoe, In


a Sunlit Land, pp. 207–208; Leah Dunford Widtsoe para Merle Colton Bennion, 14 de
abril de 1933, documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; Missão
Palestina-­Síria, atas, 21 de maio de 1933, documentos de John A. Widtsoe, Biblioteca
de História da Igreja; “President Widtsoe Visits Palestine”, Deseret News, 24 de junho
de 1933, seção da Igreja, p. 2.
2. Relatório anual da missão, 1933, Relatórios financeiros, históricos e estatísticos do
Bispado Presidente, Biblioteca de História da Igreja; John A. Widtsoe para a Primeira
Presidência, 11 de julho de 1933, Arquivos da missão da Primeira Presidência,
Biblioteca de História da Igreja; Widtsoe, In a Sunlit Land, pp. 204–205, 208;
anotações sobre Bertha Walser Piranian e Badwagan Piranian, Conferência de
Zurique, Missão Suíça-­Alemanha, nº 274, 514, em Suíça (país), parte 7, segmento 2,
coletânea de registros de membros, Biblioteca de História da Igreja.
3. Leah Dunford Widtsoe para Heber J. Grant, 5 de junho de 1933, Arquivos da missão
da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Moser, Global Great
Depression, capítulo 5. Tópico: John e Leah Widtsoe.
4. Widtsoe, diário, 17 de maio de 1933; anotação sobre Ausdrig Piranian, Conferência
de Zurique, Missão Suíça-­Alemanha, nº 450, em Suíça (país), parte 7, segmento 2,
coletânea de registros de membros, Biblioteca de História da Igreja; John A. Widtsoe
para a Primeira Presidência, 11 de julho de 1933, Arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
5. Leah Dunford Widtsoe para a Primeira Presidência, 1º de setembro de 1933; 16 de
setembro de 1933, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História
da Igreja; Missão Palestina-­Síria, atas, 21 de maio de 1933, documentos de John A.
Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.
6. Widtsoe, diário, 26–30 de maio de 1933; Widtsoe, In a Sunlit Land, p. 212; Parrish,
John A. Widtsoe, p. 503; Widtsoe, diário, 30 de maio de 1933; John A. Widtsoe, “The
Promised Land”, Latter-­day Saints’ Millennial Star, 6 de julho de 1933, vol. 95, p. 441;
Leah Dunford Widtsoe para Heber J. Grant, 5 de junho de 1933, Arquivos da missão
da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
7. Leah Dunford Widtsoe para Susan McCrindle, 23 de setembro de 1933, documentos
da família Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; Leah Dunford Widtsoe para
Heber J. Grant, 5 de junho de 1933, Arquivos da missão da Primeira Presidência,
Biblioteca de História da Igreja; Widtsoe, diário, 30 de maio de 1933; “Karl M. Widtsoe
Dies of Pneumonia”, Deseret News, 30 de maio de 1927, seção 2, p. 1.
8. Widtsoe, diário, 30–31 de maio de 1933; John A. Widtsoe para Heber J. Grant, 9
de junho de 1933; Leah Dunford Widtsoe para Heber J. Grant, 5 de junho de 1933,
Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
Tópico: Susa Young Gates.
9. William P. Daniels, “My Testimony”, Cumorah’s Southern Messenger, 20 de fevereiro
de 1935, vol. 9, p. 29; Ramo Love, atas diversas, 21 de agosto de 1933. Tópico: Cura. 362

712
Notas das páginas 363–367

10. William P. Daniels, “My Testimony”, Cumorah’s Southern Messenger, 20 de fevereiro


de 1935, vol. 9, pp. 28–29; Okkers, “I Would Love to Touch the Door of the Temple”,
pp. 177–178. 363

11. Heber J. Grant para John A. Widtsoe, 17 de maio de 1933; John A. Widtsoe para
Heber J. Grant, 9 de junho de 1933, Arquivos da missão da Primeira Presidência,
Biblioteca de História da Igreja; Parrish, John A. Widtsoe, p. 474; Heber J. Grant
para John A. Widtsoe e Leah Dunford Widtsoe, 27 de junho de 1933, Letterpress
Copybook, vol. 70, p. 801, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja.
12. John A. Widtsoe para Heber J. Grant, 9 de junho de 1933; Leah Dunford Widtsoe
para a Primeira Presidência, 16 de setembro de 1933, Arquivos da missão da
Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; ver também Handbook for
the Bee-­Hive Girls of the Young Ladies’ Mutual Improvement Association, Londres:
Missão Britânica, 1933.
13. Missão Alemanha-­Áustria, Missão Suécia, Missão dos Países Baixos, Relatório do
presidente da missão, 1932, Relatórios financeiros, históricos e estatísticos do Bispado
Presidente, Biblioteca de História da Igreja; Cowan, Church in the Twentieth Century,
pp. 162–163; Parrish, John A. Widtsoe, p. 498; John A. Widtsoe para Heber J. Grant, 9
de junho de 1933, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História
da Igreja.
14. Widtsoe, diário, 18 de julho de 1933; Parrish, John A. Widtsoe, pp. 508–509; Heber J.
Grant para John A. Widtsoe, telegrama, 18 de julho de 1933; John A. Widtsoe
para a Primeira Presidência, 20 de julho de 1933, Arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Leah Dunford Widtsoe para “Querido
Jack”, 8 de setembro de 1933, documentos da família Widtsoe, Biblioteca de História
da Igreja.
15. Wilson, Hitler, pp. 77–88; Evans, Coming of the Third Reich, pp. 298–349; Noakes
e Pridham, Nazism, pp. 123–126; Primeira Presidência para John A. Widtsoe, 20
de julho de 1933, First Presidency Letterpress Copybooks, vol. 89; John A. Widtsoe
para a Primeira Presidência, 8 de agosto de 1933, Arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Naujoks e Eldredge, Shades of
Gray, p. 32. Tópicos: Alemanha; Segunda Guerra Mundial.
16. John A. Widtsoe para a Primeira Presidência, 11 de julho de 1933; 28 de setembro
de 1933, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
Carter, “Rise of the Nazi Dictatorship”, pp. 57–59; ver também McDonough, Gestapo,
capítulo 3. Tópico: Neutralidade política.
17. John A. Widtsoe para Primeira Presidência, 11 de julho de 1933; 28 de setembro de
1933, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
Widtsoe, diário, 20–22 de setembro de 1933.
18. Anotações sobre a família Hope, Ramo Cincinnati, Distrito Sul de Ohio, Missão dos
Estados do Norte, nº 441 a nº 445, nº 691, em Ohio (estado), parte 2, coletânea de
registros de membros, Biblioteca de História da Igreja; Hanks, entrevista de história
oral, pp. 6, 12; 1930 U.S. Census, Woodlawn, Sycamore Township, Hamilton County,
Ohio, 1B; Fish, Kramer e Wallis, History of the Mormon Church in Cincinnati, p. 59;
Obituário de Len Hope, Deseret News and Salt Lake Telegram, 15 de setembro
de 1952, p. 4B; anotação sobre Vernon Hope, Ramo Cincinnati, Distrito Sul de Ohio,
Missão dos Estados do Norte, bênçãos e nascimentos, 1934, nº 258, em Ohio (estado),
parte 4, coletânea de registros de membros, Biblioteca de História da Igreja.
19. Stradling, Cincinnati, pp. 110–111; Taylor, “City Building, Public Policy”, pp. 163–164;
Bunch-­Lyons, Contested Terrain, pp. 77–81, 96, 114; Fairbanks, “Cincinnati Blacks”,
pp. 193–194; “Go to Church Tomorrow”, Cincinnati Enquirer, 15 de março
de 1930, p. 10. 367

20. Stephenson, “Short Biography of Len, Sr. and Mary Hope”, p. 10; Anderson,
Twenty-­Three Years in Cincinnati, pp. 2, 17; Duffin, diário da missão, 1º de dezembro
de 1935; Hanks, entrevista de história oral, pp. 2–3, 13; Henry Layton para Richard
Layton e Annie Horn Layton, 3 de março de 1931, Henry Layton Correspondence,

713
Notas das páginas 368–375

Biblioteca de História da Igreja; ver também “Leggroan, Edward”, “Leggroan, Alice


Weaver Boozer” e “Ritchie, Nelson Holder”, anotações biográficas, site Century of
Black Mormons, exhibits.lib.utah.edu. 368

21. Hanks, entrevista de história oral, pp. 3, 14, 18; ver também Herman Huenefeld,
Rogers Love, Rosalea Moore, Ethel Wyatt, em Ramo Cincinnati, Registros de membros
e crianças, nº 61, nº 84, nº 96, nº 139. Tópico: Segregação racial.
22. Stephenson, “Short Biography of Len, Sr. and Mary Hope”, p. 10; Hanks, entrevista
de história oral, pp. 2, 6; Duffin, diário da missão, 1º de dezembro de 1935 e 25
de dezembro de 1936; Holt, diário da missão, 27 de julho de 1931; 2 de setembro
de 1931; 5 de outubro de 1931.
23. Essie Holt, “Hope’s Home”, fotografia, documentos da missão de Essie H. Wheadon,
Biblioteca de História da Igreja; Taylor, “City Building, Public Policy”, p. 175; Holt,
diário da missão, 27 de julho de 1931; Gibson, diário da missão, 6 de agosto de 1930.
24. Hanks, entrevista de história oral, pp. 6, 11; Gowers, diário da missão, 15 de
novembro de 1934; Gibson, diário da missão, 7 de julho de 1930; Lyman, As I Saw It,
pp. 73–74; Duffin, diário da missão, 1º de dezembro de 1935; 5 de janeiro de 1936; 7
de fevereiro de 1937; Croshaw, diário da missão, 30 de abril e 23 de junho de 1932;
Holt, diário da missão, 27 de julho de 1931; 2 de setembro de 1931; 5 de outubro de
1931.
25. Distrito Sul de Ohio, atas gerais, 29 de outubro de 1932; Ramo Cincinnati, atas, 16
de abril de 1933; 3 e 17 de junho de 1934; Duffin, diário da missão, 1º de dezembro
de 1935 e 31 de outubro de 1936; Butler, entrevista, p. 1.
26. Litster, diário da missão, 11 e 20 de setembro de 1932; 5 e 11–12 de outubro de 1932;
Gibson, diário da missão, 22 e 26 de março de 1932; 26 e 30 de abril de 1932; 3–4 de
maio de 1932; Holt, diário da missão, 27 de julho de 1931; 2 e 7 de setembro de 1931;
5 de outubro de 1931; Bang, diário, 18 de janeiro de 1936.
27. Anotação sobre Vernon Hope, Ramo Cincinnati, Distrito Sul de Ohio, Missão dos
Estados do Norte, nascimentos e bênçãos, 1934, nº 258, em Ohio (estado), parte 4,
coletânea de registros de membros, Biblioteca de História da Igreja; Anotações sobre
a família Hope, em Ramo Cincinnati, Registros de membros e crianças, nº 50 a nº 52,
nº 197, nº 214; Ramo Cincinnati, atas, 3 de junho de 1934.
28. Fish, Kramer e Wallis, History of the Mormon Church in Cincinnati, pp. 58–59;
Stephenson, “Short Biography of Len, Sr. and Mary Hope”, p. 12; Lyman, As I Saw
It, p. 74; Hanks, entrevista de história oral, pp. 15–16. Tópico: O sacerdócio e a
restrição ao templo.
29. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 49–52; Johnson e Reuband, What We
Knew, pp. 137, 230, 337–344; Koonz, Nazi Conscience, pp. 20–25, 75, 100–104, 215,
253–254; Muhlberger, Hitler’s Followers, pp. 202–209; Tobler, “Jews, the Mormons,
and the Holocaust”, pp. 80–81.
30. Handbuch für die Bienenkorbmädchen, pp. 2–16, 28–29, 36, 45; “Comments on
Church News of the Week”, Deseret News, 2 de junho de 1934, seção da Igreja, p. 8;
Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 50–52. Tópico: Organizações das Moças.
31. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, p. 50; Reese, Growing Up Female in Nazi
Germany, pp. 30–40; Kater, Hitler Youth, pp. 70–112; Lepage, Hitler Youth, pp. 73, 78.

Capítulo 23: Tudo o que é necessário

1. Taylor, diário, 6 de fevereiro de 1935; Bates, “Patriarchal Blessings and the


Routinization of Charisma”, pp. 25–26; Heber J. Grant para a sra. Wilford J. Allen, 12
de setembro de 1932, Diversas correspondências da Primeira Presidência, Biblioteca
de História da Igreja. Tópico: Bênçãos patriarcais.
2. Taylor, diário, 6 de fevereiro de 1935; Wallis, diário, 4–6 de fevereiro de 1935; Rytting,
James H. Wallis, pp. 6–7, 154, 177, 189–191. Tópico: Emigração. 375

714
Notas das páginas 375–379

3. Taylor, diário, 6 de fevereiro de 1935; Cornelia Taylor, bênção patriarcal, 6 de


fevereiro de 1935, pp. 1–2, documentos de Paul e Cornelia T. Bang, Biblioteca de
História da Igreja.375

4. Bang, autobiografia, pp. 4–6, 8–9; Taylor, diário, 12 de abril de 1936; Charles
Anderson para Adeline Yarish Taylor, 18 de abril de 1936; 26 de outubro de 1936,
documentos de Paul e Cornelia T. Bang, Biblioteca de História da Igreja.
5. Taylor, diário, 10 e 17 de fevereiro de 1935; 3 e 24 de março de 1935; 2 de junho
de 1935.
6. Missão Dinamarca, Missão França, Missão dos Estados do Norte, relatórios anuais,
1932, Bispado Presidente, relatórios financeiros, históricos e estatísticos, Biblioteca de
História da Igreja; Missão dos Estados do Norte, manuscritos e relatórios históricos,
31 de dezembro de 1930 e 31 de dezembro de 1931; Anthony W. Ivins para Preal
George, 5 de fevereiro de 1932, diversas correspondências da Primeira Presidência,
Biblioteca de História da Igreja; Primeira Presidência para John A. Widtsoe, 1º de
agosto de 1933, documentos de John A. Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja;
Ramo Cincinnati, atas, 16 de janeiro de 1932, p. 4.
7. Distrito Sul de Ohio, atas gerais, novembro de 1931; Taylor, diário, 3, 10 e 17 de
fevereiro de 1935.
8. Taylor, diário, 20 de janeiro de 1935; 3, 10 e 15–17 de fevereiro de 1935; Fish, “My Life
Story”, p. 6.
9. Taylor, diário, 15 de fevereiro e 22–23 de março de 1935; Paul Bang, “My Life Story”,
pp. 10–11; Bang, autobiografia, p. 7.
10. Taylor, diário, 26 de maio de 1935; Cornelia Taylor, bênção patriarcal, 6 de fevereiro
de 1935, p. 1, documentos de Paul e Cornelia T. Bang, Biblioteca de História da Igreja.
11. Cornelia Taylor Bang, “Youth Meeting”, aproximadamente 1944, p. 1, documentos de
Paul e Cornelia T. Bang, Biblioteca de História da Igreja.
12. Harold B. Lee, em One Hundred Forty-­Second Semi-­annual Conference, pp. 123–124;
Gibbons, Harold B. Lee, pp. 25–85; Harold B. Lee, diário, 20 de abril de 1935; Grant,
diário, 20 de abril de 1935.
13. Lee, “Remarks of Elder Harold B. Lee”, p. 3; Rudd, Pure Religion, p. 14.
14. Estaca Salt Lake Pioneer, atas confidenciais, 5–6 de novembro de 1932; Estaca Salt
Lake Pioneer história manuscrita dos pioneiros, 26 de março de 1933; 30 de junho
de 1933; 28 de novembro de 1933; “Exchange Idea Assures Many Jobs for Idle”, Salt
Lake Tribune, 25 de julho de 1932, p. 14; Goates, Harold B. Lee, p. 99; Harold B. Lee,
Charles S. Hyde e Paul Child para Heber J. Grant, 23 de maio de 1933, documentos
de J. Reuben Clark Jr., BYU; Eugene Middleton, “Personality Portraits of Prominent
Utahns”, Deseret News, 24 de outubro de 1934, p. 16.
15. Lee, “Remarks of Elder Harold B. Lee”, pp. 2–3; Drury, “For These My Brethren”,
pp. 5–11.
16. Heber J. Grant para Grace Evans, 12 de setembro de 1933, Letterpress Copybook,
vol. 70, pp. 931–932, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja;
J. Reuben Clark Jr. para Richard M. Robinson e H. M. Robinson, 26 de outubro de
1934, inserido em J. Reuben Clark Jr. para David O. McKay, 26 de outubro de 1934,
documentos de David O. McKay, Biblioteca de História da Igreja; Heber J. Grant para
Bessie Clark Elmer, 5 de janeiro de 1934; Heber J. Grant para J. N. Heywood, 23 de
outubro de 1934, diversas correspondências da Primeira Presidência, Biblioteca de
História da Igreja; Arrington e Hinton, “Origin of the Welfare Plan”, pp. 67, 76–77;
Mangum e Blumell, Mormons’ War on Poverty, pp. 110–111.
17. Hall, Faded Legacy, p. 124; Bispado Presidente, diário do escritório, 3 de junho
de 1935; Cannon, “What a Power We Will Be in This Land”, p. 68; J. Reuben Clark Jr.
para Richard M. Robinson e H. M. Robinson, 26 de outubro de 1934, inserido em
J. Reuben Clark Jr. para David O. McKay, 26 de outubro de 1934, documentos de
David O. McKay, Biblioteca de História da Igreja.
18. Arrington e Hinton, “Origin of the Welfare Plan”, pp. 74–76; Mangum e Blumell,
Mormons’ War on Poverty, p. 114. Tópico: Programas de bem-­estar. 379

715
Notas das páginas 379–383

19. Lee, “Remarks of Elder Harold B. Lee”, p. 3; J. Reuben Clark para Heber J. Grant e
David O. McKay, 16 de abril de 1935, documentos de David O. McKay, Biblioteca de
História da Igreja; J. Reuben Clark, em One Hundred Fifth Semi-­annual Conference,
pp. 96–100; Cannon, “What a Power We Will Be in This Land”, pp. 66–68; Mangum
e Blumell, Mormons’ War on Poverty, pp. 119–129; Doutrina e Convênios 104:15–18;
J. Reuben Clark Jr., em One Hundred Fourth Semi-­annual Conference, pp. 102–103. 379

20. Heber J. Grant para a sra. Claude Orton, 3 de março de 1932; Heber J. Grant para a
sra. C. M. Whitaker, 9 de junho de 1932; Heber J. Grant para Pauline Huddlestone,
14 de setembro de 1935; Heber J. Grant para a sra. Lee Thurgood, 29 de janeiro
de 1932; Heber J. Grant para B. B. Brooks, 16 de dezembro de 1932; Heber J. Grant
para Geo. W. Middleton, 5 de agosto de 1931, diversas correspondências da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Heber J. Grant para Grace Evans, 19 de
dezembro de 1931, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja.
21. Harold B. Lee, diário, 20 de abril de 1935; Heber J. Grant e David O. McKay para
J. Reuben Clark, 15 de março de 1935, documentos de J. Reuben Clark Jr., BYU.
22. Harold B. Lee, em One Hundred Forty-­Second Semi-­annual Conference, p. 124;
Harold B. Lee, diário, 20 de abril de 1935.
23. Harold B. Lee, em One Hundred Forty-­Second Semi-­annual Conference, p. 124.
24. Harold B. Lee, diário, 20 de abril de 1935.
25. Harold B. Lee, diário, 20 de abril de 1935; David O. McKay para J. Reuben Clark, 6 de
maio de 1935, arquivos administrativos gerais da Primeira Presidência, Biblioteca de
História da Igreja.
26. “Grant to Organize New Hawaii Stake”, Salt Lake Telegram, 31 de maio de 1935, p. 13;
Grant, diário, 20 de junho de 1935.
27. Historical Department, Journal History of the Church, 30 de junho de 1935, p. 10.
Tópico: Havaí.
28. J. Reuben Clark, “The Outpost in Mid-­Pacific”, Improvement Era, setembro de 1935,
vol. 38, p. 530; Santos, vol. 2, capitulo 9; Missão Havaiana, relatório anual, 1934,
Relatórios financeiros, históricos e estatísticos do Bispado Presidente, Biblioteca
de História da Igreja; Castle Murphy para a Primeira Presidência, 28 de fevereiro
de 1934; 3 de abril de 1934; 30 de novembro de 1934, Arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Departamento histórico, Journal History
of the Church, 30 de junho de 1935, pp. 5–6. Tópico: Alas e estacas.
29. Clark, diário, 28–30 de junho de 1935; “Woolley Heads New LDS Stake Formed
Locally”, Honolulu Advertiser, 1º de julho de 1935, p. 1; “Woolley, Ralph Edwin”,
em Jenson, Latter-­day Saint Biographical Encyclopedia, vol. 4, pp. 173–174.
30. Britsch, Moramona, pp. 279–281, 299; “First Offshore Stake Organized at Honolulu”,
Deseret News, 1º de julho de 1935, p. 9.
31. Grant, diário, 29–30 de junho de 1935; “Organization of LDS Stake Nearly Ready”,
Honolulu Star-­Bulletin, 4 de julho de 1935, p. 2.
32. Grant, diário, 25 de junho de 1935; Heber J. Grant para Frances Bennett, 3 de julho
de 1935, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja.
33. Britsch, Moramona, pp. 257–259.
34. Grant, diário, 3 de julho de 1935; John A. Widtsoe, “The Japanese Mission in Action”,
Improvement Era, fevereiro de 1939, vol. 42, p. 88.
35. J. Reuben Clark, “The Outpost in Mid-­Pacific”, Improvement Era, setembro de 1935,
vol. 38, p. 533; Grant, diário, 3 de julho de 1935; Clark, diário, 3 de julho de 1935;
Takagi, Trek East, pp. 16–22; Parshall, “Tsune Ishida Nachie”, pp. 122–130; John A.
Widtsoe, “The Japanese Mission in Action”, Improvement Era, fevereiro de 1939,
vol. 42, pp. 88, 125.
36. Heber J. Grant, em Seventy-­Fourth Semi-­Annual Conference, pp. 7, 11; Walker,
“Strangers in a Strange Land”, pp. 231–232, 240–241, 247–248, 253; Britsch, “Closing of
the Early Japan Mission”, pp. 263–281. Tópicos: Japão; Crescimento do trabalho
missionário. 383

716
Notas das páginas 383–390

37. Heber J. Grant para Matthias F. Cowley, 12 de maio de 1903, Letterpress Copybook,
vol. 36, p. 239, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja; Walker,
“Strangers in a Strange Land”, p. 250. 383

38. J. Reuben Clark, “The Outpost in Mid-­Pacific”, Improvement Era, setembro de 1935,
vol. 38, p. 533; Grant, diário, 30 de junho de 1935; Ikegami, “We Had Good Examples
among the Members”, pp. 228–229; Ikegami, “Brief History of the Japanese Members
of the Church”, p. 3; Anotações sobre Kichitaro Ikegami e Tokuichi Tsuda, batismos e
confirmações do distrito de Oahu, 1935, nº 42 e nº 43, em Ilhas Havaianas, parte 22,
coletânea de registros de membros, Biblioteca de História da Igreja.
39. Britsch, Moramona, p. 282.
40. J. Reuben Clark, “The Outpost in Mid-­Pacific”, Improvement Era, setembro de 1935,
vol. 38, p. 533; Ikegami, “Brief History of the Japanese Members of the Church”,
pp. 3–4.
41. Müller, Hitler’s Wehrmacht, pp. 7–12; Naujoks e Eldredge, Shades of Gray, pp. 44–45;
Wijfjes, “Spellbinding and Crooning”, pp. 166–170.
42. Nelson, Moroni and the Swastika, pp. 123–134; Naujoks e Eldredge, Shades of Gray,
p. 35; Missão Alemanha-­Áustria, atas gerais, janeiro de 1934, pp. 315–316; abril de
1934, pp. 327–328; Carter, “Rise of the Nazi Dictatorship”, pp. 59–63.
43. Carter, “Rise of the Nazi Dictatorship”, pp. 59–63; Nelson, Moroni and the Swastika,
pp. 167–184.
44. Naujoks e Eldredge, Shades of Gray, p. 35; Tobler, “Jews, the Mormons, and the
Holocaust”, p. 80.
45. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 10–12.
46. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 57–59; Naujoks e Eldredge, Shades of Gray,
pp. 35–37.
47. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, p. 44.
48. Harold B. Lee, diário, fevereiro de 1936; “Summary of Relief Survey of the Church of
Jesus Christ of Latter-­day Saints”, 1º de abril de 1936, arquivos administrativos gerais
da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Olson, Saving Capitalism,
pp. 14–15; Derr, “History of Social Services”, pp. 49–50.
49. Harold B. Lee, diário, fevereiro de 1936; Cannon, “What a Power We Will Be in This
Land”, p. 69.
50. Harold B. Lee, diário, 15 de março de 1936; David O. McKay, diário, 18 de março
de 1936, Universidade de Utah.
51. Mangum e Blumell, Mormons’ War on Poverty, p. 134; Henry A. Smith, “Church-­Wide
Security Program Organized”, Improvement Era, junho de 1936, vol. 39, pp. 334,
337; “Detailed Instructions on Questions Arising out of the Development of the
Church Security Program”, 1936, pp. 1–5, Arquivos de bem-­estar do Bispado
Presidente, Biblioteca de História da Igreja.
52. Henry A. Smith, “Church-­Wide Security Program Organized”, Improvement Era,
junho de 1936, vol. 39, p. 333; “Detailed Instructions on Questions Arising out of the
Development of the Church Security Program”, 1936, pp. 3–4, Arquivos de bem-­estar
do Bispado Presidente, Biblioteca de História da Igreja; Arrington e Hinton, “Origin of
the Welfare Plan”, p. 78.
53. Harold B. Lee, diário, 15 de março de 1936. Tópico: Programas de bem-­estar.

Capítulo 24: O objetivo da Igreja

1. Harold B. Lee, diário, 6, 15 e 21–28 de abril de 1936; programação de reuniões


regionais, 24 de abril de 1936, documentos de David O. McKay, Biblioteca de História
da Igreja; Grant, diário, 20–21 e 23 de abril de 1936.390

717
Notas das páginas 391–397

2. First Presidency, Important Message on Relief, pp. 2–3; David O. McKay para
Edward I. Rich, 1º de maio de 1936, documentos de David O. McKay, Biblioteca
de História da Igreja.391

3. Grant, diário, 2–3 de maio de 1936; “Church Officials Form New L.D.S. Stake on
Coast”, Salt Lake Tribune, 5 de maio de 1936, p. 24.
4. Orton, Los Angeles Stake Story, pp. 40–42; Johnson e Johnson, “Twentieth-­Century
Mormon Outmigration”, p. 47; Cowan e Homer, California Saints, pp. 264, 274;
Candland, History of the Oakland Stake, pp. 26–27; “Temple Is a Challenge
to California Mormons”, Ensign (Los Angeles), 18 de março de 1937, p. 1.
Tópico: Emigração.
5. Grant, diário, 2–4 de maio de 1936; Cowan e Homer, California Saints, pp. 267–269;
Groberg, Idaho Falls Temple, pp. 49–51.
6. Alexander, Utah, the Right Place, pp. 318–319; Heber J. Grant para Russell B.
Hodgson, 24 de agosto de 1935, diversas correspondências da Primeira Presidência,
Biblioteca de História da Igreja; Heber J. Grant para Bayard W. Mendenhall, 27 de
novembro de 1935, Letterpress Copybook, vol. 73, p. 81, Heber J. Grant Collection,
Biblioteca de História da Igreja; Bispado Presidente, diário do escritório, 16 de junho
de 1936. Tópicos: Finanças da Igreja; Construção de templos.
7. “Tentative Program for Group Meetings with Stake Presidents”, 1º–3 de outubro de
1936, documentos de David O. McKay, Biblioteca de História da Igreja.
8. Lee, “Remarks of Elder Harold B. Lee”, pp. 3–4; “A Message from the President of the
Church”, Improvement Era, junho de 1936, vol. 39, p. 332; First Presidency, Important
Message on Relief, p. 3.
9. Tullis, Mormons in Mexico, pp. 111–114, 138. Tópico: México.
10. Tullis, Mormons in Mexico, p. 116; Informe de la Mesa Directiva de la 3a Convención,
25 de junho de 1936, p. 31. Tópico: Colônias no México.
11. Martin F. Sanders para J. Reuben Clark Jr., 30 de setembro de 1933; 29 de outubro de
1933; Harold W. Pratt para J. Reuben Clark Jr., 10 de abril de 1934, documentos de J.
Reuben Clark Jr., BYU; Pulido, Spiritual Evolution of Margarito Bautista, p. 162.
12. Páez, Lamanite Conventions, pp. 25–27; Informe de la Mesa Directiva de la
3a Convención, 25 de junho de 1936, pp. 19–20; Tullis, Mormons in Mexico, pp. 112,
116–117; Acta de la Convención de Tecalco, 26 de abril de 1936, pp. 14–15; Pulido,
“Margarito Bautista”, pp. 48–56.
13. Tullis, Mormons in Mexico, pp. 117–118; Páez, Lamanite Conventions, pp. 25–27.
14. Tullis, Mormons in Mexico, pp. 119–121, 127; Harold W. Pratt para a Primeira
Presidência, 1º de maio de 1936, Arquivos da missão da Primeira Presidência,
Biblioteca de História da Igreja; Dormady, Primitive Revolution, p. 76; Pulido,
Spiritual Evolution of Margarito Bautista, p. 162.
15. Tullis, Mormons in Mexico, pp. 121, 125–126; Acta de la Convención de Tecalco,
26 de abril de 1936, pp. 14–15; Pulido, Spiritual Evolution of Margarito Bautista,
pp. 108–135, 165–170. Tópico: Identidade lamanita.
16. Tullis, Mormons in Mexico, pp. 138–139; Harold W. Pratt para a Primeira Presidência,
25 de abril de 1936, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de
História da Igreja; Acta de la Convención de Tecalco, 26 de abril de 1936, p. 18.
17. Acta de la Convención de Tecalco, 26 de abril de 1936, pp. 14–18; Harold W. Pratt
para a Primeira Presidência, 28 de abril de 1936, Arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Tullis, Mormons in Mexico, pp. 139–140;
Pulido, Spiritual Evolution of Margarito Bautista, pp. 167–170. Tópico: Terceira
Convenção.
18. Informe de la Mesa Directiva de la 3a Convención, 25 de junho de 1936, pp. 20,
21–22, 27–29, 36–37; Primeira Presidência para Harold Pratt, 22 de julho de 1936,
Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Tullis,
Mormons in Mexico, pp. 140–141. 397

19. Heber J. Grant, “The Message of the First Presidency to the Church”, em One
Hundred Seventh Semi-­annual Conference, pp. 2–4; ver também “Tabulation

718
Notas das páginas 397–403

of Church-­Wide Survey to October 1st, 1936”, p. 1, documentos de David O.


McKay, Biblioteca de História da Igreja.397

20. Heber J. Grant, “The Message of the First Presidency to the Church”, em One
Hundred Seventh Semi-­annual Conference, pp. 3–5; “Tabulation of Church-­Wide
Survey to October 1st, 1936”, pp. 1–3, documentos de David O. McKay, Biblioteca
de História da Igreja.
21. Comitê Geral de Bem-­Estar da Igreja, atas, 3 de dezembro de 1936; The March of
Time: Salt Lake City!, Biblioteca de História da Igreja; “Church Film at Orpheum”,
Deseret News, 4 de fevereiro de 1937, p. 8. Tópicos: Mídia de difusão; Relações
Públicas.
22. Bispado Presidente, diário do escritório, 2 de junho de 1936; 8 de setembro de 1936;
24 de novembro de 1936; 5 de janeiro de 1937.
23. Don Howard, “The Mormon Fathers Discard the Dole”, Los Angeles Times, 22 de
novembro de 1936, Sunday magazine, p. 7; Comitê Geral de Bem-­Estar da Igreja, atas,
3 de dezembro de 1936; “Three Opportunities”, California Inter-­mountain Weekly
News (Los Angeles), 14 de maio de 1936, p. 2.
24. “Ballard Address Enthuses Local Committees”, California Inter-­mountain Weekly
News (Los Angeles), 3 de dezembro de 1936, p. 1; “The Church Security Program in
Southern California Stakes”, California Inter-­mountain Weekly News, 10 de dezembro
de 1936, p. 2; “Honest Fast Offer Will Supply L.D.S. Needy, Says Pres. Grant”, Ensign
(Los Angeles), 4 de fevereiro de 1937, p. 1. Tópico: Jejum.
25. Heber J. Grant para June Stewart, 17 de fevereiro de 1937; Heber J. Grant para
Tom C. Peck, 17 de fevereiro de 1937, Heber J. Grant Collection, Biblioteca
de História da Igreja; “Pres. Grant Confers with Local Leaders on Temple Site”,
California Inter-­mountain Weekly News (Los Angeles), 21 de janeiro de 1937, p. 1.
26. Heber J. Grant para Ethel Grant Riggs, 20 de fevereiro de 1937, Heber J. Grant
Collection, Biblioteca de História da Igreja; David Howells para Heber J. Grant, 17 de
fevereiro de 1937, diversas correspondências da Primeira Presidência, Biblioteca de
História da Igreja; Heber J. Grant para J. H. Paul, 20 de fevereiro de 1937, Letterpress
Copybook, vol. 75, p. 80, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja;
Cowan, Los Angeles Temple, pp. 18, 21.
27. “S.L. ‘March of Time’ Opening at Studio”, Salt Lake Telegram, 11 de fevereiro de 1937,
p. 15; “Far Reaching”, Deseret News, 20 de fevereiro de 1937, seção da Igreja, p. 2.
28. “Time Turned Back on Screen to Depict Story of Church”, Salt Lake Telegram, 26 de
janeiro de 1937, p. 26; David O. McKay para J. Reuben Clark, 26 de janeiro de 1937,
arquivos administrativos gerais da Primeira Presidência, Biblioteca de História da
Igreja.
29. Harold W. Pratt para a Primeira Presidência, 2 de julho de 1936; 18 de setembro
de 1936; Primeira Presidência para Harold W. Pratt, 18 de setembro de 1936; Antoine
Ivins para a Primeira Presidência, 3 de julho de 1936, Arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
30. Primeira Presidência para o comitê e os seguidores da Terceira Convenção, 2 de
novembro de 1936, pp. 3–4, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca
de História da Igreja.
31. Primeira Presidência para o comitê e os seguidores da Terceira Convenção, 2 de
novembro de 1936, pp. 5–7, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca
de História da Igreja.
32. Mora, entrevista de história oral, p. 36.
33. Comitê diretor da Terceira Convenção para a Primeira Presidência, 7 de dezembro
de 1936, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
Pulido, Spiritual Evolution of Margarito Bautista, pp. 165–178; Mora, entrevista de
história oral, pp. 36–37; Tullis, Mormons in Mexico, p. 147.
34. Mora, entrevista de história oral, pp. 37, 39; Tullis, Mormons in Mexico, p. 147; Pulido,
Spiritual Evolution of Margarito Bautista, pp. 174–178. 403

719
Notas das páginas 403–410

35. Mora, entrevista de história oral, p. 39; Pulido, Spiritual Evolution of Margarito
Bautista, p. 174; Comitê diretor da Terceira Convenção para a Primeira Presidência,
7 de dezembro de 1936, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de
História da Igreja; Tullis, Mormons in Mexico, p. 145. Tópicos: Ações disciplinares
da Igreja; Terceira Convenção. 403

36. Paul Bang, “My Life Story”, pp. 17, 21; Paul Bang, Certificado de Designação da Missão
dos Estados do Norte, 3 de novembro de 1936, documentos de Paul e Cornelia T.
Bang, Biblioteca de História da Igreja; anotação sobre Gus Mason, Ramo Cincinnati,
Distrito Sul de Ohio, Missão dos Estados do Norte, nº 789, em Ohio (estado), parte 2,
coletânea de registros de membros, Biblioteca de História da Igreja.
37. Paul Bang, “My Life Story”, pp. 11–13, 27; Bang, diário, 5, 7–8 e 10 de janeiro de 1936.
38. Paul Bang, “My Life Story”, pp. 10–11, 17–19, 23; ver também, por exemplo, Taylor,
diário, 2 de junho de 1937; 30 de julho de 1937; 6 de agosto de 1937.
39. Ramo Cincinnati, atas, 15 de janeiro de 1936; anotações sobre membros do Ramo
Cincinnati, Distrito Sul de Ohio, Missão dos Estados do Norte, em Ohio (estado),
parte 2, coletânea de registros de membros, Biblioteca de História da Igreja; Bang,
diário, 15 de janeiro de 1936; Paul Bang, “My Life Story”, p. 19. Tópico: Emigração.
40. McKay, caderno, 6 de junho de 1937, documentos de David O. McKay, Coleções
Especiais, Biblioteca J. Willard Marriott, Universidade de Utah, Salt Lake City; Taylor,
diário, primavera da 1937; 1º e 6 de junho de 1937; Paul Bang, “My Life Story”, pp. 18,
23, 28; “News from the Missions”, Liahona, the Elders’ Journal, 13 de julho de 1937,
vol. 35, p. 62.
41. Taylor, diário, 24 de junho e 18 de julho de 1937; Paul Bang, “My Life Story”,
pp. 19–20.
42. Paul Bang, “My Life Story”, pp. 19–20; Cowan, Church in the Twentieth Century,
pp. 162–163.
43. Taylor, diário, 30 de julho e 1º de agosto de 1937; Cornelia Taylor, Certificado de
Designação da Missão dos Estados do Norte, 12 de dezembro de 1937, documentos
de Paul e Cornelia T. Bang, Biblioteca de História da Igreja; Paul Bang, “My Life
Story”, p. 19.
44. Paul Bang, “My Life Story”, pp. 19, 21, 27; Taylor, diário, 18 de outubro de 1937.

