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Espada e Bruxaria

Eleonor estava parada na frente do edifício Lucien IV, seus cabelos negros
ocultavam seu rosto, ela esperou até uma senhora sair pelo portão com seu cachorro e
entrou no condominio. Ela subiu até o apartamento em que suas irmãs lhe revelaram e com
um arame abriu a porta e entrou. Ela percorreu o olhar pelo apartamento, era bem
organizado para um homem solteiro de meia idade, ela olhou para a foto do Homem e
cuspiu nela. Ela sentiu a presença dele e se escondeu atrás do sofá. Depois de alguns
minutos o homem entrou no apartamento, tirou os sapatos e foi até a cozinha pegar uma
cerveja, exatamente como ela havia visto em sua visão. O homem sentou no sofá e ligou a
TV, ela pegou a espada de obsidiana da sua bola e silenciosamente rasgou a garganta do
Homem que agonizou sem nem entender o que acontecia. Eleonor se colocou na frente dele
e o observou morrer lentamente, seu olhar era de medo e pavor, ela limpou a espada no
pano de seda que carregava na bolsa e foi até a geladeira pegar um refrigerante enquanto
preparava o ritual.
Ela pegou o homem pelas pernas e o colocou com braços e pernas abertas no meio
da sala, pegou um potinho de sal negro que carregava e fez um circulo em volta do cadáver,
depois acendeu cinco velas vermelhas e as posicionou em volta do círculo.
Ela se colocou em cima dele e com a espada de obsidiana abriu um buraco em seu
peito e pegou seu coração com a mão esquerda e com a direita ela posicionou a espada
contra o coração e assim ela começou a invocação:
“Argaroth, príncipe do inferno eu o invoco pelo poder das bruxas dos últimos dias
para que entre no hospedeiro que você escolheu para espalhar dor e morte nesse mundo
até que a profecia se cumpra e o nosso senhor retorne, assim eu inicio nosso matrimônio”
O ar se tornou gelado e um vento surgiu do chão e foi até o teto, fazendo os cabelos
de Eleonor flutuarem, o homem se debateu e seu coração começou a pulsar entre os dedos
frios dela. O Homem abriu os olhos novamente e agora Argaroth estava dentro dele, seus
olhos sombrios se fixaram na jovem mulher em cima dele com a espada contra seu coração.
“ Abençoe-me com suas dádivas ou volte para sua prisão”
_ Ora, Ora… Mais uma bruxa gananciosa - sua voz era grossa e rouca - Tome…

O demônio levou o pulso até a boca e mordeu até seu sangue escorrer, Eleanor ainda
ameaçando o coração bebeu o sangue escuro e gosmento que saia do pulso do principado
e seu corpo queimou e foi invadido por uma energia forte demais e ela apagou…
Quando acordou o Demônio já havia sumido e algumas horas haviam se passado, a vela, o
círculo e o sangue havia igualmente sumido, ela se levantou e foi a pia da cozinha, passou
água em seu rosto, quando voltou para juntar suas coisas percebeu que sua espada estava
na cor Bronze ela a pegou e seu peso estava diferente apesar da espada estar mais fina.
Ela colocou a espada na bolsa e saiu do prédio, na frente um carro todo preto a esperava,
ela entrou no carro e duas de suas irmãs estavam nele.
_ Parabéns, Irmã - disse a bruxa com longos cabelos vermelhos - agora você é de fato uma
de nós.
_ Hoje celebraremos - disse a outra bruxa que tinha cabelos brancos, mas a pele era igual a
de uma criança, ela tocou no rosto de Eleanor com seus longos dedos com unhas pretas e
pontudas - Nosso senhor está orgulhoso pois sua volta e a profecia estão cada vez mais
próximos.
E assim o carro negro cruzou a cidade e se dirigiu a um bairro mais distante enquanto
Eleanor dormia no banco de trás, quando chegaram há uma casa enorme dentro da floresta,
outras mulheres vestindo negro a esperavam com tochas flamejantes.

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