Capítulo 25: Sem tempo a perder

1. Collette, Collette Family History, p. 148; Hatch, Cziep Family History, pp. 51, 54; Luza,
Resistance in Austria, pp. 6–7; Wright, “Legality of the Annexation”, pp. 631–632;
Suppan, National Conflicts, pp. 367–368. Tópico: Áustria.
2. Suppan, National Conflicts, p. 368; Luza, Resistance in Austria, pp. 13–15; Cziep e
Cziep, entrevista, p. 42.
3. Hatch, Cziep Family History, pp. 64, 77, 81, 200; Missão Alemanha-­Áustria, História
manuscrita e relatórios históricos, vol. 2, 5 de novembro de 1933; Cziep e Cziep,
entrevista, pp. 21–22, 34; Collette, Collette Family History, pp. 170–172.
4. Collette, Collette Family History, pp. 154, 157; Hatch, Cziep Family History, pp. 45,
47, 62.
5. Cziep e Cziep, entrevista, pp. 20, 34; Hatch, Cziep Family History, pp. 78, 203.
6. Bukey, Hitler’s Austria, pp. 28–31; Suppan, National Conflicts, p. 368; Overy, Third
Reich, pp. 172–175; Cziep e Cziep, entrevista, p. 40; Hatch, Cziep Family History,
pp. 64–70.
7. Cziep e Cziep, entrevista, p. 40; Hatch, Cziep Family History, p. 81.
8. Anotação de Chiye Terazawa, Ala Pasadena, nº 477, em Ala Pasadena, coleção de
registros de membros, Biblioteca de História da Igreja; Terazawa, diário da missão,
7, 10, 17 e 24 de fevereiro de 1938; David Kawai para Nadine Kawai, 1º de abril de
2013, Biblioteca de História da Igreja. 410

720
Notas das páginas 411–418

9. J. Reuben Clark, “The Outpost in Mid-­Pacific”, Improvement Era, setembro de 1935,


vol. 38, p. 533; Britsch, “Closing of the Early Japan Mission”, p. 276; Alma O. Taylor
para a Primeira Presidência, 21 de março de 1936, Arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
411

10. Britsch, “Closing of the Early Japan Mission”, p. 263; David O. McKay para Hilton A.
Robertson, 27 de novembro de 1936; Hilton A. Robertson, relatório anual da Missão
Japonesa, 1937, arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da
Igreja.
11. Terazawa, diário da missão, 13 e 16 de janeiro de 1938; 7 de fevereiro de 1938;
John A. Widtsoe, “The Japanese Mission in Action”, Improvement Era, fevereiro de
1939, vol. 42, p. 89; David Kawai para Nadine Kawai, 1º de abril de 2013, Biblioteca
de História da Igreja.
12. “Japanese Church Worker Bid Adieu”, Pasadena (CA) Post, 10 de dezembro de
1937, p. 3.
13. Terazawa, diário da missão, 7 de fevereiro–10 de março de 1938; Robertson, diário,
8 de fevereiro de 1938; Marion L. Lee, diário da missão, 8 de março de 1938.
14. Terazawa, diário da missão, 22 de março de 1938; Marion L. Lee, diário da missão,
22 de março de 1938.
15. Esplin, “Charting the Course”, pp. 104–105; “A Pertinent Message to Youth”, Historical
Department, Journal History of the Church, 9 de junho de 1937, p. 5; “Preserve the
Gospel in Simplicity and Purity”, Historical Department, Journal History of the Church,
13 de junho de 1937, p. 6; Quinn, Elder Statesman, p. 208. Tópico: Seminários e
Institutos.
16. By Study and Also by Faith, pp. 599–603; Junta Educacional da Igreja, atas, 3 de
março de 1926; Merrill Van Wagoner para J. Reuben Clark, 22 de agosto de
1938; J. Reuben Clark para Merrill Van Wagoner, 22 de agosto de 1938, diversas
correspondências da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; “Preserve
the Gospel in Simplicity and Purity”, Historical Department, Journal History of the
Church, 13 de junho de 1937, p. 6; Quinn, Elder Statesman, p. 208; Esplin, “Charting
the Course”, p. 105.
17. Esplin, “Charting the Course”, p. 105; J. Reuben Clark, “The Charted Course of the
Church in Education”, Improvement Era, setembro de 1938, vol. 41, pp. 520–521.
18. J. Reuben Clark, “The Charted Course of the Church in Education”, Improvement Era,
setembro de 1938, vol. 41, p. 521.
19. J. Reuben Clark, “The Charted Course of the Church in Education”, Improvement Era,
setembro de 1938, vol. 41, pp. 571–573.
20. Esplin, “Charting the Course”, pp. 106–108.
21. Junta Educacional da Igreja, atas, 2 de fevereiro de 1938; The Doctrines of the Church,
Salt Lake City: A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 1939.
22. Terazawa, diário da missão, 23–24 de fevereiro e 28 de fevereiro–1º de março de 1939.
23. Terazawa, diário da missão, 20 de julho de 1938 e 22 de fevereiro–7 de março
de 1939; Hilton A. Robertson, relatório anual da Missão Japonesa, 1938, pp. 1–2;
Hilton A. Robertson, relatório anual da Missão Japonesa, 1939; Hilton A. Robertson
para a Primeira Presidência, 11 de janeiro de 1939, arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Robertson, diário, 11 de janeiro de 1939;
Walton, Mending Link, pp. 21–24.
24. Terazawa, diário da missão, 3 e 7 de março de 1939; Beckstead, diário, 7 de março
de 1939.
25. Terazawa, diário da missão, 3–4 de dezembro de 1939; Missão Japonesa, Diário
Missionário do Distrito Havaí, 18 de outubro de 1938; Parshall, “Tsune Ishida Nachie”,
pp. 129–130; John A. Widtsoe, “The Japanese Mission in Action”, Improvement Era,
fevereiro de 1939, vol. 42, p. 89.
418

26. Terazawa, diário da missão, 8–9 de março de 1939; Beckstead, diário, 7 de março
de 1939; Barrus, “The Joy of Being Inez B. Barrus”, p. 11; Missão Japonesa,
Diário Missionário do Distrito Havaí, 8 de março de 1939; Hilton A. Robertson,

721
Notas das páginas 418–424

relatório anual da Missão Japonesa, 1938, pp. 1–2; Hilton A. Robertson para a
Primeira Presidência, 11 de janeiro de 1939, arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
418

27. Barrus, “The Joy of Being Inez B. Barrus”, pp. 11–12; Terazawa, diário da missão,
10, 22 e 29 de março de 1939; John A. Widtsoe para a Primeira Presidência, 7 de
novembro de 1938; Hilton A. Robertson, relatório anual da Missão Japonesa, 1938,
p. 1, arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
John A. Widtsoe, “The Japanese Mission in Action”, Improvement Era, fevereiro de
1939, vol. 42, p. 89; “News from the Missions”, Liahona, the Elders’ Journal, 1º de
março de 1932, vol. 29, p. 450. Tópico: Primária.
28. Beckstead, diário, 12 de abril de 1939; Missão Japonesa, Diário Missionário do Distrito
Havaí, 15 de abril–20 de maio de 1939; Woolsey e Pettit, Happy Hearts, pp. 1, 4; “The
Primary Page”, Children’s Friend, setembro de 1939, vol. 38, p. 405.
29. Beckstead, diário, 12 de abril–20 de maio de 1939; Terazawa, diário da missão,
3–20 de maio de 1939; Missão Japonesa, Diário Missionário do Distrito Havaí, 15 de
abril–20 de maio de 1939.
30. Terazawa, diário da missão, 11 de maio de 1939.
31. Terazawa, diário da missão, 17–19 de maio de 1939, “Entertainment Will Be Given”,
Hilo (HI) Tribune Herald, 19 de maio de 1939, p. 2; Missão Japonesa, Diário
missionário do Distrito Havaí, 18–20 de maio de 1939.
32. Terazawa, diário da missão, 20 de maio de 1939; Beckstead, diário, 20 de maio de
1939; Missão Japonesa, Diário missionário do Distrito Havaí, 20 de maio de 1939.
33. Woolsey e Pettit, Happy Hearts, p. 28.
34. Collette, Collette Family History, pp. 157–159. Tópico: Checoslováquia.
35. Overy, Third Reich, pp. 175–182, 187–188; Heimann, Checoslováquia, pp. 78–81.
36. Collette, Collette Family History, pp. 157, 159–161.
37. Collette, Collette Family History, pp. 161, 162–164; Hatch, Cziep Family History,
pp. 54, 77–80.
38. Botz, “Jews of Vienna”, pp. 320–327; Offenberger, “Jewish Responses”, pp. 60–80;
Collette, Collette Family History, p. 163; Hatch, Cziep Family History, p. 80.
39. Hatch, Cziep Family History, pp. 77, 81, 200.
40. Hatch, Cziep Family History, p. 79; Overy, Third Reich, p. 197. Tópico: Segunda
Guerra Mundial.

Capítulo 26: Todas as coisas ruins da guerra

1. Primeira Presidência para Douglas Wood, telegrama, 24 de agosto de 1939; Primeira


Presidência para Joseph Fielding Smith, telegramas, 24 de agosto de 1939; 25 de
agosto de 1939, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História
da Igreja; Departamento de Estado dos Estados Unidos, memorando, 25 de agosto
de 1939, correspondência do Departamento de Estado dos Estados Unidos a respeito
dos mórmons e do mormonismo, Biblioteca de História da Igreja; Grant, diário, 27
de agosto de 1939; Boone, “Evacuation of the Czechoslovak and German Missions”,
pp. 123, 136; ver também Minert, Under the Gun, pp. 27–28; e Missão Britânica,
história manuscrita e relatórios históricos, 1º–2 de setembro de 1939. Os missionários
na Missão Britânica foram enviados diretamente para os Estados Unidos.
2. Joseph Fielding Smith para a Primeira Presidência, 6 de maio de 1939; 1º de agosto
de 1939; Joseph Fielding Smith e Jessie Evans Smith para Heber J. Grant, 21 de junho
de 1939, correspondências diversas da Primeira Presidência, Biblioteca de História
da Igreja; Joseph Fielding Smith para a Primeira Presidência, 28 de agosto de 1939,
arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja. 424

3. Seibold, entrevista de história oral, pp. 2–3; Douglas Wood, em One Hundred Tenth
Annual Conference, pp. 78–79; Joseph Fielding Smith para a Primeira Presidência,

722
Notas das páginas 425–433

telegrama, 26 de agosto de 1939, arquivos da missão da Primeira Presidência,


Biblioteca de História da Igreja; Boone, “Evacuation of the Czechoslovak and
German Missions”, p. 137.425

4. Douglas Wood, em One Hundred Tenth Annual Conference, pp. 79–81; Boone,
“Evacuation of the Czechoslovak and German Missions”, p. 143.
5. Boone, “Evacuation of the Czechoslovak and German Missions”, p. 144; Douglas
Wood, em One Hundred Tenth Annual Conference, pp. 79–80; Seibold, entrevista
de história oral, pp. 3, 12; Montague, Mormon Missionary Evacuation, p. 83.
6. Seibold, entrevista de história oral, pp. 4–5, 12; Montague, Mormon Missionary
Evacuation, pp. 84–86; Boone, “Evacuation of the Czechoslovak and German
Missions”, p. 144.
7. Seibold, entrevista de história oral, p. 6.
8. Boone, “Evacuation of the Czechoslovak and German Missions”, p. 146; Seibold,
entrevista de história oral, p. 10; Montague, Mormon Missionary Evacuation,
pp. 97–100; Overy, Third Reich, pp. 197–198; Ellis Rasmussen e John Kest,
“Border Incident”, Improvement Era, dezembro de 1943, vol. 46, pp. 793, 797.
Tópico: Segunda Guerra Mundial.
9. Heber J. Grant, em One Hundred Tenth Semi-­annual Conference, pp. 8–9; Heber J.
Grant para Walter Day, 8 de setembro de 1939, Letterpress Copybook, vol. 78, p. 99,
Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja.
10. Grant, diário, 6 de dezembro de 1939; Heber J. Grant para Rachel Grant Taylor, 14 de
dezembro de 1939, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja.
11. Grant, diário, 4–5 de fevereiro de 1940; Heber J. Grant para Charles Zimmerman, 20
de junho de 1940, Letterpress Copybook, vol. 79, p. 61, Heber J. Grant Collection,
Biblioteca de História da Igreja; Clark, diário do escritório, 5 de fevereiro de 1940;
Heber J. Grant para Isaac Stewart, 10 de maio de 1940, Letterpress Copybook, vol. 78,
p. 962; Heber J. Grant para Henry Link, 2 de agosto de 1941, Letterpress Copybook,
vol. 80, p. 230, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja.
12. Grant, diário, 27 de abril de 1940; Heber J. Grant para Grace Grant Evans, 1º de maio
de 1940; Willard Smith para “Família ‘Grant’”, 22 de fevereiro de 1940, Heber J. Grant
Collection, Biblioteca de História da Igreja. Tópico: Heber J. Grant.
13. Bang, autobiografia, pp. 7–8; Bang, história do dia do casamento, p. 1.
14. Paul Bang, “My Life Story”, pp. 22, 27; ver também Charles Anderson para Adeline
Yarish Taylor, 30 de julho de 1940, documentos de Paul e Cornelia T. Bang, Biblioteca
de História da Igreja.
15. Bang, autobiografia, p. 7; Cornelia Taylor, bênção patriarcal, 6 de fevereiro de 1935,
pp. 1–2, documentos de Paul e Cornelia T. Bang, Biblioteca de História da Igreja;
Taylor, diário, 12 de abril de 1936.
16. Bang, autobiografia, pp. 7–8; Leo Muir para o Bispado Presidente, 15 de abril
de 1940; Marvin O. Ashton, memorando, 22 de maio de 1940, arquivos gerais do
Bispado Presidente, 1889–1956, Biblioteca de História da Igreja; Fish, Kramer e
Wallis, History of the Mormon Church in Cincinnati, p. 67.
17. Tópicos: Templo de Kirtland; Outros movimentos santos dos últimos dias.
18. Bang, história do dia do casamento, p. 1; Bang, diário da lua de mel, pp. 23–24;
Howlett, Kirtland Temple, pp. 53–56, 60–61; Bang, “Personal History of Paul and
Connie Bang—1942 Forward”, pp. 2–3.
19. Lund, “Joseph F. Smith and the Origins of the Church Historic Sites Program”, pp. 345,
352–355; Packer, “Study of the Hill Cumorah”, pp. 75, 92–94, 122–126, 135–138;
Argetsinger, “Hill Cumorah Pageant”, pp. 58–59. Tópicos: Locais históricos da
Igreja; Palmyra e Manchester; O Bosque Sagrado e a fazenda da família Smith.
20. Bang, diário da lua de mel, p. 25; Bang, “Personal History of Paul and Connie
Bang—1942 Forward”, p. 3; Gerritsen, “Hill Cumorah Monument”, p. 133; Paul Bang
e Cornelia Taylor Bang, Monte Cumora, 1940, fotografia, documentos de Paul e
Cornelia T. Bang, Biblioteca de História da Igreja.
433

723
Notas das páginas 433–439

21. Bang, diário da lua de mel, p. 25; “Leaders in Church Speak at Opening of Capital
Chapel”, Deseret News, 11 de novembro de 1933, seção da Igreja, p. 1; “Will Link Parks
by One Great Highway”, Deseret Evening News, 5 de junho de 1920, seções 2, 8; “Church
Forms Stakes in U.S. Capital and Denver”, Deseret News, 1º de julho de 1940, p. 11.
433

22. Bang, diário da lua de mel, pp. 25–26; Bang, “Personal History of Paul and Connie
Bang—1942 Forward”, pp. 3–5; Williams’ Cincinnati City Directory, p. 70.
23. Ministério da Aeronáutica do Reino Unido, Daily Weather Report, Ross-­on-­Wye, 11
de dezembro de 1940; “Victims Trapped in Wrecked Homes”, Cheltenham (England)
Chronicle and Gloucestershire Graphic, 14 de dezembro de 1940, p. 2; Overy,
Third Reich, pp. 224–230; Donnelly, Britain in the Second World War, pp. 92–93.
Tópico: Inglaterra.
24. Jennifer Middleton Mason, “Sisters of Cheltenham”, Ensign, outubro de 1996,
pp. 59–60; Mason, entrevista de história oral, pp. 4–7, 9–10, 17–18.
25. “Victims Trapped in Wrecked Homes”, Cheltenham (England) Chronicle and
Gloucestershire Graphic, 14 de dezembro de 1940, p. 2; Elder, Secret Cheltenham,
p. 55; Mason, entrevista de história oral, p. 16; Hasted, Cheltenham Book of Days,
p. 347; “Over 600 Homeless after Raid”, Cheltenham Chronicle and Gloucestershire
Graphic, 21 de dezembro de 1940, p. 3.
26. Missão Britânica, história manuscrita e relatórios históricos, 1º–2 de setembro de
1939; 10 e 18 de janeiro de 1940; Jennifer Middleton Mason, “Sisters of Cheltenham”,
Ensign, outubro de 1996, p. 59; Mason, entrevista de história oral, pp. 10–12, 21,
26–27; anotação de Arthur Fletcher, Ramo Stroud, Distrito de Bristol, Missão Britânica,
nº 11, em Inglaterra (país), parte 42, coleção de registro de membros, Biblioteca de
História da Igreja.
27. Mason, entrevista de história oral, pp. 4–6, 13–14, 22, 24; Jennifer Middleton Mason,
“Sisters of Cheltenham”, Ensign, outubro de 1996, p. 59.
28. “Air Raid Danger, Warning Signals, and Blackout Instructions”, arquivo MEPO-­4-­489;
Jennifer Middleton Mason, “Sisters of Cheltenham”, Ensign, outubro de 1996, p. 59;
Mason, entrevista de história oral, p. 14.
29. Collette, Collette Family History, p. 205; Scharffs, Mormonism in Germany, p. 107;
Minert, Under the Gun, pp. 17, 465; Collette, Collette Family History, p. 210; Bukey,
Hitler’s Austria, pp. 188, 196–200, 206.
30. Minert, Under the Gun, pp. 463, 474; Hatch, Cziep Family History, pp. 31, 64, 81,
202–203.
31. Hatch, Cziep Family History, p. 81; Collette, Collette Family History, pp. 171–172.
32. Hatch, Cziep Family History, p. 81; Botz, “Jews of Vienna”, pp. 321–322; 330, nota
49; Egon Weiss para “Prezado irmão”, 23 de novembro de 1938, correspondências
diversas da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
33. Tobler, “Jews, the Mormons, and the Holocaust”, p. 81; Heber J. Grant, em
Ninety-­First Annual Conference, p. 124; Heber J. Grant para Willard Smith, 24 de
junho de 1933, Letterpress Copybook, vol. 70, p. 788; Heber J. Grant para Wesley
King, 24 de janeiro de 1920, Letterpress Copybook, vol. 55, p. 515, Heber J. Grant
Collection, Biblioteca de História da Igreja.
34. Tobler, “Jews, the Mormons, and the Holocaust”, p. 81; Egon Weiss para “Prezado
irmão”, 23 de novembro de 1938; Primeira Presidência para “Mrs. A. Goddard”, 23 de
novembro de 1920; Heber J. Grant para S. Sipkema, 29 de janeiro de 1926; Heber J.
Grant, Anthony W. Ivins e Charles W. Nibley para Cornelia van der Meide, 29 de
janeiro de 1930, correspondências diversas da Primeira Presidência, Biblioteca de
História da Igreja; ver também Jensen e Javadi-­Evans, “Senator Elbert D. Thomas”,
pp. 223–239. Tópico: Emigração.
35. Ver, por exemplo, Joseph Anderson para Paula Stemmer, 13 de outubro de 1938;
Joseph Anderson para Max Safran, 7 de novembro de 1938; e J. Reuben Clark Jr. e
David O. McKay para Richard Siebenschein, 27 de janeiro de 1939, correspondências
diversas da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
439

724
Notas das páginas 439–448

36. Botz, “Jews of Vienna”, p. 330; Hatch, Cziep Family History, pp. 81, 200, 202; ver
também Tobler, “Jews, the Mormons, and the Holocaust”, pp. 85–86. 439

Capítulo 27: Deus está ao leme

1. Schnibbe, The Price, pp. 20, 24; Holmes e Keele, When Truth Was Treason, p. 29;
Dewey, Hübener vs Hitler, pp. 44–47. Tópico: Helmuth Hübener.
2. Schnibbe, The Price, p. 25; Holmes e Keele, When Truth Was Treason, p. 30; Dewey,
Hübener vs Hitler, pp. 86–87; Nelson, Moroni and the Swastika, p. 296.
3. Holmes e Keele, When Truth Was Treason, p. 29; Gellately, Backing Hitler, pp. 184–186;
Nelson, Moroni and the Swastika, p. 296.
4. Holmes e Keele, When Truth Was Treason, p. 30; Schnibbe, The Price, pp. 25–26.
5. Schnibbe, The Price, pp. 20–23, 26–27.
6. Ikegami, “Brief History of the Japanese Members of the Church”, pp. 3, 5; Ikegami,
“We Had Good Examples among the Members”, p. 229; Britsch, Moramona, p. 284;
relatório anual do presidente da Missão Japonesa de 1940, 17 de fevereiro de 1941;
Jay C. Jensen para a Primeira Presidência, 16 de dezembro de 1941, arquivos da
missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Jay C. Jensen,
“L.D.S. Japanese Aid U.S. Soldiers”, Deseret News, 28 de novembro de 1942, seção
da Igreja, p. 1. Tópico: Escola Dominical.
7. Jay C. Jensen, diário, 7 de dezembro de 1941; Britsch, Moramona, pp. 284, 286; Jay C.
Jensen, “L.D.S. Japanese Aid U.S. Soldiers”, Deseret News, 28 de novembro de 1942,
seção da Igreja, p. 1.
8. Ikegami, “We Had Good Examples among the Members”, p. 228; Tosa Maru
manifesto, em “Washington, Seattle, Passenger Lists, 1890–1957”; censo de 1940
dos Estados Unidos, Honolulu, Oahu, Território do Havaí, p. 970; Jay C. Jensen,
“L.D.S. Japanese Aid U.S. Soldiers”, Deseret News, 28 de novembro de 1942, seção
da Igreja, p. 1. Tópicos: Havaí; Japão; Segunda Guerra Mundial.
9. Jay C. Jensen, “L.D.S. Japanese Aid U.S. Soldiers”, Deseret News, 28 de novembro
de 1942, seção da Igreja, p. 1; Jay C. Jensen, diário, 7 de dezembro de 1941.
10. Israel, “Military Justice in Hawaii”, pp. 243–267; “Schools, Now Closed, Being Used
for Defense Purposes”, Honolulu Star-­Bulletin, 8 de dezembro de 1941, p. 7; Scheiber
e Scheiber, “Constitutional Liberty in World War II”, pp. 347, 354; Allen, Hawaii’s
War Years, pp. 90–91, 112–113, 360–361; “8 P.M. Curfew in Effect for Pedestrians”,
Honolulu Advertiser, 4 de fevereiro de 1942, p. 2; Wyatt Olson, “Exhibit Details
Martial Law in Hawaii Following Pearl Harbor Attack”, Stars and Stripes, 11 de janeiro
de 2017, https://www.stripes.com; Kimura, Issei, p. 225.
11. “Family Air Raid Shelter”, Honolulu Advertiser, 21 de janeiro de 1942, p. 1; Yukino N.
Fukabori, “Neighbors Pool Efforts, Build Air Raid Shelter”, Hilo (HI) Tribune Herald,
26 de janeiro de 1942, p. 1; Ikegami, diário, 11–25 de dezembro de 1941.
12. Missão Pacífico Central, atas gerais, 7 de dezembro de 1941, p. 67.
13. Dewey, Hübener vs Hitler, pp. 158–159.
14. Holmes e Keele, When Truth Was Treason, pp. 33–39, 191.
15. Schnibbe, The Price, pp. 27–37; Holmes e Keele, When Truth Was Treason, pp. 13, 49.
16. Schnibbe, The Price, p. 39; Holmes e Keele, When Truth Was Treason, p. 49; Doutrina
e Convênios 134:5; Regras de Fé 1:12.
17. Schnibbe, The Price, pp. 39–40; Holmes e Keele, When Truth Was Treason, pp. 38,
50; McDonough, Gestapo, pp. 57–58.
18. Schnibbe, The Price, p. 41; Holmes e Keele, When Truth Was Treason, p. 50.
19. Holmes e Keele, When Truth Was Treason, pp. 51–52; Schnibbe, The Price, pp. 41,
43–44.
20. Schnibbe, The Price, p. 44. 448

725
Notas das páginas 448–457

21. Amy Brown Lyman, “In Retrospect”, Relief Society Magazine, dezembro de 1942,
vol. 29, p. 840; Hall, Faded Legacy, pp. 126, 144.
448

22. Derr, Cannon e Beecher, Women of Covenant, p. 277; Heber J. Grant para Dessie
Grant Boyle, 21 de abril de 1941, Letterpress Copybook, vol. 79, p. 969; Heber J.
Grant para Frank W. Simmonds, 31 de dezembro de 1941, Letterpress Copybook,
vol. 80, p. 709, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja.
23. Dickinson, World in the Long Twentieth Century, pp. 163, 168–170, 175. Tópico: Amy
Brown Lyman.
24. “Notice to Church Officers”, Deseret News, 17 de janeiro de 1942, p. 1; “Boletim nº 24”,
19 de fevereiro de 1942, pp. 1–2, boletins da Sociedade de Socorro, Biblioteca de
História da Igreja.
25. Amy Brown Lyman, “In Retrospect”, Relief Society Magazine, dezembro de 1942,
vol. 29, p. 840; Hall, Faded Legacy, pp. 158–159; Derr, Cannon e Beecher, Women
of Covenant, p. 283. Tópicos: Sociedade de Socorro; Sociedade de Socorro
Feminina de Nauvoo.
26. “Boletim nº 24”, 19 de fevereiro de 1942, pp. 5–6, boletins da Sociedade de
Socorro, Biblioteca de História da Igreja.
27. Junta geral da Sociedade de Socorro, atas, 25 de fevereiro de 1942, pp. 27–28; Vera
White Pohlman, “Relief Society Celebrates Its Centennial”, Relief Society Magazine,
abril de 1942, vol. 29, p. 229.
28. “Relief Society Centennial Radio Broadcast”, Relief Society Magazine, abril de 1942,
vol. 29, pp. 248–250.
29. Amy Brown Lyman, “In Retrospect”, Relief Society Magazine, dezembro de 1942,
vol. 29, pp. 838–840; “Relief Society Centennial Radio Broadcast”, Relief Society
Magazine, abril de 1942, vol. 29, p. 250.
30. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 63–65, 78–80.
31. Minert, In Harm’s Way, pp. 399, 407; Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 81–84.
32. Overy, Third Reich, pp. 248–250, 259–260; Meyer e Galli, Under a Leafless Tree,
pp. 84–85; Winter, Great War and the British People, pp. 250–253; Pavalko e Elder,
“World War II and Divorce”, pp. 1214–1215.
33. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 63, 71, 84–91; 86, nota 1; Minert, In Harm’s
Way, pp. 410–411.
34. J. Reuben Clark Jr., em One Hundred Twelfth Annual Conference, p. 94; Primeira
Presidência, “Comunicado aos líderes da Igreja”, 17 de janeiro de 1942; Primeira
Presidência para presidentes de estaca, 14 de março de 1942, First Presidency
Letterpress Copybooks, vol. 117; Quinn, Elder Statesman, p. 97.
35. J. Reuben Clark Jr. para Henry B. Armes, 24 de dezembro de 1941; J. Reuben Clark Jr.
para Gordon S. Rentschler, 2 de janeiro de 1942; J. Reuben Clark Jr. para Gordon
Clark, 5 de janeiro de 1942, documentos de J. Reuben Clark Jr., BYU.
36. J. Reuben Clark Jr., em One Hundred Twelfth Annual Conference, pp. 91, 94.
37. Primeira Presidência para presidentes de missão, 14 de janeiro de 1942; Primeira
Presidência, “Comunicado aos líderes da Igreja”, 17 de janeiro de 1942; Primeira
Presidência para presidências de estaca, bispados, presidentes de ramo e presidentes
de missão, 23 de março de 1942, First Presidency Letterpress Copybooks, vol. 117;
Estaca Mount Graham, atas confidenciais, vol. 2, 28 de dezembro de 1941 e 8 de
fevereiro de 1942; Cowan, Church in the Twentieth Century, p. 182.
38. J. Reuben Clark Jr., em One Hundred Twelfth Annual Conference, pp. 93, 95; Fox,
J. Reuben Clark, pp. xiii–xv, 293–295.

Capítulo 28: Nossos esforços unificados

1. Kennedy, Freedom from Fear, pp. 615–627; Miller, World War II Cincinnati,
pp. 51–56; Knepper, Ohio and Its People, pp. 384–387. 457

726
Notas das páginas 458–464

2. “Mormons to Build Church on Old Herrmann Homesite”, Cincinnati Enquirer, 8


de janeiro de 1941, p. 10; Fish, Kramer e Wallis, History of the Mormon Church in
Cincinnati, pp. 66–68; Ramo Cincinnati, atas do comitê de construção, 14 de março
de 1941–23 de abril de 1941. 458

3. Bang, “Personal History of Paul and Connie Bang—1942 Forward”, p. 4; May, “Rosie
the Riveter Gets Married”, pp. 128–130; Paul Bang, cartão de alistamento militar, 16
de outubro de 1940, documentos de Paul e Cornelia T. Bang, Biblioteca de História
da Igreja; Milton Yarish Taylor, cartão de alistamento militar, 16 de outubro de 1940,
Estados Unidos, cartões de alistamento de rapazes para a Segunda Guerra Mundial,
disponível em ancestry.com.
4. Bang, “Personal History of Paul and Connie Bang—1942 Forward”, pp. 4–5; Vaughn
William Ball, em Ramo Cincinnati, registro de membros e crianças, nº 403; Ball,
memórias, parte 3, seção 4, 00:07:38–00:08:38.
5. Bang, “Personal History of Paul and Connie Bang—1942 Forward”, p. 4; Janet Taylor,
em Ramo Cincinnati, registro de membros e crianças, nº 375; Ball, memórias, parte 3,
seção 4, 00:08:38.
6. Ball, memórias, parte 3, seção 4, 00:08:38–00:09:08; “The Fixers”, fotografia,
documentos de Paul e Cornelia T. Bang, Biblioteca de História da Igreja.
7. Bang, “Personal History of Paul and Connie Bang—1942 Forward”, p. 4; Miller, World
War II Cincinnati, pp. 55–56.
8. Hugill, “Good Roads”, pp. 331–339, 342–343; Jakle and Sculle, Gas Station, pp. 49, 58,
131–133; Ball, memórias, parte 3, seção 4, 00:09:57–00:10:49.
9. Bang, “Personal History of Paul and Connie Bang—1942 Forward”, pp. 4–5; Taylor,
autobiografia, pp. 2–3; Viagem para Utah, fotografias; Charles V. Anderson para
Milton Taylor, 13 de janeiro de 1936; Charles V. Anderson para Milton Taylor, 24 de
fevereiro de 1937; Charles V. Anderson para George e Adeline Taylor, 30 de julho
de 1940, documentos de Paul e Cornelia T. Bang, Biblioteca de História da Igreja.
Tópico: Sede da Igreja.
10. Bang, “Personal History of Paul and Connie Bang—1942 Forward”, pp. 4–5; Taylor,
autobiografia, p. 2; Templo de Salt Lake, Investiduras próprias, 1893–1956, vols. H, I,
1º de maio de 1942, microfilmes 184.075 e 184.082; selamentos de casais vivos,
1893–1956, vol. E, 1º de maio de 1942, microfilme 1.239.572; selamentos de casais e
filhos, 1942–1970, vol. 3E/3F, 1º de maio de 1942, microfilme 1.063.709, coleção de
registros dos Estados Unidos e do Canadá, Biblioteca de História da Família.
11. Templo de Salt Lake, Investiduras para os mortos, 1893–1970, vols. 6U, 6Y, 4 de maio
de 1942, microfilmes 184.248 e 1.239.528, coleção de registros dos Estados Unidos
e do Canadá, Biblioteca de História da Família; Bang, “Personal History of Paul and
Connie Bang—1942 Forward”, p. 5. Tópicos: Templo de Salt Lake; Investidura no
templo; Selamento.
12. Vlam, Our Lives, p. 95; Vlam, History of Grace Alida Hermine Vlam, p. 7; Weinberg,
World at Arms, pp. 122–127.
13. Vlam, Our Lives, pp. 87–89; Weinberg, World at Arms, p. 122.
14. Vlam, Our Lives, pp. 87, 91, 95; Missão Holanda Amsterdam, história manuscrita e
relatórios históricos, 1939, 1941–1942, pp. 1, 9–12. Tópico: Holanda.
15. Vlam, Our Lives, pp. 64, 81, 91–95; Vlam, entrevista de maio de 2020, 01:00:25.
16. Vlam, History of Grace Alida Hermine Vlam, p. 8; Vlam, Our Lives, p. 95.
17. Vlam, History of Grace Alida Hermine Vlam, p. 8; Vlam, Our Lives, pp. 94–95, 158;
Vlam, entrevista de maio de 2020, 01:15:10; Vlam, “Answers to the Questions Posed”,
pp. 1–2.
18. Missão Pacífico Central, atas gerais, 5 de julho de 1942, p. 144.
19. Ikegami, memórias, p. 1; Allen, Hawaii’s War Years, pp. 90, 112–113, 360–361;
Ikegami, diário, 14 de janeiro de 1942; 19 de fevereiro de 1942; 5 e 6 de maio
de 1942; 25 de junho de 1942; 5 de julho de 1942. 464

727
Notas das páginas 473–473

20. Okihiro, Cane Fires, pp. 210–211; Jay C. Jensen, “L.D.S. Japanese Aid U.S. Soldiers”,
Deseret News, 28 de novembro de 1942, seção da Igreja, p. 1; Kennedy, Freedom from
Fear, pp. 748–751; Heimburger, “Remembering Topaz and Wendover”, pp. 148–150.
21. Knaefler, Our House Divided, p. 6; Odo, No Sword to Bury, pp. 2–3; Scheiber e
Scheiber, “Constitutional Liberty in World War II”, pp. 344, 350; Allen, Hawaii’s War
Years, pp. 134–137, 351.
22. Allen, Hawaii’s War Years, p. 91; Ikegami, diário, 24 de junho de 1942; Jay C. Jensen,
“L.D.S. Japanese Aid U.S. Soldiers”, Deseret News, 28 de novembro de 1942, seção da
Igreja, pp. 1, 6; “We’re United for Victory”, em Missão Pacífico Central, atas gerais,
verão de 1942, p. 149; ver também Akinaka, diário, 7–8 de dezembro de 1941 e 16
de junho de 1942.
23. Ikegami, diário, 5 de julho de 1942; John A. Widtsoe, em One Hundred Twelfth
Annual Conference, p. 33.
24. “We’re United for Victory”, em Missão Pacífico Central, atas gerais, verão de 1942,
p. 149; Jay C. Jensen, “L.D.S. Japanese Aid U.S. Soldiers”, Deseret News, 28 de
novembro de 1942, seção da Igreja, pp. 6, 8.
25. “We’re United for Victory”, em Missão Pacífico Central, atas gerais, verão de
1942, p. 149.
26. Schnibbe, The Price, pp. 45, 47–48; Holmes e Keele, When Truth Was Treason,
pp. 55–56.
27. Schnibbe, The Price, pp. 41–47; Holmes e Keele, When Truth Was Treason, p. 57.
28. Holmes e Keele, When Truth Was Treason, pp. 61–62, 66–67.
29. Schnibbe, The Price, pp. 36, 51–52; documento 52, em Holmes e Keele, When Truth
Was Treason, pp. 67–68, 221.
30. Schnibbe, The Price, p. 52; Holmes e Keele, When Truth Was Treason, p. 69.
31. Documento 52, em Holmes e Keele, When Truth Was Treason, pp. 69, 219; Schnibbe,
The Price, p. 54.
32. Holmes e Keele, When Truth Was Treason, pp. 69–71; Schnibbe, The Price, p. 55.
Tópico: Helmuth Hübener.
33. Documento 72, em Holmes e Keele, When Truth Was Treason, pp. 273–275; Dewey,
Hübener vs Hitler, p. 239.
34. Sommerfeld, entrevista, 2; documento 72, em Holmes e Keele, When Truth Was
Treason, pp. 273–274.
35. Nelson, Moroni and the Swastika, pp. 308–309; Sommerfeld, entrevista, pp. 9–10;
documento 72, em Holmes e Keele, When Truth Was Treason, p. 274; Schnibbe, The
Price, p. 31.
36. Documento 72, em Holmes e Keele, When Truth Was Treason, p. 274; Sommerfeld,
entrevista, pp. 4–5.
37. Sommerfeld, entrevista, p. 11; documento 65, em Holmes e Keele, When Truth Was
Treason, pp. 257–258; Nelson, Moroni and the Swastika, pp. 281, 307–309.
38. Documentos 65, 71 e 72, em Holmes e Keele, When Truth Was Treason, pp. 258, 272,
275; Keele e Tobler, “Mormons in the Third Reich”, p. 23; Sommerfeld, entrevista,
pp. 11–12.
39. Dewey, Hübener vs Hitler, p. 239; documento 61, em Holmes e Keele, When Truth
Was Treason, p. 240. A carta original foi perdida. As palavras de Helmuth foram
recitadas de memória por Marie Sommerfeld.
40. Vlam, Our Lives, pp. 95–97, 107.
41. Vlam, Our Lives, pp. 97, 99.
42. Vlam, Our Lives, p. 99; Vlam, History of Grace Alida Hermine Vlam, p. 9.
43. Vlam, History of Grace Alida Hermine Vlam, p. 9; Vlam, “Answers to the Questions
Posed”, pp. 1–2; Vlam, Our Lives, pp. 99, 101.
44. Vlam, Our Lives, pp. 99, 101.
45. Vlam, Our Lives, p. 101.
46. Vlam, Our Lives, p. 101. Tópico: Jejum. 473

728
Notas das páginas 474–479

Capítulo 29: Comigo vem morar

1. Mason, entrevista de história oral, pp. 10–11, 14–15; Hermansen, entrevista de história
oral, p. 46; Jennifer Middleton Mason, “Sisters of Cheltenham”, Ensign, outubro de
1996, p. 60. 474

2. Mason, entrevista de história oral, pp. 12–13; Jennifer Middleton Mason, “Sisters of
Cheltenham”, Ensign, outubro de 1996, pp. 59–60.
3. Donnelly, Britain in the Second World War, p. 103; Jennifer Middleton Mason, “Sisters
of Cheltenham”, Ensign, outubro de 1996, p. 60.
4. Jennifer Middleton Mason, “Sisters of Cheltenham”, Ensign, outubro de 1996, p. 60;
Mason, entrevista de história oral, pp. 11–12.
5. Jennifer Middleton Mason, “Sisters of Cheltenham”, Ensign, outubro de 1996, p. 60;
Mason, entrevista de história oral, pp. 11–12; Nellie Middleton para Carol C. Seal, 26
de março de 1945, documentos de Nellie Middleton e Jennifer M. Mason, Biblioteca
de História da Igreja; anotação de Ray Jay Hermansen, Ala Stratford, Estaca Grant,
em Ala Stratford, parte 1, segmento 1, coleção de registro de membros, Biblioteca de
História da Igreja; Ramo Cheltenham, atas, 20 de novembro de 1943.
6. Jennifer Middleton Mason, “Sisters of Cheltenham”, Ensign, outubro de 1996, p. 60;
“Apostle Vacancies Filled”, Millennial Star, outubro de 1943, vol. 105, p. 506; Kimball
e Kimball, Spencer W. Kimball, pp. 187–205; Santos, vol. 1, capítulo 24; Dew, Ezra
Taft Benson, pp. 49–65, 171–182. Tópicos: Quórum dos Doze; Periódicos da
Igreja.
7. Jennifer Middleton Mason, “Sisters of Cheltenham”, Ensign, outubro de 1996, p. 60;
Mason, entrevista de história oral, pp. 11–12, 24–25.
8. Nellie Middleton para Carol C. Seal, 26 de março de 1945, documentos de Nellie
Middleton e Jennifer M. Mason, Biblioteca de História da Igreja.
9. Santos, Memórias de Claudio M. dos Santos, p. 1; Woodworth, “Claudio Martins
dos Santos”, pp. 1–2; Santos, entrevista, p. 1.
10. Humphreys, Latin America and the Second World War, pp. 62–63; Grover, “Sprechen
Sie Portugiesisch?”, pp. 133–137; Grover, “Mormon Church and German Immigrants
in Southern Brazil”, pp. 302–303; J. Alden Bowers para a Primeira Presidência,
19 de dezembro de 1938; 23 de julho de 1941, arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja. Tópico: Brasil.
11. J. Alden Bowers para a Primeira Presidência, 23 de janeiro de 1939; 23 de julho de
1941, arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
Grover, “Sprechen Sie Portugiesisch?”, pp. 135–137; William W. Seegmiller, relatório
anual do presidente, Missão Brasileira, 1942, relatórios históricos, estatísticos e
financeiros do Bispado Presidente, Biblioteca de História da Igreja.
12. Relatório anual do presidente da missão, 1940, arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Humphreys, Latin America and the
Second World War, pp. 59–68; Lochery, Fortunes of War, pp. 165–179; J. Alden
Bowers para a Primeira Presidência, 25 de fevereiro de 1942, arquivos da missão
da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Missão Brasileira,
relatório anual, 1942, relatórios históricos, estatísticos e financeiros do Bispado
Presidente, Biblioteca de História da Igreja.
13. Sorensen, entrevista de história oral, p. 12; Sorensen, “Personal History”, p. 80; Missão
Brasil São Paulo Norte, história manuscrita, vol. 1, parte 2, Distrito de Porto Alegre, 19
de agosto de 1942; Howells, entrevista de história oral, p. 37; Grover, “Mormonism in
Brazil”, p. 61.
14. Woodworth, “Claudio Martins dos Santos”, p. 3. 479

15. Grover, “Mormonism in Brazil”, p. 62; Missão Brasil São Paulo Norte, história
manuscrita, vol. 1, parte 1, Distrito Rio de Janeiro, 7 de julho de 1941; William W.
Seegmiller para Sailor e Bonnie Seegmiller, 12 de janeiro de 1943, correspondência
de William Seegmiller, Biblioteca de História da Igreja; William W. Seegmiller

729
Notas das páginas 480–490

para a Primeira Presidência, 28 de janeiro de 1944, correspondência da Missão


Brasileira, Biblioteca de História da Igreja.
480

16. Woodworth, “Claudio Martins dos Santos”, pp. 1–2; Santos, entrevista, p. 2; Santos,
Memórias de Claudio M. dos Santos, p. 2; Claudio Martins dos Santos, certificado de
batismo, 16 de janeiro de 1944; Maria José Daniel Martins, certificado de batismo, 16
de janeiro de 1944, Distrito de São Paulo, Missão Brasileira, certificados de batismo
de Claudio e Mary dos Santos, Biblioteca de História da Igreja; William W. Seegmiller
para a Primeira Presidência, 28 de janeiro de 1944, correspondência da Missão
Brasileira, Biblioteca de História da Igreja.
17. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 95–96, 100.
18. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 97–100.
19. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 101–102; Meyer, entrevista, 2016, p. 20.
20. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 92–93.
21. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 16, 102; “É tarde, a noite logo vem”, Hinos,
nº 96; Meyer, entrevista, 2016, pp. 20–22.
22. Meyer, entrevista, 2016, pp. 22–23; Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, p. 102.
23. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 44, 103–104, 105.
24. Santos, Memórias de Claudio M. dos Santos, p. 2; Woodworth, “Claudio Martins dos
Santos”, p. 2; Santos, entrevista, p. 2.
25. Woodworth, “Claudio Martins dos Santos”, p. 2; Santos, Memórias de Claudio M.
dos Santos, p. 2; Santos, entrevista, p. 2; Claudio Martins dos Santos, certificado de
ordenação, 30 de janeiro de 1944, Distrito de São Paulo, Missão Brasileira, certificados
de batismo de Claudio e Mary dos Santos, Biblioteca de História da Igreja.
26. Woodworth, “Claudio Martins dos Santos”, p. 2; Santos, Memórias de Claudio M.
dos Santos, pp. 2–3; Santos, entrevista, pp. 2, 5; William W. Seegmiller para a Primeira
Presidência, 11 de janeiro de 1943, correspondência da Missão Brasileira, Biblioteca
de História da Igreja.
27. Santos, Memórias de Claudio M. dos Santos, pp. 3–4; Woodworth, “Claudio Martins
dos Santos”, pp. 2–3; Santos, entrevista, pp. 2–3, 5.
28. Anotação de Mary Jennifer Middleton, Ramo Cheltenham, conferência de Bristol, na
Inglaterra (país), parte 12, coleção de registro de membros, Biblioteca de História da
Igreja; Jennifer Middleton Mason, “Sisters of Cheltenham”, Ensign, outubro de 1996,
pp. 59–60; Mason, entrevista de história oral, pp. 31, 33.
29. Mason, entrevista de história oral, pp. 33–35, 41, 43, 46, 54; Andre K. Anastasion Sr.,
“Survival of the British Mission during World War II”, Improvement Era, abril de 1969,
vol. 72, p. 63; Brown, Abundant Life, pp. 101–102.
30. Mason, entrevista de história oral, pp. 35–36; Campbell e Poll, Hugh B. Brown, pp.
120–140, 164–176, 235.
31. Mason, entrevista de história oral, pp. 36–37; Jennifer Middleton Mason para Dallin
Morrow, e-­mail, 28 de junho de 2017, documentos de Nellie Middleton e Jennifer M.
Mason, Biblioteca de História da Igreja.
32. Manual do Missionário, p. 134.
33. Mason, entrevista de história oral, pp. 33, 36–37; Jennifer Middleton Mason para
Dallin Morrow, e-­mail, 28 de junho de 2017, documentos de Nellie Middleton e
Jennifer M. Mason, Biblioteca de História da Igreja.
34. Maxwell, história pessoal, caixa 1, pastas 2, 7; Maxwell, entrevista de história oral,
1976–1977, pp. 112, 114; Maxwell, entrevista de história oral, 1999–2000, p. 27; Hafen,
Disciple’s Life, pp. 96–97.
35. Weinberg, World at Arms, pp. 676–702; Overy, Third Reich, pp. 328–329; Maxwell,
entrevista de história oral, 1999–2000, pp. 27–28. Tópico: Segunda Guerra
Mundial.
36. Hafen, Disciple’s Life, p. 97.
37. Maxwell, entrevista de história oral, 1999–2000, p. 28; “Servicemen’s Book Ready”,
Deseret News, 17 de abril de 1943, seção da Igreja, pp. 1–2; Principles of the Gospel, p.
ii.490

730
Notas das páginas 490–502

38. Maxwell, entrevista de história oral, 1976–1977, pp. 112–113, 115; Maxwell, história
pessoal, caixa 1, pasta 2, p. 6; pasta 3, p. 9; Hafen, Disciple’s Life, pp. 89–91. 490

39. Allison, Destructive Sublime, pp. 61–94; Neal A. Maxwell para Clarence Maxwell
e Emma Ash Maxwell, 18 de setembro de 1944; 2 de novembro de 1944,
correspondência de Neal A. Maxwell da Segunda Guerra Mundial, Biblioteca de
História da Igreja.
40. Maxwell, história pessoal, caixa 1, pasta 3, p. 9; Maxwell, entrevista de história oral,
1976–1977, p. 116; Maxwell, entrevista de história oral, 1999–2000, pp. 28–29; Neal A.
Maxwell para Clarence Maxwell e Emma Ash Maxwell, 18 de setembro de 1944,
correspondência de Neal A. Maxwell da Segunda Guerra Mundial, Biblioteca de
História da Igreja.
41. Maxwell, entrevista de história oral, 1976–1977, p. 116; Hafen, Disciple’s Life, p. 98.

Capítulo 30: Tanta tristeza

1. Ver Kershaw, The End, pp. 129–134, 155–161, 167–182; e Weinberg, World at Arms,
pp. 765–771.
2. Minert, In Harm’s Way, pp. 17, 20–21, 25, 27–33; Meyer e Galli, Under a Leafless Tree,
pp. 107, 110; Meyer, Entrevista, 2016, p. 16.
3. Meyer, Entrevista, 2016, pp. 8–13; Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, p. 108;
Kershaw, The End, pp. 172–176; Minert, In Harm’s Way, p. 328.
4. Mawdsley, World War II, p. 403; Weinberg, World at Arms, pp. 819–824; Meyer e
Galli, Under a Leafless Tree, pp. 105, 110–112; Meyer, Entrevista, 2016, p. 15; Mateus
18:20.
5. Minert, In Harm’s Way, pp. 44–45, 52; Meyer, Entrevista, 2016, pp. 4, 15–17; Meyer e
Galli, Under a Leafless Tree, pp. 112, 187–188.
6. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 188–191; Birth, Diário da missão, 21 de abril
de 1945; Minert, In Harm’s Way, p. 70; Large, Berlin, pp. 374–376; Moorhouse, Berlin
at War, pp. 375–379; ver também Naimark, Russians in Germany, pp. 10–17, 20–21,
78–85, 92–93, 100–101. Tópico: Jejum.
7. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, p. 191; Weinberg, World at Arms, p. 825; Overy,
Third Reich, pp. 359–365; Antill, Berlim 1945, pp. 80–81; Large, Berlin, p. 364.
8. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 108, 117–118, 191.
9. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 114, 194–195; Doutrina e Convênios 78:19.
10. Overy, Third Reich, p. 365; Maxwell, História pessoal, caixa 1, pasta 3, p. 10. Tópico:
Segunda Guerra Mundial.
11. Spector, Eagle against the Sun, pp. 532–540; Costello, Pacific War, pp. 554–561;
Hafen, Disciple’s Life, pp. 103–105.
12. Maxwell, História pessoal, caixa 1, pasta 3, p. 10; Hafen, Disciple’s Life, pp. 102, 105.
13. Maxwell, História pessoal, caixa 1, pasta 3, pp. 10–11; Maxwell, Entrevista de história
oral, 1976–1977, p. 117; Hafen, Disciple’s Life, pp. 106–107.
14. Maxwell, Entrevista de história oral, 1976–1977, p. 117; Maxwell, História pessoal,
caixa 1, pasta 3, pp. 11–12; Hafen, Disciple’s Life, pp. 107–109, 112; Freeman e Wright,
Saints at War, p. 358.
15. Hafen, Disciple’s Life, pp. 109–110; Maxwell, História pessoal, caixa 1, pasta 3, pp. 10,
12; Maxwell, Ditado, p. 3. Tópico: Bênçãos patriarcais.
16. Hafen, Disciple’s Life, p. 112; Neal A. Maxwell para Clarence Maxwell e Emma Ash
Maxwell, 1º de junho de 1945, Correspondência de Neal A. Maxwell sobre a Segunda
Guerra Mundial, Biblioteca de História da Igreja.
17. Wachsmann, Nazi Concentration Camps, pp. 595–597; Bischof e Stelzl-­Schu, “Lives
behind Barbed Wire”, pp. 330–331, 338–339; Vlam, Our Lives, pp. 107, 109. 502

731
Notas das páginas 503–511

18. Vlam, Our Lives, pp. 105, 108; Vlam, History of Grace Alida Hermine Vlam, pp. 9, 11;
Gordon B. Hinckley, “War Prisoner Teaches Truth to Officers”, Deseret News, 30 de
março de 1949, seção da Igreja, p. 14. 503

19. Vlam, Our Lives, p. 107.


20. Maxwell, História pessoal, caixa 1, pasta 3, p. 13; Spector, Eagle against the
Sun, p. 540; Mawdsley, World War II, p. 412; Weinberg, World at Arms, p. 882.
Tópico: Filipinas.
21. Hafen, Disciple’s Life, p. 114.
22. Maxwell, Entrevista de história oral, 1999–2000, p. 31; Maxwell, História pessoal, caixa
1, pasta 3, p. 13. Tópico: Ramos de militares.
23. Ver Heber J. Grant para Francesca Hawes, 6 de dezembro de 1944, Letterpress
Copybook, vol. 83, p. 271, Heber J. Grant Collection, Biblioteca de História da Igreja;
Heber J. Grant para M. J. Abbey, 22 de janeiro de 1945, Arquivos de Correspondência
Geral da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Clark, Diário, 4 e
25 de fevereiro de 1945; 11 de março de 1945; Heber J. Grant, em One Hundred
Eleventh Semi-­annual Conference, pp. 95–97, 130–134; One Hundred Twelfth Annual
Conference, pp. 2–11, 97; One Hundred Fourteenth Annual Conference, pp. 3–12; e
One Hundred Fifteenth Annual Conference, pp. 4–10.
24. Atestado de óbito de Heber J. Grant, 14 de maio de 1945, Utah Department of Health,
Office of Vital Records and Statistics, Utah State Archives and Records Service, Salt
Lake City. Tópicos: Heber J. Grant; George Albert Smith.
25. Costello, Pacific War, pp. 589–593; Spector, Eagle against the Sun, pp. 554–556;
Maxwell, Entrevista de história oral, 1999–2000, pp. 30–31; Hafen, Disciple’s Life,
p. 118.
26. Spector, Eagle against the Sun, pp. 559–560; Hafen, Disciple’s Life, pp. 117–118.
Tópico: Segunda Guerra Mundial.
27. J. Reuben Clark Jr., Heber J. Grant, em One Hundred Fifteenth Annual Conference,
pp. 3–4, 6–7.

Capítulo 31: No caminho certo

1. George Albert Smith, em One Hundred Sixteenth Semi-­annual Conference,


pp. 169–170; “Pres. Smith Gives Keynote to Sessions”, Deseret News, 29 de
setembro de 1945, seção da Igreja, p. 1. Tópico: George Albert Smith.
2. Bryant S. Hinckley, “Greatness in Men”, Improvement Era, março de 1932, vol. 35,
pp. 269–272, 295–296; Whitney, Through Memorys Halls, p. 309; Preston Nibley,
“President George Albert Smith”, Relief Society Magazine, julho de 1945, vol. 32,
pp. 390–391.
3. Primeira Presidência para Marion G. Romney, 12 de julho de 1945, First Presidency
Letterpress Copybooks, vol. 131; George Albert Smith, Diário, 18 de outubro de 1945;
Widtsoe, Diário, 18 de outubro de 1945; Gibbons, George Albert Smith, p. 296.
4. “Pres. Smith in East on Mission of Mercy”, Deseret News, 10 de novembro de 1945,
seção da Igreja, p. 1.
5. George Albert Smith, Diário, 2–7 de novembro de 1945; Widtsoe, Diário, 2–7 de
novembro de 1945; George Albert Smith, em One Hundred Eighteenth Semi-­annual
Conference, pp. 5–6; Gibbons, George Albert Smith, p. 298.
6. Gibbons, George Albert Smith, p. 298; George Albert Smith, em One Hundred
Eighteenth Semi-­annual Conference, p. 6.
7. George Albert Smith, em One Hundred Eighteenth Semi-­annual Conference, p. 6;
“Pres. Smith Returns from Successful Trip to Capital”, Deseret News, 17 de novembro
de 1945, seção da Igreja, pp. 1, 7; “Trademarks of Elder Anderson”, Deseret News, 25
de abril de 1970, seção da Igreja, p. 3; Anderson, Prophets I Have Known, p. 103. 511

732
Notas das páginas 512–518

8. George Albert Smith, Diário, 2 e 3 de novembro de 1945; George Albert Smith, em


One Hundred Eighteenth Semi-­annual Conference, p. 6. 512

9. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 108, 113, 117, 118, 123, 139; Minert, In
Harm’s Way, pp. 523–525; Minert, Under the Gun, pp. 495, 503–504; Scharffs,
Mormonism in Germany, p. 117; Minert, “Succession in German Mission Leadership”,
pp. 556, 558–561; Paul Langheinrich, Statement, 21 de fevereiro de 1971, na Missão
Alemanha Hamburgo, Manuscript History and Historical Reports, vol. 1, 20 de
fevereiro de 1943; Slaveski, Soviet Occupation of Germany, p. 151; Gross, Myth and
Reality of German Warfare, pp. 19–20. Tópico: Alemanha.
10. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 101–103, 123.
11. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 113, 115–116, 117; Paul Langheinrich,
Statement, 21 de fevereiro de 1971, na Missão Alemanha Hamburgo, Manuscript
History and Historical Reports, vol. 1, 20 de fevereiro de 1943.
12. Birth, Diário da missão, 14 e 21 de janeiro de 1946; Meyer e Galli, Under a Leafless
Tree, p. 118; Kuehne, Mormons as Citizens of a Communist State, p. 365.
13. Ranglack, Langheinrich e Neuman, “First Trip thru the Mission”, pp. 1–3; Ranglack,
Langheinrich e Neuman, “Second Trip thru the Mission”, pp. 1–4; “Report on the East
German Mission as of 10 August 1945”, pp. 1–4; Kuehne, Mormons as Citizens of a
Communist State, pp. 360–366; Birth, Diário da missão, 22 de janeiro de 1946.
14. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, p. 120; Birth, Diário da missão, 26 de janeiro de
1946; Kuehne, Mormons as Citizens of a Communist State, p. 365.
15. Maxwell, História pessoal, caixa 1, pasta 3, p. 14; Takagi, Trek East, p. 292; Clapson,
Blitz Companion, pp. 97–118; Maxwell, Entrevista de história oral, 1999–2000, p. 32.
16. Maxwell, História pessoal, caixa 1, pasta 3, p. 14; Maxwell, Entrevista de história oral,
1999–1977, pp. 32–34.
17. Neal A. Maxwell para Clarence Maxwell e Emma Ash Maxwell, 2 de maio de 1946,
Correspondência de Neal A. Maxwell sobre a Segunda Guerra Mundial, Biblioteca de
História da Igreja.
18. Maxwell, Entrevista de história oral, 1999–2000, pp. 33–34; Neal A. Maxwell para
“Querida família”, 27 de março de 1946, Correspondência de Neal A. Maxwell sobre
a Segunda Guerra Mundial, Biblioteca de História da Igreja.
19. Takagi, Trek East, pp. 294–295; Boone, “Roles of The Church of Jesus Christ of
Latter-­day Saints in Relation to the United States Military”, pp. 655–665; “Reunions
Slated during Conference”, Deseret News, 2 de outubro de 1946, p. 12; “Okinawa
Gathering in Castle”, Deseret News, 21 de julho de 1945, seção da Igreja, p. 1; William
Mulder, “Okinawa Conference”, Improvement Era, dezembro de 1945, vol. 48,
pp. 734, 769; “Servicemen Report Okinawa Activities”, Deseret News, 16 de fevereiro
de 1946, seção da Igreja, p. 9; Maxwell, Entrevista de história oral, 1999–2000, p. 32;
Ricks, “Chaplain’s Diary”, pp. 461–465.
20. Takagi, Trek East, p. 293; Britsch, From the East, pp. 82–85; Allred, “Missionary Role of
LDS Servicemen in Occupied Japan”, pp. 63–65; Maxwell, Entrevista de história oral,
1999–2000, pp. 31–32. Tópicos: Japão; Ramos de militares.
21. Maxwell, Entrevista de história oral, 1999–2000, p. 31; Maxwell, História pessoal, caixa
1, pasta 3, pp. 12–13; Hafen, Disciple’s Life, p. 125.
22. Neal A. Maxwell para “Dearest Ones”, 1945, Correspondência de Neal A. Maxwell
sobre a Segunda Guerra Mundial, Biblioteca de História da Igreja.
23. Slaveski, Soviet Occupation of Germany, pp. xii, 37; [Paul Langheinrich] para
Georgy K. Zhukov, 9 de agosto de 1945, cópia, na Missão Alemanha Hamburgo,
Manuscript History and Historical Reports, vol. 1, 9 de agosto de 1945; “Report on the
East German Mission as of 10 August 1945”, p. 1; Kuehne, Mormons as Citizens of a
Communist State, p. 384; Allen, Embry e Mehr, Hearts Turned to the Fathers, p. 225;
Paul Langheinrich, “Yesterday and Today”, Improvement Era, setembro de 1946,
vol. 49, p. 569.518

733
Notas das páginas 518–523

24. Vasily D. Sokolovsky para Richard Ranglack, 16 de agosto de 1945, na Missão


Alemanha Hamburgo, Manuscript History and Historical Reports, vol. 1, 16 de
agosto de 1945. 518

25. Paul Langheinrich, “Report of Procurement of Church Records, Films and


Photocopies”, Missão Alemanha Hamburgo, Manuscript History and Historical
Reports, vol. 1, 16 de agosto de 1945; Kahlile Mehr, “Langheinrich Legacy”, Ensign,
junho de 1981, pp. 23–24; Allen, Embry e Mehr, Hearts Turned to the Fathers, p. 226;
Kuehne, Mormons as Citizens of a Communist State, p. 386.
26. Paul Langheinrich, “Report of Procurement of Church Records, Films and
Photocopies”, Missão Alemanha Hamburgo, Manuscript History and Historical
Reports, vol. 1, 16 de agosto de 1945; Corbett, “Records from the Ruins”, pp. 12–13.
27. Allen, Embry e Mehr, Hearts Turned to the Fathers, pp. 226–227.
28. Paul Langheinrich, “Report of Procurement of Church Records, Films and
Photocopies”, Missão Alemanha Hamburgo, Manuscript History and Historical
Reports, vol. 1, 16 de agosto de 1945; Allen, Embry e Mehr, Hearts Turned to the
Fathers, p. 226.
29. Paul Langheinrich, “Report of Procurement of Church Records, Films and
Photocopies”, Missão Alemanha Hamburgo, Manuscript History and Historical
Reports, vol. 1, 16 de agosto de 1945; Kuehne, Mormons as Citizens of a Communist
State, pp. 385–387; Kahlile Mehr, “Langheinrich Legacy”, Ensign, junho de 1981, p. 23.
30. Corbett, “Records from the Ruins”, p. 16; Paul Langheinrich, “Report of Procurement
of Church Records, Films and Photocopies”, Missão Alemanha Hamburgo, Manuscript
History and Historical Reports, vol. 1, 16 de agosto de 1945. Tópico: História da
família e genealogia.
31. George Albert Smith, Diário, 22 de maio de 1946; Pierce, “Story of the Third
Convention”, pp. 4–5; Pérez de Lara, “Temple of the Sun”, pp. 36–41; “An American
Pyramid”, Brooklyn (NY) Daily Eagle, 25 de agosto de 1935, p. B11.
32. Pierce, “Story of the Third Convention”, p. 5; Carmen Richardson, “1.200 Mexican
Members Return to Church during Pres. Smith’s Visit”, Deseret News, 15 de junho
de 1946, seção da Igreja, p. 1; “Vida e ministério de George Albert Smith”, em
Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: George Albert Smith, pp. xxii–xlii; Tullis,
Mormons in Mexico, pp. 139, 145, 150–151, 157. Tópico: Terceira Convenção.
33. Pierce, “Story of the Third Convention”, p. 1; Arwell L. Pierce, Bênção, 13 de agosto
de 1942, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
34. Pulido, “Solving Schism in Nepantla”, pp. 92, 95–96; Tullis, Mormons in Mexico,
pp. 148, 150–152; Arwell L. Pierce para a Primeira Presidência, 9 de novembro de
1942, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
35. Arwell L. Pierce para a Primeira Presidência, 8 de março de 1943–A; 8 de março de
1943–B; 9 de abril de 1945; 10 de outubro de 1945; Primeira Presidência para Arwell
L. Pierce, 19 de abril de 1943–A; 19 de abril de 1943–B; 29 de novembro de 1943,
Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Pulido,
“Solving Schism in Nepantla”, p. 97; Mexican Mission Manuscript History, 31 de
março de 1943.
36. Pulido, “Solving Schism in Nepantla”, pp. 96–97.
37. Arwell L. Pierce para a Primeira Presidência, 10 de abril de 1946; Primeira Presidência
para Abel Páez, 9 de maio de 1946, Arquivos da missão da Primeira Presidência,
Biblioteca de História da Igreja; Tullis, “Shepherd to Mexico’s Saints”, pp. 139–146.
38. George Albert Smith, Diário, 21 e 22 de maio de 1946; Pierce, “Story of the Third
Convention”, p. 5; Herrera, Historia del Mormonismo en Mexico, pp. 80–81.
39. Arwell L. Pierce para J. Reuben Clark e David O. McKay, 6 de junho de 1946,
Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Bravo,
Entrevista de história oral, p. 28; George Albert Smith, Diário, 25 de maio de 1946;
Carmen Richardson, “1.200 Mexican Members Return to Church during Pres. Smith’s
Visit”, Deseret News, 15 de junho de 1946, seção da Igreja, p. 1.
523

734
Notas das páginas 523–527

40. Arwell L. Pierce para J. Reuben Clark e David O. McKay, 6 de junho de 1946,
Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja. 523

Capítulo 32: Irmãos e irmãs

1. Ezra Taft Benson, “European Mission Report #19”, 7 de agosto de 1946, pp. 1, 3,
Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Benson,
Diário, 1º e 4 de agosto de 1946; Babbel, Entrevista de história oral, p. 6; “Elder
Benson Reports First Visit to Poland”, Deseret News, 17 de agosto de 1946, seção da
Igreja, pp. 1, 8, 12; Minert, In Harm’s Way, p. 310; “Selbongen durante a Segunda
Guerra Mundial”, Histórias do mundo, ChurchofJesusChrist.org/study/history/
global-­histories.
2. Ezra Taft Benson, “Report on the European Mission #1”, 26 de janeiro–11 de fevereiro
de 1946, pp. 1–2, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História
da Igreja; “Elder Benson Prepares to Preside in European Mission”, Deseret News, 19
de janeiro de 1946, seção da Igreja, p. 1; Dew, Ezra Taft Benson, p. 198.
3. Ezra Taft Benson, “Report on the European Mission #7”, 24 de março de 1946,
pp. 1–3, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da
Igreja; Bergera, “Ezra Taft Benson’s 1946 Mission”, p. 82, tabela 2.
4. Ezra Taft Benson para a Primeira Presidência, 23 de março de 1946, Arquivos da
missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Corbett, “Records
from the Ruins”, pp. 13–16; Ezra Taft Benson, “Report on the European Mission #5”,
20 de março de 1946, pp. 1–3, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca
de História da Igreja; Genealogical Society of Utah Board of Trustees, Atas, 15 de abril
de 1947; Kuehne, Mormons as Citizens of a Communist State, pp. 14–16, 33.
5. Relief Society General Board, Atas, 12 de dezembro de 1945; Sociedade de Socorro
para presidentes de ala, 21 de novembro de 1945, em First Presidency and Welfare
Committee Minutes, Biblioteca de História da Igreja; First Presidency and Welfare
Committee, Atas, 16 de novembro de 1945; 14 e 21 de dezembro de 1945; 11 e 31 de
janeiro de 1946. Tópico: Programas de bem-­estar.
6. “Continued War Services”, Relief Society Magazine, agosto de 1945, vol. 32, p. 484; ver
também “Church Welfare Service”, Relief Society Magazine, setembro de 1946, vol. 33,
p. 620. Tópico: Sociedade de Socorro.
7. European Mission History, 22 de outubro de 1946, p. 83; Ezra Taft Benson para a
Primeira Presidência, 16 de março de 1946, pp. 1–2; Ezra Taft Benson, “European
Mission Report #19”, 7 de agosto de 1946, pp. 2–5, Arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Minert, In Harm’s Way, pp. 314–316.
8. Babbel, Nas Asas da Fé, pp. 110–112; Benson, Diário, 29 e 30 de julho de 1946; 1º e
4 de agosto de 1946; ver também Frederick Babbel, “‘And None Shall Stay Them’”,
Instructor, agosto de 1969, vol. 104, pp. 268–269. Tópico: Polônia.
9. Ezra Taft Benson, “European Mission Report #19”, 7 de agosto de 1946, p. 1, Arquivos
da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Benson, Diário,
4 de agosto de 1946; Babbel, Nas Asas da Fé, p. 121; Ezra Taft Benson, “European
Mission Report #19”, 7 de agosto de 1946, p. 1, Arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja; “Selbongen durante a Segunda Guerra
Mundial”, Histórias do mundo, ChurchofJesusChrist.org/study/history/global-­histories.
10. Benson, Diário, 4 de agosto de 1946; Ezra Taft Benson, “European Mission
Report #19”, 7 de agosto de 1946, pp. 1–2, Arquivos da missão da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Minert, In Harm’s Way, pp. 314–316. 527

11. Benson, Diário, 4 de agosto de 1946; Ezra Taft Benson, “European Mission Report
#19”, 7 de agosto de 1946, p. 1, Arquivos da missão da Primeira Presidência,
Biblioteca de História da Igreja; Ezra Taft Benson para a Primeira Presidência,

735
Notas das páginas 527–537

7 de agosto de 1946, p. 2, Arquivos de correspondência de Ezra Taft Benson,


Biblioteca de História da Igreja; Ramo Selbongen, Atas gerais, 4 de agosto de 1896. 527

12. Ezra Taft Benson, “European Mission Report #20”, 24 de agosto de 1946, p. 2,
Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; ver
também “Red Cross to Cooperate in Distribution of Supplies”, Deseret News, 7 de
setembro de 1946, seção da Igreja, pp. 1, 9.
13. Collette, Collette Family History, pp. 232, 235, 245, 250; Babbel, Nas Asas da Fé,
pp. 84–85.
14. Minert, Under the Gun, pp. 456, 467–470, 473; Hatch, Cziep Family History, pp. 87,
98, 202, 303–305; Collette, Collette Family History, pp. 202–226; Lewis, Workers and
Politics in Occupied Austria, capítulo 3; Taggart, “Notes on the Life of Scott Taggart”,
pp. 31–32. Tópico: Áustria.
15. Collette, Collette Family History, pp. 256–257.
16. Marion G. Romney para a Primeira Presidência, 24 de outubro de 1946, Arquivos de
administração geral da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Plano
anual de bem-­estar da Igreja, 1946, p. 259, Documentos da região do norte de Utah,
Biblioteca de História da Igreja; Missão Europeia, Relatórios históricos, p. 92; Collette,
Collette Family History, pp. 257–258.
17. “President Benson Dedicates Finland for Preaching Gospel”, Deseret News, 10 de
agosto de 1946, seção da Igreja, pp. 1, 9, 12; “Letter Tells of Activity and Progress in
Finland”, Deseret News, 8 de março de 1947, seção da Igreja, p. 6; “Wartime Swedish
Mission Head Sees Bright Future in Finland”, Deseret News, 5 de julho de 1947, seção
da Igreja, p. 1; Eben Blomquist para a Primeira Presidência, 30 de janeiro de 1947,
Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
Tópicos: Finlândia; Suécia.
18. Collette, Collette Family History, pp. 258–261, 320; Taggart, Entrevista de história
oral, pp. 61, 63, 73; apêndice, pp. 25–26; “20 Austrian Children Sent to Swiss Saints”,
Deseret News, 17 de maio de 1947, seção da Igreja, p. 9; ver também Missão Suíça
Zurique, Manuscript History and Historical Reports, vol. 12, 17 de maio de 1947.
19. Collette, Collette Family History, pp. 320, 322; Taggart, Diário, 3, 9 e 11 de abril de
1947. Tópico: Suíça.
20. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 127–130, 135.
21. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 127, 130, 142; Meyer, Entrevista, 2017, p. 2.
22. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 129, 135–138, Meyer, Entrevista, 2017, p. 2.
23. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, p. 132.
24. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, pp. 132–134; Meyer, Entrevista, 2017, p. 1.
Tópico: Palavra de Sabedoria (D&C 89).
25. Hatch, Cziep Family History, pp. 104–105; “Austrian Saints Hold Centennial Fete”,
Deseret News, 20 de setembro de 1947, seção da Igreja, p. 9; Minert, Against the Wall,
pp. ix–xiv, 42, 187.
26. Hatch, Cziep Family History, p. 104; “Austrian Saints Hold Centennial Fete”, Deseret
News, 20 de setembro de 1947, seção da Igreja, p. 9; “Vinde, ó santos”, Hinos, nº 20.
Tópicos: Jornada dos pioneiros; Áustria.
27. Vlam, Our Lives, pp. 117–119, 121, 123; De Wolff e Driehuis, “Description of Post War
Economic Developments”, p. 13; anotação de Ruurd Hut, Ramo Amsterdã, nº 240, em
Países Baixos (País), parte 2, Record of Members Collection, Biblioteca de História da
Igreja.
28. De Wolff e Driehuis, “Description of Post War Economic Developments”, p. 13;
William G. Hartley, “War and Peace and Dutch Potatoes”, Ensign, julho de 1978, p. 19;
Vlam, Entrevista, 2013, pp. 5, 7; That We Might Be One: The Story of the Dutch Potato
Project, Vídeo, [00:00:16]–[00:01:09]; Minutes of the European Mission Presidents’s
Meeting, 5 de julho de 1950, p. 6, John A. Widtsoe Papers, Biblioteca de História da
Igreja. Tópico: Países Baixos. 537

736
Notas das páginas 537–542

29. William G. Hartley, “War and Peace and Dutch Potatoes”, Ensign, julho de 1978, pp.
19–20; Missão Europeia, Relatórios históricos, p. 169; Vlam, Entrevista, junho de 2020,
[00:01:12]–[00:02:48].
537

30. Vlam, Our Lives, p. 121; Stam, Entrevista de história oral, p. 27; William G. Hartley,
“War and Peace and Dutch Potatoes”, Ensign, julho de 1978, p. 20; “Dutch Mission
Head Tells Story”, Deseret News, 6 de dezembro de 1947, seção da Igreja, p. 1.
31. William G. Hartley, “War and Peace and Dutch Potatoes”, Ensign, julho de 1978,
pp. 20–21; Babbel, Nas Asas da Fé, pp. 64–65; Vlam, Our Lives, p. 121; Vlam,
Entrevista, 2013, pp. 5–6, 8; Allart, Autobiografia, p. 19.
32. Vlam, Entrevista, 2013, pp. 6, 8, 11; “Dutch Mission Leader Tells of Welfare Potatoes”,
Deseret News, 6 de dezembro de 1947, seção da Igreja, pp. 6–7; Vlam, Our Lives,
p. 121; Allart, Autobiografia, p. 19; Stam, Entrevista de história oral, p. 32; Minutes
of the European Mission Presidents’s Meeting, 5 de julho de 1950, p. 6, John A.
Widtsoe Papers, Biblioteca de História da Igreja.
33. William G. Hartley, “War and Peace and Dutch Potatoes”, Ensign, julho de 1978, p.
21; “Dutch Mission Leader Tells of Welfare Potatoes”, Deseret News, 6 de dezembro de
1947, seção da Igreja, pp. 6–7; Missão Europeia, Relatórios históricos, p. 169; Missão
Holanda Amsterdã, Manuscript History and Historical Reports, 6 de novembro de
1947; Stover, Entrevista de história oral, 1975, pp. 1–2; Stover, Entrevista de história
oral, 1976, p. 56.
34. “Dutch Mission Head Tells Story”, Deseret News, 6 de dezembro de 1947, seção da
Igreja, p. 1.

Capítulo 33: A mão de nosso Pai

1. Anderson, Cherry Tree behind the Iron Curtain, pp. 1, 43–50; Mehr, “Czechoslovakia
and the LDS Church”, pp. 140–141; Heimann, Tchecoslováquia, pp. 171–175;
Woodger, Mission President or Spy, pp. 158, 161, 175–177; Dunbabin, Cold War,
pp. 142–159; “Historical Report of the Czechoslovak Mission”, 30 de junho de 1949,
pp. 13–14, Missão Tchecoslováquia, Manuscript History and Historical Reports,
Biblioteca de História da Igreja.
2. Anderson, Cherry Tree behind the Iron Curtain, pp. 13, 15; Mehr, “Czechoslovakia
and the LDS Church”, pp. 116, 132, 134–137; “Historical Report of the Czechoslovak
Mission”, 31 de dezembro de 1939, pp. 8–12, Missão Tchecoslováquia, Manuscript
History and Historical Reports, Biblioteca de História da Igreja.
3. Mehr, “Czechoslovakia and the LDS Church”, pp. 137–139; Hoyt Palmer, “Salt of the
Earth”, Deseret News, 14 de fevereiro de 1951, seção da Igreja, pp. 7, 13; Wallace F.
Toronto para Josef Roubíček, 21 de setembro de 1939; Josef Roubíček para Wallace
F. Toronto, 1º de maio de 1940; 10 de setembro de 1941, Josef and Martha Roubíček
Papers, Biblioteca de História da Igreja; Josef Roubíček para Wallace F. Toronto, 29 de
maio de 1945; 23 de agosto de 1945; 10 de outubro de 1945, Registros do presidente
da Missão Tchecoslováquia, Biblioteca de História da Igreja.
4. Primeira Presidência para Wallace F. Toronto, 24 de maio de 1945, Arquivos da
missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Anderson, Cherry
Tree behind the Iron Curtain, p. 38; Wallace Felt Toronto, Bênção, 24 de maio de
1946, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
Woodger, Mission President or Spy, p. 131; Martha Toronto para Wallace Toronto, 10
de novembro de 1946; 1º de dezembro de 1946, Cartas de Martha S. Anderson para
Wallace F. Toronto, Biblioteca de História da Igreja.
5. Anderson, Cherry Tree behind the Iron Curtain, pp. 47–48; Woodger, Mission
President or Spy, p. 167; Martha Sharp Toronto, Bênção, 16 de maio de 1947,
Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja. 542

737
Notas das páginas 543–554

6. O’Donnal, “Personal History”, pp. 4–31, 43–48, 70–71; O’Donnal, Pioneer in


Guatemala, pp. 2–26, 60. Tópico: Colônias no México. 543

7. O’Donnal, “Personal History”, pp. 49–53, 71; O’Donnal e O’Donnal, Entrevista de


história oral, pp. 8–13, 19.
8. O’Donnal, “Personal History”, pp. 53, 71; O’Donnal, Pioneer in Guatemala,
pp. 33–34; O’Donnal e O’Donnal, Entrevista de história oral, pp. 11–13, 16, 19.
9. O’Donnal, “Personal History”, pp. 66–68; O’Donnal, Pioneer in Guatemala,
pp. 55–57; Williams e Williams, From Acorn to Oak Tree, pp. 201–203; Frederick S.
Williams para a Primeira Presidência, 30 de setembro de 1946, Arquivos da missão da
Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja; J. Forres O’Donnal para George
Albert Smith, 31 de dezembro de 1946; Primeira Presidência para J. Forres O’Donnal,
13 de janeiro de 1947, First Presidency General Authorities Correspondence,
Biblioteca de História da Igreja. Tópico: Guatemala.
10. O’Donnal, “Personal History”, pp. 69–71; O’Donnal, Pioneer in Guatemala,
pp. 58–60; O’Donnal e O’Donnal, Entrevista de história oral, pp. 12–13, 17–19;
Hansen, Diário, 3–4 de abril de 1948.
11. Collette, Collette Family History, pp. 261–267, 320, 324–325, 328–329.
12. Collette, Collette Family History, p. 351; ver também Provérbios 3:5.
13. Collette, Collette Family History, p. 351; Olsen, Plewe e Jarvis, “Historical Geography”,
p. 107; “Varied Church Activity during 1946”, Deseret News, 11 de janeiro de 1947,
seção da Igreja, p. 6; Bader, Austria between East and West, pp. 184–195.
14. Collette, Collette Family History, pp. 351–355.
15. Collette, Collette Family History, p. 359.
16. Gellately e Stoltzfus, “Social Outsiders”, pp. 3–19; Hilberg, Destruction of the
European Jews, pp. 993, 1000, 1030–1044; Gilbert, Holocaust, p. 824; Gigliotti e Lang,
“Introduction”, p. 1; Perry, “Fates of Olga and Egon Weiss”, pp. 1–5. Tópico: Segunda
Guerra Mundial.
17. Collette, Collette Family History, pp. 359, 363–364. Tópicos: Emigração; Canadá.
18. O’Donnal, “Personal History”, p. 71; O’Donnal e O’Donnal, Entrevista de história oral,
pp. 12–13; Hansen, Reminiscence, p. 2.
19. Guatemala Branch Manuscript History, 2 de julho–22 de agosto de 1948; O’Donnal,
“Personal History”, pp. 70–71; Arwell L. Pierce para a Primeira Presidência, 4 de
agosto de 1948, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História
da Igreja; Lingard, Diário, 9 de julho–25 de agosto de 1948; Hansen, Diário, 9 de
julho–22 de agosto de 1948.
20. O’Donnal, “Personal History”, p. 71; O’Donnal e O’Donnal, Entrevista de história oral,
pp. 12–13; Fotografias da reunião batismal de Carmen G. O’Donnal, 13 de novembro
de 1948, John F. and Carmen G. O’Donnal Papers, Biblioteca de História da Igreja;
Huber, Entrevista de história oral, [00:04:20]–[00:05:15].
21. Jensen, “Faces: A Personal History”, pp. 69–71; O’Donnal, “Personal History”, p. 72;
O’Donnal e O’Donnal, Entrevista de história oral, p. 30; Guatemala Branch Relief
Society, Atas, 2 de dezembro de 1948–24 de fevereiro de 1949; anotações de Antoni[a]
Morales e Alicia de Cáceres, Batismos e confirmações, 1949, Guatemala, Relatório
combinado da missão, Missão Mexicana, p. 474, na Guatemala (país), parte 1, Record
of Members Collection, Biblioteca de História da Igreja; Bean, Diário, 20 de novembro
de 1948; 2 de dezembro de 1948; 24 de fevereiro de 1949. Tópico: Guatemala.
22. George Albert Smith, Diário, 17–21 de janeiro de 1949; 9 e 19 de março de 1949;
Cowan, Los Angeles Temple, pp. 29–36; Gibbons, George Albert Smith, p. 346.
Tópico: George Albert Smith.
23. George Albert Smith, Diário, 7–8 de fevereiro de 1949; 5–11 e 19–21 de março de
1949; 3 de abril de 1949.
24. George Albert Smith, Diário, 29 de janeiro de 1949.
25. Woodger, “Cheat the Asylum”, pp. 115–119; Gibbons, George Albert Smith, pp. 11, 30,
60–69, 77.
26. Gibbons, George Albert Smith, pp. 68–74; Woodger, “Cheat the Asylum”, pp. 144–146. 554

738
Notas das páginas 554–563

27. James R. Kennard, “Book of Mormon Now Available for Blind”, Deseret News, 30
de março de 1936, p. 1; Edwin Ross Thurston, “Salt Lake Valley Branch for the
Deaf”, Improvement Era, abril de 1949, vol. 52, pp. 215, 244; Pusey, Builders of the
Kingdom, p. 324; Anderson, Prophets I Have Known, pp. 109–111; Jean Wunderlich
para a Primeira Presidência, 15 de dezembro de 1947; Primeira Presidência para Jean
Wunderlich, 24 de janeiro de 1948, First Presidency General Administration Files,
1908, 1915–1949, Biblioteca de História da Igreja. Tópicos: Helmuth Hübener;
Índios americanos. 554

28. Woodger, “Cheat the Asylum”, pp. 124–125.


29. Schaffner, Exhaustion, pp. 91, 106–107; Gibbons, George Albert Smith, pp. 54–55,
60–61, 78; Woodger, “Cheat the Asylum”, pp. 117–119, 125–128.
30. George Albert Smith, Diário, 20–30 de março de 1949; George Albert Smith, em One
Hundred Nineteenth Annual Conference, p. 87.
31. “Historical Report of the Czechoslovak Mission”, 30 de junho de 1949, p. 6, Missão
Tchecoslováquia, Manuscript History and Historical Reports, Biblioteca de História da
Igreja; Mehr, “Czechoslovakia and the LDS Church”, p. 140.
32. “Historical Report of the Czechoslovak Mission”, 30 de junho de 1949, pp. 2, 6, Missão
Tchecoslováquia, Manuscript History and Historical Reports, Biblioteca de História
da Igreja; Mehr, “Czechoslovakia and the LDS Church”, p. 141; Anderson, Cherry Tree
behind the Iron Curtain, pp. 49–50.
33. “Historical Report of the Czechoslovak Mission”, 30 de junho de 1949, pp. 2–3, 6–7,
Missão Tchecoslováquia, Manuscript History and Historical Reports, Biblioteca de
História da Igreja.
34. “Historical Report of the Czechoslovak Mission”, 30 de junho de 1949, pp. 7, 13–14,
Missão Tchecoslováquia, Manuscript History and Historical Reports, Biblioteca de
História da Igreja.

Capítulo 34: Vá e veja

1. Collette, Collette Family History, pp. 366, 370, grifo no original; “1948 Sees First
Welfare Supplies Headed for Czechoslovakia”, Deseret News, 31 de janeiro de 1948,
p. 10.
2. Collette, Collette Family History, pp. 305, 340–341, 373; Scott A. Taggart, “Conference
Held in Swiss Mission”, Deseret News, 13 de setembro de 1947, seção da Igreja, p. 9.
3. Collette, Collette Family History, pp. 373–377.
4. Emmy Cziep Collette para Glenn Collette, 29 de junho de 1949, em Collette, Collette
Family History, pp. 391–392; Collette, Collette Family History, pp. 342, 364, 385.
5. Templo de Alberta, Selamentos de casais vivos, 1923–1956, 24 de maio de 1949,
microfilme 170.738, U.S. and Canada Record Collection, Biblioteca de História da
Família; Collette, Collette Family History, pp. 388, 390; Emmy Cziep Collette para
Glenn Collette, 29 de junho de 1949, em Collette, Collette Family History, pp. 391–392.
6. Yanagida, Entrevista de história oral, 1996, pp. 1, 8.
7. Yanagida, Entrevista de história oral, 1996, pp. 2–7; Yanagida, Entrevista de história
oral, 2001, p. 1; Yanagida, “Ashiato”, p. 2; Yanagida, “Takagi and Nikichi Takahashi,
Two of the Very Early Baptisms”, p. 22; Takagi, Trek East, p. 152; Britsch, “Closing of
the Early Japan Mission”, pp. 263–283.
8. Yanagida, Entrevista de história oral, 1996, p. 8.
9. Yanagida, Entrevista de história oral, 1996, pp. 7–8; Yanagida, Entrevista de história
oral, 2001, p. 3; General Church Welfare Committee, Atas, 20 de setembro de 1946;
18 e 20 de dezembro de 1946; 10 de outubro de 1947; Takagi, Trek East, pp. 315–317;
Britsch, From the East, pp. 82–85. Tópico: Japão. 563

739
Notas das páginas 564–569

10. Yanagida, Entrevista de história oral, 1996, pp. 7–8; Yanagida, Entrevista de história
oral, 2001, p. 4; Price, Diário da missão, 24 de abril de 1949; Yanagida, “Ashiato”, p. 7;
Yanagida, “Relief Society President Experiences”. 564

11. Price, Diário da missão, 24 de abril de 1949; Yanagida, Entrevista de história oral,
1996, pp. 8–9; Yanagida, Entrevista de história oral, 2001, pp. 3–5; Yanagida, “Banzai”,
p. 188.
12. Reynolds, “Coming Forth of the Book of Mormon”, pp. 10, 18–19, 26; Primary
Association General Board, Atas, 31 de março de 1949; Parmley, Entrevista de história
oral, p. 46; Marion G. Romney, Remarks at Dela Cannon Howells funeral, 17 de
abril de 1951, Primary Association General Board, Atas, Biblioteca de História da
Igreja; Peterson e Gaunt, Children’s Friends, pp. 63, 71; Adele Cannon Howells para
Velma Hill, sem data; Spencer W. Kimball para Adele Cannon Howells, conselheiras
e associação da Primária, 18 de agosto de 1949, Registros gerais da associação da
Primária, Biblioteca de História da Igreja. Tópico: Primária.
13. Spencer W. Kimball para Adele Cannon Howells, conselheiras e associação da
Primária, 18 de agosto de 1949, Registros gerais da associação da Primária, Biblioteca
de História da Igreja.
14. Peterson e Gaunt, Children’s Friends, p. 69; Madsen e Oman, Sisters and Little Saints,
pp. 119–120; “2 Conference Broadcasts Will Be Open”, Deseret News, 31 de março de
1948, p. 1. Tópicos: Mídia de difusão; Periódicos da Igreja.
15. Howells, Diário, 10 de junho de 1947; Minutes of the Board of Trustees of the
Primary Children’s Hospital Meeting with the First Presidency, 17 de janeiro de
1948; Adele Cannon Howells e outros para a Primeira Presidência, 12 de janeiro de
1949, Arquivos da missão da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
Mandleco e Miller, “History of Children’s Hospitals in Utah”, pp. 340–341; George
Albert Smith, Diário, 1º de abril de 1949; “Primary Breaks Ground for Hospital Friday”,
Deseret News, 1º de abril de 1949, p. 1; Peterson e Gaunt, Children’s Friends, p. 73.
16. Howells, Diário, 27 de julho de 1950; Sunday School General Presidency, Atas, 24 de
janeiro de 1950; Andersen, “Arnold Friberg”, p. 248; Madsen e Oman, Sisters and Little
Saints, p. 121.
17. Reynolds, Story of the Book of Mormon; Gutjahr, The Book of Mormon: A Biography,
pp. 153–164; George Reynolds, “Lessons from the Life of Nephi”, Juvenile Instructor,
15 de abril–1º de outubro de 1891, vol. 26, pp. 233–235, 282–284, 297–290, 348–351,
373–376, 406–409, 437–440, 475–477, 502–504, 536–538, 574–577, 585–587; Parshall,
“John Philip Dalby”; Welche Dant, Book of Mormon Paintings, pp. 10–12, 162; Dant,
“Minerva Teichert’s Manti Temple Murals”, pp. 6–32.
18. Andersen, “Arnold Friberg”, p. 248; Madsen e Oman, Sisters and Little Saints, p. 121;
Barrett e Black, “Setting a Standard in LDS Art”, pp. 31–32; Harold, “Book of Mormon
Art of Arnold Friberg”, p. 28.
19. Madsen e Oman, Sisters and Little Saints, p. 121; Howells, Diário, 10 de março de
1950; Barrett e Black, “Setting a Standard in LDS Art”, p. 32; A. H. Reiser e outros
para a Primeira Presidência, 4 de outubro de 1950, Registros gerais da associação da
Primária, Biblioteca de História da Igreja.
20. Howells, Diário, 27 de julho de 1950.
21. Yanagida, “Ashiato”, pp. 7–8; Yanagida, Entrevista de história oral, 2001, p. 4; “Tatsui
Sato: Tradutor para a vida toda”, Histórias do mundo, ChurchofJesusChrist.org/study/
history/global-­histories.
22. Yanagida, “Banzai”, p. 188; Yanagida, “Ashiato”, pp. 7–8.
23. Yanagida, “Ashiato”, p. 8; Yanagida, “Banzai”, p. 188; Price, Diário da missão, 16 de
junho de 1949.
24. Yanagida, “Banzai”, p. 188; Yanagida, Entrevista de história oral, 2001, p. 5; Price,
Diário da missão, 16 de junho de 1949.
25. Yanagida, Entrevista de história oral, 1996, p. 5; Yanagida, Entrevista de história oral,
2001, pp. 9–10. 569

740
Notas das páginas 569–574

26. Yanagida, Entrevista de história oral, 1996, p. 9; Yanagida, Entrevista de história oral,
2001, p. 4; Missão Japonesa, Manuscript History and Historical Reports, 18 de agosto
de 1949; Yanagida, “Banzai”, p. 188. 569

27. Yanagida, Entrevista de história oral, 1996, p. 9.


28. Yanagida, Entrevista de história oral, 1996, p. 9; Yanagida, Entrevista de história oral,
2001, p. 5; Yanagida, “Ashiato”, pp. 8–9; Yanagida, “Banzai”, p. 189; Missão Japonesa,
Manuscript History and Historical Reports, 30 de setembro de 1949; “Six Japanese
Leave for Mission”, Deseret News, 15 de setembro de 1948, seção da Igreja, p. 14C.
29. Yanagida, “Banzai”, p. 189; Yanagida, Entrevista de história oral, 1996, p. 9; Yanagida,
“Ashiato”, p. 9.
30. Yanagida, Entrevista de história oral, 2001, pp. 5–6; Yanagida, “Memoirs of the Relief
Society in Japan”, p. 145; “Tatsui Sato: Tradutor para a vida toda”, Histórias do mundo,
ChurchofJesusChrist.org/study/history/global-­histories. Tópico: Ramos de militares.
31. Ramo Cincinnati, Atas, 6 de novembro de 1949; Jones e Prince, Entrevista de história
oral, [0:36:13]; Paul Bang, “My Life Story”, p. 7; Fish, Kramer e Wallis, History of the
Mormon Church in Cincinnati, pp. 65–78.
32. Ramo Cincinnati, Atas, 10 de julho e 4 de setembro–11 de dezembro de 1949; Fish,
Kramer e Wallis, History of the Mormon Church in Cincinnati, pp. 68, 71–74; Fish,
“My Life Story”, p. 9; Cannon, Entrevista, p. 1; Jones e Prince, Entrevista de história
oral, [0:26:13].
33. Fish, Kramer e Wallis, History of the Mormon Church in Cincinnati, pp. 74, 76; Ramo
Cincinnati, Atas, 2 de fevereiro de 1947.
34. Fish, Kramer e Wallis, History of the Mormon Church in Cincinnati, pp. 76–77; Ramo
Cincinnati, Atas, 9 de outubro de 1949; Ramo Georgetown, Atas, 2 de maio de 1948;
Ramo Cincinnati, YWMIA Minute Book, Attendance Roll, 1949–1950.
35. Fish, Kramer e Wallis, History of the Mormon Church in Cincinnati, p. 77; Ramo
Georgetown, Atas, 2 de maio de 1948; outubro de 1948–fevereiro de 1949; jul.–dez.
de 1949; Cannon, Entrevista, p. 1.
36. Blackham, History, pp. 6–7; Cannon, Entrevista, p. 3; Jones e Prince, Entrevista
de história oral, [1:05:38]; ver também, por exemplo, Summers, Diário da missão,
7 de novembro de 1937; 6 de fevereiro de 1838; 6 de março de 1938; e Jones,
Diário da missão, 3 de julho de 1949; 6 de novembro de 1949; 9 de abril de 1950.
Tópico: Segregação racial.
37. Jones, Diário da missão, 3 de setembro de 1949; 28 de março de 1950; 21 de maio de
1950; Blackham, History, p. 7.
38. Ramo Cincinnati, Atas, 5 de outubro de 1941 e 3 de outubro de 1948; Mary Louise
Cates, no Ramo Cincinnati, Registro de membros e crianças, nº 396.
39. “Cincinnati Pair to Attend Conference for First Time”, Deseret News, 26 de setembro
de 1947, p. 9; Hanks, Entrevista de história oral, pp. 3, 7–9; Blackham, History, p. 8;
Obituary for Len Hope, Deseret News and Salt Lake Telegram, 15 de setembro de
1952, p. 4B.
40. Presidência do Distrito de Ohio Sul para Hamilton e membros de Middleton, 18 de
janeiro de 1950, Paul and Cornelia T. Bang Papers, Biblioteca de História da Igreja;
Fish, Kramer e Wallis, History of the Mormon Church in Cincinnati, p. 77; Ramo
Cincinnati, Atas, 12 de fevereiro de 1950; Cornelia Taylor, Bênção patriarcal, p. 2,
Paul and Cornelia T. Bang Papers, Biblioteca de História da Igreja.
41. Cornelia Taylor, Bênção patriarcal, 6 de fevereiro de 1935, p. 2, Paul and Cornelia T.
Bang Papers, Biblioteca de História da Igreja; Ludlow, Entrevista, [0:00:41]–[0:04:05];
Bang, Autobiografia, pp. 7–9; Templo de Salt Lake, Selamentos pelos mortos, Casais,
1943–1970, 27 de setembro de 1949, microfilme 456.528, U.S. and Canada Record
Collection, Biblioteca de História da Família. 574

741
Notas das páginas 575–584

Capítulo 35: Não há como falhar

1. Dunbabin, Cold War, pp. 142–155, 162–165, 168–169; Fassmann e Münz, “European
East-­West Migration”, pp. 521–524, 529–532; Fink, Cold War, pp. 72–76. 575

2. Wallace Toronto para a Primeira Presidência, 16 de dezembro de 1949; 21 de


dezembro de 1949; Primeira Presidência para Wallace Toronto, 30 de janeiro de 1950,
Correspondência missionária da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
Heimann, Czechoslovakia, pp. 185–189; Bottoni, Long Awaited West, p. 66.
3. Anderson, Cherry Tree behind the Iron Curtain, p. 57; Wallace Toronto para a
Primeira Presidência, 2 de fevereiro de 1950, Documentos de David O. McKay,
Biblioteca de História da Igreja; Abbott, “My Mission to Czechoslovakia”, pp. 11–12,
14–16; Wallace Toronto para a Primeira Presidência, 20 de fevereiro de 1950,
Correspondência missionária da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
4. Anderson, Cherry Tree behind the Iron Curtain, pp. 59–60; Abbott, “My Mission to
Czechoslovakia”, p. 16; Missão Tchecoslovaca, “Missionary Bulletin”, 25 de abril de 1950.
5. Anderson, Cherry Tree behind the Iron Curtain, pp. 55, 60–62; Missão Tchecoslovaca,
“Missionary Bulletin”, 25 de abril de 1950; ver também Wallace Toronto para a
Primeira Presidência, 2 de abril de 1950, Correspondência missionária da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
6. Yanagida, Entrevista de história oral, 2001, p. 6; Takagi, Trek East, p. 336; Britsch,
From the East, p. 91.
7. Yanagida, Entrevista de história oral, 2001, p. 6.
8. Yanagida, Entrevista de história oral, 2001, p. 6; Yanagida, “Memoirs of the Relief
Society in Japan”, p. 145. Tópico: Japão.
9. Yanagida, “Relief Society President Experiences”; Takagi, Trek East, pp. 332–333.
10. Yanagida, Entrevista de história oral, 1996, pp. 12–13. Tópico: Dízimo.
11. Yanagida, Entrevista de história oral, 1996, pp. 12–13.
12. Yanagida, “Memoirs of the Relief Society in Japan”, pp. 145–148; Yanagida, “Relief
Society President Experiences”; Derr, Cannon e Beecher, Women of Covenant, p.
318; Margaret C. Pickering, “Notes from the Field”, Relief Society Magazine, janeiro de
1949, vol. 36, pp. 200–208.
13. Yanagida, Entrevista de história oral, 1996, pp. 12–13; Yanagida, “Ashiato”, pp. 10–14.
Tópico: Jejum e ofertas de jejum.
14. Stueck, Rethinking the Korean War, pp. 61–82; Hwang, Korea’s Grievous War, p. 70;
Patterson, Grand Expectations, pp. 206–215.
15. Joseph Fielding Smith, Diário, 14 de dezembro de 1949; 26 de setembro de 1950;
13–15 de novembro de 1950; 13 de dezembro de 1950.
16. Joseph Fielding Smith, Diário, 6 de agosto de 1950; Primeira Presidência para
presidentes de estaca e missão e bispos das alas, 20 de outubro de 1950; [Franklin J.
Murdock], Memorando, 30 de janeiro de 1951, p. 1, Documentos de David O. McKay,
Biblioteca de História da Igreja; Flynn, Rascunho, pp. 116–118; Joseph Anderson
para Charles Shockey, 13 de novembro de 1950, Arquivos de correspondência geral
da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja. Tópico: Crescimento do
trabalho missionário.
17. Clark, Diário, 15 de janeiro de 1951; David O. McKay, Diário, 30 de março de 1950;
9–11 e 13 de janeiro de 1951, Biblioteca de História da Igreja; A. Duncan Mackay para
David O. McKay, 10 de janeiro de 1951; Marion Jensen para a Primeira Presidência,
por volta de janeiro de 1951; John W. Taylor para David O. McKay, 30 de janeiro de
1951; Reunião de líderes da Igreja e de serviço seletivo, Atas, 11 de janeiro de 1951,
Documentos de David O. McKay, Biblioteca de História da Igreja. 584

18. J. Reuben Clark, em One Hundred Twelfth Annual Conference, pp. 93–94; Primeira
Presidência para presidentes de estaca e missão, 18 de novembro de 1948; Primeira
Presidência para presidentes de estaca e missão e bispos de alas, 20 de outubro de
1950, Documentos de David O. McKay, Biblioteca de História da Igreja; “Church

742
Notas das páginas 584–588

Members Warned to Eschew Communism”, Deseret News, 3 de julho de 1936, p. 1;


David O. McKay, em One Hundred Twentieth Annual Conference, pp. 175–176. 584

19. David O. McKay, Diário, 11, 13 e 30–31 de janeiro de 1951, Biblioteca de História da
Igreja; David O. McKay para John W. Taylor, 6 de fevereiro de 1951, Documentos de
David O. McKay, Biblioteca de História da Igreja; “Calls to Mission Must Be Cleared
by Draft Boards”, Deseret News, 16 de janeiro de 1951, seção 2, p. 1; Reunião de
presidentes de missão e autoridades gerais, Atas, 2 de abril de 1952, pp. 2, 8, 11,
Atas diversas do Quórum dos Doze Apóstolos, Biblioteca de História da Igreja.
20. David O. McKay, Diário, 2 e 4 de abril de 1951, Biblioteca de História da Igreja;
Gibbons, George Albert Smith, pp. 366–368. Tópico: George Albert Smith.
21. David O. McKay, Diário, 6 de abril de 1951, Biblioteca de História da Igreja; David O.
McKay, em One Hundred Twenty-­First Annual Conference, pp. 3, 157; David O.
McKay, em One Hundred Twenty-­First Annual Conference, pp. 138–141.
22. Anderson, Prophets I Have Known, pp. 119–126; Woodger, David O. McKay,
pp. 172–184, 189–190; McKay, My Father, pp. 220–221; Allen, “David O. McKay”,
pp. 302–303; Allen, “McKay, David O.”, pp. 870–875; Prince e Wright, David O.
McKay, pp. 3–5, 14–17; Frejka e Westoff, “Religion, Religiousness and Fertility”,
pp. 7–9; Patterson, Grand Expectations, pp. 68–69, 76–79. Tópico: David O.
McKay.
23. David O. McKay, em One Hundred Twenty-­First Annual Conference, p. 96; David O.
McKay, Diário, 25 de abril de 1951, Biblioteca de História da Igreja; “LDS President
Concerned over Red Attitude toward Christianity”, Salt Lake Telegram, 26 de abril de
1951, p. 21; Patterson, Grand Expectations, pp. 165–205.
24. Peterson e Gaunt, Children’s Friends, p. 75.
25. Spencer W. Kimball para Adele Cannon Howells, conselheiras e associação da
Primária, 18 de agosto de 1949; Adele Cannon Howells para David O. McKay, 6 de
dezembro de 1950, Registros gerais da associação da Primária, Biblioteca de História
da Igreja.
26. Presidência geral da Escola Dominical, Atas, 24 de janeiro de 1950; Harold B. Lee
e Marion G. Romney para Adele Cannon Howells, 10 de agosto de 1950; A. H.
Reiser para a Primeira Presidência, 8 de novembro de 1950; Comitê do projeto de
ilustrações do Livro de Mórmon para a junta do sindicato da Igreja, 8 de janeiro de
1951; A. Hamer Reiser para Elbert R. Curtis, 13 de janeiro de 1951, Registros gerais da
associação da Primária, Biblioteca de História da Igreja.
27. Comitê do projeto de ilustrações do Livro de Mórmon para a junta do sindicato da
Igreja, 8 de janeiro de 1951; Comitê do projeto de ilustrações do Livro de Mórmon
para a Primeira Presidência, 6 de janeiro de 1951, Registros gerais da associação da
Primária, Biblioteca de História da Igreja.
28. Adele Cannon Howells para Harold B. Lee e Marion G. Romney, 21 de setembro de
1950, Registros gerais da associação da Primária, Biblioteca de História da Igreja;
Swanson, “Book of Mormon Art of Arnold Friberg”, p. 29; Barrett e Black, “Setting a
Standard in LDS Art”, p. 33.
29. Comitê do projeto de ilustrações do Livro de Mórmon da junta do sindicato da Igreja
para a Primeira Presidência, 6 de janeiro de 1951; Primeira Presidência para A. Hamer
Reiser e Adele Cannon Howells, 10 de janeiro de 1951, Registros gerais da associação
da Primária, Biblioteca de História da Igreja.
30. A. H. Reiser e outros para a Primeira Presidência, 4 de outubro de 1950; Comitê
do projeto de ilustrações do Livro de Mórmon da junta do sindicato da Igreja para
a Primeira Presidência, 6 de janeiro de 1951, Registros gerais da associação da
Primária, Biblioteca de História da Igreja.
31. Andersen, “Arnold Friberg”, pp. 249–250; “Adele Cannon Howells”, Cannon
Chronicle, dezembro de 1952, p. 4.
32. Swanson, “Book of Mormon Art of Arnold Friberg”, p. 29; “High Tribute Paid Primary
President”, Deseret News, 18 de abril de 1951, seção da Igreja, p. 4; David O. McKay,
Diário, 15 de fevereiro de 1952, Biblioteca de História da Igreja.
588

743
Notas das páginas 589–594

33. Marion G. Romney, Remarks at Adele Cannon Howells Funeral, 17 de abril de 1951,
Junta geral da associação da Primária, Atas, Biblioteca de História da Igreja; Romney,
Diário, 14 de abril de 1951.589

34. Swanson, “Book of Mormon Art of Arnold Friberg”, pp. 29–30; Contrato assinado
por Arnold Friberg, 1º de junho de 1951, Registros gerais da associação da Primária,
Biblioteca de História da Igreja; ver também Arnold Friberg, The Brother of Jared Sees
the Finger of the Lord, em Children’s Friend, janeiro de 1953, vol. 52, encarte.
35. Charrier, Entrevista de história oral, 2001, pp. 2–3; Jeanne Esther Charrier, “Demeurez
dans la liberté”, Liahona, dezembro de 2020, Páginas locais da Europa em francês,
p. 4.
36. Descartes, Discourse on Method, p. 24; Charrier, Entrevista de história oral, 2001,
p. 2; Jeanne Esther Charrier, “Demeurez dans la liberté”, Liahona, dezembro de 2020,
Páginas locais da Europa em francês, pp. 3–4.
37. Jeanne Esther Charrier, “Demeurez dans la liberté”, Liahona, dezembro de 2020,
Páginas locais da Europa em francês, p. 4; Charrier, Entrevista de história oral, 2001,
pp. 2–3, 9.
38. Charrier, Entrevista de história oral, 2001, p. 3.
39. Euvrard, Histoire de Léon Fargier, pp. 4–5, 8–9; Léon Fargier, “Famille Fargier”,
L’Étoile, setembro de 1979, p. 1.
40. Euvrard, Histoire de Léon Fargier, pp. 10, 13–14, 16–17, 22–24.
41. Léon Fargier, “Famille Fargier”, L’Étoile, novembro de 1979, p. 15; Jeanne Esther
Charrier, “Demeurez dans la liberté”, Liahona, dezembro de 2020, Páginas locais da
Europa em francês, p. 4; Charrier, Entrevista de história oral, 2001, p. 3.
42. Charrier, Entrevista por e-­mail com John Robertson, 21 de fevereiro de 2021; Jeanne
Esther Charrier, “Demeurez dans la liberté”, Liahona, dezembro de 2020, Páginas
locais da Europa em francês, p. 4; Léon Fargier, “Famille Fargier”, L’Étoile, novembro
de 1979, p. 16; ver também Atos 5:29.
43. Charrier, Entrevista de história oral, 2001, p. 18; Eldredge, Diário da missão, 6 de
setembro de 1954; Carlson, Diário da missão, 30 de março de 1951.
44. Charrier, Entrevista de história oral, 2001, p. 29; Missão Francesa, Relatório mensal
de progresso da missão, 30 de abril de 1951; “Addresses of French Missionaries
as of January 1, 1949”, pp. 1–3, Departamento Missionário, Arquivos de Franklin
Murdock, Biblioteca de História da Igreja. Tópico: França.
45. Entrada sobre Terezie Vojkůvková, Distrito Praga, Missão Tchecoslovaca, nº 116,
em Tchecoslováquia, Coleção de registros de membros, Biblioteca de História da
Igreja; Wallace Toronto para a Primeira Presidência, 18 de julho de 1951, Missão
Tchecoslovaca, História manuscrita e relatórios históricos, Biblioteca de História da
Igreja; Vrba, “History of the Brno Branch”, p. 2.
46. Wallace Toronto para a Primeira Presidência, 18 de julho de 1951, Missão
Tchecoslovaca, História manuscrita e relatórios históricos, Biblioteca de História
da Igreja; Missão Tchecoslovaca, “Missionary Bulletin”, 25 de abril de 1950;
Wallace Toronto para a Primeira Presidência, 15 de abril de 1950, Departamento
Missionário, Arquivos de Franklin Murdock, Biblioteca de História da Igreja; Mehr,
“Czechoslovakia and the LDS Church”, pp. 143–144, 146; Vrba, “History of the Brno
Branch”, pp. 3–4; Vrba, “Czechoslovak Mission”, pp. 1–2.
47. Vrba, “History of the Brno Branch”, pp. 4–5; Vrba, “Czechoslovak Mission”, pp. 2–3;
Wallace Toronto para a Primeira Presidência, 15 de abril de 1950; 10 de janeiro
de 1951, Departamento Missionário, Arquivos de Franklin Murdock, Biblioteca de
História da Igreja; Wallace Toronto para a Primeira Presidência, 18 de julho de 1951,
Missão Tchecoslovaca, História manuscrita e relatórios históricos, Biblioteca de
História da Igreja. Tópico: Tchecoslováquia. 594

48. Wallace Toronto para a Primeira Presidência, 18 de julho de 1951, Missão


Tchecoslovaca, História manuscrita e relatórios históricos, Biblioteca de História da
Igreja; Templo de Salt Lake, Investiduras para os mortos, 1893–1970, 17 de março

744
Notas das páginas 595–602

de 1950, microfilme 445.725; 29 de junho de 1953, microfilme 445.847, Coleção de


registros dos EUA e do Canadá, Biblioteca de História da Igreja.
595

Capítulo 36: Com atenção e em espírito de oração

1. Pivaral, Diário, pp. 2–3.


2. Mecham, Entrevista de história oral, pp. 57–58; “Lamanite Saints Assemble in
Mesa”, Deseret News, 24 de outubro de 1951, seção da Igreja, pp. 14–15; “Lamanites
Assemble in Mesa for Temple Session”, Deseret News, 31 de outubro de 1951, seção
da Igreja, p. 5.
3. Ralph G. Brown, “Quetzaltenango-­Guatemala”, p. 4; Ralph G. Brown para “Clemencia,
Linda e família”, 10 de abril de 2004, Documentos missionários de Ralph G. Brown,
Biblioteca de História da Igreja; Golithon, “Clemencia Pivaral’s Baptism Story”, p. 1;
Christofferson, Diário da missão, 19, 21 e 28 de fevereiro de 1950; 1º, 5, 7 e 12 de
março de 1950.
4. Golithon, “Clemencia Pivaral’s Baptism Story”, p. 1.
5. O’Donnal, Pioneer in Guatemala, pp. 66–68; O’Donnal, “Personal History”, pp. 72–73.
Tópico: Guatemala.
6. Pivaral, Diário, pp. 4–5; ver também John A. Widtsoe, La verdad restaurada, Buenos
Aires, Argentina: Misión Argentina, 1935.
7. Pivaral, Diário, pp. 10–18; O’Donnal, “Personal History”, p. 76; “Guatemalan Saints
Attend S. L. Temple”, Deseret News, 14 de novembro de 1951, seção da Igreja, p. 12.
8. “Lamanites Assemble in Mesa for Temple Session”, Deseret News, 31 de outubro de
1951, seção da Igreja, p. 5; Missão Hispano-­Americana, História manuscrita, 21–23 de
outubro de 1951; Templo do Arizona, Investiduras para os vivos, 1927–1957, vol. 120,
1944–1957, nº 3570, imagem 363, microfilme 962.067, Coleções especiais, Coleção de
registros dos EUA e do Canadá, Biblioteca de História da Família; Templo do Arizona,
Investiduras pelos mortos, 1927–1970, Índices de heranças, 1927–1972, Batismos
pelos mortos, 1943–1979, 2 de outubro de 1951, nº 23524, imagem 2454, microfilme
450.994, Coleções especiais, Coleção de registros dos EUA e do Canadá, Biblioteca
de História da Família; Templo do Arizona, Selamentos pelos mortos: Casais e filhos,
1942–1970, 27 de junho de 1951, Mercedes de Jesus Orillana e Ponciano Pardo,
imagem 1112, microfilme 456.259, Coleções especiais, Coleção de registros dos EUA e
do Canadá, Biblioteca de História da Família; Golithon, “Clemencia Pivaral’s Baptism
Story”, p. 1.
9. O’Donnal, “Personal History”, p. 77; “Guatemalan Saints Attend S. L. Temple”, Deseret
News, 14 de novembro de 1951, seção da Igreja, p. 12.
10. Relatório sobre a emigração, 15 de janeiro de 1952, Arquivos administrativos da
Primeira Presidência, 1930–1960, Biblioteca de História da Igreja; Atas da reunião com
os presidentes de missões europeias, 5–6 de julho de 1950, pp. 1, 64–68, Arquivos
de John A. Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; David O. McKay, Diário, 27 de
dezembro de 1951, Biblioteca de História da Igreja. Tópicos: Emigração; Construção
de templos.
11. Atas da reunião com os presidentes de missões europeias, 6 de julho de 1950, p. 67;
John A. Widtsoe para David O. McKay, 9 de novembro de 1950, cópia; 21 de maio de
1951, Arquivos de John A. Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja; Memorando, 7 de
dezembro de 1950, Arquivos de David O. McKay, Biblioteca de História da Igreja; ver
também Resumo das atas da conferência com os presidentes de missões europeias,
4–10 de julho de 1950, Correspondência missionária da Primeira Presidência,
Biblioteca de História da Igreja.
602

12. David O. McKay, Diário, 30 de novembro de 1951; 18–20 de dezembro de 1951; 3 de


janeiro de 1952; 13 de fevereiro de 1952; 17 de abril de 1952, Biblioteca de História

745
Notas das páginas 603–611

da Igreja; Romney, Diário, 17 de abril de 1952; Cowan, “Pivotal Swiss Temple”,


pp. 133–135. Tópico: Construção de templos. 603

13. Fink, Cold War, pp. 72–76; Large, Berlin, pp. 402–418.
14. Missão Alemanha Hamburgo, História manuscrita e relatórios históricos, 31 de março
de 1952; Kuehne, Henry Burkhardt, p. 1; Fassmann, Walter K. Fassmann, p. 133.
15. Kuehne, Henry Burkhardt, pp. 10–11, 13; Kuehne, Mormons as Citizens of a
Communist State, p. 63; Hall, “The Church of Jesus Christ of Latter-­day Saints in the
Former East Germany”, pp. 490, 494–495.
16. Kuehne, Henry Burkhardt, pp. 11–12; David O. McKay, Diário, 28 de maio e 6
de junho de 1952, Biblioteca de História da Igreja; “Pres. and Mrs. McKay to Tour
Missions throughout Europe”, Deseret News, 28 de maio de 1952, seção da Igreja, p. 2;
“1500 Berliners Out to Greet President”, Deseret News, 23 de julho de 1952, seção da
Igreja, p. 4. Tópico: Alemanha.
17. “1500 Berliners Out to Greet President”, Deseret News, 23 de julho de 1952, seção da
Igreja, p. 4; Burkhardt, Entrevista de história oral, p. 1.
18. Burkhardt, Entrevista de história oral, pp. 1–2; Burkhardt, “Henry Johannes
Burkhardt”, p. 26; Kuehne, Henry Burkhardt, pp. 13–15; Kuehne, Mormons as
Citizens of a Communist State, p. 358.
19. David O. McKay para Stephen L. Richards, J. Reuben Clark Jr. e o Quórum dos Doze
Apóstolos, 13 de junho de 1952; 5 de julho de 1952, Arquivos de administração
geral da Primeira Presidência, 1930–1960, Biblioteca de História da Igreja; David O.
McKay, Diário, 26 de maio de 1952, Biblioteca de História da Igreja; Sessão matutina,
Idioma inglês, 11 de setembro de 1955, p. 2, Discursos da dedicação do templo
suíço, Biblioteca de História da Igreja.
20. Bringhurst, Diário do presidente da missão, p. 6; David O. McKay, Diário, 18 de
novembro de 1952, Biblioteca de História da Igreja; David O. McKay para Samuel
Bringhurst, 19 de novembro de 1952, vol. 151, Álbum de recortes de David O.
McKay, Biblioteca de História da Igreja.
21. David O. McKay para Stephen L. Richards, J. Reuben Clark Jr. e o Quórum dos
Doze Apóstolos, 5 de julho de 1952, Arquivos de administração geral da Primeira
Presidência, 1930–1960, Biblioteca de História da Igreja; David O. McKay, Diário,
5–22 e 28 de julho de 1952, Biblioteca de História da Igreja; “McKay Finishes Tour,
Lauds LDS Missions”, Salt Lake Tribune, 15 de julho de 1952, p. 12.
22. “Pres. McKay Interview Covers Many Subjects”, Deseret News, 30 de julho de 1952,
seção da Igreja, p. 2; Golden L. Woolf, “Un temple en Europe”, L’Étoile, outubro de
1952, p. 220.
23. Samuel Bringhurst para David O. McKay, 14 de novembro de 1952, cópia; David O.
McKay para Samuel Bringhurst, 19 de novembro de 1952, vol. 151, Álbum de recortes
de David O. McKay, Biblioteca de História da Igreja; David O. McKay, Diário, 18
de novembro de 1952, Biblioteca de História da Igreja; Bringhurst, “Acquisition
of Property of the Swiss Temple”, pp. 198–199; Bringhurst, Diário do presidente
de missão, pp. 6, 8; Sessão matutina, Idioma inglês, 11 de setembro de 1955, p. 3,
Discursos da dedicação do templo suíço, Biblioteca de História da Igreja.
24. David O. McKay para Samuel Bringhurst, 19 de novembro de 1952; 24 de novembro
de 1952, vol. 151, Álbum de recortes de David O. McKay, Biblioteca de História da
Igreja. Tópicos: Construção de templos; Suíça.
25. John A. Widtsoe, In a Sunlit Land, Salt Lake City: Milton R. Hunter e G. Homer
Durham, 1952; John A. Widtsoe para “as autoridades gerais da Igreja”, 10 de outubro
de 1952, Documentos de John A. Widtsoe, Biblioteca de História da Igreja.
26. Durham, “Death of John A. Widtsoe”, pp. 1–5; Leah Dunford Widtsoe para Ann Rees,
19 de dezembro de 1952, Documentos de John A. Widtsoe, Biblioteca de História da
Igreja.
27. Durham, “Death of John A. Widtsoe”, pp. 1–5; Leah Dunford Widtsoe para Ann Rees,
19 de dezembro de 1952, Documentos de John A. Widtsoe, Biblioteca de História da
Igreja; Santos, vol. 2, capítulos 32, 33 e 36; Widtsoe, In the Gospel Net, pp. 119–120.
611

746
Notas das páginas 611–621

28. Parrish, John A. Widtsoe, capítulo 23; Allen, Embry e Mehr, Hearts Turned to the
Fathers, pp. 222–229; Junta administrativa da Sociedade Genealógica de Utah, Atas,
14 de outubro de 1947; 17 de maio e 24 de outubro de 1950. Tópico: História da
família e genealogia. 611

29. John A. Widtsoe e Leah Dunford Widtsoe, The Word of Wisdom: A Modern
Interpretation, Salt Lake City: Deseret Book, 1937; John A. Widtsoe, Evidences and
Reconciliations: Aids to Faith in a Modern Day, 3 vols., Salt Lake City: Bookcraft,
1951.
30. Durham, “Death of John A. Widtsoe”, pp. 3–10; Leah Dunford Widtsoe para Ann Rees,
19 de dezembro de 1952, Documentos de John A. Widtsoe, Biblioteca de História
da Igreja; Parrish, John A. Widtsoe, pp. 662–663; In Memoriam: John A. Widtsoe,
pp. 25, 27. Tópico: John e Leah Widtsoe.

Capítulo 37: Com real intenção

1. Linford e Linford, Entrevista de história oral, pp. 3–6; Kuehne, Henry Burkhardt,
pp. 38, 40; Burkhardt, “Henry Johannes Burkhardt”, p. 28; ver também Kuehne,
Mormons as Citizens of a Communist State, pp. 356–358.
2. Kuehne, Henry Burkhardt, p. 14; Arthur Glaus para a Primeira Presidência, 9 de
março de 1953, Correspondência missionária da Primeira Presidência, Biblioteca de
História da Igreja; Hall, “The Church of Jesus Christ of Latter-­day Saints in the Former
East Germany”, p. 487.
3. Linford e Linford, Entrevista de história oral, pp. 3–5, 7, 12; Kuehne, Henry Burkhardt,
pp. 38–39.
4. Linford e Linford, Entrevista de história oral, pp. 12–13; Kuehne, Henry Burkhardt,
pp. 38–39; Burkhardt, “Henry Johannes Burkhardt”, p. 28.
5. Hunter, Entrevista, pp. 1–3; Ala Fairmont, História manuscrita e relatórios históricos,
15 de setembro de 1952; “Southern California Latter-­day Saint Seminaries, Teacher’s
Handbook”, cópia de William E. Berrett, p. 31. O seminário começou em San Diego
no outono de 1952, e Nan Hunter começou a ensinar em 1953.
6. Plewe, Mapping Mormonism, pp. 144–145; Wright, “Beginning of the Early Morning
Seminary Program”, pp. 223–226; “Church Announces Seminary Program in
L. A. Area”, California Intermountain News, 27 de junho de 1950, p. 1; By Study
and Also by Faith, pp. 122–126, 129; Hunter, Entrevista, p. 11; “Enrollment Report,
Southern California L. D. S. Seminaries”, 30 de setembro de 1953, Sistema Educacional
da Igreja, Arquivos da Área Califórnia Sul, Biblioteca de História da Igreja; Cowan,
Church in the Twentieth Century, p. 251; Rimington, Vistas on Visions, pp. 28–29.
Tópico: Seminários e Institutos.
7. Hunter, Entrevista, pp. 1–3.
8. Hunter, Entrevista, p. 2.
9. Hunter, Entrevista, pp. 2–3.
10. Hinckley, Diário, 12 de novembro de 1951 e 5 de dezembro de 1951; Ensinamentos
dos Presidentes da Igreja: Gordon B. Hinckley, pp. 10–12, 15–16; Dew, Go Forward
with Faith, pp. 143–146, 150–151.
11. Dew, Go Forward with Faith, pp. 150–151, 153, 159.
12. Dew, Go Forward with Faith, pp. 150–151; Britsch, From the East, pp. 173–178; “LDS
Servicemen in Korea Area Set Conference”, Deseret News e Salt Lake Telegram, 22
de novembro de 1952, seção da Igreja, p. 11; Choi, “History of The Church of Jesus
Christ of Latter-­day Saints in Korea”, pp. 85–92. Tópico: Coreia do Sul.
13. David O. McKay, Diário, 29 de outubro de 1953, Biblioteca de História da Igreja;
Hinckley, Entrevista de história oral, p. 2; Dew, Go Forward with Faith, p. 176;
“President McKay Dedicates Two European Temple Sites”, Improvement Era,
setembro de 1953, vol. 56, p. 655. 621

747
Notas das páginas 621–626

14. “Pres. M’Kay Approves Berne Temple Plans”, Deseret News, 11 de abril de 1953, seção
da Igreja, p. 7; “First Presidency Meeting”, 20 de agosto de 1953, Álbum de recortes
de David O. McKay, Biblioteca de História da Igreja; David O. McKay, Diário, 29 de
outubro de 1953, Biblioteca de História da Igreja; Wise, “New Concept in Temple
Building and Operation”, pp. 1–2. Tópico: Ajustes ao trabalho do templo. 621

15. Hinckley, Entrevista de história oral, p. 2; Dew, Go Forward with Faith, p. 176.
16. David O. McKay, Diário, 1º–3 de janeiro de 1954, Biblioteca de História da Igreja;
Henry A. Smith, “Pres. McKay on 32,000 Mile Foreign Mission Tour”, Deseret
News, 2 de janeiro de 1954, seção da Igreja, pp. 1, 4; Neilson e Teuscher, Pacific
Apostle, pp. xl–xliv; Anderson, Prophets I Have Known, pp. 123–124; Santos, vol. 2,
capítulo 12; Reiser, Entrevista de história oral, pp. 166–167; Leroy H. Duncan para a
Primeira Presidência, 14 de julho de 1953, Correspondência missionária da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja; Wright, “History of the South African
Mission”, vol. 3, pp. 419–420, 432, 439; Stevenson, Global History of Blacks and
Mormonism, pp. 54–56; Monson, “History of the South African Mission”, pp. 42–45.
Tópico: África do Sul; Restrição ao sacerdócio e ao templo.
17. J. Reuben Clark Jr. para Leroy H. Duncan, 21 de abril de 1953; Leroy H. Duncan
para a Primeira Presidência, 2 de janeiro de 1953; Leroy H. Duncan para a Primeira
Presidência, 14 de julho de 1953, Correspondência missionária da Primeira
Presidência, Biblioteca de História da Igreja.
18. Reiser, Entrevista de história oral, pp. 166–167; David O. McKay, “The Priesthood
and the Negro Race”, Discurso na Cidade do Cabo, África do Sul, 17 de janeiro de
1954, Álbum de recortes de David O. McKay, Biblioteca de História da Igreja; Wright,
“History of the South African Mission”, vol. 3, p. 419; du Pré, Separate but Unequal,
pp. 65–98; Bickford-­Smith, “Mapping Cape Town”, pp. 15–26; “Natives Are Banned
by the Mormons”, Cape Argus, Cidade do Cabo, África do Sul, 12 de janeiro de 1954;
“Mormon Leader Visits South Africa”, Die Transvaler, Joanesburgo, África do Sul, 12
de janeiro de 1954, cópias nos álbuns de recortes de David O. McKay, Biblioteca de
História da Igreja. Tópico: Segregação racial.
19. Reiser, Diário, 9–19 de janeiro de 1954; Emma Ray McKay, Diário, 9 de janeiro
de 1954.
20. Jensen, “President McKay Shook This Old Black Hand”, p. 3; McKay, Álbum de
recortes, 17 de janeiro de 1954; Okkers, “I Would Love to Touch the Door of the
Temple”, pp. 177–178.
21. David O. McKay para Stephen L. Richards e J. Reuben Clark Jr., 19 de janeiro de 1954,
Álbum de recortes de David O. McKay, Biblioteca de História da Igreja.
22. David O. McKay, “The Priesthood and the Negro Race”, Discurso na Cidade
do Cabo, África do Sul, 17 de janeiro de 1954, Álbum de recortes de David O.
McKay, Biblioteca de História da Igreja.
23. David O. McKay, “The Priesthood and the Negro Race”, Discurso na Cidade
do Cabo, África do Sul, 17 de janeiro de 1954, Álbum de recortes de David O.
McKay, Biblioteca de História da Igreja; Evan P. Wright para a Primeira Presidência,
17 de junho de 1952, em Wright, “History of the South African Mission”, vol. 3, p.
440; N. U. Etuk para A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, 6 de julho
de 1953, cópia; Joseph Anderson para N. U. Etuk, 14 de agosto de 1953, Arquivos
de correspondência geral da Primeira Presidência, Biblioteca de História da Igreja;
Stevenson, Global History of Blacks and Mormonism, p. 74. Tópico: Nigéria.
24. Patterson, Brown v. Board of Education, pp. 21–45; de Gruchy, Church Struggle in
South Africa, pp. 53–59, 85–88, 97–99; Alice E. Hatch para David O. McKay, sem data
[por volta de fevereiro de 1952]; Jacob O. Rohner para David O. McKay, 11 de janeiro
de 1952, Arquivos de correspondência geral da Primeira Presidência, Biblioteca de
História da Igreja; Stevenson, Global History of Blacks and Mormonism, pp. 66–69.
25. “Unser Fahrzeug”, por volta de 1954, Registro fotográfico de uma conferência de
jovens da Missão Alemã Oriental, Biblioteca de História da Igreja; Burkhardt, “Henry
Johannes Burkhardt”, p. 28; Kuehne, Henry Burkhardt, p. 39. 626

748
Notas das páginas 627–633

26. “This Week in Church History”, Deseret News, 6 de junho de 1948, seção da Igreja,
p. 18; “Finnish MIA Holds First Conference”, Deseret News, 27 de julho de 1949, seção
da Igreja, p. 12; Burkhardt, “Henry Johannes Burkhardt”, p. 28; Burkhardt, Entrevista
de história oral, pp. 2–3; Arthur Glaus para a Primeira Presidência, 11 de junho de
1953, Correspondência missionária da Primeira Presidência, Biblioteca de História da
Igreja; Scharffs, Mormonism in Germany, pp. 129–135. 627

27. Burkhardt, “Henry Johannes Burkhardt”, p. 28; Kuehne, Henry Burkhardt, pp. 38–40;
Burkhardt, Entrevista de história oral, p. 3.
28. Kuehne, Henry Burkhardt, pp. 15, 40–41; Burkhardt, “Henry Johannes Burkhardt”,
p. 28; Burkhardt, Entrevista de história oral, p. 3.
29. Kuehne, Henry Burkhardt, pp. 40–42, 44; Burkhardt, Entrevista de história oral, p. 2.

Capítulo 38: Mais poder, mais luz

1. Charrier, Entrevista de história oral, 2001, p. 2; Charrier, Entrevista por e-­mail com
John Robertson, 16 de fevereiro de 2021.
2. Charrier, Entrevista de história oral, 2001, p. 2; Charrier, Entrevista por e-­mail com
John Robertson, 16 de fevereiro de 2021; 21 de fevereiro de 2021.
3. Jeanne Esther Charrier, “Demeurez dans la liberté”, L’Étoile, janeiro de 1954, pp. 8–10;
Joseph Fielding Smith, “Entangle Not Yourselves in Sin”, Improvement Era, setembro
de 1953, vol. 56, p. 646; ver também Jeanne Esther Charrier, “Demeurez dans la
liberté”, Liahona, dezembro de 2020, Páginas locais da Europa em francês, p. 4.
4. Jeanne Esther Charrier, “Demeurez dans la liberté”, L’Étoile, janeiro de 1954, pp. 8–10.
5. “Valence”, L’Étoile, fevereiro de 1952, p. [24]; Charrier, Entrevista de história oral, 2001,
p. 2; Jeanne Esther Charrier, “Demeurez dans la liberté”, Liahona, dezembro de 2020,
Páginas locais da Europa em francês, p. 4; Charrier, Entrevista de história oral, 2014,
p. 8.
6. Charrier, Entrevista de história oral, 2001, p. 1; Charrier, Entrevista de história oral,
2014, pp. 5–6, 9.
7. Charrier, Entrevista de história oral, 2001, pp. 12, 14, 17–18.
8. Charrier, Entrevista por e-­mail com John Robertson, 16 de fevereiro de 2021.
9. Charrier, Entrevista por e-­mail com John Robertson, 6 de fevereiro de 2021; Jeanne
Esther Charrier, “Demeurez dans la liberté”, Liahona, dezembro de 2020, Páginas
locais da Europa em francês, p. 4.
10. Charrier, Entrevista por e-­mail com John Robertson, 16 de fevereiro de 2021.
11. Hinckley, Entrevista de história oral, pp. 2–5; Dew, Go Forward with Faith,
pp. 176–177.
12. Dew, Go Forward with Faith, pp. 177–178; Santos, vol. 2, capítulo 44.
Tópico: Templo de Salt Lake.
13. Hinckley, Entrevista de história oral, pp. 3–4; “Things to Be Done”, 28 de março
de 1955; Gunther R. Lessing e Walt Disney Productions para a Primeira Presidência,
26 de maio de 1955, Arquivos gerais do secretário executivo do Departamento
Missionário, Biblioteca de História da Igreja; Wise, “New Concept in Temple
Building and Operation”, pp. 3–4.
14. Hinckley, Entrevista de história oral, p. 3; Winnifred Bowers para Gordon B. Hinckley,
2 de junho de 1955, Arquivos gerais do secretário executivo do Departamento
Missionário, Biblioteca de História da Igreja.
15. Winnifred Bowers para Gordon B. Hinckley, 2 de junho de 1955, Arquivos gerais do
secretário executivo do Departamento Missionário, Biblioteca de História da Igreja;
Hinckley, Entrevista de história oral, p. 4; Wise, Entrevista de história oral, p. 49.
16. Wise, Entrevista de história oral, p. 54; David O. McKay, Diário, 23 de junho de
1955, Biblioteca de História da Igreja. 633

749
Notas das páginas 634–640

17. Hinckley, Entrevista de história oral, p. 5; “Temple Rites Printed in 7 Languages”, Salt
Lake Tribune, 1º de agosto de 1953, p. 12; Wise, “New Concept in Temple Building
and Operation”, p. 3; Winnifred Bowers para Gordon B. Hinckley, 2 de junho
de 1955, Arquivos gerais do secretário executivo do Departamento Missionário,
Biblioteca de História da Igreja; Wise, Entrevista de história oral, pp. 49, 53.
634

18. Wise, Entrevista de história oral, p. 53; Dew, Go Forward with Faith, p. 178.
19. Couch, Farnsworth e Maksymiw, Entrevista de história oral, pp. 3–5, 10, 26; Meyer
e Galli, Under a Leafless Tree, p. 129; Meyer, Entrevista, 2017, pp. 1–3.
20. Meyer, Entrevista, 2017, pp. 2–3; Couch, Farnsworth e Maksymiw, Entrevista de
história oral, pp. 1–3, 6–7, 10.
21. Couch, Farnsworth e Maksymiw, Entrevista de história oral, pp. 5–9, 28; Meyer,
Entrevista, 2017, p. 3; Elise Kuhn, Registro de membro, Censo de estacas e missões
feito pelo Bispado Presidente, Biblioteca de História da Igreja; Meyer e Galli, Under a
Leafless Tree, p. 156.
22. Couch, Farnsworth e Maksymiw, Entrevista de história oral, p. 5; Meyer, Entrevista,
2017, p. 3.
23. Ver Junta geral da Escola Dominical, Atas, 25 de janeiro de 1955, pp. 134–135; 1º de
fevereiro de 1955, p. 136; 1º de março de 1955, p. 141; 8 de março de 1955, p. 143;
“Make Those Flannelboards Sit Up and Be Noticed”, Instructor, janeiro de 1955, vol.
90, pp. 24–26; Arnold Friberg, Abinádi Diante do Rei Noé e Alma Batiza nas Águas
de Mórmon, em Instructor, novembro de 1954, vol. 89, encartes. Tópico: Periódicos
da Igreja.
24. Richard Ranglack, Paul Langheinrich e Max Jeske para Thomas E. McKay, 5 de janeiro
de 1946, Thomas E. McKay Correspondência, Biblioteca de História da Igreja; Starke,
“Memoirs”, pp. 66, 73; Gregory, Diário do presidente da missão, p. 17; Kuehne, Mormons
as Citizens of a Communist State, pp. 69, 72–73; Kuehne, Henry Burkhardt, p. 31.
25. Starke, “Memoirs”, pp. 79–80; Gregory, Diário do presidente da missão, pp. 2, 4, 15, 29.
26. Couch, Farnsworth e Maksymiw, Entrevista de história oral, pp. 16–18; Meyer e Galli,
Under a Leafless Tree, pp. 139–141, 156–158.
27. Meyer e Galli, Under a Leafless Tree, p. 142; Couch, Farnsworth e Maksymiw,
Entrevista de história oral, p. 11; Meyer, Entrevista, 2017, pp. 2, 4; Atas gerais do
Ramo Neubrandenburg, 1951–1954.
28. Hinckley, Entrevista de história oral, pp. 5–6; Dew, Go Forward with Faith, p. 179.
29. Hinckley, Entrevista de história oral, pp. 5–6.
30. Hinckley, Entrevista de história oral, p. 6; Dew, Go Forward with Faith, pp. 179–180.
31. Dew, Go Forward with Faith, p. 180; Hinckley, Entrevista de história oral, p. 6.
32. Hinckley, Entrevista de história oral, pp. 6–7; Dew, Go Forward with Faith, p. 180.
33. Hinckley, Entrevista de história oral, p. 7; Dew, Go Forward with Faith, p. 180.

Capítulo 39: Uma nova era

1. Meyer, Entrevista, 2017, pp. 2–4; Itinerário, 13 de agosto–18 de setembro de 1955,


Arquivos de turnês do Coro do Tabernáculo, Biblioteca de História da Igreja; Thomas,
Tabernacle Choir Goes to Europe, pp. xvii–xviii. Tópico: Coro do Tabernáculo.
2. Cornwall, Century of Singing, pp. 102–103; Henry A. Smith, “Tabernacle Choir Will
Tour Europe”, Deseret News e Salt Lake Telegram, 25 de setembro de 1954, seção da
Igreja, p. 7.
3. Henry A. Smith, “Tabernacle Choir Will Tour Europe”, Deseret News e Salt Lake
Telegram, 25 de setembro de 1954, seção da Igreja, p. 7; Thomas, Tabernacle Choir
Goes to Europe, pp. 45–48. 640

4. Meyer, Entrevista, 2017, pp. 1, 4; Cornwall, Century of Singing, p. 130; Meyer e Galli,
Under a Leafless Tree, p. 152; Couch, Farnsworth e Maksymiw, Entrevista de história

750
Notas das páginas 640–646

oral, pp. 3–4; Hinckley, Entrevista de história oral, p. 9; Kuehne, Mormons as Citizens
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15. Sessão matutina, Idioma inglês, 11 de setembro de 1955, pp. 2–4, Discursos na
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McKay Dedicates First Temple of Church in Europe”, Deseret News e Salt Lake
Telegram, 17 de setembro de 1955, seção da Igreja, p. 2.
16. Sessão matutina, Idioma inglês, 11 de setembro de 1955, pp. 6–7, 9, Discursos na
dedicação do templo suíço, Biblioteca de História da Igreja; ver também Dew, Ezra
Taft Benson, pp. 8–12. Tópico: Suíça.
17. Sessão matutina, Idioma inglês, 11 de setembro de 1955, pp. 12–14, Discursos na
dedicação do templo suíço, Biblioteca de História da Igreja. Tópico: Dedicações e
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18. Sessão matutina, Idioma inglês, 11 de setembro de 1955, p. 5, Discursos na dedicação
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também Ted Cannon, “Choir Boards Trains for Date in Zurich”, Deseret News, 13 de
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20. Charrier, Entrevista por e-­mail com John Robertson, 21 de fevereiro de 2021; Jeanne
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751
Notas das páginas 646–652

21. David O. McKay, Diário, 15 de setembro de 1955, Biblioteca de História da Igreja;


Sessão vespertina, Idioma francês, 15 de setembro de 1955, p. 2, Discursos na
dedicação do templo suíço, Biblioteca de História da Igreja.
646

22. Sessão vespertina, Idioma francês, 15 de setembro de 1955, p. 3, Discursos na


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27. Charrier, Entrevista por e-­mail com John Robertson, 18 de fevereiro de 2021.
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31. Hinckley, Entrevista de história oral, pp. 2, 9; Dew, Go Forward with Faith, pp. 176,
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32. Kuehne, Henry Burkhardt, pp. 41–42.
33. Kuehne, Henry Burkhardt, p. 42; Burkhardt, “Henry Johannes Burkhardt”, p. 28.
34. Burkhardt, Diário, 11 de novembro de 1955; Kuehne, Henry Burkhardt, p. 42.
35. Kuehne, Henry Burkhardt, p. 42; Burkhardt, Entrevista de história oral, p. 6;
Burkhardt, “Henry Johannes Burkhardt”, pp. 28–29. Tópico: Selamento.
36. Kuehne, Henry Burkhardt, p. 42.
37. Burkhardt, Diário, 11 de novembro de 1955; Burkhardt, Entrevista de história oral,
pp. 6–7.
38. Burkhardt, Diário, 11 de novembro de 1955; Kuehne, Henry Burkhardt, p. 42;
Burkhardt, Entrevista de história oral, p. 6.
652

752
FONTES C ITADAS

Esta lista é um guia completo de todas as fontes citadas no terceiro volume de Santos: A História
da Igreja de Jesus Cristo nos Últimos Dias. Nos verbetes das fontes dos manuscritos, as datas
identificam quando o manuscrito foi criado, que não é obrigatoriamente o período de tempo
abordado no manuscrito. Os volumes de The Joseph Smith Papers estão listados em “JSP”.
Muitas fontes estão disponíveis digitalmente e os links se encontram na versão eletrônica do
livro, que pode ser acessada em santos.ChurchofJesusChrist.org e na Biblioteca do Evangelho.
A citação de uma fonte não implica que seja endossada pela Igreja. Para mais
informações sobre os tipos de fontes usadas em Santos, ver “Notas sobre as fontes”.
As fontes das epígrafes encontradas no livro são as seguintes:

Epígrafe do livro: Joseph Smith, “Church History”, 1º de março de 1842, em JSP,


vol. H1, pp. 499–500
Epígrafe da parte 1: Lorenzo Snow, em Seventieth Annual Conference, p. 3
Epígrafe da parte 2: Joseph F. Smith, em Eighty-­Seventh Semi-­annual Conference, p. 3
Epígrafe da parte 3: Heber J. Grant, “Personal and Family Prayer”, Improvement Era,
dezembro de 1942, vol. 45, p. 779
Epígrafe da parte 4: George Albert Smith, “The Editor’s Page”, Improvement Era,
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As seguintes abreviaturas são usadas nas notas e nesta lista de fontes citadas:

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no Tabernáculo e no Assembly Hall, Salt Lake City, Utah, em 6, 7 e 9 de outubro de 1921,
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Zuber, Terence. Ten Days in August: The Siege of Liège 1914. Stroud, Inglaterra:
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792
REC ONH EC IMENTOS

Centenas de pessoas contribuíram para esta nova história da Igreja, e agradecemos a


cada uma delas. Temos uma dívida para com os santos que mantiveram os registros
nos quais este livro se baseou e com as gerações de historiadores empregados pela
Igreja que meticulosamente os coletaram e preservaram. Agradecemos especialmente
a David Golding, Jessica Marie Nelson e Ryan Saltzgiver por criarem os materiais
suplementares on-­line. Audrey Spainhower Dunshee conduziu a digitalização das
fontes, que foi concluída pelo pessoal do Departamento de História da Igreja.
Expressamos profunda gratidão às muitas famílias de historiadores que
compilaram, digitalizaram e compartilharam seus registros conosco. Agradecemos
especialmente a George Durham, Shirley Eichers, Lark Evans Galli, Priscilla
Hancock, Gayle Hatch, Donna Ikegami, Lyle Jensen, Kent Johnson, Janet
Taylor Jones, Alan Lee, Brian Lee, Kathleen Lloyd, Linda Bang Ludlow, Jennifer
Middleton Mason, Cory H. Maxwell, Helga Meyer, Matthias Miller, Ewan Harbrecht
Mitton, Becka Pace, Carol Rees, Jacqueline Rich, Jan Roothoff, Karla Smith,
Linda Stapley, Grace A. H. Vlam, Edgar Wolferts e Shauna Zukle. Agradecemos
imensamente ao Departamento de História da Família e ao FamilySearch por
seu comprometimento em tornar os registros e serviços genealógicos acessíveis
a todos. Não seria exagero afirmar que, sem esses registros e sem as ferramentas
de descoberta do FamilySearch, não teria sido possível redigir este livro.
Todos os funcionários, missionários e voluntários do Departamento de História da
Igreja contribuíram direta ou indiretamente para a criação deste livro. Em especial,
agradecemos às seguintes pessoas por sua ajuda: Allen Andersen, Jill Andersen, Jeff
Anderson, Jay Burton, Clint Christensen, Tom Clark, Christine Cox, Jeff Crossley,
Emily Crumpton, Richard Davis, Keith Erekson, Jared Feller, Seth Gardner, Matthew
Godfrey, Cas Hadfield, Joan Harding, Matt Heiss, Melissa Wei-­Tsing Inouye, Natalie
Johnson, Jenny Lund, Brandon Metcalf, James Miller, Tarienne Mitchell, Joan Nay,
Jacob Olmstead, Michelle Sayers Pollock, Elise Reynolds, Julie A. Russell, Sheridan
Sylvester, Jeremy Talmage, Emily Utt e Brian Warburton. Também agradecemos a
James Goldberg por ajudar a dar forma à estrutura literária deste livro, a Jenny Rollins
e Laura E. Hilton por ajudarem a esboçar e revisar as cenas, a Nicole Christensen
Fernley, Kaytee Johnson, McKinsey Kemeny, Riley M. Lorimer, Taylor Kalia Orr e
Naomi White pelas contribuições editoriais, e a Sylvia Coates por indexar o livro.
Os membros da junta editorial da Editora do Historiador da Igreja ofereceram
apoio constante.
Muitos leitores experientes não ligados ao departamento teceram comentários
sobre algumas partes do livro. Entre eles estão Ian Barber, Jorge T. Becerra, Richard
Bennett, R. Lanier Britsch, Brian Q. Cannon, Néstor Curbelo, Nancy Dance, Jill
Mulvay Derr, Christian Euvrard, Kathleen Flake, Casey Paul Griffiths, Mark Grover,
Steven C. Harper, Richard Ian Kimball, Carol Cornwall Madsen, Khumbulani
Mdletshe, Dmitry Mikulin, Matthias Miller, Thierry K. Mutombo, Marjorie Newton,
Bonnie L. Oscarson, Fernando Pinheiro, Elisa Pulido, W. Paul Reeve, Carlos F. Rivas,
Jorge L. Saldívar, Cristina Sanches, Ciro Schmeil, Cherry Silver, Ben Spackman,
Jonathan Stapley, George Tate, Douglas Tobler, F. LaMond Tullis, Richard E. Turley Jr.,

793
Com Coragem, Nobreza e Independência

Grace A. H. Vlam e Gary Walton. Sarah Clement Reed, Michael Knudson, Savannah
Woolsey Larson, Heather Olsen, Annie Smith Devenport, Lucia Cathers, Quinn
Preece e Christian Patrick Wawro ofereceram valiosa assistência ao traduzirem as
cartas de Anna e John Widtsoe.
Greg Newbold criou as belas obras de arte. John Heath e Debra Abercrombie
contribuíram para o trabalho de divulgação, e Benjamin Wood ajudou na gerência
de produto. Deborah Gates, Kiersten Olson, Jo Lyn Curtis, Cindy Pond e Susan
Henson forneceram assistência administrativa. Mark Hales realizou o gerenciamento
do projeto. Em sua função de gerente de produto dos três primeiros volumes, Ben
Ellis Godfrey magnificou repetidamente seu papel, inclusive criando e apresentando
o podcast Santos.
Membros de diversos departamentos da Igreja ofereceram sua contribuição, entre
eles a equipe multidepartamentos composta por Irene Caso, Drew Conrad, Irinna
Danielson, David Dickson, Norm Gardner, Paul Murphy, Alan Paulsen e Jen Ward.
Katie Parker, do Departamento de Serviços de Publicação, supervisionou o processo
final de publicação, e Patric Gerber, Benson Y. Parkinson, Lindsey Maughan,
Alyssa Aramaki, Preston Shewell, Josh McFadden, Cara Nickels, Wendy Jennings,
Sarah Schulzke Trump e Kat Tilby forneceram assistência de produção. Outros
colaboradores incluem Christopher Clark, Jon Thorup, Jake Davis, DJ Christensen,
Michael Smith, Jim McKenna, Alan Blake, Jared Moon, Casey Olson, Brian D. Garner,
Benjamin Peterson, Paul VanDerHoeven e Gary Walton. Os tradutores prepararam
cuidadosamente o texto na íntegra em 13 idiomas.
Por fim, agradecemos a leitores do mundo inteiro que revisaram a narrativa
e forneceram comentários. Suas contribuições melhoraram o livro e ajudaram a
garantir que ele fale à mente e ao coração dos santos do mundo inteiro.

794
ÍND IC E

“A Origem do Homem” (versão resumida, 1925), invasão da Polônia, 423


265–266 jovens santos dos últimos dias julgados e
A Voice of Warning (panfleto de Parley P. Pratt), 512 condenados por traição, 467–468
A Young Folk’s History of the Church (Anderson), 404 missionários retirados da, 424–428
Abbott, Stanley, 576–578 mudanças no governo da, 384
Abinádi Entrega Sua Mensagem ao Rei Noé os Estados Unidos declaram guerra contra a
(pintura de Friberg), 635 (1941), 443–445
Academia Juárez, México, 165 rendição às Forças Aliadas (1945), 497–498
academias das estacas, 232–233 União Soviética em guerra com, 436–437
ACM (Associação Cristã de Moços), 158–159 Alemanha Ocidental. Ver República Democrática
Adão, 194–195, 217, 341, 647 Alemã (RDA)
África do Sul, santos da Alemanha Ocidental. Ver República Federal da
David O. McKay fala sobre as restrições do Alemanha (Alemanha Ocidental)
sacerdócio/templo, 624–626 Alemanha, santos da
doença e recuperação de William Daniels, Ver também Missão Alemanha Oriental Ramo
361–363 Tilsit (Alemanha)
preocupações com a discriminação racial, 329, a família Schulzke se une aos, 302–303
330–331, 345, 623–624 a vida sob o governo nazista, 384–385
Ramo Love na Cidade do Cabo, 345–346, crescimento da Igreja entre os, 86, 314–315
361, 624 dificuldades pós-­Segunda Guerra Mundial dos,
Ramo Mowbray na Cidade do Cabo, 330, 492–497, 512–515
345, 362 e o nazismo, 370–373
Ala Cardston (Alberta, Canadá), 91–94 Helmuth Hübener, 468–470, 554
Alemanha jovens que resistem à propaganda nazista são
Ver também Alemanha nazista Primeira Guerra presos e condenados, 440–442, 445–448,
Mundial República Democrática Alemã 466–468
(RDA) República Federal da Alemanha missionários santos dos últimos dias, turistas e
(Alemanha Ocidental) Segunda Guerra estudantes presos (1910), 145
Mundial o fato de Emma Lucy Gates ser membro é
Apresentações de Emma Lucy Gates na Royal mantido em segredo, 143–146
Opera House (Berlim), 143–144 os santos da Holanda enviam sua colheita de
ascensão de Hitler ao poder na, 365–367 batatas para os, 537–539
Berlim é dividida em Berlim Oriental e Ramo Selbongen, 524–525
Ocidental (1949), 603–604 registros genealógicos salvos e transportados
crescente influência do Partido Nazista, da Alemanha Oriental, 518–520, 525
370–373 reunião em segredo (1910), 145–146
crescimento da Igreja na, 86, 314–315 Revista Der Stern (revista alemã da Igreja),
declaração de guerra dos EUA (1917) contra a, 198, 436
208–209, 209 trabalho missionário de John Widtsoe, 85–87
dividida em duas nações (1949), 603 Allen, Heber, 547, 559–560
limitação do número de missionários na, 366 Alma Batiza nas Águas de Mórmon (pintura de
missionários desobrigados (1914), 175–176, Friberg), 635
187–188 América Central, 600. Ver também Guatemala
perseguição contra os santos da, 133, 144, México
145–146, 334–336 América do Sul, 257–258, 270, 271. Ver também
Alemanha nazista Argentina Brasil
Anschluss, união com a Áustria (1938), 407, América Latina. Ver América Central América do
408, 423 Sul México
Bund Deutscher Mädel ou Liga das Moças AMMJD. Ver Associação de Melhoramentos Mútuos
Alemãs na, 373 das Jovens Damas/Moças (AMMJD/AMMM)
Forças Aliadas avançam contra a, 492 AMMM. Ver Associação de Melhoramentos Mútuos
França e Grã-­Bretanha declaram guerra em das Jovens Damas/Moças (AMMJD/AMMM)
(1939), 428

795
Com Coragem, Nobreza e Independência

AMMR. Ver Associação de Melhoramentos Mútuos conferências da AMM realizadas para fortalecer
dos Rapazes (AMMR) a juventude, 626–627
Anderson, Charles decisão de incluir atividades esportivas na,
comemoração da restauração do Sacerdócio 159–160
Aarônico, 349 Heber J. Grant sobre como manter os jovens
como presidente do Ramo Cincinnati, na, 244
282–283, 404 líderes falam sobre a adoção do modelo do
como testemunha do selamento da família escotismo, 160, 249
Bang, 459–60 na Estaca de Alberta, 91–94
e a capela do Ramo Cincinnati, 299–301, 307 primeira conferência combinada (1896) com a
no batismo da família Bang, 283–284 AMMJD, 52–53
organização da sociedade de contatos, 376 propósitos da, 27
Anderson, Christine, 282–283, 307, 459–460 Associação Māori de Sião, 57–58, 70
Anderson, Edward, 247 Associação Ministerial de Salt Lake, 107–110
Anderson, Nephi, 404 ataque a Pearl Harbor (1941), 443–444, 490
Anschluss (unificação da Alemanha nazista, 1938), audiências do caso Reed Smoot (1904), 108–115,
407, 408, 423 120, 121–124, 135–136
Aoki, Tamotsu, 419–420 Áustria, 407, 408, 409–410, 423
apartheid, 623–624 Áustria, santos da
Arabic, naufrágio do (1915), 188 com herança judaica, 423, 439
Argentina, 257–260 comemoração da chegada dos pioneiros ao
Arizona, santos do, 309, 309–310 Vale do Lago Salgado, 534–536
armazéns. Ver armazéns do bispo Emmy Cziep na Viena do pós-­guerra, 528–529,
armazéns do bispo, 353–356. Ver também Programa 529–531
de Segurança da Igreja família Cziep, 407–10, 422–423
“As Doutrinas da Igreja” (curso do seminário), 416 membros e simpatizantes do Partido Nazista
Associação de Melhoramentos Mútuos das Jovens entre os, 437–438
Damas/Moças (AMMJD/AMMM) os homens são convocados para o exército
Bureau de Informações com funcionárias alemão, 437
da, 105 Ramo Frankenburg, 535
Chiye Terazawa chamada para organizar a,
no Havaí, 412–13
conferências da AMM realizadas para fortalecer Ball, Vaughn, 458, 458–460
a juventude, 626–27 Ballantyne, Richard, 567
Heber J. Grant sobre como manter os jovens Ballard, Melvin J., 270–273, 291, 342–343, 390, 395
na, 244 Ballif, Louisa, 644
história da, por Susa Gates, 247 Balsa de Anderson, Ohio, 283–284
mudança de nome, 372 Banco Estadual de Utah, 15–16
na Estaca de Alberta, 91–94, 248, 249, 250, 256 Bang, Chris, 347, 347–348
na Europa, 331–334, 372–373 Bang, Christian, Sr., 281–282, 282, 282–283,
no Congresso de Mulheres Representativas 283–284, 299, 306, 571
(1893), 5–6, 67 Bang, Connie (Cornelia Belle) Taylor
primeira conferência combinada (1896) com a bênção patriarcal de, 374, 375–376, 377–378,
AMMR, 52–53 430–431, 573
programa das abelhinhas, 249–250, 332–333, casamento e passeio por locais históricos,
358–359, 372–373 430–433
programa das ceifeiras, 332–333, 358–359 na AMMM, 571
propósitos da, 27 namoro com Paul Bang, 377, 404, 405, 406
Associação de Melhoramentos Mútuos dos Rapazes no comitê de construção da capela do Ramo
(AMMR) Cincinnati, 457–458
Anthony Ivins é designado para liderar, 226 selamento no templo, 458–460
Bureau de Informações com funcionários serviço missionário de, 376–377, 405–406
da, 105 transmitir legado de fé para os filhos, 571
Bang, Henry, 347–348, 349, 377

796
Índice

Bang, Judy, 377, 404–405 Biebersdorf, Marie, 259, 270–271


Bang, Paul Birth, Gerhard, 451–453, 480–481, 482, 497
batismo, 281, 283–284 Birth, Helga Meiszus. Ver Meyer, Helga Meiszus
casamento e passeio por locais históricos, (Birth)
430–433 Bispado Presidente, 180, 259, 337–338, 349, 387
namoro com Connie Taylor, 377, 404, 405, 406 bispos, 229–230, 327, 337–338, 388
responsabilidades no Sacerdócio Aarônico de, Blake, Isabella, 203–205
346–348 “Bless This House” (hino), 645
selamento no templo, 458–460 bombardeio de Hiroshima ( Japão), 504–505, 515
serviço missionário de, 403–404, 405, 405–406 bombardeio em Nagasaki ( Japão), 504–505, 515
serviço no Ramo Cincinnati, 347–349, 457–458, Bosque Sagrado, 126–127, 415, 432–433
571, 572, 573 Bowen, Albert, 340
Bang, Rosa Kiefer, 281–282, 282, 283–284 Bowen, Emma Lucy, 340
Bang, Sandra, 458, 459–460, 571, 573 Bowers, Winnifred, 633
Barnes, Maria ( Jarman), 22, 32, 33 Bowman, Henry, 162, 163
Batalhão Mórmon, 72 Bowman, Margaret, 214, 215
batismo Brahtz, Kurt, 385–386, 480–481, 497
da família Monroy no México, 173 Brasil, 478–479, 479, 479–480
da família Sell no Brasil, 298 Brasil, santos do, 292–293, 296–299, 477–478,
da família Yanagida no Japão, 569–570 479–480, 483–486
de Helga Meiszus na Alemanha, 334 Brimhall, Jennie, 66–67
de Inge Lehmann na RDA, 614–616 Bringhurst, Lenora, 607, 608–609
de Jeanne Charrier na França, 591–592 Bringhurst, Samuel, 607, 608–609, 643
de Jennifer Middleton na Inglaterra durante a Brown, Campbell, Jr., 387–389
Segunda Guerra Mundial, 486–488 Brown, Hugh B., 434–435, 486–487
de Len e Mary Hope nos EUA, 266–268, 269 Brown, Ralph, 599
de membros da família Bang nos EUA, Buenos Aires, Argentina, 257–260, 270–273,
283–284, 571 291–293
de santos da Guatemala, 550–551, 597–598 Bureau de Informações da Praça do Templo,
para cura, 255 106–107
unidos em amor pelo, 96 Bureau de Informações (Praça do Templo),
batismo pelos mortos, 56, 310–311. Ver também 106–107
ordenanças pelos mortos Burkhardt, Henry, 603–606, 614–615, 616, 626,
Bautista, Margarito, 396, 401–402, 402, 403 627–628, 649–652
Bean, Arlene, 551 Burkhardt, Inge Lehmann, 614–615, 615, 616,
Beckstead, Inez, 417, 418–420 627–628, 649–652
Beehre, Emma, 345–346
Bélgica, santos da, 174–176, 192–193, 314–315
bênçãos patriarcais Cáceres, Alicia, 552
Membros do Ramo Cincinnati recebem, Cáceres, Manuela, 551
374–375 Cadeia de Carthage, 126
não disponíveis na Europa, 294 Califórnia
Neal Maxwell confortado por, 500, 501 crescimento da Igreja na, 391, 617
promessas feitas a Connie Taylor, 374, 375–376, planejamento do templo em Los Angeles, 392,
377–378, 430–431, 573 399–400, 552
Bennion, Mervyn, 454, 455 Programa de Segurança da Igreja na, 398–399
Benson, Ezra Taft, 433, 476, 524–528, 644 programa de seminário matutino lançado na,
Berger, Renate, 497 617–618
Berlim Ocidental, República Federal da Alemanha, visita de George Albert Smith, 552–553
603–604, 605, 639–642 visita de Heber J. Grant, 226, 244, 391–392, 399,
Berlim, Alemanha, 603–604, 605, 639–642 429–430, 448–449
Berrett, Lyman, 504 visita de Wilford Woodruff e George Q. Cannon
Berrett, William, 618–619, 619 à, 73–74
Biebersdorf, Ernst, 257–258, 259, 260, 270–271 Callenbach, Sr., 472, 473
Biebersdorf, Louise, 257 Callis, Charles A., 460

797
Com Coragem, Nobreza e Independência

campanha de arrecadação de fundos “We’re United Christensen, C. C. A., 566


for Victory” (Havaí), 463–464 Churchill, Winston, 148–149, 150
Canadá, 90, 91–92, 180, 253–254, 432, 549, 559–560 ciência
Cannon, Frank, 142–143, 283 discordância de Joseph Fielding Smith com
Cannon, George Q. B. H. Roberts sobre as origens da vida,
apoio à apresentação do Coro do Tabernáculo 341–344
no Eisteddfod, 5–6, 19 julgamento Scopes cria conflito entre a religião
como conselheiro de Lorenzo Snow, 75–76 e a, 264, 265
e as práticas de selamento nos templos, 30–31, preocupações de Heber J. Grant sobre fé e,
31, 33–34 264–266
envia Heber J. Grant para conseguir teoria evolutiva, 264, 265–266
empréstimos, 6–8, 15–16 “The Origin of Man” (1909) sobre religião e,
fala sobre a Guerra Hispano-­Americana, 72 194, 265–266, 343–344
gratidão e testemunho expressos por, 28–29, Cincinnati, Ohio, 348–349, 457
73–74 Claflin, John, 16
“Manifesto Político” elaborado por, 50 Clark, J. Reuben
na comemoração do quinquagésimo aniversário como conselheiro de David O. McKay, 585
da Igreja no Havaí (1900), 94–97 como conselheiro de George Albert Smith, 555
otimismo expresso por, 20 designação de Martha Toronto como
saúde debilitada e morte, 100–101 missionária, 542
Cannon, Hugh, 231–232, 242–243 e convencionistas, 521
Cannon, Sylvester Q., 259 fala sobre a educação da Igreja centralizada no
capela I Hemolele (“Santidade ao Senhor”), Laie, evangelho, 413–416
Havaí, 182 fala sobre a Segunda Guerra Mundial, 454–456
Card, Charles, 91–92 interesse no programa de auxílio da Estaca
Card, Zina Presendia, 91–94, 101–102, 105 Pioneer, 378–379
Carranza, Venustiano, 183–184 Clawson, Rudger, 148–149, 149–150, 150, 433
casamento plural Cleveland, Grover, 38
Ver também Manifesto (1890) Segundo Clissold, Edward, 569
Manifesto (1904) Collard, Guillemine, 192–193
acusações na mídia, 141–142, 142–143, Collette, Emmy Cziep
146–148, 151–152 acompanhou crianças santos dos últimos dias à
audiências do caso Reed Smoot sobre o, Suíça, 529–530
108–115, 120, 121–124, 135–136 emigração para o Canadá, 546–549, 559–560
B. H. Roberts exonerado do Congresso dos fuga da Tchecoslováquia ocupada pelos
EUA devido ao, 88–91 nazistas, 420–423
campanha do governo dos EUA contra o, 4, missionária na Suíça, 530–531
24–25, 108–115 morou na Viena ocupada pela União Soviética,
continua após o Manifesto, 88, 89, 90–91, 528–529
113–114, 115, 120, 121–122, 141–142 namoro e casamento com Glenn Collette,
declarações da Associação Ministerial de Salt 560–562
Lake sobre o, 107–110 Collette, Glenn, 560–562
entrevista de Joseph F. Smith sobre o, 152–153 coluna “Evidências e Reconciliações”
repórter de Cincinnati pergunta sobre o, 306 (Improvement Era), 611
romance escrito por Etta Gilchrist condena o, 9 Comitê Consultivo Social, 229, 230–231
rumores de que Margarito Bautista estava Comitê de Bem-­Estar da Igreja, 510–512
envolvido em, 402 comunismo, 541, 556–557, 575, 583, 586
castidade, lei da, 92, 93 condição de estado para Utah (1896), 46
Cates, Mary Louise, 572 Conferências da Associação de Melhoramentos
centenário da Igreja (1930), 309, 318–321 Mútuos, 626–627. Ver também Associação de
Charrier, Jeanne, 589–592, 629–632, 645–646 Melhoramentos Mútuos das Jovens Damas/
Chenoweth, C. W., 285–286 Moças (AMMJD/AMMM) Associação de
Children’s Friend of the Air Melhoramentos Mútuos dos Rapazes (AMMR)
(programa de rádio), 565

798
Índice

Congresso de Mulheres Representativas (1893), Dalton, Geneve, 362


5–6, 8–10 Daniels, Alice, 328–329, 345–346, 624
Congresso dos Estados Unidos Daniels, Clara, 328–329, 344–345, 345–346, 346, 624
audiências do caso Smoot (1904), 108–115, 120, Daniels, Phyllis, 329
121–124, 135–136 Daniels, William, 328–331, 344, 345–346, 346,
B. H. Roberts é exonerado como deputado, 361–363, 624
87–91, 106–107 decisão sobre segregação da Suprema Corte dos
Lei Edmunds-­Tucker, 6, 29, 39 EUA (1896), 261
Reed Smoot eleito para o Senado, 106–110 Deguée, Tonia, 175
Conselho internacional das mulheres, 207 Departamento de Serviços Sociais. Ver Serviço
Conservatório de Música de Berlim, 86 Social da Sociedade de Socorro
Convencionistas (México), 394–395, 395–397, Depressão (década de 1930)
400–403, 520–523 Ver também crise financeira (década de 1890)
Corelli, Blanche, 144 desafios da Missão Europeia devido à, 364
Coro do Tabernáculo manifestantes em Salt Lake City, 336
apresentação na Feira Mundial de Chicago número reduzido de missionários, 364, 376, 405
(1893), 3–6, 17–19 o plano de auxílio de bem-­estar de Harold B.
na dedicação do Templo da Suíça, 643, 645 Lee, 353–356
produção do espetáculo teatral The Message of o trabalho de Evelyn Hodges com os
the Ages, 320–321 necessitados, 336–339, 350–352
transmissão de rádio nacional semanal quebra da bolsa de valores (1929) início da,
(1929), 310 327–328
turnê europeia (1955), incluindo Berlim Santos de Cincinnati, Ohio, afetados por,
Ocidental, 639–642 348–349
Coro do Tabernáculo Mórmon. Ver Coro do Descartes, René, 589
Tabernáculo Deseret Book Company, 318–319, 588
Costa Rica, 545 Deseret News/Deseret Evening News, 196, 207,
Couch, Catherine, 55 566–567
Cowley, Matthias “Deus vos guarde” (hino), 642
casamentos plurais pós-­Manifesto por, 147, 152 Deus, o Pai
convocado para testemunhar nas audiências do “A Origem do Homem”, declaração sobre, 194,
caso Smoot, 120 265–266, 343–344
renúncia do Quórum dos Doze Apóstolos, aparece a Joseph Smith na Primeira Visão,
122–124, 135–136 126–127, 415
Criação, 194, 264, 265–266, 341–344 “O Pai e o Filho”, exposição doutrinária sobre,
crise financeira (década de 1890), 5, 37–38. Ver 195–196
também Depressão (década de 1930) Finanças obediência a, 591
da Igreja Primeira Presidência diferencia Adão e,
cristãos fundamentalistas, 264, 265, 266 194–195
Cruz Vermelha, 209, 228–229, 230, 246, 525–526 Devignez, Charles, 192, 192–193
cura, 130–133, 361–363 Díaz, Porfirio, 161
Cziep, Alois, 408–410, 420–421, 422–423, 436–438, “Digno é o Cordeiro” (Handel), 18
439, 534, 535–536 Dinamarca
Cziep, Emmy. Ver Collette, Emmy Cziep Anthon Lund sobre as dificuldades da Igreja na,
Cziep, Heinrich, 420–421, 421 23–24, 24
Cziep, Hermine, 407–408, 408–409, 420–421, aumenta o número de santos na, 314–315
422–423, 437, 437–438 expulsão dos santos da, 601
Cziep, Josef, 420 Líderes da Igreja visitam a, 252, 605
Cziep, Leopold, 420–421 retirada dos missionários (1939), 424–428
Cziep, Mimi, 420 dízimo
Ver também Finanças da Igreja
a família Yanagida é abençoada por pagar,
Dalby, Phil, 566–567 581–583
Dalton, Don, 328–329, 329, 330, 344, 345–346, conselho de Lorenzo Snow aos santos sobre,
361–362 79–81

799
Com Coragem, Nobreza e Independência

discursos da conferência geral sobre dívida e, Estados Unidos da América


77–78, 137 Ver também Depressão (década de 1930)
e os armazéns da Igreja, 353–354 Forças Aliadas imigração Primeira Guerra
Heber J. Grant sobre, 311 Mundial Segunda Guerra Mundial
impacto da Lei Edmunds-­Tucker sobre o, 6 a guerra fria se intensifica entre a União
programa de auxílio da Igreja financiado pelo, Soviética e os, 575
387–388, 391, 392–393 apoio à Coreia do Sul na Guerra da Coreia,
Dom do Espírito Santo, 267–268 583–585
Doutrina e Convênios Ataque a Pearl Harbor e declaração de guerra
edição havaiana, 181 (1941), 443–445
Jeanne Charrier sobre o poder de, 591, 629–630 “baby boom” nos, 586
Leah Widtsoe usa, na aula da Sociedade de campanha do governo contra o casamento
Socorro, 316 plural, 4, 24–25, 108–115
sobre gratidão perante a tribulação, 497 crise financeira (década de 1890), 5, 37
sobre o estabelecimento de um armazém, 353 declaração de guerra à Alemanha (1917),
sobre renunciar à guerra e proclamar a paz, 455 208–209, 209
Drury, Jesse, 354–356, 378 governo coordena com a Igreja os esforços de
Duncan, Leroy, 623 auxílio a europeus, 511–512
Dunford, Leah. Ver Widtsoe, Leah Dunford número crescente de grupos de ódio e
Dusenberry, Ida, 104, 105, 105–106 violência racial (1920), 260–261
os santos afirmam lealdade aos, 72–73, 138
políticas de ajuda aos refugiados da Segunda
Educação na Igreja Guerra Mundial, 438–439
Ver também Universidade Brigham Young, preocupações com os membros que dependem
Provo, Utah Universidade dos Santos dos de fundos públicos, 379–381
Últimos Dias, Salt Lake City, Utah Utah é acrescentado como o 45º estado (1896),
A experiência de Nan Hunter como professora 46
do seminário na Califórnia, 616–617, Europa
618–619 Ver também Primeira Guerra Mundial Segunda
Classe “Doutrinas da Igreja” para o programa Guerra Mundial
de seminário, 416 “Dia da Vitória na Europa” põe fim à guerra na
David O. McKay como comissário de, 232, 243 (1945), 497–498
J. Reuben Clark sobre a necessidade de emigração da, 24–25, 600–601
centralizar-­se no evangelho, 413–416 esforços para trazer os missionários americanos
Laie Mission School, 231–232 de volta para casa (1915), 187–190
preocupações sobre o aumento de despesas e mudança das fronteiras nacionais após Segunda
o futuro da, 274–275 Guerra Mundial, 524–525
programa de seminário matutino, 617–618 planos para a construção de templos na,
programa de seminário, crescimento do, 602–603
232–233 Evento Internacional Eisteddfod (Chicago, 1893),
programa do instituto, desenvolvimento do, 4, 5, 17–19
276–278, 285–287 evolução, teoria da, 264, 265–266
Einheit (navio), 626–627 Expiação de Jesus Cristo, 195, 216, 647
Eisteddfod, evento internacional (Chicago, 1893), Exposição na Feira Mundial (Chicago, 1893), 3–6,
4, 5, 17–19 8–10, 17–19, 20, 67
El Salvador, 545 Eyring, Camilla, 164, 164–165, 166, 166–167,
Eldridge, Jay, 287 167, 183
Elias, 217
emigração. Ver imigração
Escotismo, 160, 249, 384–385 Faculdade agrícola, Logan, Utah, 53, 96, 119,
espetáculo teatral Women’s Century of Light, 449 129–130, 234–235
Estaca Oahu (Havaí), 381–384 Fairbanks, Avard, 210
Estaca Pasadena (Califórnia), 399 Fairbanks, Leo, 210
Estaca Pioneer (Salt Lake City), 353–356 Fantasia (filme da Disney), 632

800
Índice

Fargier, Claire, 590, 590–591, 592, 645 Friedrichs, Wilhelm, 257–259, 259, 270–271
Fargier, Léon, 590, 590–591, 591–592, 645 Fulton, Fred, 286
“Faze o bem” (hino), 426 Fundo Perpétuo de Emigração, 24–25
fé, 9–10, 130–133, 202, 264–266, 581
Feira Mundial de Chicago. Ver Exposição na Feira
Mundial (Chicago, 1893) Gaarden, Petroline, 118, 127–129, 130, 235, 290,
Fernandez, Abraham, 180–181 340–341
Fernandez, Minerva, 180–181 garments do templo, 255
Finanças da Igreja Gates, Emma Lucy, 85–86, 143–146
Ver também crise financeira (década de 1890) Gates, Jacob, 219
Depressão (década de 1930) dízimo Gates, Susa
alas e estacas pedem ajuda monetária biografia de Brigham Young por, 278–279, 288,
(1894), 37 289, 317
discursos da conferência geral sobre dízimo carta de incentivo para a filha Leah, 290
e dívidas, 77–78 carta para John Widtsoe sobre o fato de ele se
empréstimos para aliviar os encargos tornar apóstolo, 238
financeiros (1893–1894), 6–8, 15–16, 29–30 celebração do 75º aniversário, 340
Igreja diante da ruína financeira (1893), 6 como editora da Relief Society Magazine, 240
Igreja livre de dívidas (1906), 137 discursa na conferência combinada da AMMR e
impacto da Lei Edmunds-­Tucker sobre as, 6, 29 AMMJD, 52, 53
investimento em empresas locais, 29–30 genealogia e trabalho do templo feitos por,
preocupações contínuas sobre as (1898), 75, 76 206–208
recuperação da Depressão, 392 história das mulheres santos dos últimos dias
Finlândia, 605 escrita por, 247–248
Fish, Stanley, 404–405 Joseph F. Smith compartilha revelação com,
Fletcher, Arthur, 435, 487 219–221
folheto sobre Autoridade Divina, 384–385 morte, 360–361
Forças Aliadas na dedicação do monumento a Joseph Smith,
Ver também Estados Unidos da América França 124, 125–126
Grã-­Bretanha Segunda Guerra Mundial reservas sobre a maneira como Amy Lyman
União Soviética abordava o serviço social, 229–230, 240,
ataque a Pearl Harbor e entrada dos EUA para 245–246, 247
as, 443–444, 490 sobre a filha Lucy manter segredo a respeito de
avançam para a Alemanha, 492 sua religião, 144–145
Batalha de Okinawa entre o Japão e as, sobre a Primeira Visão e a liderança divina da
497–501, 503 Igreja, 127
Comemoração do “Dia da Vitória na Europa” sobre o namoro entre sua filha Leah e John
(1945), 497–498 Widtsoe, 53
invasão do Dia D pelas, 489 trabalho missionário feito por, 67
ocupação do Japão, 505 Geddes, Norma, 276, 287
Fox, Ruth May, 249–250, 333 Geddes, William, 276
França Geddes, Zola, 276, 286–287
Ver também Forças Aliadas genealogia e história da família
batismo de Jeanne Charrier e reuniões da Igreja Ver também ordenanças pelos mortos
na, 589–592, 629–632 e elegibilidade para a ordenação ao sacerdócio,
David O. McKay visita os santos da, 605 622–623, 625
declara guerra contra a Alemanha, 428 e mudança nas práticas de selamento, 36–37
destruição causada na Primeira Guerra Mundial, Elias volta o coração dos filhos aos pais, 217
179–180 os santos europeus são encorajados a
missionários desobrigados (1914), 175–176, pesquisar, 316–317
187–188 peça teatral com temática genealógica The
retirada dos missionários (1939), 424–428 Time Is Come, 596–597
Revista L’Étoile para os santos da, 608, 629–630 prioridade na Sociedade de Socorro,
Friberg, Arnold, 567, 587–588, 589, 635 207–208, 219

801
Com Coragem, Nobreza e Independência

registros salvos e transportados do leste da comemoração do centenário da Igreja, 318,


Alemanha, 518–520, 525 319–320
revelação de Joseph F. Smith sobre a redenção como presidente da Estaca Tooele (Utah), 308
dos mortos e a, 219–221 contempla a construção de templos fora de
Gilchrist, Etta, 8–10 Utah, 392
Gilliam, Alvin, 299, 404, 405–406, 431, 571 delega responsabilidades de liderança, 226
Ginásio Deseret, Salt Lake City, Utah, 158–159 denuncia a Ku Klux Klan, 263
Glaus, Arthur, 604–605, 605 derrame ao visitar a Califórnia, 429–430,
Goddard, Benjamin, 69–70 448–449
Gonzáles, Santiago Mora, 401–403 designado por imposição de mãos como
Gonzalez Batres, Luis, 551 presidente da Igreja (1918), 225
Göttingen, Alemanha, 85–86 discurso final lido na Conferência Geral de
Goya, Koojin, 570 Abril de 1945, 505–506
Grã-­Bretanha e o futuro da educação da Igreja, 274–275
Ver também Forças Aliadas e o programa de auxílio da Igreja, 378–381,
ataques aéreos alemães contra (1940), 390–393, 397–398
433–435, 436 enviado para negociar novos empréstimos para
declaração de guerra contra a Alemanha a Igreja, 6–8, 15–16
(1939), 428 grande consideração pelo legado de Joseph F.
inquérito governamental sobre a Igreja (1911), Smith, 224–227
148, 148–149, 150 investiga violações do Segundo Manifesto,
missionárias na, 58–62, 66–67, 203–205 141–142
missionários durante a Segunda Guerra mensagem no centenário da Sociedade de
Mundial, 188 Socorro (1942), 449–450
planos para a construção de um templo na, morte, 504
602–603 na dedicação do Templo de Alberta, 253–255
tumultos da cruzada antimórmon de Liverpool na dedicação do Templo do Havaí, 227–228
na, 149–150 o último conselho de Joseph F. Smith para,
Grã-­Bretanha, santos da 221–223
Ver também Missão Europeia preocupações com B. H. Roberts e Moses
Anthon Lund fala sobre as dificuldades Thatcher, 46–49
enfrentadas pelos, 23–24 preocupações sobre a disseminação de grupos
apoio da Sociedade de Socorro de Liverpool de ódio (década de 1920), 260–261
aos soldados da Primeira Guerra Mundial, relatório sobre a Missão Califórnia, 244
177–179 sobre a eclosão da Segunda Guerra Mundial,
ataques de William Jarman contra os, 21–24, 428–429
31–33, 42–44, 59–60, 60, 68, 68–69, 143, sobre como manter os jovens no programa
148, 294 AMM, 244
coro de missionários, 59 transmissão de rádio feita por, 245
David O. McKay visita os, 605 visita estacas do Arizona, 309, 309–310, 311
desafios durante a Segunda Guerra Mundial, Grant, Rachel, 429
433–436, 474–477 Graves, Marie, 261, 262
exigências da cruzada antimórmon de Graves, William, 261
Liverpool em relação aos, 149–150 Guatemala, 543–546, 596–599
oposição aos, 148–150 guerra
“Graças damos, ó Deus, por um profeta” (hino), 572 Ver também Guerra da Coreia Primeira Guerra
Grande Depressão. Ver Depressão (década de 1930) Mundial Segunda Guerra Mundial
Grant, Augusta, 226, 245 Guerra Hispano-­Americana (1898), 71–73
Grant, Emily, 239, 309 Guerra Mexicano-­Americana (1846–1848), 72
Grant, Heber J. J. Reuben Clark Jr. sobre renúncia, 455
aconselha John Widtsoe sobre a desobrigação Lorenzo Snow sobre perdão, 98
da Missão Europeia, 363–365 revelação de Joseph Smith sobre guerras que se
chama John Widtsoe para os Doze, 236–237 espalhariam por todas as nações, 180
Guerra da Coreia, 583–585, 586, 620–621

802
Índice

Guerra Fria, 575, 583–585, 603–604, 620–621 vida da família Vlam sob ocupação nazista,
Guerra Hispano-­Americana (1898), 73 460–463
Guerra Mexicano–Americana (1846–1848), 72 Holocausto, 548–549
Gutierrez, Casimiro, 201 Honduras, 545
Hope, Len, 266–269, 367–370, 572–573
Hope, Mary Pugh, 269–270, 367–370, 572–573
Habitantes das ilhas do Pacífico, 261–262, 382 Hoppe, Emil, 270–271
Haili, David, 210 Horbach, Arthur, 174, 175–176, 192, 192–193, 193
haka (dança cerimonial maori), 71 Horbach, Mathilde, 175
Hanks, Marion, 459–460, 572–573 Horne, Mary Isabella, 28
Hansen, Harold, 633 Hospital Geral de Viena, Viena, Áustria, 528
Harbrecht, Elise, 281 Howell, Abner, 572–573
Harbrecht, Ewan, 645 Howell, Martha, 572–573
Havaí, 443–445, 463–465, 465–466 Howells, Adele Cannon, 564–567, 587–589
Havaí, santos do Hübener, Helmuth, 440–442, 445–446, 446,
capela I Hemolele (“Santidade ao Senhor”) em 466–470, 554
Laie, 182 Huck, Anthon, 470
diversidade dos, 382 Hunter, Nan, 616–617, 618–619
George Q. Cannon comemora o 50º aniversário Hut, Ruurd, 536–537
dos (1900), 94–97, 180–181 Huysecom, Augustine, 192
impacto do ataque a Pearl Harbor, 442–445 Huysecom, Hubert, 192–193
Joseph F. Smith visita, 180–183, 210 Hyde, Annie, 104
Laie Mission School, 231–232
musical Happy Hearts apresentado pelas
crianças da Primária, 419–420 “I Am a Mormon Boy” (hino), 335–336
organização da Estaca Oahu (1935), 381–384 Ibey, Mamie, 93
Ramo Hilo, 418–420 Igreja Reorganizada de Jesus Cristo dos Santos dos
santos japoneses, 382, 382–383, 383–384, Últimos Dias, 431–432
463–464 Ikegami, David, 463–465
Hearst, William Randolph, 88 Ikegami, Kay, 413, 417, 442–443, 444–445
Heck, Christian, 436 imigração
Hermansen, Ray, 474–476 de santos durante a Segunda Guerra Mundial,
Hill, Marion, 280 189–190
Hinckley, Bryant, 405–406 Fundo Perpétuo de Emigração é encerrado
Hinckley, Gordon B., 620, 632–634, 636–638, para desencorajar a, 24–25
648–649 John Widtsoe faz relatório sobre, 600–601
Hinckley, Marjorie, 620, 636, 638 medo de que o casamento plural afete,
história da família. Ver genealogia e história da 24–25, 25
família o navio Scandinavian leva santos europeus
Hitler, Adolf, 365, 365–366, 366, 371, 372, 384, para o Canadá (1915), 189, 189–190, 190,
408, 409, 429, 437, 492, 496–497, 517–518. Ver 191
também Alemanha nazista santos europeus esperam se mudar para os
Hodges, Evelyn, 325–328, 336–337, 338–339, EUA, 37
350–351, 351–352 santos maori se mudam para Utah, 56–57
Holanda, 424–428, 536–539 santos são desincentivados a se mudarem para
Holanda, santos da Utah, 25, 56–57
Ver também Ramo Amsterdã (Holanda) Império Austro-­Húngaro, 174
a cura de Jan Roothoff por Joseph F. Smith, In a Sunlit Land (livro de John Widtsoe), 609, 612
130–133 Índios americanos. Ver Nativos americanos
a família Vlam é reunida após a Segunda Inglaterra. Ver Grã-­Bretanha
Guerra Mundial, 501–503 Ivins, Anthony, 226, 254
David O. McKay visita a, 605 Ivins, Antoine, 393–394, 395
Pieter Vlam ensina o evangelho em um campo
de prisioneiros nazista, 471–473

803
Com Coragem, Nobreza e Independência

James, Jane Manning, 138–141 Judd, George, 84


James, John, 21–23 Judeus
Japão a ascensão de Hitler ao poder e o ódio aos, 371
Ver também Segunda Guerra Mundial Família Weiss do Ramo Viena, 438–439, 439
ataque a Pearl Harbor (1941) pelo, os nazistas proíbem as igrejas de mencionar o
443–445, 490 judaísmo, 384–385
Batalha de Okinawa, 497–501, 503 violência nazista contra os, 423, 548–549
Bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, julgamento Scopes (1925), 264, 265, 266
504–505, 515 Junior Council (programa de televisão
Neal Maxwell como soldado dos EUA no, 491, semanal), 565
515–517 Just, Erika, 615
religiões no, 562
rendição do (1945), 505
Jarman, Albert, 22, 31–33, 42–44, 59–60, 143 Kalili, Hamana, 210
Jarman, Ann, 43 Katsunuma, Tomizo, 96, 382–383, 417
Jarman, Emily Richards, 22, 41 Kiawe Corps (Havaí), 464–465
Jarman, Maria Barnes, 22, 32, 33 Kiefer, Rosa (Bang), 281, 281–282
Jarman, William, 22, 23–24, 31–33, 42–44, 59–60, Kimball, Heber C., 476
60, 68, 68–69, 148, 294 Kimball, Spencer W., 476, 565
jejum, 87, 150, 242–243, 355–356, 472–473, 496, Klopfer, Herbert, 493, 512–513
582–583 Knight, Inez, 66–67
Jensen, Jay C., 443 Knight, William, 66
Jerusalém, 359–360 Koplin, Kari Widtsoe, 612
Jesus Cristo KSL (estação de rádio de propriedade da Igreja),
aparece a Joseph Smith na Primeira Visão, 310, 319
126–127, 415 Ku Klux Klan, 260, 263
como o Filho de Deus gerado na carne, 415 Kubiska, Rudolf, 593
Expiação de, 195, 647 Kuhn, Elise, 634–635
“O Pai e o Filho”, exposição doutrinária sobre, Kullick, Anna, 257–258, 259, 260, 270–271
195–196 Kullick, Herta, 271–272
prega no mundo espiritual, 216–217 Kullick, Jacob, 259, 270–271
Jesus, o Cristo (livro de Talmage), 195, 328–329, KZN (estação de rádio de propriedade da
331, 344, 404, 406, 435 Igreja), 245
Jeuris-­Belleflamme, Juliette, 192–193
Jogos Olímpicos (1912), 157, 160–161, 167–170
Jogos Olímpicos de Estocolmo (1912), 157, La verdad restaurada (panfleto de John Widtsoe
160–161, 167–170 em espanhol), 598
Johnson, Aldon, 576–578 Laie Mission School, Havaí, 231–232
Joinville, Brasil, 292–293, 296–299 Langheinrich, Paul
Jones, Ivie, 596–597 convida Helga Meiszus Birth para servir na
Jones, Ray, 617–618, 618 Missão Berlim, 481
Jongkees, Arie, 461 em busca de santos desabrigados após a
Jonigkeit, irmã, 312–313 Segunda Guerra Mundial, 514–515
jovens ministra aos refugiados alemães, 495–496,
Ver também Educação na Igreja 512–513, 514, 517–518
conferências da AMM realizadas para fortalecer Missão da Alemanha Oriental sediada no
os, 626–627 apartamento de, 492–493
enfoque no ensino por Zina Presendia Card, mudança da casa da missão para a zona
91–94 controlada pelos americanos, 513
Heber J. Grant sobre o valor do programa da salva registros genealógicos, 518–520, 525
AMM para, 244 verifica a situação dos santos alemães durante o
preocupações sobre o abandono da fé em favor avanço soviético, 494–495
da ciência pelos, 264–266 Lee, Armenia, 248–249, 250, 253–254, 255–256
realizam batismos pelos mortos, 310–311 Lee, Harold B., 353–356, 378–381, 390
Juárez, Isaías, 393, 394–395, 396, 396–397 Lee, Marion, 412–413

804
Índice

Lee, William, 248–249 casamentos plurais após o, 88, 89, 90–91,


Lehmann, Inge, 614–615, 615, 616, 627–628, 113–114, 115–116, 120, 121–122, 152
649–652 fim do casamento plural, 4–5
Lei Edmunds-­Tucker, 6, 29, 39 relatos na mídia sobre casamentos plurais após
Liahona, the Elders’ Journal (missões o, 141–142, 146–147
da América do Norte), 284 “Manifesto Político” (1896), 50–51
Liesche, Hans, 167–168, 168–169 Manning, Isaac, 138–139
Livro de Mórmon Manning, Jane, 138–141
ciência e crença no, 264–265 Māori Agricultural College, Hastings, Nova
edição em braille, 554 Zelândia, 181–182
edição em português, 479 Martineau, Lyman, 160
edição havaiana, 96 Mason, Gus, 403–404
edições maori, samoana e taitiana, 181–182 Mauss, Vinal, 570, 579–580
ênfase no, 564–565 Maxwell, Clarence, 489
O papa Pio XII é presenteado com um, Maxwell, Emma, 489
516–517 Maxwell, Neal
representações artísticas do, 564–567, adora com outros soldados santos dos últimos
587–589, 635 dias, 504, 516–517
testemunho sobre o, 55, 269, 345, 616–619 bombardeios de Hiroshima e Nagasaki, reação
Locais históricos da Igreja aos, 504–505
adquirido sob a direção de Joseph F. Smith, 126 escreve cartas para as famílias dos soldados
Bosque Sagrado, 126–127, 415, 432–433 mortos, 505
Cadeia de Carthage, 126 escreve para a família dizendo querer que a
Local de nascimento de Joseph Smith, 125–126 guerra acabe, 503
Monte Cumora, 432–433 ingressa no serviço militar aos 17 anos de
local histórico da residência da família Smith, idade, 489–491
432–433 integra a força de ocupação no Japão, 515–517
Lund, Anthon na Batalha de Okinawa, 497–501, 503
como presidente da Missão Europeia, 23–24, 32 McCune, Alfred, 206
conselheiro na Primeira Presidência, 102, 225 McCune, Betty, 209
dirige a emigração proveniente da Europa, 25 McCune, Elizabeth, 58–62, 66–67, 206, 208, 219, 221
morte, 236 McCune, Fay, 58–59
no leito de morte de Joseph F. Smith, 222 McCune, Raymond, 58–59, 59–60
sobre a revelação a respeito do selamento do McKay, David O.
templo, 36, 38 a dedicação do Templo da Suíça, 642–645
Lutscher, Hans, 648 caráter e personalidade, 585–86, 645–646
Lyman, Amy Brown chamado para o Quórum dos Doze
diretora administrativa das atividades da Apóstolos, 135
Sociedade de Socorro, 240 como comissário de educação da Igreja,
Evelyn Hodges sobre trabalhar com, 326–327 232–233
gravação da mensagem do centenário da e as restrições do sacerdócio/templo para os
Sociedade de Socorro (1942), 448–451 santos negros, 262, 622–626
promove uma abordagem de serviço social e o programa de auxílio da Igreja, 378, 387–389
para a Sociedade de Socorro, 228–231, preocupações e prioridades como presidente
238–239, 240, 245–246 da Igreja, 586–587
Lyman, Francis, 48–49, 120–122, 135, 138, 141–142, presidente da Igreja após a morte de George
152, 207, 308 Albert Smith, 585
Lyman, Richard, 229, 235–236 seleciona o local do templo da Suíça, 606–609
serve como superintendente geral da Escola
Dominical, 226
Manifesto (1890) sobre a natureza sagrada do namoro e do
Ver também casamento plural Segundo casamento, 405
Manifesto (1904) sobre emigração, 602–603
audiências do caso Reed Smoot (1904) sobre sobre o projeto das batatas dos santos da
casamento plural e, 108–115, 120, 121–124 Holanda como um ato de amor, 539

805
Com Coragem, Nobreza e Independência

sobre o valor das escolas da Igreja, 275 casamento com Kurt Meyer, 531–532, 533
supervisiona o desenvolvimento de um filme enfrenta soldados soviéticos, 533–534
do templo multilíngue, 621–622, 632–634 experiências na Alemanha nazista, 371–373,
supervisiona o trabalho missionário, 583–585 384, 385–386
turnê internacional pela Ásia e pelo Pacífico frequentando a Igreja no Ramo Tilsit, 312–314
(1920), 231, 233–234, 242–244 missionária em Berlim, 481, 483, 492–497,
turnê internacional pela Europa (1952), 512–514
605–607 perdas familiares na Segunda Guerra Mundial,
turnê internacional pela Europa, África e 453, 480–483, 497
América do Sul (1954), 622 perseguida por ser um santo dos últimos dias,
visita a Escandinávia com John Widtsoe e Reed 334–336
Smoot, 252 reunião com a família após a guerra, 514–515,
McKay, Emma Ray, 605, 622 532–533
McMurrin, Joseph, 60, 66–67, 67–68 sobre o final da Segunda Guerra Mundial, 497
Mecham, Lucian, 597–598 Meyer, Kurt, 531–532, 533, 634–636, 640, 641
Meiszus, Bertha, 532 Meyer, Siegfried, 531
Meiszus, Helga. Ver Meyer, Helga Meiszus (Birth) Middleton, Jennifer, 434, 435–436, 474, 486–488
Meiszus, Henry, 453, 493, 497, 635–636 Middleton, Nellie, 434, 434–436, 474–476,
Meiszus, Martin, 514–515 476–477, 486
Meiszus, Siegfried, 385–386, 451, 453, 481–482 militares. Ver militares (homens e mulheres),
Mera de Monroy, Jesusita, 171–172 santos dos últimos dias
Merrill, Joseph F., 364–365 militares (homens e mulheres), santos dos
Merrill, Marriner, 135 últimos dias
México ex-­missionários ajudam os santos alemães, 514
expulsão do clero estrangeiro, incluindo Papa Pio XII recebe um Livro de Mórmon de
missionários da Igreja (1926), 393–394 presente, 516–517
os exércitos carrancistas se opõem aos rebeldes reuniões da Igreja entre, 504, 516
zapatistas, 184–187 santos britânicos se reúnem com, 474–476,
os santos se refugiam durante os ataques 476–477, 486
antipoligamia (década de 1880), 90, 164 santos japoneses se reúnem com, 517, 563, 570
os santos voltam para suas casas nas santos sul-­coreanos se reúnem com, 620–621
colônias, 183 Milne, David, 618
Pirâmide do Sol no, 520 Missão Alemanha Oriental
santos apanhados na Revolução Mexicana Ver também Alemanha, santos da
(1912), 161–167 A missão de Helga Meiszus Birth na, 481, 483
México, santos do casa da missão foi mudada para a zona
a família Monroy é batizada, 170–173 controlada pelos americanos, 513
casamentos plurais pós-­Manifesto entre, 90 condições pós-­Segunda Guerra Mundial na,
cisão e reconciliação dos convencionistas 492–497, 512–515
com a Igreja, 394–395, 395–397, 400–403, missionários americanos confinados em Berlim
520–523 Ocidental (1949), 604
Colonia Dublán, assentamento de, 166 os santos da Holanda enviam sua colheita de
Colonia Juárez, assentamento de, 164–167 batatas para a, 537–539
necessidade de construir mais capelas, 394 pequeno escritório da missão em Leipzig, 606
preenchimento de cargos de liderança após a Serviço de Henry Burkhardt na, 603–604,
lei de 1926, 393–394 604–605, 605–606, 615
Ramo Ermita, Cidade do México, 523 Missão América do Sul
violência contra os santos de San Marcos, ensina falantes de alemão e espanhol, 291–93
183–187, 199–202 início da, 270–271
Meyer, Helga Meiszus (Birth) missionários e membros trabalham juntos,
Ver também Ramo Tilsit (Alemanha) 271–272
apresentação do Coro do Tabernáculo em Reinhold Stoof como primeiro presidente de
Berlim Ocidental com a presença de, missão, 272–273
639–642 testemunho de Melvin J. Ballard sobre o
casamento com Gerhard Birth, 451–453 crescimento da, 273

806
Índice

Missão Brasileira, 478–479 Harold Pratt como presidente de missão, 395,


Missão dos Estados do Sul, 260–261 396–397
Missão Escandinava, 127–130, 251–252 o presidente da missão administra a partir dos
Missão Europeia EUA, 393–394
Ver também Grã-­Bretanha, santos da os convencionistas fazem uma petição
a liderança missionária de John e Leah Widtsoe solicitando um presidente de missão local,
na, 289–290, 314–316, 363–365 394–395, 395–397
Anthon Lund como presidente da missão, os santos mexicanos ocupam cargos de
23–24 liderança nos ramos, 393
auxílio para a, depois da Segunda Guerra Missão Palestina-­Síria, 357–358
Mundial, 524–527 Missão Suíço-­Alemã, 133–134, 530–531, 546–549
auxílio para a, durante a Primeira Guerra Missão Suíço-­Austríaca, 556–557, 637, 638
Mundial, 177–179, 180, 193, 202 Missão Sul-­Africana
bênçãos patriarcais e adoração no templo desafio relacionado à ordenação ao sacerdócio
indisponíveis na, 294 em, 622–623, 625
crescimento da Sociedade de Socorro, 202–203 Don Dalton como presidente da missão,
David O. McKay visita os santos da, 605–607 328–329, 329, 330
Depressão traz desafios para a, 364 jornal Cumorah’s Southern Messenger, 362–363
desobrigação dos missionários da França e William e Clara Daniels realizam “reuniões
Alemanha (1914), 175–176, 187–188 domésticas”, 328–331
edição do manual das abelhinhas para a, 333 Missão Taiti, 181–182
fatores que impedem o progresso da, 294–295 Missão Tchecoslovaca
Joseph F. Merrill como presidente da missão, dedicação do país ao trabalho missionário
364–365 (1929), 315
missionárias na, 203–205 governo monitora membros e missionários,
trabalho genealógico, 316–317 541, 556–558
Missão Havaiana missionários detidos pela polícia secreta,
Ver também Missão Japonesa, Havaí 576–578
estabelecimento da AMMJD em, 412–413 missionários maltratados pelos nazistas, 541
estabelecimento da Primária em, 418–420 nega-­se visto aos missionários americanos
Hilton Robertson como presidente da missão, e eles são expulsos, 556–557, 557–558,
411, 417 576–579
Missão Japonesa ordem do governo para dissolver o, 593
a família Yanagida se filia à Igreja, 562–565, Otakar Vojkůvka e Terezie Vojkůvková,
567–570 592–593, 594–595
fechada em 1924, 562 plano para dar continuidade às reuniões de
Heber J. Grant como presidente de missão, 383 adoração, 593–594
Igreja envia pacotes de auxílio para, 563 Ramo Brno, 592
militares santos dos últimos dias reunidos com Ramo Prostějov, 576–577
santos japoneses, 517, 563, 570 realização de reuniões em residências
Organização do Ramo Nagoya, 579–583 particulares, 593–594
Vinal Mauss como presidente da missão, 570 reconstrução da Igreja após ocupação
Missão Japonesa, Havaí nazista, 540
Ver também Missão Havaiana Wallace e Martha Toronto lideram o, 540–542,
Arrecadação de fundos “We’re United for 556, 556–558, 576–579, 593
Victory” apoiada pela, 465–466 missionárias
serviço missionário de Chiye Terazawa na, 410, Ver também Collette, Emmy Cziep Meyer, Helga
411–413, 416–417, 417, 417–420 Meiszus (Birth) trabalho missionário
Missão Mexicana Anna Widtsoe e Petroline Gaarden, 127–130
ampliada para incluir países da América auxílio na emigração de Emily Cziep, 546–547
Central, 545 Inez Knight e Jennie Brimhall chamadas (1898)
Arwell Pierce trabalha com os convencionistas, como, 66–67, 67–69
520–523 influência de Elizabeth McCune no início do
decisão de divisão na fronteira nacional, 395 chamado de, 58–62, 66–67
mulheres ainda não elegíveis, 28

807
Com Coragem, Nobreza e Independência

mulheres casadas servem com o marido sem orações


serem chamadas oficialmente como, 67 a dificuldade de Carmen O’Donnal com, 550
mulheres locais servem na Missão Europeia Alma Richards pede forças, 168, 170
como, 203–205 conversão de Len Hope em resposta a, 267
na Missão Japonesa, 581–582 de Nan Hunter sobre a veracidade do Livro de
na Missão Japonesa do Havaí, 410–413, Mórmon, 619
416–420 dedicação da América do Sul para a pregação
missionários de estaca. Ver trabalho missionário do evangelho, 271
Momont, Marie, 192 dedicação do terreno do Templo do Havaí, 183
Monroy, Guadalupe, 184, 186, 201–202 Heber J. Grant garante que Deus responde as,
Monroy, Jesusita de, 184, 186, 187, 199, 505–506
199–201, 202 na dedicação da capela do Ramo Cincinnati,
Monroy, Jovita, 170–173, 185, 199–200 307–308
Monroy, Lupe, 170–173, 185, 185–186, 187, 199–200 na dedicação do Templo da Suíça, 644–645
Monroy, Natalia, 184, 199–200 na dedicação do Templo de Alberta, 254
Monroy, Rafael, 170, 172–173, 183–187, 199, na dedicação do Templo do Havaí, 227–228
199–200, 201 na muralha ocidental de Jerusalém, 359
Monte Cumora, 432–433 Pai nosso, 283
Monte das Oliveiras, 359–360 pela segurança dos registros genealógicos
Morales, Antonia, 552 alemães, 519–520
Morales, Vicente, 185–187, 199, 199–200, 201 Pieter Vlam ensina o princípio da, 472–473
mundo espiritual, 216–218, 219–221, 295–296 ordenanças pelos mortos
muralha ocidental, Jerusalém, 359 Ver também genealogia e história da família
selamentos do templo
a revelação de Wilford Woodruff sobre, 33–35,
Nachie, Tsune, 382–383, 417–418 36–37
Napela, Jonathan, 96, 228 a visão de Joseph F. Smith e as, 220–221
Napela, Kitty, 96 em favor do pai de Connie Bang, 573–574
Nativos americanos, 261–262, 554 jovens realizam batismos pelos mortos,
naufrágio do Lusitania (1915), 188 310–311
Nelson, Danny, 564, 569, 569–570, 570 para os pais de Terezie Vojkůvková, 594
neutralidade política, 44–46, 46–47, 50–51, 71–73 para os santos maori, 57–58
Nibley, Charles W., 180–181, 182, 183, 212, 276, programa de intercâmbio para que os santos
277–278 europeus realizassem, 316–317
Nicarágua, 545 santos negros realizam batismos pelos
Nigéria, 625–626 mortos, 140
Noall, Sarah, 68 trabalho do templo feito pela família Whaanga,
Noruega, 86, 127–130, 424–428, 605 56–58
Nova Zelândia, 56–58, 69–71, 82–84, 233–234

Páez, Abel, 394, 396, 403, 521, 522–523, 523


O irmão de Jarede vê o dedo do Senhor Pai nosso, 283
(pintura de Friberg), 589 Palavra de Sabedoria
“Ó meu Pai” (hino), 9, 641 cumprida por Alma Richards, 160
O’Donnal, Carmen, 543–544, 545, 549–552, 598, Heber J. Grant sobre o cumprimento da, pelos
599, 599 santos, 244, 311
O’Donnal, John, 543–546, 549–550, 550–551, lições de Leah Widtsoe para a Sociedade de
597, 599 Socorro sobre, 315–316, 363–364
ofertas. Ver ofertas de jejum obediência de Neal Maxwell à, 499
ofertas de jejum, 230, 347, 391, 399 torna-­se obrigatória para a frequência ao
Ohio, santos de. Ver Ramo Cincinnati (Ohio) templo, 311
Okinawa, Batalha de (Segunda Guerra Mundial), Panamá, 545
497–501, 503 pandemia de gripe de 1918, 216, 221, 226–227, 411

808
Índice

pandemia, gripe (1918), 216, 221, 226–227, 411 Primeira Guerra Mundial. Ver Primeira Guerra
Papa Pio XII, 516–517 Mundial
Parker, Arthur Kapewaokeao Waipa, 382 Primeira Guerra Mundial
Parlamento das Religiões (Feira Mundial de Ver também guerra
Chicago, 1893), 5–6, 20 apoio da Sociedade de Socorro de Liverpool
Parra, Bernabé, 394 aos soldados, 177–179
Partido Democrata em Utah, 44–46 armistício (1918), 221
Partido Republicano em Utah, 45–46 atividades da Missão Europeia durante a,
Patermann, Bertold, 494, 495, 495–496 177–179
Paxman, William, 57 destruição e devastação da, 179–180, 196–198
Penrose, Charles W., 194, 195, 225 entrada dos EUA na guerra, 208–209, 209
Pérola de Grande Valor, 126–127, 181 esforços a fim de levar os missionários para
Perschon, William, 637, 638 casa com segurança durante a, 187–190
perseguição início da, 174
ataques de William Jarman contra a Igreja na Joseph F. Smith sobre, 208–209, 209
Inglaterra, 21–24 santos da Bélgica durante a, 174–176
casamento plural como foco da, 4, 9, 24–25 Primeira Presidência
Cruzada antimórmon de Liverpool, 149–150 aconselha Joseph Fielding Smith e B. H.
desinformação e assédio aos primeiros Roberts durante disputa, 343–344
santos, 4–5 apoia a participação dos santos na Feira
Missão dos Estados do Sul relata violência Mundial de Chicago (1893), 5–6, 8–10,
das turbas, 260–261 17–20
multidão assedia Len Hope, 268–269 autoriza as ordenanças do templo, 57–58
na Alemanha contra os santos, 133 cancelamento das convenções de estaca para
Pierce, Arwell, 520–523, 550–551 economizar combustível (1942), 449
Pio XII, Papa, 516–517 conselho de Wilford Woodruff a Lorenzo Snow
Pirâmide do Sol, Teotihuacán, México, 520 sobre a reorganização da, 74–77
Piranian, Ausdrig, 358 declaração de crenças e valores dos santos dos
Piranian, Badwagan, 357–358, 358 últimos dias (1907) feita pela, 137–138
Piranian, Bertha, 357–358, 358–359 discurso do centenário (1930) pela, 319–320
Pivaral, Clemencia, 596, 597–599 disputa interna de B. H. Roberts e pedido de
Pivaral, Rodrigo, 596, 597, 599 desculpas à, 46–50
plano de salvação, 265–266, 267, 341–344 encomenda novos livros doutrinários, 195
Plassmann, Elisa, 270–271 envia Heber J. Grant para conseguir
poligamia. Ver casamento plural empréstimos, 15–16
Polônia, 423, 524–528, 641 expansão dos esforços missionários (1901), 101
Ponce, Demetrio, 163 faz a declaração “A Origem do Homem”, 194,
Pratt Institute, Nova York, 54–55, 62 265–266, 343–344
Pratt, Harold, 395, 396–397, 401, 402–403 instrução aos bispos para que disciplinem os
Pratt, Louisa, 67 violadores do Segundo Manifesto, 142
Pratt, Orson, 126–127 instruções sobre imigração, 25, 37–38, 56–57,
Pratt, Parley P., 147, 512 438–439, 600–601
Pratt, Rey L., 172, 173, 183–184, 184, 202, 270–273, limita o número de missionários enviados para
393–394 a Alemanha, 366
Presendia, Zina (Card), 91–94, 101–102, 105 preocupações sobre a ascensão de Hitler ao
Price, Ted, 563–564, 569 poder, 365–367
Primária preocupações sobre os santos que dependem
como forma de realizar o trabalho missionário, de fundos públicos, 379–380
418–419 prepara uma edição de Princípios do
obras de arte do Livro de Mórmon Evangelho para militares santos dos últimos
encomendadas pela, 587–589 dias, 489–490
projetos inovadores de Adele Howells como sobre neutralidade política, 40–41, 44–45, 45,
presidente geral da, 565–567 50–51
The Happy Hearts, musical apresentado pela, sobre o ensino das doutrinas do evangelho e
419–420 não opiniões pessoais, 343–344

809
Com Coragem, Nobreza e Independência

trabalho com os convencionistas no México, investigação sobre casamentos plurais


394–395, 395–397, 400–403, 522–523 pós-­Manifesto, 141–142
Wallace Toronto presta contas sobre a John Widtsoe é chamado para o, 236–237
Tchecoslováquia para a, 576 “O Pai e o Filho”, declaração redigida pelo,
Princípios do Evangelho, 489–490 195–196
profecias organização da nova Primeira Presidência,
David O. McKay sobre os santos negros terem 75–77, 102
o sacerdócio, 625–626 saída de John W. Taylor e Matthias Cowley do,
Joseph F. Smith sobre a expansão mundial dos 122–124, 135–136, 147
templos, 134, 643 Spencer W. Kimball e Ezra Taft Benson são
testemunho de Melvin J. Ballard sobre chamados para o, 476, 525
o crescimento da Igreja na América
do Sul, 273
programa “compre um tijolo” do Hospital da racismo
Primária (1949), 565–566 como impedimento para a divulgação do
programa das abelhinhas evangelho, 261–262
Ver também Associação de Melhoramentos dificuldades de Len e Mary Hope em relação
Mútuos das Jovens Damas/Moças (AMMJD/ ao, 268–269, 367–370, 572
AMMM) disseminação de grupos de ódio e, 260–261
desenvolvimento do, 249–250 Ramo Mowbray na África do Sul lida com, 329,
Leah Widtsoe sobre o valor do, 358–359 330–331, 345
Manual Europeu, 333, 363–364, 372–373 Rádio Free Europe, 641
participação de Helga Meiszus no, 372–373 Ramo Bernburg (RDA), 614–616
programa das ceifeiras (AMMJD), 332–333, 358–359 Ramo Brno (Tchecoslováquia), 592
programa de armazenamento de grãos (Sociedade Ramo Cheltenham (Inglaterra), 433–436, 474–476,
de Socorro), 241, 246–247 476–477, 486, 486–488
programa de auxílio. Ver Programa de Segurança Ramo Cincinnati (Ohio)
da Igreja A família Bang serve no, 346–349, 403–404,
programa de bem-­estar, Igreja. Ver Programa de 571, 572, 573
Segurança da Igreja As experiências de Len e Mary Hope no,
programa de reunião familiar, 225–226 367–370, 572
Programa de Segurança da Igreja bênçãos patriarcais administradas no, 374–375
armazém da Estaca Pioneer como modelo para compra, reforma e dedicação da nova capela,
o, 353–356 299–301, 305–308
armazéns do bispo, 353–356 conversão da família Bang no, 281–284
auxílio para a Europa (1945) disponível por crescimento, 404
meio do, 510–512 crescimento superou a capela reformada, 431
Heber J. Grant apresenta o, 391–392 reunião em uma antiga sinagoga judaica (1949),
implementação do, 387–389, 390–391, 392–393, 571–572
398–399 sociedade de contatos organizada no, 376–377
noticiário The March of Time sobre o, 398, 400 Ramo de Amsterdã (Holanda), 536–539. Ver
relatório de progresso na conferência geral também Holanda, santos da
sobre o, 397–398 Ramo Ermita (Cidade do México), 523
programa do seminário. Ver Educação na Igreja Ramo Frankenburg (Áustria), 535
Pugh, Mary (Hope), 269–270 Ramo Glasgow (Escócia), 203–205
Ramo Hamburgo (Alemanha), 440–442, 445–448,
466–468, 470, 554
quebra da bolsa de valores (1929), 327–328 Ramo Hilo (Havaí), 418–420
Queda de Adão, 341, 647 Ramo Liège (Bélgica), 192–193
Quórum dos Doze Apóstolos Ramo Love. Ver Ramo Love (Cidade do Cabo,
apoio à construção de templos europeus, África do Sul)
602–603 Ramo Love (Cidade do Cabo, África do Sul),
desacordo entre Joseph Fielding Smith e B. H. 345–346, 361, 624
Roberts, 341–344 Ramo Mowbray (Cidade do Cabo, África do Sul),
329, 330, 345, 362

810
Índice

Ramo Nagoya ( Japão), 579–583 Joseph F. Smith reafirma que a Igreja é liderada
Ramo Neubrandenburg (RDA), 636, 639 por, 126, 127
Ramo Prostějov (Tchecoslováquia), 576–577 Joseph F. Smith sobre a redenção dos mortos,
Ramo Selbongen (Alemanha), 524–525. Ver 216–218, 219–221
também Zełwągi, Polônia, santos de Lorenzo Snow sobre a reorganização da
Ramo Tilsit (Alemanha) Primeira Presidência, 75–76
Ver também Alemanha, santos da Meyer, Helga Wilford Woodruff sobre o selamento no templo,
Meiszus (Birth) 33–35, 36–37, 207
a vida sob o governo nazista, 384–385 Revista Children’s Friend, 565, 587–589
em território soviético, 493, 513 Revista Collier’s, 151
membros são convocados para o exército Revista Contributor, 27
alemão, 453 Revista Cosmopolitan, 151–152
Otto Schulzke como presidente do ramo, Revista Cumorah’s Southern Messenger (Missão
301–302, 303–304, 312, 313, 386, 493 Sul-­Africana), 362–363
Ramo Viena (Áustria) Revista da Sociedade de Socorro, 207–208, 240,
família Cziep, 407–410, 422–423, 528–529, 245–246, 247
529–531 Revista Der Stern (revista alemã da Igreja), 198, 436
membros e simpatizantes do partido nazista no, Revista Everybody’s, 142
437–438 Revista Friend. Ver Revista Children’s Friend
membros são convocados para o exército Revista Improvement Era, 119–120, 241, 546, 611
alemão, 437 Revista Instructor, 635
oficiais nazistas proíbem os judeus de Revista L’Étoile (revista francesa da Igreja), 608,
frequentarem, 439 629–630
santos com herança judaica no, 423 Revista McClure’s, 146–147
Ramo Washington (D.C.), 433 Revista Millennial Star (revista britânica da Igreja),
Ranglack, Richard, 512–513 295, 315–316
Rathbone, Winifred, 177 Revista Novy Hlas (Missão Tchecoslovaca), 556–557
Rational Theology ( John Widtsoe), 195 Revista Pearson’s, 142, 147
Referências prontas do Livro de Mórmon, 344 Revista Te Heheuraa Api (revista da Missão Taiti),
Regras de Fé, 347 181–182
Regras de Fé (livro de Talmage), 384–385, 404, 435 Revista Time, 318–319
República Democrática Alemã (RDA) Reyes, Andres, 184
Ver também República Federal da Alemanha Reynolds, George, 566
(Alemanha Ocidental) Richards, Alma, 157–158, 158–159, 160–161,
atividades missionárias de Henry Burkhardt 167–170
restringidas por oficiais, 603–604, 615 Richards, Emily ( Jarman), 22, 22, 41
conferência da AMM na, 626–627 Richards, Franklin, 37
David O. McKay visita os santos da, 605 Richards, George F., 135, 202, 203–205, 253–254
Escola Dominical na casa de Kurt e Helga Richards, Ralph T., 211
Meyer, 634–636 Richards, Stephen L., 585
expulsão de líderes religiosos não alemães, 604 Ritchie, Annie, 262–263
Henry Burkhardt como contato para os santos, Ritchie, Nelson, 262–263
604–605 Roberts, B. H.
pequeno escritório missionário aberto em campanha e derrota como candidato do Partido
Leipzig, 606 Democrata, 44–46
Rádio Free Europe transmite o Coro do como capelão do exército, 209, 215–216
Tabernáculo para a, 641 conferências da Missão Monte Cumora sob a
Ramo Bernburg, 614–616 direção de, 432
Ramo Neubrandenburg, 636, 639 conflito e reconciliação com a Primeira
República Federal da Alemanha (Alemanha Presidência sobre política, 46–50, 51
Ocidental), 603, 604, 605, 639–642. Ver também desacordo com Joseph Fielding Smith sobre as
Alemanha República Democrática Alemã (RDA) origens da vida, 341–344
revelação eleito e exonerado do Congresso dos EUA,
como tópico de perguntas durante as 87–91, 106–107
audiências do caso Smoot, 111–112, 124

811
Com Coragem, Nobreza e Independência

história da Igreja em seis volumes escrita por, Hirini Whaanga como primeiro missionário de
318–319 tempo integral, 69–71, 82–84
impedido de falar no Parlamento das Religiões, trabalho do templo para parentes falecidos
5–6, 20 dos, 57–58
oposição ao sufrágio feminino, 40–41, 44 visita de David O. McKay aos, 233–234
uso do escritório por Susa Gates, 247–248 Santos negros
Roberts, Eugene, 159–161 A conversão e a fidelidade de Len e Mary
Robertson, Hazel, 411, 412, 417, 417–418 Hope, 266–270, 367–370
Robertson, Hilton, 411, 417, 417–418, 443 A vida e a morte de Jane Manning James,
Robison, Louise Y., 337–338 138–141
Romney, Junius, 161, 162–164 desafios da Missão Sul-­Africana, 622–623,
Romney, Marion G., 588–589 624–626
Roosevelt, Theodore, 136, 147, 151 Marie Graves, discriminação contra, 261
Roothoff, Hendriksje, 131, 132 portavam o sacerdócio no início da Igreja,
Roothoff, Jan, 130–133 624–625
Roubíček, Josef, 541–542 restrição do sacerdócio e das bênçãos do
Roubinet, Jeanne, 192–193 templo, 140, 262–263, 329–330, 624–626
Roundy, Elizabeth, 139 William e Clara Daniels e o Ramo Love,
Royal Opera House, Berlim, 143–144 328–331, 344–346
Russell, Ike, 147–148, 151, 153 Santos, Claudio dos, 477–478, 479–480, 483–486
Santos, Mary dos, 477–478, 479–480, 483–484
São Paulo, Brasil, 292
sacerdócio “Saudação ao mundo” (discurso de Lorenzo Snow),
Ver também Sacerdócio Aarônico Sacerdócio 97–99
de Melquisedeque Scandinavian (navio britânico-­canadense), 189,
comemoração da restauração do, 349 189–190, 190, 191
dificuldades da Missão Sul-­Africana Schipaanboord, Jacob, 461
relacionadas com o, 622–623 Schnibbe, Karl-­Heinz, 440–442, 445–448, 466–468
escassez de portadores do sacerdócio na Schulzke, Friedrich, 302–303
Europa durante a guerra, 176, 192–193, Schulzke, Heinz, 386
434–435 Schulzke, Otto, 301–304, 312, 313, 386, 493
fé que Len Hope tinha de que um dia receberia Schuschnigg, Kurt, 407, 409
o, 370 Schwarz, Helene, 197, 198
genealogia usada para confirmar a elegibilidade Schwarz, Paul, 197–198
para o, 622–623, 625 Seegmiller, Ada, 480
influência sobre B. H. Roberts, 49–50 Seegmiller, Wan, 480
ordenação ao, 346–347 Seegmiller, William, 479–480, 483–485
possuído por santos negros no início da Igreja, segregação, 260–261, 367–370, 572, 623–624
624–625 Segunda Guerra Mundial. Ver Segunda Guerra
responsabilidades de Claudio dos Santos, Mundial
484–486 Segunda Guerra Mundial
santos negros são impedidos de ter o, 140, Ver também Forças Aliadas guerra
262–263, 329–330, 370, 622–626 a ascensão de Hitler ao poder e o Anschluss
William Daniels recebe a promessa de que um (1938) antes da, 407, 408, 423
dia teria o, 330 ataque a Pearl Harbor, 443–444, 490
Sacerdócio Aarônico, 346–347, 349. Ver também Batalha de Okinawa, 497–501, 503
sacerdócio bombardeios de Hiroshima e Nagasaki,
Sacerdócio de Melquisedeque, 484–486, 504–505, 515
622–623. Ver também sacerdócio “Dia da Vitória na Europa” (1945), 497, 497–498
sacramento, 55, 145, 313, 347, 474–476, 499 discurso de J. Reuben Clark sobre, 454–456
Salt Lake Tribune, 124, 141–142, 142 Heber J. Grant sobre o início da, 428–429
Sánchez, Jesús, 170–172 Helmuth Hübener, 440–442, 445–446, 466–470
santos armênios, 242–243 impacto na vida dos santos do mundo inteiro,
santos maori 455–456
família Whaanga, 56–58 invasão da Polônia e início da, 423

812
Índice

invasão do Dia D pelas Forças Aliadas, 489 sísteres missionárias. Ver missionárias
mensagem de Amy Brown Lyman às mulheres Skanchy, Anthon, 128
da Sociedade de Socorro durante a, Smith, Alvin, 35
448–451 Smith, Bathsheba, 103–105
militares santos dos últimos dias adoram juntos, Smith, Calvin, 215–216
474–476, 476–477, 486, 504, 516–517 Smith, Caroline, 68
Princípios do Evangelho para militares santos Smith, David, 222
dos últimos dias, 489–490 Smith, Donnette, 54–55
retirada dos missionários antes da, 424–428 Smith, Edna, 214
Segundo Manifesto (1904), 115–116, 120–121, 123, Smith, Emma, 139
141–142. Ver também Manifesto (1890) Smith, George A. (1817–1875), 103
Seibold, Norman, 424–425, 425–427 Smith, George Albert (1870–1951)
selamentos. Ver selamentos do templo caráter e personalidade, 510, 554, 585
selamentos do templo como novo presidente da Igreja, 504
Ver também ordenanças pelos mortos envia auxílio aos santos europeus, 510–512
a participação dos santos negros é restringida, envia missionários para a América Central,
140, 262–263 544–545
de filhos aos pais, 30, 30–31, 33–35 inspeciona o terreno do Templo de Los
família Bang, 458–460, 574 Angeles, 552
Henry e Inge Burkhardt, 651–652 morte, 585
não disponíveis na Europa, 294, 594–595 organiza o 100º aniversário da Igreja, 309
norma para que sejam realizados apenas no primeiro discurso como profeta, 509–510
templo, 121 problemas de saúde pessoal, 552–554, 554–555
revelação de Wilford Woodruff (1894) sobre, reunião com Harry S. Truman, 511–512
33–35, 36–37, 207 sobre perseverar até o fim, 555
selamentos por adoção, 30–31, 33, 140–141 visita a Missão Mexicana, 520–523
selamentos por adoção, 30–31, 33, 140–141 Smith, Hyrum, 110, 210, 218
Sell, Bertha, 296–299 Smith, Hyrum M.
Sell, Ferdinand, 296, 297–298, 298 doença e morte, 210–212
Série “Ethics for Young Girls” (Young Woman’s presidente da Missão Europeia durante a
Journal), 93 Primeira Guerra Mundial, 177, 180, 187–190,
Série “Joseph Smith as Scientist” (Improvement 191, 202
Era), 119–120 Smith, Ida
Sermão da Montanha, 266 lidera a Missão Europeia com o marido,
Sérvia, Reino da, 174 202–203, 203–204
Serviço Social da Sociedade de Socorro morte, 213–216
coordenação dos esforços de bem-­estar com o organiza o auxílio da Sociedade de Socorro
Bispado Presidente, 337–338 para os soldados britânicos, 177–179
desenvolvimento do trabalho de Clarissa Smith, Jessie, 424
Williams, 245–247 Smith, John, 102, 141
liderada por Amy Brown Lyman, 229 Smith, John Henry, 141–142, 553–554
proporciona auxílio para pessoas Smith, Joseph
desempregadas, 336–339 dedicação do memorial do local de nascimento
trabalho de Evelyn Hodges para a, 325–328, (1905), 124–126
336–337, 338–339 Primeira Visão de, 126–127
treinamento de líderes de ala em métodos de relacionamento de Jane Manning James com a
serviço social, 230–231 família de, 139, 140–141
Sessions, Magdalen, 284, 285, 286–287 representado por um ator do espetáculo teatral
Sessions, Wyley, 276–278, 284–287 The Message of the Ages, 320–321
Seydel, Hermann, 198 sobre ser um exemplo para as crianças, 93–94
Sharp, J. Vernon, 272–273 visão de Joseph F. Smith de, 218
Shepstone, Harold, 288, 289, 317 Smith, Joseph F. (1838–1918)
Sifuentes, Eladia, 272–273 apoiado como sexto presidente da Igreja,
Simond, Robert, 646 102–103
Sirrine, Seth, 171 como conselheiro de Lorenzo Snow, 75–76

813
Com Coragem, Nobreza e Independência

condições de saúde debilitadas, 210, 215 Snow, Lorenzo


cura os olhos de Jan Roothoff, 130–133 bênção para Elizabeth McCune, 59
dedicação do memorial do local de nascimento busca orientação sobre o trabalho do templo
de Joseph Smith, 124–126 em favor de antepassados, 30, 31
e a renúncia de John W. Taylor e Matthias conselho de Wilford Woodruff sobre como se
Cowley dos Doze, 122–124, 135–136, 147 tornar o próximo profeta, 74–75, 75–76
e as audiências do caso Smoot no Senado dos discurso “Saudação ao Mundo” (1901) por,
EUA, 108, 109–115, 120, 136 97–99
expressa grande amor por George Q. Cannon, morte e funeral, 102
100–101 sermão sobre dízimo proferido no Tabernáculo
fala no funeral de Jane Manning James, 140 de St. George, 78–81
lamenta a febre da guerra, 72 supera sentimentos de inadequação para se
legado de, 225–227 tornar presidente da Igreja, 74–77
morte e velório, 224–225 Sociedade de Socorro
“O Pai e o Filho”, declaração promulgada por, aulas para mães oferecidas pela, 105–106
195–196 auxílio fornecido por membros britânicos na
profecia sobre templos no mundo inteiro, Primeira Guerra Mundial, 177–179, 202
134, 643 Bathsheba Smith como presidente geral, 103,
promete sucesso a Heber J. Grant na obtenção 104–105
de empréstimos, 15 casa de maternidade em Salt Lake City
reafirma a neutralidade política, 45 estabelecida pela, 246–247
reafirma que a Igreja é guiada por revelação, colchas enviadas para os santos europeus, 511
126, 127 coordena os esforços de auxílio na Europa,
reformas no Sacerdócio Aarônico introduzidas 525–526
por, 346–347 crescimento e realizações na Europa
Segundo Manifesto e o fim do casamento (1914–1916), 202–203
plural, 115–116, 121, 151, 152–153 Emmeline Wells é desobrigada e Clarissa
sobre a Primeira Guerra Mundial e a Williams é apoiada como presidente,
necessidade de ajuda, 179–180, 239–240
208–209, 209 envolvimento das mulheres da Missão
sobre o selamento aos pais no templo, 31 Palestina-­Síria na, 358–359
sobre os santos negros um dia receberem o foco no serviço social sob Clarissa Williams,
sacerdócio, 329–330 245–247
tristeza pela morte do filho Hyrum, 211–213 genealogia e trabalho do templo como nova
último conselho para Heber J. Grant, 221–223 prioridade, 207–208, 219
visão do mundo espiritual , 216–218 mensagem do centenário gravada por Amy
visita os santos europeus, 130–134 Brown Lyman (1942) sobre a, 448–451
visita os santos havaianos, 180–183, 210, 228 no Congresso de Mulheres Representativas
Smith, Joseph Fielding (1876–1972), 247, (1893), 5–6, 8–10, 20, 67
341–344, 424 oportunidades de serviço por meio da, 28
Smith, Joseph, Sr., 432 pedido para que fossem avaliadas as
Smith, Julina, 220 necessidades e criados projetos de
Smith, Lucy, 432 trabalho, 391
Smoot, Allie, 106, 152 programa de armazenamento de grãos, 241,
Smoot, Reed 246–247
eleição para o Senado dos EUA e as audiências provisão de plano de auxílio aos
subsequentes, 106–110, 116, 120, 135–136, necessitados, 327
151, 153, 162 responsabilidade de Leah Widtsoe em dirigir o
organização de ramo em Washington, D.C., 433 trabalho na Europa, 295, 363–364
petição para a Igreja nas nações escandinavas, reunião de santos britânicos durante a Segunda
251–252 Guerra Mundial, 435–436
visita os santos havaianos com Joseph F. Smith, reuniões do Ramo Nagoya, 581–582
180–181, 182–183 sufrágio feminino é apoiado na reunião da,
Snow, Eliza R., 9, 239 41–42
Snow, LeRoi, 97–99 Sociedade de Socorro de Nauvoo, 103

814
Índice

Sociedade Genealógica de Utah, 207, 219, 341–342 excomungado, 152, 152–153


Sommerfeld, Arthur, 468, 469–470 renúncia do Quórum dos Doze Apóstolos,
Sommerfeld, Marie, 468–470, 470 122–124, 135–136, 147
sonhos. Ver visões e sonhos Taylor, Milton, 377, 430–431, 458–460
Spafford, Belle, 525–526 Taylor, Rachel Grant, 429
Stebbins, Cora, 55 Tchecoslováquia
Stephani, Erika, 314 crianças da família Cziep fogem da, de volta
Stephens, Evan, 3–4, 5, 17–20 para a Áustria, 420–421, 421, 421–422
Stevenson, Ezra, 69–70, 70, 71, 83–84 golpe comunista apoiado pelos soviéticos
Stoddard, Waldo, 292 (1948), 540–541
Stoof, Ella, 272–273 governo expulsa missionários americanos da,
Stoof, Reinhold, 272–273, 291–293, 478–479 556–557, 557–558, 576–579
Stover, Walter, 537–538, 539 lei que restringe a religião, 576
Sudrow, Wilhelmina, 469 ocupação nazista e fechamento das fronteiras
Suécia, 424–428, 605 da, 421
sufrágio feminino, 9, 39–44, 241 Rádio Free Europe transmite o Coro do
Suíça Tabernáculo para a, 641
David O. McKay visita os santos da, 605, retirada dos missionários (1939), 424–428
606–607 Teichert, Minerva, 566–567
escolha do terreno para o templo, 606–609 Templo da Suíça
Missão Suíço-­Alemã, 530–531, 546–549 decisão da Primeira Presidência de construir
Missão Suíço-­Austríaca, 556–557 o, 602
planos para a construção de um templo na, 602 dedicação e primeiras sessões de investiduras,
Sul dos Estados Unidos, 260–261, 266–270 642–649
Sullivan, James, 169 escolha do terreno para o, 606–609
Süss, Wolfgang, 615–616 filme para uso no, 632–634, 636–638
Henry e Inge Burkhardt são selados no,
649–652
Tabernáculo de St. George, St. George, Utah, 79–80 Templo de Alberta, 182, 250–251, 253–255, 561
Taft, William Howard, 162 Templo de Berna Suíça. Ver Templo da Suíça
Taggart, Nida, 530 Templo de Cardston Alberta, 182, 250–251,
Taggart, Scott, 546, 547 253–255, 561
Takagi, Tomigoro, 562, 563–564 Templo de Idaho Falls Idaho, 392, 398, 509
Talmage, James E. Templo de Kirtland, 35, 431–432
como homem de ciência e fé, 264 Templo de Laie Havaí, 182–183
cuida de Hyrum M. Smith durante doença, 211 Templo de Los Angeles Califórnia, 392,
Jesus, o Cristo escrito por, 195 399–400, 552
“O Pai e o Filho” redigido por, 195–196 Templo de Manti Utah, 566–567
palestras públicas sobre Utah e os santos, Templo de Mesa Arizona, 522, 596–597, 599
68–69 Templo de Salt Lake, 5, 69–70, 207, 321, 598
reitor da escola administrada pela Igreja, 26, 27 Templo de St. George Utah, 30, 30–31
Tanner, Joseph, 53, 117, 120, 135 Templo do Arizona, 522, 596–597, 599
Tayler, Robert, 110–111, 112–113 Templo do Havaí, 182–183, 210, 227–228, 381
Taylor, Adeline, 375–376, 573–574 templos
Taylor, Connie (Cornelia Belle). Ver Bang, Connie Ver também Templo da Suíça
(Cornelia Belle) Taylor a Palavra de Sabedoria se torna obrigatória para
Taylor, Elmina, 52–53 a frequência aos, 311
Taylor, Esther, 458–460 a serem construídos na Grã-­Bretanha e na
Taylor, George, 375–376, 573–574 Suíça, 602–603
Taylor, Janet, 458 apresentação do filme criado para os, 632–634
Taylor, John, 30–31, 91–92, 218 construídos fora de Utah, 392
Taylor, John W. desenvolvimento das instruções multilíngues do
casamentos plurais pós-­Manifesto por, 120 templo, 621–622
decisão de não testemunhar nas audiências do em Los Angeles, 392, 399–400, 552
caso Smoot, 121–122

815
Com Coragem, Nobreza e Independência

profecia de Joseph F. Smith sobre, no mundo Toronto, Wallace


inteiro, 134, 643 auxílio a missionários detidos pelo governo da
Templo de Alberta, 182, 250–251, 253–255, 561 Tchecoslováquia, 576–578
Templo de Idaho Falls Idaho, 392, 398, 509 escrutínio da família pelo governo da
Templo de Kirtland, 35, 431–432 Tchecoslováquia, 540, 541–542
Templo de Manti Utah, 566–567 esposa e filhos deixam a Tchecoslováquia, 579
Templo de Salt Lake, 5, 69–70, 182, 207, interrogado pelo governo da Tchecoslováquia,
321, 598 578–579
Templo de St. George Utah, 30, 30–31 pede mais missionários, 556, 556–557
Templo do Arizona, 522, 596–597, 599 sai da Tchecoslováquia, 593
Templo do Havaí, 182–183, 210, 381 trabalho missionário na Tchecoslováquia apesar
“Tempo Geológico” (artigo de John Widtsoe), das restrições, 557–558
119–120 trabalho missionário
Terazawa, Chiye, 410, 411–413, 416–417, 417, Ver também missionárias missões específicas
417–420 ataques contra missionários na Grã-­Bretanha,
Terceira Convenção (México) 21–23
divisão entre as autoridades da Igreja e a, ataques da Ku Klux Klan contra
400–403 missionários, 260
procura apoio para a designação de um Coro do Tabernáculo como força para o,
mexicano como presidente da missão, 639–640
396–397 durante a Primeira Guerra Mundial, 175–176,
reconciliação com a Igreja, 520–523 187–188
Terceiro Reich. Ver Alemanha nazista entre os maori na Nova Zelândia, 69–71
Território de Utah expansão do, 101
candidatura a estado, 29 expulsão de missionários do México (1926),
convenção constitucional (1895), 40–41, 45 393–394
organização em 1849, 39 limitado na Alemanha, 366
sufrágio feminino é concedido e depois missionários de serviço locais, 310–311,
revogado no, 39 376–377
teste de armas nucleares, 575 mudanças na política da Igreja em meio à
Thatcher, Moses, 45, 46, 50 convocação para a Guerra da Coreia,
The Happy Hearts (musical da Primária), 419–420 583–585, 620–621
The March of Time (programa de notícias), 398, 400 no mundo espiritual, 34–35
The Message of the Ages (espetáculo teatral), o potencial dos locais históricos da Igreja
320–321 para o, 432
“The Origin of Man” (1909), 194, 265, 343–344 por Pieter Vlam enquanto estava no campo
The Time Is Come (peça teatral com temática de prisioneiros nazista, 471–473, 502–503
genealógica), 596–597 redução de número durante a Depressão, 364,
“The Truth, The Way, The Life” (manuscrito do livro 376, 405
de B. H. Roberts), 341, 344 retirada dos missionários das nações europeias
The Word of Wisdom: A Modern Interpretation (1939), 424–428
( John e Leah Widtsoe), 611 tribo Ngāti Kahungunu (Nova Zelândia), 56
Tietz, Edith, 634–635 Trindade, 194, 195–196
Tingey, Martha, 249–250 Truman, Harry S., 511–512
Tipene (parente de Hirini Whaanga), 83 tumultos da cruzada antimórmon de Liverpool
Tonga, 181–182 (1911), 149–150
Toronto, Marion, 541, 547
Toronto, Martha
auxílio a missionários detidos pelo governo da União Soviética
Tchecoslováquia, 577–578 Ver também Forças Aliadas
envia ajuda para amigo tchecoslovaco, 592–593 avanço de tropas em direção a Berlim,
escrutínio da família pelo governo da Alemanha, 492–497
Tchecoslováquia, 540–542 Europa Central e Oriental sob a influência da,
saída da Tchecoslováquia com os filhos, 576, 524–525
578–579 guerra fria se intensifica entre os EUA e a, 575

816
Índice

Helga Meyer enfrenta soldados, 533–534 Wachsmuth, Johanne, 312, 386


Ramo Tilsit em território soviético, 513 Wallace, Anna (Ann) Gaarden Widtsoe, 85, 86,
República Democrática Alemã (RDA) é 117–118, 278, 288, 340
controlada pela, 603–605 Wallace, Elen, 249–250
Terceiro Reich alemão em guerra com a, Wallace, John Widtsoe, 288
436–437 Wallace, Lewis, 278
Universidade Brigham Young, Provo, Utah Wallis, James H., 374, 374–375
Ver também Educação na Igreja Walt Disney Company, 632
Academia Brigham Young, 62 Watkins, Harold, 487, 488
bolsa de estudos para o atleta olímpico Alma Weiss, Egon, 438–439, 439
Richards, 160–161 Weiss, Olga, 438–439, 439
Concerto francês do quarteto de cordas da, 590 Wells, Annie, 240
decisão de continuar o apoio da Igreja à, 276 Wells, Belle, 240
instituto de trabalho social de verão (1920) na, Wells, Emmeline
230–231 defende a causa do sufrágio feminino, 39–40,
John Widtsoe contratado no departamento de 41–42, 44
química, 129–130 desobrigada do cargo de presidente geral da
Universidade de Göttingen, Alemanha, 85 Sociedade de Socorro, 238–240
Universidade de Idaho, Moscou, Idaho, 276, discursa na Feira Mundial de Chicago, 8–10
276–278, 284–287 editora da Woman’s Exponent, 72
Universidade de Utah, Salt Lake City., 53, morte e legado de, 240–241
234–235, 274 sobre apoios da Sociedade de Socorro, 103
Universidade dos Santos dos Últimos Dias, Salt Wells, Junius, 125–126
Lake City, Utah, 130, 274 Wells, Rulon S., 270–272, 272–273
Urquizú, Gracie de, 552 West, Franklin, 416
Utah State Agricultural College. Ver Faculdade Whaanga, Hirini, 56–58, 69–71, 82–84
agrícola, Logan, Utah Whaanga, Mere, 56–58, 69–70
Whaanga, Pirika, 57
White, Mary, 551
“Vinde, ó santos” (hino), 536, 641 Whitney, Elizabeth Ann, 306
visões e sonhos Whitney, Newel, 306
A Primeira Visão de Joseph Smith, 126–127, 415 Whitney, Orson F.
sonho de Adeline Taylor com o marido no apoio ao sufrágio feminino, 41
mundo espiritual, 573–574 Capela do Ramo Cincinnati dedicada por, 306,
sonho de Francis Lyman de que John W. 307–308
Taylor não deveria ir às audiências do chamado para o Quórum dos Doze
caso Smoot, 122 Apóstolos, 135
sonho de Helga Meiszus Birth com os avós e cuida de Hyrum M. Smith durante doença, 211
a tia, 483 Declaração “A Origem do Homem” redigida
sonho de Rafael Monroy sobre pregar o por, 194
evangelho, 172 declaração de crenças e valores dos santos dos
visão de John Widtsoe do filho Marsel no últimos dias lida por, 137–138
mundo espiritual, 295–296 Widtsoe, Anna (Ann) Gaarden (filha de John). Ver
visão de Joseph F. Smith do mundo espiritual, Wallace, Anna (Ann) Gaarden Widtsoe
216–218 Widtsoe, Anna Gaarden (mãe de John)
Vivier, Eugenie, 629–632 conversa com Leah Dunford, 26, 27
Vlam, Grace, 462 correspondência com John Widtsoe sobre fé,
Vlam, Hanna, 460–463, 472, 501–502, 536 13–14
Vlam, Heber, 502 missão na Noruega, 118, 127–130, 130
Vlam, Pieter, 460–463, 471–473, 501–503, morte e legado de, 235, 610
536–539, 602 Widtsoe, Eudora, 278, 290, 293
Vlam, Vera, 461–462 Widtsoe, John A.
Vojkůvka, Otakar, 592 casamento com Leah Dunford, 85
Vojkůvková, Terezie, 592–594, 594–595 chamado para o Quórum dos Doze, 236–238
como homem de ciência e fé, 264

817
Com Coragem, Nobreza e Independência

consolado pela visita do filho Marsel no mundo The Word of Wisdom: A Modern Interpretation
espiritual, 295–296 por, 611
fortalecimento das crenças religiosas, 13–15 trabalha na biografia de Brigham Young com a
homenagem de David O. McKay à vida de, 612 mãe, 278–279, 288, 289, 317
In a Sunlit Land por, 609, 612 treinamento dos líderes da missão, 331–334
membro do corpo docente da Universidade visita à Terra Santa, 357–360
Brigham Young, 129–130 Widtsoe, Marsel, 117–118, 251–252, 278, 279–280,
morte do filho Marsel, 279–280 287–288, 289, 295–296, 612
namoro com Leah Dunford, 11–13, 15, 53–54, Widtsoe, Osborne, 85–86, 118, 129–130, 235,
62–65 340–341
perda da mãe e do irmão, 235–236 Widtsoe, Rose, 340–341
petição para a Igreja nas nações escandinavas, Williams, Clarissa, 239, 239–240, 245–246, 246
251–252 Williams, Helen, 412
presidente da Missão Europeia, 289–290, Wilson, Woodrow, 208–209, 209
293–296, 363–366 Winder, John, 102
Rational Theology por, 195 Wobbe, Rudi, 445, 446, 466–468
reflexões sobre a vida e o serviço na Igreja, Woman’s Exponent
252–253, 610–611 editoriais sobre sufrágio feminino na, 9, 41
reitor da Universidade de Utah, 234–235 esboços para os cursos para mães, 105
relatório sobre a emigração europeia, 600–601 homenagem ao trabalho de Emmeline Wells
saúde debilitada e morte, 610, 612–613 na, 241
sobre a reconciliação entre ciência e religião, substituição da Relief Society Magazine
342–343, 343–344 (1914), 245
sobre o valor das escolas da Igreja, 275 Wood, Douglas, 425
The Word of Wisdom: A Modern Interpretation Wood, Edward J., 253–254
por, 611 Wood, Evelyn, 425
trabalho acadêmico e atividades na Igreja, Woodruff, Wilford
119–120 convida o mundo a visitar os santos, 19–20
trabalho de doutorado na Alemanha, 85–87 gratidão e testemunho expressos por, 73–74
visita à Terra Santa, 357–360 Manifesto que deu fim ao casamento plural
Widtsoe, John, Jr., 117–118 é promulgado por (1890), 4–5, 88, 89,
Widtsoe, Leah Dunford 90, 112, 113–114, 115–116, 120, 121–124,
apoio ao chamado do marido para o Quórum 141–142
dos Doze, 237 mediação do conflito entre B. H. Roberts e
casamento com John Widtsoe, 85 Moses Thatcher, 46–49
compromisso com a aprendizagem e a morte, 74
educação, 10–12, 26–27, 54–55 revela a vontade do Senhor para Lorenzo Snow,
depressão após a morte do filho Marsel, 74–75, 75–76
287–288, 289, 295–296 revelação sobre o selamento do templo (1894),
dirige o trabalho da Sociedade de Socorro na 33–35, 36–37, 207
Europa, 295, 363–364 sobre a aceitação do evangelho por espíritos no
doença e morte do filho Marsel, 279–280, 612 mundo espiritual, 34–35
Escreve lições mensais para o Young Woman’s sobre o selamento aos pais no templo, 31
Journal, 118 sobre sermos cidadãos leais, 72–73
fé e testemunho de, 27–28, 55, 317–318, 612 sonho de Francis Lyman sobre, 122
lições sobre a Palavra de Sabedoria para a visão de, no mundo espiritual por Joseph F.
Sociedade de Socorro por, 315–316 Smith, 218
lidera a Missão Europeia com o marido, Woolley, Ralph, 382
289–290, 293–296, 314–315, 363–365
mora na Alemanha, 85–87
morte da mãe, 360–361 Yanagida, Masashi, 562
namoro com John Widtsoe, 11–13, 15, 26, Yanagida, Takao, 562, 569
53–54, 62–65 Yanagida, Tokichi, 568–570
sobre a morte do marido, 612, 613 Yanagida, Toshiko, 562–565, 567–570

818
Índice

Young Woman’s Journal, 27, 93, 118, 256 Young, Richard, 149–150
Young, Brigham Young, Walter Ernest, 171, 173
biografia de, 278–279, 288, 289, 317 Young, Zina, 9, 28, 91, 101, 103, 140–141
declarações sobre Adão, 194
e os assentamentos do Arizona, 309
promessa de que todos os santos receberiam as Zander, Arthur, 445–446, 470
ordenanças do templo, 140 Zapata, Emiliano, 183–184
visão de, no mundo espiritual por Joseph F. Zappey, Cornelius, 537–539
Smith, 218 Zełwągi, Polônia, santos de, 526–527
Young, Brigham, Jr., 47, 72, 73, 85 Zion’s Savings Bank and Trust Company, 15–16,
Young, Lucy Bigelow, 86

819
MISSÕ
ES EU

COPENHAGUE

BERLIM


LONDRES AMSTERDÃ

PRAGA
• BASTOGNE •
PARIS
• •
NORMANDIA
VIENA •
• BASEL
• BERNA

ROMA

S
UROPEIA

LIMITES DA
MIS SÃO, 1955

Missão Britânica

Missão Tchecoslováquia (fechada em 1950)

Missão Dinamarquesa

Missão Alemanha Oriental

Missão Finlandesa

Missão Francesa

Missão Holandesa

Missão Norueguesa

Missão Sueca

Missão Suíço-Austríaca

Missão Alemanha Ocidental


A PÓS DÉCADAS DE OPOSIÇÃO, os santos dos últimos dias
dedicaram o Templo de Salt Lake, um poderoso símbolo de

SA NT
sua industriosidade e fé. Agora, com um novo século à sua frente,
os santos estão otimistas a respeito do futuro e prontos para
propagar a mensagem de paz do Salvador ao redor do mundo.
Contudo, o mundo está mudando rapidamente. Avanços no
transporte e na comunicação permitem que as pessoas e que a
informação atravessem longas distâncias em um tempo recorde. E
os jovens estão se aventurando longe de casa como nunca antes,
em busca de oportunidades educacionais e profissionais que
seus pais e avós mal podiam imaginar. À medida que a Igreja
começa a criar raízes na Europa, América do Sul e Ásia, os santos
se regozijam com o surgimento da Igreja mundial. No entanto,
muitos membros da Igreja se preocupam com os desafios que o
mundo em mudança representa para a causa de Sião. Pois, com
a promessa brilhante do novo século, vêm terríveis dificuldades
econômicas, guerras mundiais brutais e outras provações sem
precedentes.
Com Coragem, Nobreza e Independência é o terceiro livro de Santos,
uma nova narrativa em quatro volumes da história de A Igreja
de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias. De ritmo rápido,
meticulosamente pesquisado e escrito sob a direção da Primeira
Presidência, Santos narra histórias verdadeiras de santos dos
últimos dias do mundo inteiro e atende à conclamação do Senhor
de escrever a história “para o bem da igreja e para as gerações
vindouras” (Doutrina e Convênios 69:8).

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